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EdiçãoGrupo Ănima Educação
Vice PresidênciaArthur Sperandeo de Macedo
Coordenação de ProduçãoGislene Garcia Nora de Oliveira
Ilustração e CapaAlexandre de Souza Paz Monsserrate
Leonardo Antonio Aguiar
Equipe EaD
Conheça a AutoraVanessa Alessandra Silva Braga é formada
em administração com ênfase em comércio
exterior e mestre em administração. Mais
de dez anos de atuação na área de logística
internacional e comércio exterior, adquirindo
assim ampla experiência em operações
logísticas de importação e exportação,
além de logística nacional. Experiência na
coordenação de transações comerciais com
empresas estrangeiras, de acordo com as
normas mercantis, alfandegárias e fiscais de
cada país, além da vivência na elaboração de
estratégias de negócios, visando conquistar
novos parceiros comerciais e novos
mercados com o objetivo de atingir metas de
lucratividade. Responsável pela coordenação
e acompanhamento de processos de
exportação e importação. Mais de seis anos
de experiência em docência em disciplinas
relativas à logística, produção e comércio
exterior para cursos de graduação e MBA.
Experiência em orientação de TCC de pós-
graduação e elaboração de materiais virtuais
para cursos de EaD.
Nossa disciplina, Logística, aborda essencialmente a logística dentro da
empresa e em ambientes globalizados, mas sempre com o intuito de
buscar resultados empresariais. A disciplina tem como eixo principal a
introdução de novos conceitos da logística empresarial como diferencial
competitivo e as principais decisões envolvidas nas diferentes etapas do
fluxo de materiais, bem como o sistema de informações que permite o
controle destes fluxos. Além disso, existe a preocupação com a relação
empresarial de redes de organizações e a cadeia de suprimentos com
suas parcerias entre empresas, que permitem resultados maiores e
melhores aos participantes da rede de relacionamento.
Desta forma, são de suma importância a leitura e estudo deste livro para
um primeiro embasamento teórico a respeito da logística empresarial,
pois eles serão as bases para que você possa ser capaz de entender a
logística e seu funcionamento, e desta forma contribuir para a elaboração
da estrutura de gestão do fluxo de materiais de uma forma integrada
ao longo da cadeia de suprimentos, propondo abordagens alternativas à
realidade das organizações.
Apresentação da disciplina
UNIDADE 1 003Entendendo a logística 004Origem e história . 006Conceitos 011Evolução logística 012Diferenciação entre produto e serviço 017Revisão 021
UNIDADE 2 023 As atividades logísticas e a integração das operações logísticas 024Classificando as atividades logísticas 025Logística integrada: uma tendência empresarial 031Barreiras à integração interna 032Revisão 035
UNIDADE 3 037A logística integrada 038Entendendo a logística integrada 039Revisão 047
UNIDADE 4 049 Cadeia de suprimentos (SCM – Supply Chain Management) 050Conceituando a cadeia de suprimentos 051Gerenciamento da cadeia de suprimentos 053Relacionamentos na cadeia de suprimentos 057Objetivos e desafios 060Revisão 062
UNIDADE 5 064Custos logísticos 065Os custos logísticos conceitos 066Elementos dos custos logísticos 070Trade off (trocas compensatórias) 074Gestão dos custos logísticos 076Revisão 077
UNIDADE 6 079Serviço ao cliente 080Serviço ao cliente conceitos e elementos 081A importância do serviço logístico para o cliente 083Fatores importantes para o nível de serviço 083Interação: logística e marketing 085Revisão 087
UNIDADE 7 088A logística e a estratégia 089A logística e a estratégia competitiva 091Cadeia de valor 093Obtendo vantagem competitiva por meio da logística 096Os desafios da gestão logística e a importância para as empresas 097Revisão 102
UNIDADE 8 104Tendências logísticas 105Sustentabilidade x logística 107 A logística e o e-commerce 109A logística internacional 112A tecnologia da informação e a logística 115Revisão 119
REFERÊNCIAS 121
Entendendo a logística
• Origem e história
• Conceitos
• Evolução logística
• Diferenciação entre produto e
serviço
• Revisão
Introdução
A logística não é uma atividade recente. Desde quando nos
entendemos por homens, já existia a necessidade de transporte,
armazenagem e outras atividades relacionadas à logística.
Como se transportariam os alimentos e água necessários para a
sobrevivência? Como seriam armazenados? Se observarmos bem,
a logística existe desde a antiguidade, porém só recentemente
teve reconhecimento por parte das organizações. Olhando para
o passado, podemos identificar a logística, por exemplo, na
construção das pirâmides, nas grandes navegações, nas grandes
batalhas e também, de forma muito importante, no período entre
guerras, em que a ela foi usada de forma estratégica pelos países.
Contudo, o curioso é que no passado não existia a consciência sobre
a logística e sua importância. Somente no período entre guerras é
que se começou a formar a consciência da sua “importância”, de
como uma logística bem planejada e realizada poderia oferecer
certa vantagem em relação ao outro.
A logística, ao longo dos anos, vem recebendo diferentes conceitos,
diferentes denominações. Apesar de estar em foco de alguns
poucos anos para cá, muitas vezes as pessoas ainda entendem
como logística apenas o transporte e a armazenagem de produtos.
Mas é importante saber que transporte e armazenagem são apenas
duas atividades da logística, e que ela vai muito além de transportar
e armazenar. A logística inclui várias outras atividades, entre elas
aquisição, manuseio de materiais, embalagem, gestão de pedidos,
entre outras. O fluxo logístico está cada vez mais complexo e
estratégico.
Nesta primeira unidade temos como objetivo estudar o surgimento
da logística e sua evolução até chegar à cadeia de suprimentos, que
envolve todas as atividades relacionadas a um produto e/ou serviço,
desde o primeiro fornecedor até o cliente final, seja em execução,
seja em acompanhamento. Veremos também a diferença entre
produtos e serviços. Bons estudos!
LOGÍSTICA
unidade 1006
Origem e históriaAs atividades logísticas existem há muito tempo, contudo,
faz apenas alguns poucos anos que ela foi reconhecida pelas
empresas e utilizada de forma estratégica para conferir vantagem
à organização em relação aos concorrentes. Desde o surgimento
do homem, já existiam necessidades como transportar, armazenar,
entre outras. Como se transportava a caça, que era seu alimento?
Como ela era guardada? E a água? Como era transportada e
estocada? Como se conservavam os alimentos para as épocas de
baixa produção? Se pensarmos bem, a logística é utilizada há muito
tempo e, muitas vezes, mesmo hoje em dia, realizamos logística
sem sabermos.
Trocava-se o excesso da produção de uma comunidade
pelo excesso de outra comunidade.
Fonte: Disponível em: <http://goo.gl/0BKMk>. Acesso em: 02 de jan. 2015.
FIGURA 1 - Os homens e a logística no passado
Caminhando na evolução da organização social, quando surgiu o
comércio, ainda na época do escambo, ou seja, quando se trocavam
produtos entre comunidades, já existia a necessidade de se
trabalhar a gestão de estoque, armazenagem e transporte. Trocava-
se o excesso da produção de uma comunidade pelo excesso de
outra comunidade.
Por um longo período da história da humanidade, as comunidades
LOGÍSTICA
unidade 1007
Era preciso mantê-los
conservados para que se realizasse
a troca com outras comunidades.
produziam seu próprio alimento, mas não se conseguia produzir
tudo de que precisavam. Cada comunidade produzia determinados
produtos, ou seja, uma produzia trigo, a outra criava galinhas, a outra
criava porcos, e assim por diante. A sobra, o excesso do que cada
comunidade produzia, era trocado pelo excesso da produção das
outras comunidades. A comunidade que produzia porcos trocava
um porco por cinco sacas de trigo; outra comunidade trocava
galinhas por trigo e assim sucessivamente. Esse tipo de transação
é o que se chama de escambo.
FIGURA 2 - Escambo
Fonte: Acervo Institucional.
Então, reflita: onde está a logística nisso?
Quando uma comunidade produzia sua mercadoria e essa produção
gerava algum excesso, as pessoas tinham de fazer a gestão do
excesso ou, muitas vezes também, da falta do que produziam.
Dessa forma estavam gerindo seu estoque. Mas, além do estoque,
era preciso cuidar da armazenagem dos produtos. Era preciso
mantê-los conservados para que se realizasse a troca com outras
comunidades. Dessa forma, fazia-se a gestão de armazenagem.
LOGÍSTICA
unidade 1008
Ainda era necessário cuidar do transporte. As comunidades
ficavam distantes geograficamente umas das outras, e era preciso
transportar os produtos trocados, realizando então a gestão de
transporte – escolhia-se o melhor caminho a se fazer, a melhor
forma de se transportar a mercadoria, etc.
FIGURA 3 - Comunidades antigas
Fonte: Acervo Institucional.
Existem diferentes linhas teóricas que abordam o surgimento da
logística, mas grande parte dos autores clássicos aponta a época
das grandes guerras, mais precisamente após a Segunda Guerra
Mundial, na década de 1940, como o marco para o “boom” da
logística. Foi a partir desse período que ela passou a ser reconhecida
pelas organizações e, dessa forma, ganhou mais espaço dentro das
empresas.
LOGÍSTICA
unidade 1009
Numa guerra, é necessário ter
suprimentos (alimentos e água)
suficientes para toda a tropa.
Bem, se o período entre guerras é considerado um marco para a evolução logística, fica a pergunta: por que a logística militar foi tão importante? Já pensou a respeito?
Vamos pensar em tudo que está envolvido numa guerra.
• Milhares de pessoas.
• Armamento, equipamentos.
• Geralmente, deslocamento geográfico de grandes distâncias.
Pensando em uma guerra e nos pontos citados acima, podemos
fazer a seguinte análise.
Numa guerra, é necessário ter suprimentos (alimentos e
água) suficientes para toda a tropa. São necessários, também,
medicamentos, transporte da tropa, transporte do armamento, dos
suprimentos, dos medicamentos, de material para abrigo, entre
outros. Quando se fala em guerra, é preciso pensar na logística
do deslocamento da tropa, para saber se haverá possibilidade
de ataque inimigo ou se a tropa poderá atacar ou não inimigos
durante o deslocamento. É preciso saber onde se abrigará a
tropa caso falte suprimento, se o local oferece alimento e água. É
necessário também saber como serão armazenados suprimentos,
medicamentos e armamento.
FIGURA 4 - Logística militar
Fonte: Acervo Institucional.
LOGÍSTICA
unidade 1010
Sabemos que, após a Segunda
Guerra Mundial, em 1945, vários países
se encontravam devastados,
principalmente na Europa.
Ainda é preciso escolher a melhor estratégia de ataque, se este
será por terra, mar ou ar, quando atacar, quando recuar, quantos
soldados da tropa colocar na batalha ou quando e quantos serão
poupados.
De suma importância há ainda a informação. Não podemos
esquecer a importância enorme da comunicação e da informação,
fundamentais para que as tropas aliadas dialogassem a respeito
dos inimigos. Resumindo, a logística militar demandou dos
comandantes excelência na realização de todas essas atividades.
O mínimo detalhe poderia ser o ponto determinante da vitória ou da
derrota na guerra. Christopher (2009) afirma que todas as guerras
da espécie humana foram ganhas ou perdidas por meio das forças
e capacidades logísticas, ou da falta delas.
Mas ainda assim fica uma pergunta: por que somente após o período entre guerras a logística evoluiu e passou a ser tratada de forma diferente pelas empresas?
Sabemos que, após a Segunda Guerra Mundial, em 1945, vários
países se encontravam devastados, principalmente na Europa.
Esses países precisavam ser reconstruídos, o que gerou um grande
dinamismo econômico envolvendo uma logística extremamente
complexa que exigia homens, tecnologia e vários outros recursos.
Mudanças econômicas, desenvolvimento científico, tecnológico e
o período pós-guerra fizeram com que as empresas aprimorassem
seus processos industriais e produtivos. Com essa evolução,
elas aumentaram a capacidade produtiva e o mix (variedade) de
produtos e serviços oferecidos ao consumidor.
Porém, de nada adiantaria para as empresas melhorarem seus
processos, produzirem em maior quantidade e variedade, se não
conseguissem atender aos clientes. De nada adiantaria uma
empresa produzir mais e melhor, mas não conseguir armazenar
LOGÍSTICA
unidade 1011
Cada vez mais, então, os processos
logísticos tiveram que evoluir e
melhorar dentro das organizações.
adequadamente seus produtos, ou distribuí-los com atraso ou com
algum dano. Cada vez mais, então, os processos logísticos tiveram
que evoluir e melhorar dentro das organizações.
Agora que já conhecemos um pouco da história da logística, vamos
refletir: o que é a logística propriamente dita? Vamos descobrir?
Conceitos
De acordo com o dicionário Aurélio, o termo “logística” vem do
francês logistique e tem como uma de suas definições “a parte da
arte da guerra que trata do planejamento e da realização de: projeto e
desenvolvimento, obtenção, armazenamento, transporte, distribuição,
reparação, manutenção e evacuação de material para fins operativos ou
administrativos”. Outros historiadores defendem que a palavra logística
vem do antigo grego logos, que significa razão, cálculo, pensar e analisar.
Agora que já sabemos o que é logística, quando e como surgiu,
vamos prosseguir com nossos estudos para entendermos de forma
mais aprofundada o conceito de logística e o seu papel.
Já vimos que a missão da logística, a essência dela, é disponibilizar um produto ou serviço correto, na quantidade correta, no local correto, ao menor custo possível.
Como isso se dá? Bem, imagine que você comprou um celular pela
internet, cuja entrega foi prometida em cinco dias úteis. Isso quer
dizer que o mínimo que você espera é receber o modelo de aparelho
escolhido, na quantidade certa, dentro do prazo prometido e no
local para onde foi solicitada a entrega, certo? Qualquer questão que
esteja em desacordo com sua requisição o(a) deixará insatisfeito(a)
com o produto e/ou serviço.
LOGÍSTICA
unidade 1012
Existem várias definições para o
conceito de logística. Até mesmo um único autor, às vezes, pode
apresentar mais de uma definição.
Existem várias definições para o conceito de logística. Até mesmo
um único autor, às vezes, pode apresentar mais de uma definição.
Contudo, todas elas sempre se baseiam na missão da logística
(dispor, disponibilizar um produto ou serviço correto, na quantidade
correta, no local correto, ao menor custo possível).
Ballou (2006) conceitua logística como todas as atividades de
movimentação e armazenagem que facilitam o fluxo de produtos
e/ou serviços, desde o ponto de aquisição da matéria-prima até
o ponto de consumo final, assim como os fluxos de informação
que colocam os produtos em movimento, com o propósito de
providenciar níveis de serviço adequados aos clientes a um custo
razoável.
Já Christopher (2009) define a logística como o processo de
gerenciamento estratégico da compra, do transporte e da
armazenagem de matérias-primas, partes e produtos acabados
(além do fluxo de informação relacionado) por parte da organização
e de seus canais de marketing, de tal modo que os lucros atuais
e futuros sejam maximizados mediante a entrega de encomendas
com o menor custo associado.
Assim, pode-se conceituar logística como a área da gestão
responsável por prover recursos, equipamentos e informações para
que seja possível a execução de todas as atividades pertinentes a
uma empresa. Dessa forma, é necessária uma visão holística da
organização, pois a gestão trabalhará desde a compra e entrada de
materiais até o pós-vendas de um produto ou serviço (BALLOU et
al., 2006).
Evolução logística
Como vimos anteriormente, a logística passou por consideráveis
evoluções nas últimas décadas. Hoje em dia, a logística não
é realizada e gerida como era antes. Após a Segunda Guerra,
LOGÍSTICA
unidade 1013
A segunda fase da logística é a
chamada fase da integração rígida, e compreende o
período pós-guerras, em que a logística
começa a ser “enxergada” pelas
organizações e a ter “importância” para
as empresas
a logística evoluiu muito. Segundo BALLOU (2006), é possível
distinguir três fases distintas na evolução da logística: até 1950; de
1950 a 1970; após 1970.
1) Primeira fase (atuação segmentada) – até 1950
Durante essa fase, que foi até aproximadamente a década de 1950,
as atividades logísticas eram realizadas de forma “solta” dentro
das organizações, de forma pulverizada; não havia uma área
específica que realizasse a gestão de todas as atividades de forma
conjunta. As atividades eram fragmentadas, não existiam áreas
específicas responsáveis por sua gestão, ou seja, cada uma delas
era administrada por uma área ou setor diferente da organização.
Por exemplo, o transporte era administrado pela produção, o
estoque pelo marketing e assim por diante. Vale observar que, por
causa dessa fragmentação, ocorriam vários conflitos de objetivos e
responsabilidades entre as áreas de uma empresa. Conforme Ballou
(2006), até 1950, aproximadamente, a área da logística permaneceu
adormecida e não era guiada por nenhuma filosofia.
2) Segunda fase (integração rígida) – de aproximadamente 1950
até 1970
A segunda fase da logística é a chamada fase da integração rígida,
e compreende o período pós-guerras, em que a logística começa
a ser “enxergada” pelas organizações e a ter “importância” para as
empresas. Entre 1950 e 1970, a logística passou por um período de
desenvolvimento bastante relevante, pois o ambiente era favorável
para os novos pensamentos administrativos e as condições
econômicas e tecnológicas estimulavam o desenvolvimento
das atividades logísticas (BALLOU, 2006). Ainda conforme esse
autor, nesse período haviam quatro condições-chave para o
desenvolvimento dessas atividades logísticas, conforme podemos
ver no esquema a seguir.
LOGÍSTICA
unidade 1014
FIGURA 5 - Condições-chave do avanço logístico
Fonte: Acervo Institucional.
Pressão por custo na indústria
Avanços tecnológicos
Desenvolvimento das atividades
logísticas
Alterações nos padrões e atitudes de demanda dos
consumidores
A experiência militar
a. Alterações nos padrões e atitudes de demanda dos
consumidores: com o crescimento da migração da área
rural para os centros urbanos e dos centros urbanos para
os subúrbios circundantes, as atividades de distribuição,
estoque, entre outras, tiveram que sofrer alterações.
b. Pressão por custo na indústria: após a Segunda Guerra
Mundial, a economia cresceu muito e a esse crescimento
se seguiu uma fase de recessão, o que gerou para as
empresas um longo período de pressão por lucros.
c. Avanços tecnológicos: evoluindo cada vez mais, a logística
começou a se tornar cada vez mais complexa, e essa
complexidade podia ser administrada por meio das novas
tecnologias surgidas após a Segunda Guerra.
d. A experiência militar: a área militar já tinha consciência da
importância e da necessidade de uma boa coordenação
das atividades logísticas. Atividades como aquisição,
transporte, administração de estoques, entre outras, eram
LOGÍSTICA
unidade 1015
Iniciada após a década de 1970, essa é a fase da
integração total das atividades logísticas,
na qual a logística entra num estágio de
semimaturidade.
de suma importância para que se conseguisse sucesso nas
operações militares.
NOVAES (2004) comenta que, na segunda fase da evolução das
atividades logísticas, havia “uma busca inicial da racionalização
integrada da cadeia de suprimentos, mas ainda muito rígida, pois
não permitia a correção dinâmica, real time, do planejamento ao
longo do tempo”.
3) A terceira fase (integração total) – após 1970
Iniciada após a década de 1970, essa é a fase da integração
total das atividades logísticas, na qual a logística entra num
estágio de semimaturidade. As empresas passaram a controlar
custos, produtividade e qualidade. Atividades que antes não eram
controladas pelas empresas passaram a lhes despertar o interesse.
A logística passou a ser vista como um elo entre o mercado e a
atividade operacional da empresa. Como afirma CHRISTOPHER
(2009), entendeu-se que uma boa gestão logística leva a organização
a alcançar vantagem competitiva em custo/produtividade, além
de vantagem competitiva em valor. Os princípios e conceitos da
logística formulados durante essa fase passaram a ser usados em
larga escala e com sucesso pelas empresas.
Ocorre um salto qualitativo da maior importância: as empresas da cadeia de suprimento passam a tratar a questão logística de forma estratégica, ou seja, em lugar de aperfeiçoar pontualmente as operações, focalizando os procedimentos logísticos como menor gerador de custo, as empresas participantes da cadeia de suprimento passaram a buscar soluções novas, visando à logística para ganhar competitividade e para induzir novos negócios (NOVAES, 2004).
A figura abaixo mostra de forma esquemática a maneira como as
atividades ligadas à logística foram tratadas pelas empresas em
cada uma das três fases.
LOGÍSTICA
unidade 1016
Fonte: Adaptado de Ballou, 2004, p. 30.
