Literacia da informação e formação de utilizadores:Literacia da informação e formação de utilizadores:orientações e instrumentos para o Ensino Básico em Portugal (2009-2010)
temaBibliotecas para que se possa:
• dar a conhecer a organização, funcionamento dos seus serviços;
• desenvolver a capacidades de:– pesquisa, estudo e uso autónomo
da informação;– produção científica;– aprendizagem ao longo da vida;
• combater a info-exclusão;
• promover a cidadania activa.
€ € € € € €
Bibliotecas adaptadas à sociedade da informação, do conhecimento e da aprendizagem
para a promoção da
Leitura+
Literacia da informação
Portugal 2008Alunos com acesso a Biblioteca Escolar:
100% do 2.º e 3.º Ciclo35% do 1.º Ciclo
Construção, manutenção,
gestão de bibliotecas escolares
nos estabelecimentos
de ensino
tema
• Observou-se que não são frequentes as práticas que levam os alunos a serem literatos em informação, nomeadamente: – formação sobre o uso da biblioteca e da informação; – uso dos recursos da biblioteca como suporte das actividades curriculares.
• Constatou-se a existência de projectos governamentais que dotam as escolas de livros e tecnologias e a
• Inexistência de um programa que promova a biblioteca enquanto espaço de informação e o uso adequado e eficaz dos seus recursos.
• Idealiza-se uma Biblioteca Escolar:• com programas educativos estruturados; • articulada com outros espaços e diversos contextos de aprendizagem.
objectivos• Averiguar as directrizes e recursos sobre a literacia da informação e a
formação de utilizadores para o Ensino Básico, em Portugal, nos anos de 2009-2010, apresentando propostas.
•Contextualizar as bibliotecas na actual sociedade e definir os conceitos “literacia da informação” e “formação de utilizadores;•Reconhecer o papel das bibliotecas e de outros espaços educativos na educação de cidadãos informados;•Identificar as competências que devem ser desenvolvidas para a adopção de um comportamento informacional adequado;•Verificar a existência de orientações e instrumentos para a FU;•Apresentar recomendações que possam contribuir para promover e desenvolver estas práticas de formação.
metodologia
• Abordagem qualitativa e interpretativa, de cariz analítico-crítico: descrever, compilar e interpretar as orientações e instrumentos que se destinam aos agentes educativos. Abordagem quantitativa, no que concerne às práticas de F.U. em Portugal.
• Investigação baseada em pesquisa bibliográfica e documental
•em bibliotecas e centros de documentação em Portugal e Espanha, •em sítios da Internet:
• das entidades com mais responsabilidade no assunto em análise,• de Municípios e Agrupamentos de Escolas.
estrutura do trabalhoParte I - Enquadramento teórico-conceptual
Capítulo 1 – Literacia da informação e formação de utilizadores no contexto da actual sociedade
• Sociedade da Informação, do Conhecimento, da Aprendizagem.• Conceitos “Literacia da Informação” e “Formação de Utilizadores”.
Capítulo 2 – Formação de utilizadores para a(s) literacia(s) e o papel da biblioteca na educação de cidadãos literatos e informados
• F.U. para a(s) literacia(s).• Instrumentos de F.U. para a educação formal e não-formal.
Capítulo 3 – Competências e habilidades dos utilizadores do ensino básico na biblioteca escolar
• Competências, habilidades e modelos para a F.U. no Ensino Básico.• F.U. no Ensino Básico: casos em contexto internacional.
estrutura do trabalho
Parte II – Estudo empírico
Capítulo 4 – Orientações e instrumentos para a literacia da informação e a formação de utilizadores do ensino básico em Portugal
• Orientações e instrumentos de F.U. do Ensino Básico disponíveis em sites Institucionais.• Instrumento de F.U. do Ensino Básico do Ministério da Educação.
Conclusões e recomendações finais
sociedade da Informação”, “Sociedade do Conhecimento”, “Sociedade da Aprendizagem”
Sociedade da Informação
Sociedade do Conhecimento
Sociedade da
Aprendizagem
Os papéis da biblioteca, do bibliotecário e do professor alteraram-se.
Missão:
assegurar que os consumidores/produtores de informação
conhecem as diversas fontes e sabem usar a informação relevante e fidedigna.
redes complexas
fosso digital
Information overload,gestão do conhecimento
impacto da tecnologia(escalas micro e macro)
responsabilidade, ética
convergência digitalÍndice de Desenvolvimento
Humano
aprendizagem ao longo da vidaflexibilidade
conceitos “Literacia da Informação” e “Formação de Utilizadores”
• Literacia da informaçãoPara ser literata em informação, uma pessoa deve ser capaz de reconhecer
quando a informação é necessária e ter a capacidade de localizar, avaliar e utilizar eficazmente a informação (American Library Association, 1989).
