UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
“Júlio de Mesquita Filho”
Campus Experimental de Ourinhos
RENAN PEREIRA ZAMBIANQUI
GERENCIAMENTO INTEGRADO EM UM POSTO DE COMBUSTÍVEIS
Ourinhos – SP
FEVEREIRO 2016
I
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
“Júlio de Mesquita Filho”
Campus Experimental de Ourinhos
GERENCIAMENTO INTEGRADO EM UM POSTO DE COMBUSTÍVEIS
Renan Pereira Zambianqui
Orientadora: Profa. Dra. Renata Ribeiro de Araujo
Trabalho de Conclusão do Curso de
Especialização em “Gerenciamento de
Recursos Hídricos e Planejamento
Ambiental em Bacias Hidrográficas”
pela Unesp – Campus Experimental
de Ourinhos.
Ourinhos – SP
2016
II
“Comece fazendo o que é necessário, depois o
que é possível, e de repente você estará fazendo o
impossível”.
SÃO FRANCISCO DE ASSIS
III
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar a Deus por estar sempre me acompanhando e abrindo os caminhos para minhas conquistas.
Aos meus pais “Marinete e Donizete” pelo apoio e amparo em todos os momentos de minha
vida.
Aos meus irmãos “Éverton e Letícia” pelo carinho e companheirismo em todos os momentos.
A minha namorada “Camila” por toda paciência, ajuda, dedicação e amor sempre presentes.
A minha orientadora Prof. “Renata” que aceitou o desafio de orientar e ajudou firmemente na
elaboração dessa monografia.
A Geo-Analitica Estudos e Gerenciamento de Áreas Contaminadas por todo o apoio sempre
oferecido.
IV
INDICE 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................. 1
2 OBJETIVO .................................................................................................................................................... 4
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................................................................ 5
3.1 SOLO ..................................................................................................................................................... 5
3.1.1 CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS QUANTO À SUA ORIGEM ...................................................... 5
3.1.2 CLASSIFICAÇÕES: TEXTURAL E GENÉTICA ........................................................................... 6
3.1.3 PROPRIEDADES FÍSICAS DOS SOLOS ....................................................................................... 6
3.2 ÁGUA SUBTERRÂNEA ...................................................................................................................... 7
3.2.1 AQUÍFEROS ..................................................................................................................................... 7
3.3 FLUIDO CONTAMINANTE ................................................................................................................ 9
3.3.1 PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS ......................................................................................... 10
3.3.2 HIDROCARBONETOS EM FASE LIVRE .................................................................................... 12
3.3.3 HIDROCARBONETOS EM FASE ADSORVIDA OU RETIDA .................................................. 13
3.3.4 HIDROCARBONETOS EM FASE DISSOLVIDA ....................................................................... 13
3.3.5 HIDROCARBONETOS EM FASE VAPOR .................................................................................. 13
3.4 TOXICIDADE E EFEITOS À SAÚDE .............................................................................................. 14
3.5 LEGISLAÇÃO .................................................................................................................................... 14
3.5.1 LEGISLAÇÃO FEDERAL ............................................................................................................. 14
3.5.2 LEGISLAÇÃO ESTADUAL .......................................................................................................... 15
3.6 ESTUDOS AMBIENTAIS .................................................................................................................. 16
3.6.1 INVESTIGAÇÃO PRELIMINAR CONFIRMATÓRIA ................................................................ 16
3.6.2 INVESTIGAÇÃO DETALHADA .................................................................................................. 16
3.6.3 ANÁLISE DE RISCO ..................................................................................................................... 17
3.6.4 REMEDIAÇÃO .............................................................................................................................. 19
4 METODOLOGIA DE PESQUISA ............................................................................................................ 21
V
5 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ...................................................................... 23
5.1 INVESTIGAÇÃO PRELIMINAR ...................................................................................................... 23
5.1.1 LOCALIZAÇÃO ............................................................................................................................. 23
5.1.2 CARACTERIZAÇÃO GEOLOGICA REGIONAL ....................................................................... 23
5.1.3 CARACTERIZAÇÃO HIDROGEOLÓGICA REGIONAL ........................................................... 24
5.1.4 LEVANTAMENTO DE DADOS E VISTORIA DETALHADA DA ÁREA ................................ 24
5.1.5 MODELO CONCEITUAL .............................................................................................................. 29
5.2 INVESTIGAÇÃO CONFIRMATÓRIA .............................................................................................. 29
5.2.1 SONDAGENS DE RECONHECIMENTO ..................................................................................... 32
5.2.2 INSTALAÇÃO DE POÇOS DE MONITORAMENTO ................................................................. 36
5.2.3 CARACTERIZAÇÃO HIDROGEOTÉCNICA .............................................................................. 39
5.2.4 AMOSTRAGEM DE SOLO ........................................................................................................... 41
5.2.5 AMOSTRAGEM DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS ..................................................................... 41
5.2.6 ANÁLISES QUÍMICAS DE SOLO E DE ÁGUA SUBTERRÂNEA ........................................... 43
5.3 INVESTIGAÇÃO DETALHADA ...................................................................................................... 49
5.3.1 EXECUÇÃO DE SONDAGENS ADICIONAIS ............................................................................ 49
5.3.2 INSTALAÇÃO DOS POÇOS DE MONITORAMENTO .............................................................. 50
5.3.3 CARACTERIZAÇÃO HIDROGEOTÉCNICA .............................................................................. 52
5.3.4 AMOSTRAGEM E ANALISE QUIMICAS DE SOLO ................................................................. 55
5.3.5 AMOSTRAGEM E ANALISES QUIMICAS DE ÁGUA SUBTERRÂNEA ................................ 66
5.3.6 AVALIAÇÃO DE RISCO .............................................................................................................. 79
5.4 PROPOSIÇÕES PARA O SANEAMENTO AMBIENTAL DA ÁREA INVESTIGADA. ............... 83
6 CONCLUSÃO ............................................................................................................................................. 85
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................................................... 87
8 ANEXO ........................................................................................................................................................ 91
VI
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Características dos aquíferos. .................................................................................... 8
Figura 2: Porosidade dos Aquíferos. ......................................................................................... 8
Figura 3: Relações estruturais entre os hidrocarbonetos ......................................................... 10
Figura 4: Perfil esquemático de solo impactado por vazamento de combustível, proveniente
de TASC (Tanque de Armazenamento Subterrâneo de Combustível) ..................................... 12
Figura 5: Meios de Contaminação. Adaptado de PIA - Programa de Implementação de Ações
Corretivas Baseadas no Risco. ................................................................................................. 13
Figura 6: Ações a serem adotadas no gerenciamento do risco ................................................ 19
Figura 7: Mapa Geológico Regional. .................................................................................... 245
Figura 8: Mapa Hidrológico Regional. ................................................................................. 246
Figura 9: Layout do empreendimento ................................................................................... 247
Figura 10: Entorno do empreendimento. ................................................................................ 30
Figura 11: Apresenta as fontes potenciais de contaminação ................................................... 31
Figura 12: Numero mínimo de amostras para nível d’agua até 15 metros de profundidade. . 32
Figura 13 Localização das sondagens realizadas. ................................................................ 345
Figura 14: Poços de monitoramento instalados na etapa de investigação confirmatória. ....... 37
Figura 15: Mapa Potenciométrico ........................................................................................... 40
Figura 16: Pontos de solo contaminados ................................................................................. 47
Figura 17: Pontos de contaminação da água subterrânea. ....................................................... 48
Figura 18: Localização das sondagens adicionais realizadas na etapa de investigação