FIGURA 6 - A evolução das atividades logísticas para a cadeia de suprimentos
Compras/Gerenciamento de materiais
Distribuição Física
Logística
Até 1950 Até 1970 Após 2000
Previsão de demandaCompras
Planejamento de necessidades
Planejamento da produção
Estoque de fabricação
Armazenagem
Manuseio de materiais
Embalagem
Estoque de produtos acabados
Planejamento da distribuição
Processamento de pedidos
Transporte
Serviços ao consumidor
Planejamento estratégico
Serviços de informação
Marketing/Vendas
FinanceiroG
ER
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ME
NT
O D
A C
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DE
SU
PR
IME
NT
OS
Com a evolução da logística e os novos conceitos de gestão, surge
um entendimento mais amplo da área e um maior interesse por ela.
A partir desse ponto, começa a se delinear o conceito de gestão da
cadeia de suprimentos, que será aprofundado na unidade 4.
Até aqui, já avançamos bastante no entendimento da logística, mas
ainda temos mais coisas para aprender. Então, reflita: se alguém
lhe perguntasse o que é um produto ou serviço do ponto de vista
logístico, será que você conseguiria responder? Vamos entender um
pouco mais sobre esse assunto?
LOGÍSTICA
unidade 1017
O produto para um mercado é
constituído por elementos tangíveis,
ou seja, elementos físicos que podemos tocar, sentir, ver, etc.
Diferenciação entre produto e serviçoOs conceitos de produtos e serviços são relativamente claros para
nós. Contudo, é preciso esclarecer algumas particularidades a
respeito desses conceitos. Como se sabe, produto é diferente de
serviço. Produtos e bens são coisas físicas, palpáveis, concretas
(um celular, um notebook, um eletrodoméstico, um carro, etc.).
Produto é, ainda, algo que pode ser oferecido a um mercado para
satisfazer um desejo ou uma necessidade (KOTLER, 2001). O
produto para um mercado é constituído por elementos tangíveis,
ou seja, elementos físicos que podemos tocar, sentir, ver, etc. Mas
é importante lembrarmos que nada impede que o produto seja
composto, também, de elementos intangíveis, ou seja, ele pode
ser composto por um ou mais serviços (garantia estendida, por
exemplo, em um notebook).
Serviço, por sua vez, é um trabalho realizado para alguém (serviço
de transporte, telefonia celular, TV a cabo, energia elétrica, etc.) e
tem as características descritas a seguir.
• Intangibilidade: qualidade do que não se pode ver, sentir,
provar, cheirar ou ouvir. Até comprarmos o determinado
serviço, pode-se considerar que são invisíveis.
• Inseparabilidade: não se pode produzir um serviço e depois
consumi-lo; os serviços são produzidos e consumidos ao
mesmo tempo. Pense, por exemplo, em um corte de cabelo:
nós consumimos o serviço ao mesmo tempo em que ele é
produzido.
• Variabilidade: serviços são variáveis, dependerão de
quem, quando e onde serão executados. A prestação de
um mesmo serviço pode ter resultados diferentes quando
executada em lugares ou para pessoas diferentes. Pense
em empresas aéreas e na prestação do serviço de lanche.
LOGÍSTICA
unidade 1018
Os intangíveis (como transporte,
seguros, dentre outros), quase nunca podem ser vistos ou
testados antes da sua aquisição.
Será que os serviços são iguais em todas elas?
• Perecibilidade: serviços são perecíveis, ou seja, não podem
ser estocados. Como estocar um serviço se sua realização
e entrega são feitas ao mesmo tempo e ele não é algo
“concreto”, algo físico?
Tangibilidade e intangibilidade
Normalmente se considera que “bens” são tangíveis (concretos) e
“serviços” são intangíveis (invisíveis, não concretos). Na maior parte
das vezes, os tangíveis são palpáveis, concretos, físicos e, assim,
podem ser vistos, tocados, cheirados e experimentados antes de
serem adquiridos. Os intangíveis (como transporte, seguros, dentre
outros), quase nunca podem ser vistos ou testados antes da sua
aquisição.
Nos últimos anos, pode-se notar que os produtos estão adquirindo
outras características além das físicas. Eles estão cada vez mais
ligados a percepções como qualidade, design, marca, etc. Conforme
KOTLER (1991), o desenvolvimento de um produto deve ser pensado
em três níveis.
1. Produto-núcleo: constituído dos benefícios ou serviço.
2. Produto básico ou tangível: composto por características,
estilo, marca, embalagem e nível de qualidade.
3. Produto ampliado: composto por serviços adicionais como
instalação, garantia, entrega, crédito, serviços pós-venda.
Produto logístico
Quando falamos em produto logístico, referimo-nos ao produto
propriamente dito, fornecido, ou seja, ao produto em si. Nesse caso,
produto logístico pode ser um produto físico ou um serviço. Valores
podem estar agregados a esse produto, e essa agregação de valor
pode gerar uma considerável satisfação no cliente.
LOGÍSTICA
unidade 1019
Os produtos logísticos
classificam-se em dois grupos: bens
de consumo e bens industriais.
Se o produto for um bem físico, é dotado de características físicas
como tamanho (dimensão), peso, odor, etc. Se o produto for
um serviço, é composto de traços intangíveis (invisíveis), como
qualidade, conveniência, entre outros. Os produtos logísticos
classificam-se em dois grupos: bens de consumo e bens industriais.
Fonte: Acervo Institucional.
FIGURA 7 - Bens de consumo
Bens de consumo
Aqueles que são direcionados para o consumidor (produtos alimentícios, automóveis, roupas, etc.).
Fonte: Acervo Institucional.
FIGURA 8 - Bens industriais
LOGÍSTICA
unidade 1020
Bens industriais
Aqueles que são direcionados para as empresas. Os bens industriais são usados na produção e/ou prestação de serviços (maquinário, matéria-prima, equipamentos, materiais de escritório, entre outros).
Até aqui já tivemos bastante informação a respeito de logística, não
acha? Mas ainda falta falarmos mais das atividades logísticas. Bem,
é isso que veremos na nossa próxima unidade. Vamos lá?
Que tal vermos um pouco da logística no nosso dia a dia? Quero que você
traga a logística para mais perto de você. Vamos pensar juntos?
Imagine a compra de supermercado da sua casa. Como ela é feita? De
forma aleatória? Em quantidades aleatórias? Certamente não! Aposto que
a compra é organizada, de maneira a repor os itens que estão acabando e
em quantidades que serão usadas em um período determinado, seja esse
período uma semana, 15 dias, um mês e assim por diante.
Fonte: Acervo Institucional.
FIGURA 9 - Logística no nosso dia a dia
Vamos tomar o feijão como nosso exemplo. Pense: em sua casa, vocês
esperam o feijão acabar completamente para colocá-lo na lista de
compras? Imagino que não! Quando percebem que tem uma quantidade
mínima de feijão, já fazem a nova compra.
LOGÍSTICA
unidade 1021
E na hora de consumir o feijão? Isso é feito de forma aleatória?
Provavelmente vocês o consomem sempre considerando o prazo de
validade, isto é, vocês usarão primeiro aquele cujo prazo de validade está
mais perto de vencer. Viu só como a logística está muito mais próxima de
nós do que imaginamos? Praticamos a logística várias vezes em nosso
dia a dia, seja em uma compra de supermercado, seja quando arrumamos
nosso armário ou ouvimos, pela manhã, as notícias sobre o trânsito no
rádio, para conseguirmos definir a melhor rota para chegar ao trabalho.
Toda a logística que praticamos em nosso dia a dia também é praticada
pelas empresas, porém de forma muito mais ampliada. Uma empresa,
como nós, não compra matéria-prima ou material de apoio de forma
aleatória, e não utiliza os materiais de forma aleatória também.
RevisãoChegamos ao final da nossa primeira unidade.
Até aqui aprendemos o que é logística, quando e onde ela surgiu.
Entendemos quando ocorreu o “boom” da logística para as
empresas e vimos que a logística militar foi de suma importância
para a evolução das atividades logísticas dentro das organizações.
Vimos também como se deu a evolução dessas atividades até
chegarmos à cadeia de suprimentos hoje em dia.
Estudamos os conceitos de logística e entendemos que sua
essência, seu objetivo básico, é disponibilizar um produto ou serviço
certo, na quantidade certa, no local certo ao menor custo possível.
Finalizando a unidade, aprendemos o que é produto e serviço e a
diferença entre os dois. Basicamente, podemos dizer que serviço é
algo intangível, enquanto produto é tangível.
E, finalmente, aprendemos que produto logístico é o produto fornecido,
propriamente dito, que pode ser um produto físico ou um serviço.
LOGÍSTICA
unidade 1022
Existem alguns sites com informações interessantes relacionadas à
logística. Vale a pena navegar por eles. Confira:.
GUIA LOG. Disponível em: <http://www.guialog.com.br>. Acesso em: 13 de
jan. 2015.
LOGISTICA TOTAL. Acesso em: <http://logisticatotal.com.br>. Acesso em
13 de jan. 2015..
ADMINISTRADORES.COM. Disponível em: <http://www.administradores.
com.br>. Acesso em: 13 de jan. 2015.
BRASIL LOG. Disponível em: < www.feiradelogistica.com>. Acesso em: 13
de jan. 2015.
ABRALOG. Disponível em: <http://www.aslog.org.br>. Acesso em: 13 de
jan. 2015.
As atividades logísticas e a integração das operações logísticas
• Classificando as atividades
logísticas
• Logística integrada:
uma tendência empresarial
• Barreiras à integração
interna
• Revisão
Introdução
Depois de vistos na primeira unidade alguns conceitos da logística,
que tal você compreender agora as atividades logísticas?
A logística empresarial procura prover o melhor nível de rentabilidade
nas atividades logísticas, por meio de planejamento, organização e
controle efetivos, visando facilitar o fluxo de produtos e serviços.
A nova gestão da logística visa administrar as atividades relacionadas
ao fluxo de produtos e serviços de forma agrupada, o que significa uma
evolução da maneira de administrar a logística dentro das empresas.
Você já viu que muitas atividades, por exemplo: transporte,
armazenagem e outras, se iniciaram nos primórdios da existência
do homem. Hoje, no entanto, as organizações devem realizar essas
mesmas atividades, com o intuito de atender aos seus clientes com
bens e serviços. Por isso, o sucesso da logística está na boa gestão e
execução das suas atividades, tanto as primárias quanto as de apoio.
Nesta unidade, os objetivos serão aprender um pouco mais sobre as
atividades logísticas e suas particularidades, além de entender como
acontece a integração dessas atividades e suas barreiras internas.
LOGÍSTICA
unidade 2025
Agora vamos entender cada uma
delas, de forma que consigamos
compreender sua importância e seu
impacto quando se trata da realização
da logística.
Classificando as atividades logísticasJá não é mais novidade que a logística busca otimizar, melhorar
os fluxos de materiais, serviços e informações desde o ponto
de aquisição (ponto de origem – primeiro fornecedor) até o
consumidor (ponto de destino final). O objetivo da logística é
melhorar constantemente o nível de atendimento aos clientes, com
a finalidade de satisfazer suas necessidades com o menor custo
possível ou razoável.
Para uma organização conseguir atender aos objetivos acima,
são necessárias algumas atividades logísticas. Pelos conceitos já
apresentados na unidade anterior, podemos identificar algumas
atividades que são de suma importância para a realização da
logística. Alguns autores, como ALVARENGA e NOVAES (2000) e
BALLOU (2006), classificam essas atividades da seguinte maneira:
atividades primárias e atividades secundárias ou de apoio.
Agora vamos entender cada uma delas, de forma que consigamos
compreender sua importância e seu impacto quando se trata da
realização da logística.
Atividades primárias
Conforme BALLOU (2006), as atividades primárias são as atividades
que contribuem com a maior parcela do custo total da logística
realizada pela organização, ou são atividades essenciais para a
coordenação e o cumprimento de uma determinada tarefa logística.
Essas atividades são aquelas consideradas como básicas,
primordiais para que aconteça o processo logístico. Elas são
essenciais para o começo e fim de um ciclo logístico, ou seja, por
meio delas, têm-se o início, o meio e o fim de um processo logístico.
LOGÍSTICA
unidade 2026
É a partir do processamento de
pedidos que se inicia a movimentação de produtos e entrega de bens e serviços
aos clientes.
As atividades primárias são: transporte, gestão de estoque e
emissão de pedidos. Para ficar mais fácil de entender, considere
que sem uma das atividades principais, o processo não acontece.
Pensemos juntos: como acontece a necessidade de uma entrega de
serviço ou produto?
1º - Para que exista a necessidade de entregar algum
produto, é necessário que se haja um pedido para
aquilo. É preciso que algum cliente tenha feito um
pedido para um produto.
2º - Tenho o pedido do cliente, agora preciso ter o produto
para entrega. Como atender um pedido de um cliente
sem ter o que ele deseja? Dessa forma, é necessário
que se tenha estoque.
3º - Já temos pedido e estoque, mas ainda precisamos
entregar o produto ao cliente. Assim, precisamos de
transporte.
Que tal conhecermos essas atividades detalhadamente?
Emissão de pedidos
A gestão de pedidos é uma atividade menos onerosa do que as
outras duas atividades primárias: transporte e gestão de estoque;
porém, é tão importante quanto as outras duas, uma vez que é o
ponto de partida para que a logística aconteça (BALLOU, 2006).
É a partir do processamento de pedidos que se inicia a movimentação
de produtos e entrega de bens e serviços aos clientes.
Gestão de estoque
A gestão de estoque é a segunda atividade logística mais onerosa
LOGÍSTICA
unidade 2027
O estoque é capital, é dinheiro da
empresa que está “parado” em forma de matéria-prima,
produtos acabados, entre outros.
para uma empresa. Estoque é matéria-prima, insumo, componente,
produto em processo e produto acabado que estão “parados”
dentro da empresa.
E por que o estoque torna mais caro o processo logístico? Já pensou
sobre isso?
Como foi dito, o estoque é tudo o que uma empresa tem
armazenado de insumos, matéria-prima, produto intermediário e
produto acabado. O estoque é capital, é dinheiro da empresa que
está “parado” em forma de matéria-prima, produtos acabados,
entre outros.
Esta é uma das razões de existir tanta pressão por parte das empresas
em manter o nível de estoque o mais baixo possível. A administração
de estoques envolve a responsabilidade de manter seus níveis de
estoque tão baixos quanto possível, ao mesmo tempo em que provê
a disponibilidade desejada pelos clientes, (BALLOU, 2006).
O mesmo autor também cita que o estoque, assim como o
transporte, absorve boa parte dos custos logísticos; porém,
é importante sua existência, uma vez que o estoque serve de
“amortecedor”, considerando a oferta e a demanda, ou seja, os
clientes poderão ter os produtos quando requisitados.
Transporte
O transporte é a atividade que vai prover a movimentação de
materiais de uma empresa, ou seja, se refere aos meios de
movimentar matérias-primas, produtos acabados, entre outros. O
transporte é considerado a atividade logística que mais onera, que
deixa mais caro o processo logístico de uma empresa.
BALLOU (2006) comenta que o transporte é considerado a atividade
de maior importância dentro da logística, uma vez que absorve a
maior parte dos custos, por ser uma atividade onerosa.
LOGÍSTICA
unidade 2028
As atividades secundárias ou de
apoio são: obtenção, planejamento
de produto, armazenamento,
manuseio de materiais,
embalagem e informação.
Atividades de apoio ou secundárias
As atividades secundárias ou de apoio, como o próprio nome já
diz, são atividades que suportam, dão sustentação às atividades
primárias. Pense bem: como fazer gestão de estoque e não ter
o local para armazená-lo? Como atender ao pedido e não ter
embalagem para entregar o produto? Essas atividades suportam as
primárias, mas não impedem que o fluxo logístico aconteça.
As atividades secundárias ou de apoio são: obtenção, planejamento
de produto, armazenamento, manuseio de materiais, embalagem e
informação.
Conforme BALLOU (2006), embora o transporte, manutenção
de estoques e processamento de pedidos sejam os principais
elementos que contribuem para a disponibilidade e a condição
física de bens e serviços, há várias atividades adicionais que apoiam
essas atividades primárias.
Conheça agora as atividades secundárias.
Armazenamento
Essa atividade está ligada ao espaço físico onde se guarda o
inventário de uma empresa. Segundo BALLOU (2006), armazenagem
é a atividade que se refere à administração do espaço físico
necessário para se estocar os produtos. Relaciona-se a ações
como: localização, arranjo físico, configuração do armazém, entre
outros. A gestão da armazenagem trata da forma como vamos
administrar a alocação dos nossos produtos em um determinado
espaço físico, além de ser a terceira atividade mais onerosa na
logística.
LOGÍSTICA
unidade 2029
A movimentação de matérias vai tratar de toda a
movimentação de qualquer produto
dentro da empresa.
Fonte: Disponível em: <http://www.fotolia.com/id/19244970>. Acesso em: 12 jan. 2015.
FIGURA 10 - Armazém
Manuseio de materiais
Essa atividade trata da movimentação de produtos no local de
armazenagem. Relaciona-se com: equipamentos de movimentação
(empilhadeira, paleteiras, entre outros), procedimento para
formação de pedidos e balanceamento da carga de trabalho.
A movimentação de matérias vai tratar de toda a movimentação
de qualquer produto dentro da empresa. Por exemplo, movimentar
matéria-prima para a linha de produção, ou movimentar produto
acabado da linha de produção para o almoxarifado e assim por
diante.
Embalagem
A atividade de embalagem se relaciona com a proteção dos
produtos. É ela que vai garantir que o produto não sofra nenhum
dano, pois o objetivo é preservar a integridade física e a qualidade
do produto.
Assim, um bom projeto de embalagem do produto ajuda a garantir
movimentação sem quebras. Além da função de proteção, a
LOGÍSTICA
unidade 2030
A obtenção é a atividade que deixa
o produto disponível para o sistema
logístico.
embalagem, muitas vezes, agrega valor ao produto. Quantas
vezes compramos um produto pela embalagem? (BALLOU, 2006).
A embalagem também influencia o manuseio e a armazenagem,
tornando-os eficientes ou não.
Obtenção
Esta é uma atividade que demanda uma atenção especial, pois
muitas vezes é confundida com compras. Apesar de serem
atividades similares, elas são diferentes. A obtenção é a atividade
que deixa o produto disponível para o sistema logístico. Por meio
dela se faz a seleção das fontes de suprimentos, das quantidades a
serem adquiridas e da forma como o produto vai ser transportado
(BALLOU, 2006).
A atividade de compras inclui muitos outros detalhes (negociação,
preço, dentre outros) do que a obtenção. Esses detalhes são
pertinentes somente à atividade de suprimentos. Dessa forma,
a programação da produção de uma empresa vai influenciar
diretamente na obtenção de materiais.
Planejamento de produto
Atividade diretamente ligada ao departamento de produção
de uma empresa. É nessa atividade que se determinará o quê,
quando e quanto deverá ser produzido. BALLOU (2006) comenta
que a programação de produtos se relaciona com a programação
de necessidade de produção e seus respectivos itens da lista de
materiais. Essa atividade se refere, primariamente, às quantidades
agregadas que devem ser produzidas e quando devem ser
fabricadas.
Manutenção de informação
Essa é uma atividade que tem sido cada dia mais importante dentro
das empresas. A gestão de informação hoje é básica e primordial
LOGÍSTICA
unidade 2031
Com o passar do tempo e com as
novas necessidades impostas pelo
mercado, as atividades foram
passando pela integração dentro das organizações
e começaram a ser geridas de forma
conjunta.
em qualquer empresa. Como sobreviver em um mercado com
informação e comunicação falhas?
Fonte: Disponível em: <http://www.prosperpolska.eu/>. Acesso em: 12 de jan.2015.
FIGURA 11 - A informação dentro das organizações
A informação influencia diretamente não só a logística, mas todas
as áreas de uma empresa. Conforme BALLOU (2006), essa atividade
é importante para um correto planejamento e controle logístico. É
com uma administração adequada da informação que a logística
empresarial vai atender aos objetivos de proporcionar ao cliente
produtos e serviços que satisfaçam suas necessidades.
Logística integrada: uma tendência empresarialJá vimos, na unidade anterior, a evolução das atividades logísticas
e que, em épocas passadas, elas eram realizadas de forma
fragmentada dentro das organizações. Com o passar do tempo e
com as novas necessidades impostas pelo mercado, as atividades
foram passando pela integração dentro das organizações e
começaram a ser geridas de forma conjunta.
LOGÍSTICA
unidade 2032
A partir dessa definição, você pode
perceber a amplitude da logística.
Conforme BALLOU (2006):
Logística é o processo de planejamento, implementação e controle do fluxo eficiente e eficaz de mercadorias, serviços e das informações relativas, desde o ponto de origem até o ponto de consumo com o propósito de atender às exigências dos clientes BALLOU (2006).
