Manual de Transplante Renal
Orientações para pacientes e familiares
Autora Enf Marliza Blini
Autora
Marliza Rodrigues Blini
Enfermeira do setor de Hemodiálise da Clinica Nefrológica do Alto Taquari-Clinefron
Colaboradores
Nara Regina Lessa Pimentel
Médica Nefrologista da Clinefron e Coordenadora da Equipe da Transplante doHospital Bruno BornHospital Bruno Born
Regina Medeiros
Enfermeira Coordenadora do Curso de Enfermagem em Nefrourologia de Caxias doSul
Eliane Raymundo Guedes
Psicopedagoga.
Apresentação
� Este manual foi elaborado a partir daexperiência profissional dos autores,com oobjetivo de aumentar a quantidade deobjetivo de aumentar a quantidade deinformações sobre o transplante renal paraque o paciente e seus familiares tenhamcondições de participar mais efetivamenteno seu tratamento.
Ap
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tação• Nossos objetivos são reforçar
as orientações aos pacientestransplantados para oautocuidado, diminuir ascomplicações relacionadasaos efeitos adversos dosmedicamentosimunossupressores, prevenir
Ap
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tação
imunossupressores, prevenircomplicações ,aumentar asobrevida do paciente e doenxerto e proporcionar umamelhor qualidade de vida aopaciente transplantado.
Ap
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tação • O sucesso do transplante não
depende só da equipemultidisciplinar e/ou assistenciala participação do paciente nasdiversas fases do transplante éfundamental para suarecuperação. A equipe detransplante, portanto, deverá
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resen
tação
transplante, portanto, deveráser procurada sempre que opaciente sentir necessidade,mesmo que seja só para sanarsuas dúvidas.
Noções Básicas Sobre o Rim
Quais são as funções do rim?
São cinco as principais funções:
� Eliminar as impurezas do sangue;
� Regular a pressão arterial;
� Produzir hormônios;� Produzir hormônios;
� Participar na formação e na manutenção dos ossos;
� Estimular a produção de glóbulos vermelhos.
Nos casos em que a função renal está muitoprejudicada e sem possibilidade de recuperação(doença renal crônica) é necessário substituir suafunção, seja por diálise ou transplante.
A grande maioria das doenças que prejudicam os rins é silenciosa.
Quais são os principais sinais de alerta de um funcionamento incorreto dos rins?
� Urinar muito à noite;
� Pressão alta;
� Fraqueza, anemia;
� Atraso no crescimento;
� Inchaço nos pés e no rosto.
Se essas doenças forem diagnosticadas e tratadas precoce e corretamentea perda de função dos rins pode ser evitada ou retardada.
Quais são as doenças que podem levar a insuficiência renal?
� Hipertensão arterial,
� Diabetes,
� Infecções urinárias de repetição,
� Calculose renal,
� Nefrites,
� Mal formações do aparelho urinário entre outras.
Estágios da Doença Renal
Doença Renal Aguda (DRA)
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• A doença renal aguda se dá quandoacontece uma parada súbita e temporáriados rins. As causas são variadas e namaioria das vezes, existe desde que feitoo tratamento de forma adequada, curacompleta. Há enfermidades quecomprometem agudamente a funçãorenal e em pouco tempo. Dentre as
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renal e em pouco tempo. Dentre ascausas mais freqüentes entre os adultospodemos citar: pós-operatórios decirurgia cardíaca, queimaduras,medicamentos, picadas de cobrasvenenosas, de abelhas etc...
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•Essas doenças devem ser diagnosticadas e tratadas precocee corretamente para que se evite a evolução para doençaterminal dos rins.
•As falhas no tratamento da doença aguda podem sertambém um dos fatores que ocasione a cronicidade dapatologia renal.
•A DRC pode se tratada como terapia renal de substituição(diálise) ou transplante renal.
