UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE DESENHO TÉCNICO CURSO DE GRADUAÇÃO EM DESENHO INDUSTRIAL
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MARCELO ALEXANDRE SERRALHA MACHADO
LABSEW
Laboratório de Costura do Curso de Desenho Industrial da Universidade Federal Fluminense
Niterói 2018
1
MARCELO ALEXANDRE SERRALHA MACHADO
LABSEW
Laboratório de Costura do Curso de Desenho Industrial da Universidade Federal Fluminense
Orientador Acadêmico Profª. Drª. Luiza Helena Boueri Rebello
Niterói 2018/1
Trabalho de conclusão de curso apresentado em 25 de Junho de 2018, como requisito parcial para a obtenção do grau de bacharel em Desenho Industrial pela Universidade Federal Fluminense.
Ficha catalográfica automática - SDC/BEE
Bibliotecária responsável: Fabiana Menezes Santos da Silva - CRB7/5274
M149l Machado, Marcelo Alexandre LABSEW: Laboratório de costura do curso de desenhoindustrial da Universidade Federal Fluminense / MarceloAlexandre Machado ; Luiza Helena Boueri Rebello, orientadora.Niterói, 2018. 100 f. : il.
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em DesenhoIndustrial)-Universidade Federal Fluminense, Escola deEngenharia, Niterói, 2018.
1. Costura. 2. Indústria de Confecção. 3. Projeto. 4.Laboratório. 5. Produção intelectual. I. Título II. BoueriRebello,Luiza Helena, orientadora. III. Universidade FederalFluminense. Escola de Engenharia. Departamento de DesenhoTécnico.
CDD -
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MARCELO ALEXANDRE SERRALHA MACHADO
LABSEW
Laboratório de Costura do Curso de Desenho Industrial da Universidade Federal Fluminense
Trabalho de conclusão de curso apresentado em 25 de Junho de 2018, como requisito parcial para a obtenção do grau de bacharel em Desenho Industrial pela Universidade Federal Fluminense.
Trabalho aprovado em _____ de __________ de _____.
BANCA EXAMINADORA
Profª. Drª. Luiza Helena Boueri Rebello (Orientador Acadêmico) Universidade Federal Fluminense
Prof. Dr. João Marcos Viana de Quadros Bittencourt (Avaliador) Universidade Federal Fluminense
Profª. Drª. Regina Célia de Souza Pereira (Avaliador) Universidade Federal Fluminense
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AGRADECIMENTOS
Ao longo de todo o caminho da faculdade, devo agradecer a diversas pessoas, cada companhia, cada apoio, cada sentimento compartilhado, cada ajuda, cada orientação e experiência vivida. Devo agradecimentos a cada um dos professores, Giuseppe Amado de Oliveira, Liliane Iten Chaves, Luiza Helena Boueri Rebello, João Carlos Lutz Barbosa, João Marcos Viana de Quadros Bittencourt, Regina Celia de Souza Pereira, Renata Vilanova Lima, Ricardo Pereira Gonçalves e Tatiana Sá Gilles Rissin. Os ensinamentos e as experiências vivenciadas com cada um, tornaram o aprendizado nesse curso algo que vai além de apenas projetar produtos, experiências para a vida. Agradeço também aos amigos Anderson Figueira, Anderson Leite, Angelus Amaral, Carolina Lenker, Dalton Ascheroff, Danielle Santana, Delcio Benevides, Douglas do Santos, Eric Melo, Filipe Moura Fernando Domingos, Gabrielle Eccard, Geisiane Alves, Giulia Giorno, Helena Fernandes, Igor Klein, Lucas Queiroz, Lucas Rodine, Lucas Vieira, Mateus Filgueiras, Rafael Macedo, Rennan Gaio, Victoria Lopes, Vinicius Romão e Willian Diniz. Alguns da minha turma, outros de outras turmas, outros cursos, ou até mesmo de fora da universidade, mas a companhia, a força, a ajuda e o apoio de vocês foram necessários e especiais a cada momento em que a motivação de continuar o curso, os trabalhos e os projetos faltava. Obrigado também aos meus pais e minha irmã, os quais me ajudaram muitas vezes, desde o momento da inscrição para o vestibular. Sem eles não chegaria onde estou.
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RESUMO MACHADO, Marcelo. LABSEW: laboratório de costura do curso de Desenho indústria da Universidade Federal Fluminense. Niterói: Universidade Federal Fluminense, 2018. (Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação.) Os alunos do curso de Desenho industrial, a cada período da faculdade, precisam gerar um projeto, através da disciplina “Projeto de Design”. Nessa disciplina, dada a cada período letivo ao longo do curso, os alunos mergulham em diferentes ambientes de trabalho, pesquisas diversas e também uma grande variedade de estudos sobre diferentes métodos de projetação e de produção. À medida que o curso cresce, a quantidade de alunos e, consequentemente a de projetos, aumenta. Com isso, um dos métodos de produção que vem crescendo no curso é a confecção. Sendo assim, este trabalho visa a criação de um local, dentro da universidade, que possibilite o auxílio aos alunos fornecendo materiais de consulta para aprendizado, orientação e também ofereça suporte durante os processos de confecção de seus projetos, oferecendo assistência aos alunos para facilitar e otimizar o processo de criação e produção dos projetos relacionados à area. Palavras-chaves: Costura. Confecção. Projeto. Laboratório.
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ABSTRACT
MACHADO, Marcelo. LABSEW: laboratório de costura do curso de Desenho indústria da Universidade Federal Fluminense. Niterói: Universidade Federal Fluminense, 2018. (Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação.) Students taking the Industrial Design course are asked to develop a project over each term as requested in the Project Design classes. During these clas-ses, which happen throughout the course, students are immersed in several working environments, reasearches and also a significant varierty of studies about various means of production. As the course advances, the number of students increases and, as a consequence, so does the number of projects. By these means, one of the means of production which has been growing is sew-ing. Thus, this paper aims the creation of a place inside the university which may help students. It would offer students material to aid their learning, as well as guidance and support while they are working on their projects. Hence, stu-dents will be able to optimize their class-related projects. Keywords: Sewing. Tailoring. Project. Lab.
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LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1. Laboratório de produção textil 17
Figura 2. Primeiro ateliê 20
Figura 3. Mesa de trabalho do primeiro ateliê e a unica máquina utilizada.
20
Figura 4. Segundo ateliê 21
Figura 5. Máquinas do terceiro ateliê 21
Figura 6. Bancada para modelagem e corte do terceiro ateliê 22
Figuras 7 e 8. Posturas inadequadas 43
Figuras 9 e 10. Cortando a linha e cortando o tecido 44
Figura 11. Uso das mãos durante a costura 44
Figura 12. Acionamento do pedal da máquina 44
Figura 13. Iluminação da máquina Colarette 45
Figuras 14 e 15. Espaço do ateliê da segunda costureira 45
Figura 16. Costurando com possibilidade de machucar os dedos. 46
Figura 17. Costurando com outras encomendas sobre a mesa e o chão.
46
Figura 18. Indicação simplificada da localização do LABSEW no bloco E da UFF (Universidade Federal Fluminense).