A partir dessa definição, você pode perceber a amplitude da
logística. A visão da logística integrada é desde o foco mais
estratégico, que é o atendimento ao cliente, até o nível mais
operacional, que envolve os fluxos de materiais e de informações.
Desta forma, quando se fala em logística integrada em uma
empresa, fala-se de um esforço integrado com o intuito de criar
valor para o cliente ao menor custo possível.
Segundo BOWERSOX & CLOSS (2001), a missão da logística
integrada exige a integração de esforços para criar valor para o
cliente pelo menor custo total possível, sendo que estes esforços
devem estar concentrados em três áreas: fornecedores, empresa e
concorrentes.
Para conseguir atingir este objetivo, a empresa tem que trabalhar
completamente de forma integrada, mas não só nas atividades
logísticas, como também entre as diversas áreas da organização
(por exemplo: marketing, produção, engenharia).
Barreiras à integração interna Apesar de se ter a consciência e ser notória a necessidade da
integração logística, ainda sim existem barreiras que dificultam que
isso aconteça de forma “suave”. Geralmente são barreiras internas
à própria organização, tais como: cultura, hierarquia e comunicação.
Esses entraves tornam o fluxo logístico difícil de acontecer.
LOGÍSTICA
unidade 2033
As empresas precisam ter
estratégias para que consigam superar
várias barreiras que surgirão.
CHRISTOPHER (2009) descreve as principais barreiras internas à
integração logística.
• Estrutura organizacional por funções: essa estrutura
diz respeito às estruturas tradicionais, divididas em
departamentos, em que há maior grau de especialização
em cada função. Esse tipo de estrutura forma barreiras
naturais à integração, visto que a organização está
acostumada a trabalhar de uma única forma.
• Sistema de medição tradicional: nesse sistema, falta
capacidade para medir a agregação de valor aos produtos
ou serviços. Os sistemas gerenciais e contábeis mais
comuns não medem isso. Dessa forma, a empresa não
consegue mensurar onde precisa melhorar ou se tornar
mais competitiva em relação ao concorrente.
• Foco exclusivo na produtividade: esse fato leva ao excesso
de estoque. Produz-se mais do que o necessário e isso faz
com que o capital de giro da empresa fique imobilizado.
• Tecnologia da informação mal aplicada: a falta da
integração da TI com as diversas áreas da empresa. Isso
impede a troca de informações e dificulta a gestão da
cadeia como um todo.
• Capacidade técnica e gerencial insuficiente: a gestão
fragmentada até alguns anos atrás fez com que as pessoas
ficassem especialistas em somente algumas atividades,
sem desenvolver a capacidade da gestão do todo, da gestão
integrada. Perde-se visão estratégica e percepção do todo.
Dessa forma, é possível perceber que não é tão simples e fácil
administrar as atividades logísticas. As empresas precisam ter
estratégias para que consigam superar várias barreiras que
surgirão.
LOGÍSTICA
unidade 2034
CLIENTES AVALIAM O SERVIÇO DE TRANSPORTE OFERECIDO PELA GIDION
A Gidion realizou duas pesquisas de opinião para conhecer a percepção
dos usuários em relação ao serviço de transporte coletivo de Joinville e
avaliar o nível de satisfação dos contratantes do serviço de fretamento
em 2011. As pesquisas foram feitas pela empresa Delfos Informações
Estratégicas. A pesquisa analisa perfil do usuário, característica de
deslocamento, hábitos de utilização do transporte coletivo e satisfação em
relação ao sistema. Desde 2002, a Gidion realiza anualmente a pesquisa
de satisfação dos clientes, para acompanhar os hábitos, aprimorar
continuamente a qualidade dos serviços prestados e reforçar os aspectos
positivos hoje praticados pela empresa.
Transporte coletivo urbano
A nota média de satisfação dos clientes do transporte coletivo de Joinville
nos itens pesquisados foi de 8,2, mantendo–se na média dos últimos três
anos. Os clientes entrevistados avaliaram atendimento dos motoristas,
segurança dos veículos, pontualidade, bilhetagem eletrônica, transporte
nas faixas exclusivas, limpeza dos carros, integração, atendimento do SAC
e dos guichês, entre outros itens. O atendimento dos motoristas recebeu
avaliação 8,6, dos guichês foi 8,7 e do SAC, 8,9. Os clientes também
demonstraram estar satisfeitos com as faixas exclusivas para ônibus, que
receberam nota média 9,1. A pesquisa foi realizada de 7 a 10 novembro.
As pesquisas foram feitas pela empresa Delfos Informações Estratégicas.
LOGÍSTICA
unidade 2035
Fretamento mantém satisfação
As 13 empresas atendidas pelo serviço de fretamento da Gidion
responderam à pesquisa de satisfação de 1º a 22 de novembro. A nota
média de satisfação dos clientes foi de 9,1, mesmo índice de 2010, quando
o serviço era prestado para 11 empresas da região. Os representantes
das empresas avaliaram o trabalho dos motoristas, dos supervisores
e gerentes, facilidade de contato, respostas aos problemas, veículos e
segurança.
Fonte: Disponível em: <http://www.gidion.com.br/wp-content/pdf/trans_janeiro.pdf>. Acesso em: 13 de jan. 2015.
RevisãoNesta unidade foram contempladas cada uma das atividades
logísticas e suas respectivas classificações. Você aprendeu que
a tendência exige que o gerenciamento logístico integre cada vez
mais as atividades e as diferentes áreas dentro de uma organização,
objetivando atender aos clientes com níveis cada vez mais altos e
custos mais baixos.
Vimos que as atividades primárias são chamadas assim por
serem essenciais para que aconteça o fluxo logístico. Essas são
as atividades que mais oneram o custo logístico de uma empresa.
As atividades de apoio ou secundárias, por sua vez, sustentam as
LOGÍSTICA
unidade 2036
atividades primárias.
Também lhe foram apresentadas as principais barreiras para que
a integração logística aconteça dentro de uma organização. E, por
fim, você percebeu que o conceito de logística integrada vai muito
além do que apenas realizar suas atividades. É preciso acelerar o
movimento por meio da logística e tornar todo o sistema logístico
mais flexível e sensível a esse mercado em mutação rápida. A
logística tem como essência a preocupação em obter vantagem
competitiva em mercados cada vez mais voláteis, sobrevivendo
apenas as empresas que conseguirem adicionar valor ao cliente em
prazos e custos cada vez menores.
Você pode saber mais a respeito das atividades logísticas nos livros abaixo:
FILHO, João Severo. Administração
de logística integrada: materiais, PCP
e marketing. Rio de Janeiro: E-papers
Serviços Editoriais Ltda. 2006
HARRISON, JEFFREY S. Administração
Estratégica de Recursos e
relacionamentos. Porto Alegre:
Bookman, 2005.
A logística integrada
• Entendendo a logística integrada
• Revisão
Introdução
Você viu na unidade anterior que com o passar dos anos as
atividades logísticas foram sofrendo integração interna nas
empresas. Com a integração das atividades logísticas, as empresas
conseguiram ampliar a eficiência e os níveis de serviço.
Nesta unidade veremos que a competência da logística integrada é
criar uma estrutura integrada de tal forma que seja possível atuar
em seus três níveis de operações logísticas (suprimentos, produção
e distribuição), de maneira a facilitar o fluxo básico das operações.
Além disso, temos por objetivos aprender mais a respeito de cada
uma das três áreas da logística integrada e como elas integram
suas operações. São elas: logística de suprimentos (LS), logística
de produção ou interna (LP ou LI) e logística de distribuição (LD).
Porém, é importante notar que alguns autores consideram como
outra área da logística integrada a atividade de logística reversa (LR).
Na unidade 8, por sua vez, daremos atenção especial à logística
reversa. Além disso, iremos compreender os conceitos principais
relacionados à logística e seus vários níveis de integração. Será
abordada cada uma das áreas da logística integrada, mostrando o
campo de atuação de cada uma delas.
Bons estudos!
LOGÍSTICA
unidade 3039
Entendendo a logística integradaÉ importante lembrar que a quantidade de ciclos de operações
logísticas irá depender do segmento de atuação da empresa e da
sua posição na cadeia de suprimentos, mas nem por isso será
considerado de menor importância.
Por meio das duas figuras abaixo você pode compreender melhor
a logística integrada, suas três áreas e como elas se integram –
logística de suprimentos (LS), logística de produção (LP) ou interna
(LI) e logística de distribuição (LD).
Fonte: Elaborado pela autora.
FIGURA 12 - Logística integrada
FORNECEDOR(SUPRIMENTOS)
F Á B R I C A(PRODUÇÃO)
C L I E N T E(DISTRIBUIÇÃO)
LOGÍSTICA DE SUPRIMENTOS
GERENCIAMENTO DE MATERIAIS GERENCIAMENTO DE DISTRIBUIÇÃO
LOGÍSTICA DE DISTRIBUIÇÃO
LOGÍSTICA DE PRODUÇÃO
LOGÍSTICA INTEGRADA
LOGÍSTICA
unidade 3040
FIGURA 13 - Funcionamento da logística integrada
Fonte: Disponível em: <http://goo.gl/SI8Cy0>. Acesso em: 12 de jan. 2015.
Para facilitar o entendimento, traduzimos os termos em inglês
presentes na ilustração sobre o funcionamento da logística
integrada.
Receiving - área de recebimento.
Quality / returns - área de qualidade/devolução.
Satellite control - roteirização e controle por satélite.
Cross-dock / transfers - “atravessamento de docas” / transferência.
Put-away - movimentação ou colocação no armazém, baseado em
informações de tempo real sobre o status do uso de prateleiras.
Picking / selection (RF, paper, voice) - separação e seleção (rádio
frequência, papel, voz).
Replenishiment – reabastecimento.
Inventory control - gestão de estoque, controle de inventário.
Value-added processing - processo de agregação de valor.
Labor&task managment – gestor.
Shipping – expedição.
Loading – carregamento.
LOGÍSTICA
unidade 3041
Com base na figura anterior, podemos perceber que a logística
integrada está relacionada a uma empresa em questão. Apesar
de envolver outros participantes, a logística integrada trata das
atividades realizadas para se colocar material dentro da empresa
e tirar material de dentro da empresa. Estas atividades fazem parte
do fluxo de matérias, e estão sempre amparadas pelo fluxo de
informação.
Os fluxos logísticos
As operações logísticas se iniciam quando um fornecedor expede
materiais ou componentes para uma empresa, e terminam quando
esta empresa fabrica um produto e o entrega a um cliente.
Para organizações de grande porte, as operações logísticas
consistem em vários movimentos que resultam na entrega de
produtos, seja para atender outras indústrias, seja para atender o
varejo, o atacado ou até mesmo o usuário final do produto: o cliente.
FIGURA 14 - Serviços integrados - indústria automobilística
Fonte: Disponível em: <http://goo.gl/tf4zpn>. Acesso em: 12 de jan. 2015.
LOGÍSTICA
unidade 3042
Desta forma é interessante e
necessário que se divida o fluxo de materiais da
logística integrada em três áreas, pois assim facilita-se a
compreensão.
Quando se fala em fluxo de operações da logística integrada, é usual
e didático que se divida em dois fluxos: fluxo de materiais e fluxo de
informação. No decorrer dessa unidade você conhecerá detalhes
sobre esses dois fluxos.
Desta forma é interessante e necessário que se divida o fluxo de
materiais da logística integrada em três áreas, pois assim facilita-se
a compreensão.
É comum, nas empresas, a sobreposição das quatro áreas. É viável
e normal que se combine as três áreas (suprimento, produção
e distribuição) de forma a propiciar a gestão integrada do fluxo
de materiais e informação para atendimento ao cliente final da
empresa.
Que tal vermos do que se tratam e como funcionam estas áreas?
Fluxo de materiais
A logística de suprimentos (LS)
A logística de suprimentos é a área da logística integrada que trata
da administração de materiais, ou seja, é o momento em que se
decide a quantidade de materiais que serão comprados, quando e
como serão movimentados, quem será o fornecedor, etc., ou seja,
trata-se da compra e organização da movimentação de entrada
de materiais, insumos, matéria-prima e produtos acabados dos
fornecedores, para empresas, depósitos ou lojas de varejo. No
escopo a seguir, você pode perceber as áreas participantes da
logística integrada de uma determinada empresa.
LOGÍSTICA
unidade 3043
FIGURA 15 - Escopo da logística
Fonte: Acervo institucional.
ESCOPO DA LOGÍSTICA
DENTRO DA EMPRESA
Recebimento
Fornecedores
Consumidores
MATÉRIA-PRIMA
FABRICAÇÃO
TRABALHO EM PROCESSO
MONTAGEM
ARMAZÉM
Expedição
Varejo
Atacadista
FORA DA EMPRESA
INBOUND
OPERAÇÕES
OUTBOUND
Esta área, a logística de suprimentos (inbound), tem início no
momento que o material (recursos) está pronto para expedição
no fornecedor e finaliza no momento da entrada deste material
(recursos) na empresa (recebimento). É a área que trabalha o fluxo
de produtos para a empresa, sendo responsável pelo abastecimento
da empresa. A atividade de interface da logística de suprimentos
com a logística de produção ou logística interna é o planejamento e
controle de estoque. A interface se dá quando o estoque é adquirido
por suprimentos, mas para a utilização da produção. Ele é de
responsabilidade tanto de suprimentos quanto de produção.
Pela figura a seguir vocês podem perceber as atividades básicas da
logística de suprimentos.
LOGÍSTICA
unidade 3044
SUPRIMENTOS
TRANSPORTE
ARMAZENAGEM E MANUTENÇÃO DO ESTOQUE DE MATÉRIA-PRIMA
ADM. DE SUPRIMENTOS
DESENVOLVIMENTO DE FORNCECEDORES
GLOBAL SURCING
FOR
NEC
EDO
R
PEDIDO DE COMPRA
INFORMAÇÕES
INFORMAÇÕES
TRANSPORTE DE PRODUTOS
FIGURA 16 - Logística de suprimentos
Fonte: Adaptado de CÉSAR e NETO (2009).
A logística de produção (LP) ou logística interna (LI)
Logística de produção ou logística interna, basicamente, se inicia no
portão de entrada da fábrica (recebimento de matéria-prima) e se
desenvolve dentro da empresa até o momento de se ter o estoque
do produto acabado, ou seja, produto finalizado e pronto para
distribuição. A principal responsabilidade da logística de produção
é participar da realização de uma programação de produção e
providenciar a produção em tempo correto.
Esta atividade envolve, como já falado, o planejamento,
organização e controle de atividades e pessoas que têm algum
tipo de relação com o fluxo de materiais dentro da empresa,
como por exemplo: plano de estoque, controle de estoques
(matéria-prima, produto semiacabado, ou seja, em processo, e
produto final), embalagem, etc.
A atividade de interface entre produção e distribuição é o
planejamento de recursos de distribuição. Esta atividade é
responsável pelos recursos, equipamentos e informações para que
a distribuição seja realizada de forma adequada. O planejamento de
recursos de distribuição tratará de planejar o transporte, a separação
e embalagem dos pedidos, além do correto gerenciamento de
LOGÍSTICA
unidade 3045
informações para conseguir entregar o produto ao cliente e então
ter a sua satisfação.
A figura a seguir mostra as atividades básicas da logística de
produção.
FIGURA 17 - Fluxo básico da logística de produção ou logística interna
Fonte: Adaptado de CESAR e NETO (2009).
FOR
NE
CE
DO
R
CL
IEN
TE
ENTRADAS
ALMOXARIFADO
COMPRAS
FINANCEIRO (CONTAS A REC.)
VENDAS
PR
OD
UTO
SSER
VIÇ
OS
INFO
RM
AÇ
ÕES
INTERNO
PCP
PRODUÇÃO
CONTABILIDADE
CUSTOS
RH
SAÍDAS
EXPEDIÇÃO
FINANCEIRO (CONTAS A PAGAR)
VENDAS
MKT
PR
OD
UTO
SSER
VIÇ
OS
INFO
RM
AÇ
ÕES
PR
OD
UTO
SSER
VIÇ
OS
INFO
RM
AÇ
ÕES
PR
OD
UTO
SSER
VIÇ
OS
INFO
RM
AÇ
ÕES
EMPRESA
Logística de distribuição (LD)
A logística de distribuição é responsável pela entrega do produto
físico até a porta do cliente final na fábrica e no depósito das
empresas. Inicia-se na saída do material da empresa (estoque de
produto acabado) e termina no cliente. Trata do fluxo de produtos da
empresa para o cliente. É a gestão das atividades de movimentação
de produto acabado, administração do pedido e entrega ao cliente. A
logística de distribuição é fundamental para o trabalho de marketing.
Se ocorrer de os produtos não serem entregues de forma correta,
no local correto e no tempo correto, boa parte do marketing poderá
ser colocada em risco.
Na próxima figura você perceberá as atividades básicas da logística
de distribuição.
LOGÍSTICA
unidade 3046
Fonte: Adaptado de Cesar e Neto (2009).
FIGURA 18 - Fluxo básico da logística de distribuição
ATIVIDADES IMPORTANTES
- PLANEJAMENTO DOS RECURSOS DA DISTRIBUIÇÃO- FRETE- MV. E ARMAZENAMENTO DE PRODUTO ACABADO - EMBALAGEM- PROCESSAMENTO DE PEDIDO- ESTIMATIVA DE DEMANDA DAS VENDAS- CONTROLE DE ESTOQUE DE PRODUTO ACABADO- SERVIÇOS AO CLIENTE
ATIVIDADES COMPLEMENTARES
- ASSISTÊNCIA TÉCNICA- SUPORTE AO MERCADO- LOCALIZAÇÃO DE ARMAZÉNS E CD
CL
IEN
TE
PEDIDO DE COMPRA
INFORMAÇÕES
INFORMAÇÕES
TRANSPORTE DE PRODUTOS
Fluxo de informação
A informação é primordial para o bom funcionamento de qualquer
organização. As informações abrangem não só as três áreas vistas
anteriormente, mas toda a cadeia. O ideal é que a informação seja
via de mão dupla e que flua de fornecedor a cliente e cliente a
fornecedor, além de fluir, também, em todos os sentidos dentro de
uma empresa.
Desta forma, compartilhar informações diminui possibilidades
de erros, garantindo a boa execução da logística e consequente
satisfação do cliente. A informação facilita a realização das
atividades logísticas dentro de uma organização. A gestão
da informação logística trata tanto de informações entre os
participantes da cadeia logística quanto das informações
pertinentes às operações para receber, produzir e expedir, seja
dentro da organização ou para algum outro cliente fora da empresa.
LOGÍSTICA
unidade 3047
Apesar do fluxo de materiais (LS, LP e LD) e do fluxo de informações
estarem sendo tratados de forma isolada na nossa disciplina,
não quer dizer que é desta forma que elas precisam ser tratadas
dentro de uma organização. A consideração de operações internas
isoladamente é útil para mostrar a importância fundamental da
integração de todas as funções e atividades envolvidas na logística.
Embora muitas empresas levem mais em consideração os
números obtidos, as empresas estão cada dia mais preocupadas
em satisfazer o cliente e desta forma conseguir atingir um nível
de serviço excelente. E as empresas perceberam que este objetivo
pode ser conseguido por meio da logística integrada. Por isso,
cada vez mais as empresas usam a logística integrada e seu bom
funcionamento para conseguir estar à frente dos seus concorrentes.
Hoje em dia, quando se fala em logística, se fala em algo estratégico
para as empresas.
Acesse o link abaixo e assista ao vídeo que mostra a incrível gestão de
logística integrada da FEDEX. A FEDEX é uma empresa de courier (correio
expresso) que possui uma das melhores gestões logísticas do seu
segmento.
LOGISTICA FEDEX – IMPRESSIONANTE. Canal de Engenharia de Produção:
(15 min. 13 seg.): son. color. Português. Disponível em: <http://goo.gl/
pRHsEF>. Acesso em: 14 de jan. 2015.
RevisãoVamos agora rever os principais pontos e aspectos da logística
integrada?
Você sabe que hoje, já não basta satisfazer o seu cliente, é
necessário encantá-lo. Os consumidores são cada vez mais
exigentes em qualidade, agilidade e atentos aos preços. Tendo
LOGÍSTICA
unidade 3048
esta consciência, é necessária uma boa gestão logística em que
seja possível planejar, implementar e controlar da maneira eficaz
e eficiente o fluxo de produtos, serviços e informações, desde a
compra de matérias-primas ou produtos acabados, passando pela
produção, até o ponto de distribuição (atender ao cliente). Entende-
se por logística integrada todas as operações logísticas da empresa,
incluindo trânsito de materiais e informações.
A logística integrada se divide em dois fluxos: materiais e
informação.
