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QUESTÃO 01
Disponível em: http://obrasilfalaespanhol.blogspot.com.br Acesso em: 05/01/2020
A charge apresenta um nativo do Afeganistão reclamando de uma situação. O efeito de humor está no(a): A aceitação do McDonald’s no Afeganistão pelo nativo.
B descaracterização da identidade do Afeganistão com a instalação do McDonald’s.
C sugestão de que a comida fornecida pelo McDonald’s pode ser comparada a uma arma química.
D deslocamento cultural dos americanos para os afegãos com a instalação do McDonald’s.
E posicionamento de revolta do nativo do Afeganistão.
QUESTÃO 02
El Barzón
Cuando acabé de pizcarvino el rico y lo partió.Todo mi maíz se llevó,ni pa’ comer me dejó.Me presenta aquí la cuenta:“Aquí debes 20 pesosde la renta de unos bueyes,5 pesos de magueyes,una nega tres cuartillasdel frijol que te prestamos,una nega tres cuartillasdel maíz que te limitamos.5 pesos de unas fundas,7 pesos de cigarros,6 pesos no se de qué,
pero todo está en la cuenta,a más de los 20 realesque sacaste de la tienda.Cuanto del maíz que te tocano le pagas a la Hacienda,pero cuentas con mi tierrapara seguirla sembrando.Ora vete a trabajarpa’ que sigas abonando
Disponível em: http://letras.com. Acesso em: 05/01/2020 (fragmento).
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QUESTÃO 04
Tengo hambre de tu boca, de tu voz, de tu pelo...
Tengo hambre de tu boca, de tu voz, de tu pelo
y por las calles voy sin nutrirme, callado,
no me sostiene el pan, el alba me desquicia,
busco el sonido líquido de tus pies en el día.
Estoy hambriento de tu risa resbalada,
de tus manos color de furioso granero,
tengo hambre de la pálida piedra de tus uñas,
quiero comer tu piel como una intacta almendra.
Quiero comer el rayo quemado en tu hermosura,
la nariz soberana del arrogante rostro,
quiero comer la sombra fugaz de tus pestañas
y hambriento vengo y voy olfateando el crepúsculo
buscándote, buscando tu corazón caliente
como un puma en la soledad de Quitatrúe.
NERUDA, Pablo. Soneto XI: “Cien sonetos de amor”. Argentina:
Losada, 1959.
No poema, o eu-lírico usa o termo “hambre” em vários
momentos, mostrando que é uma pessoa
A influenciável pela mulher que ama.
A consciente de sua dependência emocional da mulher que ama.
A conformada pelo sentimento que tem em relação à mulher que ama.
A corajosa diante da ausência da mulher que ama.
A capaz de sentir muitas saudades da pessoa que ama.
QUESTÃO 05
La definitiva unidad del español
Cinco años han empleado las 22 academias de la Lengua
Española en diseñar un auténtico instrumento vivo del lenguaje
con un enorme, titánico, trabajo que está terminado ya en su
primera versión. Las academias ponen a disposición de los
hablantes de español una herramienta con 7.000 entradas, el
Diccionario panhispánico de dudas.
[...]
“Por primera vez, las respuestas que se ofrece a las dudas de
todo tipo, de léxico, ortográficas, sintácticas y demás han sido
consensuadas línea a línea por todas las academias”, asegura
el director de la RAE.
Ante ese panorama, la solución es anticiparse a los problemas
y trazar caminos que traten de homogeneizar el español que se
El Barzón é uma letra de uma música hispânica, que problematiza o sistema de trabalho no campo, ao
A destacar o orgulho que o trabalhador tem de servir ao seu senhorio.
B evidenciar o pouco que o senhorio paga ao trabalhador.
C retratar quão precária e injusta é a relação entre o senhorio e o trabalhador.
D ressaltar o bom trabalho do trabalhador rural.
E exaltar a forma como o senhorio fala com o trabalhador.
QUESTÃO 03
Después del sol puesto, navegó a su primer camino, al Oeste; andarían doce millas cada hora y hasta dos horas después de media noche andarían noventa millas, que son veintidós leguas y media. Y porque la carabela Pinta era más velera e iba delante del Almirante, halló tierra e hizo las señas que el Almirante había mandado. Esta tierra vio primero un marinero que se decía Rodrigo de Triana; puesto que el Almirante, a las diez de la noche, estando en el castillo de popa, vio lumbre, aunque fue cosa tan cerrada que no quiso afirmar que fuese tierra; pero llamó a Pero Gutiérrez, repostero de estrados del Rey, y díjole que parecía lumbre, que mirase él, y así lo hizo y viola; díjole también a Rodrigo Sánchez de Segovia, que el Rey y la Reina enviaban en el armada por veedor, el cual no vio nada porque no estaba en lugar do la pudiese ver. Después de que el Almirante lo dijo, se vio una vez o dos, y era como una candelilla de cera que se alzaba y levantaba, lo cual a pocos pareciera ser indicio de tierra. Pero el Almirante tuvo por cierto estar junto a la tierra. Por lo cual, cuando dijeron la Salve, que la acostumbraban decir y cantar a su manera todos los marineros y se hallan todos, rogó y amonestólos el Almirante que hiciesen buena guarda al castillo de proa, y mirasen bien por la tierra, y que al que le dijese primero que veía tierra le daría luego un jubón de seda, sin las otras mercedes que los Reyes habían prometido, que eran diez mil maravedís de juro a quien primero la viese. A las dos horas después de media noche pareció la tierra de la cual estarían dos leguas Amañaron todas las velas, y quedaron con el treo, que es la vela grande sin bonetas, y pusiéronse a la corda, temporizando hasta el día viernes, que llegaron a una islita de los Lucayos, que se llamaba en lengua de indios Guanahaní.
CASAS, Bartolomé de las. Viajes de Cristóbal Colón. 1552 (fragmento)
Rodrigo de Triana foi uma figura chave na descoberta da América, ao atuar como
A o marinheiro que avistou primeiro as terras americanas e sinalizou para Cristóvão Colombo.
B escravo de Cristóvão Colombo.
C comandante que deu origem à viagem de descoberta da América.
D a voz do povo espanhol, na descoberta da América.
E inimigo de Cristóvão Colombo, atrapalhando a viagem que deu origem à descoberta da América.
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habla en el mundo. “La lucha por la unidad ha sido malinterpretada muchas veces”, asegura López Morales, que ha cargado con
un trabajo de coordinación fundamental para la elaboración del nuevo diccionario. “Queremos mantener la diversidad lingüística,
respetarla y aplaudirla. Tenemos una suerte enorme por hablar español, y más cuando es una lengua relativamente homogénea, con
tan sólo un 20% de variantes y discrepancia entre el habla de un sitio y otro. Eso es una garantía de éxito para nuestra expansión, que
un señor de Chile pueda entenderse con uno de Logroño sin modificar su forma de expresarse es crucial. Queremos que esa ventaja
se mantenga y se aumente”.
MANTILLA, Jesús Ruiz. La definitiva unidad del español. El País, Argentina, 14/10/2004. Disponível em: <https://elpais.com/diario/2004/10/14/cultura/1097704801_850215.html>. Acesso em: 10/01/2020.
O texto aborda um Dicionário da Língua Espanhola e tem como função apontar que
A as especificações culturais atrapalham a unidade da língua espanhola.
B as variedades do espanhol são igualmente importantes para a criação do Dicionário apresentado.
C a unidade linguística do espanhol não será contemplada no Dicionário apresentado.
D a consolidação das diferenças da língua prejudicam a RAE na criação do Dicionário.
E a língua como uma unidade não é relevante para a criação do Dicionário.
QUESTÃO 06
BRUNO, Pedro. A Pátria. Óleo sobre tela, 1919. Disponível em: http://museubenjaminconstant.blogspot.com/2012/11/desvendando-
patria-de-pedro-bruno.html
A pintura está localizada atualmente no Museu da República, no Rio de Janeiro. Quanto à relevância social para a atualidade, o quadro
A consolida-se como representação dos valores patrióticos próprios do período em que foi escrito.
B cumpre uma função instrucional de ensinar comportamentos das crianças em ambientes domésticos.
C deixa implícita a ideia de que o trabalho escravo ainda estava presente no início do século XX.
D argumenta em favor da construção de uma sociedade de emancipação feminina, já que as mulheres protagonizam a obra.
E apresenta hábitos específicos de uma determinada época.
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QUESTÃO 07
Qual a diferença do Pilates para outros tipos de exercícios afinal?
Em primeiro lugar é o conceito, que engloba praticamente requisitos de todas as modalidades de exercícios existentes e exige que sejam trabalhados em conjunto, durante o treinamento. Em segundo lugar, a segurança, pois, a cada gesto de movimento executado, o indivíduo deve recrutar músculos estabilizadores, para que não haja sobrecarga sobre os segmentos corporais - parece ser justamente o motivo da prescrição do pilates em programas de reabilitação física. Outro destaque são os aspectos mentais, pois durante todo sua prática são insistentemente cobrados dos pacientes concentração, controle e respirações livres e relaxantes.
Disponível em: https://veja.abril.com.br/economia/dino/como-exercicios-de-pilates-viralizaram-no-brasil/ (adaptado).
Segundo o texto, o pilates se diferencia de outros tipos de exercícios. Do ponto de vista das práticas corporais, essa prática se estabelece por meio do(a)
A meditação, através da respiração, assemelhando-se à yoga.
B intensidade, já que o paciente precisa exercitar o corpo todo em conjunto.
C confiança, que permite o relaxamento dos pacientes pela garantia da segurança.
D unidade corporal, em que as práticas são pensadas em conjunto e aliadas à mente.
E uso tecnológico, que trabalha o corpo através de aparelhos.
QUESTÃO 08A Paris que amamos também é a Paris de nossa imaginação coletiva
Alguns podem dizer que é impróprio invocar o imaginário quando ocorrem eventos assustadoramente reais como esse. Eu discordo. Na verdade, é precisamente às associações fictícias de Paris que explicam por que a carnificina nos afetou tão profundamente, mesmo quando massacres terríveis já ocorreram em outras cidades. Nós já vimos Paris representada em romances, filmes e outras obras de arte com tanta frequência que a Paris imaginária se fundiu à real, de modo que pode ser vista como se já tivéssemos vivido lá (mesmo que não) e que Paris é nossa cidade natal. Quando caminhamos às margens do Sena, parando nas bancas de livros usados, nós revivemos as muitas caminhadas fictícias sobre as quais lemos, da mesma forma que ao visitarmos Notre Dame, dificilmente deixamos de pensar em Quasímodo e Esmeralda. Nossas lembranças de Paris incluem os mosqueteiros duelando no convento das carmelitas descalças, a Paris das cortesãs de Balzac, a Paris de Lucien de Rubempréand Eugène de Rastignac, de Frédéric Moreau e da madame Arnoux, de Gavroche das barricadas, de Charles Swann e Odette de Crécy. Temos que reconhecer que essa Paris imaginária nos ensinou muito sobre o que sabemos sobre a sociedade, amor, vida e morte. Assim, um golpe foi desferido contra nossa casa, uma casa na qual vivemos por mais tempo do que vivemos em nossas casas reais. Ainda assim, todas as nossas memórias de Paris nos dão esperança –como dizem, “la Seine roule roule”, o Sena continua fluindo.
ECO, Umberto. 05 de dezembro de 2015. Disponível em: https://noticias.uol.com.br/blogs-e-colunas/coluna/umberto-eco/2015/12/05/a-paris-que-amamos-tambem-e-a-paris-de-nossa-imaginacao-coletiva.htm
Em artigos de opinião, o autor deve orientar a linguagem a fim de alcançar os leitores e convencê-los com relação ao ponto de vista defendido. Diante disso, nesse texto, a escolha das formas verbais em destaque objetiva
A mostrar a diferença entre autor e leitor, já que Eco conhece Paris e a maioria dos leitores não.
B enfatizar o companheirismo do autor com o leitor para quem a mensagem é destinada.
C indicar, de forma clara, as lembranças vividas pelo autor na cidade, tornando o leitor cúmplice.
D tornar o leitor copartícipe do ponto de vista do autor, muito próximo à cidade.
E demonstrar ao leitor que é possível conhecer Paris pelos livros que o autor escreveu.
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QUESTÃO 10Periferia experiência de vidaPoucas coisa boas no dia a diaTô na correria mano cê tá ligadoMó cara desempregado a procura de um trabalhoConvites pra roubar vários recebiMas aí resisti isso não é pra mimVida do crime vários exemplos eu já viMano se levanta e sossegar e outros prosseguirE a casa cair
BROWN, Mano. Respire Fundo. Disponível em: https://www.vagalume.com.br/mano-brown/respire-fundo.html
As escolhas linguísticas feitas pelo autor conferem ao texto A atualidade, pelo uso de linguagem virtual.
B cunho literário, pela predominância de figuras de linguagem, como a metáfora.
C características de diálogo, pela recorrência de gírias na interlocução.
D espontaneidade, pelo uso da linguagem coloquial.
E originalidade, pela concisão da linguagem.
QUESTÃO 11 A história de uma família que vive em uma ilha enquanto a matriarca tece um tapete é o enredo do novo livro de Letícia Wierchowski.
Uma família vive 60 anos aos pés de um farol, com suas histórias de marinheiros e naufrágios. A matriarca, Cecília, tece um tapete em que cada cor representa um dos parentes — o branco, soma de todas as cores, simboliza ela mesma. Esse é o cenário de “Sal”, novo romance da autora gaúcha Leticia Wierzchowski, conhecida pelo best-seller “A casa das sete mulheres”. (...) Uma das filhas é Flora, que escreve um romance e vê cenas escritas por ela acontecerem na vida real. O livro chega às mãos de um professor de literatura na Inglaterra, Julius Templeman, que viaja à ilha para conhecer a autora, por quem se apaixona. Depois, o professor torna-se uma das pontas de um triângulo amoroso que gera uma crise na família — e do qual não se pode contar muitos detalhes sem estragar a trama. A matriarca, Cecília, narra a história dos Godoy tecendo seu tapete: as lembranças de cada membro vêm à medida que tece cada cor.
Disponível em: https://oglobo.globo.com/cultura/autora-de-casa-das-sete-mulheres-leticia-wierzchowski-lanca-novo-
romance-9266439 (adaptado)
O texto apresenta um livro no qual um tapete é muito importante para a família e para a narrativa. Essa valorização evidencia-se pela
A oposição entre o sentimentalismo do triângulo amoroso com a materialização do tapete.
B descrição detalhada dos aspectos físicos do tapete, como tamanho e tipo de tecido.
C valorização do tapete como objeto de herança familiar disputado por todos.
D comparação entre o as luzes do farol e as cores do tapete.
E correlação entre as cores do tapete e os membros da família.
