disciplina optativa 2012/2
Plano de ensino Ementa:
Comunicação; photoshop; blog; editorial de moda.
Objetivo geral:Utilizar as ferramentas de comunicação na elaboração de produtos e projetos de moda.
Objetivos específicos:- Capacitar o aluno a estabelecer um elo entre a representação do produto de moda e a publicação midiática;
- Desenvolver com maior profundidade o aprendizado de comunicação do produto de moda, através da articulação e defesa dos trabalhos;
- Aplicar a produção técnica do aluno em produtos de comunicação.
Conteúdo programático:1. Comunicação..... 1.1. Teoria e modelos de comunicação..... 1.2. Briefing..... 1.3. Marca, Logomarca e Logotipo..... 1.4. Peças gráficas de moda e regras de
design gráfico..... 1.5. ferramentas do processo de
representação e comunicação de produtos de moda.
2. Photoshop..... 2.1. Interface do programa..... 2.2. Filtros, texturas, efeitos,
camadas..... 2.3. Design de croqui de moda Corel
e Photoshop..... 2.4. Peça gráfica de moda
3. Blog..... 3.1. Definições..... 3.2. Interface do Blogger.......... 3.2.1. publicações no Blog.......... 3.2.2. pequenos textos.......... 3.2.3. peças gráficas.......... 3.2.4. peças gráficas.......... 3.2.5. upload de imagens.......... 3.2.6. Desenvolvendo portfólio online
4. Editorial de moda..... 4.1. Definições..... 4.2. Etapas do editorial..... 4.3. Produção de moda para editorial
5. MetodologiaApresentação do programa e temática definida para desenvolvimento dos trabalhos em sala de aula com o auxilio de ferramentas gráficas tais como CorelDraw e Photoshop, bem como ferramentas de publicação na Web (sites de hospedagem gratuita). Utilização de Data show para apresentação de trabalhos e aulas expositivas. Interação entre alunos e debates acerca dos temas propostos em aula.
Critérios de avaliaçãoParticipação efetiva durante as aulas, realização de trabalhos em sala, etc;
Entrega de temas de casa em dia;
Outros Trabalhos propostos no decorrer da disciplina.
Bibliografia básica:BARNARD, Malcolm. Moda e Comunicação. Rio de Janeiro: Rocco, 2003.JONES, Sue Jenkyn. Fashion Design - Manual do Estilista. 2006: Cosac & Naify, 2006.LEITE, Adriana Sampaio. Desenho Técnico de Roupa Feminina. São Paulo: Editora SENAC Nacional, 2006.
Bibliografia complementar: OLIVEIRA, Sandra Ramalho. Moda também é Texto. São Paulo: Rosari, 2007.SIMMEL, Georg. Filosofia da Moda e Outros Escritos. Lisboa - Portugal: Texto e Grafia Edições, 2008.WAJNMAN, Solange. Moda, Comunicação e Cultura - Um Olhar Acadêmico. 2. ed. São Paulo: Arte e CiênciaEditora, 2005.
Moda é Comunicação (Talita Bulhões)
Uma peça de roupa não é tão simples como parece ser. Não nos vestimos
apenas para cobrir o corpo. O ator de vestir não se revela algo automático,
despido de significação. Antes de qualquer coisa, a roupa é comunicação.
Para Barnard (2003), autor do livro Moda e Comunicação, a indumentária é
um dos fatores que tornam as sociedades possíveis, visto que ela ajuda a
comunicar a posição dos indivíduos. Por exemplo: reconhece-se
imediatamente um policial, um mendigo, um juiz, um varredor de rua ou
um militar por suas roupas, e todos sabem como se comportar diante de
cada um deles. “Moda é comunicação, é mídia que se expressa
visualmente. É também a carteira de identidade do cidadão, seu
passaporte num mundo de culturas liquidificadas em novos amálgamas”
(CASTILHO; GARCIA, 2001).