O fluxo de materiais se subdivide em três operações. A primeira
é a logística de suprimentos, que trata de toda a logística ligada
à aquisição, seja de matéria-prima, insumo, produtos acabados,
etc. Este fluxo termina quando o material chega ao recebimento
da empresa. A segunda operação é a de logística de produção, ou
logística interna, que trata todo o fluxo logístico dentro da empresa,
incluindo movimentação de matérias, produção, etc. A terceira e
última é a distribuição, que trata de todo o fluxo da expedição da
empresa até o produto final chegar ao cliente.
É importante lembrar que existe interface entre estas operações.
Isto que dizer que existem ações e responsabilidades pertinentes a
mais de uma operação ao mesmo tempo. Uma operação começa
quando a outra ainda não terminou completamente.
Selecionamos o link de um vídeo bastante interessante. Neste vídeo,
você poderá conhecer mais a respeito da logística integrada da empresa
Transpiratininga. Não deixe de conferi-lo!
LOGISTICA INTEGRADA. Estratego On-line: (07 min 01 seg.): son. color.
Português. Disponível em: <http://goo.gl/Gh0BVg>. Acesso em: 14 de
jan. 2015.
Cadeia de suprimentos (Scm – supply chain management)
• Conceituando a cadeia de
suprimentos
• Gerenciamento da cadeia de suprimentos
• Relacionamentos na cadeia de suprimentos
• Objetivos e desafios
• Revisão
Introdução
Nas unidades anteriores foi apresentado a você o histórico da
logística nas organizações. Conforme vimos, é um processo que
tem passado por algumas transformações. Após a década de 1990,
notavelmente a logística tomava cada vez mais espaço dentro das
empresas. A integração interna das atividades logísticas já não era
mais suficiente para se conseguir atingir a satisfação dos clientes,
sendo necessária uma nova forma de gestão. Após o ano 2000, as
empresas começaram a fazer a gestão da cadeia de suprimentos,
também chamada de gestão da cadeia de fornecimento ou suplly
chain management.
A gestão da cadeia de suprimentos trata da administração de todo
o fluxo de materiais, financeiro e de informação, desde o primeiro
fornecedor até o último consumidor.
Nesta unidade aprenderemos a diferenciar logística de cadeia
de suprimentos, conheceremos o que é a cadeia de suprimentos,
entenderemos seu funcionamento e, por fim, analisaremos a
importância da cadeia de suprimentos para as organizações
nos dias atuais. Desta maneira você poderá aplicar os conceitos
aprendidos na empresa onde trabalha, contribuindo então para
bons resultados empresariais.
LOGÍSTICA
unidade 4051
Os esforços da gestão da cadeia
de suprimentos têm como objetivo
principal A SATISFAÇÃO DOS
CLIENTES.
Conceituando a cadeia de suprimentosCom a evolução das atividades logísticas e de sua gestão, surgiu
um novo conceito da integração logística, por volta do ano 2000,
que chamamos atualmente de cadeia de suprimentos.
É importante observar que é normal que se confunda a cadeia
de suprimentos com logística. Para minimizar essa confusão, o
Council of Logistics Management (CLM) (entidade americana de
profissionais de logística), modificou sua definição de logística,
mostrando que ela não é sinônima de cadeia de suprimentos, e sim
um subconjunto dela.
Conforme o Council of Logistics Management, logística é a parte
dos processos da cadeia de suprimentos que planeja, implementa e
controla o efetivo fluxo e estocagem de bens, serviços e informações
correlatas desde o ponto de origem até o ponto de consumo,
com o objetivo de atender às necessidades dos clientes. Já o
gerenciamento da cadeia de suprimentos tem o seguinte conceito:
SCM (suplly chain management) é a integração dos processos
de negócios desde o usuário final até os fornecedores originais
(primários) que providenciam produtos, serviços e informações que
adicionam valor para os clientes.
Os esforços da gestão da cadeia de suprimentos têm como objetivo
principal A SATISFAÇÃO DOS CLIENTES.
Sendo assim, podemos entender que a cadeia de suprimentos
envolve todas as empresas que têm alguma relação com a produção
e o fornecimento de determinado produto ou serviço. A figura a
seguir mostra um desenho esquemático do que seria uma cadeia
de suprimentos. Pelo desenho, podemos notar que ela é uma rede
complexa de relação e dependência em que uma empresa central
se liga a várias outras empresas, clientes e fornecedores.
LOGÍSTICA
unidade 4052
Por meio da cadeia de suprimentos se
busca conseguir sinergia com a integração dos
processos-chave.
EMPRESACENTRAL
FIGURA 19 - Rede de suprimentos
Fonte: Adaptado de: CHRISTOPHER, 2009, p.5.
Veja o que BOWERSOX et al (2009) e BALLOU (2004) dizem sobre a
cadeia de suprimentos.
BOWERSOX et al (2009) afirmam que a cadeia de suprimentos
estende a integração a todas as empresas referentes à cadeia de
produção do material ou do produto, desde a aquisição de matéria-
prima até a chegada do produto ou serviço ao posto de consumo.
BALLOU (2004) relata que o gerenciamento da cadeia de
suprimentos vai além da essência da logística, uma vez que a
GCS (gestão da cadeia de suprimentos) destaca as interações que
ocorrem entre marketing, produção e logística em uma organização.
Por meio da cadeia de suprimentos se busca conseguir sinergia com
a integração dos processos-chave. O intuito é satisfazer e atender
o consumidor final da forma mais eficaz e eficiente possível, o que
quer dizer prover produtos e/ou serviços com maior valor agregado,
maior valor percebido pelo cliente final ao menor custo possível.
CHRISTOPHER (2009) também diferencia cadeia de suprimentos de
logística. Veja abaixo.
LOGÍSTICA
unidade 4053
O relacionamento na cadeia de suprimentos
representa um enfoque
de parceria.
O gerenciamento logístico está basicamente preocupado com a
otimização de fluxos dentro da organização, enquanto a gestão da
cadeia de suprimentos se preocupa com a integração como um
todo, ou seja, o SCM entende que a integração interna por si própria
não é suficiente.
A cadeia de suprimentos se torna bem mais complexa que a
logística, uma vez que envolve significantes transformações
políticas e tecnológicas: mudanças na regulamentação do
transporte, comercialização, revolução da informação, adoção
dos movimentos da qualidade e desenvolvimento de parcerias e
alianças estratégicas (BOWERSOX e CLOSS, 2001).
Gerenciamento da cadeia de suprimentosSegundo CHRISTOPHER (2009), a cadeia de suprimentos é uma
rede de empresas conectadas e interdependentes (uma dependendo
da outra) trabalhando para controlar, gerenciar e aperfeiçoar o fluxo
de matérias-primas e informação, desde os fornecedores até os
clientes finais.
Para o Supply Chain Council (www.supply-chain.com), uma cadeia
de suprimentos envolve todos os esforços necessários na produção
e liberação de um produto final, desde o (primeiro) fornecedor
do fornecedor até o (último) cliente do cliente, sendo que quatro
processos básicos definem esses esforços: o planejamento, o
abastecimento, a produção e a entrega. O relacionamento na cadeia
de suprimentos representa um enfoque de parceria, ao contrário
daqueles antigamente usados, que eram baseados no poder do
adversário e na conduta oportunista. Você conhecerá melhor essas
relações mais adiante.
LOGÍSTICA
unidade 4054
Fonte: Disponível em: <http://goo.gl/NtxcL> (com adaptações).Acesso em 08/02/2013.
FIGURA 20 - Direção do fluxo de demanda e direção do fluxo de produto
Forn. M. PrimaConsumidor
Final
Forn. Nível I Varejo
Forn. Nível II
Fabricante
Centros de Distribuição
DIREÇÃO DO FLUXO DE DEMANDA DIREÇÃO DO FLUXO DE PRODUTO
Na próxima figura, você pode notar, de forma resumida, o fluxo
de materiais da logística integrada, sendo que a parte interna da
empresa é dividida em compra, produção e distribuição.
Fonte: Elaborado pela Autora.
FIGURA 21 - Logística integrada
PLANEJAR
Fo
rnec
edo
r
Clie
nte
COMPRAR PRODUZIR DISTRIBUIR
Na figura a seguir podemos notar o que é uma cadeia logística,
seus vários e principais “atores” e suas relações.
LOGÍSTICA
unidade 4055
Fonte: Disponível em: <http://goo.gl/UP7lr>. Acesso em: 06 de dez. 2012.
FIGURA 22 - Cadeia de abastecimento da logística
Fornecedores
Terceiros
Recebimento Almoxarifado de matérias-primas
Fabricação Estocagem em processo
LOGÍSTICA DA PRODUÇÃO
Montagem
Expedição
Centro de Distribuição
Armazém Central
Distribuidor atacadista
Armazém de produtos acabados
Varejo
Consumidor
Montadora
LOGÍSTICA
CADEIA DE ABASTECIMENTO
ADMINISTRAÇÃODE MATERIAIS
MOVIMENTAÇÃODE MATERIAIS
MANUFATURA
DISTRIBUIÇÃOFÍSICA
• Suprimentos• Transportes• Armazenagem da matéria-prima
Planejamento e controle de estoques
Planejamento dos recursos da distribuição
• Planejamento, programação e controle da produção• Estocagem em processo• Embalagem
• Armazenagem do produto acabado• Transportes• Processamento de pedido
LOGÍSTICA DE SUPRIMENTOS LOGÍSTICA DE DISTRIBUIÇÃO
Você pôde perceber o funcionamento da logística integrada e a
relação entre as suas diversas atividades, além de perceber as
atividades de interface (comuns) entre uma área e outra. Conseguiu
identificar as atividades pertinentes à administração de materiais, à
movimentação e à distribuição.
Para compreender melhor a cadeia de suprimentos, conheça
detalhadamente cada uma de suas atividades.
O PLANEJAMENTO
No planejamento estão envolvidas ações como: previsão de
demanda - trata da criação de previsões realistas de quanto produto
LOGÍSTICA
unidade 4056
Esta atividade envolve a seleção de fornecedores, não só
pelo melhor preço, mas também pela
garantia de um fluxo correto e contínuo
de fornecimento de materiais.
será necessário comprar, seja usado direta ou indiretamente na
produção; envolve também a precificação do produto, ou seja, o
processo de valoração dele; e por fim a gestão de estoque, na qual
será definida a estratégia com relação à quantidade de material que
será armazenado e seu fluxo para atingir as metas planejadas.
O COMPRAR
Esta atividade envolve a seleção de fornecedores, não só pelo melhor
preço, mas também pela garantia de um fluxo correto e contínuo
de fornecimento de materiais. Ou seja, é por meio dessa atividade
que se escolhe os fornecedores qualificados, de modo a manter a
empresa sempre abastecida, seja de produtos diretos (envolvidos
diretamente na produção) ou indiretos (não envolvidos diretamente
na produção) ao melhor custo possível e com qualidade.
O PRODUZIR
Nesta atividade está envolvida a produção propriamente dita, ou
seja, envolve ações como a definição do cronograma de produção,
definição do que produzir, quanto e quando produzir, sempre em
função da demanda, para que seja possível uma redução de custos
da operação.
O ENTREGAR
Esta é a atividade na qual se trata a gestão de distribuição,
envolvendo o transporte, ou seja, a movimentação de materiais
pelos diversos meios de transporte disponíveis. Trata de atender ao
pedido, ou seja, fazer a gestão de pedidos e entrega deles. Coordena
com áreas administrativas os pedidos dos clientes, melhorando os
tempos de entrega e mantendo os custos operacionais sob controle.
É importante que você sempre se lembre de alguns pontos
pertinentes à cadeia de suprimentos.
LOGÍSTICA
unidade 4057
Dentro da cadeia de suprimentos,
seus participantes são classificados
em dois tipos: membros primários
e secundários (também chamados
de apoio).
• A cadeia de suprimentos inclui todas as ações, todas as
atividades, todos os processos que são necessários para
que uma empresa consiga fornecer um produto ou serviço
ao cliente final.
• A cadeia de suprimentos permite que qualquer número de
empresas possa ser ligado à cadeia.
• Numa cadeia de suprimentos, um cliente pode ser o
fornecedor de outro cliente. Desse modo, a cadeia total
possui muitas relações do tipo fornecedor-cliente.
• O sistema de distribuição pode ser diretamente do
fornecedor para o cliente, mas, dependendo dos produtos
e dos mercados, poderá também possuir distribuidores,
como atacadistas, depósitos e varejistas.
Relacionamentos na cadeia de suprimentosA cadeia de suprimentos, por envolver vários atores, preza muito
pelo relacionamento com eles. Para Bowersox e Closs (2009),
a formação de relacionamentos cooperativos na cadeia de
suprimentos aumenta a competitividade das empresas.
Dentro da cadeia de suprimentos, seus participantes são
classificados em dois tipos: membros primários e secundários
(também chamados de apoio).
Entenderemos, a seguir, cada um desses membros da cadeia de
suprimentos.
Membros primários
São aquelas empresas ou unidades de negócios responsáveis pela
realização de atividades operacionais ou gerenciais que geram
LOGÍSTICA
unidade 4058
Esses membros são empresas
ou unidades de negócio que
fornecem recursos, conhecimento e
qualquer produto ou serviço de
suporte à cadeia de suprimentos.
alguma agregação de valor ao longo da cadeia. Os membros
primários se relacionam diretamente à cadeia produtiva de um
determinado produto ou serviço, ou seja, são os membros que
participam de forma direta do fornecimento de produto e/ou serviço.
Exemplo: fornecedores, clientes, operadores logísticos, etc.
Membros secundários ou de apoio
Esses membros são empresas ou unidades de negócio que
fornecem recursos, conhecimento e qualquer produto ou serviço de
suporte à cadeia de suprimentos. Eles não participam diretamente
do processo de agregação de valor do produto e/ou serviço.
Exemplo: bancos, empresas de conservação e limpeza,
contabilidade, etc.
É importante saber que uma empresa pode ao mesmo tempo ser
membro primário em um processo na cadeia de suprimentos e ser
membro de apoio em outro processo, bem como pode executar
esses papéis em cadeias de suprimentos distintas. Uma empresa
não tem que estar única e exclusivamente em apenas uma cadeia,
pelo contrário, ela muitas vezes participa de várias cadeias de
suprimentos ao mesmo tempo.
Além da classificação de seus membros, as cadeias de
suprimentos podem ser divididas em três níveis: cadeia imediata,
cadeia interna e cadeia total.
CADEIA IMEDIATA
A cadeia imediata é formada pelos fornecedores e pelos clientes
com os quais a empresa faz negócios diretamente.
CADEIA INTERNA
A cadeia interna é formada pelos fluxos de informações, materiais,
LOGÍSTICA
unidade 4059
pessoas, entre departamentos, células ou setores dentro da
empresa.
CADEIA TOTAL
A cadeia total, como o próprio nome já menciona, é o nível que
envolve todas as relações entre clientes e fornecedores, desde a
matéria-prima até o consumidor final.
Veja como esses três níveis da cadeia de suprimentos se relacionam.
Fonte: SLACK, 1993 (adaptação).
FIGURA 23 - Níveis da cadeia de suprimentos
FornecimentoREDE TOTAL
REDE INTERMEDIÁRIA
REDE INTERNA
Distribuição
Cliente Final
Na figura acima a cadeia interna está representada pela cor lilás,
é o nível no qual a interação acontece dentro da organização, da
empresa. Na cor verde, temos a cadeia imediata representada.
Podemos notar que existe a interação da empresa (lilás) com as
organizações verdes, que representam clientes e fornecedores
diretos. Finalmente, em cinza, tem-se o nível da cadeia total, em
que já se incluem os fornecedores de segunda e terceira camadas,
também conhecidos como subfornecedores, e os clientes finais.
LOGÍSTICA
unidade 4060
Essa gestão pode ser muito favorável às empresas, mas,
para se conseguir o sucesso, é preciso
superar desafios.
Objetivos e desafiosUma boa gestão da cadeia de suprimentos exige das organizações
planejamento e estratégia. Essa gestão pode ser muito favorável
às empresas, mas, para se conseguir o sucesso, é preciso superar
desafios.
Os principais objetivos da cadeia de suprimentos são:
• redução de custos;
• aumento da eficiência;
• aumento dos lucros;
• diminuição dos tempos dos ciclos da cadeia de
fornecimento;
• melhoria do desempenho nos relacionamentos com
clientes e fornecedores;
• desenvolvimento dos serviços de valor agregado;
• obtenção e disposição do produto certo, no lugar certo, na
quantidade certa e com o menor custo;
• manutenção de um menor estoque possível.
Alcançando os objetivos, uma empresa estaria aprimorando a sua
eficiência e competitividade da sua cadeia produtiva, por meio do
aumento das sinergias, interações e da simplificação de atividades,
que resultarão em diminuição de custos e ampliação dos valores
agregados.
Contudo, a cadeia de suprimentos é consideravelmente recente
para as organizações, e ainda apresenta muitos desafios a serem
superados, sendo que os principais são:
• mudança cultural dentro da empresa;
LOGÍSTICA
unidade 4061
• fronteiras entre departamentos;
• falta de apoio da diretoria;
• baixa utilização de TI e resistência à troca de informação;
• procedimentos e políticas perpetuadas;
• disponibilidade de bons parceiros (fornecedores,
prestadores de serviços, etc.).
A cadeia de suprimentos tem como competência o desenvolvimento
de uma estrutura integrada ao longo de toda essa cadeia, de forma
que fluam os aspectos básicos das operações logísticas, assim
como o aspecto estratégico central da empresa. As empresas que
almejam um futuro, certamente terão na gestão de suas cadeias
de suprimentos a efetivação de seus meios de vender, produzir e
atender aos clientes. Dessa forma, elas se mantêm competitivas no
mercado frente aos seus concorrentes.
A figura a seguir ilustra a cadeia logística da empresa Argos. Ela desenvolve
serviços customizados adequando-se às necessidades de seus clientes.
Oferece soluções em diferentes mercados e busca oportunidades de
racionalizações logísticas, assim como reduções de custos. A empresa
oferece o serviço de integração da cadeia de suprimentos, comprando
materiais dos atuais fornecedores em nome próprio com as mesmas
condições comerciais de seus clientes e realiza as atividades do dia a dia
de compras, logística e qualidade. Você pode saber mais a respeito da
logística desta empresa pelo site http://www.argosgps.com
LOGÍSTICA
unidade 4062
FIGURA 24 - Cadeia logística da empresa Argos
Fonte: Disponível em: <http://goo.gl/VFl8k>.Acesso: 08 de fev. 2013.
RevisãoNesta unidade estudamos a cadeia de suprimentos. Entendemos
seus conceitos, origem e evolução. Vimos como funciona
o gerenciamento de uma cadeia de suprimentos e suas
particularidades.
Você entendeu também a questão do relacionamento dentro da
cadeia de suprimentos. Compreendeu que a relação entre os diversos
atores deve ter mais sinergia que nos modelos antigos de gestão
logística. Viu as atividades essenciais da cadeia de suprimentos:
planejamento, abastecimento, produção e distribuição, e estudou a
classificação de seus membros (primários ou secundários/apoio).
Conheceu os três níveis da cadeia de suprimentos: cadeia imediata,
cadeia interna e cadeia total, sendo que a cadeia interna se refere
unicamente às atividades internas da empresa; a cadeia imediata,
às atividades da empresa com os clientes e fornecedores com
os quais tem contato direto; e a cadeia total envolve todos os
fornecedores e os clientes finais.
LOGÍSTICA
unidade 4063
Finalizamos a unidade entendendo os objetivos e os desafios da
gestão da cadeia de suprimentos.
Vale lembrar que uma boa gestão da cadeia de suprimentos é
essencial para que uma empresa tenha vantagem competitiva no
mercado.
Selecionei para você o link de um vídeo bastante interessante a respeito da
gestão da cadeia de suprimentos. Esse vídeo mostra uma entrevista com
o professor Paulo Resende, que é especialista em cadeia de suprimentos.
Não deixe de conferi-lo.
GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS. Fundação Dom Cabral: (35 min.
05 seg.): son. color. Português. Disponível em: <http://goo.gl/UAKWzD>.
Acesso em: 14 de jan. 2015.
Custos logísticos
• Os custos logísticos conceitos
• Trade off (trocas
compensatórias)
• Gestão dos custos logísticos
• Revisão
Introdução
É comum as pessoas apresentarem dificuldades para definir o que
é logística e o que compõe o processo logístico. Toda empresa, para
ter uma boa gestão, precisa conhecer quais são seus componentes
logísticos e como é possível economizar em relação aos custos
dessa área.
Hoje, um dos grandes problemas das empresas é que os clientes
têm demandado um maior serviço, mas não estão dispostos a
pagar mais por isso. Com o preço qualificador e o nível de serviço
cada vez mais exigido, as atividades e os custos logísticos acabam
tendo influência direta no sucesso da empresa.