51
Figura 19. Tecidoteca da Universidade privada USC (Universidade Sagrado Coração) localizada em Bauru, SP.
51
Figura 20. Exemplo de amostra etiquetada do acervo da tecidoteca. 52
Figura 21. Exemplo de material disponível no laboratório. 53
Figura 22. Planta baixa da sala 340 do Bloco E da UFF 54
Figura 23. Fotografia superior da maquete (escala 1:10) 54
Figura 24. Mesa do Laboratório 55
Figura 25. Dimensões da mesa em relação a sala. 56
Figura 26. Indicação do espaço de de 0,7m necessário à circulação de pessoas para atividades em volta da mesa.
56’
Figuras 27 e 28. Estudos antropométricos em relação à mesa. 57
Figura 29. Campo de visão sobre a área de trabalho. 58
Figuras 30 e 31. Exemplo de banco de assento elevado, com 0,6m de altura do chão ao assento.
59
Figura 32. Área acional sobre mesa de trabalho, em relação à sua menor medida, a largura de 1,2m.
59
Figuras 33 e 34. Áreas acionais sobre mesa de trabalho, em relação à sua maior medida, o comprimento de 2,2m.
60
Figuras 35 à 38. Testes antropométricos, atividade de costura. 61
7
Figuras 39 à 42. Testes antropométricos, atividade de modelagem e corte
62
Figura 43. Máquina de costura reta SINGER 63
Figura 44. Máquinas de costura reta atualmente no laboratório 65
Figura 45. Máquina de costura overlock SINGER 66
Figura 46. Máquina de costura SINGER Facilita Pro 2918 67
Figura 47. Assistência técnica SINGER no centro do Rio de Janeiro 73
Figura 48. Assistência técnica SINGER em Barreto, São Gonçalo 73
Figura 49. Estrutura da maquete 74
Figuras 50 e 51. Tampo da mesa feito em papel paraná 75
Figuras 52 e 53. Cabides com amostras em escala, da Tecidoteca 75
Figura 54. Amostras da Tecidoteca com etiqueta 76
Figuras 55 e 56 Lousas em escala 1:10 77
Figura 57. Estrutura da sala com mesa e lousas 77
Figura 58. Estrutura com mesa, lousas e expositor de tecidos. 78
Figura 59. Máquina de costura feita em eva. 78
Figura 60. Zoom da máquina de costura pintada 79
Figura 61 Noção comparativa de escala da maquete 79
Figura 62 Vista superior da maquete 80
Figuras 63 à 66. Vistas da maquete 80
Figuras 67 à 69. Fotos do interior da sala 318 83
Figura 70. Foto da segunda maquete, baseada na sala 318 do bloco E. Figuras 71 à 80. Alternativas de arranjos alternado a disposição dos móveis, seguidos por seus respectivos fluxograma de circulação. Figuras 81 à 83. Desenhos técnicos de planta baixa da sala 318
85 86 91
Figura 84. Planta de circulação 95
8
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Análise da tarefa no primeiro Ateliê 23
Tabela 2. Análise da tarefa no segundo ateliê. 34
Tabela 3 Caracterização e posição serial do sistema. 47
Tabela 4. Tabela GUT 48
Tabela 5. Parecer Ergonômico 49
Tabela 6. Especificações técnicas da máquina reta SINGER 64
Tabela 7. Especificações técnicas da maquina overlock SINGER 66
9
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas
TDT Departamento de Desenho Técnico
GDI Graduação em Desenho Industrial
ISO International Standards Organization
UFF Universidade Federal Fluminense
10
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 13
RELEVÂNCIA 13
MOTIVAÇÃO 14
ANÁLISE DO DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO 15
ESTADO DA ARTE 16
SENAI CETIQT 16
PROBLEMAS 17
OBJETIVO 18
PUBLICO ALVO 19
CAPÍTULO 1 19
1.1. Definição do problema 22
CAPÍTULO 2 23
2.1. Análise da tarefa 23
Ateliê 1 23
Ateliê 2 34
2.2. Caracterização e taxonomia dos problemas ergonômicos 43
CAPÍTULO 3 47
3.1. Tabela GUT e Parecer Ergonômico 48
3.2. Modelagem verbal e Síntese 50
CAPÍTULO 4 54
4.1. Projetação ergonômica 54
4.2. Componentes do Laboratório 55
4.2.1. Mesa de modelagem e corte 55
4.2.1.1. Estudos antropométricos em relação à mesa de modelgem e corte.
57
4.2.1.2. Testes antropométricos em relação à mesa de modelagem e corte.
61
4.2.1.3. Conclusão dos testes 63
4.2.2. Máquina de costura reta 63
4.2.3. Máquina de costura overlock 66
4.3. Sugestão de aquisição: SINGER Facilita Pro 67
4.3.1. Acessórios 69
4.4. SINGER 69
4.4.1. Assistência técnica 72
CAPÍTULO 5 74
11
5.1. Maquete do projeto 74
CAPÍTULO 6 80
6.1. Mudança no projeto 82
CAPÍTULO 7 95
CAPÍTULO 8: CONCLUSÃO 97
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 98
BIBLIOGRAFIA 99
13
INTRODUÇÃO
Como um curso de desenho industrial, com habilitação em projeto de
produto, desde o inicio do curso de graduação os alunos possuem disciplinas
com foco em projetar um produto. A disciplina “Projeto de Design” se repete
ao longo de todos os períodos do curso. Nesta disciplina os alunos do curso
passam por uma imersão em um processo criativo, em conjunto com variados
tipos de análises aprendidas através das metodologias de projeto. Após isso,
o aluno mergulha nas etapas de produção da sua ideia. Muitas vezes a
produção dessas ideias necessita de maquinário e conhecimentos específicos
não fornecidos pela faculdade, portanto o aluno deve buscar sanar essa
necessidade para concluir as etapas finais de produção e validação do seu
projeto. Uma das áreas da produção que vem crescendo dentro do curso é a
confecção. Cada vez mais alguns alunos geram, através da confecção,
soluções para determinados problemas estudados. Neste projeto a intenção
foi criar um local adequado para o trabalho e a experimentação das atividades
de costura e confecção de um projeto, gerando conhecimento tácito para o
aluno.
Foram estudadas medidas do local e dos móveis para gerar um projeto
espacial arquitetural de um laboratório com espaço dividido entre uma área
com foco em costura e outra área com foco em serigrafia. Como modelo
reduzido, foram construídas duas maquetes da sala onde os laboratórios se
localizam e nessas maquetes foram registrados, através de fotografias,
diferentes arranjos e feitos fluxogramas exemplificando a circulação
necessária dentro do ambiente para a realização da atividade de costura.
RELEVÂNCIA
A criação do LABSEW: Laboratório de costura do curso de Desenho
Industrial da UFF faz-se necessária tendo, em vista o crescente surgimento de
ideias de projetos relacionados à costura, os quais atribuem ao projetista que
não possui conhecimento prévio sobre a atividade, a necessidade de pesquisar
métodos de produção, tipos de materiais, acabamentos, fornecedores, entre
outros tópicos praticamente sem direcionamento prévio.
