Modelo de Crescimento Endógeno:A Economia das Ideias
Notas de Aula
PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO
UFRGS
A Economia das Idéias
Bibliografia:
Jones (2000, cap. 4)
3
O Que é Tecnologia?
Tecnologia é a maneira como os insumos sãotransformados em produto no processo produtivo.
[cf. Jones (2000, p.65)]
Segundo Schmookler (1966, p.1), tecnologia é oconjunto social de conhecimentos da arte industrial e ataxa de progresso tecnológico como a taxa à qual esseestoque de conhecimentos está crescendo.
4
O Que é Tecnologia?
Seja a função de produção geral: Y = F (K, L, ).
A tecnologia de produção é dada pela função F (), sendo que esta
função explica como os insumos (capital físico [K] e mão-de-obra
[N]) são transformados em produto [Y].
(1-)
Y = K (NA)
A = é um índice de tecnologia.
5
Robert Solow: a mudança tenológica modifica a função
de produção.
Nicholas Kaldor: existe uma relação entre acumulação
de capital e inovação tecnológica.
Zvi Griliches: o processo de difusão tecnológica
responde a forças econômicas (benefícios esperados).
Edward Denison : teoria do crescimento endógeno.
As abordagem entre progresso
tecnológico e crescimento econômico
6
Qual o papel das idéias inovadoras?
As idéias melhoram a tecnologia de produção. Uma novaidéia permite que um dado pacote de insumos gere umproduto melhor.
No contexto da função de produção acima, uma novaidéia gera um aumento no índice de tecnologia A.
7
8
Instalação da primeira linha de montagem na Ford Motors Company - 1913
Ford installs first moving assembly line
1913 Moving assembly line at Ford Motor Company's
Michigan Plant
9
A Linha de Montagem na Fábrica da Ford em Detroit (1915)
As linhas de montagem e técnicas de produção
em massa rígida permitiram a Ford, em 1915
produzir um modelo T a cada 24 segundos.
10
O que é tecnologia e taxa de progresso tecnológico?
O efeito do progresso tecnológico é o progressotécnico, que consiste de três fatos básicos:
a) mais produto pode ser produzido dando-se amesma quantidade de insumos ou, equivalentemente,o mesmo montante de produto pode ser gerado commenores quantidades de um ou mais insumos;
b) o produto existente sofre uma melhoria qualitativa;
c) produtos totalmente novos são produzidos.
11
Substituição de fatores vs. inovação
capital
Mão-de-obra
isoquanta
Substituição de fatores
de produção
Efeito da inovação
0
12
Schumpeter (1942): A Destruição Criadora
The fundamental impulse, that sets and keeps thecapitalist engine in motion comes from the newconsumers’ goods, the new methods of production ortransportation, the new markets...[This process]incessantly revolutionizes the economic structure fromwithin, incessantly destroying the old one, incessantlycreating a new one. This process of Creative Destructionis the essential fact about capitalism.
13
O Que é Inovação?
When an enterprise produces a good or service or usesa method or input that is new to it, it makes a technicalchange. The first enterprise to make a given technicalchange is a innovator. Its action is innovation.
[cf. Schmookler (1966)]
Uma inovação permite as empresas combinar insumosem novas formas que os consumidores, de acordo coma preferência revelada, consideram útil e valiosa.
14
Invenções
- criação de algo novo que não existia antes;
- nova solução para problemas existentes;
- são um resultado da criatividades ecuriosidade humana;
15
Micro & Macroinvenções[cf. Joel Mokir (1990, p. 13)]
I define microinvetions as small, incremental steps thatimprove,adapt, and streamline existing techniquesalready in use, reducing costss, improving form andfunction, increasing durability, and reducing energy andrawmaterials requeriments. Macroinvesctions, on theother hand, are those inventions in which a radical newidea, without clear precedent emerges more or less abnihilo. In terms of sheer numbers, microinventions arefar more frequent and account for most gains inproductivity. Macroinventions, however, are equalycrucial in technological history.