QUESTÃO 09
Vozes-mulheres
A voz de minha bisavóecoou criançanos porões do navio.ecoou lamentosde uma infância perdida.
A voz de minha avóecoou obediênciaaos brancos-donos de tudo.
A voz de minha mãeecoou baixinho revoltano fundo das cozinhas alheiasdebaixo das trouxasroupagens sujas dos brancospelo caminho empoeiradorumo à favela.
A minha voz aindaecoa versos perplexoscom rimas de sangueefome.
A voz de minha filharecolhe todas as nossas vozesrecolhe em sias vozes mudas caladasengasgadas nas gargantas.
A voz de minha filharecolhe em sia fala e o ato.O ontem – o hoje – o agora.Na voz de minha filhase fará ouvir a ressonânciao eco da vida-liberdade.
EVARISTO, Conceição. Vozes-mulheres. Disponível em: http://www.letras.ufmg.br/literafro/autoras/24-textos-das-
autoras/923-conceicao-evaristo-vozes-mulheres
A continuidade de gerações e de grupos étnicos reproduz, na visão do eu lírico, um contexto social assinalado por
A crescente revolta feminina, que desencadeia em militância étnica.
B preservação da memória dos antepassados e resistência negra aos valores dominantes.
C negação do passado para superar os anseios atuais.
D ruptura forçada com os valores dos antepassados frente à necessidade de silêncio.
E antagonismo e mudança entre as origens étnicas e as gerações seguintes.
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QUESTÃO 12
Ainda que diversos, há uma unidade que concretiza todo e qualquer hipertexto e distingue-o dos textos impressos: a formulação de hiperlinks, que permitem os saltos de leitura, sendo, pois, a virtualidade uma característica necessária. Ou seja, o novo não é nem a fragmentação, nem a não-linearidade, características altamente presentes na literatura moderna, mas a possibilidade de ruptura de leitura como um princípio da construção do texto, através da interação com os hiperlinks. Isso fica evidente, por exemplo, quando imprimimos uma página da internet sem desmarcar os links existentes, que ficam sublinhados e grifados; nesses casos, embora o link continue destacado, o clique é impossível, e tal texto perde não seu caráter hipertextual, que ainda está em potência, mas a sua concretização enquanto hipertexto. Essa é a grande limitação do papel enquanto suporte.
ARAUJO, Henrique. Navegar é preciso: O Livro do Desassossego, de Fernando Pessoa, e o Hipertexto. Dissertação de mestrado. Porto Alegre: UFRGS, 2019.
Cada sistema de comunicação configura-se com uma linguagem específica. Alguns exemplos são a TV, os jornais, a literatura e a internet. Dessa forma, segundo o texto, a hipertextualidade configura-se como um(a)
A mecanismo de leitura dinâmica, próprio da contemporaneidade.
B textos que possuem suportes digitais e de papel, com hiperlinks.
C novo modo de elaboração textual, indissociavelmente virtual.
D texto colaborativo, em que os leitores podem construir diversas versões.
E leitura baseada nas informações da superfície do texto, já que o autor abandona-a ao clicar nos hiperlinks .
QUESTÃO 13
CAMPANHA BRASKEM. Disponível em: https://luredatora.wordpress.com/2015/04/23/dia-mundial-da-agua/
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QUESTÃO 15
Art. 1o É instituído o Estatuto do Idoso, destinado a regular os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos.Art. 2o O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhe, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, para preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade.Art. 3o É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde,à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária.
BRASIL, Lei nº 10.741, de 1 de outubro de 2003. Estatuto do Idoso. Disponível em: https://www2.senado.leg.br/bdsf/2
Para cumprir sua função social, o Estatuto do Idoso é elaborado a partir de características linguísticas próprias desse gênero, tanto em relação ao uso quanto à composição. Entre essas características, destaca-se o emprego de
A vocábulos repetidos para facilitar a leitura.
B construções e palavras objetivas, que evitem ambiguidade.
C informalidades para aproximar do público-alvo.
D linguagem erudita, para estar condizente com relações jurídicas.
E enumerações em excesso para enfatizar os direitos.
QUESTÃO 16 Comparando as Jornadas de Junho com protestos e movimentos sociais que ocorreram nesse mesmo período em outros países, Moreira e Santiago sintetizam aspectos semelhantes entre eles. Em primeiro lugar, destacam o uso das redes sociais digitais e mensagens de celulares, apresentando a internet como principal instrumento de comunicação e de mobilização desses novíssimos movimentos sociais. Castells levanta o seguinte questionamento: “O que confere uma especificidade à mobilização social a partir do fato de que se realize através da internet?” Para responder à indagação o autor apresenta três características fundamentais na interação entre a grande rede e os movimentos. Primeiro, há uma crise das organizações tradicionais (partidos, associações de orientações políticas) e emergência de movimentos sociais organizados em rede com base em coalizões que se constituem em torno de valores e projetos. Nesse sentido, a internet se constitui como estrutura e meio de comunicação que permite a flexibilidade e a temporalidade da mobilização. Segundo, a internet é importante para reforçar valores, princípios e ideias de forma instantânea. Terceiro, permite a articulação de projetos alternativos locais a partir de protestos globais, como uma conexão global-local.
ADAPTADO de: BARBOSA, Célia; BERNARDES, Franciani. A Internet nos Movimentos Sociais e nas Manifestações
Massivas no Brasil. U
O cartaz aborda a questão da necessidade de preservação da água. A relação entre os recursos verbais e não verbais nessa propaganda revela que
A o discurso de conscientização causa o efeito desejado apenas através dos trocadilhos textuais.
B a repetição da palavra “gota” mostra que a água pode acabar a qualquer momento, como ocorre na imagem.
C o dia mundial da água é um dia que precisamos preservá-la.
D a imagem está em oposição ao texto, já que a torneira está aberta.
E a agressão ao planeta é causada pela posição assumida pelo homem, que se altera na imagem.
QUESTÃO 14
O Sobrevivente
Impossível compor um poema a essa altura da evolução da humanidade.Impossível escrever um poema - uma linha que seja - de verdadeira poesia.O último trovador morreu em 1914.Tinha um nomede que ninguém se lembra mais.Há máquinas terrivelmente complicadas para as necessidades mais simples.Se quer fumar um charuto aperte um botão.Paletós abotoam-se por eletricidade.Amor se faz pelo sem-fio.Não precisa estômago para a digestão.Um sábio declarou a O Jornal que aindafalta muito para atingirmos um nívelfelizmente, estarei morto.
Os homens não melhorarame matam-se como percevejos.Os percevejos heróicos renascem.Inabitável, o mundo é cada vez mais habitado.E se os olhos reaprendessem a chorar seria um segundo dilúvio.
(Desconfio que escrevi um poema.)
ANDRADE, Carlos Drummond de. 23 livros de poesia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015. p. 29
O texto traz em relevo as funções metalinguística e poética. Seu caráter metalinguístico justifica-se pela
A discussão da dificuldade de ser artista em um mundo cruel.
B busca da conscientização das atitudes do ser humano frente ao mundo contemporâneo.
C construção de imagens cotidianas, como o charuto, o paletó e o jornal.
D problematização do fazer artístico, através da discussão sobre o ato de construção da própria obra.
E elaboração de sucessivas metáforas que associam o poeta ao leitor.
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Em 2013, houve uma forte mobilização popular via redes sociais, que gerou muitos protestos no Brasil. Esse evento ratifica o argumento de que
A a internet ofereceu mais senso crítico aos seus usuários.
B a evolução das sociedades foi prejudicada com o avanço da internet.
C a internet gera princípios e valores instantâneos, substituindo as organizações tradicionais.
D os recursos tecnológicos estão a serviço de partidos e associações de orientações políticas.
E a internet é importante para a articulação e adesão de mobilizações e movimentos sociais.
QUESTÃO 17 Diário Oficial da Cidade de São Paulo
RESOLUÇÃO COMAS-SP Nº 1454/2019, DE 14 DE MAIO DE 2019
O Plenário do CONSELHO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL DE SÃO PAULO - COMAS-SP, em reunião ordinária realizada no dia 14 de maio de 2019, no uso das atribuições que lhe conferem a Lei Federal nº8.742 de 07 de dezembro de 1993, a Lei Municipal nº12.524 de 1º de dezembro de 1997 e o Decreto nº38.877 de 21 de dezembro de 1999, resolve:I - DEFERIR a solicitação de inscrição do SERVIÇO da entidade em questão, conforme normas da COMAS-SP nº1080/2016 de 31 de março de 2016.
Adaptado de: Diário Oficial da Cidade de São Paulo. DOC. 21 de maio de 2019, p. 54. Disponível em: https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/assistencia_social/comas/res19/1454.pdf
Um leitor interessado nas decisões governamentais escreve uma carta para o jornal que publicou a resolução, concordando com a decisão. Uma frase adequada para expressar sua concordância é:
A Muito bem! Quando não há certeza sobre a entidade, deve-se postergar a decisão.
B Até que enfim! Os serviços desta entidade deviam ser promovidos há tempos!
C Ótima a coragem! O poder público precisa mostrar força na proibição de serviços como desta entidade.
D Isso é o correto! O impedimento desta entidade na realização dos serviços só trará benefícios à sociedade!
E Que ótima notícia! Esta entidade é boa, e estou feliz com a sua aceitação.
QUESTÃO 18
O prato dos adolescentes anda cada vez mais desequilibrado, deixando-os na mira de doenças da pesada.
Na adolescência, há indícios de que mudanças no cérebro são responsáveis por deixar os jovens destemidos. Pois a coragem típica dessa fase parece sumir na hora das refeições, quando uma folha de alface gera mais pavor do que escalar uma árvore. Pelo menos é o que dá para presumir a partir de dados divulgados nos últimos tempos, como um grande levantamento feito com 75 mil brasileiros de 12 a 17 anos, em escolas públicas e privadas. O estudo, batizado com a sigla Erica, revela que apenas um em cada três adolescentes coloca salada no prato. Pior: só um em cinco ingere pelo menos uma fruta ao dia. Os profissionais de saúde enfrentam as consequências dos maus hábitos no dia a dia. “Entre crianças e adolescentes, a incidência de obesidade cresce exponencialmente, e em todas as classe sociais”, afirma Renato Zilli, endocrinologista do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. “Há 40 anos, atendíamos um adolescente obeso a cada 100. Hoje, são de seis a oito”, estima. Números da Organização Mundial da Saúde refletem essa realidade. Em 1975, calcula-se que 11 milhões de adolescentes eram obesos. Em 2016, o número saltou para 124 milhões. A infância é um período determinante na aquisição de hábitos à mesa. Mas mesmo aquela criança que venerava brócolis pode virar o adolescente que rejeita qualquer vegetal. Não há uma explicação biológica para isso, mas, sim, comportamental: é nessa fase da vida que os filhos ganham mais independência, fazem refeições longe dos pais e recebem dinheiro para escolher o que vão comer. Sem falar na influência dos amigos. Quem vai optar por salada quando a turma toda vai de fast-food? Por isso é essencial manter o equilíbrio nas refeições em família”, diz a nutricionista Renata Faria Amorim, da All Clinik, no Rio de Janeiro
Disponível em: https://saude.abril.com.br/familia/adolescentes-como-esta-a-alimentacao-dos-jovens-no-brasil/
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QUESTÃO 20
(Tradução: Cuidado! Irresponsáveis trabalhando) QUINO. Toda Mafalda. 2ª Edição. São Paulo: Martins Fontes, 2010.
O cartum faz uma crítica social. O cartaz afixado no mundo representa a
A opressão contra as crianças, como Mafalda.
B síntese da luta dos latinos, representada pela língua espanhola.
C os problemas relacionados ao meio ambiente.
D falta de perspectiva dos jovens com o mercado de trabalho.
E crítica de Mafalda aos governantes do planeta.
QUESTÃO 21 O termo africano significa dança ou batuque, dando as principais características dessa dança típica nordestina, especialmente, de Pernambuco. Esta representação traz fortes traços religiosos, misturando elementos europeus, indígenas e afro-brasileiros. O maracatu é a saída dos praticantes das religiões de matriz africana para saudar os orixás. Normalmente, ocorre durante o carnaval quando os dançarinos saem fantasiados de princesas, rainhas, reis e baianas, todos personagens históricos. A dança é composta por pulos e giros ao som de instrumentos de percussão, ou seja, caixas, tambores, ganzás e taróis. O ritmo frenético lembra, bastante, a congada, uma festa popular brasileira.
Disponível em: https://escolaeducacao.com.br/saiba-mais-sobre-as-dancas-folcloricas-brasileiras/
Uma maneira de perceber a diversidade cultural do Brasil é com o conjunto de danças típicas. Entre elas, o maracatu é considerado uma dança folclórica por
A retratar como característica principal a religiosidade e, por isso, identificar uma nação ou região.
B retratar as tradições e origens de determinados povos ou regiões distintas de uma mesma nação.
C apresentar aspectos mais ritualísticos, estando à margem da indústria musical.
D necessitar de vestuário e instrumentos específicos para a sua prática, os quais definem seu local de origem.
E acontecer na rua, durante o carnaval, festa típica do país.
Sobre a relação entre os hábitos da população adolescente e
as suas condições de saúde, as informações apresentadas no
texto indicam que
A a mudança de hábitos alimentares associada à influência dos amigos e ao poder de compra constituem fatores relacionados ao aumento da obesidade entre os adolescentes.
B diminuição do consumo de frutas e saladas combinada com um maior consumo de fast-foods contribuíram para o aumento da obesidade entre os adolescentes.
C a carência de consumo saudável atinge todas as classes sociais, aumentando progressivamente nos diferentes estratos da sociedades - sendo, portanto, algo independente à renda familiar.
D a ocorrência de casos de doenças, como diabetes, entre os adolescentes advém das condições de alimentação, principalmente pela falta de frutas e verduras na dieta.
E em aproximadamente 40 anos, a população de adolescentes obesos se multiplicou no Brasil, mas não no mundo.
QUESTÃO 19
MELGRATI, Marco. Disponível em: https://www.instagram.
com/m_melgrati/?hl=pt-br
O artista gráfico contemporâneo Marco Melgrati nasceu na Itália
e vem se destacando na internet recebeu diversos prêmios por
suas ilustrações. Nessa obra, ao ressignificar o mito de Narciso,
Melgrati usa sua arte para
A realçar as diferenças sociais que a tecnologia impõe.
B criticar os elementos clássicos nas tecnologias.
C provocar uma reflexão sobre o egocentrismo nas redes sociais.
D propor alternativas para solucionar esse problema.
E retratar como diferentes países lidam com os smartphones.
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QUESTÃO 22
Eu+um+um+um…
Aprendi com o poeta Elio Alves da Silva. Ele era pescador, mas a hidrelétrica de Belo Monte roubou-lhe o rio. Como pesca o
pescador sem rio? Poderíamos estender a pergunta. Como pesquisa o estudante sem bolsa? Como ensina o professor sem condições
de trabalho? Como se mantém a universidade sem recursos? (...)