Contudo, nem todos os custos logísticos podem ser controlados
totalmente pelas empresas. Existem fatores que podem aumentar
um determinado custo logístico. Entretanto, a empresa não
consegue intervir nesses fatos. É o que acontece, por exemplo,
na manutenção das estradas no Brasil. Esse é um fator que
pode aumentar o custo logístico da atividade de transporte e que
independe da empresa, pois extrapola, foge a sua responsabilidade.
Por meio desta unidade, objetivamos estudar os principais custos
logísticos e discutir os impactos provocados por eles no resultado
da empresa.
LOGÍSTICA
unidade 5066
Custos são gastos realizados
para fabricar um determinado
produto ou prestar determinado serviço.
Os custos logísticos conceitosAntes de entrarmos nos custos logísticos de forma mais específica,
vamos esclarecer alguns conceitos básicos e importantes para
a compreensão do assunto. Quando se fala em custo, o que você
entende?
Custos são gastos realizados para fabricar um determinado produto
ou prestar determinado serviço.
Para começar, saiba que os custos podem ser diretos ou indiretos,
bem como fixos ou variáveis. Conheça cada um deles a seguir.
Custos diretos e indiretos
Custos diretos: aqueles que estão diretamente relacionados com o
produto ou serviço.
Exemplo: em uma fábrica de motocicletas, alguns produtos são
essenciais para a fabricação delas, como os pneus, bancos, rodas
etc. Esses itens são facilmente identificáveis em cada motocicleta
produzida. Além disso, seus gastos podem ser medidos. Esses itens
são o que chamamos de custos diretos da produção. Por exemplo:
custo com matérias-primas usadas na fabricação das motocicletas,
custo com mão de obra direta etc.
Custos indiretos: aqueles que não se relacionam diretamente
com um produto ou serviço. Seu cálculo é estimado, subjetivo e
geralmente se usa o rateio.
São exemplos de custos indiretos na fábrica de motocicletas: o
pagamento a prestadores de serviço ou mão de obra em outras
áreas (controle de qualidade etc.), compra de materiais indiretos
(aqueles usados em atividades auxiliares de produção – graxas,
LOGÍSTICA
unidade 5067
Custos variáveis: como o próprio
nome já diz, esses custos podem
variar. Geralmente, a variação é em função
da quantidade e do volume de produção.
lubrificantes etc.) e outros custos, como depreciação de maquinário,
manutenção de equipamentos etc.
Custos fixos e variáveis
Custos fixos: aqueles que são constantes, que não se alteram.
Independem do volume de produção.
Exemplo: na fábrica de motocicletas, o salário dos gerentes,
supervisores, coordenadores da fábrica são gastos fixos, pois
independem do volume de produção da fábrica.
Custos variáveis: como o próprio nome já diz, esses custos podem
variar. Geralmente, a variação é em função da quantidade e do
volume de produção.
Exemplo: na indústria, a compra de pneu e banco utilizados na
produção de uma motocicleta é exemplo de custo variável, pois,
quanto mais unidades forem produzidas, mais pneus e bancos
serão consumidos na produção.
Mas nada impede que um mesmo custo seja fixo em um determinado
momento e variável em outro. Os gastos com as comissões dos
vendedores são despesas variáveis, pois acompanham o volume
de vendas e são necessários para colocar o produto no mercado.
Já os gastos com a administração de vendas são fixos, pois não
acompanham o volume das vendas.
Você já consegue entender o que são os custos logísticos?
Sintetizando: custos logísticos são aqueles relacionados à realização
da logística de uma empresa, como a armazenagem, os custos de
estoque (existência ou ruptura), os custos de pedido e os custos
de transporte. Geralmente, custos logísticos são bem onerosos
para a empresa e a forma como são geridos podem determinar a
sobrevivência ou não dela. Veja os exemplos na figura a seguir.
LOGÍSTICA
unidade 5068
Para a maioria das empresas, a
atividade logística que representa o
maior percentual dos custos logísticos é o
transporte. É o que veremos agora!
FIGURA 25 - Exemplo de custos
FORNECEDOR MÁQUINÁRIO CUSTO FIXO
MATÉRIA-PRIMA MÃO DE OBRACUSTO VARIÁVEL E DIRETO
CONTROLE DE QUALIDADECUSTO FIXO E DIRETO
CLIENTE
Fonte: Acervo Institucional.
Para a maioria das empresas, a atividade logística que representa
o maior percentual dos custos logísticos é o transporte. É o que
veremos agora!
No caso do transporte, os custos se dividem em fixos e variáveis.
FIXOS
Consideramos a depreciação da frota, salários e manutenção. Esses custos são permanentes, pois não dependem do volume da produção. O salário dos responsáveis pelos transportes não será alterado, já que independe do volume de produção.
VARIÁVEIS
Incluem combustíveis, pneus, lubrificantes, entre outros. Esses custos variam conforme o volume de produção. Por exemplo, se uma empresa aumentar a quantidade de mercadoria a ser entregue, automaticamente a quantidade de combustível aumentará também.
LOGÍSTICA
unidade 5069
custo do estoque é composto por elementos, tais
como: o próprio valor do que se tem
em estoque e a manutenção desse
estoque (seguros, obsolescência,
perdas etc.).
Os estoques também compõem os custos logísticos. Eles são,
geralmente, a segunda atividade logística que mais onera os custos
logísticos de uma empresa.
O custo do estoque é composto por elementos, tais como: o próprio
valor do que se tem em estoque e a manutenção desse estoque
(seguros, obsolescência, perdas etc.). Caso a gestão de estoque não
seja bem feita, a empresa corre o risco de sofrer falta ou excesso
de estoque. Em ambos os casos, será gerado aumento no custo de
estoque, porém, quando o custo for por falta de estoque, será mais
difícil de ser mensurado.
A armazenagem é outra atividade que compõe o custo logístico.
Esse custo envolve, por exemplo: impostos, luz, conservação ou
aluguel (caso o armazém seja alugado), manuseio de materiais,
equipamentos, salários, encargos etc.
Outra atividade considerada como custo logístico, mas em
níveis bem menores do que as outras três citadas, é a atividade
de processamento de pedido. Ela relaciona custos como papel,
materiais de escritório, computadores, custos com funcionários e
custos indiretos (luz, telefone etc.)
Os elementos básicos dos custos logísticos de uma empresa são
quatro, conforme apresentados na figura abaixo.
LOGÍSTICA
unidade 5070
ELEMENTOS DOS CUSTOS LOGÍSTICOS
CUSTO DE TRANSPORTE
CUSTO DE ESTOQUE
CUSTO DE ARMAZENAGEM
CUSTO DE PEDIDO
FIGURA 26 – Elementos dos custos logísticos
Fonte: BRAGA, Vanessa Silva. (Autora).
Elementos dos custos logísticosComo já dissemos, é comum e errado as pessoas acharem que
logística refere-se somente ao transporte e que custo logístico são
apenas os custos relacionados a essa atividade.
Os custos logísticos são formados por quatro elementos básicos:
custos com pedidos, custos com armazenagem, custos com
estoque e custos com transportes. Conheça os detalhes de cada
um deles a seguir.
Para você compreender os custos logísticos, começaremos pela
atividade de menor custo e finalizaremos pela de maior custo. Fique
atento(a)!
- Custo de pedido
Custo de pedido é o valor gasto pela empresa para que determinado
lote de compra de um produto seja solicitado ao fornecedor e
LOGÍSTICA
unidade 5071
entregue à empresa compradora. Esse custo está relacionado
aos custos administrativos e operacionais da área de compras
(suprimentos). Ele é composto por custos fixos, tais como mão
de obra, aluguel rateado (caso se aplique), gastos referentes à
área de compras, impostos e seguros, equipamentos, luz, telefone
etc. e também por custos variáveis, como frete, seguro de carga,
desembaraço alfandegário (se pertinente) etc. Esses custos estarão
sujeitos a algumas variáveis, por exemplo, ao tamanho e à urgência
do pedido.
- Custo de armazenagem
Esse elemento, apesar de ter um custo considerável, é o terceiro
maior custo relacionado à logística. Ele não recebe a devida e
necessária atenção das áreas responsáveis pelos custos e pela
gestão dentro das empresas. Além do mais, a maior parte dos custos
de armazenagem é fixa e indireta, o que dificulta o gerenciamento
da operação e a alocação de custos.
Os custos de armazenagem se dividem, conforme a figura abaixo.
FIGURA 27 – Custos de armazenagem
SALÁRIOS E ENCARGOS
CUSTOS DE ARMAZENAGEM
MANUSEIO MÃO DE OBRA
EMPILHADEIRA
PALETEIRA
GUINDASTES
LUZ
ALUGUEL
IMPOSTOS
SEGURO
ARMAZÉM
Fonte: Acervo Institucional.
LOGÍSTICA
unidade 5072
- Custo de estoque
É comum, dentro de uma empresa, ouvir que estoque custa dinheiro,
ou que é dinheiro parado, ou é obsoleto, que é dinheiro jogado
fora. E isso é verdade. Esse custo está relacionado ao inventário
de uma empresa. Trata-se de bens e materiais disponíveis em
estoque, dentro ou fora das empresas, mas que pertencem a elas.
O inventário pode ser utilizado na fabricação de bens ou ainda ser
considerado um bem. Dependendo do segmento da empresa, o
inventário pode ser dividido em: inventário do estoque de matéria-
prima, inventário do material em processo e inventário dos produtos
finais.
O custo de estoque é basicamente dividido em: custo de aquisição,
custo de manutenção e custo de ruptura. Veja o quadro a seguir.
QUADRO 1 - Tipos de Custo de estoque
Representa o custo do processo de aquisição de um determinado material. Contempla o custo de capital (o qual se refere ao que a empresa gastou comprando material), o próprio custo do material, custo de inspeção, frete especial, custos ligados à manutenção de pedidos.
É o custo referente à manutenção do estoque e administração do inventário de uma empresa. Envolve, por exemplo: maquinários especiais de movimentação, software de controle de estoque e seguro de matérias.
Este é um custo de difícil mensuração. Ele é subjetivo, pois diz respeito ao custo que uma empresa tem por falta de estoque de um determinado material.
CUSTO DE AQUISIÇÃO CUSTO DE MANUTENÇÃO CUSTO DE RUPTURA (FALTA)
Fonte: BRAGA, Vanessa Silva. (Autora).
Se falta estoque, então temos um pedido não atendido. Se temos um
pedido não atendido, será que teremos um cliente satisfeito? Qual é o
custo desse não atendimento para a empresa? Qual é o custo da imagem
da empresa afetada perante o cliente? São custos difíceis de serem
mensurados.
LOGÍSTICA
unidade 5073
Os custos de transporte referem-
se às despesas geradas para
transportar um produto da sua
origem até o destino.
- Custo de transporte
Finalmente, chegamos ao último elemento e o de maior impacto no
custo logístico de uma organização. Sabe-se que transporte não
é somente o rodoviário. Temos o aeroviário, aquaviário, ferroviário
e dutoviário. Porém, para nosso estudo, vamos considerar as
características do modal rodoviário, que é o predominante no Brasil.
Os custos de transporte referem-se às despesas geradas para transportar
um produto da sua origem até o destino. O transporte pode ser próprio ou
terceirizado, dependendo da estratégia adotada pela empresa.
É importante lembrar que vários fatores poderão influenciar no
aumento ou na baixa de um item da composição do custo, por
exemplo, o petróleo. Se as ações da Petrobras caem, com certeza
o mercado ficará instável e o preço do petróleo subirá, o que
ocasionará a alta do preço do diesel e, consequentemente, a alta
do valor do frete de um transporte.
Vários são os fatores que influenciarão na composição do custo de
transporte. São alguns deles:
• características da carga;
• distância a ser percorrida;
• velocidade;
• densidade (peso e volume);
• fragilidade;
• valor;
• carga completa ou fracionada.
Os custos do transporte no processo logístico podem ser:
fixos: depreciação, remuneração do capital, pessoal (motorista),
LOGÍSTICA
unidade 5074
É importante que você tenha uma
visão sistêmica da logística, que é a
visão holística.
custos administrativos, seguro do veículo, IPVA/seguro obrigatório.
variáveis: pneus, combustível, lubrificantes, lavagem, lubrificação,
manutenção e pedágio.
A boa gestão logística consegue fazer com que a cadeia de
suprimentos seja lucrativa – desde os fornecedores até os clientes
– por meio de relacionamentos baseados em parcerias, em
cooperação. Com uma logística eficiente, faz-se o controle dos
estoques, insumos e produtos acabados. Mas essas não são as
únicas estratégias utilizadas logisticamente para se conseguir estar
à frente do concorrente. Cada vez mais, têm-se aumentado ações
de trade off (trocas compensatórias) para se manter no mercado.
Trade off (trocas compensatórias)Como você já sabe, não podemos pensar na logística de forma
isolada. É necessário pensar na interligação existente entre as
atividades logísticas e entre elas e outras áreas da organização,
bem como entre a organização e outras empresas (clientes,
parceiros, fornecedores etc.).
É importante que você tenha uma visão sistêmica da logística, que é
a visão holística. O que quer dizer isso? Quer dizer que é importante
enxergar a logística de todos os “lados”, sob qualquer prisma e
saber os impactos que uma determinada ação pode causar na
cadeia como um todo.
A expressão trade off pode ser entendida e traduzida como “perde-ganha”. Está relacionada à ideia de relação compensatória, ou seja, perde-se algo por um lado, mas ganha-se algo por outro. Para facilitar seu entendimento, pense na seguinte situação: você pode deixar de viajar nas suas férias, mas, por outro lado, irá economizar um dinheiro, que poderá ser usado, por exemplo, para trocar de carro ou reformar a casa.
LOGÍSTICA
unidade 5075
Uma decisão precisa ser bem
analisada para que se tenha a clara
compreensão dos ganhos e das perdas
consequentes dela.
É importante ter consciência de que o trade off implica várias
decisões dentro de uma organização. Uma decisão precisa ser bem
analisada para que se tenha a clara compreensão dos ganhos e das
perdas consequentes dela.
O trade off é muito trabalhado na logística quando se fala em
custo. As atividades da logística integrada (logística de suprimento,
logística de produção e distribuição) geram custos para a empresa,
tais como: custos de transporte, estoque, armazenagem, compras,
processamento de pedidos, vendas e etc.
Dessa forma, o trade off é usado de modo estratégico, justamente
procurando encontrar o balanceamento dos custos dessas
atividades, levando-se em conta o princípio das compensações, de
forma a conseguir o menor custo total da operação.
Trade off também é muito usado nas estratégias das organizações.
Quando isso acontece, geralmente se fala de resultados mais a
médio e longo prazo.
As montadoras chinesas, quando entraram no mercado brasileiro,
colocaram os carros à venda com um valor bem mais barato que as
montadoras nacionais. Porém, as montadoras nacionais optaram por
manter os seus preços mesmo sabendo que perderia uma boa fatia do
mercado. Dessa forma, deram preferência à rentabilidade, enquanto os
chineses optaram por ganhar mais mercado.
Resumidamente, trade off é você perder conscientemente por
um lado, para ganhar mais por outro, seja em custo, que é o mais
trabalhado no trade off, ou valor (agregação de valor).
LOGÍSTICA
unidade 5076
Três pontos fundamentais podem ser levados em conta
no gerenciamento eficiente dos
custos logísticos: o suprimento, o
apoio à produção e a distribuição física.
Gestão dos custos logísticosÉ importante que você saiba que alguns autores tratam a gestão
dos custos logísticos nos três processos macros da logística
integrada: logística de suprimento, logística de produção e logística
de distribuição. Para gerir os custos logísticos, o primeiro passo é
estabelecer quais as prioridades de controle, o que se quer controlar
e se isso pode ser estabelecido, respondendo a algumas perguntas,
que são essenciais, conforme apresentado abaixo.
Qual é o tipo de análise desejada? Será de curto ou longo prazo?
O que se pretende custear: produtos, canais de distribuição, regiões
de atendimento ou clientes?
Três pontos fundamentais podem ser levados em conta no
gerenciamento eficiente dos custos logísticos: o suprimento, o
apoio à produção e a distribuição física.
A gestão de custos logísticos poderá ser mais orientada, mais
focada quando respondidas às perguntas acima. Dessa maneira,
é possível traçar estratégias capazes de atender apenas a uma
atividade (custos de transporte), um conjunto de atividades (custo
de armazenagem e controle de estoque) ou até mesmo todas as
atividades logísticas da empresa.
Na questão do suprimento, é importante que a empresa consiga escolher
bem seus fornecedores, determinar os tamanhos de lote de compra e
definir as políticas de estoque. Muitas vezes, administrando um ou todos
os elementos da área de suprimentos, a empresa consegue adquirir seus
produtos de forma mais racional, diminuindo seus custos.
Na questão do apoio à produção, a empresa deverá ter algumas
precauções, principalmente no que se refere ao modelo contábil de
LOGÍSTICA
unidade 5077
rateio de custos indiretos, que acabam por supertaxar os produtos
que mais vendem e sobretaxar aqueles que menos vendem.
Para a Logística, a ferramenta de custos de produção deverá estar
voltada às necessidades do planejamento e controle da produção, a
fim de apoiar decisões referentes aos tamanhos de lote e alocação
da produção entre as plantas e as linhas de produção.
Na distribuição, faz-se necessário o controle de custos, abrangendo
todas as atividades, desde a saída das mercadorias até a entrega. O
importante é conseguir rastrear os custos pela estrutura logística,
tentando evitar, ao máximo, o rateio indiscriminado dos custos.
Um exemplo claro de boa Logística pode ser encontrado no livro Administração
de logística integrada: materiais, PCP e marketing, de Filho (2006 – p. 124; 125)
em que o autor faz comentários a respeito de uma empresa que opera com um
sistema de distribuição com cinco depósitos. Obviamente, ela terá um custo
maior do que outra empresa que opera apenas com três depósitos. Contudo, essa
empresa, apesar do aumento de seu custo de operação de armazenagem e dos
depósitos a mais, conseguiu reduzir os custos de transporte. E ainda conseguiu
um aumento nas vendas. Fazendo a análise compensatória, a empresa chega
à conclusão de que o custo de se manter os cinco depósitos compensa para
a empresa, porque vai gerar mais benefícios para ela. Segundo o autor: “(...)
ocorreu um aumento de custos da operação dos depósitos e da armazenagem
e, em consequência, obteve-se a redução dos custos de transporte, do estoque
esgotado e talvez tenha até ocorrido um aumento das vendas (...). (...) do ponto
de vista teórico, o método ideal de distribuição seria aquele que proporcionasse
maior lucro líquido ao fabricante”. (FILHO, 2006, p.124).
RevisãoNesta unidade, estudamos os custos logísticos. Começamos
definindo o conceito de custo e suas derivações: fixo e variável, bem
como direto e indireto.
LOGÍSTICA
unidade 5078
Acesse o link abaixo e leia a reportagem do
jornal virtual Estadão “Custo logístico consome 13,1% da receita das
empresas”. Essa reportagem é de outubro de 2012 e fala exatamente o
quanto custa para uma empresa a realização de suas atividades logísticas.
Disponível em:
GERBELLI, Luiz Guilherme. Custo logístico consome 13,1% da receita
das empresas. 31 out. 2012. In: Estadão. Disponível em: <http://goo.gl/
zu3r1n.>. Acesso em: 05 jan. 2015.
- Acesse também o artigo:
“Conceito de custo total e prática das trocas compensatórias ou trade-
off”, por meio do link: CONCEITO de custo total e prática das trocas
compensatórias ou trade-off. In: Administradores.com – Produção.
Disponível em: <http://goo.gl/VRLvJ9>. Acesso em: 05 jan. 2015.
Entendemos o conceito de custo logístico, que são os custos
relacionados com a realização da logística de uma empresa.
Vimos os elementos que compõem o custo logístico: custo de
pedido, armazenagem, estoque e transporte, sendo que o último é
o mais oneroso.
Compreendemos o que é trade off na logística, ou seja, a relação
compensatória, quando se perde algo por um lado, mas se ganha
algo por outro.
Por fim, estudamos a gestão dos custos logísticos e os três pontos
fundamentais para o gerenciamento eficiente: suprimento, apoio à
produção e distribuição física.
Esperamos que você tenha compreendido os conceitos abordados nesta
unidade, visto que são fundamentais para o sucesso de uma empresa.
Serviçoao cliente
• Serviço ao cliente conceitos
e elementos
• A importância doserviço
logístico para o cliente
• Fatores importantes para o nível de serviço
• Interação: logística e
marketing
• Revisão
Introdução
A maioria das empresas delega a responsabilidade do serviço ao
cliente aos departamentos de marketing ou vendas, em vez de
integrá-lo ao sistema logístico.