16
Micro & Macroinvenções[cf. Joel Mokir (1990, p. 13)]
The essential feature of technological progress is thatthe macroinvestions and microinventions are notsubsistitutes but complements. Without subsequentmicroinventions, most macroinventions hould end up ascuriosa in musea or sketchbooks.
17
Micro & Macroinvenções[cf. Joel Mokir (1990, p. 13)]
Microinvetions are more or less understandable with the help ofstandard economic concepts. They result from search andinventive effort, and respond to prices and incentives. Learningby doing and learning by using increase economic efficiency andare correlated with economic variables such as output andemployment.Macroinventions, on the other hand, do not obeyobvious laws, do not necessarily respond to incentives, and defymost attempts to relate them to exogenous economic variables.Many of them resulted from strokes of genius, luck, orserendipidy. Technological history, therefore, retains naunexplayned component that defies explanation in purelyeconomic terms. In other words, luck and inspirations matered,and thus individuals made a diference.
18
Invenções
19
Informática
20
Invenções e Inovações
21
Invenções e inovações
22
A importância das inovações tecnológicas
The tremendous increase in material well-being that has taken placein advanced economies since the industrial revolution has beencharacterized by change and innovation. We do not just have more ofthe same goods and services: we also have new ones that wouldhave been unimaginable to someone in the eighteenth century.People then knew nothing of such modern marvels as personalcomputers, jet airplanes, satellite communications, microwave ovensand laser surgery. The knowledge of how to design, produce, andoperate these products and processes and to be discovered, througha succession of countless innovations. More than anything else, it isthese innovations that have created the affluence of modern times.Beyond making us richer, they have transformed the way we live andwork.
Aghion & Howitt (1998, p.1)
23
Economia das Idéias
Romer (1986) formalizou a relação existente entre aeconomia das idéias e o crescimento econômico.
Idéias Ausência de Retornos Concorrência
Rivalidade crescentes Imperfeita
Para Romer (1986), uma das características inerentes às idéias é queelas são não-rivais. Essa ausência de rivalidade implica a existênciade rendimentos crescentes à escala. E a modelagem dos retornoscrescentes em um ambiente competitivo com pesquisa intencionalexige necessariamente a concorrência imperfeita.
24
http://www.econlib.org/library/Enc/EconomicGrowth.htmlPaul Romer
Thinking about ideas and recipes changes how one thinks abouteconomic policy (and cows). A traditional explanation for the persistentpoverty of many less developed countries is that they lack objects suchas natural resources or capital goods. But Japan had little of either in1950 and still has few natural resources, so something else must beinvolved. Increasingly, emphasis is shifting to the notion that it isideas, not objects, that poor countries lack. The knowledge needed toprovide citizens of the poorest countries with a vastly improvedstandard of living already exists in the advanced countries. If a poornation invests in education and does not destroy the incentives for itscitizens to acquire ideas from the rest of the world, it can rapidly takeadvantage of the publicly available part of the worldwide stock ofknowledge. If, in addition, it offers incentives for privately held ideas tobe put to use within its borders (for example, by protecting foreignpatents, copyrights, and licenses, and by permitting direct investmentby foreign firms), its citizens can soon work in state-of-the-artproductive activities
25
http://www.econlib.org/library/Enc/EconomicGrowth.htmlPaul Romer
We do not know what the next major idea about how to supportideas will be. Nor do we know where it will emerge. There are,however, two safe predictions. First, the country that takes the leadin the twenty-first century will be the one that implements aninnovation that supports the production of commercially relevantideas in the private sector. Second, new meta-ideas of this kind willbe found.