Elio, o pescador sem rio, me explicou. “Eu, sozinho, não consigo nada. Mas, se eu for ali e chamar +um, vai ser eu+um. Aí,
esse um chama +um. E aí já é eu+um+um...” E, para ter certeza de que foi bem escutado: “Entendeu?”.
Mais tarde, eu leria uma conversa entre o sociólogo polonês Zygmunt Bauman e o jornalista italiano Ezio Mauro, publicada
em livro. A certa altura, eles falam do cidadão que “só conta como um”. E portanto não conta. “Ele não compreende que, no momento
em que sua liberdade se torna assunto privado e ele começa a exercer seus direitos somente como indivíduo, no momento em
que liberdade e direitos são ambos incapazes (de construir) qualquer projeto com os outros, ambos se tornam irrelevantes aos
olhos do poder, já que perderam sua capacidade de por o que quer que seja em movimento”, diz Mauro. “O Estado sabe que estou
estatisticamente presente, mas também sabe que eu só conto como um e não tenho capacidade de me somar aos outros.”
O poeta oral, já que analfabeto da escrita, e dois pensadores reconhecidos do mundo acadêmico, com vários livros
publicados, chegaram à mesma conclusão por caminhos diferentes.
BRUM, Eliane. Eu+um+um…. El País, maio de 2019. Disponível em: https://brasil.elpais.com/brasil/2019/05/15/politica/1557921007_146962.html
No fragmento, há uma construção linguística bastante peculiar, distinta em relação aos padrões normalmente empregados na escrita. Trata-se da frase-título “Eu+um+um…”. Nesse contexto, a escolha por representar uma palavra através do sinal gráfico
A enfatiza a interdisciplinaridade presente na linguagem, dando força ao ponto de vista do pescador.
B serve para mostrar a simplicidade do raciocínio do pescador em contrapartida a complexidade dos filósofos.
C é um recurso estilístico que alinha a ideia do pescador a uma equação matemática.
D ilustra que matérias jornalísticas se utilizam de recursos literários.
E prejudica a sequência lógica do texto, provocando estranheza no leitor ao não desenvolver inteiramente o raciocínio.
QUESTÃO 23
Argumento
Mas se todos fazem
ALVIM, Francisco. In: MORICONI, Ítalo (organizador). Os cem melhores poemas brasileiros do século. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.
Os gêneros textuais são diferentes em seus modos de composição e nas funções sociais que desempenham funções sociais. Assim, o leitor acaba reconhecendo o gênero por suas características específicas, além da situação comunicativa de sua produção. Dessa forma, o texto de Francisco Alvim
A é um exemplo de artigo de opinião extremamente sintético.
B surpreende o leitor pelo seu caráter poético.
C relata um argumento válido baseado em experiência pessoal.
D possui, ao mesmo tempo, caráter descritivo, argumentativo e lírico.
E defende um ponto de vista objetivo e claro, pautado em evidências implícitas.
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QUESTÃO 24
Texto I
E o Capitão-mor mandou em terra no batel a Nicolau Coelho para ver aquele rio. E tanto que ele começou de ir para lá, acudiram pela praia homens, quando aos dois, quando aos três, de maneira que, ao chegar o batel à boca do rio, já ali havia dezoito ou vinte homens.Eram pardos, todos nus, sem coisa alguma que lhes cobrisse suas vergonhas. Nas mãos traziam arcos com suas setas. Vinham todos rijos sobre o batel; e Nicolau Coelho lhes fez sinal que pousassem os arcos. E eles os pousaram.
CASTRO, S. A carta de Pero Vaz de Caminha. Porto Alegre: L&PM, 1996 (fragmento).
Texto II
SILVA, Oscar Pereira da. Desembarque de Pedro Álvares Cabral em Porto Seguro em 1500. Óleo sobre tela. 1900. Museu Paulista. Disponível em: https://artsandculture.google.com/asset/desembarque-de-pedro-%C3%81lvares-cabral-em-porto-seguro-1500/_
AFagopsRT5Jow?hl=pt-BR&avm=3
Incluídas no patrimônio histórico nacional, a carta de Pero Vaz de Caminha e a obra de Oscar Pereira retratam a chegada dos portugueses ao Brasil. Da leitura dos textos, constata-se que
A Caminha preocupa-se apenas com fins estéticos e, por isso, esta é considerada a primeira manifestação artística em terras brasileiras.
B a tela de Oscar Pereira retrata a selvageria indígena, pois eles buscam expulsar os portugueses, que chegam de forma pacífica.
C a carta, como testemunho histórico e político, mostra o ponto de vista do colonizador sobre a gente da terra, e a pintura destaca o confronto, sob o ponto de olhar de um observador.
D as duas manifestações cumprem a mesma função social e artística, embora se utilizem de linguagens diferentes.
E a pintura e a carta de Caminha são de grupos étnicos diferentes, produzidas em um mesmo momento histórico, retratando a colonização enquanto ela ocorria, e, por isso, são fidedignas.
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Se, por um lado, a estética parnasiana prezava pela perfeição da forma e pela extrema racionalidade na abordagem temática, por outro, Raimundo Correia já mostrava em seus poemas algumas emoções e metáforas, traços mais marcados do Simbolismo. Na concepção do eu lírico, o desencanto do mundo se revela ao mostrar que
A os sonhos de quando somos jovens são abandonados aos poucos ao longo da vida.
B as pombas não possuem plena liberdade, pois acabam sempre voltando aos pombais.
C os sonhos se desprendem precocemente, ansiosos e imaturos.
D as pombas não possuem individualidade, pois, para saírem dos pombais, precisam estar em bandos.
E os sonhos se assemelham às pombas em seus defeitos.
QUESTÃO 27
Cinquenta anos após a eclosão de ‘Alegria, Alegria’ e ‘Domingo no Parque’, não há dúvida de que os efeitos da rebelde enchente tropicalista foram bem mais abrangentes e duradouros do que poderiam imaginar, na época, aqueles que a consideravam um simples modismo oportunista. (...) A partir dos anos 70, a crescente eletrificação da música popular brasileira - instalada pelos tropicalistas, depois de ser deflagrada pela Jovem Guarda de Roberto Carlos - espalhou-se pelo país junto com uma abertura maior do mercado musical frente aos sotaques regionais.
Adaptado de: CALADO, Carlos. Tropicália: a história de uma revolução musical. São Paulo: Ed. 34, 1997.
A nova era musical mencionada no texto evidencia um novo
modelo de música popular brasileira, adequado à realidade
nacional e com ênfase na adesão da cultura de massa. Esse
gênero pode ser representado pela canção cujo trecho é:
A Quando olhei a terra ardendo / Qual fogueira de São João / Eu perguntei a Deus do céu, ai / Por que tamanha judiação (Asa Branca, de Luiz Gonzaga).
B Queixo-me às rosas / Que bobagem / As rosas não falam / Simplesmente as rosas exalam / O perfume que roubam de ti, ai (As rosas não falam, de Cartola)
C Você só pensa em luxo e riqueza / Tudo o que você vê, você quer / Ai meu Deus que saudade da Amélia / Aquilo sim que era mulher (Ai, que saudade da Amélia, de Mário Lago e Ataulfo Alves)
D Meu bem você me dá água na boca / Vestindo fantasias, tirando a roupa / Molhada de suor / De tanto a gente se beijar / De tanto imaginar loucuras (Mania de Você, de Rita Lee)
E Olha, que coisa mais linda / Mais cheia de graça / É ela a menina / Que vem e que passa / Num doce balanço a caminho do mar (Garota de Ipanema, de Tom Jobim e Vinícius de Moraes)
QUESTÃO 25
… Marcelo apertou-o mais contra o muro, o que tu disse antes, que foi que tu disse antes? e outro helicóptero surgiu e precisaram firmar bem as pernas para não serem arrastados pela água e Micuim sussurrou algo que o som dos motores abafava e Marcelo que foi? que foi? e ouviu o fio de voz dizer sou o traidor e sentiu que o apertava mais contra o muro, que o pesadelo se estreitava, que a voz de Micuim repetia baixinho sou o traidor e Marcelo mentira e Micuim me deixa me deixa e Marcelo apertava-o mais diz que é mentira e Micuim entreguei Bia e Marcelo mentira e Micuim e Guiné e Marcelo mentira e apertava-o com redobrada força contra as pedras mugosas, (...) por quê? por quê? e Micuim porque eu os odiava e Marcelo por quê? porque vocês me maltratavam e Marcelo mentira vocês me desprezavam mentira e sobre eles desabou o estrondo de outro helicóptero, foram fustigados pelo vendaval das hélices.
RUAS, Tabajara. O Amor de Pedro por João. Porto Alegre: Leitura XXI, 2015. ps. 314-315
O trecho narra o momento em que um dos personagens descobre que seu amigo havia entregue os companheiros para a ditadura. No excerto, a repetição de perguntas e da palavra “mentira” associadas à ausência de pontos finais constrói a ideia de
A desespero de Marcelo, que, em choque, procura não acreditar no amigo.
B confusão proposital, que gera ambiguidade na identidade do traidor.
C barulho ensurdecedor dos helicópteros, que obrigam os personagem a repetir.
D fluxo de consciência de Micuim, que relembra do momento da revelação.
E efeito cinematográfico, no qual a narração funciona semelhante à uma câmera em movimento.
QUESTÃO 26
As Pombas
Vai-se a primeira pomba despertada...Vai-se outra mais... mais outra... enfim dezenasDas pombas vão-se dos pombais, apenasRaia sanguínea e fresca a madrugada.
E à tarde, quando a rígida nortadaSopra, aos pombais, de novo elas, serenas,Ruflando as asas, sacudindo as penas,Voltam todas em bando e em revoada...
Também dos corações onde abotoamOs sonhos, um a um, céleres voam,Como voam as pombas dos pombais;
No azul da adolescência as asas soltam,Fogem... Mas aos pombais as pombas voltam,E eles aos corações não voltam mais.
CORREIA, R. In: PATRIOTA, M. Para compreender Raimundo Correia. Brasília: Alhambra, 1995
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QUESTÃO 28
Cigarreira
Nada era mais invejável nos adultos do que a liberdade para fumar e sonhávamos com o dia em que poderíamos assumir todas as poses de fumantes, mas fumando de verdade
Ainda existe cigarro de chocolate? Quando eu era criança, não lembro mais em que século, compravam-se cigarros iguais aos de verdade, em maços, com chocolate dentro em vez de fumo. Eles também serviam para a gente brincar de adulto. Antes de comê-los, “fumávamos” os cigarros, gesticulando com eles como gente grande, dizendo coisas pseudo importantes e tragando e expelindo fumaça imaginária. Nada era mais invejável nos adultos do que a liberdade para fumar e sonhávamos com o dia em que poderíamos assumir todas as poses de fumantes, mas fumando de verdade. (...) Um dia, decidi que não ia esperar crescer para ficar adulto. Roubei um cigarro da minha mãe, peguei fósforos e fui para o fundo do quintal. Bati com a ponta do cigarro na caixa de fósforos. Acendi o cigarro. Traguei. Me sentia um ator de cinema (naquele tempo se fumava muito nos filmes), um Tyrone Power depois de acender o da moça, um Humphrey Bogart depois da briga. Mas a pose não durou muito. Foi interrompida por um acesso de tosse. Era horrível, encher a boca de fumaça daquele jeito. Nunca mais botei um cigarro na boca. Nem de chocolate.Mas sei não. Às vezes, penso que faltou uma cigarreira na minha vida.
VERISSIMO, Luis Fernando. Disponível em: https://gauchazh.clicrbs.com.br/colunistas/luis-fernando-verissimo/noticia/2017/06/cigarreira-9811333.html
O autor utiliza marcas linguísticas que dão ao texto um caráter informal. Uma dessas marcas é identificada em:
A “[...] não lembro mais em que século”
B “Antes de comê-los, ‘fumávamos’ os cigarros [...]”.
C “Acendi o cigarro. Traguei.”
D “Mas sei não.”.
E “Um dia, decidi que não ia esperar crescer para ficar adulto.”
QUESTÃO 29
ARMANDINHO. Disponível em: https://linguadinamica.wordpress.com/2017/08/03/
Nessa tirinha, o recurso que colabora para o efeito de humor está indicado pelo(a)
A emprego da polissemia, que gera a resposta inesperada da criança.
B uso de pergunta retórica, que é respondida de forma inadequada.
C uso do gerúndio em “esperando”, que reforça a ideia de um tempo longo de espera.
D o pronome de tratamento “senhor” dirigido a uma criança.
E E a personificação de “paciência” associada ao verbo “ir”, no último quadrinho.
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QUESTÃO 30
MACEDO, André. Disponível em: https://richardjakubaszko.blogspot.com/2013/06
Pelas características da linguagem visual e pelas escolhas vocabulares, pode-se entender que o texto possibilita a reflexão sobre uma problemática contemporânea ao
A criticar o sistema de cotas, que intensifica a competição em todos os ambientes.
B ironizar a problemática da superpopulação mundial, através de medidas de controle surpreendentes.
C expor a questão da religiosidade como necessária para o momento de crise global.
D restringir os problemas de filas intermináveis, em que as pessoas aguardam por atendimento até a morte.
E refletir sobre as diferenças sociais que acontecem mesmo com mortos, como heranças, por exemplo.
QUESTÃO 31
Para mim – e não é a primeira vez que digo isso –, julina é mais uma criação artificial, cerebrina, do que um rebento natural na grande árvore da nossa língua: com tanto horror a formas supérfluas, não iria criar um adjetivo específico para cada mês. Atribuir a junina o sentido restrito de “ocorrida em junho” seria tão absurdo quanto imaginar que, na escola, as sabatinas eram sempre aplicadas no sábado ou que a roupa domingueira só deveria ser envergada no domingo. Não há absurdo algum na frase “Naquele sábado, o comércio fechou as portas e o pessoal se enfeitou com a fatiota domingueira”, como também não há em “Em agosto, eu vou comemorar meu aniversário com uma festa junina”.
MORENO, Cláudio. Festa de São João realizada em julho deve se chamar “julina”?. Julho de 2019. Disponível em: https://gauchazh.clicrbs.com.br/colunistas/claudio-moreno/noticia/2019/07/festa-de-sao-joao-realizada-em-julho-deve-se-
chamar-julina-cjxxwxamu00l701msz14m6fu8.html
Para ler qualquer trecho como uma unidade que possui um sentido, é preciso que o leitor identifique a ligação entre as palavras e os períodos. Nesse texto, a coesão é construída com a retomada de termo através de pronomes, e pelo uso da elipse. O fragmento do texto em que há coesão por elipse do sujeito é:
A “julina é mais uma criação artificial, cerebrina, do que um rebento natural [...]”