A logística dos serviços ao cliente poderia ser aperfeiçoada e
melhorada se houvesse o conhecimento da relação entre vendas
e níveis da logística, ou seja, que só ocorrerá aumento nas vendas
quando houver uma mudança dos níveis logísticos.
Como se sabe, as empresas hoje se encontram em um cenário
onde a concorrência está muito acirrada, uma vez que possuem
uma “equidade” grande de capacidade de fornecimento de bens e
serviços. Elas não “ganham” mais o cliente unicamente pelo preço,
mas por oferecer algum benefício além do que o concorrente
oferece e por detalhes como disponibilidade imediata do produto ou
serviço, prontidão de atendimento, manutenção pós-venda, etc.
Para se conquistar um cliente não adianta somente satisfazer as
necessidades dele, é preciso ir além e superar as suas expectativas.
Assim, o serviço ao cliente passa a ser um fator de vantagem
competitiva entre as empresas, visto que criar valor tem sido
considerado parte de suas estratégias.
Mas e a logística nisso? Qual é a sua relação com o serviço ao
cliente? Nesta unidade teremos como objetivos entender os
principais conceitos de serviço, compreender a influência do serviço
na logística e entender a ligação entre o marketing e a logística.
LOGÍSTICA
unidade 6081
Diz respeito à disponibilidade de estoque, ou seja, à capacidade de ter estoque quando o
produto é desejado pelo cliente.
Serviço ao cliente conceitos e elementosÉ comum encontrar entre as empresas conceitos diferentes do
que seria serviço ao cliente. Para algumas delas, seria obedecer ao
prazo de entrega; para outras, seria disponibilidade de estoque e
assim por diante.
Tentando delinear um conceito unificado, leia a definição de serviço
ao cliente.
Serviço ao cliente é o resultado dos esforços de todas as atividades
logísticas envolvidas para a disponibilização de um produto ou
serviço a um determinado cliente, ou seja, é o resultado de ações
realizadas com o objetivo de fornecer, de maneira eficiente, um
produto ou serviço a um preço justo. Serviço ao cliente seria
composto por uma série de ações responsáveis por fazer o produto
disponível (CHRISTOPHER, 1997).
BOWERSOX e CLOSS (1996) comentam que o serviço ao cliente
básico seria composto por três dimensões.
1 - Disponibilidade
Diz respeito à disponibilidade de estoque, ou seja, à capacidade de
ter estoque quando o produto é desejado pelo cliente. Relaciona-
se à frequência de estoque e à expedição de pedidos completos ou
incompletos.
2 - Desempenho operacional
Diz respeito à pontualidade e velocidade das entregas, flexibilidade
operacional (modificação de um pedido de acordo com a
necessidade do cliente e recuperação de falhas - programas para
evitar falhas).
LOGÍSTICA
unidade 6082
São ações e atividades que
antecedem o serviço propriamente dito, ou seja, ações que
estão por trás da comercialização de um bem ou serviço.
3 – Confiabilidade
Cumprir o prometido, o combinado com o cliente, em termos de
entrega, preço, qualidade, etc.
Agora que você já sabe o que é serviço ao cliente, já é possível
pensar em nível de serviço? Por que serviço ao cliente e nível de
serviço são diferentes?
Nível de serviço logístico é a qualidade com que o fluxo de bens e serviços é gerenciado. É o resultado líquido de todos os esforços logísticos da firma. É o desempenho oferecido pelos fornecedores aos seus clientes no atendimento dos pedidos. (BALLOU, 1993, p. 73)
Ainda de acordo com o BALLOU (1993), nível de serviço seria o
somatório das atividades relacionadas à transação do produto,
divididas em elementos pré-transação, transação e pós-transação.
Conheça agora detalhes dessas atividades.
Elementos pré-transação
São ações e atividades que antecedem o serviço propriamente
dito, ou seja, ações que estão por trás da comercialização de
um bem ou serviço. Esses elementos são responsáveis por
proporcionar um “clima” para que se tenha um nível de serviço
satisfatório. Exemplo: lead time de entrega do produto ou
serviço é o prazo de entrega após a colocação de um pedido.
Procedimentos em geral: regras de troca e devolução, ações no
caso da falta de algum produto, etc.
Elementos de transação
Atividades e ações que resultarão na entrega do produto ou serviço
ao cliente. Exemplos: disponibilidade ou não de estoque, ação caso
ocorra algum atraso, qualidade no atendimento, etc.
LOGÍSTICA
unidade 6083
Hoje, devido à grande concorrência entre empresas, elas
se tornaram muito próximas em relação
ao que oferecem ao cliente. Então não existe muita
diferença no que diz respeito ao preço e à
qualidade.
Elementos pós-transação
Atividades e ações usadas para apoiar os produtos já entregues
aos clientes. Exemplos: instalação, garantias, reclamações de
clientes, etc.
A importância doserviço logístico para o clienteHoje, devido à grande concorrência entre empresas, elas se
tornaram muito próximas em relação ao que oferecem ao cliente.
Então não existe muita diferença no que diz respeito ao preço e à
qualidade. As empresas têm usado o nível de serviço como algo
que pode ser decisivo para o cliente escolher entre uma empresa ou
o seu concorrente.
É importante você lembrar que, atualmente, não adianta
somente vender. Se o nível de serviço não estiver adequado às
exigências dos clientes, somente vender não adiantará de nada
para a empresa, pois ela irá perdê-los para seu concorrente.
Um bom nível de serviço pode influenciar a escolha do
cliente, gerar sua satisfação, aumentar as vendas se o nível
for bom ou diminuí-las se o nível for ruim, resultar em maior
competitividade, etc.
Fatores importantes para o nível de serviçoAlguns fatores destacam-se na avaliação do nível de serviço em
uma empresa. Vamos conhecê-los?
LOGÍSTICA
unidade 6084
Acontece quando a empresa presta o serviço ou fornece
o produto dentro das especificações
acordadas.
A confiabilidade
Acontece quando a empresa presta o serviço ou fornece o produto
dentro das especificações acordadas.
Pense na seguinte situação: quando alguém compra um
determinado produto ou serviço, o mínimo que a pessoa espera é
receber o produto ou serviço que foi comprado. Imagine se você
entra em uma loja, compra uma camisa do seu time de futebol e
quando chega à sua casa e abre o embrulho vê que lhe foi entregue
a camisa do time rival? Você ficaria feliz? Você certamente perderia
a confiança naquela determinada empresa, não é?
Imagine se é aniversário de alguém querido seu, e você resolve
prestigiar a pessoa com um buquê de rosas brancas. Você faz o
pedido na floricultura, informa o endereço e a data a ser entregue. Em
vez de entregar um buquê de rosas brancas, a floricultura entrega
um buquê de rosas vermelhas, no dia seguinte ao solicitado. Como
ficaria sua confiança em relação a essa floricultura? Provavelmente
você jamais efetuaria outra compra nessa loja.
A disponibilidade
É a frequência de disponibilidade de estoque.
Quando você entra em uma loja ou site para comprar um determinado
produto, você não quer esperar para tê-lo, ou esperar um tempo maior
que o previsto, além de não querer receber o pedido parcialmente.
Imagine você comprando um jogo de quarto para sua casa nova:
guarda-roupas, cama e cômoda. Então você espera que a empresa na
qual fez a compra lhe entregue todos os produtos de forma imediata
ou que o tempo de espera seja o menor possível. Também deseja
receber os três produtos juntos na data da entrega prometida. Caso
contrário, isso gerará insatisfação e talvez até o cancelamento da
compra, uma vez que a concorrência é acirrada e sempre terá outra
empresa querendo conquistar o cliente de um concorrente.
LOGÍSTICA
unidade 6085
Queremos que uma empresa nos trate
bem e de forma diferenciada, que esteja disposta a
fazer de tudo para atender nossa
solicitação.
O tempo do ciclo de pedido
É o tempo de recebimento e processamento do pedido, tempo da
aquisição de estoques faltantes e tempo de entrega ao cliente.
A flexibilidade
É a capacidade que a empresa tem de lidar com solicitações
extraordinárias, seja de novos pedidos ou qualquer outra solicitação
por parte do cliente.
Hoje somos clientes exigentes e queremos ser bem tratados.
Queremos que uma empresa nos trate bem e de forma diferenciada,
que esteja disposta a fazer de tudo para atender nossa solicitação.
Por exemplo, você leva seu carro na concessionária para fazer
revisão e a oficina da autorizada está lotada, mas você não pode
ficar sem carro, pois ele é seu instrumento de trabalho. Então você
explica a situação e informa que não pode esperar três dias para
receber o carro revisado. O que você espera da autorizada? No
mínimo que ela se esforce e tente entregar o seu carro antes, ou
então que solucione o seu problema, lhe disponibilizando um carro
durante esses três dias.
Interação: logística e marketingConforme mencionado, o serviço ao cliente tem sido muitas vezes
fator determinante para uma empresa “ganhar”, atrair ou até mesmo
conquistar e fidelizar um cliente. O serviço ao cliente está ligado à
logística, mas a satisfação do cliente está ligada ao marketing. A
boa gestão do marketing e da logística gerará um resultado positivo
ou negativo sob a visão do cliente. Esse resultado positivo ou
negativo será avaliado sob a perspectiva do mix de marketing, que
são o produto, o preço, a praça e a promoção.
LOGÍSTICA
unidade 6086
Você pode perceber que a interface entre o marketing e a logística é
o serviço ao cliente que resultará no objetivo principal do marketing,
que é a satisfação do cliente.
É importante lembrar que não se pode considerar essa interligação
somente entre marketing e logística. O ideal é que a alta gestão das
organizações tenha consciência de que a empresa funciona como
uma engrenagem de relógio. Uma área depende da outra e influencia
outras e assim por diante. O sucesso de uma depende de outra e o
sucesso da empresa depende do sucesso de todas as áreas.
A logística está fortemente presente no planejamento estratégico da
empresa. Dessa forma, ambos devem ser coerentes para que os objetivos
estipulados sejam atingidos. Dentro de qualquer estratégia que venha
a ser desenvolvida, a questão do nível de serviço oferecido ao cliente é
fundamental, considerando desde a recepção do pedido até a entrega
do produto ao cliente e, em alguns casos, continuando com serviços ou
manutenção do equipamento ou outros tipos de apoio técnico.
Imagine, por exemplo, que você abasteça seu carro em um posto de
combustível. Ao abastecer um carro, observe e reflita.
Existe muita diferença de preço dos combustíveis entre os postos
de gasolina? A forma de pagamento difere muito? E a qualidade do
combustível?
Apesar de terem características particulares, existe pouca diferença.
Mas, então, o que faz você escolher um posto, ou se manter “fiel” a
abastecer sempre em um determinado posto de gasolina?
Aí é que entra o nível de serviço. Provavelmente você optará por aquele que
tiver um nível de serviço melhor do que o outro. Seja na cordialidade dos
atendentes, seja na agilidade, ou qualquer outro detalhe que te faça sentir
mais confortável em um determinado posto de gasolina do que em outro.
LOGÍSTICA
unidade 6087
RevisãoNesta unidade, você estudou sobre os assuntos seguintes.
• O conceito de serviço ao cliente.
• Os conceitos de serviço e nível de serviço. Compreendeu
os três fatores que compõem o serviço ao cliente, que são:
disponibilidade, desempenho operacional e confiabilidade.
• Os elementos do nível de serviço: elementos pré-venda,
elementos de venda e pós-vendas.
• A relação e importância da logística para o serviço ao
cliente. Hoje não basta mais vender, é preciso conquistar
o cliente e só preço não representa mais um grande
diferencial. Cliente quer ser bem atendido, quer ter suas
necessidades atendidas quase de forma personalizada.
• A interface entre marketing e logística. O marketing resulta
na satisfação do cliente, mas para se ter um cliente
satisfeito é preciso um serviço eficiente, ou seja, é preciso
que o nível de serviço seja excelente, e então a logística
entra nesta parte. É ela que realizará todas as atividades a
fim de entregar um produto ou serviço ao cliente de forma
satisfatória.
Selecionamos o artigo “Perspectivas logísticas para 2015”, em que
se faz uma análise das perspectivas para a logística em 2015, e dentre
estas perspectivas está a questão de serviço ao cliente e nível de serviço
logístico. Não deixe de lê-lo, pois ele ajudará você a entender a importância
dessa interface. Para enriquecer seus conhecimentos, acesse o artigo pelo
link: <http://goo.gl/7mqjDN>.
A logística e a estratégia
• A logística e a estratégia competitiva
• Cadeia de valor
• Obtendo vantagem
competitiva por meio da logística
• Os desafios da gestão logística
e a importância para as empresas
• Revisão
Introdução
Olá! Nesta unidade, você conhecerá a estratégia e mais
especificamente a de natureza logística. Entenderá o surgimento
dela, os conceitos e a importância da estratégia na logística. Além
disso, compreenderá a cadeia de valores e sua relação com a
logística.
Assim como a logística, a estratégia não é uma atividade recente.
Desde quando nos entendemos como homens, já se havia a
necessidade de se agir de forma estratégica. A diferença do passado
para os dias de hoje é que, atualmente, a estratégia é primordial e
“vital” para qualquer organização. É com boas estratégias que uma
organização consegue obter vantagem comparativa em relação aos
seus concorrentes. Um fato difícil, atualmente, é pensar na logística
e estratégia separadamente.
Veremos que a logística e a estratégia “andam” juntas e que a
logística passou a fazer parte da estratégia das empresas. Por
intermédio da logística, as empresas traçam estratégias para
conseguir vantagem em relação aos concorrentes. Se feita uma
boa gestão logística, as empresas conseguem redução de custos e
aumento do nível de serviço ofertado aos clientes.
Vantagens competitivas vêm sendo trabalhadas nas estratégias
de várias organizações ao longo de toda a cadeia de suprimentos,
seja empresa do segmento varejista, industrial ou qualquer outro.
A cadeia de valor tem sido muito usada pelas empresas, para que
consigam agregar valores aos produtos e/ou serviços, melhorando
a qualidade dos produtos e o nível de serviço para os clientes
finais. Nesta unidade, temos como objetivo entender os principais
conceitos de estratégia e seu surgimento, além de compreender
como a logística é usada como diferencial competitivo.
LOGÍSTICA
unidade 7091
Este conceito só veio a ser usado muito
tempo após o nosso surgimento.
A logística e a estratégia competitivaDesde que nos entendemos como seres humanos, já se usava de
estratégias em vários momentos. Pensem no passado, no tempo
das cavernas: como os homens saíam para caçar? Quais os
horários? Que armas usavam? Que caça escolhia para atacar?
A resposta é simples! Todas essas decisões dependiam de
estratégias que eram traçadas por eles. Mas será que eles sabiam
que estavam sendo estratégicos? Certamente, não!
Eles não tinham a consciência de que estavam trabalhando a
estratégia de caça para conseguir seus alimentos. Não sabiam o
que era estratégia. Este conceito só veio a ser usado muito tempo
após o nosso surgimento.
Com o passar dos anos, não bastava mais, para as empresas,
somente a elaboração de um plano estratégico, pois ter isso
somente passou a ser pouco para se manterem no mercado.
Elas começaram a ter de definir estratégias melhores do que as
adotadas pelos concorrentes.
E a logística nisto tudo? Onde e como ela entra?
Você saberia responder o que é estratégia competitiva e qual a sua
relação com a logística?
O que é estratégia competitiva?
Qual a ligação da logística com a estratégia?
A estratégia competitiva é o plano de ação que auxiliará e guiará a
empresa a conseguir vantagem competitiva em relação aos seus
concorrentes. Esses planos de ação geralmente agregam valor
LOGÍSTICA
unidade 7092
Por intermédio da boa gestão logística,
de um bom fluxo e processo logístico,
é possível que se obtenha vantagem
competitiva em relação ao nosso
concorrente.
ao produto e ou serviço, fazendo com que as empresas sejam
reconhecidas pelos clientes.
A estratégia começou a ser percebida pelas empresas a partir da década de 1960, aproximadamente, e continuou até os anos de 1980. Esse período de 1960 a 1980 representa o grande período de evolução para o planejamento estratégico e para o estrategista “profissional” (HORWITCH, 1986).
Após a década de 1980, começa a surgir um novo cenário econômico no mundo. As empresas começam a passar por pressões internas e externas e se encontravam, cada vez mais, em novas situações e desafios. Este fato fazia com que os pontos fracos das organizações fossem evidenciados de forma mais fácil.
A Logística é o processo de gerenciar estrategicamente a aquisição,
movimentação e armazenagem de materiais, peças e produtos
acabados e os fluxos de informações correlatas – através da
organização e seus canais de marketing, de modo a poder maximizar
as lucratividades presente e futura através do atendimento dos
pedidos a baixo custo. (CHRISTOPHER, 1997, p. 2)
Por intermédio da boa gestão logística, de um bom fluxo e processo
logístico, é possível que se obtenha vantagem competitiva em
relação ao nosso concorrente.
Além disso, vocês se lembram de que é, na logística, que se têm
duas das atividades que mais aumentam os custos de uma
empresa? São elas: gestão de estoque e transporte. Se uma
empresa conseguir trabalhar de forma eficiente essas duas
atividades, muito provavelmente ela conseguirá reduzir custo, ser
mais eficaz e atender os clientes de forma mais rápida, garantindo,
então, a preferência deles. Sendo assim, com uma eficiente e eficaz
gestão logística, ou seja, tornando a logística parte da estratégia
da organização, pode-se garantir supremacia em relação à
concorrência, obtendo a preferência dos clientes e se mantendo no
mercado.
LOGÍSTICA
unidade 7093
A cadeia de valor é formada
por atividades executadas por
uma empresa que criam valor desde o fornecedor até o
cliente final.
O cliente tem acesso a respectiva organização ou a do concorrente,
mas sempre busca ter as próprias necessidades atendidas,
amparadas por benefícios e preço justo. O diferencial que se
oferece ao cliente será responsabilidade e fator de sustentação da
organização. O cliente optará pela empresa que conseguir oferecer
mais benefícios e menor custo. O sucesso de uma empresa está
em ela conseguir obter vantagem em custo e ou vantagem em valor,
ou seja, a empresa conseguirá ser bem-sucedida quando obtiver o
maior lucro com o menor custo (gastando-se o menos possível) e
maior produtividade, além de oferecer mais benefícios ao cliente do
que o concorrente.
Cadeia de valor
A cadeia de valor empresarial trata de atividades de uma empresa,
que vai desde os fornecedores, passa pelos ciclos de produção e
de venda, até a chegada ao cliente. Existe, também, a visão “valor
agregado” às compras, aos processos internos, às funções etc. Na
cadeia de valor empresarial, basicamente, o custo e a qualidade dos
produtos são responsáveis pelas vantagens competitivas de uma
organização.
A cadeia de valor é formada por atividades executadas por uma
empresa que criam valor desde o fornecedor até o cliente final.
As atividades de valor são formadas pelos processos utilizados por
uma empresa, para se fazer um produto ou se realizar a prestação
de um serviço. A cadeia de valor é um conjunto de atividades
interdependentes e que envolve manufatura, fornecedores,
fornecedores dos fornecedores, varejistas, atacadistas,
representantes, distribuidores, dentre outros atores (de influência
direta ou indireta), da cadeia até o consumidor final.
Segundo PORTER (2001), a cadeia de valor se caracteriza pelo fato
de ser um conjunto de atividades executadas por uma empresa com
LOGÍSTICA
unidade 7094
O objetivo da cadeia de valor é agregá-
lo a um produto ou serviço, ou
seja, adicionar o máximo de valor aos processos da cadeia
de maneira menos onerosa possível.
o intuito de criar valor e aumentar a própria capacidade competitiva.
Importante observar que, quando se fala em agregar valor, não
significa adicionar custo. Não se esqueça disso! Agregar valor
é tornar um determinado produto ou serviço mais “valioso” aos
olhos do cliente. É fazer com que o cliente escolha o seu produto
ou serviço em vez de o concorrente fazê-lo, pois apesar de ser o
mesmo produto ou serviço, o seu oferecerá algo a mais, algum
benefício ao cliente que o concorrente não oferecerá. Então, agregar
valor a um produto ou serviço é oferecer algo a mais, algo diferente
do que o concorrente oferece.
O objetivo da cadeia de valor é agregá-lo a um produto ou serviço,
ou seja, adicionar o máximo de valor aos processos da cadeia de
maneira menos onerosa possível.
Hoje em dia, de forma muito maior do que antigamente, os clientes
não compram apenas produtos e ou serviços de uma determinada
organização. Os clientes compram sua satisfação, benefícios
para si. Dessa forma, hoje em dia, ninguém mais compra apenas
um produto ou serviço pelo que ele é, mas compra pelo que ele
pode proporcionar. Pensando em satisfazer o cliente mais do que
o concorrente, uma empresa pode obter vantagem em relação à
concorrência de duas formas:
• Vantagem em produtividade.