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•No caso do tratamento por diálise, ele pode ser realizadopor diferentes formas, variando de acordo com a indicaçãoclinica. As técnicas mais utilizadas são:
� Hemodiálise
� Diálise Peritoneal
� Transplante Renal
Hemodiálise
� Promove a retirada de substânciastóxicas, água e sais minerais doorganismo (uréia, creatinina,potássio) através da passagem dosangue por um filtro, dialisadorsangue por um filtro, dialisadorconectado a uma máquina. Durantetodo o momento o sangue flui portubos para o dialisador, que retira osresíduos e o excesso de líquido. Osangue recentemente limpo retornaatravés de outro tubo de volta parao corpo.
Hem
od
iálise
• É realizada três vezes por semana emsessões com duração de quatro horas emclinicas especializadas neste tratamento.Para que o sangue passe pela máquina, énecessária a colocação de um cateter ou aconfecção de uma fistula, procedimentomais comumente nas veias do braço, para
Hem
od
iálise
mais comumente nas veias do braço, parapermitir que estas fiquem mais calibrosase, desta forma, forneçam o fluxo desangue adequado a “filtração”.
Diálise Peritoneal
Usa o revestimento do abdômen,membrana peritoneal, para filtrar osangue.Este tipo de diálise aproveita amembrana peritoneal que reveste toda acavidade abdominal do nosso corpo, paracavidade abdominal do nosso corpo, parafiltrar o sangue. Para realizar a diáliseperitoneal, devemos introduzir um catéterespecial dentro da cavidade abdominal e,através dele, fazer passar uma soluçãoaquosa semelhante ao plasma.
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• O próprio paciente introduz a soluçãona cavidade abdominal, fazendo trêstrocas diárias de quatro horas deduração e, depois de drenada, novasolução é introduzida e assim pordiante. Dependendo do caso, pode
Diá
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diante. Dependendo do caso, podepermanecer filtrando durante a noite.A DPAC permite todas as atividadescomuns do dia-a-dia, viagens,exercícios, trabalho.
Transplante Renal
� O transplante é umprocedimento cirúrgicoque transfere um rimsaudável de umsaudável de umindivíduo para outro.Esse novo rim irá fazeras funções que os rinsdoentes não podemmais fazer.
Quem pode ser transplantado?
O transplante de rim só está indicado em pessoas queapresentam prejuízo grave das funções renais e sem chancede recuperação dessas funções. O paciente é submetido auma avaliação clínica pela equipe transplantadora que incluivários exames para que seja indicado o transplante.
GRUPOS SANGUINEOS PARA TRANSPLANTEGRUPO SANGUINEO PODE RECEBER ORGÃO DO TIPO PODE DOAR PARA PESSOA DO TIPO
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A, AB
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B, AB
ABO, A ,B ,AB
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Quem pode ser doador?
Qualquer pessoa adulta que sejasaudável, tenha função renal normal enão apresente,
durante extensa e minuciosa avaliaçãomédica, evidências de risco de doençamédica, evidências de risco de doençarenal ou de outros órgãos vitais pode serdoadora, desde que demonstreespontaneamente esse desejo.
Para o doador, a falta de um rim modificapouco sua vida, já que a ausência de umrim será compensada pelo outro órgãosadio.
Quais os tipos de doador?
� Um transplante renal pode ser realizado apartir de doadores vivos ou doadoresfalecidos.
Doador vivo
� Podem ser doadores de rim consanguíneos até 4.º grau ou até 4.º grau ou cônjuges
Doa
dor
vivo
• Nesse caso o doador passa a viver com apenasum rim, o que é perfeitamente compatível comuma vida normal.
• A legislação brasileira permite a doação de rimentre parentes com grau de parentesco até quartograu, entre cônjuges e sob autorização judicial emoutras situações.
Doa
dor
vivo
outras situações.
• A lei 10.211, de 23 de março de 2001, em seuartigo 9º, permite a doação de órgãos até oquarto grau de consanguinidade, fora dessassituações e da doação entre cônjuges faz senecessária autorização judicial.