B “[...] as sabatinas eram sempre aplicadas no sábado ou que a roupa domingueira só deveria ser envergada no domingo”.
C “Em agosto, eu vou comemorar meu aniversário com uma festa junina.”
D “Não há absurdo algum na frase [...]”.
E “com tanto horror a formas supérfluas, não iria criar um adjetivo específico para cada mês [...]”.
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“Gente que diz não ter medo não é corajosa, é inconsequente. O piloto do avião que levava a Chapecoense não teve medo”, comparou. E acrescentou, trazendo a abordagem para o universo empresarial, que medo se enfrenta com competência. “Se rezar resolvesse, o carro do papa não seria blindado”, brincou. Cortella criticou, ainda, o perfil de pessoas mornas, que não se empolgam com as coisas e sugeriu que os dias não sejam desperdiçados. “A vida é muito curta para ser pequena. Um dia nós vamos morrer, mas todos os outros dias não”, parafraseou ele, interpretando uma conversa entre os personagens de quadrinhos Snoopy e Charlie Brown.
Disponível em: https://www.jornaldocomercio.com/_conteudo/2016/12/economia/537242-para-cortella-o-
que-importa-e-o-legado-que-se-deixa-na-familia-e-nos-negocios.html (adaptado)
O pensamento do filósofo brasileiro que justifica o título do texto é a de que as pessoas
A precisam pensar em adquirir bens materiais para deixar à família e aos negócios.
B devem enfrentar seus medos com fé e de forma empolgada, aproveitando as oportunidades.
C depositam todo seu legado na fé, de forma equivocada, exemplificada na figura papal.
D se equivocam ao viver a vida pensando apenas em seu legado, sem viver o dia presente.
E devem se preocupar com aquilo que elas deixarão como herança depois que morrerem.
QUESTÃO 34
Escrevo neste instante com algum prévio pudor por vos estar invadindo com tal narrativa tão exterior e explícita. De onde no entanto até sangue arfante de tão vivo de vida poderá quem sabe escorrer e logo se coagular em cubos de geléia trêmula. Será essa história um dia meu coágulo? Que sei eu. Se há veracidade nela – é claro que a história é verdadeira embora inventada – que cada um a reconheça em si mesmo porque todos nós somos um e quem não tem pobreza de dinheiro tem pobreza de espírito ou saudade por lhe faltar coisa mais preciosa que ouro – existe a quem falte o delicado essencial. Como é que sei tudo o que vai se seguir e que ainda o desconheço, já que nunca o vivi? É que numa rua do Rio de Janeiro peguei no ar de relance o sentimento de perdição no rosto de uma moça nordestina. Sem falar que eu em menino me criei no Nordeste. Também sei das coisas por estar vivendo. Quem vive sabe, mesmo sem saber que sabe. Assim é que os senhores sabem mais do que imaginam e estão fingindo de sonsos. Proponho-me a que não seja complexo o que escreverei, embora obrigado a usar palavras que vos sustentam. A história – determino com falso livre-arbítrio – vai ter uns sete personagens e eu sou um dos mais importantes deles, é claro. Eu, Rodrigo S. M. Relato antigo, este, pois não quero ser mordenoso e inventar modismos à guisa de originalidade. Assim é que experimentarei contra os meus hábitos uma história com começo, meio e “gran finale” seguido de silêncio e de chuva caindo.
LISPECTOR, Clarice. A Hora da Estrela: edição com manuscritos e ensaios inéditos. Rio de Janeiro: Rocco, 2017. p. 48
QUESTÃO 32
Capítulo IV - A Idéia Fixa
A minha idéia, depois de tantas cabriolas, constituíra-se idéia fixa. Deus te livre, leitor, de uma idéia fixa; antes um argueiro, antes uma trave no olho. Vê o Cavour; foi a idéia fixa da unidade italiana que o matou. Verdade é que Bismarck não morreu; mas cumpre advertir que a natureza é uma grande caprichosa e a história uma eterna loureira. Por exemplo, Suetônio deu-nos um Cláudio, que era um simplório, — ou “uma abóbora” como lhe chamou Sêneca, e um Tito, que mereceu ser as delícias de Roma. Veio modernamente um professor e achou meio de demonstrar que dos dois césares, o delicioso, o verdadeiro delicioso, foi o “abóbora” de Sêneca. E tu, madama Lucrécia, flor dos Bórgias, se um poeta te pintou como a Messalina católica, apareceu um Gregorovius incrédulo que te apagou muito essa qualidade, e, se não vieste a lírio, também não ficaste pântano. Eu deixo-me estar entre o poeta e o sábio.(...)
ASSIS, M. Memórias póstumas de Brás Cubas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1992 (fragmento).
O capítulo apresenta o instante seguinte em que Brás Cubas apresenta o motivo de sua morte: a pneumonia advinda da ideia fixa de criar um emplasto.
Nesse contexto, a sequência de nomes históricos serve como
A a necessidade que o narrador possui em mostrar sua erudição clássicas.
B fruição de escrita, já que o “defunto autor” não tem preocupações com o tempo e com o leitor.
C exibição do poder aquisitivo pelo uso do capital simbólico histórico e cultural.
D comparações com ideias fixas de nomes ilustres que também foram fracassadas.
E argumento de que ideias fixas, como a do emplasto, são valiosas e persistem ao longo do tempo.
QUESTÃO 33
Para Cortella, o que importa é o legado que se deixa na família e nos negócios
Professor e filósofo participou de evento da Amcham, no Centro de Eventos do Plaza São Rafael
Durante palestra, o professor e filósofo Mario Sergio Cortella disse que na vida o importante é a obra construída, seja na família, entre amigos ou nos negócios. O resto morre com o corpo. “Não confunda uma pessoa importante com famosa. Há pessoas importantes que não são famosas. E há as famosas que não têm importância nenhuma”, afirmou. Cortella já publicou 30 títulos, e um deles leva o nome da palestra, Qual a sua obra?. O livro questiona o que o leitor quer ser: reconhecido, ético, humilde, líder, ganancioso, íntegro ou algum outro adjetivo. Cortella discorreu sobre a questão no evento e citou o medo como um fator determinante para os resultados.
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Quer dizer: o morador da periferia anda no transporte
público porque precisa andar neles e ponto. Fim. Acabou.
É verdade que o transporte coletivo daqui é muito ruim. Mas,
voltando à segurança pública, uma força-tarefa da Polícia Civil
fez o número de assaltos recuar 81% nos ônibus entre 2016 e
2019. E não dá para negar que a violência está por tudo: furtos
e roubos de veículos, assaltos a carros entrando em casa,
ataques a motoristas de aplicativos, agressões a taxistas, tudo
isso ocorre com triste frequência.
GERMANO, Paulo. Disponível em: https://gauchazh.clicrbs.com.br/colunistas/paulo-germano/noticia/2019/10/david-coimbra-
esta-errado-abrir-mais-espaco-para-onibus-e-fundamental-em-porto-alegre-ck23yipjr093b01r2m8k314bl.html
Muitas vezes, aparecem na mídia científicos ou opinativos que
divergem sobre um mesmo tema. Ao comparar os dois textos,
constata-se que o Texto II opõe-se ao I quando
A afirma que pesquisas são mais relevantes do que experiências pessoais.
B demonstra que as vias exclusivas para transportes públicos combaterão a violência.
C amplia a discussão, mostrando a diferença do tema para diferentes classes sociais.
D realça a criminalidade urbana para outras pessoas além dos idosos.
E comprova que os argumentos estavam equivocados.
QUESTÃO 36
Não se pensa aqui sobre o fim do livro impresso. Isso
não passaria de mais um capítulo da história apocalíptica que
a indústria da informática vem elaborando nos últimos anos.
Narrativa messiânica, impõe um falso confronto entre fim e
começo, estabelecendo polaridades entre as culturas impressa
e digital que se valem de antinomias inexistentes. (...)
Mas não se fala de um mundo da leitura sem pressupor
uma leitura de mundo, e é inegável que o livro impresso seja
ainda a referência central do universo da leitura on line e, por
conseguinte, da forma como se estrutura essa leitura de mundo.
Tão estável e tão paradigmático é o livro impresso que não se
conseguiu inventar um vocabulário próprio para as práticas de
leitura e escrita on line. Senão, vejamos... As telas de qualquer site dispõem páginas, critérios biblioteconômicos de organização do conteúdo regem os diretórios, como o Yahoo, e a armazenagem de dados é feita de acordo com padrões arquivísticos de documentos impressos, seguindo à risca o modelo de “pastas e
gavetas”.
BEIGUELMAN, Giselle. O livro depois do livro. São Paulo:
Peirópolis, 2003.
O percurso estético de Clarice Lispector ficou marcado pela criação de uma voz narrativa singular, que desencadeou na derradeira obra A Hora da Estrela, de 1977, ano de morte da autora. No fragmento, essa singularidade pode ser notada porque o narrador
A observa sob um ponto de vista neutro os acontecimentos que narra, distante e indiferente.
B confessa que a história será tratada como verdadeira, apesar de sua invenção e arbitrariedade na escolha das personagens.
C revela-se um sujeito que, além de tratar de questões filosóficas e identitárias, também se preocupa com a construção da narrativa.
D admite que não tem a história planejada, e não sabe quais os caminhos que a ela seguirá
E propõe-se a refletir sobre dilemas metafísicos, incomuns na produção literária brasileira.
QUESTÃO 35
Texto I
Dona Diva, a minha mãe, quando sai para ir ao supermercado, por exemplo, veste uma roupa surrada, que não chame a atenção, tira o relógio e os brincos, e deixa o celular em casa. Ela sabe que senhoras sozinhas são alvos preferenciais dos bandidos. O melhor, na verdade, é caminhar o mínimo possível pelas ruas. O ruim é que as lotações e os ônibus também estão infestados de assaltantes. Não faz muito, minha madrinha, a Sônia, estava em um lotação quando um homem anunciou o assalto e foi de passageiro em passageiro recolhendo carteiras e celulares. Em Porto Alegre, as pessoas não andam de carro por egoísmo, por comodidade, nem por serem elitistas. Elas andam de carro PORQUE PRECISAM. Porto Alegre não tem metrô. Em Porto Alegre, as pessoas são assaltadas na rua, em ônibus ou em lotações. Por isso, as pessoas se submetem a pagar caro por estacionamentos ou a chamar carros de aplicativos. As pessoas não vão trocar seus carros por ônibus ou lotação, mesmo que os engarrafamentos aumentem. Porque as pessoas TÊM MEDO de andar de ônibus ou de lotação. O aumento dos engarrafamentos só vai aumentar o sofrimento do porto-alegrense.
COIMBRA, David. Fonte: Disponível em: https://gauchazh.clicrbs.com.br/colunistas/david-coimbra/noticia/2019/10/
as-pessoas-nao-vao-trocar-o-carro-por-onibus-ck22jiz2y08or01n3q80ahbxi.html
Texto II
Bem, esse é o ponto de vista de quem tem escolha.
É o ponto de vista de quem poderia, de fato, optar se anda de
carro ou de ônibus. Em geral, são pessoas como eu, que moram
em regiões mais centrais da cidade. Talvez, com algum esforço,
eu até conseguisse parcelar um carrinho, só que o gasto com
gasolina seria tanto (quanto mais longe a minha casa, maior é
o gasto) que, no fim das contas, a única opção seria mesmo o
ônibus.
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Ao refletir sobre as tecnologias da contemporaneidade e o livro impresso, a autora comprova que as novas tecnologias estão associadas à escrita tradicional por
A se desenvolverem de forma paralela até que o virtual se sobreponha.
B estabilizar de forma paradigmática as leituras de forma impressa.
C evoluir nas leituras de mundo dos usuários, que conseguem ter mais informações acerca do universo.
D oferecer vantagens nos modos de leitura virtual, como a velocidade e o dinamismo.
E se constituir com nomenclaturas análogas para facilitar a compreensão do usuário.
QUESTÃO 37
Disponível em: https://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/sesc-amazonia-das-artes-promove-intervencao-urbana-em-manaus.ghtml
A contemporaneidade identificada na performance/instalação do SESC Amazônia ocorre principalmente na forma como
A interage com o ambiente urbano, ocupando espaços ociosos.
B utiliza do plástico para trazer a reflexão da ameaça à vida dos animais.
C critica de maneira artística o cotidiano dos usuários de transporte público.
D ressignifica espaços para mostrar jovens vítimas de acidente.
E camufla no ambiente urbano pessoas de diferentes idades e etnias.
QUESTÃO 38
WATTERSON, Bill. O Melhor de Calvin. Disponível em: http://escreverbem.com.br/invista-em-leitura/
Quando o ser humano se move linguisticamente, há sempre um motivo que o faz estabelecer uma comunicação, criando, assim, uma situação interlocutiva. Nessas situações, predominam usos de funções de linguagem específicas. Nesse texto, a função predominante se caracteriza por
A buscar convencer o leitor acerca da necessidade de escolher bons livros.
B enfatizar a subjetividade do autor, projetada na figura principal, o menino Calvin.
C apontar para o interlocuções distantes na atualidade entre o leitor e o livro, devido à virtualidade.
D buscar um exercício de reflexão de que a leitura pode ampliar o pensamento e provocar autocríticas.
E retratar as etapas do processo de leitura, que envolve o ato de escolher um livro até pensar sobre ele posteriormente.
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opondo-se a visões preconcebidas e generalizantes.QUESTÃO 39
O poema de Oswald de Andrade constrói, através da concisão da linguagem, a divisão da vida em quatro partes. Quanto à representação do percurso, os desenhos em torno dos versos constituem
A complemento do poema, através de símbolos que contrastam ou se aproximam das fases.
A interpretações distintas do senso comum, expressos nos versos.
A o olhar da infância para as quatro fases, pois os desenhos são típicos de criança.
A intervenções sem sentidos, dispostas aleatoriamente.
A espécie de poesia concreta, em que os símbolos expressam tanto quanto os versos.
QUESTÃO 40
Na verdade, quando os ibéricos aqui chegaram, encontraram um grande número de diferentes povos, cada um com sua própria história, linguagem, descobrimentos e também produtos culturais, memória e identidade. São conhecidos os nomes dos mais desenvolvidos e sofisticados deles: astecas, maias, chimis, aimarás, incas, chibchas. Trezentos anos mais tarde todos eles estavam reunidos em uma só identidade: índios. Esta nova identidade era racial, colonial e negativa. Assim também sucedeu com as pessoas trazidas forçadamente da África como escravas: axântis, yorubas, zulus, congos, bacongos, etc. No lapso de trezentos anos, todos eles não eram nada a não ser negros.
Adaptado de: QUIJANO, Aníbal. Colonialidad del poder, eurocentrismo y América Latina. 2000.