• Vantagem em valor.
A boa gestão logística atrelada a uma boa estratégia pode
dar condições a uma empresa de obter tanto a vantagem em
produtividade quanto a vantagem em valor. Mas qual a diferença
entre vantagem produtiva e vantagem de valor?
Veja os respectivos conceitos:
Vantagem em produtividade é quando uma empresa consegue
LOGÍSTICA
unidade 7095
O ideal é que uma empresa trabalhe
e trate a cadeia de valor de forma
ordenada e sem interrupções, como
uma corrente ligada por elos,
com o intuito de obter uma melhor
competitividade de toda a cadeia de
suprimentos.
produzir mais a um custo menor. Ela produz bem e bastante
gastando menos. E quando uma empresa consegue uma economia
de escala, consegue aperfeiçoar, melhorar a própria produção, ou
seja, produz mais e melhor, com um menor custo. Dessa forma,
existe maior diluição dos custos fixos, gerando redução no custo
unitário de produção. O custo para se produzir uma peça é menor.
Vantagem em valor, como já visto antes, é quando uma empresa
oferece um benefício a mais ao cliente, algo a mais do que
simplesmente o produto em si. A organização oferece ao cliente
algo diferente do que oferece o concorrente. Por exemplo: uma
entrega diferenciada, uma embalagem exclusiva, um serviço de
pós-venda, uma assistência técnica adicional e etc.
O ideal é que uma empresa trabalhe e trate a cadeia de valor de
forma ordenada e sem interrupções, como uma corrente ligada por
elos, com o intuito de obter uma melhor competitividade de toda a
cadeia de suprimentos.
Mas e a logística nisso tudo? Onde ela entra?
Bem, a logística está cada vez mais inserida nas estratégias
traçadas pelas empresas, participando fortemente nas fases
do planejamento, implementação e execução desses planos
estratégicos das organizações.
Nos dias de hoje, a logística é vista como ferramenta para obtenção
de vantagem competitiva frente aos concorrentes. Segundo
CHRISTOPHER (1997), uma boa logística pode proporcionar a uma
empresa adquirir vantagem competitiva, ou seja, uma posição de
superioridade sobre os concorrentes, que pode ser alcançada
por meio da logística. Esse mesmo autor também comenta que a
fonte da vantagem competitiva é encontrada na capacidade de a
empresa se diferenciar de seus concorrentes aos olhos do cliente,
seja esta diferenciação em custo ou agregação de valor. Fica
evidenciado então que a vantagem em relação a um concorrente
LOGÍSTICA
unidade 7096
O conceito de vantagem
competitiva está, sem dúvida, ligado a um desempenho
superior das empresas.
pode ser oferecer ao cliente um mesmo produto ou serviço, porém
a um preço mais barato do que seu concorrente ou oferecer algo
diferenciado ao cliente, um benefício a mais do que seu concorrente
oferece.
Obtendo vantagem competitiva por meio da logísticaA logística tem como objetivo primário planejar e coordenar os
processos, desde a aquisição de matéria-prima até a entrega ao
cliente final, ou seja, de produto ou serviço, mas sempre focando
em níveis desejáveis de qualidade e com menor custo possível.
A vantagem competitiva está na essência da estratégia empresarial,
por meio da qual se discute como as empresas devem-se comportar
para atingi-la e quais os fatores que influenciam na obtenção de
vantagem competitiva pelas organizações. O conceito de vantagem
competitiva está, sem dúvida, ligado a um desempenho superior
das empresas.
No que tange a obtenção de vantagem em produtividade, a boa
gestão logística pode tratar de várias ações para se produzir mais,
a um custo menor. Pode-se trabalhar isso, desde a aquisição de
matéria-prima até a entrega do produto, otimizando processos de
aquisição, produção, transporte, gestão de estoque etc.
Hoje em dia, na logística, uma das formas de se obter redução
de custo, e muitas vezes também agregar valor, é por meio da
terceirização. A terceirização permite que as empresas se foquem
nos respectivos negócios, no que elas sabem fazer, no que elas têm
de know how. Dessa forma, por meio da terceirização, é possível
se conseguir obter vantagem competitiva tanto em valor quanto em
custo.
LOGÍSTICA
unidade 7097
Logicamente que, a cada dia que passa,
o desafio para se gerir empresas
também aumenta.
Quando terceirizamos uma determinada atividade que não é uma
atividade fim do nosso negócio, estamos delegando para um
especialista a execução dela. Isso significa que esse especialista
tem conhecimento suficiente para realizar tal atividade, de uma
forma melhor e a um menor custo do que se nós estivéssemos
fazendo tal atividade.
Mas será que as coisas funcionam sempre de forma tranquila?
Será que existem problemas que interferem em tudo isso? Existem
sim empecilhos que irão influenciar a gestão logística e a cadeia
de valor, impactando a gestão estratégica das empresas. Isso você
verá na sequência.
Os desafios da gestão logística e a importância para as empresasLogicamente que, a cada dia que passa, o desafio para se gerir
empresas também aumenta. A logística bem como a definição e
execução das estratégias das organizações, como vocês já viram,
vem se tornando cada vez mais complexa devido às mudanças
econômicas.
Hoje em dia, os problemas mais comuns que afetam as estratégias
logísticas das empresas são:
• tempo escasso;
• globalização;
• a complexidade da integração organizacional, que aumenta
cada vez mais;
• o nível de serviço ao cliente cada vez mais exigente.
Entenda melhor cada um deles:
LOGÍSTICA
unidade 7098
A cada dia, a complexidade das
relações entre as empresas aumenta, ou seja, aumenta-se
a integração.
Tempo escasso
O tempo escasso é o tempo que tem se tornado cada vez mais
curto. A cada dia que passa, o ciclo de vida dos produtos está mais
curto, ou seja, o tempo, desde o lançamento de um produto até a
sua obsolescência, está cada vez mais rápido.
Globalização
A globalização é algo indiscutível para toda e qualquer empresa,
além de ser um desafio para o gerenciamento logístico. As
empresas precisam elaborar estratégias de fabricação flexíveis e
processos logísticos eficientes, uma vez que atendem ao mercado
mundial e têm de atender diferentes mercados, com necessidades e
características culturais próprias.
Integração organizacional complexa
A cada dia, a complexidade das relações entre as empresas
aumenta, ou seja, aumenta-se a integração. Assim, as empresas
precisam desenvolver e aprimorar uma gestão integrada voltada
para o mercado e para pessoas que valorizam os serviços.
Alto nível de serviço ao cliente
Estamos cada vez mais exigentes como clientes. Hoje em dia, não
aceitamos mais qualquer produto ou serviço. Queremos nosso
produto e ou serviço na quantidade certa, na hora e lugar exigidos,
pagando um preço justo. Nesse ponto, a vantagem competitiva
pode ser conseguida por meio de uma estratégia de serviços e um
sistema de entregas bem desenvolvido e ordenado.
Além dos tópicos citados anteriormente, a tecnologia e o novo perfil
de demanda do consumidor fazem com que o mercado se torne
mais volátil, obrigando as organizações se tornarem “camaleões”
para se adequarem às necessidades dos clientes.
LOGÍSTICA
unidade 7099
A logística fica, então, obrigada a
ser mais flexível e sensível a esse
mercado em mutação rápida.
Hoje, muitos produtos quase se tornam obsoletos, quase tão
logo são lançados, e uma boa gestão logística, nesse caso,
é primordial, pois as empresas terão prazos menores de
planejamento, aquisição de matéria-prima, fabricação e entrega
do produto final. A logística fica, então, obrigada a ser mais
flexível e sensível a esse mercado em mutação rápida. Dessa
forma, a gestão logística enfrenta o desafio de diminuir o fluxo
logístico, melhorar a visibilidade do fluxo logístico e gerenciar a
logística como um sistema.
A diminuição do fluxo logístico
Pode ser conseguida por meio da adoção de práticas como, por
exemplo: just in time, desde a aquisição de matéria-prima até a
entrega ao cliente. Isso agilizará a colocação dos produtos no
mercado.
(Conforme consta na wikipedia.org Just in time é um sistema de
administração da produção que determina que nada deve ser
produzido, transportado ou comprado antes da hora exata. Pode
ser aplicado em qualquer organização, para reduzir estoques e os
custos decorrentes.)
A visibilidade do fluxo logístico
É importante porque, dessa forma, as empresas conseguem
visualizar o local em que estão os problemas, os gargalos das
respectivas atividades logísticas, para aperfeiçoarem, então,
os processos e, nesse sentido, se tornarem mais eficientes e
eficazes.
A gestão logística como um sistema
Inegável a importância de nos inter-relacionamentos e interligações
da cadeia de suprimentos. É muito importante uma empresa
entender o impacto de uma decisão em qualquer parte do sistema.
LOGÍSTICA
unidade 7100
Uma das maneiras é usar a logística.
Por meio desta, uma empresa consegue reduzir custos e/ou
agregar valor aos produtos e serviços
dela.
Essa decisão poderá causar reflexos no sistema inteiro. Ou seja,
uma atitude de uma empresa no processo logístico dela pode
impactar toda a cadeia, podendo o reflexo chegar até o cliente final
e de volta à própria empresa.
Depois de tudo que já viram e estudaram, fica mais fácil perceber
a importância da logística para as empresas não é mesmo? Após
meados da década de 1990, aproximadamente, as empresas
começaram a se encontrar diante de mudanças econômicas
devido à globalização, que trouxe para as empresas novas
exigências competitivas e incertezas econômicas. Nós nos
tornamos clientes cada vez mais exigentes. Diante desse cenário,
a logística foi se tornando cada vez mais importante e estratégica
para as empresas.
Assim, a logística passou a ser usada como fator de obtenção
de vantagem competitiva frente ao concorrente. O cenário é de
concorrência cada vez mais acirrada e a necessidade de redução
de custos.
Então, como conseguir reduzir os custos? Como conseguir agregar
valor ao seu produto ou serviço? Como fazer seu produto ou serviço
ter um “valor” diferente do produto ou serviço do seu concorrente
aos olhos do cliente?
Uma das maneiras é usar a logística. Por meio desta, uma empresa
consegue reduzir custos e/ou agregar valor aos produtos e serviços
dela.
O desafio da logística é tornar-se uma “competência essencial”
nas empresas, envolvendo a gestão das cadeias físicas e virtual
de valores, como afirmam BOWERSOX e CLOSS (2001). Por meio
de uma boa gestão logística, uma empresa pode determinar sua
sobrevivência ou não no mercado.
LOGÍSTICA
unidade 7101
O texto, a seguir, trata da estratégia da logística de distribuição traçada
pela Apple. Nele, você vai ler como a Apple planejou sua nova estratégia de
distribuição, visando maiores lucros para a empresa.
Os segredos da estratégia de distribuição da Apple
por Pedro Fernandes (Edigma) – 10 de Julho de 2012 por Rita Gonçalves
A Apple é uma empresa de inegável sucesso, e parte desse sucesso deve-
se também à sua estratégia de distribuição, que passa por uma rede de
retalho própria, ao contrário do que é norma no sector.
Vale a pena conhecer melhor o retalho Apple.
A marca detém actualmente mais de 360 lojas próprias; cada loja vende,
em média, cerca de $12 milhões por trimestre e receberam 85 milhões de
visitantes no mesmo período de tempo.
Um estudo recente indica um volume de facturação de 5.600$/m2. Como
comparação, a Tiffany ficou em 2º lugar com cerca de 3.000$/m2.
Os candidatos são muitos e uma das principais preocupações dos
recrutadores é perceber se o candidato é afável e pró-activo, mais do que
ser especialista em tecnologia. A lógica subjacente a este raciocínio é que
as características humanas são inatas, o conhecimento apreendido. Outra
das preocupações é perceber se o candidato em questão seria capaz de
um atendimento ao cliente digno do “Ritz-Carlton”.
Boas práticas
Os vendedores têm sempre que pedir autorização antes de mexerem
no iPhone ou outro equipamento de um cliente. Todos os ecrãs de
computadores portáteis são abertos sempre no mesmo ângulo, antes da
loja abrir, por forma a incitar os visitantes a ajustarem o ecrã e interagirem
com o produto. Todos os computadores e iPads são carregados com as
aplicações mais populares e mais recentes, usufruindo de rápidas ligações
à Internet existentes nas lojas. Os visitantes podem estar a utilizar os
equipamentos de demonstração por tempo ilimitado.
A marca detém actualmente mais de 360 lojas próprias; cada loja vende, em média, cerca de $12 milhões por trimestre e receberam 85 milhões de visitantes no mesmo período de tempo.
LOGÍSTICA
unidade 7102
O pessoal de apoio técnico tem instruções para usar a expressão “as it
turns out” (acontece que) e nunca “unfortunately” (infelizmente) quando
informa um cliente que não conseguiu resolver um problema técnico. Se
no decorrer de qualquer conversa o cliente se enganar a referir o nome do
seu produto (chamar iTouch a um iPod touch, por exemplo), as instruções
são claras: é proibido corrigir o cliente.
A Apple não paga comissões sobre as vendas, ao contrário daquilo que
é norma no retalho porque isso poderia inviabilizar um dos principais
objectivos do vendedor: ajudar o cliente a encontrar o produto mais
adequado para si, e não o mais caro. Há quem defende que esta decisão
apenas é sustentável porque o marketing da marca é tão forte que os
vendedores na loja têm um papel mais de processar pagamento do que
propriamente de convencer os visitantes da loja que os produtos são
realmente os melhores.
É claro que o facto de estas técnicas resultarem na Apple não implica
que resultem em qualquer lado. O seu contexto é decisivo e influencia o
sucesso da implementação destas boas-práticas. Cada um deve reflectir
sobre os diferentes cenários resultantes da sua implementação, antes de
partir para a sua implementação em diferentes contextos.
Fonte: GONÇALVES, Rita. Os segredos da estratégia de distribuição da Apple, por Pedro Fernandes (Edigma). 10 jul. 2012. In: Site “Hipersuper”. Disponível em: <http://www.hipersuper.pt/2012/07/10/os-segredos-da-estrategia-de-distribuicao-da-apple-por-pedro-fernandes-edigma/>. Acesso em: 30 out. 2014.
RevisãoNesta unidade estudamos o conceito de estratégia e cadeia de valor,
bem como seus objetivos. Aprendemos que a tendência exige que
o gerenciamento logístico integre o mercado, a rede de distribuição,
o processo de fabricação com a atividade de aquisição, objetivando
servir aos clientes com níveis cada vez mais altos e custos mais
baixos. A vantagem competitiva será alcançada com a redução de
custo e agregação de valor.
Vimos, também, que o encurtamento do ciclo de vida tem sido
um grande desafio para o gerenciamento logístico. O efeito
LOGÍSTICA
unidade 7103
das mudanças da tecnologia e da demanda do consumidor
produz mercados mais voláteis em que um produto pode ficar
obsoleto quase tão logo seja lançado, exigindo prazos menores
de planejamento, aquisição de material, fabricação, montagem e
entrega do produto final, e a gestão logística tem que se adaptar a
esta realidade.
Por fim, concluímos que o meio de alcançar o sucesso no mercado
atual é acelerar o movimento através da cadeia de suprimentos
e tornar todo o sistema logístico mais flexível e sensível a este
mercado em mutação rápida. A logística tem como essência a
preocupação de obter vantagem competitiva em mercados cada vez
mais voláteis, sobrevivendo empresas que conseguirem adicionar
valor ao cliente em prazos cada vez menores.
Selecionamos um vídeo de uma reportagem interessantíssima na qual é
feita a comparação da produção de soja no Brasil com a do EUA. Por meio
dela você vai perceber que no Brasil existe a vantagem em produtividade,
se produz mais e mais barato, mas esta vantagem é perdida na logística.
Não deixe de assisti-lo, pois ele mostra a relação entre vantagem
competitiva e os custos. Para acessá-lo, clique no link seguinte:
JORNAL DA GLOBO – VANTAGEM DA PRODUÇÃO DE SOJA BRASILEIRA É PERDIDA NA LOGÍSTICA DE TRANSPORTE. Postado por Aprosoja Mato Grosso. (07 min. 56 seg.): son. color. Port. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=ekS9PZTm88s>. Acesso em: 29 jan. 2015.
Tendências logísticas
• Sustentabilidade x logística
• A logística e o e-commerce
• A logística internacional
• A tecnologia da informação e a
logística
• Revisão
Introdução
A logística tem mudado de algumas décadas para cá, como já
vimos em outras unidades. Cada vez mais, as empresas definem
suas estratégias de negócios com base em um mercado altamente
competitivo e globalizado. Assuntos como sustentabilidade,
comércio eletrônico, logística internacional e tecnologia de
informação têm cada dia mais tomado espaço importante na
gestão logística. Nesta unidade, vamos ver os principais assuntos
da tendência logística.
A sustentabilidade tem sido praticada pelas empresas na utilização
do recurso finito de forma responsável de modo a atender a
necessidade atual, sem prejudicar as gerações futuras. Usar os
recursos naturais de forma inteligente para que eles se mantenham
no futuro é um dos grandes desafios da logística.
Com a globalização, a era da inovação pela qual o mundo
atravessa nos torna cada vez mais pessoas “tecnológicas”, ou
seja, dependentes da tecnologia. O comércio eletrônico, aquele
realizado de forma virtual, tem aumentado consideravelmente e,
para isso, a logística teve que se adaptar a essa nova realidade.
A Logística pode se tornar o fator determinante para fidelizar os
clientes de uma loja virtual.
A globalização trouxe a oportunidade de expansão de mercados.
A importação e exportação entre países vêm aumentando e a
logística, evidentemente, para concretizar o comércio entre países
distintos, não pode ser tratada da mesma forma que a logística
nacional de um comércio realizado dentro de um determinado país.
Hoje, a informação é primordial para o sucesso de qualquer empresa,
independente do seu segmento. Para a logística, a informação é
um fator de diferencial competitivo, pois hoje a logística está tão
rápida que muitas decisões são tomadas baseadas unicamente em
informação e, se essa não for correta, pode causar sérios problemas
a uma organização.
Nesta unidade, temos por objetivos entender as tendências da
logística para as organizações e conhecer os assuntos que terão
maior foco na logística, pelas empresas.
LOGÍSTICA
unidade 8107
As empresas têm cada dia mais
disputado recursos não renováveis, ou
seja, recursos finitos.
Sustentabilidade x logísticaComo vocês sabem, a economia está cada vez mais em constantes
mudanças. Acompanhando a economia, as empresas também têm
se tornado “camaleões” para conseguir sobreviver no mercado. As
empresas têm cada dia mais disputado recursos não renováveis, ou
seja, recursos finitos. Essa realidade tem fomentado discussões a
respeito do consumo sustentável. Percebe-se hoje uma tendência
à exploração descomedida, resultado de um cenário consumista e
de um ambiente com fenômenos naturais cada vez mais intensos:
muita chuva, muito calor, tsunamis e etc.
Mas o que é sustentabilidade?
São práticas que propiciam a configuração da humanidade e
suas atividades, de forma que as necessidades presentes sejam
supridas e, ao mesmo tempo, se preservem a biodiversidade e os
ecossistemas naturais.
No site da empresa PRODER Manutenção Industrial Ltda.
(http://www.proderbrasil.com/empresa.php), o conceito de
sustentabilidade é sistêmico e se relaciona com aspectos
econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade humana.
Confira!
A sustentabilidade abrange desde a vizinhança local até o planeta
inteiro.
É comum associar a sustentabilidade com a preservação do
meio ambiente somente, mas isso é apenas um ponto tratado na
sustentabilidade. Como falado, a sustentabilidade trata, também,
além do meio ambiente, o social, a economia e etc.
E você, já pensou quais seriam as correlações entre a logística e a
LOGÍSTICA
unidade 8108
Portanto, pensar em sustentabilidade diz respeito a decisões
que envolverão o futuro do planeta, e essas decisões são de responsabilidade
não só das empresas como também do
governo.
sustentabilidade?
Certamente, a sustentabilidade tem sido um ponto importantíssimo
tratado pelas empresas. Políticas sustentáveis ligadas à logística
tais como embalagens sustentáveis, logística reversa, reavaliação
dos processos que envolvem a dinâmica da produção, dos
transportes, dentre outras, têm sido trabalhadas pelas organizações
para poder ajudar o meio ambiente. As cadeias de suprimentos
têm demandado práticas tais como produção limpa, boa gestão
da logística reversa, avaliação de fornecedores com indicadores de
desempenho relacionados ao respeito ambiental e etc.
Portanto, pensar em sustentabilidade diz respeito a decisões
que envolverão o futuro do planeta, e essas decisões são de
responsabilidade não só das empresas como também do governo.
Os pilares da sustentabilidade
Conforme SCHREIBER (2012), os pilares, os eixos da
sustentabilidade são:
Sustentabilidade econômica
é a capacidade de produção, distribuição e utilização equitativa das
riquezas produzidas pelo homem.