A moda, como meio de comunicação e como instrumento de construção
de uma identidade, serve tanto ao indivíduo quanto a um grupo social
inteiro. Sua mensagem, entretanto, só pode ser compreendida dentro de
um contexto cultural. No livro Moda é Comunicação Garcia e Miranda
(2005) observam que “consumir bens para adornar e recriar o próprio
corpo significa fazer escolhas e afirmações que nos aproximam ou nos
afastam dos outros e de nós mesmos”.
Diversos escritores utilizam diferentes áreas do conhecimento humano –
como a sociologia, a psicologia, a semiótica e a antropologia – para tratar
do fenômeno da moda de uma forma séria, profunda e inovadora. Para
provar que moda é comunicação, muitos partem do princípio de que a
condição humana inclui um conjunto de relações dinâmicas entre o
homem e o seu meio material, inclui a necessidade básica de
comunicação.
Considerando que “comunicar é criar e manter vínculos”, o look
pode ser entendido como um processo comunicativo capaz de
fomentar e documentar a cultura pela seleção de elementos
distintos do sistema de moda. Quando fazemos uso da moda
estamos nos comunicando, produzindo e respondendo aos
estímulos que nos rodeiam. “Com a moda começa o poder social
dos signos ínfimos, o espantoso dispositivo de distinção social
conferido ao porte das novidades sutis” (LIPOVETSKY 1989).
Moda, Identidade e Comunicação (Paula Garcia Lima)
A busca pela diferenciação e individualização através da moda é uma questão que, de
fato, me instiga muito. A relação passional que eu tenho com este assunto começou
quando eu percebi a necessidade que as pessoas tem de se singularizar quanto maior
for o centro urbano. Não
precisa ir muito longe, basta lembrar dos transeuntes na rodoviária de Porto Alegre
para que percebamos o quanto as pessoas buscam um estilo próprio, individual.
Os estilos diferentes e peculiares são inúmeros. Essa busca e este desejo pela
singularidade e por uma personalidade própria se deu –de acordo com o filósofo,
sociólogo e professor francês Gilles Lipovetsky– ao longo da Idade Média nas classes
superiores. É no final deste período que aparecem inúmeros signos que revelam esta
conscientização até então inédita de que os indivíduos são portadores de identidades
subjetivas, que possuem vontade de expressar sua singularidade individual e de
exaltar a sua individualidade.
Lipovetsky fundamenta esta afirmação citando alguns
destes signos:
Nas Crônicas e Memórias, a preocupação de marcar a
identidade daquele que fala aparece numa forma canônica:
Eu seguido do nome, sobrenome e qualidades daquele que
fala; nas obras poéticas intensificaram-se as confidências
íntimas, a expressão dos impulsos do eu, instantes vividos,
lembranças pessoais. O aparecimento da autobiografia, do
retrato e do auto-retrato ‘realistas’, ricos em detalhes
verdadeiros, revela igualmente, nos séculos XIV e XV, a
nova dignidade reconhecida naquilo que é singular no
homem, embora em quadros ainda muito amplamente
codificados e simbólicos.
As pessoas passaram a sentir a necessidade de se
diferenciar para não se tornarem produtos em série, logo, a
moda foi um importante caminho para isto. Pode ser que
neste momento, lendo estas afirmações, algumas dúvidas
estejam povoando a sua mente. Como se singularizar através
da moda se ela é um fenômeno ditatorial, ou seja, no início
de cada estação nos é apresentado o que será usado nos
próximos meses? Cores, tecidos, modelagens, cumprimento
da saia, largura da calça, sapato alto ou baixo... É nesta
dúvida que reside o paradoxo da moda. Doris Treptow,
estilista e professora em cursos de moda, faz uma
explanação acerca deste assunto no seu livro Inventando
moda: A moda surge no momento histórico em que o homem
passa a valorizar-se pela diferenciação dos demais através
da aparência, o que podemos traduzir em individualização.
Todavia essa diferenciação de uns, visa uma
identificação com outros, pois a moda se dá
através da cópia do estilo daqueles a quem se
admira. Na era do consumo em massa, podemos
concluir que moda são os valores materializados
nos bens de consumo massificados, e que, à
medida que vão sendo consumidos, pautam as
relações entre as pessoas a partir das aparências
e de um ciclo de obsolescência programada que
privilegia aquilo que é novo. A moda pressupõe
adesão, ou seja, para que exista moda ela tem
que ser copiada por muitas pessoas que pensam
estar se distinguindo na multidão.