Considerando-se as informações abordadas no texto, ao iniciá-lo com a expressão “Na verdade”, o autor tem como objetivo principal
A expor as diferenças que os povos sofreram em suas gerações de trezentos anos devido à escravidão.
B trazer uma abordagem inédita sobre o Brasil Colônia, afirmando que o racismo era mais forte e negativo no passado do que agora.
C mostrar que os povos indígenas e negros são mais diversos e evoluídos do que o povo brasileiro, que possui apenas uma grande raça.
D explorar a dicotomia entre o antigo e o atual como uma maneira de defender a evolução desses povos.
E trabalhar informações pouco divulgadas a respeito da origem indígena e negra, defendendo tais povos como civilizações,
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QUESTÃO 41
DAHMER, André. Malvados. Disponível em: https://catracalivre.com.br/educacao
A tirinha mostra a postura assumida por seu criador frente ao uso social da tecnologia para fins de relacionamento e interação. Tal posicionamento é expresso por meio de uma atitude A crítica, expressa pelas ironias.
B inconformada, expressa pelas frases de efeito.
C inclusiva, expressa pelos personagens idosos.
D elogiosa, expressa pelas informações virtuais.
E confusa, expressa pela interrupção do pensamento.
QUESTÃO 42
Na loja
Uma senhora entra em um loja de utensílios de cozinha e procura o atendente:–Boa tarde, moço! Eu quero uma talba, por gentileza.O vendedor, de maneira simpática, pergunta:– Talba ou tábua?E a senhora responde:– Tanto faz, desde que seja de madeira.
Na piada, a quebra de expectativa contribui para produzir o efeito de humor. Esse efeito ocorre porque um dos personagens
A é simpático e provocativo ao mesmo tempo.
B tem dúvida sobre a pronúncia do objeto.
C desconsidera o conteúdo linguístico da pergunta.
D constata a necessidade de que o objeto seja de madeira.
E apresenta duas possibilidades de sentido para a mesma palavra.
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QUESTÃO 43
SSP lança campanha contra o feminicídio
A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal lança a campanha #MetaaColher. O projeto busca expor o papel de responsabilidade de cada cidadão como engrenagem importante na cruzada contra o Feminicídio.
Disponível em: https://www.pcdf.df.gov.br/noticias/8645
Analisando-se as informações verbais e a imagem que destaca uma colher, compreende-se que a campanha
A solicita a todos que combatem o feminicídio de uma forma não-violenta.
B convida a sociedade a refletir sobre valores enraizados em ditados que podem colaborar com o feminicídio.
C emprega a expressão no sentido denotativo, mostrando que as mulheres podem se defender com o uso de utensílios domésticos.
D associa a colher com o órgão sexual masculino, mostrando que a ameaça pode estar em situações aparentemente inofensivas.
E se dirige às mulheres vítimas de violência doméstica, alertando-as a respeito dos feminicídios em ambientes domésticos.
QUESTÃO 44
Cyberbullying: o que é?
O bullying é uma forma de agressão física, verbal e psicológica que se mostra sistemática e contínua, fazendo com que um
indivíduo ou um grupo ataque sistematicamente uma vítima com base em sua aparência ou no seu comportamento, que em geral
não está enquadrado no padrão de normalidade estabelecido pelo grupo social. O cyberbullying, por sua vez, é a extensão da prática
do bullying do ambiente físico para o plano virtual.
Enquanto o bullying entre adolescentes é largamente praticado no ambiente escolar, o cyberbullying ultrapassa qualquer
fronteira física, tirando da vítima qualquer possibilidade de escapar dos ataques, que acontecem o tempo todo por meio, principalmente,
das redes sociais e dos aplicativos de mensagens. Os agressores geralmente usam de perfis falsos (fakes), acreditando estarem
totalmente protegidos quanto à sua identidade real, ou simplesmente se manifestam pelo meio virtual por não ter que encarar a sua
vítima pessoalmente.
Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/cyberbullying.htm. Acesso em: 13 jan 2020
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Segundo o texto, com as tecnologias de informação e comunicação, a prática do bullying se transforma, potencializando-se por alguns fatores, entre eles,
A atingir adultos em geral e não só adolescentes.
B impossibilitar a vítima de se defender dos ataques.
C dificultar a ação dos meios legais.
D possibilitar a participação de comunidades nos ataques.
E criar ambientes hostis de forma intermitente.
QUESTÃO 45
IBGE - PNAD Contínua 2017. Disponível em: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/21256-mais-de-25-milhoes-de-jovens-nao-estudavam-em-2017
Infográficos são recursos bastante utilizados para sintetizar informações, expondo dados estatísticos por meio de linguagem verbal e não verbal. No texto, o uso desse recurso
A mostra que é exatamente igual o número absoluto de homens e mulheres que já concluíram o nível de estudo que desejavam.
B revela a semelhança nos hábitos dos jovens, independentemente do gênero.
C indica que a falta de ensino se deve majoritariamente à necessidade de trabalho.
D há uma tendência de crescimento de jovens que estudam por conta.
E revela que afazeres domésticos permanecem muito associados à figura feminina.
Instruções de Envio:
1. A sua redação deve ser escrita à mão, assim como no ENEM. Não serão aceitas redações digitadas.
2. A redação deve ser enviada como uma imagem da folha com a redação. 3. Para enviar a redação é só clicar em "Enviar a prova", no fim desta página, escolher a imagem
da redação, avançar e finalizar o envio.
Dica: Você pode enviar uma foto do seu celular para o computador utilizando o WhatsApp Web.
Tragédias ambientais: acaso, falta de fiscalização do Estado ou ganância?
TEXTO I
Incêndios na Austrália: tragédia incontrolável
A combinação de secas e ondas de calor recordes, efeitos das mudanças climáticas, foram o combustível que faltava para queimadas sem precedentes no país
07/01/2020
Os incêndios florestais acontecem todos os anos, em todo o país – diferente do que acontece na Amazônia, o fogo faz parte da ecologia da Austrália. Mas o que têm tornado a situação deste ano tão catastrófica é a combinação de secas e calor recordes que, segundo pesquisadores, é um dos efeitos previstos das mudanças climáticas. E as notícias não são boas: as projeções mostram que esta pode ser a temporada de fogo mais longa já registrada pelo país.
O fogo na Austrália não é “causado” pelas mudanças climáticas, mas as mudanças climáticas estão tornando esses eventos cada vez mais extremos e mortais. Estudos já apontavam que os incêndios florestais no país durariam mais, seriam mais severos e imprevisíveis, à medida que o planeta aquece. Isso se tornou uma realidade.
Muitas das áreas afetadas pelas queimadas, que começaram por volta de setembro, registraram um total de chuvas 50% abaixo da média, de janeiro a agosto de 2019.
A poluição do ar nas cidades de Sydney e Brisbane têm sido classificadas com frequência como as mais prejudiciais do mundo, causando graves problemas respiratórios para jovens, idosos e pessoas com condições pré-existentes, como asma. Por isso, e pelo risco de ter a casa queimada, muitas pessoas estão sendo evacuadas de seus lares.
Disponível em: https://www.greenpeace.org/brasil/blog/incendios-na-australia-tragedia-incontrolavel/
TEXTO II
TEXTO III
Vazamento de óleo em praias do Nordeste ainda é mistério para autoridades
A investigação, conduzida pela Polícia Federal e pela Diretoria Geral de Navegação da Marinha, ainda está em andamento
20/02/2020
Seis meses depois do aparecimento das primeiras manchas de óleo na Região Nordeste, a Marinha segue sem respostas sobre a possível origem do material que apareceu nos litoral brasileiro em setembro do ano passado. O último balanço feito pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) revela que 1.009 localidades, de 11 estados, foram afetadas. Além disso, aproximadamente 5,3 mil toneladas de resíduos foram recolhidas. A investigação, conduzida pela Polícia Federal e pela Diretoria Geral de Navegação da Marinha, ainda está em andamento.
Para o coordenador e fundador do Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis) da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Humberto Barbosa, a probabilidade de ficar sem uma resposta sobre a origem do óleo é alta. “À medida que o tempo passa, é muito difícil fazer uma progressão retroativa para apontar uma possível causa. Nossa expectativa é que, com mudanças nos ventos e nas correntes marítimas, dê para identificar alguma mudança que possa nos ajudar a traçar uma linha diferente para achar essa origem”, avalia.
Segundo o professor da UFAL, as condições climáticas desde o final de novembro mudaram e facilitaram a dispersão do óleo que chegava à costa. “A partir de abril, poderemos ver outra alterações. As correntes podem estar favoráveis e podem trazer alguns resquícios do óleo para as praias. Ou ainda parte dos resíduos que está no fundo do mar pode ganhar flutuabilidade, e os ventos podem trazer para a costa”.
O Correio questionou a PF, que informou, em nota, que “como as investigações continuam em andamento, a PF não irá se pronunciar sobre o tema”. Em novembro do ano passado, um petroleiro
de bandeira grega, o Bouboulina, foi apontado pela autoridades como suspeita de ter derramado óleo próximo ao litoral nordestino. Na época, a PF informou que a parte da localização da mancha inicial, cujo derramamento teria sido no final de julho, foi possível identificar um navio que passou pela área suspeita.
Já a Marinha, apesar de ainda não saber qual é a origem do óleo, continua com a Operação Amazônia Azul na costa brasileira. Nesta quarta-feira (19/2), a terceira fase da operação foi encerrada no Rio de Janeiro.
Para buscar uma resposta, na última terça-feira a CPI sobre o Derramamento de Óleo no Nordeste, da Câmara dos Deputados, retomou os trabalhos. De acordo com o deputado federal João Campos (PSB-PE), relator da comissão, o grupo começou a receber os primeiros documentos sigilosos na volta do recesso. O prazo para envio da documentação deve se encerrar em cerca de 10 dias.
“A gente não teve acesso aos documentos oficiais, como os ofícios de instalação do Plano Nacional de Contingência, e as ações das autoridades responsáveis. Só teremos uma confirmação quando tivermos acesso a documentos oficiais, para ver o que foi feito ou não, se foi fora de prazo ou não. Antes de toda a documentação oficial, a gente não pode fazer suposição”, afirmou.
Disponível em: https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/brasil/2020/02/20/interna-brasil,829204/vazamento-de-oleo-em-praias-do-
nordeste-ainda-e-misterio-para-autorida.shtml
PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Tragédias ambientais: acaso, falta de fiscalização do Estado ou ganância?”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
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QUESTÃO 46
Fonte: Coordenação-Geral de Gestão da Informação – CGINF/DPI/SFPP/MINFRA.
O mapa acima representa as rodovias federais existentes no território brasileiro. Nesse sentido, uma notável intensificação do sistema rodoviário nas proximidades do litoral se dá por conta:
A da dificuldade de se construir rodovias no interior do país.
B da impossibilidade de se transitar em áreas de cultivo da agricultura.
C do grande fluxo de pessoas migrantes entre as regiões nordeste e sudeste.
D da delimitação de áreas de proteção ambiental e reservas indígenas.
E do povoamento brasileiro, desde a época da colonização, ter priorizado o litoral de modo que se facilitasse a exportação.
QUESTÃO 47
“As dinâmicas econômicas recentes têm desafiado as cidades a absorver esse crescimento, melhorando suas condições de urbanização de modo a sustentá-lo do ponto de vista territorial. Os desafios não são poucos, já que não se trata apenas de expandir a infraestrutura das cidades para absorver um crescimento futuro, uma vez que a base - financeira, política e de gestão - sobre a qual se constituiu o processo de urbanização consolidou um modelo marcado por disparidades socioespaciais, ineficiência e grande degradação ambiental.”
Fonte: Raquel Rolnik; Jeroen Klink. Crescimento econômico e desenvolvimento urbano: por que nossas cidades continuam tão precárias? 2011.Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-33002011000100006
Assinale a alternativa que apresenta correta relação com a realidade do Brasil em seu recente crescimento urbano:
A a dinâmica de crescimento dos centros urbanos brasileiros tem consolidado uma série de fragilidades, principalmente em suas comunidades periféricas, ausentes de serviços básicos.
B centros urbanos brasileiros tendem a apresentar uma dinâmica de crescimento horizontal, oferecendo serviços adequados, mesmo distante de suas áreas centrais.
C observa-se, no Brasil, um crescimento urbano ordenado, seguindo diretrizes de uso do solo previstas em legislação.
D dispositivos legais que reivindicam aporte social para todos os setores das cidades vêm sendo suficientemente utilizados na realidade brasileira.
E a dinâmica de crescimento urbano do Brasil tende a manter os trabalhadores em habitações próximas a seus lugares de trabalho.
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QUESTÃO 50Finalmente, que como Deus tenha de muito longe esta terra dedicada à cristandade [...] parece manifesto querer entretê-los na terra com esta riqueza do mar até chegarem a descobrir aquelas grandes minas que a mesma terra promete, para que assim desta maneira tragam ainda toda aquela cega e bárbara gente que habita nestas partes, ao conhecimento da nossa Santa Fé Católica, que será descobrir-lhe outras maiores no céu, o qual nosso Senhor permita que assim seja pela glória sua e salvação de tantas almas.
GÂNDAVO, P. de M.. Tratado da Terra do Brasil: história da província Santa Cruz, a que vul-garmente chamamos Brasil. Brasília: Senado Federal, Conselho Editorial, 2008.(adaptado)
O relato de Pero Magalhães Gândavo revela determinados aspectos do projeto colonizador para a nova terra. Considerando o trecho, o relato sublinha a seguinte finalidade:
A promover a catequese sobre as populações autóctones
B compreender a cultura local para consolidar a conquista da nova terra
C cooperar com os povos nativos para acessar as minas de metais preciosos
D enfatizar a pobreza material dos nativos e afirmar a superioridade europeia
E criticar a cultura local para transformar os povos nativos em escravos
QUESTÃO 51O povo mexicano se perdeu
O choro se espalha, as lágrimas escorrem por lá em Tlatelolco.Os mexicanos deixados pela água;assemelham-se a mulheres; a fuga é geralPara onde vamos, oh amigos! Então era verdade?Eles já saem da Cidade do Méxicoa fumaça está subindo; o nevoeiro está se espalhando ...Chore, meus amigos,entenda que com esses fatosPerdemos a nação mexicana.A água azedou, a comida é escassa!Isto é o que fez o criador da vida em TlatelolcoSem recato são levados Moteluihtzin e TlacotzinCom cantos se animavam uns e outros em Acachinanco,ah, quando foram a ser postos à prova lá em Coyoacán...!
PORTILLA, M. L. Visión de los vencidos. México DF: UNAM, 2008 (adaptado).
