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14/8/2010

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CRESCIMENTO

Disciplina: Agricultura IIProf. Volmir Sergio Marchioro

CULTURA DO MILHO NECESSIDADE DE CALOR

Unidades de calor para a cultura do milho iniciar o florescimento ou completar o ciclo

Para uma TM = 32 e Tm = 22 em determinado dia

UC = (30 + 22/2) -10UC = (26) - 10UC = 16

MORFOLOGIA DA PLANTA

Fonte: HANWAY, J.J. (1966)

SEMENTE PLÂNTULA

MORFOLOGIA DA PLANTA

Pendão

Espiga

Quarta folha

ColmoRaiz

Primeira folha

MORFOLOGIA DA PLANTA

EspiguetaEspiguetaEspiguetaEspigueta

EspiguetaEspiguetaEspiguetaEspigueta

GlumasGlumasGlumasGlumas

LemaLemaLemaLema

EstamesEstamesEstamesEstames

GlumaGlumaGlumaGluma

Flor FlorFlor FlorFlor FlorFlor Flor

PáleaPáleaPáleaPálea

Fonte: LIMA, J.L. (2006)

Eixo CentralEixo CentralEixo CentralEixo Central

Ramificação Ramificação Ramificação Ramificação secundáriasecundáriasecundáriasecundária

EstameEstameEstameEstame FileteFileteFileteFileteAnteraAnteraAnteraAntera

EspiguetaEspiguetaEspiguetaEspigueta

Inflorescência masculinaPendão

INFLORESCÊNCIA MASCULINA

Fonte: Viana et al. (1999); McSteen et al. (2000)

- Chamada de pendão ou flecha;- Constituída de um eixo central (ráquis);- Ramificações secundárias e terciárias;- Espiguetas dispostas aos pares;- Espiguetas com duas glumas;- Flores com lema e pálea;- Com três estames;- Duas lodículas;- Um pistilo abortado.

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MORFOLOGIA DA PLANTA

Fonte: LIMA, J.L. (2006)

Inflorescência feminina

EstiloEstiloEstiloEstilo----estigma ou cabeloestigma ou cabeloestigma ou cabeloestigma ou cabelo

Flores femininasFlores femininasFlores femininasFlores femininas

PalhaPalhaPalhaPalha

Ráquis ou sabugoRáquis ou sabugoRáquis ou sabugoRáquis ou sabugo

RáquisRáquisRáquisRáquisOvárioOvárioOvárioOvário

EstiloEstiloEstiloEstilo----estigmaestigmaestigmaestigma

INFLORESCÊNCIA FEMININA

Fonte: Goodman & Smith (1987).

- Chamada de boneca ou espiga;- Apresenta palha e sabugo (ráquis);- Espiguetas, flores femininas;- Cada espigueta possui duas flores;- Uma funcional e outra geralmente atrofiada; - Dispostas aos pares e em espiral no sabugo; - Alinhamento em fileiras longitudinais;- Número de fileiras normalmente é par; - Estilos-estigmas chamados de cabelo ou barba.

CONCEITOS IMPORTANTES

MONOCOTILEDÔNEA: plantas com

nervuras das folhas paralelas, raiz em

cabeleira e somente com um cotilédone.

ALÓGAMA: plantas que se reproduzem

predominantemente por intercruzamentos, e

apresentam mais de 50% de fecundação

cruzada e até 5% de autofecundação.

MONÓICA: plantas que apresentam flores

unissexuadas masculinas e femininas no

mesmo individuo.

ESTÁDIOS DE DESENVOLVIMENTO

Fonte: Adaptado de Paterniani &

Viégas, citados em Malavolta e

Dantas, 1987 (1966)

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

RITCHIE, S.W; HANWAY, J.J & BENSON, G.O. Como a planta de milho se desenvolve. Goiânia: POTAFOS, 2003. 20p (Informações agronômicas, 103).

�HANWAY J.J. How a corn plant delelops. Ames-Iowa: Iowa State University, 1966. (Special Report, 48)

�O Trabalho foi realizado utilizando um híbrido com florescimento médio de 65 dias e maturidade fisiológica média de 125 dias após a emergência. Com 20-21 folhas em média.

*Ciclo das cultivares brasileiras varia de 100 a 180 dias.

FENOLOGIA / ESTÁDIOS

Vegetativos

Reprodutivos

Fonte: HANWAY, J.J. (1966)

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ESTÁDIOS

Estádios vegetativos:

VE - EmergênciaV1 - 1a folha desenvolvidaV2 - 2a folha desenvolvidaV3 - 3a folha desenvolvidaV6 - 6a folha desenvolvidaV9 - 9a folha desenvolvidaV12 - 12a folha desenvolvidaV15 - 15a folha desenvolvidaV18 - 18a folha desenvolvidaVn - n folha desenvolvidaVT - Pendoamento

Estádios reprodutivos:

R1 - FlorescimentoR2 - Grão leitosoR3 - Grão pastosoR4 - Grão farináceoR5 - Grão farináceo-duroR6 - Maturidade fisiológica