14
A existência de um local na própria faculdade que torne possível a
disponibilização de material de consulta, e também o contato direto com a
produção, com um profissional que possa esclarecer duvidas e fornecer aos
alunos a orientação necessária para o início das pesquisas de um projeto seria
de grande utilidade para a melhoria do andamento deste tipo de projeto,
envolvendo o ato de costurar.
MOTIVAÇÃO
Durante os diversos projetos feitos durante os períodos do curso de
graduação em Desenho Industrial, alguns períodos possuíam temas pré-
definidos de projeto, enquanto outros períodos ofereciam a opção do aluno
executar um projeto com tema de sua própria escolha. Durante o curso de
graduação passa-se por etapas que contribuem para o amadurecimento do
projetista. Nas etapas iniciais, normalmente os alunos atribuem seus gostos
pessoais nos projetos. No quarto período alunos tem a primeira experiência de
projetar para um cliente, inclusive com a participação do mesmo durante
algumas etapas da projetação. Depois passa-se pelos projetos de tema livre,
à escolha do aluno. Posteriormente o autor participou de um trabalho feito para
a disciplina Topicos Especiais em Design de Serviços e Inovação Social, em
que seu foco era incentivar os alunos a produzirem projetos para ajudar o
crescimento do próprio curso e que tivessem um aproveitamento além de
apenas concluir a disciplina cursada durante o período.
Devido ao conhecimento de alguns amigos sobre a interação do autor
com a produção de cosplays (atividade que consiste na utilização de diversas
técnicas de produção diferentes para reproduzir roupas e acessórios baseados
em personagens), ao criarem algo que envolvesse o uso de tecido e costura,
procuravam ou indicavam-o para outros alunos para consultas sobre métodos
15
de produção, tipos de tecidos ideais, dentre outras dicas para seus próprios
projetos.
Após todas essas experiências o autor decidiu unir seus gostos
pessoais e conhecimentos externos à faculdade à ideia de criar projetos que
tenham continuidade e ao propósito de ajudar o crescimento do curso. Assim,
foi escolhido como tema para o trabalho de conclusão de curso a criação de
um laboratório de costura dentro da universidade. Visando, assim, gerar um
local de auxílio, consultas, testes e aprendizado através da produção.
ANÁLISE DO DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO
Relatos afirmam que as agulhas mais antigas, feitas de osso e marfim,
foram fabricadas há mais de 30 mil anos. A tecelagem demorou um pouco mais
a aparecer: cinco mil anos atrás, as pessoas aprenderam a trançar e enredar
fios feitos de pelos de animais.
Esta arte manual acompanha a história dos hábitos humanos, já que,
de acordo com a tecnologia disponível em cada época da história, os trajes
ganham novos recursos e sofisticação. Na Idade Média os artesãos passaram
a usar não só os fios, mas também jóias e pedras preciosas nas vestimentas.
O ofício permaneceu como uma arte de especialista, passada de geração em
geração para homens e mulheres, até a Revolução Industrial. Nesta fase,
como em diversos outros ofícios, a costura ganhou padronização e produção
em série, mais rápida e adequada ao crescente mercado consumidor.
O primeiro modelo foi patenteado em 1790 por Thomas Saint, uma
máquina de costura para trabalhos em couro, e em 1830 o alfaiate
francês Barthélemy Thimonnier patenteou um modelo mais eficiente.
Mesmo após a sofisticação das máquinas industriais, roupas feitas sob
medida continuaram a ser produzidas, tornando-se um produto característico
das classes mais abastadas devido ao sentimento de exclusividade. Nessa
16
fase, surge o embrião do que seria a alta costura, criando uma cultura própria
para o ofício e um importante setor econômico.
ESTADO DA ARTE
Por mais que exista a indústria da moda e a produção em larga escala
para grandes marcas, a técnica do corte e costura tradicional, feita sob medida
e customizada continua com grande importância. Os primeiros moldes e peças
pilotos até mesmo de grandes confecções são manuais. A importância da
costureira e estilista neste processo é enorme.
Há também grande procura por cursos nesta área e as costureiras
amadoras que querem fazer seus próprios modelos hoje estão crescendo.
Além do trabalho, claro, dos alfaiates e costureiros.
SENAI CETIQT
Os laboratórios do SENAI/CETIQT, pertencentes a Coordenação de
Serviços Laboratoriais (CSL), possuem infraestrutura moderna e uma equipe
técnica qualificada e experiente, a qual realiza serviços de ensaios físicos,
químicos, microbiológicos, colorimétricos, toxicicológicos e de flamabilidade
em materiais têxteis e calibrações de instrumentos óticos em conformidade
com os requisitos da NBR ISO/IEC 17025, normas nacionais e normas
internacionais.
17
Em 1984, foi o primeiro laboratório da área têxtil acreditado junto à
Coordenação Geral de Acreditação do Inmetro (Cgcre) sob o CRL nº 0005. Em
2001, o laboratório de Colorimetria foi acreditado pela Cgcre, sob o CAL nº
0172, sendo o único laboratório no Brasil, pertencente à Rede Brasileira de
Calibração (RBC) especializado na área de óptica para calibração de
equipamentos de refletância, padrões coloridos e brancos.
Figura 1 . Laboratório de produção textil Fonte: Portal da Indústria SENAI CETIQT.
Atualmente, os laboratórios da CSL realizam mais de 300 serviços
metrológicos em materiais têxteis, sendo mais de 70 ensaios acreditados junto
a Cgcre, com rastreabilidade a laboratórios nacionais e internacionais (NPL,
NRC, entre outros).
PROBLEMAS
A participação do projetista na produção do seu projeto dá ao mesmo
tempo noções mais concretas das possibilidades de criação, do
comportamento dos materiais, dentre outros. A experimentação e a prática são
etapas de projetação muito enriquecedoras a um projeto devido ao
aprendizado gerado pelos testes, os erros, mau-funcionamento ou até mesmo
das partes que dão certo. Em prática, todo resultado se torna conhecimento
tácito, que é tão importante quanto o teórico.
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Devido à estrutura crescente do curso, ainda novo, oferecido pela
universidade, os alunos devem buscar conhecimento sobre métodos de
produção por conta própria. Anteriormente, esse problema afetava a todas as
areas de atividade projetuais escolhidas pelos alunos, porém com o
crescimento constante do curso, foram disponibilizados laboratórios
especializados, com estagiários auxiliares e também maquinário. Atualmente
o curso conta com um laboratório onde são realizados trabalhos com materais
diversos, porém em sua grande maioria madeira. Também existem
laboratórios voltados ao trabalho de modelagem e impressão 3D e fotografia
de produtos. Alguns outros cursos também oferecem laboratórios
disponibilizando auxílio aos alunos do curso de Desenho Industrial, como o
laboratorio de soldagem, dentre outros.
Os beneficios de ter um laboratório voltado à área de produção na qual
o projetista pretende atuar são grandes, como auxílio e opinião de profissionais
qualificados, possibilidade de participar da produção do projeto,
experimentação, etapas necessárias para a transformação de uma ideia em
um projeto consistente.