detalhada. ................................................................................................................................ 501
Figura 19: Poços de monitoramento instalados para delimitação de pluma. .......................... 53
Figura 20: Todos os poços de monitoramento presentes no empreendimento (investigação
confirmatória + detalhada) ..................................................................................................... 524
VII
Figura 21: Mapa potenciométrico com novos poços de monitoramento. ............................. 556
Figura 22: Poços de monitoramento contaminados a partir dos resultados da analise de água
subterrânea ................................................................................................................................ 61
Figura 23: Pluma mapeada de Fase Retida para o composto de Etilbenzeno. ........................ 62
Figura 24: Seção transversal e longitudinal da Pluma de Fase Retida do composto de
Etilbenzeno. .............................................................................................................................. 63
Figura 25: Pluma mapeada de Fase Retida para o composto de Xileno Totais. ..................... 64
Figura 26: Seção transversal e longitudinal da Pluma de Fase Retida do composto de Xileno
Totais. ....................................................................................................................................... 65
Figura 27: Pluma de Fase Livre mapeada. .............................................................................. 70
Figura 28: Seção transversal e longitudinal da fase livre mapeada......................................... 71
Figura 29: Pluma de fase Dissolvida para o composto de Benzeno com suas
isoconcentrações. ...................................................................................................................... 72
Figura 30: Seção Transversal e Longitudinal da Pluma de Fase Dissolvida do composto de
Benzeno .................................................................................................................................... 72
Figura 31: Pluma de fase dissolvida para Tolueno com suas isoconcentrações. .................. 725
Figura 32: Seção Transversal e Longitudinal da Pluma de Fase Dissolvida do composto de
Tolueno. .................................................................................................................................. 726
Figura 33: Pluma para fase dissolvida para Xileno Totais com suas isoconcentrações. ....... 727
Figura 34: Seção Transversal e Longitudinal da Pluma de Fase Dissolvida do composto de
Xilenos Totais. ........................................................................................................................ 728
Figura 35: Pluma de fase dissolvida para Naftaleno com suas isoconcentrações. .................. 80
Figura 36: Seção Transversal e Longitudinal da Pluma de Fase Dissolvida do composto de
Naftaleno. ................................................................................................................................. 81
Figura 37: apresenta bens a proteger abertos e fechados. ....................................................... 84
VIII
LISTA DE FOTOS
Foto 1: Sondagem com trado mecânico de seis polegadas ...................................................... 33
Foto 2: Sondagem mecânica com enfoque no furo realizado. ................................................. 33
Foto 3: Amostra de solo e medição dos gases. ........................................................................ 34
Foto 5 Poço de monitoramento com vedação e acabamento da............................................... 38
Foto 4: Detalhe acabamento do poço de monitoramento com CAP de pressão ...................... 38
Foto 6: Detalhe de amostragem PM-02 Fase Livre ................................................................. 38
Foto 7: Fração de água subterrânea e fase livre coletada na purga .......................................... 38
Foto 8: Amostragem de solo pronto para envio ....................................................................... 41
Foto 9: Medidor de nível subterrâneo ...................................................................................... 42
Foto 10: Kit para coleta de água subterrânea ........................................................................... 42
Foto 11: Acondicionamento de amostras para envio ............................................................... 43
IX
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Classificação textural ou granulométrica .................................................................. 6
Tabela 2: Características dos Filtros e Bombas do Empreendimento ..................................... 28
Tabela 3: Características dos tanques de Armazenamento Subterrâneos ................................ 28
Tabela 4: Modelo conceitual do empreendimento .................................................................. 29
Tabela 5: Características das sondagens de reconhecimento .................................................. 34
Tabela 6: Características dos poços de monitoramento instalados ......................................... 36
Tabela 7: Carga hidráulica estimada ....................................................................................... 39
Tabela 8: Medições sazonais para diagnostico do nível freático ............................................ 42
Tabela 9: Resultados do estudo confirmatório das amostras de solo. ..................................... 44
Tabela 10: Resultados do estudo confirmatório das amostras de água subterrânea. ............... 45
Tabela 11: Leituras de VOC metro a metros nas sondagens complementares........................ 50
Tabela 12: Características dos poços de monitoramento instalados para delimitação de pluma
de contaminação. ...................................................................................................................... 52
Tabela 13: Nova carga hidráulica estimada............................................................................. 55
Tabela 14: Resultados analíticos de solo para delimitação de pluma PMs - 04, 05, 06 e 07. . 57
Tabela 15: Resultados analíticos de solo para delimitação de pluma PMs: 08,10,11 e 15. .... 58
Tabela 16: Resultados Analíticos de Solo para delimitação de pluma PMN: 01 e 02. ........... 59
Tabela 17: Medições sazonais ................................................................................................. 66
Tabela 18: Resultados analíticos de água para fechamento de pluma referentes aos PMs:04,
05, 06, 07, 08, 09 e 10. ............................................................................................................. 67
Tabela 19: Resultados analíticos de água para fechamento de pluma referentes aos PMs: 11,
12, 13, 15 e PMN 01. ................................................................................................................ 68
Tabela 20: Modelo conceitual de exposição ........................................................................... 82
Tabela 21: Caminhos de exposição dentro e fora da área. ...................................................... 82
Tabela 22: Receptores e vias de exposição da contaminação. ................................................ 83
X
RESUMO
O presente trabalho teve por objetivo executar estudos sistemáticos para a avaliação da água e
do solo subterrâneo de uma área com passivo ambiental, no município de Lucélia - SP. Foram
utilizadas técnicas de investigação voltadas à caracterização qualitativa e quantitativa do
passivo ambiental, tendo como local um posto de revenda de combustível localizado no
município de Lucélia - SP. A área apresentava tanques de armazenamento subterrâneos e
realizava operações de revenda de derivados de petróleo e etanol, assim como troca de óleo. A
metodologia empregada na pesquisa envolveu a identificação de possíveis fontes de
contaminação, assim como a delimitação das áreas suspeitas, investigações geológicas e
hidrogeológicas, avaliação da qualidade da água subterrânea e do solo por meio de medições
em campo de vapores orgânicos voláteis (VOCs). Além disso, foi realizada caracterização dos
contaminantes, a fim de delimitar plumas de contaminação nas fases livre e dissolvida. Por
meio dos resultados dos trabalhos de campo e da integração dos dados geológicos e
hidrogeológicos e do quadro ambiental diagnosticado, foi possível indicar e dimensionar o
impacto ambiental ocasionado pelos derivados de hidrocarbonetos de petróleo, assim como a
definição dos principais meios de exposição para cada receptor e a analise de risco, bem como
propor ações e planos de monitoramento e/ou saneamento no local.
Palavra Chave: Água Subterrânea, Posto de Combustível, Hidrocarbonetos de Petróleo,
Contaminação, Passivo Ambiental.
XI
ABSTRACT
This study aimed to perform systematic studies to assess the water and the underground soil
from an area with environmental liability in the municipality of Lucélia - SP. research
techniques were used aimed at qualitative and quantitative characterization of environmental
liabilities, with the location a fuel retail station in the municipality of Lucélia - SP. The area
had underground storage tanks and realized oil products and ethanol retail operations, as well
as changing the oil. The employed in research methodology involved the identification of
possible sources of contamination, as well as the delimitation of suspicious areas, geological
and hydrogeological investigations, evaluation of the quality of groundwater and soil through
field measurements of volatile organic vapors (VOCs). Furthermore, contaminants
characterization was carried out in order to delimit contamination down in the cart and
dissolved phases. Through the results of the field work and the integration of geological and
hydrogeological data and environmental framework diagnosed, it was possible to indicate and
measure the environmental impact caused by oil hydrocarbon derivatives, as well as the
definition of the main exposure means for each receiver and the analysis of risk and propose
actions and monitoring plans and / or on-site sanitation.
