MANDIOCA ADENSADA NA ALIMENTAÇÃO ANIMAL
Henrique Araujo Lima Eng. Agrônomo
Consultor Sebrae Nacional- Mandioca/Agroindústria - Empresário - Produtor Rural
Junho/2012
APRESENTAÇÃO PEC NORDESTE 2012
COMENTÁRIOS SOBRE A CULTURA DA MANDIOCA
Planta genuinamente brasileira;
Não pode ser tratada como uma cultura de pouca relevância;
Pode ser cultivada em todo o território nacional;
Planta rústica e de fácil cultivo;
Pode ser explorada em condições de alta tecnologia, em solos
marginais com deficiência de insumos.
COMENTÁRIOS SOBRE A CULTURA DA MANDIOCA
Desempenha importante papel social como principal fonte de carboidratos para
milhões de pessoas;
É um cultivo de grande eficiência biológica, com maior oferta de energia e
proteína por área;
É a única cultura com alta produção de energia e proteína/área que está verde no
período seco no semi-árido;
Possui alta palatabilidade para os animais ruminantes e não ruminantes.
COMENTÁRIOS SOBRE A CULTURA DA MANDIOCA
Pode conter 28 a 32% Prot. Bruta folhagem e 12 a 18 % nas manivas. Fonte: Carvalho, 1983.
COMENTÁRIOS SOBRE A CULTURA DA MANDIOCA
Composição da parte aérea (%)
Componentes Haste Pecíolo Folha
Part. Aérea Tot. 47 25 28
MS 32,2 16,72 26,62
PB 4,32 8,41 27,49
Gordura 0,91 1,59 6,70
FDN 63,62 50,52 32,98
Fonte: IPA- PE.
COMENTÁRIOS SOBRE A CULTURA DA MANDIOCA
Existe um grande desperdício de parte aérea e casca em todo o Brasil,
no Ceará estimamos que esta perda chegou a um milhão de
toneladas, que se fossem transformadas em carne e leite melhoraria a
renda do produtor rural.
Rend. Culturas kg de MS, PB/ha no Vale do Parapanema-SP
Especificações Far. Folha Raiz Milho Soja
Prod. (t/ha) 2,42 30 - 60 2,8 – 5,0 2,0 – 3,0
Ciclo (dias) 365 540 140 130
MS (%) 88 38 68 80
Proteína (%) 27 1 8 35
Mat.Seca (t/ha) 2,3 11,4 – 22,8 2,4 – 4,3 1,7 – 2,6
Proteína (kg/ha) 653,4 300 - 600 224 - 400 700 – 1050
Prot. (kg/ha/dia) 1,79 0,56 – 1,11 1,60 – 2,86 5,38 – 8,08
Fonte: VILPOUX - 1996
POR QUÊ ADENSAR??? (Idéia!!!)
POR QUÊ ADENSAR???
POR QUÊ ADENSAR???
POR QUÊ ADENSAR???
PRODUTIVIDADE ESPERADA 40 – 80 ton/ha
O QUE É ADENSAMENTO???
Plantio feito no espaçamento 0,50 cm x 0,50 cm, com 40 mil covas/há.
50 cm
50 cm
DADOS BACIA LEITEIRA
O Ceará é o terceiro maior produtor de leite do NE, produziu em
2007 416.453 mil litros e a alimentação representa 50 a 60% do
custo de produção do leite, sendo o componente mais
importante da planilha de custos desta atividade.
DADOS DA BACIA LEITEIRA
Estratégia frente aos preços altos dos insumos;
UNIDADES DEMONSTRATIVAS (UDs) INSTALADAS E RESULTADOS - 2008
Trairí → 3 podas (a cada 4 meses) → 27 ton. + 21 ton + 10 ton = 58 ton/ha; Capuan → 3 podas (a cada 4 meses) → 28 ton + 23 ton + 12 ton= 63 ton/ha; Irauçuba – 1 poda com 4 meses → 18 ton = 18 ton/ha (invadida por animais).
Produtividade média = 60 ton/ha de biomassa verde.
Produtividade média = 20 a 30 ton/ha de raiz.
PRINCIPAL FINALIDADE
Produção de grande quantidade de massa verde/área.
CARACTERÍSTICAS DAS CULTIVARES FORRAGEIRAS
Grande produção de massa verde; Baixo teor de HCN (macaxeiras); Persistência das folhas; Alta capacidade de brotação; Manivas com baixo teor de fibras; Boa adaptabilidade ao semi-árido (variedade lançada pela
Embrapa – ABS - Jari).
COMPOSIÇÃO DA MASSA VERDE
Parte aérea 16 – 18% de Proteína Bruta
Só folhas 28 – 32% de Proteína Bruta
FONTE: Luiz Homero Carvalho – EMBRAPA – BA
A PARTE AÉREA DA MANDIOCA NA ALIMENTAÇÃO ANIMAL
Análise Química mandioca Tortuga/2008 – base seca
Análises Químicas Feno – parte aérea
Umidade 8,67 %
Matéria seca 91,33 %
Cálcio 0,90 %
Fósforo 0,25 %
Proteína bruta 15,46 %
Fibra bruta 25,31 %
F. deter.neutro 60,80 %
NDT 68,44 %
Análise Química mandioca Tortuga/2008 – base seca
Análises Químicas Silagem –parte aérea
Umidade 83,01 %
Matéria seca 16,99 %
Cálcio 0,99 %
Fósforo 0,48 %
Proteína bruta 12,36 %
Fibra bruta 33,33 %
F. Deter. Neutro 59,34 %
NDT 60,04 %
A TECNOLOGIA Espaçamento, Poda e Adubação
A TECNOLOGIA Espaçamento, Poda e Adubação
TECNOLOGIA APLICADA AO SEMI-ÁRIDO
Produção de volumosos de alto valor nutritivo em pleno verão.