OBJETIVO
Tendo em vista os beneficios gerados pela participação do projetista
nas etapas de produção e experimentação dos seus projetos, o objetivo deste
trabalho é tornar viável para os alunos da universidade a produção de projetos
relacionados à costura e às atividades e processos que ela engloba de forma
prática, otimizando tempo de pesquisas e produção dos projetos, podendo
assim focar esse tempo na geração de um projeto mais consistente, através
da prática e das experiências.
19
PÚBLICO ALVO
Este projeto é direcionado a qualquer pessoa matriculada na
Universidade Federal Fluminese que disponha de alguma necessidade,
direcionamento ou auxílio relacionado à atividade de confecção de peças e
produtos utilizando o ato de costurar.
CAPÍTULO 1:
Foram realizadas visitas à faculdade SENAI CETIQT de Riachuelo e
também a três ateliês de costura domésticos. O primeiro é utilizado para
costura como hobby, o segundo e o terceiro são de profissionais autônomos
da área.
A primeira profissional recebe as peças de roupas já cortadas e então,
faz a costura com a máquina overlock ou outra, dependendo do tecido. Já a
que costura por hobby e o segundo profissional fazem desde o molde e corte
da roupa até a costura e acabamentos.
A visita ao terceiro ateliê teve como função ratificar a possibilidade de
confecção de diferentes produtos por um ateliê simples, contendo apenas as
máquinas de costura reta e overlock e mais alguns componentes, como
armários pequenos, mesas, entre outros.
Infelizmente a visita à faculdade CETIQT não se mostrou produtiva, a
essa primeira etapa do projeto, pois sua linha de produção se mostra em uma
escala muito diferente do projeto idealizado.
20
Figura 2. primeiro ateliê. Fonte: O autor.
Figura 3. mesa de trabalho do primeiro ateliê e a unica máquina utilizada Fonte: O autor.
21
Figura 4. segundo ateliê. Fonte: O autor.
Figura 5. Máquinas do terceiro ateliê Fonte: O autor.
22
Figura 6. bancada para modelagem e corte do terceiro ateliê Fonte: O autor.
As técnicas utilizadas na atividade são: modelagem, corte e costura. Já
os materiais utilizados são: máquina(s) de costura, alfinetes, tecidos, linhas,
fita métrica, tesoura, moldes...
1.1. DEFINIÇÃO DO PROBLEMA
Nos ateliês, foram observados os seguintes problemas:
mesas pequenas para o manuseio dos materiais;
organização precária dos materiais;
postura fixa e inadequada, movimentos frequentes de rotação e flexão
do tronco;
risco acidentário com as ferramentas cortantes;
uso de assento desconfortável e prejudicial à saúde.
23
CAPÍTULO 2:
Através das visitas feitas aos ateliês, com a realização de uma análise da tarefa
com acompanhamento e registro, escrito e fotográfico em dois dos ateliês,
pode-se notar problemas ergonômicos sérios que influenciavam na produção
do trabalho, além de causarem constrangimentos e custos humanos.
2.1. ANÁLISE DA TAREFA
Conhecendo a realidade de execução de atividades de costura em dois
ateliês de costura, a fim de poder observar procedimentos de trabalho e
aspectos posturais.
ATELIÊ 1
Tabela 1. Análise da tarefa no primeiro ateliê.
A costureira procura o tecido que deseja
utilizar na escrivaninha onde guarda
alguns tecidos.
24
Continua procurando em outra sacola de
tecidos guardada no chão e no canto do
quarto.
Faz o molde da roupa no chão, por falta
de espaço na mesa. Utiliza um lápis,
tesoura e jornal.
25
Mede o molde.
Mede o tecido.
26
Marca o tecido com o molde feito com
ajuda de um lápis.
Corta o tecido marcado com a tesoura.
27
Vai até a mesa de costura.
Liga máquina
28
Pega uma linha de costura.
Abre a máquina para inserir a linha por
dentro dela.
29
Enche a bobina de linha.
Encaixa a linha nos ganchos, buracos e
na agulha, e coloca a bobina de linha de
volta no seu lugar.
30
Pega o tecido e coloca na máquina.
Costura o tecido usando as mãos para
posicioná-lo e o pé para acionamento do
pedal.
31
Corta a linha depois de costurar na
própria máquina com auxílio de um
“ganchinho”.
Prova a roupa em alguém como modelo.
32
Desliga a máquina.
Recolhe sobras.
33
Guarda os restos dos tecidos.
Fonte: O autor.
34
ATELIÊ 2
Tabela 2. Análise da tarefa no segundo ateliê
Ligando a máquina Overlock.
Ajeita o tecido.
35
Coloca o tecido entre a sapatilha e a
máquina e costura.
Corta linha.
Pega as blusas fechadas.
36
Leva as blusas até a máquina Colarete.
Liga máquina Colarete.
37
Ajeita tecido.
Coloca o tecido entre a máquina e a
sapatilha.
38
Costura o tecido.
Puxa o tecido e corta linha.
39
Desliga a colarete.
Pega o tecido destinado para gola e a
máquina de corte.
40
Corta várias tiras.
Pega tecido da gola e blusas e leva
novamente para a overlock.
41
Pega o tecido da gola e costura.
Puxa o tecido e corta a linha.
Verifica se foi bem costurado.
Ajeita a blusa com o tecido da gola.
42
Coloca os mesmos entre a máquina e a
sapatilha.
Costura-os.
Puxa tecido e corta linha.
Fonte: O autor.
43
2.2. CARACTERIZAÇÃO E TAXONOMIA DOS PROBLEMAS
ERGONÔMICOS
Problema Interfacial-postural: uso de cadeira desconfortável,
inadequada para o trabalho realizado. Posturas inadequadas para
realizar a etapa de modelagem de peças no chão, forçada pela falta de
espaço.
Figuras 7 e 8. posturas inadequadas. Fonte: O autor.
44
Problema Acional Manual/Pedioso: Movimentos repetitivos com as
mãos, como puxar, cortar e arrematar o tecido, colocar a linha nos
caminhos da máquina e cortá-la; e com os pés, acionar o pedal para
que a máquina funcione.
Figuras 9 e 10. cortando a linha e cortando o tecido. Fonte: O autor.
Figura 11. Uso das mãos durante a costura; Figura 12. Acionamento do pedal da máquina. Fonte: O autor.
45
Problema Físico-ambiental: exposição ao calor do ambiente e ruídos
da máquina, além da falta de iluminação adequada para trabalho
noturno.
Figura 13. iluminação da máquina colarete. Fonte: O autor.
Problema Espacial/Arquitetural de Interiores: o ambiente de ambos
ateliês possui espaços reduzidos, dificultando a movimentação e
realização adequada da tarefa.
Figuras 14 e 15. espaço do ateliê da segunda costureira. Fonte: O autor.
46
Problema Acidentário: ambas as costureiras já sofreram acidentes ao
trabalhar, como furar os dedos com a agulha, objetos caírem no pé e se
cortar.
Figura 16: costurando com possibilidade de machucar os dedos. Fonte: O autor.