Only a failure of imagination, the same one that leads the man onthe street to suppose that everything has already been invented,leads us to believe that all of the relevant institutions have beendesigned and that all of the policy levers have been found. For socialscientists, every bit as much as for physical scientists, there are vastregions to explore and wonderful surprises to discover
26
http://www.econlib.org/library/Enc/EconomicGrowth.htmlPaul Romer
Some ideas from the developed world are rapidly adopted by lessdeveloped countries. For example, oral rehydration therapy now savesthe lives of hundreds of thousands of children who previously wouldhave died from diarrhea. Yet governments in poor countries continueto impede the flow of many other kinds of ideas, especially those withcommercial value. Even automobile producers in North Americarecognize that they can learn from ideas developed in the rest of theworld. But car firms in India operate in a government-createdprotective time warp. The Hillman and Austin cars produced in Englandin the fifties continue to roll off production lines in India today. India'scommitment to closing itself off and striving for self-sufficiency hasbeen as strong as Japan's commitment to acquiring foreign ideas andparticipating fully in world markets. The outcomes—grinding poverty inIndia and opulence in Japan — could hardly be more disparate.
27
Economia das Idéias
Uma característica das idéias é que elas são não rivais.Esta ausência de rivalidade implica a existência derendimento crescentes à escala.
As idéias são bens não rivais, mas seu grau deexclusibilidade varia bastante.
Os bens não rivais que são essencialmente não-excluíveis, com frequência, chamados de bens públicos.
28
Economia das Idéias
O conhecimento é ao mesmo tempo não exclusivo enão-rival. O conhecimento é não-exclusivo porquedepois que foi produzido, tende a estar disponívelgratuitamente.
Ele é não rival porque o consumo por uma pessoa nãoevita que alguém mais o consuma ou use ao mesmotempo.
29
Resumo das Características Econômicas das Idéias
Não rivais – o uso de uma pessoa não reduz autilidade de outras;
Não excluível – dificuldade de prevenir queoutros copiem a idéia;
Há um dilema enfre as eficiências estáticas edinâmicas: disseminação vs. incentivos.
30
Economia das Idéias
Segundo Samuelson (1954), um bem público pode ser
definido quando o consumo de cada indivíduo de um
determinado bem não leva a subtração do consumo de
qualquer outro indivíduo daquele bem. Isto
caracterizaria um bem econômico puro.
31
Atributos Econômicos dos Bens
Grau de
Exclusibilidade
Alta
Baixa
Bens Rivais Bens não Rivais
Serviços legais
Aparelhos de som
Disquetes
Peixes do mar
Insetos estéreis para
combate as pragas
Defesa nacional
P & D básica
Cálculos
Sinais codificados de
TV via satélite
Códigos de
computador
Manual operacional de
uma loja de
departamentos
32
Economia das Idéias
Os bens que são excluíveis permitem a seus produtorescaptar os benefícios que geram; os bens não excluíveisenvolvem substânciais transbordamentos de benefíciosque não são captados por seus produtores.
Tais transbordamentos denominam-se externalidades.
33
Externalidades
O investimento em conhecimento tem uma“externalidade natural” – isto é, o conhecimento nãopode ser perfeitamente patenteado ou mantido secreto.
Uma vez que saibamos que algo possa ser feito, nóstentamos duplica-la. E o novo conhecimento tem umefeito positivo sobre as possibilidades de produção deoutras firmas.
34
Examplo de Externalidade
A Internet é um bom exemplo. Ela foidesenvolvida pelo exército norte americanopara não ter um controle central no caso de opaís sofrer um ataque nuclear. Ela tornou-seuma metafora para a aldeia global – nenhumcentro e todos conectados.
35
Economia das Idéias
Os avanços tecnológicos em um setor daeconomia levam a avanços em outros setoresque são completamente diferentes e nãorelacionados.
36
0
òtimo
Quantidade de
robos
Preço
Demanda (valor
privado)
Custos sociais
a
b
Qso
Pso
Qmercad
oo
Pm Equilibrio
Oferta (custos privados)Valor do
transborda
mento
Perda bruta
Externalidade Tecnológicas
37
Economia das Idéias
As novas idéias muitas vezes geram benefícios que oinventor não pode captar.
