Edneide Jesus de Souza
Érika Batista de Melo
Leticia Batista Mazzitello
Lilian Pereira Lozano
Jurema Ap.Tavares Francisco
Maiara Oliveira Reis
Márcia Carolina da Silva
Disciplina : Metodologias e Fundamentos da História
Profª Sheila
Alunas 3º semestre - Pedagogia
4- LIVRO DIDÁTICO E
PARADIDÁTICO
Livro DIDÁTICO e PARADIDÁTICO são diferentes quanto
aos seus
objetivos e suas funções:
O objetivo do LIVRO DIDÁTICO é apresentar
uma proposta pedagógica de um conteúdo
selecionado no vasto campo de conhecimento
em que se insere a disciplina a que se destina,
organizado segundo uma progressão claramente
definida e apresentado sob forma didática
adequada aos processos cognitivos próprios a
esse conteúdo e ainda própria à etapa de
desenvolvimento e de aprendizagem em que se
encontre o aluno. Sua função, é servir de suporte
para o ensino, um instrumento de trabalho para o
professor e aluno.
Já o livro paradidático tem por objetivo
aprofundar ou ampliar um determinado tópico ou
tema do conteúdo de uma ou mais disciplinas; sua
função não é a de dar suporte ao ensino e à
aprendizagem, como o livro didático, mas é a de
auxiliar o ensino e a aprendizagem; uma outra
diferença é que, enquanto o livro didático é
concebido para um uso sobretudo coletivo e, de
certa forma, obrigatório, o paradidático é
concebido para uma leitura individual e
freqüentemente facultativa
LIVRO DIDÁTICO
O livro didático é um objeto cultural contraditório que gera intensas polêmicas e críticas de muitos setores, mas tem sido sempre considerado como um instrumento fundamental no processo de escolarização. O livro didático provoca debates no Brasil, as políticas públicas para o livro didático são representadas pelo PNLD (Programa Nacional do Livro Didático).
A obra vem abordar um assunto que tem sido muito discutido na atualidade a respeito do livro didático. Será que ele é realmente necessário na sala de aula, ou deve ser abolido?
1-CONHECENDO A TRAJETÓRIA DO LIVRO DIDÁTICO
NO BRASIL
O Livro Didático é usado no Brasil desde a década de 1930, com o apoio do governo, e desde então se tornou item indispensável nas salas de aula brasileiras. É importante ressaltar que o Livro Didático é considerado o mais influente artifício no processo de aprendizagem de História, tanto no Ensino Fundamental, quanto no Médio.
• 1938 - Instituída pelo Ministério da Educação, a Comissão Nacional do Livro Didático (CNLD) estabelece condições para a produção, importação e utilização do livro didático.
1966 - Criação da Comissão do Livro Técnico e do Livro Didático (Colted), com o objetivo de coordenar as ações referentes à produção, edição e distribuição do livro didático.
• 1971 - O Instituto Nacional do Livro (INL) passa a desenvolver o Programa do Livro Didático para o Ensino Fundamental (Plidef), ao assumir as atribuições administrativas e de gerenciamento dos recursos financeiros, até então sob a responsabilidade da Colted.
1976 - A Fundação Nacional do Material Escolar (Fename) torna-se responsável pela execução dos programas do livro didático.
1983 - Criação da Fundação de Assistência ao Estudante (FAE), que passa a incorporar o Plidef.
1985 - Instituição do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), em substituição ao Programa do Livro Didático para o Ensino Fundamental (Plidef,. tendo como objetivo a aquisição e distribuição universal e gratuita de livros didáticos para os alunos da rede pública do ensino fundamental, sendo que a política de planejamento, compra,avaliação e distribuição do livro escolar é centralizada no governo federal.
1993 – Instituição, pelo Ministério da Educação, de comissão de especialistas encarregada de avaliar a qualidade dos livros mais solicitados pelos professores e de estabelecer critérios gerais de avaliação.
1994 - Publicação do documento Definição de
1996 - Início do processo de avaliação pedagógica dos livros didáticos (PNLD/1997).
1997 - Extinção da Fundação de Assistência ao Estudante (FAE) e transferência da execução do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) para o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
1999 - Nomeação da Comissão Técnica por meio de Portaria Ministerial.
2001 – Primeira Avaliação dos dicionários distribuídos aos alunos do Ensino Fundamental.
2002 - O MEC realiza a avaliação dos livros didáticos em parceria com as universidades.
2003 - Alcança o objetivo de contemplar todos os estudantes do ensino fundamental com um material pedagógico que os acompanhará continuamente em todas as suas atividades escolares.
2006 - O PNLEM é estendido a todo o país, com a distribuição de livros das disciplinas do currículo
2- Refletindo sobre o Livro Didático de História
O livro didático faz parte da cultura e da memória
visual de muitas gerações e, ao longo de tantas
transformações na sociedade, ele ainda possui
uma função relevante para a criança,na missão
de atuar como mediador na construção do
conhecimento.O meio exige atenção intenção,
pausa e concentração para refletir e
compreender a mensagem, diferente do que
acontece com outras mídias como a televisão e o
rádio, que não necessariamente obrigam o
sujeito a parar. O livro, por meio de seu
conteúdo, mas também de sua forma, expressa
em um projeto gráfico, tem justamente a função
de chamar a atenção, provocar a intenção e
promover a leitura.