Doa
dor
vivo
• É necessário que o doador vivocumpra os seguintes requisitos:
� Encontre-se em bom estado desaúde física e mental;
� Tenha mais que 21 anos;
� Tenha compatibilidade sanguíneacom o receptor;
Doa
dor
vivo
� Tenha passado pelo estudoimunológico;
� Realize todos os exames exigidospara este tipo de cirurgia;
� Seja um doador voluntário.
Doador falecido
Indivíduos falecidos (que vão a óbito em quadrode morte encefálica) podem ter seus órgãosdoados para receptores compatíveis e podemsalvar inúmeras vidas, desde que se obtenha aautorização familiar.
Cabe à família do paciente falecido dar aCabe à família do paciente falecido dar aautorização para a doação de órgãos e tecidos.
Pessoas não identificadas ou com causa demorte não esclarecida não podem ser doadoras.
Qual a legislação brasileira para doação de órgãos?
A primeira lei que regularizou o transplante deórgãos foi a nº4.280/63. Em janeiro de 1998
entrou em vigor a Lei nº9.434/97, que ampliava oscritérios da doação em vida. Ela permitia quecritérios da doação em vida. Ela permitia quequalquer pessoa juridicamente capaz pudesse doarpara transplante um de seus órgãos duplos, desdeque a doação não comprometesse a sua saúde eque fosse de forma gratuita.
Resumidamente essa lei determina:
� Proibição da comercialização de órgãos;
� Definição dos critérios para a doação (doador vivo e falecido);
� Punição para os infratores;� Punição para os infratores;
� Exibição pública da lista de espera;
� Proibição de doação por pessoa não identificada (sem documentos) ou sem autorização
Principais exames do pré-transplante
� Tipagem sangüínea
verifica a compatibilidade dos tipos desangue do doador e do receptor.
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� Tiragem (análise do HLA)
Exame realizado nos leucócitos ou células brancas dosangue. A tiragem identifica a compatibilidade(características similares)entre os indivíduos. O fatode receber um órgão de uma pessoa com
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características similares (ou antígenos semelhantes)pode aumentar o êxito do transplante
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� Prova-cruzada de linfócitos (cross-match)
Revela se o receptor tem anticorposdirigidos contra os antígenos do doador ese rejeitará o órgão.
Prova-cruzada positiva: significa queexistem anticorpos e pode ocorrer uma
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existem anticorpos e pode ocorrer umaforte reação entre doador e receptor (éprovável que o receptor rejeite esse rim).Nesse caso o transplante é em geralcontra-indicado.
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� Uretrocistografia miccional e retrógrada
Estudo de raios X realizado paradeterminar a função da bexiga, e acapacidade e estrutura dos ureteres (ospequenos tubos que conectam os rinscom a bexiga).
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� Raio X de tórax
Radiografia da região do tórax, quepermite observar a silhueta do coração epulmões.
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� ECG
Eletrocardiograma, exame realizado paraavaliar o ritmo cardíaco.
� Avaliação dentária
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Rigorosa avaliação dentária deve serrealizada antes do transplante, para seter certeza de que não há infecção oucáries.
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� Consulta ginecológica (quando mulher)
É necessário realizar um exameginecológico, incluindo Papanicolaou emamografia pelo menos seis meses antesdo transplante.
� Exame da próstata (quando homem)
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Deve ser feito um exame minucioso dapróstata, nos pacientes com mais de 40anos pelo urologista, pelo menos um anoantes do transplante.
A Internação
Em caso de transplante com doador vivo, ainternação pode ocorrer com um a três dias deantecedência ao dia da cirurgia, para a realizaçãode alguns exames específicos ou preparo adequadoao transplante. Dependendoao transplante. Dependendo
do hospital, as prescrições médicas e oencaminhamento para a cirurgia deverão serapresentados, além da assinatura do Termo deAutorização acrescido da assinatura detestemunhas.
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rnação
• É importante que essa permissão seja dada, com o totalesclarecimento ao paciente e aos seus acompanhantessobre o procedimento cirúrgico a ser realizado. No casode menores de idade ou pessoas portadoras dedistúrbios mentais, o responsável providenciará essetermo, além da entrega dos exames laboratoriais e deimagem realizados anteriormente.