Keyword: Groundwater, Gas Station, Oil Oil, Contamination, Environmental Liabilities.
1
1 INTRODUÇÃO
Diante a realidade da dependência imposta sobre todos os seres vivos quanto à
necessidade de água para sobreviver, uma gestão adequada preventiva dos recursos naturais é
a melhor opção, mesmo que uma parcela da sociedade insista em não dar a devida
importância e continuam a poluir as mais variadas fontes de água, agindo de forma insensata e
passional quanto à essencialidade para nossas vidas.
Algumas das consequências destas atitudes antilógicas de uma má gestão integrada,
são a falta de água potável, as enchentes, as degradações das águas superficiais e a
contaminação do solo e de aquíferos, os quais estudos mais aprofundados se fazem
necessários para diagnosticar estes problemas, visto que, por mais que ocorram em pontos
isolados, acabam por atingir toda a população.
O crescimento populacional, as atividades econômicas a todo vapor, e a busca
incessante a fim de garantir uma “qualidade de vida”, conduzem ao aumento da competição
pelos recursos hídricos, e os conflitos por água acaba sendo inevitável.
A falta de água potável nos grandes centros urbanos vem sendo um dos vilões, e diante
a crescente demanda por recursos hídricos, a exploração da água subterrânea é uma
alternativa para o abastecimento público e para o desenvolvimento econômico da sociedade,
pois além de ser abundante, normalmente apresenta melhor qualidade comparada às águas
superficiais (CETESB, 2005).
Um dos principais problemas ambientais a ser reconhecido como de grande
importância é a contaminação das águas subterrâneas, utilizadas para abastecimento, por
empreendimento que possuem um potencial poluidor elevado, assim, essa contaminação
compromete o uso destas reservas, além de colocar todo entorno em risco eminente.
Segundo CETESB (2001), áreas potencialmente contaminadas, são áreas onde estão
sendo desenvolvidas ou onde foram desenvolvidas atividades potencialmente contaminadoras.
Algumas das principais fontes potencialmente contaminadoras são: postos de
combustíveis, aterros sanitários, cemitérios, esgotos e indústrias, assim essas fontes podem
poluir a atmosfera, os rios, as águas subterrâneas, entre outros.
Sánchez (1998 apud CETESB, 2001), diz que existem quatro principais problemas
gerados pelas áreas contaminadas: 1 - existência de riscos à segurança das pessoas e das
propriedades, 2 - riscos à saúde pública e dos ecossistemas, 3 - restrições ao desenvolvimento
urbano, 4 - redução do valor imobiliário das propriedades.
Oliveira (1992) relata que por volta da década de 70, o Brasil passou por um grande
desenvolvimento econômico, consequentemente o número de postos revendedores de
2
combustíveis aumentou, para dar suporte a esse desenvolvimento e deixando como heranças,
vários passivos ambientais.
Os combustíveis são estocados em Tanques de Armazenamento na maioria das vezes
Subterrâneas ((TAS) ou Sistemas de Armazenamento Subterrâneo de Combustíveis (SASC))
e ao longo do tempo, estes interferem diretamente no meio onde se instalam, podendo causar
inúmeros problemas ambientais, principalmente, relacionados a vazamentos de
hidrocarboneto e demandam muitas vezes de grandes investimentos para que voltem a ser
reabilitadas.
Yamada (2004) considera que os tanques de armazenamento subterrâneo representam
um grande risco, pois podem ocasionar vazamentos, originando plumas de contaminação, que
penetram no solo e atingem o lençol freático.
Para evitar maiores prejuízos ambientais e diminuir os riscos de contaminação, e os
riscos de incêndio e explosão no ano de 2001 foi publicada a Resolução CONAMA nº 273 de
2000 tornando obrigatório o licenciamento ambiental para toda instalação e sistema de
armazenamento de derivados de petróleo, configurando-os como empreendimentos
potencialmente ou parcialmente poluidores e geradores de acidentes ambientais (CONAMA,
2000).
Todavia mesmo com legislações favoráveis a preservação da qualidade ambiental a
Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (CETESB) revelou em 2005 que os
vazamentos em postos de combustíveis foram responsáveis por 73 % dos casos de áreas
contaminadas no Estado de São Paulo, o que corresponde a 1596 áreas (CETESB, 2006).
Oliveira (1999) aponta três impactos decorrentes de vazamentos de hidrocarbonetos
derivados de petróleo: 1) contaminação do solo e água subterrânea por compostos tóxicos
(benzeno, tolueno, etilbenzeno e xilenos), constituintes da gasolina e óleo diesel; 2) risco de
incêndios e explosões devido à presença de combustíveis, nos estados líquido e gasoso, em
garagens subterrâneas e outras obras civis; e 3) riscos à saúde humana pela possível ingestão
de água contaminada e inalação de vapores dos compostos orgânicos presentes nos
combustíveis.
Essa pesquisa abordou um estudo de caso referente a um posto de revenda e
armazenamento de combustível localizado no interior do estado de São Paulo e visou
apresentar o diagnóstico geoambiental da contaminação de solo e águas subterrâneas.
No estudo, técnicas investigativas de reconhecimento visaram a definição e
quantificação das substancias químicas de interesse a partir de sondagens e analises químicas,
identificando o grau de impacto na área suspeita de contaminação.
3
O parecer ambiental propiciou a tomada de decisões para programar medidas
corretivas/reparadoras para a remediação da área impactada.
4
2 OBJETIVO
O presente estudo teve por objetivo executar estudos sistemáticos para avaliar a
qualidade do solo e da água subterrânea de um posto de revenda de combustível localizado na
cidade de Lucélia – SP. Além disso, objetivou-se dimensionar as possíveis plumas de
contaminação, os principais meios de exposição para cada receptor, análise de risco e propor
ações e planos de monitoramento e/ou saneamento no local.
5
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
3.1 SOLO
O termo solo origina-se do Latim “solum” = suporte, superfície, base e segundo
EMBRAPA (1999) define-se solo como “uma coleção de corpos naturais constituídos por
parte sólida, líquida e gasosa, tridimensionais, dinâmicos, formados por materiais minerais e
orgânicos, que ocupam a maior parte do manto superficial das extensões continentais. Contém
matéria viva e podem ser vegetados”, tornando-se um elemento indispensável, pois utilizamos
o solo para basicamente duas finalidades: ocupação no espaço urbano e utilização no espaço
rural, ambas de grande importância para o desenvolvimento da vida humana.
O solo é o resultante da interação de cinco fatores ambientais: material de origem,
clima, relevo, organismos e tempo (Jenny, 1941).
3.1.1 CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS QUANTO À SUA ORIGEM
Quanto à sua formação, podemos classificar os solos em três grupos principais: solos
residuais, solos sedimentares e solos orgânicos.
3.1.1.1 SOLOS RESIDUAIS
São os que permanecem no local da rocha de origem (rocha mãe), observando-se uma
gradual transição da superfície até a rocha. Para que ocorram os solos residuais, é necessário
que a velocidade de decomposição de rocha seja maior que a velocidade de remoção pelos
agentes externos. Estando os solos residuais apresentados em horizontes (camadas) com graus
de intemperismos decrescentes, podem-se identificar as seguintes camadas: solo residual
maduro, saprolito e a rocha alterada (Vaz, 1996).
3.1.1.2 SOLOS SEDIMENTARES OU TRANSPORTADOS
São os que sofrem a ação de agentes transportadores, podendo ser aluvionares (quando
transportados pela água), eólicos (vento), coluvionares (gravidade) e glaciares (geleiras)
(Wolle, 1985).