Observando desta forma, o livro didático torna-se um utensílio de peso no tocante à educação entretanto novos estudos destacam os cuidados que o educador deve tomar para evitar o uso exagerado do livro em classe. A extrema dependência do Livro didático tem empobrecido os conteúdos das aulas de História em todo o país, já que os educadores se valem do uso de uma única fonte, no caso um só livro, que acaba tornando-se um manual da “verdade absoluta”. Como reflexo, os alunos não constroem uma visão crítica sobre a História, tornando-se meros copiadores dos conceitos abordados no livro didático adotado em sua classe. Esta situação ocorre não somente pela má formação dos professores brasileiros, mas também pela direção da escola ou coordenadores que preferem somente os livros didáticos por ser mais cômodo e fácil para estoque e distribuição a todos os alunos, deixando em segundo plano por algumas vezes a qualidade das aulas e um rendimento satisfatório de todo o grupo.
* PARA QUE VEIO O PARADIDÁTICO
A autora coloca o livro como um material importante, contudo, ele deve ser acompanhado por vários saberes, por diferentes visões para criar no aluno uma visão crítica.
Há, entretanto, professores que se preocupam com o a situação desta dependência do Livro Didático, aderindo ao uso de complementos paradidáticos, uma alternativa bastante interessante e que proporciona uma maior gama de conhecimento.
A Nova História Cultural abriu um enorme leque para o mercado da História, revistas de História, filmes, canais de TV por assinatura dedicados à ciência histórica e inúmeros títulos de livros paradidáticos, que contemplam as especificidades históricas, e até mesmo, de uma forma divertida. O problema maior é a situação dos alunos carentes das escolas públicas, que não possuem condições para adquirir estes paradidáticos, e que geralmente não são distribuídos pelo governo.
Por mais que sejam materiais existentes há algum tempo como aliados educacionais do livro didático de História, muitos professores não os vêem com esse papel para as aulas de História do Ensino Fundamental, atribuindo por falta de uma formação dinamizada ou por acomodamento, colocando para o livro didático de História o único meio sistemático e “correto” para a aprendizagem, trazendo alienação ao invés de trabalho diferenciado com outros meios de informação.
CONCLUSÃO
Entre o oficial e o real, há um mundo a ser
pesquisado, no qual se encontram as diferentes
maneiras de lidar com os livros didáticos no
processo constante na disputa, entre “
estratégias e táticas” no cotidiano escolar. As
formas de se trabalhar o livro didático de História
são variadas e acreditamos que o embasamento
teórico-metodológico do professor faz toda a
diferença na “ condução” do processo escolha e
de ensino- aprendizagem em sala de aula.
Nós diríamos que não; o livro didático tem objetivos e funções indissoluvelmente ligados à própria essência e natureza da escola e do ensino, e como comentamos anteriormente, não pode ser substituído por um material que tem objetivos e funções diferentes; o paradidático certamente contribui na busca dos objetivos e no desempenho das funções que tem o livro didático, mas não tem condições de substituí-lo. Mas convém lembrar que os paradidáticos, que se multiplicaram nas últimas nas últimas décadas, vêm oferecer aos professores uma valiosa alternativa, entre as muitas e várias outras de que eles dispõem, para que não se limitem ao livro didático, exerçam sua autonomia e liberdade para ir além dele, enriquecê-lo e ampliá-lo.
Por isso, lembramos neste momento que, se nossos alunos desejam um futuro brilhante e promissor diante das transformações sociais e nossos professores almejam aperfeiçoamento de sua profissão docente dentro do meio educacional necessitam agregar outros materiais que não sejam só os livros didáticos de História, mas outras fontes que proporcionem um preparo diante da “revolução informacional”, que é uma vertente para os próximos anos.
REFERENCIAS:
Qual a diferença entre livro didático e paradidático< Disponível em:< https://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20071119135435AAhTXIr> Acesso em : 01 de set.2014
MELO , A.V. DA S.. O livro Didático e o professor de História: Divergências e Convergências na Educação. Disponível em : < http://www.historiahistoria.com.br/materia.cfm?tb=alunos&id=369> Acesso em: 01 de set.2014.
FRANÇA, C.S. Livro Didático. Disponível em :< http://www.manoel.pro.br/livrodidatico.pdf>. Acesso em: 05 de set.2014.
PELETTI, A.B . Livro Didático e o Ensino de História. Disponível em: < http://pt.slideshare.net/amiltonp/livro-didtico-e-o-ensino-de-histria> Acesso em: 08 de set.2014.
FONSECA, S.G. Livro: Didática e Pratica de ensino de História [2006]. 5ª edição. Editora: Papirus
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