• No prontuário serão adicionadas anotações importantescomo dados pessoais e físicos (endereço, telefone de
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nte
rnação
como dados pessoais e físicos (endereço, telefone decontato, alergias, queixa principal, indicação de cirurgiae anestesia), como também resultados dos inúmerosexames que tenham sido realizados.
• Normalmente são dadas informações ao paciente paraque este possa familiarizar-se com o ambientehospitalar e sua rotina.
O pós transplante
Recomenda-se o seguinte:
� Evitar lugares fechados e aglomerados.
� Evitar contato com pessoas doentes, em especial aquelascom doenças transmissíveis.
� Evitar a prática de esportes agressivos que possamlesionar o enxerto, como, por exemplo, lutas marciais,boxe e outras.
� Evitar tomar sol entre 10 e 15 horas; usar protetor solarcom fator de proteção igual a 30 ou maior.
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te� Evitar contato direto com animais domésticos, eles podem
transmitir doenças.
� O fumo é proibido, pois todos os seus efeitos sãopotencializados pelos medicamentos.
� Procurar manter atividade física regular, como caminhar 40minutos, no mínimo 3 a 4 vezes por semana.
É proibido receber vacinas de vírus vivo atenuado(Catapora,
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� É proibido receber vacinas de vírus vivo atenuado(Catapora,Tétano, Rubéola, Febre Amarela, Sarampo).
� Quanto à vacina da gripe consultar a equipe de transplantepara saber se o paciente pode recebê-la,pois este tipo devacina é modificada todo ano.
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lan
te� Após o transplante, as funções sexuais e reprodutivas
tendem a normalizar. O reinício da atividade sexual depois dacirurgia dependerá da recuperação e disposição do paciente.Deve-se ter cautela com os esforços, como em qualqueroutra atividade
� Em função de alguns riscos, a gestação não é recomendadano primeiro ano após o transplante. A paciente deveconsultar seu ginecologista sobre a anticoncepção mais
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te
consultar seu ginecologista sobre a anticoncepção maisadequada e fazer revisão ginecológica periódica a cada ano. Ébom lembrar que o DIU tem maior risco de infecção e que oanticoncepcional oral predispõe à hipertensão
Complicações pós transplante
• Rejeição
Um dos principais problemas pós o transplante é arejeição. O sistema imunológico protege o organismo deinfecções e de tudo que lhe for estranho.
As células deste sistema percorrem cada parte do corpoprocurando e conferindo se existe algo diferente do queelas não estão acostumadas a encontrar. Estas célulasidentificam o órgão transplantado como algo diferentedo resto do corpo e ameaçam destruí-lo
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• Para evitar a rejeição é necessário usar amedicação imunossupressores por toda avida. É ela que ajudará a “confundir” osistema imunológico para que este nãorejeite o órgão transplantado. Nosprimeiros dias após o transplante asdoses são maiores, depois vão sendodiminuídas pouco a pouco. Mesmo
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diminuídas pouco a pouco. Mesmotomando essa medicação é possívelocorrer uma rejeição aguda. Mas, issonão significa que o paciente vai perder otransplante, pois existem tratamentosanti-rejeição.
Co
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ição
• O período pós-transplante, em relação àsinfecções é dividido em três fases:
• Até seis semanas após o transplante,quando as infecções são, na sua maioria,secundárias ao procedimento cirúrgico. Aferida operatória e o trato urinário sãolocais mais frequêntes de infecção;
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• De 6 semanas a 6 meses, quando hápredomínio das infecções oportunistas. Édurante este período que o risco dedesenvolver tuberculose e infecção porcitomegalovírus (CMV) é mais elevado;
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ição
• A partir dos 6 meses após otransplante, quando podem ocorrerinfecções semelhantes à populaçãoem geral além de infecçõesoportunistas. É importante salientarque os quadros infecciosos empacientes transplantados podem ter
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pacientes transplantados podem tercaráter mais grave e apresentaçõesatípicas, ou seja, diferente dospacientes que não fazem uso deimunossupressores.