Ao mesmo tempo, mesmo ditando ‘regras’, a moda
confere liberdade ao usuário para compor o visual
da forma que lhe convier. No livro Moda e
Comunicação –Malcolm Barnard– professor
assistente de História e Teoria da Arte & Design da
Universidade de Derby na Grã-Bretanha, diz que a
moda e a indumentária são maneiras pelas quais as
pessoas podem diferenciar-se e expressar
singularidade. Ele ainda diz que “ao combinar
peças de roupa diferentes e de tipos diferentes,
pode-se efetuar uma vestimenta individual e
deveras única”.
Qual a diferença entre estilo e moda?
Estilo....
Moda...
Qual a diferença entre estilo e moda?
Moda é o de agora; estilo é perene. Moda é algo que você
segue; estilo é algo que você cria. Moda é fazer parte de uma
manada, estar com a multidão; estilo é algo sobre a visão
pessoal de cada um, sobre suas particularidade e esquisitices.
Pessoas estilosas normalmente estabelecem modas – na
verdade os designers de moda normalmente têm um estilo
pessoal incrivelmente restritom e pessoas “na moda” podem
realmente também ter estilo, mas uma coisa não
necessariamente implica na outra.
Qual(is) o(s) seu(s) estilo(s)?
A comunicação é um aspecto importante das nossas vidas. É difícil imaginar uma vida onde não há absolutamente nenhuma comunicação, sendo mesmo impossível ter uma vida sem comunicação.
Uma boa capacidade de comunicação é uma mais-valia e pessoas com boa capacidade de comunicação são um trunfo para qualquer sociedade empreendedora.
A comunicação é um aspecto importante das nossas vidas. É difícil imaginar uma vida onde não há absolutamente nenhuma comunicação, sendo mesmo impossível ter uma vida sem comunicação.
Uma boa capacidade de comunicação é uma mais-valia e pessoas com boa capacidade de comunicação são um trunfo para qualquer sociedade empreendedora.
Os seres humanos são considerados animais sociais. A comunicação é a base sobre a qual as sociedades podem ser construídas, uma vez que permite aos organismos interagir de forma produtiva.
a comunicação “ é o processo vital através do qual indivíduos e organizações se relacionam uns com os outros, influenciando-se mutuamente”.
Modelos de comunicaçãoconceito de modelo: representa uma forma ideal, nos modelos da comunicação abordados cada modelo procura mostrar os principais elementos de qualquer estrutura ou processo e as relações entre esses elementos.
Modelos de comunicação:
1. Modelos de base linear ou de informação
2. Modelos de base cibernética ou circular
3. Modelo de comunicação de Massas
4. Modelos culturais ou socioculturais
1. Modelos de base linear ou de informação:
Esses modelos chamam-se lineares porque
dissociam as funções do emissor e do receptor e
apresentam a comunicação como sendo a
transmissão de mensagens entre esses dois
pontos e num único sentido.
1. 1. Modelo Linear de Lasswell
Segundo Harold Lasswell (1948) descrever o
processo de comunicação é seguir um trajeto
unidirecional, é responder as seguintes
questões: por quem, o quê, por que canal, a
quem e com que efeito.
1.2. Modelo Linear Shannon e Weaver
Os teóricos Shannon e Weaver surgem quase na mesma
época mque Lasswell, com novos estudos, sendo estes
influenciados pelo modelo de Lasswell.
O modelo de Shannon e Weaver também linear, é
constituído por seis elementos inicialmente gerados para
representar aspectos técnicos das telecomunicações.
Posteriormente foram agregados às ciências sociais e
humanas.