Problema Operacional: ambas as costureiras possuem ritmo intenso
e pressão de prazos de entrega de encomendas.
Figura 17: costurando com outras encomendas sobre a mesa e o chão. Fonte: O autor.
47
CAPITULO 3:
Conforme as informações adquiridas por meio da observação
assistemática, pôde-se definir toda a hierarquia dos sistemas envolvidos e
métodos utilizados para a realizacao da tarefa para que facilitasse ao identificar
a meta do projeto.
Foram identificados os requisitos, componentes e restrições do sistema,
para melhor realizarmos o projeto e evitarmos possíveis falhas.
Tabela 3. Caracterização e posição serial do sistema.
Fonte: O autor.
48
3.1. TABELA GUT E PARECER ERGONÔMICO
A tabela GUT consiste em selecionar os principais problemas e atribuir
notas de 0 a 5 com base em três categorias: Gravidade, Urgência e Tendência.
Na gravidade é avaliado o impacto desse problema sobre o usuário, já a
tendencia busca compreender se o mesmo aumentará ou se continuará igual
ao longo do tempo. Por último, urgencia está relacionada ao nível de gravidade
e de tendência pois quanto maiores forem esses dois, maior será a urgencia
em resolve-lo.
Tabela 4. Tabela GUT
Problemas Gravidade Urgência Tendência GxUxT
Interfacial-
postural
5 4 5 100
Manual/
pedioso
3 3 4 36
Físico-
ambiental
2 1 1 2
Espacial/Arquitetural de Interiores 3 1 1 3
Acidentário 4 3 2 24
Operacional 4 3 3 36
Fonte: O autor.
Através da tabela GUT, podemos perceber que o problema de maior
gravidade, urgência e tendência é o interfacial-postural, com a pontuação de
100 pontos. Esta análise pôde ser feita a partir das visitas e estudos a respeito
dos ateliês.
49
Tabela 5. Parecer ergonômico
Fonte: O autor.
O quadro do Parecer Ergonômico refere-se aos problemas observados
na Apreciação Ergonômica e hierarquizados na GUT, através disso, gerando
a conclusão de que o problema que deve ser tratado com atenção, em relação
à execução da tarefa, e a postura. Tendo essa constatação, foram realizados
estudos e testes antropométricos de adequação das posições e alturas dos
móveis a serem utilizados no projeto durante a tarefa para que estejam
50
compatíveis com os usuários sem gerar problemas a médio ou longo prazo
para os mesmos.
3.2. MODELAGEM VERBAL E SÍNTESE
O projeto consiste na elaboração de um laboratório de costura que
contenha, além do maquinário necessário para confecção de modelos de teste,
mock-ups e protótipos, também disponha de manuais que ensinem o básico
para fazer modelagem, corte, costura e estamparia. Os componentes do
laboratório não poderão ter nenhum tipo de fixação permanente pois o local
será compartilhado com outros laboratórios na mesma sala. Além disso, o
laboratório irá dispor de dois sub-projetos interativos, que serão a tecidoteca e
o catálogo/mapeamento de lojas de materiais necessários para a costura.
Esses sub-projetos terão seu início junto ao projeto do laboratório,
porém será ideal dar continuidade como projetos futuros para outros alunos
realizarem seu desenvolvimento para disciplinas de Projeto de Design.
Um deles consiste em um mapeamento de fornecedores de material
necessário para a produção, onde os alunos que utilizassem o laboratório e
fossem em busca de material que traga informações sobre o local onde
possam encontrar seus materiais necessários, ou até mesmo passando por
lojas e coletando cartões de visita ou informações sobre a loja para adicionar
ao projeto, que seria um banco de dados.
O outro, será a criação de uma Tecidoteca, ou seja, um acervo de
amostras de materiais (tecidos) utilizados para confecção. Os dois projetos
projetos trabalhariam em conjunto aprimorando um ao outro conforme vão
crescendo e assim complementando ainda mais a eficiência do laboratório.
A sala disponibilizada para a produção do laboratório de costura é
localizada no terceiro andar do Bloco E da Escola de Engenharia da
Universidade Federal Fluminence, campus da Praia Vermelha, em São
Domingos, Niterói.
51
Figura 18. Indicação simplificada da localização do LABSEW no bloco E da UFF (Universidade Federal Fluminense). Fonte: O autor.
Figura 19. Tecidoteca da Universidade privada USC (Universidade Sagrado Coração) localizada em Bauru, SP. Fonte: Blog Moda na USC.
52
Figura 20. Exemplo de amostra etiquetada do acervo da tecidoteca. Fonte: O autor.
53
Figura 21. Exemplo de material disponível no laboratório. Fonte: Amazon.
54
CAPÍTULO 4:
4.1. PROJETAÇÃO ERGONÔMICA
Figura 22. planta baixa da sala 340 do Bloco E da UFF com medidas em metros. Fonte: O autor.
Figura 23. Fotografia superior da maquete (escala 1:10) Fonte: O autor.
55
4.2. COMPONENTES DO LABORATÓRIO
4.2.1. MESA DE MODELAGEM E CORTE
Uma mesa de 2,20m de comprimento x 1,20m de largura, com 0,83m de
altura do chão à superfície do tampo de madeira compensado de 2,5cm de
espessura, sustentado por dois cavaletes de metal. A mesa não possui
nenhuma fixação à sala. Pode, portanto, ser realocada de acordo com a
necessidade.
A presença de uma mesa grande, para o laboratório de costura, é de
extrema necessidade para as etapas de modelagem e corte das peças de
tecidos, além de facilitar também na etapa da costura. Seu posicionamento
ideal se dá no centro da sala, logo abaixo das fontes de iluminação artificial
alocadas no centro do teto da sala, possibilitando assim uma melhor
iluminação durante o trabalho, seja diurno ou noturno. Isso também permite a
livre circulação em torno da mesa, muitas vezes necessária às atividades de
modelagem e corte.
Suas dimensões, em comparação com as da sala onde a mesa se
encontra, não impedem a circulação de pessoas ao redor, mesmo durante
atividades do laboratório.
Figura 24. Mesa do laboratório. Fonte: O autor.
56
Figura 25. Dimensões da mesa em relação à sala. Fonte: O autor.
Figura 26. Indicação do espaço de de 0,7m necessário à circulação de pessoas para atividades em volta da mesa. Fonte: O autor.
57
4.2.1.1. ESTUDOS ANTROPOMÉTRICOS EM RELAÇÃO À MESA DE
MODELAGEM E CORTE
Campo de visão do homem percentil 99 e da mulher percentil 1
representados em relação à altura elevada da mesa (83cm de altura do chão
ao tampo).
Figuras. 27 e 28 Estudos antropométricos em relação à mesa. Fonte: O autor.
58
Figura 29. Campo de visão sobre àrea de trabalho. Fonte: O autor.
A mesa, com altura de 0,83m é 0,1m acima da altura comumente
indicada para mesas, porém, devido à atividade de modelagem e corte, essa
altura pouco mais elevada a torna mais adequada ao trabalho, que é
realizado em pé.