Complicações pós transplante
• Citomegalovírus (CMV)
É um vírus muito comum na população em geral. É causafrequente de doenças em pessoas cujo sistemaimunológico não funciona bem, como pacientes infectadosimunológico não funciona bem, como pacientes infectadospelo HIV e receptores de transplante de órgãos sólidos(TOS). Nos receptores de TOS, o CMV pode provocarpneumonia, hepatite, encefalite e doença gastrintestinal,bem como efeitos indiretos, incluindo, aumento de risco deinfecções oportunistas e disfunção do enxerto
Os Imunossupressores
O organismo tem um sistema muitocomplexo (sistema imunológico) quereage contra órgãos estranhos.Como orim transplantado é reconhecido como“estranho”, o organismo reagirá contra ele“estranho”, o organismo reagirá contra elee tentará destruí-lo,a menos que sejadada uma medicação para diminuir essareação. Tais medicamentos são chamadosde medicamento imunossupressores.
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�PREDNISONA (Meticorten®, Predson®, Predval®).
Apresentação:
comprimidos de 5 mg e comprimidos de 20 mg.
Cuidados:
� Tomar junto com o café da manhã.
� Não tomar junto com antiácidos.
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res
� Controlar pressão arterial e peso.
� Evitar exposição ao sol entre 10 e 15 horas.
� Fazer exercícios físicos moderados para prevenir obesidade eosteoporose.
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res • PREDNISONA (Meticorten®, Predson®,
Predval®).
Efeitos colaterais:
Dor abdominal, náuseas e vômitos, insuficiênciacardíaca congestiva, aumento da glicose, aumento dapressão arterial, aumento de peso, retenção de águae sal,irritação, dificuldade para dormir, espinhas,estrias, dor muscular,osteoporose, edema de face,
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estrias, dor muscular,osteoporose, edema de face,aumento da sensibilidade da pele e fragilidade capilar.
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res � AZATIOPRINA (Imuran®, Imunen®).
Apresentação:
comprimidos de 50 mg
Cuidados:
� Não tomar junto com antiácidos e tomar após as refeições paraevitar desconforto gástrico. Coletar exames laboratoriais,
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evitar desconforto gástrico. Coletar exames laboratoriais,conforme solicitação médica, para prevenir ou corrigir qualqueralteração.
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res � AZATIOPRINA (Imuran®, Imunen®).
Efeitos colaterais:
� Leucopenia, pancreatite, perfuração de úlcera gástrica,dor abdominal, hepatotoxicidade, náuseas e vômitos,anemia, queda de cabelo e alergia de pele. Controlar pesoe pressão arterial.
� Aumento da glicose, aumento das gengivas, aumento da
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� Aumento da glicose, aumento das gengivas, aumento dapressão arterial, disfunção hepática, tremores, edema deface, perda de apetite, aumento de pêlos e nefrotoxicidade(que se manifesta pelo aumento de creatinina, por edemae hipertensão)
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� MICOFENOLATO MOFETIL (Cellcept ®)
Apresentação: comprimidos de 500 mg.
Cuidados:
� Não usar junto com antiácidos que contenham magnésio ouhidróxido de alumínio, ou junto com colestiramina e aciclovir.
� Coletar exames, conforme solicitação médica, para prevenir oucorrigir qualquer alteração.
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corrigir qualquer alteração.
� Não ingerir comprimidos quebrados.
� Ficar atento para desidratação; se tiver diarréia, tome maislíquidos e procure a equipe de transplante.
� Fazer jejum de 1 hora antes ou 2 horas após as refeições.
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• MICOFENOLATO MOFETIL (Cellcept®)
Efeitos colaterais:
Diarréia, diminuição dos glóbulosbrancos, anemia, náuseas, vômitos,
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brancos, anemia, náuseas, vômitos,pressão arterial alta, úlcera gástrica,gastrite, sangramento digestivo, dornas articulações e dores musculares.
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res � TACROLIMUS -FK506- (Prograf ®)
Apresentação: cápsulas de 5 mg e cápsulas de 1 mg.