O texto constitui um registro asteca, cujo sentido está associado aos(às)
A danos ao meio ambiente causados pela guerra de conquista
B traumas e profundas feridas da conquista sobre os vencidos
C práticas de extermínio perpetradas pelos conquistadores espanhóis
D políticas de destruição do legado histórico-cultural dos povos nativos
E efeitos da migração forçada causada pela conquista dos colonizadores
QUESTÃO 48
Reconhecida como uma das cidades mais belas do mundo, o Rio de Janeiro encontra na relação entre homem e natureza a âncora para o seu título de primeira paisagem cultural urbana declarada Patrimônio Mundial, conferido de forma inédita pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO). Anteriormente, os sítios reconhecidos nessa tipologia eram relacionados a áreas rurais, sistemas agrícolas tradicionais, jardins históricos e outros locais de cunho simbólico.
Disponível em: <https://bit.ly/3avkRod> Acesso em: 07 de jan. 2020
O reconhecimento da cidade do Rio de Janeiro como Patrimônio Mundial encontra-se relacionado com a(o)
A histórica efervescência artística e cultural
B elevado número de turistas recebidos
C legado arquitetônico da região central
D pluralidade cultural presente em áreas periféricas
E articulação entre paisagens naturais e urbanas
QUESTÃO 49
“A partir do momento em que desejava dedicar-me exclusivamente à pesquisa da verdade, pensei que deveria rejeitar como absolutamente falso tudo aquilo em que pudesse supor a menor dúvida, com a intenção de verificar se, depois disso, não restaria algo em minha educação que fosse inteiramente indubitável. Logo em seguida, porém, percebi que, enquanto eu queria pensar assim que tudo era falso, convinha necessariamente que eu, que pensava, fosse alguma coisa. Ao notar que esta verdade penso, logo existo, era tão sólida e tão correta (...), julguei que podia acatá-la sem escrúpulo como o primeiro princípio da filosofia que eu procurava.”
DESCARTES, R. O discurso do método. Porto Alegre, RS: L&PM, 2005 (adaptado). O filósofo racionalista René Descartes (1596-1650), ao prospectar métodos de averiguação da verdade, propunha uma interpretação do conhecimento que levasse em conta:
A A aceitação fiel dos padrões intelectuais na produção do conhecimento oriental.
B A dúvida hiperbólica, que não permitia o acato cego às ideias de antigas tradições.
C Uma leitura de textos mais famosos, entre eles A República, de Platão.
D O extermínio de toda e qualquer validação filosófica já construída.
E A percepção do pensamento agostiniano, que jamais deveria ser questionado.
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QUESTÃO 52
Fonte: Brasil Escola.
A partir do gráfico apresentado, assinale a alternativa que apresenta correta relação entre fase da transição demográfica e sua respectiva causa ou consequência:
A A desaceleração demográfica da Fase 3 pode ter sido causada por uma diminuição no tamanho absoluto da população.
B Um eventual crescimento na taxa de natalidade durante a Fase 2 resultaria em um crescimento vegetativo ainda mais acentuado.
C A situação existente na Fase 1 apresenta-se como típica de países desenvolvidos.
D A Fase 4 representa a situação com menor população absoluta.
E A Fase 2, com maior crescimento vegetativo, indica também a maior expectativa de vida da população.
QUESTÃO 53
Do lado republicano, a solidariedade internacionalista para com o governo legal de Frente Popular manifestou-se pela criação, em quase todo o mundo, do “comitês de ajuda à Espanha republicana”, em especial pelo afluxo de voluntários estrangeiros, vários milhares deles, que se agrupariam nas “Brigadas Internacionais”. O Brasil também se fez presente, embora modestamente, nesse movimento internacional de solidariedade
ALMEIDA, P. R. Dimensões internacionais da guerra civil espanhola (1936-1939). Disponível em: <https://bit.ly/2ZZ9NuR> Acesso em: 07 de jan. 2020
A Guerra Civil Espanhola manifestou os conflitos que se desenvolviam no continente europeu durante os anos 1930. A mobilização internacional e a constituição das “Brigadas Internacionais” estão relacionados com a(o)
A crítica ao envolvimento soviético
B luta contra a ascensão do fascismo
C contrariedade ao regime monárquico
D suporte aos governos trabalhistas
E disseminação da ideologia anarquista
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A concepção de Maquiavel acerca da natureza humana, converge para o pensamento de Hobbes na medida em que:
A Ambos compreendem que a natureza do seres humanos é voltada ao altruísmo.
B Os dois filósofos compreendem suas teorias aplicadas à filosofia política, sendo que isso não diz respeito a outras esferas da vida humana.
C A realização do “bem” não é natural, mas o pensamento egoísta e o desejo de causar a desordem em detrimento próprio.
D Hobbes defende a noção de que todos os homens devem ser maus, assim como Maquiavel.
E Se não existisse a política, a vida em sociedade seria mais fácil.
QUESTÃO 56
A consolidação da república liberal-oligárquica foi completada com a sucessão de Prudente por outro paulista, Campos Sales (1898-1902). Campos Sales concebeu um arranjo conhecido como política dos governadores. Por meio de uma alteração artificiosa do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, assegurou-se que a representação parlamentar de cada estado corresponderia ao grupo regional dominante. O propósito da política dos governadores, só em parte alcançado, foi o de eliminar as disputados faccionais nos estados e, ao mesmo tempo, reforçar o Poder Executivo, considerado por Campos Sales como o “poder por excelência”.
FAUSTO, B. História Concisa do Brasil. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2015 (adaptado).
O texto descreve a implementação da chamada Política dos Governadores. Esse acordo, além de fundamentar a política brasileira durante a Primeira República, fortaleceu o(a)
A poder do Exército, enquanto garantidor da ordem democrática
B governo federal, limitando o poder local dos chamados coronéis
C hegemonia das oligarquias regionais no arranjo federativo nacional
D figura dos interventores estaduais, nomeados para reduzir os conflitos locais
E papel de mediador do Poder Executivo nas disputas intra-oligárquicas
QUESTÃO 54
“O Brasil é o maior exportador de alimentos do mundo. E para tornarmos os nossos produtos ainda mais competitivos no mercado externo, precisamos de um sistema de transportes totalmente integrado, que conecte nossas rodovias com as ferrovias, hidrovias, portos e aeroportos. Esse modelo é essencial para o escoamento dos produtos e, consequentemente, para a geração de emprego e renda, e para o desenvolvimento do nosso país.” Valter Casimiro, Ministro dos Transportes em 2018.
Fonte: Ministério da Infraestrutura. Disponível em: http://transportes.gov.br/ultimas-
-noticias/8196-minist%C3%A9rio-lan%C3%A7a-portal-da-intermodalidade.html
Justifique corretamente a declaração do ex-ministro dos transportes em relação à necessidade da intermodalidade para o escoamento de produção no Brasil.
A Diferenças substanciais nas características entre os diferentes domínios morfoclimáticos do Brasil exigem meios de transporte específicos.
B Por conta de sua dimensão continental, o Brasil necessita que o escoamento produtivo seja o mais rentável possível, de modo que não agregue elevados custos às mercadorias.
C Determinados modais são impossíveis de serem aplicados em algumas regiões do país.
D As distâncias entre áreas produtivas e centros de exportação demandam sempre mais de um tipo de transporte para serem vencidas.
E Mais velocidade em processos dinâmicos envolvendo mais de um modal.
QUESTÃO 55
“A experiência histórica, segundo Maquiavel, diz que a natureza do homem é profundamente egoísta e malvada. Ele tem do homem uma concepção pessimista, semelhante à cristã, mas sem a explicação (o pecado original) e sem o remédio (a redenção pela cruz) que o cristianismo oferece. Então é preciso organizar naturalisticamente e subordinar mecanicamente um complexo de paixões e de egoísmos a um egoísmo maior, o do príncipe e do Estado”.
PADOVANI,H. CASTAGNOLA, L. História da filosofia. São Paulo, SP: Edições Melhora-mentos, 1961.
“O homem é o lobo do homem”.
HOBBES, T. O leviatã. Martin Claret, 2009.
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QUESTÃO 59
“Mandacaru quando fulora na secaÉ o sinal que a chuva chega no sertão”
O Xote das Meninas, de Luiz Gonzaga.
“Mas o lindo prá mim é céu cinzentoCom clarão entoando o seu refrãoPrenúncio que vem trazendo alentoDa chegada das chuvas no sertãoVer a terra rachada amolecendoA terra antes pobre enriquecendoO milho pro céu apontandoO feijão pelo chão enramando”
Festa, de Luiz Gonzaga.
Luiz Gonzaga foi uma das figuras mais importantes da história da cultura popular brasileira, conhecido como “o rei do baião”. As duas letras de música aqui apresentadas narram cenas correspondentes à realidade do domínio morfoclimático:
A da Caatinga, com a presença de vegetação xerófita.
B Amazônico, característico por florestas de folhas largas, facilitando a evapotranspiração.
C de Mata de Araucárias, com vegetação de grande porte.
D dos Mares de Morro, cuja vegetação sobrevive à chegada de umidade relativamente salgada, proveniente do oceano.
E do Cerrado, com vegetação cujas folhas mantêm-se perenes ao longo do ano, apesar das secas.
QUESTÃO 60
As relações de produção são relações de poder econômico sobre a força de trabalho e os meios de produção, de cujo privilégio alguns gozam, enquanto os demais carecem. Em uma sociedade capitalista, as relações de produção incluem o poder econômico que os capitalistas detêm sobre os meios de produção, o poder econômico que os trabalhadores possuem sobre sua própria força de trabalho e a ausência de poder econômico dos trabalhadores sobre os meios de produção [...] A soma total das relações de produção em determinada sociedade constitui sua estrutura econômica, que também é chamada – em relação à superestrutura – de base ou fundação.
COHEN, G. A. Forças produtivas e relações de produção. Crítica Marxista, n.31, 2010 (adaptado).
De acordo com o texto, a estrutura econômica das sociedades capitalistas se caracterizam pela(o)
A controle do proletariado sobre os meios de produção
B condição central do trabalho na produção material
C igualdade de poder econômico entre as classes
D autonomia dos trabalhadores em relação à superestrutura
E caráter simétrico das relações entre capital e trabalho
QUESTÃO 57
Não obstante a massiva propaganda em favor das novas arenas, e todo o conforto material que elas proporcionam, algumas vozes dissonantes fazem-se ouvir, bem como se observam táticas de resistência à adoção do comportamento imposto [...] a resistência ao novo modelo realiza-se também fora do calendário futebolístico. O Comitê Popular da Copa e das Olimpíadas, no Rio de Janeiro, promove intensa campanha contra a privatização e a elitização do Maracanã. “O Maraca é nosso” é entoado nas manifestações, com o sentido de reapropriação popular desse equipamento de uso coletivo que representa um bem simbólico para a identidade do carioca.
MASCARENHAS, G. Um jogo decisivo, mas que não termina. Cidades, vol. 10, n.17, 2013 (adaptado).
O futebol mundial, no geral, e o futebol brasileiro, em particular, tem passado por profundas transformações. Ações contrárias às mudanças no futebol brasileiro, como as descritas no texto, sugerem um processo de
A aceitação popular sobre as novas arenas
B globalização e profissionalização do esporte
C redução da violência em eventos esportivos
D disputa social associada a uma tradição nacional
E aumento da eficiência em termos de gestão
QUESTÃO 58
Observe a imagem abaixo:
Disponível em: <https://bit.ly/2QAR9GA> Acesso em 08 de jan. 2020
A imagem apresenta a evolução de conquistas femininas ao longo do século XX e início do século XXI. Entre essas conquistas, é possível destacar a(o)
A igualdade na realização do trabalho doméstico
B criação de cotas específicas nas universidades
C legislação que torna obrigatória a igualdade salarial
D aprovação de leis que tipificam o crime de feminicídio
E direito de participar dos processos eleitorais
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QUESTÃO 63
O maior problema com o Aladdin de 2019 é que perpetua a tendência de reverter ao Orientalismo mágico. Na verdade, não é animador trocar o racismo explícito pelo exotismo clichê. Para ser justo, Aladdin distingue-se de outros filmes orientalistas com essa tendência, visto que não gira em torno das experiências de um protagonista branco. No entanto, mais uma vez, os personagens com sotaque norte-americano são os “mocinhos”, enquanto aqueles com sotaques não-americanos são em grande parte, mas não inteiramente, “ruins”. E o público hoje será tão pressionado quanto em 1992 para identificar quaisquer culturas distintas do Oriente Médio além daquelas de um “Oriente” super generalizado. Dança do ventre e dança de Bollywood, turbantes e keffiyehs, sotaques iranianos e árabes – todos aparecem no filme de forma intercambiável.
Disponível em: <https://glo.bo/30EsZyb> Acesso em 09 de jan. 2020 (adaptado)
A produção cinematográfica referida no texto favorece a criação de uma imagem sobre o Oriente Médio e seus habitantes. Essa imagem realça e desconsidera, respectivamente, as seguintes características do Oriente Médio:
A as culturas e a paisagem
B a exoticidade e a diversidade
C o ambiente e o racismo
D os costumes e a economia
E a pluralidade e a sociedade
QUESTÃO 64
“Espanhol na Argentina,alemão em Salvador,um francês foi para o Chile,japonês no Equador. O mundo está mobiliadocom madeiras do Brasile há grandes buracosna selva missioneira. Europa não se lembrados barcos que mandouGente ferida pela guerraesta terra a salvou. Se me pedes que volte outra vez aonde nasciPeço que tua empresa saia de meu paísE assim será de igual a igual.”
Leon Gieco, De igual a igual. Tradução livre do espanhol.
QUESTÃO 61O precariado tem relações de produção bem definidas e este tem sido o aspecto mais acentuado pela maioria dos comentadores. Todas estas formas de trabalho “flexível” têm vindo a crescer um pouco por todo o mundo. O que já não é tão visível é que, nesse processo, o precariado se vê obrigado a desempenhar uma proporção elevada e em crescimento de trabalho-para-trabalhar relativamente ao trabalho propriamente dito. Ao contrário do que se passava com o proletariado do século XX, cuja insegurança no emprego podia estar coberta por medidas de proteção social, o precariado encontra-se exposto a uma vida de desconhecidas incógnitas.
STANDING, G. O precariado e a luta de classes. Revista Crítica de Ciências Sociais, n. 103, p.9-24, 2014 (adaptado).
De acordo com o texto, as novas formas de trabalho na atualidade, comparadas à organização do trabalho característica do fordismo, proporcionam a(o)
A democratização das relações laborais
B fortalecimento das organizações sindicais
C renovação dos programas de proteção social
D ampliação das oportunidades de trabalho qualificado
E aprofundamento da insegurança socioeconômica
QUESTÃO 62
Fonte: https://static.todamateria.com.br/upload/te/mp/temposmodernos-cke.jpg
Em Tempos Modernos, Charles Chaplin faz uma crítica a um sistema industrial baseado na montagem através de esteiras, no qual o trabalhador executa tarefas análogas à de uma engrenagem, sendo apenas um detalhe de todo o processo produtivo. Este sistema ficou popularmente conhecido como Fordismo. Com o passar do tempo, muitas foram as mudanças e superações em relação a este sistema, visando a corrigir alguns de seus problemas. Uma das principais características da superação do Fordismo pode ser caracterizada por:
A a busca por matérias-primas diferenciadas.