O incentivo para geração de novas idéias depende doslucros que o inventor pode esperar auferir (o proveitoprivado), não dos benefícios sociais assegurados pelaidéia.
Se uma idéia é ou não criada depende da magnitude doproveito privado em relação aos custos fixos dainvenção que só são desembolsados uma única vez.
38
As Patentes
Patentes – são instrumentos legais sobre apropriedade de uma inovação tecnológicaque dá ao prprietário o direito exclusivosobre seu uso e distribuição por um períodolimitado de tempo.
39
As Patentes e os Direitos de Propriedade
Patentes e os direitos de propriedade são doismecanismos que encorajam as inovações tecnológicas.
As patentes tem um custo para sociedade.
As patentes permitem ao inovadores cobrar altos preçospor seu uso.
40
Economia das Idéias
Patentes e direitos autorais são mecanismos legais quetentam aproximar os benefícios privados da invenção deseus benefícios públicos.
O desenvolvimento de tais instituições – e dos direitosde propriedade, de um modo geral, - pode terdesempenhado um papel crítico no desencadeamentoda revolução industrial e no crescimento econômicosustentado que se seguiu.
41
O objetivo de um sistema de patentes
Criar incentivos econômicos quemaximizem as diferenças entre osbenefícios sociais e os custos de criaçãode informação.
42
Objetivos básicos de um sistema de patentes
(i) Promover incentivos baseados no mercado para acriações de inovações tecnológicas;
(ii) minimizar os custos da criação de inovaçõestecnológicas;
(iii) Prover uma transparência e uso justo da
patente (fair use).
43
A utilidade das patentes
O que é patenteável?
Novos e úteis…- Processos;- Máquinas;- Manufaturas;- Melhoramentos tecnológicos.
O que não é patenteável?
Não são considerados invenções: os descobrimentos, teorias científicas,métodos matemáticos, métodos comerciais, contábeis e financeiros,programas de computador, raças animais ou variedades vegetais, asinvenções que sejam contrárias à ordem pública. As invenções demétodos não se podem proteger como modelos de utilidade. Tampoucopodem receber proteção por patente as obras literárias, artísticas oucientíficas cuja proteção legal se faz pelo direito autoral.
44
Critério para a concesãode uma patente
- Novidade;
- Não obviedade;
- Útil.
45
Dados Acerca de Idéias
- número de patentes concedidas;
- número de cientistas e engenheiros;
46
47
Park’s Index of Patent Strength (extent of coverage,international agreements, loss of rights, enforcement, duration)
0.0
0.5
1.0
1.5
2.0
2.5
3.0
3.5
4.0
4.5
5.0
1960 1965 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000
EU Japan United States OECD
Note: OECD and EU weighted average of country values of the index using GDP 2000 PPP$.
Source: OECD, baseado nos dados de Ginarte e Park (1997), Park (2001, 2002).
48
Preço relativo dos computadores e semicondutores, 1959-2002Todos os indices de prrços são divididos pelo indice de preço do produto
Computers Memory Logic
Relative Prices of Computers and Semiconductors, 1959-2002
0.1
1.0
10.0
100.0
1,000.0
10,000.0
100,000.0
1959 1964 1969 1974 1979 1984 1989 1994 1999
Lo
g S
cale
(1996=1)
Computers Memory Logic
All price indexes are divided by the output price index.
49
Aumento na Proteção Internacional dos Direitos de propriedade Intelectual
Fonte: Keith Maskus, Intellectual Property Rights in the Global Economy,
Washington, D.C.: Institute for International Economics, August 2000.
50
Fonte: Keith Maskus, Intellectual Property Rights
in the Global Economy, Washington, D.C.:
Institute for International Economics, August 2000.
Ganhadores e Perdedores Imediátos com o fortalecimento das leis de Patentes
51
52
O que é uma inovação tecnológica?
Transformação de conhecimento em produtos,processos , sistemas e serviços.
Uma inovação é um processo impulsionado por:
- conhecimento/criatividade intelectual
- força de trabalho qualificada;
- colaboração e uma rede de conhecimentos humanos;
- cultura empresarial;
- infrastrutura institucional.