3.1.1.3 SOLOS ORGÂNICOS
Vaz (1996) define que solos orgânicos são originados da decomposição e posterior
apodrecimento de matérias orgânicas, sejam estas de natureza vegetal (plantas, raízes) ou
6
animal. Os solos orgânicos são problemáticos para construção por serem muito compressíveis.
Em algumas formações de solos orgânicos ocorre uma importante concentração de folhas e
caules em processo de decomposição, formando as turfas (matéria orgânica combustível).
3.1.2 CLASSIFICAÇÕES: TEXTURAL E GENÉTICA
A classificação textural ou granulométrica distingue os diferentes tipos de solos
segundo o tamanho dos grãos que os compõem. A NBR 6502 (1995) classifica os solos,
segundo a sua granulometria, em:
Tabela 1: Classificação textural ou granulométrica
FRAÇÃO DIÂMETRO DA PARTÍCULA – D (MM)
Argila D < 0,005
Silte 0,005 < D < 0,05
Areia fina 0,05 < D < 0,42
Areia média 0,42 < D < 2,0
Areia grossa 2,0 < D < 4,8
Pedregulho 4,8 < D < 76
Fonte: ABNT/NBR 6502, 1995.
3.1.3 PROPRIEDADES FÍSICAS DOS SOLOS
Segundo Guiguer (2000) as propriedades físicas dos solos que mais influenciam o
comportamento dos hidrocarbonetos líquidos são:
3.1.3.1 POROSIDADE
Os poros do solo são representados por cavidades de diferentes tamanhos e formas,
determinados pelo arranjamento das partículas sólidas (Hillel, 1972; Marques, 2000), e
constituem a fração volumétrica do solo ocupada com ar e solução (água e nutrientes). Os
poros do solo correspondem, portanto, ao espaço onde ocorrem os processos dinâmicos do ar
e da solução do solo (Hillel, 1972).
3.1.3.2 PERMEABILIDADE E CONDUTIVIDADE HIDRÁULICA
A condutividade hidráulica, também conhecida como coeficiente de permeabilidade, é
a capacidade do fluido de se mover nos espaços vazios intersticiais do sedimento ou rocha. A
7
condutividade hidráulica do solo determina o fluxo de água no solo, sendo dependente de
propriedades do solo como distribuição de tamanho e forma das partículas, tortuosidade,
superfície especifica e porosidade. Estas apresentam reflexo na geometria porosa dos solos
(Libardi, 2005).
A condutividade hidráulica tem sua importância devido à maior ou menor facilidade
de deixar passar a água, determinando, na maior parte dos casos, a principal componente da
propagação dos contaminantes. (Santos 2009.)
3.2 ÁGUA SUBTERRÂNEA
Embora toda água situada abaixo da superfície da Terra seja evidentemente
subterrânea, na hidrogeologia a denominação, água subterrânea, é atribuída apenas à água que
circula na zona saturada, isto é, na zona situada abaixo da superfície freática. Aquífero é a
formação geológica do subsolo capaz de servir de depositório e de transmissor da água nele
armazenada. (Santos, 2009)
De acordo com ABAS (2007) uma litologia só será aquífera se, além de ter seus poros
saturados (cheios) de água, permitir a fácil transmissão da água armazenada.
3.2.1 AQUÍFEROS
Etimologicamente “aquífero” significa: aqui = água; fero = transfere; ou do grego,
suporte de água (ABAS, 2015), podem ser classificados de acordo com a pressão das águas
nas suas superfícies limítrofes, ou de acordo com a porosidade.
A litologia do aquífero, ou seja, a sua constituição geológica (porosidade/permeabi-
lidade intergranular ou de fissuras) é que irá determinar a velocidade da água em seu meio, a
qualidade da água.
3.2.1.1 AQUÍFERO LIVRE OU FREÁTICO
Sua formação geológica é permeável e superficial, totalmente aflorante ou seja sua
superfície encontram à pressão atmosférica que servem de recarga direta, e limitado na base
por uma camada impermeável. O nível da água varia segundo a quantidade de chuva São os
mais explorados pela população, respectivamente os mais susceptíveis a contaminação
(Borghetti, 2004).
8
3.2.1.2 AQUÍFERO CONFINADO OU ARTESIANO
Sua formação geológica permeável, confinada entre duas camadas impermeáveis ou
semipermeáveis onde a pressão da água no topo da zona saturada é maior do que a pressão
atmosférica naquele ponto, o que faz com que a água ascenda no poço (ABAS, 2015).
A figura 1 apresenta as características dos aquíferos quanto sua condição e
característica.
Figura 1: Características dos aquíferos. Fonte: Borghetti (2004).
Em relação aos tipos de espaços vazios os aquíferos podem ser classificados da
seguinte forma pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), em 2007 e apresentados na figura
2.
Figura 2: Porosidade dos Aquíferos, Fonte: Borghetti (2004).
3.2.1.3 POROSO
A água fica armazenada nos espaços porosos criados durante a formação da rocha,
como exemplo tem-se o arenito do Sistema Aquífero Guarani. Os aquíferos porosos
funcionam como esponjas onde os espaços vazios são ocupados por água (Borghetti, 2004).
9
3.2.1.4 FISSURAL (CRISTALINO/EMBASAMENTO CRISTALINO)
A água circula pelas fissuras resultantes do fraturamento das rochas relativamente
impermeáveis (ígneas ou metamórficas), como os basaltos que estão sobre o arenito do
Guarani (Rebouças, 2006).
3.2.1.5 CÁRSTICOS
São os aquíferos formados em rochas carbonáticas (sedimentares, ígneas ou
metamórficas). Constituem um tipo peculiar de aquífero fraturado, onde as fraturas, devido à
dissolução do carbonato pela água, podem atingir aberturas muito grandes, criando, neste
caso, verdadeiros rios subterrâneos (Borghetti, 2010).
3.3 FLUIDO CONTAMINANTE
O petróleo bruto é uma complexa mistura de compostos orgânicos, na maior parte
alcanos e hidrocarbonetos aromáticos, com poucas quantidades de elementos como oxigênio,
nitrogênio e enxofre. Solomons (1996).
Em geral, todas as formas do petróleo são quase que completamente compostas por
uma mistura de hidrocarbonetos de peso molecular variável e, na média, contém
aproximadamente 84,5% de carbono, 13% de hidrogênio, 1,5% de enxofre, 0,5% de
nitrogênio e 0,5% de oxigênio (Silva 2002 apud Fetter, 1999).
A fonte primária, dos derivados de petróleo é o óleo cru, que por meio de destilação
fracionada, são produzidas misturas combustíveis, caracterizadas pelos seus respectivos
intervalos de temperatura e pressão como, por exemplo, a gasolina e óleo diesel. Silva (2002).
Os hidrocarbonetos são compostos orgânicos constituídos por átomos de carbono e
hidrogênio arranjados em estruturas variadas, são divididos em alifáticos e aromáticos e
diferem pelo padrão e ligações carbônicas, conforme Figura 3.
10
Figura 3: Relações estruturais entre os hidrocarbonetos (Silva 2002 apud Potter &
Simmons 1998)
Os hidrocarbonetos possuem a estrutura da polaridade que explica como as moléculas
desses compostos interagem entre si e com a água: com o incremento da polaridade, a
solubilidade na água e o ponto de ebulição também se elevam (Silva 2002 apud Potter e
Simmons, 1998).
Hidrocarbonetos alifáticos compreendem o grupo dos alcanos (cicloanos), alcenos e
alcinos, conforme o tipo de ligação apresentada entre os átomos de carbono estes podem ser:
simples, dupla ou tripla ligação (Silva, 2002).