B a preferência por profissionais mais qualificados, valorizando-os.
C uma agilidade maior dentro da indústria, visando maior produtividade.
D a flexibilização dos estoques, introduzindo a fabricação por demanda.
E a busca por novos consumidores.
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QUESTÃO 66
A Assembleia Geral aprovou em 10 de setembro de 2015 uma resolução para permitir que a bandeira palestina e a do Vaticano (ambos com status de observadores) fossem hasteadas ao lado das dos demais países membros. A resolução foi apoiada por 119 países, com 45 abstenções e oito votos contra, incluindo Austrália, Israel e Estados Unidos. O líder palestino, Mahmud Abbas, afirmou durante a Assembleia Geral da entidade que a Palestina merece a adesão e o reconhecimento pleno como um Estado das Nações Unidas. “A Palestina, que é um Estado observador nas Nações Unidas, merece um reconhecimento pleno e uma adesão plena”, disse.
Disponível em: <https://glo.bo/36cAjT9l> Acesso em: 09 de jan. 2020
O gesto simbólico manifestado pelo hasteamento da bandeira da Palestina significa o(a)
A reconhecimento da independência da Palestina
B reforço do antissemitismo internacional
C paralisação da política de assentamentos judaicos
D apoio internacional às reivindicações palestinas
E redefinição dos limites fronteiriços regionais
QUESTÃO 67
A sociedade política só existe onde os homens concordaram em desistir de seus poderes naturais e erigir uma autoridade comum para decidir disputas e punir ofensores. Isso só pode ser realizado por acordo e consentimento. Liberdade não significa que um homem possa fazer exatamente o que lhe agrada, sem consideração a qualquer lei [...] A essência da liberdade política, na verdade, é que um homem não deverá estar sujeito à vontade inconstante, incerta, desconhecida e arbitrária de outro homem. A lei não é incompatível com a liberdade; ao contrário, é indispensável a ela, pois o objetivo de uma lei não é abolir ou restringir, mas preservar e ampliar a liberdade.
LOCKE, J. Segundo tratado sobre o governo civil. São Paulo: Ed. Vozes, 2014 (adap-tado).
Para John Locke, a importância das leis reside no fato de que elas são indispensáveis à liberdade dos indivíduos. A liberdade política é preservada quando se tem um modelo político marcado pela(o)
A legitimidade divina da autoridade soberana
B preservação da ordem social e da paz interna
C criação de mecanismos de democracia direta
D propósito de assegurar os direitos naturais
E concentração do poder em uma elite esclarecida
O processo de globalização é entendido como uma conexão entre os mais diversos pontos do planeta, possibilitado através de velozes conexões e fluxos de bens, capitais, pessoas e produtos. Contudo, a música citada crítica uma característica específica desta condição. A respeito disso, assinale a alternativa correta.
A uma participação cada vez maior do capital financeiro, estimulado pelo mercado voltado para os investimentos e especulações.
B a liberdade de trânsito sendo muitas vezes concedida mais facilmente às empresas do que às pessoas.
C a regulação e o controle do cotidiano, com nossas informações pessoais sendo utilizadas não necessariamente em nosso favor.
D a não interferência dos estados sobre o mercado internacional.
E a flexibilização e desmonte de fronteiras econômicas, sociais e culturais.
QUESTÃO 65
Observe a imagem abaixo:
Disponível em: <https://bit.ly/2R2ZMc1> Acesso em 10 de jan. 2020
A imagem, publicada pelo Diário de Notícias em 1965, se relaciona com as mudanças no sistema político adotadas durante o regime militar. A imagem revela o processo de
A extinção dos partidos de esquerda
B retorno das siglas partidárias estaduais
C término do sistema pluripartidário
D superação de práticas clientelistas
E fortalecimento do poder Legislativo
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O Panóptico de Bentham, um conhecido modelo arquitetônico de vigilância, exerce a sua proposta especialmente por meio de procedimentos
A espirituais, que impõem aos detentos a percepção de controle divino
B doutrinários, que estabelecem mecanismos de submissão mental
C autoritários, que ocorrem através do emprego de práticas de tortura física
D sutis, que condicionam a visibilidade constante como ferramenta de controle
E rudimentares, que reproduzem métodos disciplinares da Idade Média
QUESTÃO 70
Observe a imagem abaixo:
Disponível em: <https://bit.ly/37YF0ks> Acesso em 13 de jan. 2020
A charge expressa uma crítica aos tempos modernos, em especial ao uso da internet, porque
A contesta a interação social das pessoas em uma sociedade digital
B enfatiza a importância das redes sociais de relacionamento
C valoriza a interatividade virtual proporcionada pelos meios de comunicação
D ilustra o desenvolvimento acelerado das tecnologias da informação
E sinaliza a diversidade de dispositivos eletrônicos resultante da globalização
QUESTÃO 68
Durante a Idade Média a morte era um fenômeno comum, costumeiro, que causava uma dor tolerável, posto que não era uma ruptura entre o aqui e o além e os ritos eram comunais. Nas imediações do século XV há o lento desenvolvimento de um sentimento de individualidade, que questiona a salvação e a imortalidade. Desenvolve-se uma dramaticidade sobre o fato, acentuada nos séculos XVI e XVII. Anuncia-se, então, a morte romântica. Esta é temida pelos sobreviventes, possui um componente insuportável de despedida. A morte transforma-se em acontecimento detestável no século XIX, pois representa uma ruptura no andamento normal da vida. O século XX traz uma transformação revolucionária da morte, que deixa de ser “tudo”, parte constituinte da vida normal e do ciclo pessoal, para se tornar “nada”, ocultada do dia-a-dia, tratada com aparente indiferença.
Tabu da morte. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/csp/v23n9/27.pdf> Acesso em 21 de jan. 2020 (adaptado).
Considerando as diferentes formas com que as sociedades têm lidado com a morte, há o entendimento de que houve um processo de
A apropriação mercadológica de dogmas religiosos
B ressignificação de concepções sociais e culturais
C enfraquecimento global das religiões monoteístas
D valorização do saber científico frente ao eclesiástico
E progresso humano em direção à civilização moderna
QUESTÃO 69
O Panóptico de Bentham tem um princípio conhecido: na periferia uma construção em anel; no centro, uma torre; esta é vazada de largas janelas que se abrem sobre a face interna do anel; a construção periférica é dividida em celas, cada uma atravessando toda a espessura da construção; elas têm duas janelas, uma para o interior, correspondendo às janelas da torre; outra, que dá para o exterior, permite que a luz atravesse a cela de lado a lado. Pelo efeito da contraluz, pode-se perceber da torre, recortando-se exatamente sobre a claridade, as pequenas silhuetas cativas nas celas da periferia. Tantas jaulas, tantos pequenos teatros, em que cada ator está sozinho, perfeitamente individualizado e constantemente visível. O dispositivo panóptico organiza unidades espaciais que permitem ver sem parar e reconhecer imediatamente. Daí o efeito mais importante do Panóptico: induzir no detento um estado consciente e permanente de visibilidade que assegura o funcionamento automático do poder. Fazer com que a vigilância seja permanente em seus efeitos, mesmo se é descontínua em sua ação.
FOUCAULT, M. Vigiar e Punir. Petrópolis: Ed. Vozes, 20 ed, 1999 (adaptado).
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QUESTÃO 73
Fonte: https://www.pinterest.com/pin/327073991678255596/
Ao se apropriar do espaço, o ser humano historicamente tem demonstrado a capacidade de modificar diretamente a paisagem, buscando aproveitar do território da maneira que lhe for possível. Intervenções como os Andenes (representados no desenho) são alternativas que o povo Inca construiu buscando transformar a morfologia andina no sentido de:
A aumentar a infiltração no solo para melhorias na agricultura.
B desviar os fluxos de água para seus plantios.
C renovar as terras da cordilheira, influenciando no ciclo de nitrogênio.
D adaptar o terreno às tendências religiosas vigentes.
E possibilitar o trânsito de animais por até os terrenos habitados.
QUESTÃO 74No início do século XIX, a Festa do Bonfim já não era mais exclusiva de um grupo específico, os irmãos brancos portugueses e seus descendentes, membros da elite social e política de Salvador. As mulheres da irmandade de São Gonçalo, com altar lateral na Igreja do Bonfim, passaram a lavar o templo com água perfumada com flores e plantas utilizadas no culto afro-brasileiro, música e dança. Dessa forma, a festividade ganhou um bem cultural, a Lavagem, que a distinguiria das expressões religiosas de outros lugares do Brasil, e se tornaria significativa para outro grupo religioso, formado pelos adeptos do Candomblé, que fariam da quinta-feira um dia dentro da programação dos festejos do Senhor do Bonfim para cultuar também Oxalá.
IPHAN. Festa do Bonfim. Disponível em: <https://bit.ly/2G05k1R> Acesso em 17 de jan. 2020.
QUESTÃO 71Embora fosse a codificação da legislação tradicional, que previa grande poder aos patriarcas, estabeleceu-se ali o importante princípio da lei escrita. De fato, o chamado direito consuetudinário, baseado na tradição, gerava grande insegurança – já que, em caso de divergência, a palavra final era sempre dos patrícios. Com a publicação da lei, todos podiam recorrer a um texto conhecido para reclamar direitos sem depender da boa vontade dos poderosos
FUNARI, P. P. A.. A cidadania entre os romanos. In: PINSKY, J.; PINSKY, C. B. (Org.). História da Cidadania. São Paulo: Contexto, 2003
A criação da chamada Lei das Doze Tábuas, no século V a.C, significou a(o)
A criação de um regime democrático
B superação da tradição jurídica oral
C restrição da cidadania aos homens livres
D enfraquecimento do Senado romano
E eliminação do sistema escravocrata
QUESTÃO 72
TEXTO 1
Epicuro dizia que felicidade é, essencialmente, ausência de dor. Saúde. Isso para pessoas normais como você e eu, não para sábios de extraordinária musculatura interior como ele. Epicuro sofreu dores excruciantes em seus últimos dias, e suportou-as com firmeza. A um amigo que o visitou à beira da morte, disse que a alegria de recebê-lo suplantava todo sofrimento que ele pudesse ter.
NOGUEIRA, P. A felicidade segundo Epicuro. Diário do Centro do Mundo. Disponível em: https://www.diariodocentrodomundo.com.br/a-felicidade-segundo-epicuro/.
Acesso em: 16/01/2020.
TEXTO 2
É por essa razão que afirmamos que o prazer é o início e o fim de uma vida feliz. Com efeito, nós o identificamos como o bem primeiro e inerente ao ser humano, em razão dele praticamos toda escolha e toda recusa, e a ele chegamos escolhendo todo bem de acordo com a distinção entre prazer e dor.
Epicuro. Carta sobre a felicidade: (a Meneceu).São Paulo: Editora UNESP, 2002.
De acordo com os textos, é possível dizer que a noção de felicidade para Epicuro estava relacionada à:
A acumulação de bens duráveis e riquezas monetárias.
B recusa do prazer e a busca pelo aprendizado que só a dor poderia trazer.
C procura pelo prazer em todas as esferas da vida, pois a felicidade precisa ser o propósito da vida.
D obtenção do conhecimento filosófico verdadeiro e inquestionável.
E exposição de todas as vitórias individuais no âmbito profissional e afetivo.
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Conseguimos dar os últimos passos em direcção à liberdade em condições de paz relativa. Que haja justiça para todos.Que haja paz para todos.Que haja trabalho, pão, água e sal para todos.Que cada um de nós saiba que o seu corpo, a sua mente e a sua alma foram libertados para se realizarem.Nunca, nunca e nunca mais voltará esta maravilhosa terra a experimentar a opressão de uns sobre os outrosQue reine a liberdade.O sol nunca se porá sobre um tão glorioso feito humano.Que Deus abençoe África!
Disponível em: <https://bit.ly/35PU7LV> Acesso em: 13 de jan. 2020
O discurso de posse de Nelson Mandela, proferido em maio de 1994, sinaliza para a necessidade sul-africana de superar uma herança
A nacionalista, que impedia o desenvolvimento de uma economia de mercado
B absolutista, que favorecia os privilégios políticos e sociais da elite branca
C racista, que negava direitos políticos e sociais à população negra
D neoliberal, que concentrava as riquezas do país em uma minoria branca
E extremista, que promovia conflitos religiosos com países vizinhos
QUESTÃO 77
Fonte: Brasil: 500 anos de povoamento. Rio de Janeiro: IBGE, 2000.
Indique a correta alternativa que explica o significativo aumento no volume de imigrações para o Brasil na segunda metade do século XIX.
A o plano nacional de ocupação do interior do país, através do povoamento direcionado.
B a contratação de mão de obra especializada, ausente no país.
C políticas de subsídio do governo na substituição da mão de obra, a partir do início do movimento de fim da escravidão.
D ausência de mão de obra nacional no campo, a partir da industrialização do país.
E flexibilização das fronteiras no país.
Com origem no período colonial, a Festa do Bonfim retrata um processo de
A marginalização social
B imposição cultural
C disputa política
D manutenção das tradições
E sincretismo religioso
QUESTÃO 75TEXTO I
A reforma agrária está na ordem do dia como necessidade para construirmos uma sociedade democrática e ter o desenvolvimento social. A terra é um bem da natureza e todos os brasileiros que quiserem trabalhar na terra tem esse direito. Não é justo nem democrático que a propriedade da terra esteja cada vez concentrada.
Disponível em: <https://bit.ly/2RbtSeu> Acesso em 14 de jan. 2020 (adaptado).
TEXTO II
O “latifúndio improdutivo” foi extinto — quem diria? — pelo avanço do capitalismo no campo, na expansão da fronteira agrícola até as franjas da Amazônia, processo no qual o país realizou a antiga e batida profecia do “celeiro do mundo”. O surgimento da grande empresa agroindustrial não seu deu em prejuízo do minifúndio e da agricultura familiar. Ao contrário [...] a ideia da reforma agrária, do ponto de vista histórico, acabou.