Segundo esta teoria matemática a comunicação se estabelece
perante uma fonte de informação que é o momento da produção da
mensagem. A mensagem é transformada pelo transmissor para
posteriormente prosseguir com o envio dessa mensagem por um
canal. Surge então um novo termo a fonte de ruído, (indesejada pela
fonte, pois vai distorcer a mensagem). Em seguida a mensagem é
enviada para o receptor, este recebe o sinal transmitido pela fonte
para poder alcançar o ponto de chegada, seu destino.Sinal
recebidoSinalMensagemFonte de
informaçãoTransmissor Receptor Destino
Mensagem
Fonte de Ruído
2. Modelos de Base Cibernética ou Circulares
São aqueles que integram a retroação ou
feedback como elemento regulador da circularidade da
informação. O fato de serem considerados cibernéticos é
o de incluírem no seu processamento da informação o
elemento da retroação.
2.1 Modelo de comunicação Interpessoal de Schramm:
Schramm acrescenta aos modelos lineares uma nova
dimensão, na medida em que através da retroação haverá um
intercâmbio e inter-influência que cada um exerce sobre o
outro.
De acordo com Schramm o ato comunicativo é
interminável. Para ele é errôneo afirmar que o processo de
comunicação tem um início e um fim determinado.
3. Modelos de Comunicação de Massas:
Os modelos de comunicação de massas foram incluídos
nos modelos de base circular ou cibernética, devido ao
fato de os atuais meios de comunicação de massas, se
inspirarem nos princípios da retroação enquanto
regulador da sua boa aceitação junto do seu público. O
modelo apresentado pelo investigador George Gerbner,
tem o poder de “apresentar formas diferentes em função
do tipo de situação de comunicação que descreve”.
3. Modelo Geral de Comunicação – Gerbner
Este modelo tem a vantagem de poder ser utilizado para
variados fins, pode descrever a comunicação mista entre
humanos e máquina bem como pode ser usado para
diferenciar áreas de investigação e construção teórica.
3.2. Modelo da Comunicação de Massas de Schramm
No modelo deste teórico as mensagens são inúmeras mas idênticas, o emissor é
coletivo, são ao mesmo tempo, o organismo e os mediadores que dele fazem parte.
As operações de codificação, interpretação e descodificação existem e são obra de
vários especialistas que utilizam fontes exteriores (por exemplo num jornal serão
informações de agências de publicidade e notícias produzidas pelos jornalistas) e
têm em conta a retroação ou o feedback .
3.3. Modelo do Processo de Comunicação de Massas – Maletzke
Através deste modelo, Maletzke evidencia a extensão do processo de
comunicação de massas com base nas suas implicações sociopsicológicas.
Maletzke no seu esquema apresenta alguns elementos já abordados
anteriormente, Comunicador, Mensagem, Meio e Receptor, adicionando mais
dois elementos que surgem entre o meio e o receptor. Um deles é a pressão
ou constrangimento causado pelo meio. Este teórico defende que o dia-a-dia
do receptor é completamente influenciado pelas características, princípios e
conteúdos do meio. O outro é a imagem que o receptor tem desse mesmo
meio influencia a sua escolha relativamente aos conteúdos.
4.1. Modelo Cultural de Edgar Morin
Ao contrário dos modelos anteriores, os investigadores franceses centram a comunicação
tendo em conta a vertente da cultura de massas e na sociedade em si, visam uma
concepção sociocultural. Um desses investigadores foi Edgar Morin, este foca-se na
cultura de massas, bem como no fenómeno do consumo cultural. Segundo este teórico, a
cultura de massas é gerada através do processo dialético englobado em três elementos
inteiramente relacionados, criação (individualização), produção (estandardização) e consumo
(democratização).
4.1. Modelo Cultural de Abraham Moles
O modelo deste investigador insere-se numa
perspectiva cibernética, ele defende que estamos
perante uma sociodinâmica da cultura na medida
em que há uma interação constante entre a
cultura e o meio a que ela pertence.
Segundo Abraham Moles a comunicação está envolvida em quatro
elementos, o macro-meio representa a sociedade em si, integrado nela
está o criador, aquele que tem como objetivo desenvolver ideias novas,
desempenhando assim atividade em todos os ramos em função de um
micro-meio, sendo este entendido como um sub-conjunto da sociedade,
através dos meios de comunicação de massa.
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