Os alcanos apresentam estrutura cíclica, chamados cicloalcanos, também conhecidos
como naftenos. Os hidrocarbonetos aromáticos são representados pelos monoaromáticos do
grupo benzeno, tolueno, etilbenzeno e xilenos (BTEX) e os hidrocarbonetos policíclicos
aromáticos (PAH - Polycyclic Aromatic Hydrocarbons), formados pela fusão de dois ou mais
anéis de benzeno (Silva, 2002).
3.3.1 PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS
As características físico-químicas dos fluidos contaminantes podem ser caracterizadas
pela miscibilidade, que é a propriedade de duas ou mais substâncias líquidas misturarem entre
si com maior ou menor facilidade, podendo ser pela diferenciação entre leve e denso que é
dada pela densidade específica de cada composto em relação à água.
Os diferentes tipos de líquidos imiscíveis com a água são denominados de NAPLs lê-
se “népol” (Non Aqueous Phase Liquid – para qualquer liquido imiscível), onde diferenciam-
se aqueles menos densos que a água, os LNAPLs lê-se “elnépol” (Light Non Aqueous Phase
Liquid - Liquido imiscível menos denso que a água), grupo em se enquadram os
11
hidrocarbonetos de petróleo constituintes de combustíveis como a gasolina e óleo diesel, e
aqueles mais densos que a água, os DNAPLs lê-se “dinépou” (Dense Non Aqueous Phase
Liquid – liquido imiscível e mais denso que a água), grupo que abrange os hidrocarbonetos
alifáticos clorados (p. ex. percloroeteno, tricloroeteno) (Guiguer, 2000 apud Mariano, 2006 ;
Fetter, 1999).
As propriedades físico-químicas e o particionamento entre as fases líquida, vapor e
sólida dos hidrocarbonetos são influenciados pela pressão e temperatura do ambiente e do tipo
e quantidade de outras espécies de compostos.
Caso ocorra a contaminação do solo e águas subterrâneas por hidrocarbonetos de
petróleo, em decorrência de vazamento de tanque de armazenamento subterrâneo (TAS), ou
rompimento de linhas de transmissão ou outra forma que coloque o combustível em contato
com o meio, o comportamento destas substancias dependeram principalmente das suas
características físico-químicas e da sua relação in locu do ambiente, a gasolina e o óleo diesel
que são compostos de baixa massa específica, poderão formar essa fase líquida orgânica,
assim constituirá a fase imiscível, também denominada fase livre, ou NAPL (Oliveira, 1992)
Pode-se definir a gasolina como líquido volátil inflamável, extremamente complexa,
formada de vários tipos de hidrocarbonetos, onde a maior parte dessas substancias são
classificadas como alifáticos ou aromáticos. Para a produção é necessário alguns processos
de destilação direta, craqueamento, reformação e polimerização que se desenvolvem nas
refinarias, para investigações de cunho ambiental a gasolina é identificada pelos
hidrocarbonetos aromáticos denominados BTEX. (Neiva,1986; Kolesnikovas, 2006).
O óleo diesel é mais viscoso que a gasolina, sua composição principal são os
hidrocarbonetos de cadeias simples, que são os hidrocarbonetos policíclicos aromáticos
(PAHs). Ele é produzido nas refinarias de petróleo a partir da mistura de diversas substâncias,
como o querosene, gasóleos, nafta pesada, diesel leve, diesel pesado, e outros provenientes
das diversas etapas do processamento do óleo bruto, possui como principais compostos na
análise ambiental: o antraceno, benzo(a)pireno, nenzo(a)antraceno, benzo(b)fluoranteno,
benzo(g,h,i)perilino, benzo(k)fluoranteno, indeno(1,2,3)pireno, criseno, fenantreno,
fluoranteno, fluoreno e naftaleno (Kolesnikovas, 2006; Pérez, 2007).
Os combustíveis líquidos possuem varias propriedades que podem influenciar a
mobilidade e a retenção das substancias no solo: densidade, viscosidade dinâmica,
solubilidade e pressão de vapor.
Silva (2002), relata que a densidade dos combustíveis líquidos é menor que a da água
e essa diferença pode causar um efeito significativo no escoamento e retenção dos
combustíveis líquidos em solo úmido ou saturado em água. Com o aumento da temperatura
12
tende a baixar a densidade e a viscosidade, e pode causar uma mobilidade maior dos
combustíveis líquidos no solo.
A solubilidade dos constituintes de hidrocarbonetos é a medida de quanto um
constituinte pode se dissolver em água. Os constituintes que apresentam solubilidade maior
são os aromáticos leves como o benzeno, o tolueno, o etilbenzeno e o xileno (Santos, 2009).
Quando um vazamento de hidrocarbonetos derivados de petróleo é evidenciado os
fluidos podem apresentar as seguintes fases:
As principais características e comportamento de cada uma das quatro fases são
apresentadas abaixo na figura 4 evidenciada por Silva (2002).
Figura 4: Perfil esquemático de solo impactado por vazamento de combustível, proveniente
de TASC (Tanque de Armazenamento Subterrâneo de Combustível). Fonte: Silva (2002).
3.3.2 HIDROCARBONETOS EM FASE LIVRE
Associa fase livre quando á existência de um derramamento ou vazamento de
combustíveis em fase liquida para o solo, este percola no solo pelas forças das capilaridades e
gravitacional, ao chegar à zona não saturada ou saturada, os hidrocarbonetos por serem menos
denso que a água, apresentam-se sobrenadantes à franja capilar, estes dos quais não foram
adsorvido pelas partículas do solo, assim podendo constituir – se como um véu sobre o topo
do freático livre (Oliveira, 1992).
13
3.3.3 HIDROCARBONETOS EM FASE ADSORVIDA OU RETIDA
Refere-se as variações freáticas inerentes, e ocupa uma banda sobre o topo da fase
livre em meio as porosidades do solo. Essa banda pode ser mais ou menos significativa,
dependendo da viscosidade do produto, da porosidade do solo e das oscilações do freático
livre (Silva, 2009).
3.3.4 HIDROCARBONETOS EM FASE DISSOLVIDA
Ocorre quando os compostos orgânicos são solubilizados na água das zonas não
saturada e saturada, é o resultado do contato da água, solo e a fase liquida do combustível.
Segundo Silva 2002 a fase dissolvida representará a de maior volume em função da
maior mobilidade dos compostos dissolvidos na água, em contrapartida a maior parte do
composto se apresentará em fase livre e adsorvida ao solo.
3.3.5 HIDROCARBONETOS EM FASE VAPOR
A fase vapor resulta da volatização dos combustíveis nas demais fases constituintes,
estes ocupam os vazios dos solos ou rocha, onde possuem mais significância na zona vadosa,
de acordo com as características físicas e químicas do contaminante e do aquífero a migração
pode ser mais ou menos representativa.
A figura abaixo representa todas as fases de contaminantes em meio saturado e
insaturado no solo.
Figura 5: Meios de Contaminação. Adaptado de EPA (1996).
14
3.4 TOXICIDADE E EFEITOS À SAÚDE
Segundo Silva, 2002 a toxicidade dos hidrocarbonetos é avaliada em função do tipo
de exposição, que está relacionado ao caminho de entrada do composto no organismo”, essa
exposição dos receptores é a chave para a quantificação do risco.
Os meios de exposição de cada receptor possuem como agravantes as formas e os
ambientes nas quais se encontram, ou seja, os “bens a proteger”, estes relacionados à
quantificação dos impactos e diante dos valores máximos aceitáveis, influenciaram nos efeitos
a saúde humana e na qualidade do meio.