Por culpa dessa pequena elevação, a mesa foge aos padrões de
trabalho sentado, porém o problema pode ser solucionado com o uso de
bancos de assento mais elevado.
59
Figuras 30 e 31. Exemplo de banco de assento elevado, com 0,6m de altura do chão ao assento.
Figura 32. Área acional sobre mesa de trabalho, em relação à sua menor medida, a largura de 1,2m. Fonte: O autor.
60
Figuras 33 e 34. Áreas acionais sobre mesa de trabalho, em relação à sua maior medida, o comprimento de 2,2m. Fonte: O autor.
61
4.2.1.2. TESTES ANTROPOMÉTRICOS EM RELAÇÃO À MESA DE
MODELAGEM E CORTE
Maior homem Menor mulher
Figuras 35 à 38: Testes antropométricos, atividade de costura. Fonte: O autor.
62
Figuras 39 à 42: Testes antropométricos, atividade de modelagem e corte. Fonte: O autor.
63
4.2.1.3. CONCLUSÃO DOS TESTES:
Com este teste antropométrico foi possível avaliar que a mesa possui
comprimento e largura suficiente para as tarefas de modelagem, corte e
costura. Porém foi constatado que a altura da mesa, do chão ao tampo, está
fora dos padrões ergonômicos, fazendo necessário o uso de assentos mais
elevados, pois essa altura, apesar de ser 10cm maior que o indicado para
mesas utilizadas para atividades realizadas enquanto sentado, a torna ideal
para a atividade de modelagem e corte, geralmente realizadas em pé.
.2.2. MÁQUINA DE COSTURA RETA
É capaz de realizar diversos trabalhos, desde a simples união de dois
tecidos, até vestidos, calças, mochilas inteiras. É, sem dúvida, a ferramenta
principal para costura.
Figura 43. Máquina de costura reta Singer Fonte: SINGER.
64
Tabela 6: Especificações técnicas da maquina reta SINGER
Modelo Voltagem Código EAN
2250/110V 127V 7896785461005
2250/220V 220V 7896785461012
Dimensões [mm] Máquina Embalagem
Altura 300 345
Largura 385 445
Profundidade 155 210
Peso[kg]
Líquido Bruto
6 7,3
Potência do Motor
[w] 85
Fonte: SINGER.
Atualmente o laboratório dispõe de duas máquinas de costura reta,
ambas da marca SINGER, porém antiquadas e precisando de reparos. Além
disso, não são modelos portáteis, são fixadas, uma a uma base, outra a uma
mesa, interferindo em uma das primeiras coisas requisitadas sobre o projeto
do laboratório, que os componentes não podem ser fixos e devem ser de fácil
locomoção para possivel reorganização do espaço para uso em função de
outro atividade além da costura.
Além disso, as mesas das maquinas de costura, da forma que foram
posicionadas na sala, dificultam a atividade, pois o tecido, após correr por cima
da área onde a linha costura, segue para o outro lado da mesa e ao cair pro
outro lado, seu peso auxilia no andamento da costura. Portanto, o ideal para a
tarefa seria uma máquina de costura portátil, assim como descrito
anteriormente, possibilitanto o uso tanto sobre a mesa para modelagem e
corte, quanto sobre a mesa onde está posicionada a máquina de costura
branca e a base fixa dela. Essa mesa, então, deve ser posicionada com sua
65
menor lateral encostada na parede, preferencialmente a lateral para onde
aponta a parte traseira da máquina de costura, permitindo a realização do ato
de costurar sem que o posicionamento da mesa dificulte ou atrapalhe a tarefa.
Figura 44. Máquinas de costura reta, atualmente no laboratório. Fonte: O autor.
Assim como mostrando na foto acima, o laboratório agora também dispõe de um modelo de manequim de busto feminino, réguas especiais para auxílio nas atividades de costura, modelagem e corte, chamadas de curva francesa.
O laboratório também possui alguns outros instrumentos, como tesouras e fitas métricas, dispostos dentro dos cestos pendurados na parede.
.2.3. MÁQUINA DE COSTURA OVERLOCK
A máquina de costura overlock é utilizada para acabamentos e
finalização das peças feitas com a máquina reta. Proporciona reforço e firmeza
à costura das peças. Essencial para trabalhar com tecidos que possuam
propriedades elásticas.
66
Figura 45: Máquina de costura Overlock SINGER. Fonte: SINGER.
Tabela 7: Especificações técnicas máquina overlock SINGER.
Modelo Voltagem Código EAN
14SH754BR/127V 110V 7896785410942
14SH754BR/220V 220V 7896785410959
Dimensões [mm] Máquina Embalagem
Altura 265 320
Largura 338 385
Profundidade 280 320
Peso[kg]
Líquido Bruto
7,2 8
Potência do Motor [w] 110
Fonte: SINGER.
Além dos citados anteriormente, são necessárias também algumas
ferramentas, como tesoura para corte de tecido, agulhas, alfinetes; também
faltam local para armazenamento de tecidos e materiais para aviamentos.
Ferramentas utilizadas com mais frequência devem estar ao alcance
das mãos ou em local de fácil acesso.
67
Seria ideal para o laboratório adquirir maquinário da marca Singer, pois
a mesma é referência de mercado, além de oferecer assistência técnica em
pontos relativamente próximos à universidade, facilitando assim a solução de
algum eventual problema.
4.3. SUGESTÃO DE AQUISIÇÃO: SINGER FACILITA PRO
Um equipamento mais moderno, portátil e com funções distintas para
atender uma gama maior de possibilidades de criação, a SINGER Facilita Pro
faz-se uma boa indicação de custo benefício para o laboratório.
Figura 46. Máquina de costura SINGER Facilita Pro 2918. Fonte: SINGER
18 pontos - Flexíveis e Decorativos, incluindo:
Costura reta com ponto ajustável: ideal para unir tecidos e fazer pespontos.
Você ainda pode ajustar o comprimento do ponto em até 4mm;
68
Zigue-zague com ajuste de ponto: Perfeito para dar acabamento na borda dos
tecidos, podendo também ser aplicado em bordados livres e com ajuste de
largura de até 5mm;
Ponto 3 pontinhos: Indicado para dar acabamentos em tecidos elásticos, como
em peças íntimas e lingerie;
Ponto invisível: Maior facilidade para fazer barras de calça, cortinas e tecidos
delicados;
5 Pontos decorativos: Indicado para peças de cama, mesa e banho;
7 Pontos Flexíveis Decorativos: Maior liberdade para trabalhar com tecidos
flexíveis, como: malha, lycra, cotton e tecidos de algodão;
Ponto tipo overlock: Realiza a costura com um efeito entrelaçado, oferecendo
um melhor acabamento e evitando que o tecido desfie;
Costura reta flexível: Indicado para unir tecidos com elasticidade. Quando a
costura é executada, o ponto acompanha a elasticidade e evita o rompimento
da linha ao esticar o tecido;
Base revestida em aço inox: Protege e facilita a passagem do tecido na
costura.
Braço Livre: Removendo a base da máquina, você tem o formato ideal para a
costura em mangas, punhos e barras.
