Características essenciais
da poesia de Miguel Torga
Desespero humanista que decorre
da consciência de que o Ser Humano
é vitima de leis da Vida de Deus, o
que lhe causa revolta e angústia;
Português – Ano letivo 2014/15
Navegação de Deus, mas insistente
obsessão com a sua presença (muitas
vezes, silenciosa);
Ainda assim, a angústia dá, por vezes,
lugar à esperança na resolução de
situações ou sentimentos que oprimem
o sujeito poético;
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Perspetivação genesíaca e telúrica (Mito de
Anteu, gigante que retira literalmente a sua
força física da terra, com a qual tem de estar
em constante contacto) da Terra, da Vida e do
Homem:
a terra é por si só o ponto de origem de Vida e
de Força, daí que sinta necessidade dela, o que
o faz pintar cenários campestres ou marítimos
nos seus poemas;
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Sacralização da terra:
porque dela não consegue separar a sua
força, a sua alma e o seu coração, Torga
eleva a terra à condição de sagrada;
esta terra começa por ser sua, em São
Martinho de Anta – Trás-os-Montes,
mas estende-se a Portugal e também à
Península Ibérica;
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Humanismo e consciência
das injustiças humanas,
sociais e económicas de que o
ser Humano é vitima por parte
de ricos, governos, entre
outros;
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Linguagem:
seleção de vocábulos ligados à Natureza e à terra;
metáforas e imagens conseguidas pelo
manuseamento de vocábulos pastoris e marítimos;
irregularidade métrica, estrófica e rimática;
alternância entre vocabulário de registo de língua
corrente e registos mais eruditos, e ainda a presença
do léxico bíblico ou da inspiração bíblica, do tipo
«vinhos», «árvore», «pedra», «uva», entre outros.
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