*Considera-se folha desenvolvida a que apresentar a urícula completamente visível

Fonte: HANWAY, J.J. (1966)

ESTÁDIO VE

- Sementes absorvem água e começam germinar;

- A radícula é a 1a a se alongar, seguida pelo coleóptilo;

- Início do crescimento das raízes seminais;

- VE ���� mesocótilo empurra o coleóptilo para fora do solo;

- Com temperatura e umidade, emerge em 4 a 5 dias;

- Início do crescimento das raízes nodais (definitivas);

VE

Fonte: HANWAY, J.J. (1966)

mesocótilo

Fonte: HANWAY, J.J. (1966)

- Baixa temperatura ���� restringe absorção de nutrientes ���� reduz crescimento;

- Fertilizante no sulco ���� lado ou abaixo da semente ���� ajuda;

- Lentidão na germinação ���� predispõe a semente e plântula ���� fatores ambientais ���� fungos de solo;

- Acelerar germinação e emergência ���� plantios do cedo ���� semeadura mais rasa;

- Plantios tardios ���� temperatura adequadas ����qualquer profundidade ���� umidade pode limitar crescimento.

ENTRE VE e V3

- Ponto de crescimento ����2,5 a 4 cm abaixo do solo;

- Logo acima do mesocótilo;

- Neste ponto se origina o sistema radicular definitivo;

- Profundidade raízes definitivas X profundidade de semeadura ���� depende do alongamento do mesocótilo;

- Raízes definitivas ���� inicia no VE ���� alongamento das primeiras raízes no V1 ����crescendo até o R3.

Fonte: HANWAY, J.J. (1966)

ENTRE VE e V3

ESTÁDIO V3

- 3a folha completamente desenvolvida;

- Reduz o crescimento das raízes seminais;

- Ponto de crescimento ainda abaixo do solo;

- Praticamente definido o no de folhas e espigas;

- Definição do rendimento de grãos potencial.

2 a 3 semanas após emergência

Fonte: HANWAY, J.J. (1966)

ESTÁDIO V6

- 6a folha completamente desenvolvida;

- Raízes nodais em pleno funcionam. e crescimento;

- Ponto de crescimento e pendão acima do solo;

- Completamente definido o no de folhas e espigas.

3 a 4 semanas após emergência

Fonte: HANWAY, J.J. (1966)

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- Início da queda das primeiras folhas;

- O número de fileiras de grãos é definido;

-Máxima tolerância ao excesso de chuvas;

- Estresse hídrico ���� reduz internódios ���� colmos mais finos ���� menor área foliar;

- Períodos secos ����fase de "cartucho" ���� ataque da lagarta-do-cartucho;

- De V4 até o estádio V6 ���� aplicação de adubação nitrogenada.

Fonte: HANWAY, J.J. (1966)

ENTRE V6 e V9 ESTÁDIO V9

- 9a folha completamente desenvolvida;

- Muitas espigas facilmente visíveis;

- Todo nó ���� 1 espiga ���� exceto 6 a 8 abaixo do pendão;

- O pendão se encontra em rápido desenvolvimento.

4 a 5 semanas após emergência

Fonte: HANWAY, J.J. (1966)

- Alta taxa de desenvolvimento de órgãos florais;

- Caule continua alongando;

- Elongação do caule ���� através dos entrenós;

- Após o estádio V10 ���� surgimento de um estádio foliar e outro ���� passa de 4 para 2 a 3 dias;

- Rápido e contínuo crescimento ���� acumulo de nutrientes ���� peso seco ���� até os estádios reprodutivos;

- Grande demanda por água e nutrientes.

Fonte: HANWAY, J.J. (1966)

ENTRE V9 e V12 ESTÁDIO V12

- 12a folha completamente desenvolvida;

- Determinação do tamanho da espiga;

- Perda de duas a quatro folhas basais;

- Inflorescências femininas superiores < inferiores.

5 a 6 semanas após emergência

Fonte: HANWAY, J.J. (1966)

- Óvulos (grãos em potencial) ����tamanho da espiga ���� definidos em V12

- Início do período mais crítico ���� vai até a polinização.

- Planta atinge cerca de 85% a 90% da área foliar;

- Surgimento de raízes adventícias;

- Falta de umidade e nutrientes ���� reduz número de grãos e tamanho das espigas;

Fonte: HANWAY, J.J. (1966)

ENTRE V12 e V15 ESTÁDIO V15

- 15a folha completamente desenvolvida.

- Inflorescências femininas superiores > inferiores;

- Estigmas começando a crescer nas inflorescências.

6 a 7 semanas após emergência

Fonte: HANWAY, J.J. (1966)

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- Ainda período importante para o desenvolvimento da planta;

- Um novo estádio foliar ocorre a cada 1 ou 2 dias;

- V17 ���� as espigas visíveis no caule, ���� extremidade do pendão;

- Déficit hídrico 2 semanas antes e após o florescimento ���� grande redução na produção;

- Maior redução na produção por déficit hídrico ocorre na emissão dos estigmas (início de R1);

- Em torno do florescimento ���� importante para a irrigação.