Muito mais rapidez: Velocidade de 1.100 pontos por minuto. Praticidade e
agilidade na costura
69
Casa de botão: com apenas 4 movimentos, você faz uma casa de botão que
se encaixa perfeitamente com o botão desejado;
4.3.1. ACESSÓRIOS
Bobinas
Embalagem de agulhas
Pincel para limpeza
Pino porta-retrós
Placa isoladora dos dentes para bordados livres e pregar botões
Prendedor de carretel
Prendedor de retrós
Sapatilha para bainha invisível
Sapatilha para casas de botão
Sapatilha para pregar zíper
Sapatilha para uso geral
4.4. SINGER
1851: Isaac Singer obteve a patente da primeira máquina de costura realmente
prática. Foram necessários onze dias de trabalho que resultaram em cinco
pontos firmes e contínuos, para que Isaac Singer tivesse certeza de ter criado
um novo produto que iria revolucionar o milenar processo de recortar, modelar,
armar e unir pedaços de tecidos para confeccionar, calças, camisas, casacos,
vestidos, corpetes e tantas outras peças para o vestuário.
70
1858: Surgiu o primeiro ponto de vendas Singer no Brasil, no Rio de Janeiro.
1876: Em visita à Feira Internacional da Filadélfia, o Imperador D. Pedro
IIcomprou máquinas de costura e trouxe ao menos duas para o Brasil.
1888: A Princesa Isabel assinou a autorização para a Singer funcionar no
Brasil.
1889: Singer foi a primeira empresa a introduzir o sistema de vendas à prazo
no Brasil.
1894: A máquina de costura Singer passa a ser um importante objeto nos lares
brasileiros, tornando-se um item da lista de casamento de muitas mulheres,
que além de fazer reparos domésticos e economizar, também costuravam para
fora, e ajudavam a contribuir com a renda da família.
1905: O escritório central continuou no Rio de Janeiro e foram abertas filiais
por todo o Brasil. Em lugares mais distantes havia representantes comerciais
autônomos e as máquinas chegavam até de barco.
1950: Campinas foi escolhida para a construção da primeira fábrica de
máquinas de costura da América do Sul.
1955: Foi inaugurada a fábrica de Campinas, pelo então Presidente da
República Dr. João Café Filho.
1960: No início dos anos 60 foi lançada a máquina Singer 15C, conhecida
como pretinha. Foi a primeira máquina de costura fabricada no Brasil, no
princípio com algumas peças importadas e em pouco tempo com produção
inteiramente nacional. Também neste ano foi lançado o modelo Zigue-zague.
71
1965: Foi lançada a máquina Singer Ponto de Ouro, um dos modelos mais
famosos da linha Singer, pois tinha como característica um botão dourado que
as pessoas acreditavam ser de ouro.
A Singer começa a exportar para o Chile, Paraguai, Peru e Uruguai.
Posteriormente para a Ásia e América do Norte, se tornando a maior
exportadora de produtos manufaturados da indústria brasileira e a maior da
cidade de Campinas, SP.
1968: Foi lançada a máquina doméstica Singer Multiponto, modelo
inovador para a época, porque além de fazer os pontos retos e zigue-zague,
era possível fazer também diversos pontos decorativos.
A produção de agulhas, antes também fabricada em Campinas, SP,
mudou-se para uma fábrica exclusiva. O local escolhido foi a cidade de
Indaiatuba, interior de São Paulo. A nova fábrica permitiu aumentar a produção
de agulhas em 70% atingindo no 1° ano a produção de 80 milhões de agulhas.
1971: A Singer lançou a linha Facilita, desenvolvida a partir de um projeto norte
americano de 1968. A linha Facilita permanece no mercado até hoje.
1975: Foi lançada a máquina Singer Athena, primeiro modelo eletrônico com
facilidade na seleção dos pontos, com desenhos circulares, flores e motivos
infantis, luz embutida e duas velocidades.
1980: O modelo industrial 20U, antes fabricado no Japão, começou a ser
fabricado no Brasil. Esse modelo é sinônimo de máquina de costura zigue-
zague semi-industrial até os dias de hoje.
1990: Foi lançada a primeira máquina overloquedoméstica.
72
1997: A Singer começou a transferir a produção de máquinas de costura de
Campinas, SP para Juazeiro do Norte, no Ceará. Diante da transferência de
inúmeras confeccções para a região, tornou-se interessante levar a produção
de máquinas para o Nordeste.
2005: Toda a fábrica de máquinas de costura foi transferida para Juazeiro do
Norte, Ceará. A fábrica de agulhas continuou em Indaiatuba, interior de São
Paulo.
2010: Neste ano novos modelos eletrônicos foram lançados e destacaram-se
pela facilidade de uso, ajustes e variedades dos pontos, além de costuras sem
a necessidade de pedal.
2011: A Singer é líder de mercado em todos os segmentos que atua e é a
marca mais lembrada pela maioria dos consumidores. Seus produtos estão
presentes nos grandes magazines, lojas especializadas, comércio eletrônico e
ateliês de costura e artesanato.
2017: Lançamento Mundial da máquina de bordado Superb EM200.
4.4.1. ASSISTÊNCIA TÉCNICA
Caso necessário, a Singer oferece assistencia técnica Localizada em
Barreto, em São Gonçalo e na rua da conceição, no centro do Rio de Janeiro.
73
Farmaquinas com maqs. Cost. LTDA
RUA DA CONCEICAO 23, LJ A LJB - RJ CENTRO
SAC.:21-2252-8731
Figura 47. Assistência técnica SINGER no centro do Rio de Janeiro. Fonte: Google maps
Trimack maqs. LTDA
RUA DR. MARCHI 4 - RJ BARRETO
SAC.:21-2628-1911
Figura 48. Assistencia técina SINGER em Barreto, São Gonçalo. Fonte: Google Maps.
74
CAPÍTULO 5:
5.1. MAQUETE DO PROJETO
Para melhor visualização do projeto e das possíveis disposições do
mobiliário futuramente presente na sala, foi dado início à construção de uma
maquete em escala 1:10 com alguns de seus futuros componentes.
A maquete foi feita com materiais como papel paraná, E.V.A., entre
outros.
Figura 49. Estrutura da maquete. Fonte: O autor.
75
Figuras 50 e 51. Tampo da mesa feito em papel paraná. Fonte: O autor.
Figuras 52 e 53. Cabides com amostras, em escala, da tecidoteca. Fonte: O autor.
76
Figura 54. Amostras da tecidoteca com etiqueta. Fonte: O autor.
77
Figuras 55 e 56. Lousas em escala 1:10. Fonte: O autor.
Figura 57. Estrutura da sala com mesa e lousas. Fonte: O autor.
78
Figura 58. Estrutura com mesa, lousas e expositor de tecidos. Fonte: O autor.
Figura 59. Máquina de costura feita em E.V.A. Fonte: O autor.
79
Figura 60. zoom da máquina de costura pintada. Fonte: O autor.
Figura 61. Noção comparativa de escala da maquete. Fonte: O autor.
80
CAPÍTULO 6:
Figura 62. Vista superior da maquete (modelo reduzido em escala 1:10) Fonte: O autor.