Disponível em: <https://glo.bo/37dCTJM> Acesso em 14 de jan. 2020
Nos fragmentos de textos, há uma divergência de perspectivas em relação à reforma agrária. Isso ocorre porque os autores associam a reforma agrária, respectivamente, à
A redução da desigualdade nas cidades e à expansão da agricultura familiar
B elevação da renda no meio rural e à prioridade ao uso de defensivos agrícolas
C preservação de técnicas rudimentares e ao prejuízo da empresa agroindustrial
D contenção do desmatamento ilegal e ao favorecimento do minifúndio camponês
E democratização fundiária e ao retrocesso ao desenvolvimento econômico
QUESTÃO 76
Da experiência de um extraordinário desastre humano que durou demais, deve nascer uma sociedade da qual toda a humanidade se orgulhará.Chegou o momento de sarar as feridas.Chegou o momento de transpor os abismos que nos dividem.Chegou o momento de construir.Conseguimos finalmente a nossa emancipação política.
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QUESTÃO 78
Disponível em: <https://bit.ly/2ToMAB3> Acesso em 15 de jan. 2020
Disponível em: <https://bit.ly/2u2gsZr/> Acesso em 15 de jan. 2020
As imagens acima fizeram parte da propaganda política executada pelo Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) durante o Estado Novo. Ambas as imagens buscam enfatizar a figura de Vargas como
A porta-voz da juventude
B líder popular e trabalhista
C governante democrático
D dirigente sindical
E professor e intelectual
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Em 2011, o movimento Occupy Wall Street (OCW) manifestou o descontentamento político e social da juventude estadunidense, disseminando-se para outras localidades, especialmente na Europa. Qual a principal crítica ecoada pela juventude representada pelo movimento?
A marginalização política das minorias sociais
B crescentes níveis de concentração de renda
C falta de representação política da juventude
D ineficiência econômica do setor financeiro
E desmantelamento das instituições democráticas
QUESTÃO 81
“A aplicação do método experimental na prática científica por Galileu representou verdadeira revolução: a ciência rompia com a filosofia aristotélico-escolástica e buscava novos caminhos. Com o método experimental, o renascimento das ciências no século XVII não significou uma simples evolução, mas uma verdadeira ruptura que implicou outra concepção de saber”.
ARANHA, M.L.A. Filosofar com textos: temas e história da filosofia. Editora Moderna, 2019.
A partir do texto, tomamos conhecimento de um novo período na ciência chamada de Revolução Científica, baseada na concepção de que:
A A forma como se concebe o conhecimento foi deslocada por conta do método experimental.
B Sendo a verdade incognoscível, nenhuma experiência deveria valer o esforço.
C A abstração filosófica e o método experimental adquirem o mesmo valor na validação científica.
D O método experimental não é valorizado.
E Para Galileu, nem o método experimental, nem a reflexão filosófica, são suficientes para a obtenção da verdade.
QUESTÃO 82“O Brasil desmatou 11% de sua área de florestas entre 1985 e 2017 – ao todo, a área equivale a 2,6 estados de São Paulo. Desse total, 61,5% foram perdas de floresta na Amazônia. [...] Além disso, um estudo do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) feito na região do Xingu aponta uma alta de 1ºC na região de áreas desmatadas.”
Fonte: https://g1.globo.com/natureza/noticia/2019/04/28/amazonia-perdeu-18per-cent-da-area-de-floresta-em-tres-decadas-mostra-analise-de-imagens-de-satelite.
ghtml
QUESTÃO 79“Como já frisamos, embora haja particularidades, a urbanização da África repete alguns padrões já vistos em outros lugares. Nos países desenvolvidos da Europa e da América do Norte, a urbanização acelerada – sobretudo no período da Revolução Industrial – causou graves problemas sociais nas cidades, o que só foi, em partes, resolvido com as posteriores reformas urbanas e melhorias nas condições de renda da população. Já nos países emergentes (incluindo o Brasil), ainda se vivem as consequências dessa urbanização acelerada realizada ao longo do século XX, com a formação de favelas, guetos e a constituição da segregação socioespacial.”
Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/urbanizacao--na-Africa.htm
Uma das preocupações da Geografia é a de entender que diferentes recortes espaciais indicarão diferentes características, sendo sempre necessário definirmos a escala de nossa abordagem para podermos aproximar ou diferenciar as características importantes ao nosso estudo. Contudo, ao aproximarmos os estudos urbanos dos continentes cujo desenvolvimento econômico vem acontecendo mais recentemente, como África, Ásia e América Latina, podemos realizar um exercício de generalização que nos apresenta uma série de semelhanças identificáveis. Neste quesito, estas aproximações e semelhanças dizem respeito a dinâmicas:
A de inserção espacial das cidades globais na realidade de cada um destes continentes.
B culturais presentes em cada continente, sendo muitas delas parecidas, mesmo com as distâncias espaciais entre os povos.
C de apropriação das populações sobre o espaço, principalmente no que se refere às dificuldades enfrentadas no processo de urbanização.
D de gestão territorial, havendo políticas de governo semelhantes nos diferentes países abordados.
E de distribuição de renda, agravada pelas consequências do êxodo rural.
QUESTÃO 80
Nascido em 17 de setembro de 2011 em Nova York, o Occupy Wall Street (OWS) havia surpreendido o mundo com um protesto sem líderes contra a corrupção e a avareza do sistema financeiro. O movimento diz representar 99% da população [...] “Estou aqui por conta da cobiça de Wall Street. Todos os caminhos levam a Wall Street, eles controlam as nossas vidas”, disse o bispo da Igreja Episcopal George Pachard [...] “Estamos enviando a mensagem de que os banqueiros de Wall Street não podem ir trabalhar pela manhã sem pensar no que suas instituições estão fazendo ao país”, assinalou Mark Bray, outro porta-voz do OWS.
Disponível em: <https://bit.ly/38qdc8U> Acesso em 09 de jan. 2020 (adaptado).
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Eles nos movem parados, eles nos falam caladosEles sustentam um desenvolvimento insustentável[...]O que importam pra você?Quem se importa com você?Impor tantos importadosImpossível”
Fonte: El Efecto, em Necessidades Básicas (álbum Cidade das Almas Adormecidas, 2007).
Na música Necessidades Básicas, a banda carioca El Efecto realiza um jogo de palavras para evidenciar uma contraposição entre as condições do povo (nós) com as do estado, do capital financeiro e do mercado (eles). Em relação a esta dinâmica de interesses, planos de desenvolvimento econômico tradicionalmente apresentados pelos governos demonstram que:
A o aumento no poder de compra da população reflete, necessariamente, em melhorias nas condições de vida da população.
B estratégias apresentadas por governos foram suficientes na equiparação de diferenças históricas existentes na sociedade.
C muitas vezes a aceleração da economia acaba por ampliar as desigualdades sociais, pois não se insere nas demandas da população, e sim nas do mercado.
D os investimentos têm sido planejados com participação da população.
E o projeto de interiorização do Brasil teve como principal meta a criação de empregos para a população do oeste brasileiro.
QUESTÃO 85
Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de AtenasVivem pros seus maridos, orgulho e raça de AtenasQuando amadas, se perfumamSe banham com leite, se arrumamSuas melenasQuando fustigadas não choramSe ajoelham, pedem, imploramMais duras penasCadenas
HOLLANDA, F.B. Mulheres de Atenas. Phonogram/Phillips, 1976.
O músico e compositor Chico Buarque descreve, na canção acima, um padrão padrão social que se refere:
A Ao pressuposto da sujeição feminina ao poder masculino, cuja atribuição se dá pela noção de pater familia.
B Felicidade gerada pela manutenção da aristocracia grega, significada na expressão “cadenas”.
C Relação amorosa travada entre os soldados gregos e suas esposas.
D Valorização do papel feminino no mundo Antigo, frente aos atuais padrões nas relações de gênero.
E Desprezo das mulheres em relação aos seus maridos, algo que, para o cantor, é necessário de ser retomado.
Entre as várias mudanças na paisagem brasileira, vários estudos apontam para um perigoso avanço sobre a Amazônia. Uma das maneiras de entender o as causas deste problema passa por entender a inserção do Brasil no sistema-mundo. Em relação a isto, aponte a alternativa que apresenta causas corretas na intensificação deste problema ambiental:
A avanços na infraestrutura turísticas das grandes cidades da região, incentivando a vinda de turistas ampliando a rede hoteleira e aeroportuária.
B obras voltadas para a adequação do Brasil ao padrão exigido por grandes eventos esportivos.
C incentivos ao agronegócio, com o Brasil na condição de país agroexportador.
D modernização da rede de comunicação e informações, introduzindo novas torres, cabos e antenas.
E pesquisas junto às comunidades originárias da região, buscando inseri-las nas dinâmicas presentes no mundo globalizado atual.
QUESTÃO 83Os europeus os trouxeram para trabalhar e servir nas grandes plantações e nas cidades, mas eles e seus descendentes fizeram muito mais do que plantar, explorar as minas e produzir riquezas materiais. Os africanos para aqui trazidos como escravos tiveram um papel civilizador, foram um elemento ativo, criador, visto que transmitiram à sociedade em formação elementos valiosos da sua cultura. Muitas das práticas da criação de gado eram de origem africana. A mineração do ferro no Brasil foi aprendida dos africanos. Com eles a língua portuguesa não apenas incorporou novas palavras, como ganhou maior espontaneidade e leveza. Enfim, podemos afirmar que o tráfico fora feito para escravizar africanos, mas terminou também africanizando o Brasil.
FRAGA FILHO, W. Uma história do negro no Brasil. Brasília: Fundação Cultural Palma-res, 2006.
Com base no texto, o resgate da herança cultural africana é importante para compreender a
A longevidade dos costumes e valores de matriz africana
B relação nostálgica dos afro-brasileiros com seu passado histórico
C formação histórica e cultural da sociedade brasileira
D superação das desigualdades raciais no Brasil atual
E superioridade dos conhecimentos de origem africana
QUESTÃO 84
“Nós precisamos de comida, água e luzEles conservam a fome, a seca e a escuridãoNós precisamos lutar contra as diferenças sociaisEles precisam lucrar cada vez mais[...]Nós precisamos de informação para inverterEles precisam da ignorância para se manter[...]
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QUESTÃO 86
“A filosofia é uma ciência com a qual e sem a qual o mundo permanece tal e qual”.
CHAUI, M. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 2005.
RUAS, C. Disponível em: umsabadoqualquer.com. Acesso em: 17/01/2020.
A partir dos textos acima, é possível dizer que a função da filosofia na sociedade contemporânea está relacionada a(o):
A Transformação do mundo a partir de materialidades, como a acumulação de riquezas.
B Manutenção do estado das coisas, pois é fatalista e não acredita em mudanças estruturais.
C Reflexão individual que permite uma análise ampla do mundo, mas que não é autossuficiente para transformar a sociedade.
D Análise sócio-política das religiosidades.
E Questionamento hiperbólico dos padrões acadêmicos de investigação científica.
QUESTÃO 87
Fonte: Wikipédia, via EducaMaisBrasil.
A imagem apresenta uma consequência direta de um problema ambiental que teve especial intensificação após os processos de revoluções industriais. Sua ocorrência está ligada ao fenômeno:
A da chuva ácida, por conta da liberação de gases tóxicos na atmosfera.
B de baixa no lençol freático, ligado ao manejo dos fluxos hídricos.
C de intensificação da erosão, a partir da retirada de camadas do solo em encostas.
D do endurecimento do solo, resultado da lateralização causada pelo depósito de minerais.
E do enfraquecimento do material rochoso, relacionado à exploração mineral.
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QUESTÃO 88
Fonte: Estado do Rio Grande do Sul. Disponível em: https://estado.rs.gov.br/upload/recortes/201707/20210840_1252131_GDO.jpg
A opção por fontes energéticas como a apresentada na foto indica uma política que visa:
A à reeducação da população no consumo doméstico de energia elétrica.
B ao estímulo da utilização de fontes bioenergéticas e combustíveis verdes.
C à redução do sistema de geração de energia com base em combustíveis fósseis.
D à diminuição do ritmo de consumo energético na indústria.
E à exploração da energia proveniente do interior da crosta terrestre.
QUESTÃO 89
O abolicionismo teve muitos articuladores inter-regionais; os nacionais foram cinco. Abílio Borges conectou mobilização nacional e estrangeira, o que Joaquim Nabuco aprofundou, vinculando ainda manifestações no espaço público à arena institucional. Luiz Gama articulou o ativismo judicial com a propaganda e o início das ações clandestinas e José do Patrocínio coordenou as diferentes estratégias no espaço público entre si. Embora o holofote tenha ficado em Nabuco, o mais importante articulador do movimento foi André Rebouças. Aristocrata e filho de político, transitava nas instituições políticas; empresário, confabulava com homens de negócios; alcançava os estudantes, por professor; amante da ópera, conhecia profissionais de teatro; e, negro, tinha legitimidade nas franjas da mobilização. Criatura dos bastidores, apareceu pouco, mas operou a faina miúda por mais tempo do que qualquer outro ativista, do começo ao fim da campanha, de 1868 a 1888.
ALONSO, A. O abolicionismo como movimento social. Novos Estudos, 100, nov. 2014, p.115-137.
No texto, a autora apresenta os líderes e as diferentes estratégias adotadas pelo movimento abolicionista. A contribuição de André Rebouças, nesse sentido, residia em
A insuflar um movimento revolucionário de emancipação
B promover a conquista de alforrias no âmbito judicial
C conectar espaço público e instituições políticas
D combinar influência política e ações clandestinas
E estimular a desobediência civil e a fuga de escravos
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QUESTÃO 90
“Após o julgamento, Oscar Wilde foi condenado a dois anos de trabalhos forçados na prisão de Reading, por prática de “indecência grave”. A acusação se baseava numa emenda ao Código Penal que visava a proteger moças de ataques sexuais e prostituição. Mas, por causa dos seus termos vagos, a emenda acabou abrangendo “atos indecentes” em geral, nos quais se incluíam de modo privilegiado as relações entre pessoas do mesmo sexo, ainda que adultas e consensuais. Paradoxalmente, o maior legado de Wilde às vindouras gerações de homossexuais ocorreu através e a partir da dolorosa derrota. Em todo o mundo, sua figura exerceu um importante papel na construção de um processo identitário homossexual. Essa foi, seguramente, uma contribuição imensurável para a eclosão do moderno movimento homossexual, tal como ocorrida na cidade de Nova York, em 28 de junho de 1969”.
TREVISAN, J. S. Oscar Wilde e os direitos homossexuais. Disponível em: https://revistacult.uol.com.br/home/oscar-wilde-e-os-direitos-homossexuais/ Acesso em: 17/01/2020.
No texto, a contribuição de Oscar Wilde para o movimento homossexual moderno acontece porque:
A Inspira, juntamente com outros exemplos, a insurgência de um sujeito político coletivo, promovendo a noção de novas identidades cidadãs.
B Aprofunda o sentimento religioso de pertencimento à ordens eclesiásticas.
C Perpetua o pensamento retrógrado da homossexualidade como doença.
D Sugere a implantação de reservas de vagas para homossexuais em universidades e concursos.
E Dificulta o papel de mulheres e homens gays na disputa por maior cidadania.
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