53
Economia das Idéias:Custos Fixos e Retornos Crescente
A economia das idéias está ligada:
(i) à presença de retornos crescentes à escala -pois as idéias estão muito relacionadas aoscustos fixos. Tendo-se desenvolvido o produto,cada unidade adicional é produzida com retornosconstantes à escala;
(ii) e à concorrência imperfeita.
54
Economia das Idéias:
Custos Fixos e Retornos Crescente
0 Unidades de insumo x
Unidades de
produto yy = f(x) = 100*(x-F)
F
Custo de pesquisa
55
As idéias e seu preço
Com retornos crescentes à escala, o custo médio ésempre maior do que o custo marginal e, portanto, afixação do preço pelo custo marginal resulta em lucrosnegativos.
Isto implica que nenhuma empresa entraria nestemercado e alocaria $F para desenvolver novos produtosse não pudesse estabelecer seu preço acima do customarginal para produzir unidades adicionais de produto.
56
As empresas somente irão investir me inovaçõestecnológicas se puderem cobrar um preço acima de seucusto marginal que lhes permita recuperar o custo fixoda criação do bem.
A produção de novos bens ou novas idéias, exige apossibilidade de auferir lucros e, portanto, necessitaafastar-se da concorrência perfeita.
As idéias e seu preço
57
Property Rigths Approach
Esta abordagem emergiu quando os economistascomeçaram a apreciar os arranjos legais e institucionaisque restringiram o comportamento dos indivíduos efirmas e que os mesmos poderiam ter um efeito crucialsobre a alocação dos recursos escassos da sociedade.
[cf. também os trabalhos de Douglass North (1971, 1983, 1990)]
58
Property Rigths Approach
Principais autores:
Alchian (1961, 1967)
Alchian & Demsetz (1972)
Yoram Barzel (1988)
Elinor Ostrom (2000)
Demsetz (1969)
59
Armen Alchian (1967, p. 2-3)
In essence economics is the study of property rigths
over scarce resources... The allocation of scarce
resources in a society is the assignament of rigths to
uses of resourses ... [and] the question of economics,
or of how prices shoukd be determined, is the question
of how property rights should be defined and
exchanged, and on what terms.
60
Property Rigths Approach
Douglass North (1974, 1981) argumenta que as patentespermitem aos inventores capturar uma grande parte dosbenefícios sociais gerados por esta invenção.
In order to encourage invention and innovation, we
need institutional arrangements that will specify
and enforce property rigths in new ideas and their
application to ecoomic activity. One solution is
patent laws which attempt to give the inventor
monopoly rigths for a number of years…
61
Property Rigths ApproachDefinição de direito de propriedade
Barzel (1988) – os direitos de propriedade referem-seaos direitos referentes ao poder de consumir, transferir eobter renda gerada pelos ativos.
Ostrom (2000) – define os direitos de propriedade comoa combinação de cinco classes de direito: (i) direito aoacesso; (ii) direito de capacidade de extração de renda;(iii) direito de administração; (iv) direito da capacidadede exclusão e (v) direito de transferibilidade.
62
Direitos de propriedade e eficiência econômica
Condições necessárias
para a obtenção da
eficiência com
relação
aos direitos de
propriedade
a) Universalidade: todos os recursosescassos devem ser possuídos poralguém;
b) Exclusividade: os direitos de propriedadedever ser direitos exclusivos, devempermitir a exclusão;
c) Transferibilidade: esta é uma condiçãonecessária para assegurar que os recursosirão ser transferidos para os indivíduos quetiverem melhor uso dos mesmos.
63
Property Rigths Approach
Os teóricos dos direitos de propriedade realçam o fato de que o valordos bens e serviços depender fundamentalmente do “conjunto dedireitos legais” que acompanha e pode ser transferido com ele. Aeconomia, de fato, estuda as mudanças desses “conjuntos dedireitos” e as maneiras como podem, assim, afetar os preços e autilização dos recursos. Claramente, o preço de uma propriedadevaria de acordo com o fato de ser ela propriedade de alguém oualugada por alguém, e esses diferentes direitos -... – afetam aeficiência com que a terra é usada.