Assim o acúmulo de vapores de hidrocarbonetos pertinentes aos vazamentos de
combustíveis em solo e água subterrânea caracteriza uma situação de risco a saúde humana,
através das exposições de um possível consumo da água impactada e da inalação destes
vapores em ambientes abertos ou fechados. (Silva, 2002)
Os termos Hidrocarbonetos Totais de Petróleo (HTP) ou TPH em inglês (Total
Petroleum Hydrocarbon) são usados para descrever a família de centenas de compostos
químicos originados do refino do petróleo, alguns destes hidrocarbonetos apresentam alta
toxicidade aos seres vivos, a exemplo do benzeno, que podem afetar o sistema nervoso, a
medula óssea, provocar dores de cabeça, náusea, anemia e leucemia (ATSDR, 1999 apud
Silva, 2009).
Os padrões normativos estabelecidos pelo Ministério da Saúde classificou o
hidrocarboneto monoaromáticos Benzeno, da família do BTEX (Benzeno, Tolueno,
Etilbenzeno e Xilenos) que são constituintes da gasolina como o mais tóxico causando
depressores do sistema nervoso central e por causar leucemia em exposições crônicas. (Silva;
2009).
3.5 LEGISLAÇÃO
3.5.1 LEGISLAÇÃO FEDERAL
Com o aumento dos impactos ambientais decorrentes por acidentes nas áreas de
influencia dos postos de combustíveis em função da manutenção inadequada ou insuficiente,
da obsolescência dos sistemas e equipamentos, tornou-se necessário a elaboração de leis,
decretos e resoluções a fim de normatizar e padronizar os serviços e as técnicas prestadas para
proteger o meio ambiente e assegurar a sadia qualidade de vida. (Santos, 2009)
De acordo com a Lei Federal nº 9.605/98, regulamentada pelo Decreto no 3.179/99, é
considerado crime ambiental a poluição decorrente dos combustíveis derivados de petróleo,
15
assim como a Lei Federal 9.478/97 estabelece que seja de obrigação da Agência Nacional do
Petróleo (ANP) promover a regulamentação, contratação e fiscalização do setor, assim
incentivando o desenvolvimento nacional sustentado nos pilares da preservação do interesse
publico e do meio ambiente (Marques, 2008).
A Resolução CONAMA Nº 273/2000 assim como sua complementação o CONAMA
Nº 319 de 4 de dezembro de 2002, prevê o licenciamento dos empreendimentos que
comercializem ou manipulem hidrocarbonetos derivados de petróleo, definido que tais
substâncias são um risco potencial a qualidade e preservação do meio ambiente, segurança e
saúde publica, definindo-se que a prevenção e o controle da poluição deve ser primordiais
nas fontes potenciais de contaminação ou seja nos sistemas de armazenamento e distribuição
dos combustíveis.(CETESB, 2006).
Todavia fica sob-responsabilidade dos órgãos competentes exigir os critérios mínimos
para que os empreendimentos estejam adequados e em consonâncias a toda legislação para a
concessão das licenças.
3.5.2 LEGISLAÇÃO ESTADUAL
A Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental é a agência do estado de São
Paulo responsável pelo controle, fiscalização, monitoramento e licenciamento de atividades
geradoras de poluição, com a preocupação fundamental de preservar e recuperar a qualidade
das águas, do ar e do solo estabelecidas com a Lei Estadual Nº 997 de 31 de maio de 1976 e
Decreto Estadual Nª 8.468 de 8 de setembro de 1976. (CETESB, 2007)
Segundo Santos (2009), a CETESB tem como metodologia os padrões holandeses de
lei de proteção do solo criada em 1987, assim a definição dos valores referenciais de
qualidade do solo e das aguas subterrâneas foram adequados para as realidades do estado
paulista.
Tal metodologia aborta três níveis de valores orientadores nas quais Silva et al (2009)
as classifica :
Valor de Referência de Qualidade (VRQ): é a concentração de determinada substância no solo ou na água subterrânea, que define um solo como limpo ou a qualidade natural da água subterrânea;
Valor de Prevenção (VP): é a concentração de determinada substância, acima da qual podem ocorrer alterações prejudiciais à qualidade do solo e da água subterrânea;
Valor de Intervenção (VI): é a concentração de determinada substância no solo ou na água subterrânea acima da qual existem riscos potenciais, diretos ou indiretos, à saúde humana, considerando um cenário de exposição genérico. Para o solo, foram estabelecidos 03 cenários de exposição, Agrícola-Área de Proteção Máxima - APMax, Residencial e Industrial.
16
Para classificar como área contaminada os estudos de investigações geoambientais,
devem identificar a presença de substancias na água ou solo em concentrações acima dos
valores de intervenção aplicáveis, e as etapas de diagnostico devem ser divididas
cronologicamente, sendo elas: Investigação Preliminar, Investigação Detalhada e Analise de
Risco, para posteriormente propor técnicas ou meios de monitoramento ou remediação afim
de reabilitar a área (Silva, 2009).
3.6 ESTUDOS AMBIENTAIS
3.6.1 INVESTIGAÇÃO PRELIMINAR CONFIRMATÓRIA
A Investigação Preliminar ou Investigação de Passivos Ambientais visa identificar
área com potencial e sob suspeita da existência de uma contaminação, analisando a possível
presença de hidrocarbonetos constituintes de combustíveis automotivos e/ou de lubrificantes
no subsolo e na água subterrânea, possibilitando concluir a partir de analises químicas a
possível presença de contaminação.
Silva (2009) relata que a investigação preliminar tem a função de realizar um
diagnostico ambiental com finalidade determinar a qualidade ambiental da área de influência
da implantação do empreendimento, de modo a interagir com o meio biótico, abiótico e
socioeconômico, visto que tal interação serve como referencial para as etapas posteriores de
estudos ambientais.
A ABNT/NBR 15.515-1 (2007) define como avaliação preliminar o início da
avaliação de passivo ambiental em solo e água subterrânea, com intuito de identificar uma
possível contaminação, a partir de trabalhos em campo e históricos do local.
3.6.2 INVESTIGAÇÃO DETALHADA
Após a identificação da existência do impacto ambiental detectando uma
contaminação, á necessidade de um estudo mais detalhado a fim de confirmar a degradação
em suas especificidades garantindo a delimitação da área afetada, essa delimitação pode ser
necessária tanto para o solo quanto para a água subterrânea, podendo ser estendida para outros
meios, caso seja necessário. (Picchi, 2011)
Nessa etapa as características das fontes de contaminação (primarias e secundarias),
assim como a área e o volume afetado pelas substancias identificadas e suas concentrações
são elementos indispensáveis para o êxito do estudo. (CETESB, 1999, 2007)
17
O meio físico onde se encontra o impacto, deve ser criteriosamente caracterizado
como, a geologia local, hidrogeologia e sua dinâmica assim como o uso e ocupação do solo
do entorno, visando o levantamento de todos os receptores ao risco evidenciado.
A dinâmica natural das características geológicas e hidrogeológicas ajudaram a
construção do modelo conceitual do local visando o entendimento dos contaminantes na zona
saturada e não saturada (Picchi, 2011).
A síntese do estudo representa o modelo conceitual da área, sendo fundamental para a
continuidade do gerenciamento da área. Este deverá apresentar todo o conhecimento da área
contaminada identificando as fontes primárias e secundárias de contaminação, os mecanismos
de transporte e os caminhos preferenciais de movimentação dos contaminantes, as vias de
exposição e os receptores potencialmente afetados. (CETESB, 2007)
Contudo o estudo deve conter um mapeamento horizontal e vertical da contaminação
estimando a quantidade do contaminante, a caracterização do meio físico e seu entorno
visando o entendimento da dinâmica de transporte das substancias assim prever e identificar
as vias de exposição e receptores (modelo conceitual) para a realização da Avaliação de Risco
a saúde humana. (CETESB, 2007)
3.6.3 ANÁLISE DE RISCO
CETESB, 1999 define como risco a probabilidade de ocorrência de efeito(s) diverso(s)
em receptores expostos (bens à proteger) a contaminantes presentes em uma área
contaminada.