Literacia da informação é a adopção de um comportamento informacional adequado para identificar, através de qualquer canal ou meio, informação que corresponda às necessidades, levando a um uso sábio e ético da informação na sociedade (WEBBER; JOHNSTON, 2003).
apud IFLA, 2010.
• Formação de utilizadoresActividades de intervenção educativa e didáctica que incluem a aprendizagem
dos espaços e serviços da biblioteca e a transformação da informação em conhecimento.VILLAR ARELLANO, 2001.Conceito adoptado pela Fundación Germán Sánchez Ruipérez.
!
Origem e evolução | Dificuldades conceptuais | Selecção:
formação de Utilizadores para a(s) literacia(s)
• Evolução da biblioteca /do bibliotecário para um espaço/ um profissional com incumbências pedagógicas:
– Declaração Política da IASL sobre Bibliotecas Escolares (IASL, 1993)– Manifesto da IFLA/UNESCO sobre Bibliotecas Públicas (IFLA; UNESCO, 1994)– Information Power: Building Partnerships for Learning (AASL; AECT, 1998)– Manifesto IFLA/UNESCO para Biblioteca Escolar (IFLA; UNESCO, 1999) – Manifesto de Oeiras (PULMAN, 2003)– The Role of Libraries in Lifelong Learning (IFLA, 2004)– Standards for the 21st Century learner (ALA, 2007)
• Directrizes mundiais e nacionais que destacam o papel da biblioteca escolar como promotora da literacia da informação:
– Convenção Sobre os Direitos da Criança (ratificada por Portugal em 1990)– L’Éducation: un trésor caché dedans (DELORS et al., 1996)– Currículo Nacional do Ensino Básico (PORTUGAL. Ministério da Educação, 2001)– Lançar a Rede de Bibliotecas Escolares (VEIGA, 1996)
• Conceito de literacia(s):Mediática | Multicultural | Económica | Visual …
formação de Utilizadores para a(s) literacia(s)
teaching librarylearning library
?Em Portugal nas Bibliotecas Escolares:- A F.U. é uma das actividades menos organizadas (inexistente em 48% da RBE em 2008);
- Professor-bibliotecário com extenso conteúdo funcional;
- Estudos indicam que os alunos têm baixas competências de L.I.
Na Europa e em Portugal, sobre as Bibliotecas Públicas:
-Projectos que pretendem incentivar a Literacia da Informação Agenda Digital 2010-2020 para a Europa; TUNE, ENTITLE; ECDL/ICDL.
-Poucos programas locais de FU Copérnico, Ulisses, Linfo, eLit
- Bibliotecas têm um impacto social reduzido
• Relação entre a literacia da informação e a literacia tecnológica.
instrumentos de F.U.: estratégias activas para a educação
• Defende-se que os instrumentos de F.U. auxiliarão os agentes educativos que:
- não têm conhecimentos específicos sobre bibliotecas e o uso da informação;- não receberam orientações sobre a implementação destas actividades.
educação formal
educação não-formal
educação informal
educação difusa
Instrumentos de F.U. facilitam a promoção da literacia da informação
ambiente integral de literacia
• Defende-se que a F.U. possa ser realizada em vários contextos e revestir-se de configurações não tradicionais:
competências, habilidades e modelos para a F.U. da informação e da biblioteca
• Propõem um processo de aquisição de competências por etapas, progressivo e sequencial;
• Indicam que o aluno literato: - organiza uma estratégia de pesquisa. - age de forma autónoma, ética e esclarecida.
Em Portugal não houve, nem há, um debate animado sobre este tema.
• Documentos que listam as capacidades de literacia da informação que os alunos devem desenvolver
• Modelos para guiar os utilizadores nas suas pesquisas de informação
• Guias para a organização de formação sobre o uso da biblioteca e seus recursos
f.U. no Ensino Básico em Bibliotecas: casos em contexto internacional
Quatro entidades com estratégias e políticas para a literacia da informação, com ênfase na formação de utilizadores:
• Ministério da Educação, Chile elabora instrumentos de F.U. propondo programas continuados.
• Fundación Germán Sánchez Ruipérez, Espanhacria estratégias lúdicas para ensinar a usar uma biblioteca e a informação
• Canadian School Library Association /Association For Teacher-Librarianship In Canada, Canadá
gere o portal School Library Information Portal que liga as escolas canadianas através da partilha de recursos elaborados pelos docentes, que ajudam a preparar programas formativos.