Cento Veljavski (1994, p.33)
64
Jones (2000, p.75)
A Revolução Industrial – o início do crescimentoeconômico sustentado – ocorreu quando as instituiçõesdestinadas a proteger os direitos de propriedadeintelectual estavam suficientemente bem desenvolvidaspara que os empreendedores pudessem capturar algumretorno privado dos imensos retornos sociais geradospelas suas inovações. Embora incentivosgovernamentais, como prêmios ou financiamentopúblico, pudessem substituir até certo ponto essesincentivos de mercado, a história sugere que apenasquando há suficientes incentivos de mercado é que podehaver inovações generalizadas e crescimentosustentado.
65
Property Rigths Approach
O principal postulado da economia dos direitos depropriedade é que a natureza e a forma da propriedadetêm efeitos fundamentais sobre a alocação de recursos ea distribuição de renda na economia.
Conseqüentemente, o estudo da diferentes regimes dedireitos de propriedade podem ter distintos efeitos sobreo desempenho da sociedade.
66
As Instituições
O sistema legal britânico de common law, tem umcaráter evolucionários, que é baseado no costume e emcasos precedentes e proporciona flexibilidade nojulgamento. Proporciona proteção para a propriedadeprivada.
Códigos napoleônicos – proporcionaram igualdadediante da lei, estabaleceram o estado secular, liberdadede conciência e a liberdade econômica. A liberdade decontratos deu aos contratos válidos a força de lei.
67
Lei de Patentes- História[cf. Joel Moky (1990,p.79)]
Veneza – Ato de Patente (1474)
Novos mecanismos e engenhos;
Proteção contra a imitação por 10 anos;
Penalidade pela imitação: multa e destruição daimitação;
Inglaterra: Statute of Monopolies (1624)
Proteção por 14 anos para novas invenções.
68
Lei de Patentes- História
EUA: Patent Act (1790, 1952, 1996 amendments)
Federal Power: Article I, Section8 [8]
"to promote the progress of science and useful arts, by
securing for limited time to authors and inventors the
exclusive right to their respective writings and
discoveries." [U.S. Constitution, Article 8, Section I]
.
69
Resumindo...
As idéias são muito diferentes de outros benseconômicos. As idéias, uma vez inventadas, são nãorivais, isto é, podem ser usadas por uma ou por milpessoas sem um custo adicional.
Esta característica implica que a magnitude de umaeconomia – sua escala –desempenha um importantepapel na economia das idéias.
A única razão pela qual um inventos se dispõe a assumiros altos custos fixos da geração de uma idéia é porqueespera cobrar um preço superior ao custo marginal e,assim, auferir lucros.
70
Resumindo...
O incentivo para a geração de novas idéias depende doslucros que o inventor pode esperar auferir, e não dosbenefícios sociais assegurados pelas idéias.
Patentes e direitos autorais são mecanismos legais quebuscam aproximar os benefícios privados da invenção deseus benefícios públicos. O desenvolvimento de taisinstituições e dos direitos de propriedade, de um modogeral – pode ter desempenhado papel crítico nodesencadeamento da Revolução Industrial e nocrescimento econômico que se seguiu.
71
Invenções
http://corporate.britannica.com/press/inventions.html
http://inventors.about.com/library/inventors/blinternet.htm#email
http://www.si.edu/resource/faq/nmah/invent.htm
72
Lei de Patentes
http://www.economiabr.net/economia/2_lei_de_patentes.html
http://www.econ.upf.edu/~marimon/lernerAER02patent150years.pdf
http://www.wipo.int/portal/index.html.en
http://inventabrasilnet.t5.com.br/ypatent.htm
FIM
PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO
UFRGS
Top Related