Foco principal: arraçoamento ou engorda de animais e bacia leiteira.
PODAS 20 a 30 cm do solo.
3 a 4 vezes/ ano.
COMPARAÇÃO COM CAPIM ELEFANTE
Capim elefante – 1,8% de proteína bruta No verão capim seco; mandioca verde. FONTE: Pupo, 1980, pág. 57, 172
COMPARAÇÃO COM CAPIM ELEFANTE
Parte aérea da mandioca com rama – 24,7% de proteína bruta.
FONTE: Islabão, 1978, pág. 22 – 23
Produtividade da mandioca 60 a 80 ton/há (rama).
Produtividade Capim elefante 40 – 70 ton/há com 1,8% de Proteína bruta.
Fonte: Pupo, 1980,pág. 57
COMO DEVE SER USADA
In natura
Silagem
Fenação
IN NATURA
Gado alimentando-se da parte aérea da mandioca
SILAGEM
SILAGEM
SILAGEM
FENAÇÃO
TABELA Ração para Galinha Caipira
INGREDIENTES REPRODUÇÃO
(6 – 24 meses)
CRIA
(1 – 30 meses)
RECRIA
(30 – 60 meses)
TERMINAÇÃO
(61 – 120 meses)
Farelo Soja
10
30
07
-----
Milho
25
66
30
22
Farinha da Folha
da Mandioca
36
-----
40
53
Mistura Mineral
04
04
03
03
Raiz de Mandioca
(raspa)
25
-----
20
22
Fonte: EMBRAPA - PI
TABELA Ração para Suínos
INGREDIENTES
INICIAL
(até 60 dias)
CRESCIMENTO
(2 – 4 meses)
RECRIA
(4 meses até abate – 60 a 100 Kg)
Raspa de
Mandioca
26
40
50
Milho Moído
40
20
10
Farinha de Soja
30
27
23
Feno da Folha da
Mandioca
-----
10
15
Polivitamínico
04
03
02
18 PB
15PB
13PB
Fonte: EMATER - RS
TRABALHOS REALIZADOS
Engorda bovinos base da ração mandioca, ganho PV/dia 1,6
kg;
Engorda ovinos – trabalho mestrado UFC; Uso em alimentação de abelhas – trabalho mestrado UFC; Uso ração de peixes – recomendação DNOCS; Fabricação Peletizador de ração base mandioca.
Fotos de Trabalhos Realizados
CUSTO DE PRODUÇÃO DA SILAGEM
Custo por kilo = R$ 0,098
PODAS
20 a 30 cm do solo.
3 a 4 vezes/ ano.
Trabalho feito Embrapa-BA (forte adubação química)
VARIEDADE Corte bimestral
(ton/há)
Corte trimestral
(ton/há)
Gravetinho 107,72 94,94
Corrente 110,65 99,88
Folha miúda 97,97 90,89
Jacaré 131,98 125,45
OUTRAS EXPERIÊNCIAS: SORGO, FEIJÃO QUANDU, ESTILIZANTES E PALMA
Gliricídia
GLIRICIDIA SEPIUM É leguminosa originária da América Central de porte médio, mesmo na seca apresenta-se verde com folhas . Possui folhas com alto teor de proteína (25%). Tem boa palatabilidade para ruminantes, pode ser consorciada com a pastagem, como feno e silagem, além de servir de estaca para cerca. Sendo plantada em um sistema integrado denominado Lavoura/Pecuária/Floresta significa mais verde e fauna para o pasto. É próprio para o produtor consciente que desejar aumentar o lucro e se preocupa com o meio ambiente. Reproduz através de semente ou de estacas. Basta uma estaca em uma cova e forma-se uma nova planta e, sem demora, está cheia de folhas comestíveis para o gado Ela serve também de cerca viva que significa economia na custosa estrutura de contenção do gado no pasto. Somando a isso, ela fornece sombra para os animais, diminuindo o estresse. Fonte: http://www.agrosoft.org.br/agropag/212628.htm
Algodão-de-seda (Ciúme)
USO DO ALGODÃO-DE-SEDA NA ALIMENTAÇÃO DE RUMINANTES
CALATROPIS PROCERA
Originária da África, Península Arábica e Sudoeste da Ásia, mas, disseminou-se por todas as regiões tropicais do mundo.
No RN tem sido bastante cultivada para a produção de feno.
É considerada uma forrageira de alto valor nutritivo para ruminantes, apresentando 16 a 22% de proteína bruta, nas folhas e caule, respectivamente.
Alguns produtores já vem utilizando o feno de algodão-de-seda na alimentação de bovinos, mas, recomenda-se que seja misturada a outras forragens ou ração, por se tratar de uma forrageira ainda nova para a região.
Fonte: http://www.cpap.embrapa.br/publicacoes/online/FOL66.pdf
PRÓXIMO TRABALHO
Aproveitamento integral da mandioca na alimentação de suínos, visando o barateamento da ração em aproximadamente 40%.
OBRIGADO!!!
CONTATOS
Henrique Araujo Lima
Engenheiro Agrônomo – Empresário – Produtor Rural
Consultor SEBRAE Nacional
Cel: (85) 9912.4819
E-mail: [email protected]
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