• Departamento de Educação do Governo Australiano gere o banco de recursos Curriculum Materials Information Services que avalia, cataloga e
partilha recursos e emana orientações pedagógicas.
orientações e instrumentos de F.U. do Ensino Básico: em sítios da Internet Institucionais
• Presidência do Conselho de Ministros, Ministérios da Educação e da Cultura: Plano Nacional de Leitura Ler+
• Propõe o uso continuado dos recursos da biblioteca nas aulas, mas não articula com a literacia da informação:
– Selecção dos livros: considera que deve ser feita pelo docente.
– Visitas à biblioteca: não propõe a exploração da sua organização e da informação que veicula.
– Uso de livros informativos: aconselha a explorar 6 ou mais livros por ano, sendo apenas 1 livro informativo.
orientações e instrumentos de F.U. do Ensino Básico: em sítios da Internet Institucionais
• Ministério da Educação, Gabinete da RBE• Existem orientações mas falta apoio de carácter científico e técnico para
a F.U.• Disponibiliza pouca bibliografia útil sobre F.U. e não tem instrumentos
de F.U. facilitadores.
• 17 Portais Concelhios de BE– 4 estão indisponíveis; 3 não referem a F.U.;– 2 citam a F.U.; 5 declaram interesse na F.U.;– 2 organizaram F.U.; 1 organizou formação e partilhou os recursos.
2
5
2
3
4
1
orientações e instrumentos de F.U. do Ensino Básico: em sítios da Internet Institucionais
• Ministério da Cultura• Direcção-Geral do Livro e das Bibliotecas e Bibliotecas Públicas e
MunicipaisAtravés do sítio da “Rede de Conhecimento das Bibliotecas Públicas”,
disponibiliza directrizes internacionais mas não tem recursos próprios.• 81 Bibliotecas Públicas e Municipais
• 69 não referem a F.U.• 8 referem fazer F.U.
para o Ensino Básico• 4 não especificam o
público-alvo da F.U.
• Fundação Calouste Gulbenkian, Casa da Leitura• Associação Portuguesa de Literacia, LitteraNão apresentam orientações ou instrumentos
69
48
instrumento de F.U. do Ensino Básicodo Ministério da Educação
BARROSO, Cristina [et al.] (1998) – Que posso fazer na biblioteca da escola? Ficheiro para a autonomia dos utilizadores. Lisboa : Ministério da Educação (Bibliotecas Escolares). ISBN 972-614-342-X.
• Parte da edição versa sobre a literacia informática e não sobre a literacia da informação.
• Carece de actualização.
Necessário:•directrizes e políticas nacionais e institucionais,•entidades profissionais, que preparem programas sistemáticos adequados,
Para a organização de F.U.:• desde os primeiros anos de ensino, • com a coordenação do professor bibliotecário, • num projecto continuado e planificado,• com a participação alargada de diversos agentes educativos.
O professor-bibliotecário conseguirá elaborar, executar, promover e avaliar
um programa de F.U.?
conclusões e recomendações
conclusões e recomendações
Ambiente
Integral
de Literacia
conclusões e recomendações
conclusões e recomendações
Plano Nacional de Literacia da Informação
• Análise SWOT das dificuldades e das competências da população;
• Identificar o que impede a implementação de programas de F.U.;
• Reconhecer os requisitos prévios para a implementação de programas;
• Definir prioridades educativas, objectivos e metas precisas;
• Articular, cooperar com:• Órgãos de coordenação nacionais, regionais e locais• Associações profissionais • Organizações sociais• Agentes educativos públicos e privados• Currículo Nacional do Ensino Básico
conclusões e recomendações
• Estruturar com outros Planos os conteúdos fundamentais dos programas;
• Disponibilizar, num Centro de Recursos, conteúdos científicos e orientações políticas do Plano, incentivando a partilha de recursos, de iniciativas e práticas pedagógicas;
• Aconselhar e facilitar instrumentos e modelos de F.U., seleccionados ou criados para Portugal;
• Organizar formação para agentes educativos;
• Legitimar a intervenção e liderança do professor bibliotecário;
• Publicitar e alargar o debate público sobre a literacia da informação, expondo sua estreita com a literacia tecnológica;
• Criar um sistema de monitorização e avaliação.
Literacia da informação e formação de utilizadores:Literacia da informação e formação de utilizadores:orientações e instrumentos para o Ensino Básico em Portugal (2009-2010)
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