Cuidados:
� Abrir o envoltório das cápsulas e tomar imediatamente, comágua.
Não tomar junto com antiácidos.
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� Não tomar junto com antiácidos.
� Não tomar junto com suco de laranja.
� Não tomar antes da coleta dos exames de sangue.
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res • TACROLIMUS -FK506- (Prograf ®)
Apresentação: cápsulas de 5 mg e cápsulas de 1 mg.
Cuidados:
� Abrir o envoltório das cápsulas e tomar imediatamente, com água.
� Não tomar junto com antiácidos.
Não tomar junto com suco de laranja.
Os I
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sso
res
� Não tomar junto com suco de laranja.
� Não tomar antes da coleta dos exames de sangue.
�TACROLIMUS -FK506- (Prograf ®)
Efeitos colaterais:
Nefrotoxicidade, diabetes mellitus,distúrbios hidroeletrolíticos, pressãoarterial alta, diarréia, náuseas,vômitos,
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arterial alta, diarréia, náuseas,vômitos,formigamento nos pés e nas mãos,perturbação do sono, tremores nasmãos e dores de cabeça
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Recomendações gerais sobre os medicamentos
� Procure tomar as medicações no mesmo horário todos os dias.
� Nunca altere ou pare de tomar as medicações por conta própria, mesmoque esteja se sentindo melhor.
� Se você esqueceu de tomar seu remédio, tome-o tão logo se lembre.
As medicações são somente para você; nunca as dê para mais ninguém.� As medicações são somente para você; nunca as dê para mais ninguém.
� Você não deve suspender, diminuir, nem aumentar a dosagem dasmedicações sem orientação médica.
� Nunca use medicação após a data de validade, confira a no rotulo da caixada medicação.
� Informe seu médico ou enfermeiro caso sinta efeitos colaterais ao tomar asua medicação.
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� Nunca use qualquer medicação sem comunicar à equipede transplante, pois talvez seja necessário ajustar a doseconforme o funcionamento do rim transplantado.
� Guarde sua medicação em lugar fresco e arejado,nuncaem geladeira, com exceção da Rapamicina (Sirolimus®),solução oral, que deve ser guardada na geladeira.
� Mantenha sua medicação fora do alcance de crianças.
� Assegure-se de que tem medicação suficiente para
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tos
� Assegure-se de que tem medicação suficiente paraferiados, finais de semana e férias.
� Peça receita das medicações na consulta médica, umareceita para cada mês.
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tos
� Caso a dose de sua medicação seja alterada, verifique se tema quantidade suficiente.
� Quando retirar as medicações na Secretaria daSaúde,certifique-se de que elas são suficientes para um mês,
� confira a data da validade das medicações e se o nome delas éo mesmo da receita médica.
� Lembre-se de que as medicações devem ser retiradas todos osmeses; caso não as retire, seu processo poderá ser cancelado.
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tos
� Revise com seu médico ou enfermeiro, a cada consulta, a dosede cada medicamento.
� Caso não encontre algum medicamento, ou tenha dúvidas,procure imediatamente a equipe de transplante renal doHospital Bruno Born
Ambulatório de Transplante
As consultas no ambulatório têm comofinalidade controlar a saúde dos pacientestransplantados, prevenindo e tratandocomplicações. Após a alta hospitalar, opaciente transplantado renal, deveráagendar sua consulta e exames marcados.Os exames deverão ser realizados no diaanterior à consulta ou conforme combinaçãocom a equipe médica.
Esquema da frequência de consultas
ambulatoriais
Tempo pós-transplante Frequência
Primeiro mês Duas vezes por semana
Segundo mês Uma vez por semana
Terceiro e quarto mês Uma vez a cada 15 dias
Quinto mês até 1 ano Uma vez ao mês
Após 1 ano Uma vez a cada 2 meses
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•Esse é um esquema geral, que podeser alterado em função deintercorrências ou alterações nosresultados dos exames. As consultaspós-transplante renal são realizadas
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pós-transplante renal são realizadassempre com agendamento prévio.
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