Sustentabilidade social
Propõe-se o bem-estar da sociedade de hoje e de amanhã em iguais
medidas para a sociedade das riquezas produzidas pelo homem.
Sustentabilidade espacial
É o equilíbrio entre o rural e o urbano, equilíbrio de migrações,
desconcentração das metrópoles, adoção de práticas agrícolas
mais inteligentes e não agressivas à saúde e ao ambiente, manejo
LOGÍSTICA
unidade 8109
É o respeito aos diferentes valores
entre os povos e incentivo a
processos de mudança que
acolham as especificidades
locais.
sustentado das florestas e industrialização descentralizada.
Sustentabilidade cultural
É o respeito aos diferentes valores entre os povos e incentivo a
processos de mudança que acolham as especificidades locais.
Sustentabilidade política
No caso do Brasil, é a evolução da democracia representativa para
sistemas descentralizados e participativos, construção de espaços
públicos comunitários, maior autonomia dos governos locais e
descentralização da gestão de recursos.
Sustentabilidade ecológica ambiental
O uso dos recursos naturais deve minimizar danos aos sistemas de
sustentação da vida: redução dos resíduos tóxicos e da poluição,
reciclagem de materiais e energia, conservação, tecnologias
limpas e de maior eficiência e regras para uma adequada proteção
ambiental.
A logística e o e-commerceA cada dia, cresce mais a realização de comércio eletrônico em todo
o mundo. Essa é uma tendência da qual não há como fugir. Quem
nunca realizou uma compra ou transação via internet?
E então, você já consegue compreender o que é o comércio
eletrônico? E o que você entende por e-commerce?
O comércio eletrônico diz respeito a transações realizadas por
meio de computadores e comunicação de dados. É a realização
LOGÍSTICA
unidade 8110
A resposta é sim! Existem diferenças
sim, entre a logística convencional e a logística virtual.
de uma negociação comercial via ambiente eletrônico, por meio de
tecnologias de comunicação e de informação.
O crescimento do comércio eletrônico, automaticamente, fez com
que as operações logísticas se expandissem tanto em tamanho
quanto em complexidade. A logística se tornou uma chave para o
comércio eletrônico. A logística do comércio virtual é um componente
essencial do e-commerce, compreendendo desde a recepção e
acondicionamento de produtos, estocagem e picking (separação
e montagem dos pedidos) a intervenção das transportadoras
assumindo a entrega. Todas essas etapas são usadas no
rastreamento dos pedidos, dando aos clientes informações em
tempo real da fase em que se encontra o produto adquirido.
Você acha que existe diferença entre a logística convencional e a
logística no e-commerce?
A resposta é sim! Existem diferenças sim, entre a logística
convencional e a logística virtual. A seguir, você saberá
detalhadamente em que elas se diferem.
Diferenças entre a logística tradicional e a logística no e-commerce
A logística convencional está “preparada” para atender ao comércio
entre empresas, que, na maioria das vezes, tem um grande volume
de pedidos e, por meio do que, em boa parte das vezes, as entregas
são feitas em lojas ou centros de distribuição (CD).
Já a logística do e-commerce, por sua vez, tem a característica
de ter que atender a um grande número de pequenos pedidos. A
quantidade de pedidos é grande, mas são pequenos volumes, sem
contar que a entrega já é feita diretamente ao consumidor final,
dispersos em distintas áreas geográficas.
Existem alguns estudos os quais citam que a logística virtual, de
LOGÍSTICA
unidade 8111
entrega porta a porta, pode, às vezes, chegar a custar de duas a três
vezes mais do que a convencional.
Dessa forma, no comércio eletrônico, a boa logística é que vai
determinar o sucesso ou fracasso de uma empresa.
Imagine a seguinte situação: você entra em um site de artigos
esportivos e compra um artigo qualquer. O site dá o prazo de
entrega de, no máximo, três dias. Pense... O que vai determinar o
fato de você ficar satisfeito ou não com a empresa na qual você
comprou? O atendimento do prazo? A chegada correta do pedido? O
seu acompanhamento passo a passo da evolução do pedido?
O sistema de distribuição é determinante para o sucesso ou
fracasso das empresas que trabalham com o e-commerce. Dessa
forma, fica fácil compreender o papel fundamental das atividades
logísticas no novo mundo do e-commerce. As empresas precisarão,
cada vez mais, investir em inovação para as estruturas logísticas,
de forma a conseguir realizar a logística para o comércio eletrônico
de forma eficaz e com custos competitivos.
Vamos tentar fazer uma diferenciação mais clara entre a logística
tradicional e a virtual?
QUADRO 2 - Logística tradicional x logística virtual
LOGÍSTICA TRADICIONAL
Gestão de Pedidos
LOGÍSTICA E-COMMERCE
Vários pedidos, porém de menor volume. São muitos pedidos, porém pequenos.
Pedidos maiores, mais volumosos, e menos quantidade, por exemplo, 2 pedidos maiores ao mês.
Demanda destes
pedidos
Como qualquer cliente, em qualquer lugar e em qualquer momento, pode comprar, não existe fidelização, e na verdade a demanda se torna instável.
Por serem clientes conhecidos e geralmente os mesmos, a demanda é estável.
Aquisição e produção dos
pedidos
Puxada. Compra-se ou se produz baseado no pedido recebido. Como a demanda é incerta, não se pode produzir ou comprar baseado em produção.
Empurrada. Se compra ou se produz baseado em previsão. Na logística, isso é possível porque o cliente é conhecido, compra com uma frequência já determinada
LOGÍSTICA
unidade 8112
Geralmente para entregas maiores, tanto em volume quanto em valores. Entregas em pallets. Entrega em centros de distribuição ou então em lojas, para só depois ser distribuído ao cliente final.
Várias entregas menores, maior quantidade de entregas, mas em pacotes menores e valores menores. Entrega diretamente ao cliente final.
Distribuição dos pedidos –
A entrega
Fonte: elaborado pela autora.
Dessa forma, fica clara a necessidade de se ter uma gestão logística
adequada e diferenciada da tradicional para se atender ao comércio
eletrônico.
A logística internacional
Já sabemos que a logística tem um papel cada vez mais
imprescindível nas empresas e que torná-la mais eficiente é
essencial para reduzir os ciclos de fabricação, acelerar a entrega
dos produtos ao consumidor final, diminuir os custos de distribuição
e transporte e, logo, gerar resultado positivo para as organizações.
Com o advento da globalização, a logística internacional passou a
ter grande importância também. As empresas bem-sucedidas, no
comércio internacional, são aquelas que não estão preocupadas
somente com a oferta de bons produtos a preços competitivos,
mas as que, além disso, têm um bom fluxo logístico.
A logística internacional é a parte da logística que administra e
aperfeiçoa os “sistemas logísticos externos” que ligam o fabricante
aos seus parceiros da rede industrial, como fornecedores,
transportadores e operadores e assim por diante.
A logística internacional assim como a logística nacional mantém
interface com vários departamentos e setores dentro de uma
empresa. Por meio das figuras seguintes, observe estas interfaces:
LOGÍSTICA
unidade 8113
Fonte: Elaborado pela Autora.
PRODUÇÃO
OUTRAS... RECEBIMENTO
PROGRAMAÇÃO
ENGENHARIA
FINANCEIRO INFORMÁTICA
COMERCIAL JURÍDICO
EXPEDIÇÃO
FIGURA 28 – Interfaces da logística internacional dentro da organização
Fonte: Elaborado pela Autora.
RECEITA FEDERAL
OUTRAS... INFRAERO
ANVISA
BACEN SEGURADORAS
AGENTE DE CARGA COMPANHIAS MARÍTIMAS
COMPANHIAS AÉREAS
DESPACHANTES ANUANEIROS
FIGURA 29 – Relação da logística internacional com entidades externas à empresa
Conheça os fatores preponderantes na logística internacional:
• Diferenças culturais, tais como língua, fuso horário, forma
de comercialização;
• adaptação dos produtos, embalagens etc.;
• moeda e situação econômica;
• condições e custos de transporte;
• infraestrutura aeroportuária;
• protecionismo;
• burocracia;
• impostos etc.
LOGÍSTICA
unidade 8114
O comércio internacional é a
troca de produtos e ou serviços de todos
os tipos, além da movimentação de
capital entre diversos países.
Comércio Exterior e comércio internacional
É bastante comum que se confunda Comércio Exterior com
comércio internacional e, às vezes, com logística internacional. Isso
se dá devido à relação existente entre os diversos assuntos. Dessa
forma, mesmo tendo uma relação bastante próxima, as atividades
são distintas.
O comércio nacional interno está sujeito às legislações internas de
cada país. Já o comércio internacional é um pouco mais complexo,
uma vez que os atores da negociação (comprador e vendedor) não
estão sujeitos apenas às legislações internas de seus respectivos
países, mas também devem obedecer à legislação internacional.
O comércio internacional é a troca de produtos e ou serviços de
todos os tipos, além da movimentação de capital entre diversos
países. Inclui, também, tudo que tiver relação com a respectiva
execução, por exemplo: transporte e pagamento.
No comércio internacional, existem normas que são aplicadas
da mesma forma, de maneira uniforme a mais de um país. Essas
normas são criadas por organismos tais como a Organização das
Nações Unidas (ONU), a Organização Mundial do Comércio (OMC)
etc., e visam a facilitação dos negócios internacionais.
Agora, uma vez que existe o comércio internacional, existem essas
transações internacionais e a necessidade de que os países tenham
normas internas para que essas transações aconteçam. Essas
normas visam facilitar e dar maior segurança aos países no que diz
respeito ao que entra e sai do país, sempre “cuidando” do mercado
interno. E, então, os países passam a tratar com o seu Comércio
Exterior.
O Comércio Exterior, por sua vez, está ligado a regulamentos e
legislação. É uma atividade econômica regulada, tanto internamente
LOGÍSTICA
unidade 8115
no país, quanto externamente, por meio de acordos comerciais,
tarifários etc. São regras e normas nacionais aplicadas à realização
do comércio internacional. Essas normas vão regulamentar a
entrada e saída de mercadorias e ou serviços do país. Sendo assim,
podemos afirmar que cada país tem seu Comércio Exterior próprio
que estará vinculado à política do país, à economia, à sociedade e
à jurisdição. Essas normas impactam diretamente em áreas como
tributária, comercial, financeira, administrativa e aduaneira. Observe
o esquema a seguir:
COMÉRCIO EXTERIOR DO
BRASIL
LOGÍSTICA INTERNA
NACIONAL
LOGÍSTICA INTERNA
NACIONAL
LOGÍSTICA INTERNANACIONAL
IMPORTAÇÃO OU EXPORTAÇÃO
COMÉRCIO INTERNACIONAL
COMÉRCIO EXTERIOR DOS
EUA
Fonte: Elaborado pela Autora.
FIGURA 30 – Comércio Exterior
A tecnologia da informação e a logísticaO aumento da competição entre as empresas deixa clara a
necessidade de maior agilidade, eficiência e segurança no fluxo
de informações, entre fabricantes e distribuidores, ao longo da
cadeia de suprimentos. As tecnologias de informação logísticas
desempenham papel fundamental nesse cenário, pois permitem
reunir maior volume de dados, reduzir custos de tratamento de
dados e eliminar as barreiras das distâncias geográficas.
LOGÍSTICA
unidade 8116
Por meio da TI, pode-se criar e
modelar sistemas de informação
destinados a dar suporte à tomada
de decisão no gerenciamento da
cadeia logística.
A Tecnologia de Informação tornou-se um facilitador no
gerenciamento da logística, pois possibilitou o gerenciamento
dos sistemas de suprimento em tempo real, em que se pode
hoje enxergar de uma ponta a outra da cadeia de suprimentos,
proporcionando aumento de eficiência.
Os executivos de logística veem a tecnologia de informação
como uma fonte importante de melhoria de produtividade e
competitividade, conforme apontam BOWERSOX e CLOSS (2009).
Você sabe diferenciar os conceitos de informação e tecnologia da
informação (TI)? Veja: informação é todo dado coletado, tratado
e estruturado que tenha algum sentido e auxilie na tomada de
decisão. Já TI pode ser considerado como sendo um conjunto de
tecnologias de utilização simultânea e integrada de informática
e telecomunicações, ou seja, tecnologias para coletar, tratar,
interpretar e distribuir as informações em tempo hábil e de maneira
adequada, com o intuito de melhorar a produtividade, a eficácia e a
competitividade das organizações.
Tecnologia da informação como vantagem competitiva na logística
O cenário organizacional e econômico atual exige das empresas
que tenham informações precisas, além de trabalharem com
elas, de forma cada vez mais on-line e com o fluxo de materiais.
Não basta apenas reduzir o lead time de fabricação, se o material
fica parado em algum ponto da cadeia logística devido à falta de
informação. O grande potencial de redução do lead time total é a
troca de informações e de materiais entre empresas.
Por meio da TI, pode-se criar e modelar sistemas de informação
destinados a dar suporte à tomada de decisão no gerenciamento
da cadeia logística. A TI deve ser capaz de agilizar os processos
logísticos dando não apenas maior velocidade, mas também
fidelidade à informação.
LOGÍSTICA
unidade 8117
Ferramentas da tecnologia da informação na logística
Alguns exemplos de tecnologias da informação bastante utilizados
na logística são:
• Sistemas de posicionamento e comunicação Automatic
Vehicle Location (AVL): permitem o conhecimento da
posição de um veículo e a realização de operações
associadas, por meio de tecnologias que suportem os
seus componentes, como, por exemplo, a utilização de
receptores GPS embarcados ou de radiofrequência.
• Software Pedido Perfeito: é um software resultante da
parceria entre a Interchange, a Xplan Tecnologica e a
Zanthus, que, a partir da análise de vendas, recomenda a
quantidade de produtos a ser pedida.
A reportagem, a seguir, é do site Pequenas Empresas e Grandes negócios,
e trata da netshoes, que hoje é uma das empresas modelo de e-commerce
do Brasil. Não deixe de ler a reportagem, pois ela é muito interessante.
Bom exemplo de e-commerce nacional
Netshoes é um exemplo de boas práticas no uso de estratégias de
marketing digital.
Por Sandra Turchi*
Há muitas dúvidas de empresários sobre como entrar no mundo do
e-commerce, por isso resolvi trazer um caso de sucesso de uma empresa
nacional, voltada à comercialização de artigos esportivos. Trata-se de uma
marca até pouco tempo desconhecida, mas que vem despontando pelos
bons resultados obtidos e pelas boas práticas no uso de estratégias de
marketing digital.
A Netshoes tem por volta de 550 funcionários e existe há dez anos, tendo
LOGÍSTICA
unidade 8118
Recentemente, optaram por investir na marca fora do mundo on-line, utilizando, entre outras ações, o patrocínio de um time de futebol, bem como em filmes na TV.
surgido inicialmente no mundo físico, com lojas em São Paulo e hoje é
um dos maiores anunciantes da web. É um varejo de nicho, pelo foco em
artigos esportivos.
Uma das ações que merece destaque é a realização de pesquisas
com clientes após três semanas que adquiriram algum item, para
identificar como está sua satisfação com o produto. Com isso, já têm
52 mil avaliações que se tornam recomendações de cliente para cliente.
Sabendo-se que mais de 80% das pessoas pesquisam na web antes de
adquirir um produto, torna-se imprescindível estimular essa interação,
visto que nesse caso 40% das compras são influenciadas por indicações
de outros usuários.
Outra estratégia bastante interessante é a gestão dos sites de diversos
times de futebol e das vendas de artigos esportivos com as respectivas
marcas.
Todo o processo de acompanhamento é baseado no uso inteligente
de dados e métricas, tanto do lado da agência como do cliente, o que
demonstra outro ponto crucial para o sucesso, que é a gestão a quatro
mãos. Com isso, avaliam os investimentos feitos em marca e divulgação.
Fazem uso também de e-mail marketing, com ações segmentadas por
perfil, por exemplo, homem ou mulher, por torcida, há quanto tempo
esse cliente interagiu pela última vez, entre outras abordagens. Essas
adequações melhoram a performance técnica e evitam que as mensagens
sejam vistas como spam. Além disso, esse cuidado com o uso dos dados
evita correr riscos, como enviar uma promoção de camisetas do Palmeiras
a um corinthiano.
Recentemente, optaram por investir na marca fora do mundo on-line,
utilizando, entre outras ações, o patrocínio de um time de futebol, bem
como em filmes na TV.
Dentre as estratégias de marketing digital utilizadas ressalta-se o SEO –
“Search Engine Optmization”, que é a implementação de técnicas para
melhorar o posicionamento do site da empresa em buscadores, como o
Google, fazendo com que se eleve seu “pagerank” e posicionando o site na
primeira página dos resultados de busca, além de utilizar paralelamente
LOGÍSTICA
unidade 8119
links patrocinados nesses mesmos sites. Essa estratégia é recomendável,
pois ao mesmo tempo em que há maior exposição por meio da busca
orgânica, simultaneamente empregam-se os links patrocinados para
promoções com prazos limitados.
Mais um exemplo de boas práticas é disponibilizar meios de contato
ao cliente, como chat e call center, visto que os clientes se sentem
profundamente insatisfeitos quando não recebem nenhum tipo de
resposta das empresas.
Além disso, como não poderia deixar de ser, monitoram a marca nas redes
sociais. E falando em redes sociais, segundo a empresa, o uso do Twitter
não representou um sucesso de vendas, mas foi um caminho interessante
de relacionamento empresa-cliente, principalmente em tempos de
crescimento do poder do consumidor.
* Sandra Turchi é Superintendente de Marketing da ACSP – Associação Comercial de São Paulo e SCPC, coordenadora do curso “Estratégias de Marketing Digital” na ESPM e VP de Marketing da ABRAREC.
Fonte: TURCHI, Sandra. Bom exemplo de e-commerce nacional. In: Site “Pequenas Empresas & Grandes Negócios. Disponível em: <http://revistapegn.globo.com/Revista/Common/0,,EMI138403-17141,00-BOM+EXEMPLO+DE+ECOMMERCE+NACIONAL.html>. Acesso em: 30 out. 2014.
RevisãoNesta unidade, você conheceu as tendências da logística na
atualidade. Viu que a sustentabilidade está sendo trabalhada
na logística e a relação da logística com a sustentabilidade;
conheceu também os pilares da sustentabilidade (sustentabilidade
econômica, social, política, ambiental, espacial e cultural).
Além disso, estudou as diferenças da logística convencional e
logística do e-commerce. Compreendeu que a logística é fator de
sucesso para o e-commerce. Conheceu as áreas e organizações
de interface com a logística internacional, tanto dentro, quanto
fora da empresa e também os fatores preponderantes da logística
internacional, bem como a diferença entre logística internacional,
comércio nacional e Comércio Exterior, que, geralmente, são
LOGÍSTICA
unidade 8120
conceitos confundidos pelas pessoas.
E, por fim, entendeu a relação de TI e logística e os conceitos de
informação e tecnologia de informação. Assim, compreender
como a tecnologia da informação pode ser um fator de diferencial
competitivo entre as empresas, uma vez que a logística, hoje em
dia, exige informação correta, ágil e em tempo real.
Finalizamos estudando as principais e mais citadas ferramentas da
TI usadas na logística: sistemas de posicionamento e comunicação
Automatic Vehicle Location (AVL); Software Pedido Perfeito; ECR
(Efficient Consumer Response – Resposta Eficiente do Consumidor);
EDI (Eletronic Data Interchange ou Troca Eletrônica de Dados); Data
Warehouse (DW); O ERP (Enterprise Resource Planning).
Bem, querido aluno, nossa disciplina termina por aqui e foi um
prazer estar com você. Espero que tenha gostado e que, em breve,
nos encontremos novamente.
Até breve e um forte abraço!!!
Para enriquecer seus conhecimentos, selecionamos dois vídeos
extremamente interessantes:
Por meio do link seguinte, você poderá assistir ao vídeo “A logística como
estratégia para fidelizar compradores – minuto do e-commerce”, o qual
contempla a importância da logística para o e-commerce: http://www.
youtube.com/watch?v=cTxdVma_tY4.
O segundo vídeo “Gestão eficaz – logística: tendências, oportunidades
e desafios” é uma entrevista que aborda a logística como um todo e
sua importância para as empresas atualmente. É como se fizessem um
apanhado geral do que vimos na nossa disciplina. Acesse-o por meio
desse link http://www.youtube.com/watch?v=sSivEveLQCs.
LOGÍSTICA
121
A LOGÍSTICA como estratégia para fidelizar compradores – minuto
do e-commerce. Postado por Minuto do E-commerce. (1 min. 1
seg.): son. color. Port. Disponível em: <https://www.youtube.com/
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