Fonte: HANWAY, J.J. (1966)

ENTRE V15 e V18 ESTÁDIO V18

- 18a folha completamente desenvolvida;

- No de grãos por fileiras completamente definidos;

- Planta se encontra a uma semana do florescimento;

- Inflorescências femininas superiores com cabelos;

7 a 8 semanas após emergência

Fonte: HANWAY, J.J. (1966)

ESTÁDIO VT

- Pendoamento ���� último ramo do pendão bem visível;

- Planta com máximo desenvolvimento e crescimento;

- Pendão médio chega a ter 2,5 milhões de grãos de

pólen, uma espiga tem 750 a 1000 óvulos.

8 a 9 semanas após emergência

Fonte: HANWAY, J.J. (1966)

- Excesso de água ���� inviabilidade do pólen;

- Falta de água ���� afeta o sincronismo pendão /espiga ����reduz a chance de segunda espiga;

- Planta mais vulnerável às intempéries da natureza;

- Remoção de folha ���� perdas na colheita;

- Período de liberação do pólen ���� uma a duas semanas;

- Neste período ���� cada "cabelo" deve emergir ���� ser polinizado ���� para resultar num grão.

Fonte: HANWAY, J.J. (1966)

ENTRE VT e R1

ESTÁDIO R1

- Florescimento e embonecamento;

- Estigmas visíveis fora da palha da espiga.

9 a 10 semanas após emergência

Fonte: HANWAY, J.J. (1966) Fonte: HANWAY, J.J. (1966)

ESTÁDIO R1

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- Número de óvulos fertilizados ���� determinado:

- Óvulos não fertilizados ���� não produzirão grãos;

- Déficit hídrico ���� baixa polinização e granação;

- Liberação do pólen ���� vai do amanhecer ao meio-dia;

- Pólen pode permanecer viável por até 24 horas;

- Fertilização ocorre de 12 a 36 horas após a polinização;

Fonte: HANWAY, J.J. (1966)

ESTÁDIO R1 ESTÁDIO R2

- Grão leitoso.10 a 14 dias após florescimento

Fonte: HANWAY, J.J. (1966)

- Endosperma ���� cor branca ���� leitoso;

- Embrião ���� desenvolvimento ���� radícula, coleóptilo e primeira folha embrionária ����formados;

- Espiga próxima de atingir tamanho máximo;

- Estigmas ���� completaram função ���� agora escurecidos ���� começando a secar;

- Grãos em período de rápida acumulação de matéria seca;

- Umidade dos grãos é de 85%.

Fonte: HANWAY, J.J. (1966)

ESTÁDIO R2 ESTÁDIO R3

- Grão pastoso.18 a 22 dias após florescimento

Fonte: HANWAY, J.J. (1966)

- Grão ���� aparência amarela ���� interior pastoso;

- Definição da densidade dos grãos;

- Grãos com rápida acumulação de matéria seca ���� cerca de 80% de umidade;

- Crescimento dos grãos ���� se deve ao enchimento das células do endosperma;

- Fase de colheita do milho verde ���� pequenas variações.

Fonte: HANWAY, J.J. (1966)

ESTÁDIO R3

Fonte: HANWAY, J.J. (1966)

ESTÁDIO R3

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ESTÁDIO R4

- Grão farináceo.

R4 a R5

24 a 28 dias após florescimento

Fonte: HANWAY, J.J. (1966)

- Deposição de amido é acentuada;

- Ganho de peso por parte dos grãos;

- Grãos submetidos à pressão pelos dedos ����relativamente consistentes;

- Grãos com cerca de 70% de umidade;

- Cerca da metade do peso dos grãos foi atingido;

- Falta de água ���� grãos leves e pequenos ����comprometimento da produção.

Fonte: HANWAY, J.J. (1966)

ESTÁDIO R4

ESTÁDIO R5

- Grão farináceo-duro.

R3 R4 R5

35 a 42 dias após florescimento

Fonte: HANWAY, J.J. (1966)

- Grãos com cerca de 55% de umidade;

- Momento de colheita para silagem;

- Plantas em torno de 33 a 37% de matéria seca;

- Colhido nessa fase para silagem apresenta:

- Maior na produção de matéria seca por área;

- Decréscimo nas perdas de armazenamento;

- Maior consumo da silagem pelos animais.

Fonte: HANWAY, J.J. (1966)

ESTÁDIO R5

ESTÁDIO R6

- Maturidade fisiológica;

- Grãos estão com seu máximo peso seco;

- Camada dura de amido chega ao sabugo ���� abscisão.

55 a 65 dias após florescimento

Fonte: HANWAY, J.J. (1966)

- Maturidade fisiológica ����momento ideal de colheita ���� ponto de máxima produção ���� grãos com 30 a 38% de umidade ���� varia entre híbridos;

- Grão armazenado ���� umidade entre 13 a 15%

- 18 a 25% de umidade ���� pode ser colhido ���� desde que submetido a secagem;

- Camada preta ���� obstrução dos vasos ���� grão se desliga da planta ���� vida independente.

Fonte: HANWAY, J.J. (1966)

ESTÁDIO R6