Maluf, 2009 define o risco à saúde humana como a possibilidade de um evento nocivo
(morte, dano ou perda) ocorrer como resultado da exposição a agentes físicos ou químicos em
condições específicas.
Já a analise de risco pode ser definida como o processo pelo qual são identificados,
avaliados e quantificados os riscos à saúde humana, ao meio ambiente e a outros bens a
proteger em relação à exposição às substancias tóxicas. (SÃO PAULO, 2009)
A análise de risco é uma estimativa da exposição a uma determinada substância e a
avaliação do efeito adverso à saúde humana em decorrência desta exposição, assim são
definidas as probabilidades consideradas aceitáveis para o tipo de ocupação da área por meio
da análise de multi-cenário (CETESB, 2001).
Com a execução da avaliação de risco pode-se concluir a existência de contaminação
embora a mesma, não signifique risco toxicológico, ou seja, a avaliação de risco definirá a
necessidade de implementação de medidas de intervenção. (CETESB, 1999, 2007).
18
As medidas de intervenção são de acordo com o risco apresentado, caso a área não
apresente risco constatado pelas concentrações estarem abaixo dos valores orientadores
aceitáveis a área deverá ser monitorada para encerramento de modo a certificar-se que a
contaminação não exceda as concentrações máximas permitidas já calculadas, um prazo para
o monitoramento deve ser estipulado estabelecendo metas. (CETESB, 2007).
Para os casos em que extrapolem as metas estabelecidas ou os que apresentarem riscos
toxicológicos eminentes, medidas de controle que visem o gerenciamento do risco devem ser
empregadas, podendo ser de caráter emergencial, institucional de engenharia ou remediação,
definido respectivamente a partir do perigo apresentado (CETESB, 2007).
As situações de perigo que envolvam um risco eminente, acidente ou um cenário de
exposição aguda deve ser caracterizado como medida emergencial e executado durante
qualquer etapa da investigação, já a aplicação das técnicas de remediação, devem ser
executadas quando o risco à saúde estiver acima dos valores aceitáveis, quando houver a
necessidade de proteção de receptores ecológicos, ou mesmo quando ocorrerem situações de
perigo. (Oliveira, 2001)
Para os casos de medidas administrativas ou institucionais poderão ser implementadas
em substituição ou complementação à aplicação de técnicas de remediação.
Picchi, 2011 relata que a medida institucionais ocorreram por meio da restrição ao uso
do solo, restrição ao uso de água subterrânea, restrição ao uso de água superficial, restrição ao
consumo de alimentos, ou mesmo, via restrição ao uso de edificações.
As medidas de controle de engenharia visão técnicas utilizadas na construção civil,
voltadas ao interrompimento da exposição dos receptores aos contaminantes, podendo
substituir ou complementar as técnicas de remediação (CETESB, 1999).
Com as medidas de intervenção definidas pela analise de risco, um plano de
intervenção deve ser empregado de modo a garantir a ocupação segura do local, isenta de
riscos toxicológicos, ou seja, apresentando medidas ao gerenciamento da áreas de risco.
(CETESB, 1999, 2007).
A figura abaixo apresenta uma representação das ações a serem tomadas para
gerenciar o risco com a melhor escolha de controle a ser adotado.
19
Figura 6: Ações a serem adotadas no gerenciamento do risco Fonte: CETESB (2007).
3.6.4 REMEDIAÇÃO
A remediação de uma área consiste na execução de técnicas de tratamento,
descontaminação ou de contenção, cujo objetivo é a redução do nível de risco toxicológico a
partir de metas previamente estabelecidas, assim o conhecimento e a caracterização dos
contaminantes bem como suas concentrações e extensões são fatores primordiais para a
escolha da melhor técnica a ser empregada. (CETESB, 1999, 2007)
A execução dos estudos de investigação detalhada e analise de risco orientaram as
metas de remediação do local, visto que o processo de remediação deverá ser executado até
que elas sejam atingidas ou que as concentrações máximas aceitáveis sejam alcançadas,
posterior a eficácia do sistema de remediação, a área devera ser monitorada e comprovada por
ensaios laboratoriais para o encerramento do caso.
O monitoramento para encerramento deverá ser realizado por quatro companhas
semestrais de amostragem e análise, coincidentes com os períodos de maior e menor elevação
do nível freático, assim possibilitam o diagnostico das variações das concentrações de
contaminantes em ciclos hidrológicos distintos. (CETESB, 2007)
20
Permanecendo as concentrações abaixo das metas de remediação definidas para a área
a mesma poderá ser reabilitada para o uso declarado (Picchi, 2011).
3.6.4.1 TÉCNICAS DE REMEDIAÇÃO
Existem inúmeras técnicas de remediações compreendidas na realização das ações na
própria área (on site) pode ser de dois tipos: ativo ou passivo, ou a transferência para
tratamento externo (off site). (CETESB, 1999).
Seabra (2005), define que as técnicas de remediação podem ser aplicadas
separadamente ou em conjunto, tendo como finalidade três estratégias básicas: destruir ou
alterar o contaminante; extrair ou separar os contaminantes do local; ou então imobilizar os
contaminantes.
O sistema ativo de tratamento “on site” constitui-se na remoção do material
contaminado e tratamento fora (ex situ) podendo ser facultativo a reposição no local de
origem após o tratamento. (CETESB, 1999)
Todavia o sistema passivo de remediação “on site” trata a contaminação diretamente
no local de origem (in situ), ou seja, não há remoção do material contaminado, quer seja água
ou do solo. (Mariano, 2006)
Podemos diferenciar as técnicas de remediação em processos destrutivos, processos de
concentração ou de transferência.
Os processos destrutivos convertem as substancias químicas identificadas em
compostos menos tóxicos ou totalmente mineralizados, como oxidação/redução química,
biodegradação e processos térmicos (Bisognin, 2012).
Processos de concentração ou de transferência não destroem o contaminante, mais
transferem para outras fases de estado os concentrando (sólida, gasosa ou liquida) partindo do
princípios de adsorção, a filtração, sedimentação, extração de vapores. (CETESB, 1999)
21
4 METODOLOGIA DE PESQUISA
Para o desenvolvimento da pesquisa foi realizada revisão bibliográfica por meio de
artigos científicos, livros, teses e dissertações, para o entendimento das temáticas abordadas
no estudo. Também foi realizada revisão da legislação ambiental federal e estadual para a
análise dos resultados da pesquisa científica.
A metodologia utilizada para o desenvolvimento deste estudo compreendeu a
aplicação sistemática de procedimentos contidos no Manual de Gerenciamento de Áreas
Contaminadas, adotado pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB),
disponível no site da companhia. A metodologia baseou-se no gerenciamento integrado da
área de estudo e foi desenvolvido em quatro etapas.
ETAPA 1 - Trabalhos Prévios e Investigação Preliminar:
Os trabalhos prévios para o diagnostico da área foram embasados em levantamentos
bibliográficos de artigos científicos e estudos ambientais já realizados pela Geo-Analitica
Estudos e Gerenciamento de Áreas Contaminadas.