Figura 63. Vista da maquete (modelo reduzido em escala 1:10) Fonte: O autor.
81
Figura 64. Vista da maquete (modelo reduzido em escala 1:10) Fonte: O autor.
Figura 65. Vista da maquete (modelo reduzido em escala 1:10) Fonte: O autor.
82
Figura 66. Vista da maquete (modelo reduzido em escala 1:10) Fonte: O autor.
6.1. MUDANÇA NO PROJETO
Devido à dicisão de alguns docentes, o espaço reservado para alocar os
novos laboratórios, de serigrafia e de costura sofreu mudança repentina nos
ultimos meses do projeto. Sendo assim, novos estudos espaciais-
arquiteturais e de circulação no interior do ambiente do projeto LABSEW
foram refeitos baseando-se na nova sala, 318 também no terceiro andar do
bloco E da escola de engenharia da Universidade Federal Fluminense.
Os estudos foram baseados nos Livros de ergonomia Dimensionamento
Humano para Espaços Internos dos autores Julius Panero e Martin Zelnik e A
Arte de Projetar em Arquitetura do autor Ernst Neufert e também na NBR
9050: Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos
urbanos.
83
84
Figuras 67 à 69: Fotos do interior da sala 318 Fonte: O autor.
85
Com a visita e análise do novo local que irá comportar o projeto do laboratório, foram avaliadas as novas medidas e feito uma nova maquete que se adequasse a mudança do projeto.
Figura 70: Foto da segunda maquete, baseada na sala 318 do bloco E. Fonte: O autor.
Essa maquete foi criada também para a etapa de geração de alternativas do projeto, utilizada para simular variados arranjos modificando a disposição dos móveis da sala. Esses arranjos foram registrados por fotografia e sobre isso foi analisado um mapofluxograma da circulação necessária para a realização da atividade de costura em cada um dos arranjos.
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Figuras 71 à 80: Alternativas de arranjos alternado a disposição dos móveis, seguidos por seus respectivos fluxograma de circulação. Fonte: O autor.
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94
Figuras 81 à 83: Desenhos técnicos de planta baixa da sala 318. Fonte: O autor.
Planta baixa 1/3:
Refere-se a planta baixa em escala 1:50 da sala com a atual disposição
dos móveis na sala.
Planta baixa 2/3:
Refere-se ao posicionamento de fontes de iluminação artificial dispostas
no teto da sala e também ao posicionamento das tomadas dispostas em
uma das paredes laterais da sala.
Planta baixa 3/3:
Refere-se à disposição de móveis com base nos Livros de ergonomia
Dimensionamento Humano para Espaços Internos dos autores Julius
Panero e Martin Zelnik e A Arte de Projetar em Arquitetura do autor
Ernst Neufert e também na NBR 9050: Acessibilidade a edificações,
mobiliário, espaços e equipamentos urbanos visando o melhor
aproveitamento do espaço sem problemas de circulação ou
acessibilidade.
95
CAPÍTULO 7:
Figura 84: Planta de circulação Fonte: O autor.
96
Na Planta de circulação acima, demarcada em tom de amarelo, está a
área de circulação utilizada durante o ato da costura.
As setas em vermelho indicam o deslocamento da pessoa, numeradas
na ordem do processo,sendo:
1. Entrada na sala.
2. Deslocamento até as lousas para estudar o projeto e as formas dos
moldes.
3. Deslocamento até o canto da sala apanhar materiais como papél,
caneta, lápis, fita metrica, tesoura, alfinetes e réguas.
4. Deslocamento com os materiais e as ferramentas, indo em direção a
mesa de modelagem e corte.
5. Possível circulação em volta da mesa para as atividades de modelagem
e corte.
6. Deslocamento, com os moldes cortados, em direção a máquina, para
realizar o ato da costura.
Na Planta de Circulção, demarcadas em tom de azul, estão as áreas de
possível circulação durante as atividades de serigrafia. Nota-se as pequenas
áreas de possíveis conflitos de deslocamento.
O mobiliário, disposto dessa forma apresentada na Planta Final, reduz
o tamanho dessa área de possível conflito de circulação entre duas pessoas
durante atividades distintas e simultâneas dentro do laboratório. Tornando-se
assim a melhor opção, dentro das possibilidades atualmente apresentadas.
97
CAPÍTULO 8: CONCLUSÃO
Os estudos realizados durante este trabalho são relativos as condições
atuais disponibilizadas pela faculdade, visando a otimização do espaço comum
sem que as atividades realizadas dentro da sala atrapalhem as outras. Para
um melhor funcionamento do laboratório de costura, seria ideal a aquisição da
máquina de costura reta SINGER Facilita, por todos os fatores positivos já
citados anteriormente, além de mais componenetes essenciais, como
alfinetes, almofada para espetá-los, mini-armário ou gaveteiro, para guardar
materiais, preferencialmente móvel, parar posicioná-lo proximo a área onde o
usuário está realizando a tarefa. Prateleiras e um pequeno acervo de bobinas
e linhas de costura. Além disso, também seria ideal, assim como outros
laboratórios e oficinas da UFF, que este tivesse um monitor, que fosse inteirado
dos assuntos relacionados a atividade de costura, que pudesse oferecer auxilio
e direcionamento para os projetos apresentados para produção.
Essas mudanças sugeridas serão representadas através da segunda
maquete em escala reduzida a ser construída para a apresentação presencial
do Trabalho de Conclusão de Curso, como um projeto futuro de aprimoramento
do laboratório.
98
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SENAI CETIQT. Serviços metrológicos. Disponível em: http://www.portaldaindustria.com.br/senai/canais/senai-cetiqt/servicos-de-laboratorio/ Acessado em: 27/10/2017 SINGER. Máquina de costura Facilita Pro 2918. Disponível em: https://loja.singer.com.br/maquina-de-costura-facilita-pro-2918/p Acessado em 08/06/2017 SINGER. Nossa história. Disponível em: http://www.singer.com.br/nossa-historia/ Acessado em: 15/12/2017 SINGER. Máquinas domésticas. Disponível em: http://www.singer.com.br/maquinas-domesticas/ Acessado em 15/12/2017 WIKIPÉDIA, A enciclopédia livre. Costura. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Costura Acessado em: 03/10/2017 WIKIPÉDIA, A enciclopédia livre. Tecelagem. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Tecelagem#Hist.C3.B3ria Acessado em: 03/10/2017.
99
BIBLIOGRAFIA
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9050: Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro, 2004. MARESH, Jan Saunders. Costura para Leigos. Tradução da terceira Edição. Alta Books. NEUFERT, Ernst. A Arte de Projetar em Arquitetura. 2ª Edição. São Paulo, Gustavo Gili do Brasil, 1976 . PANERO, Julius; ZELNIK, Martin. Dimensionamento Humano para Espaços Interiores: Um Livro de Consulta e Referencia para Projetos. Barcelona: Editorial Gustavo Gili, 2002. PASSEI DIRETO. Ergonomia do Produto. Disponível em: https://www.passeidireto.com/disciplina/ergonomia-do-produto Acessado em: 08/06/2017
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