Os levantamentos em campo visaram a identificação das fontes potenciais de
contaminação, entrevistas com funcionários e proprietários do empreendimento afim de
elaborara o modelo conceitual da área para definição do potencial de contaminação do área.
ETAPA 2 - Confirmatória do Solo e das Águas Subterrâneas.
Após a identificação de classificação da área do empreendimento como um potencial
de contaminação, a investigação confirmatória foi iniciada com intuito diagnosticar as
possíveis contaminações existentes no local por hidrocarbonetos derivados de petróleo.
Para a investigação do solo foram realizadas sondagens de reconhecimento geológicas
e pedológicas com trado mecânico, por meio de uma maquina rotativa, em cada sondagem
foram realizados medições VOC metro á metro do material retirado com equipamento de
medição de gases em solo, assim definindo a amostra de solo que apresentou a maior
concentração de gases, estas foram encaminhadas a um laboratório certificado pelo
INMETRO para analise dos parâmetros de BTEX, PAH e Etanol.
22
Nas sondagens realizadas, foram instalados poços de monitoramento de água
subterrânea de acordo com NBR 13.895, com intuito de diagnosticar os possíveis impactos
dos hidrocarbonetos derivados de petróleo.
Após a instalação dos poços de monitoramento, foi realizado o desenvolvimento
(purga) para a eliminação de particulados finos eventualmente presentes com a utilização de
um amostrador descartável bayler.
A coleta das amostras foram realizadas com amostradores e frascarias descartáveis e
próprias para as analises de BTEX, PAH e Etanol.
O levantamento geométrico foi realizado para a determinação das cargas hidráulicas
nos poços de monitoramento instalados, com a correlação planialtimétrica entre eles. Para
realizar o levantamento foram realizadas leituras diretamente na régua, a partir de um ponto
de visada, do equipamento de “nível”.
ETAPA 3 – Investigação Detalhada e Analise de Risco
A investigação confirmatória possibilitou o diagnostico da área como contaminada,
assim se fez necessário a investigação detalhada do local e a analise de risco no qual o
impacto por hidrocarbonetos poderiam gerar para o meio ambiente e a saúde humana do
entorno do empreendimento.
Foram necessários as realizações de novas sondagens e instalação de poços de
monitoramento para coleta e analise de solo e água subterrânea afim de delimitar as plumas de
contaminação das fases retidas, livres e dissolvida existentes no local.
Os resultados de solo e água dos novos pontos investigados possibilitaram a integração
e interpretação do novo modelo conceitual existente no empreendimento, assim realizou-se a
analise de risco de acordo como as tabelas de risco da CETESB, concluindo o diagnostico
ambiental do local.
ETAPA 4 - Proposições para o Saneamento Ambiental da Área Investigada.
Com os resultados do diagnostico ambiental do empreendimento e o novo modelo
conceitual de área contaminada, propiciou a propostas de técnicas de remedição e medidas de
intervenção a fim de minimizar e sanar os impactos dos hidrocarbonetos ao risco a saúde
humana.
23
5 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
5.1 INVESTIGAÇÃO PRELIMINAR
5.1.1 LOCALIZAÇÃO
O município de Lucélia pertence à região conhecida como Alta Paulista, oeste do
estado de São Paulo; de acordo com IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a
população estimada, em 2014, foram de 21 059 habitantes; possui uma área de 314,455 Km² e
limita-se com as cidades de Adamantina, Bento de Abreu, Rubiácea, Salmourão, Inúbia
Paulista, Sagre, Pracinha e Mariápolis.
A cidade localiza-se no espigão divisor de águas dos rios Peixe/Aguapeí, e pertence a
UGRHI 21 (Unidade de Gerenciamento de recursos Hídricos da bacia do rio do Peixe), tendo
parte de seu território na UGRHI 20 (Unidade de Gerenciamento de recursos Hídricos da
bacia do rio Aguapeí).
O relevo do município segue a estrutura regional, em que as camadas sub-horizontais,
com suave caimento para oeste, constituem uma plataforma nivelada em cotas próximas a 500
metros nos limites orientais, atingindo, na foz do Rio Paranapanema, o solo da região
predomina o podzólico variação Lins e Marília, com manchas de Latossolo vermelho escuro
CETEC 1998.
O clima da região de Lucélia/SP é caracterizado, no inverno, pela presença de um
período seco sob influência predominante dos Sistemas Polares; no verão, por um período
chuvoso, influenciado pelos Sistemas Tropicais (Continental e Atlântico).
A precipitação anual média é de 1320 mm, período de 1963 a 1992, segundo dados do
Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), posto de Lucélia/SP (C8-018). A
temperatura média anual fica entre 19,4ºC e 23ºC (DAEE, 2000).
5.1.2 CARACTERIZAÇÃO GEOLOGICA REGIONAL
Segundo o IPT et al 1981, no Mapa Geológico do Estado de São Paulo, a cidade de Lucélia
situa-se a formação Presidente Prudente do grupo Bauru.
A Formação Presidente Prudente ocorre nas cotas mais altas dos interflúvios regionais, abaixo das quais aflora a Formação Vale do Rio do Peixe. O contato entre elas é interdigitado, denotando a gradual instalação da primeira (depósitos fluviais) sobre a segunda (depósitos eólicos). Constituída por arenitos muito finos a finos (dominantes) e lamitos arenosos, lentes arenosas com estratificação cruzada acanalada, isoladas ou múltiplas (unidades de corte-e preenchimento);
24
arenitos em corpos tabulares com estratificação sigmoidal interna; arenitos a siltitos em camadas tabulares, com estratificação plano-paralela e estruturas de fluxo aquoso de regime inferior dominante; e lamitos argilosos em geral maciços, em estratos tubulares.
Figura 7: Mapa Geológico Regional.
5.1.3 CARACTERIZAÇÃO HIDROGEOLÓGICA REGIONAL
O Aqüífero Bauru ocupa aproximadamente a metade oeste do território do Estado de
São Paulo possuindo uma área aproximada de 96.880 km². Os limites do Aqüífero Bauru no
Estado compreendem a oeste e noroeste o Rio Paraná, a norte o Rio Grande, a sul o Rio
Paranapanema e áreas de afloramento da Formação Serra Geral, que delimitam também o
aqüífero na região leste.
O Aqüífero Bauru é constituído pelas rochas sedimentares dos Grupos Bauru e Caiuá
(FERNANDES & COIMBRA 1992), depositados na Bacia Bauru, designação efetuada por
FERNANDES (1992). A sedimentação na Bacia Bauru ocorreu em duas fases principais, a
primeira em condições essencialmente desérticas e, a segunda, em clima semi-árido, com
maior presença de água.
Figura 8: Mapa Hidrológico Regional.
5.1.4 LEVANTAMENTO DE DADOS E VISTORIA DETALHADA DA ÁREA
Em março de 2015, foi realizado o inicio dos trabalhos de campo, no empreendimento
em questão, que localizou-se no perímetro urbano da cidade de Lucélia –SP.
Com área menor de 2000 m², o posto possuía como sistema de armazenamento de
combustíveis tanques subterrâneos e trabalha na revenda de gasolina, etanol e diesel, também
no empreendimento havia prestação de serviços de troca de óleo e conveniência.
A figura 9 apresenta o layout do empreendimento e sua localização.
Figura 9: Layout do empreendimento
O volume médio mensal de combustível que era movimentado era de
aproximadamente 80.000 litros de gasolina, 100.000 litros de etanol, 20.000 litros de diesel.
Machado (1998) prevê grande importância na identificação das linhas, bombas e
bocais e tanques de armazenamento, uma vez que a incidência de vazamentos nestes
equipamentos é grande.
As tabelas abaixo evidenciam as características dos tanques de armazenamento de
combustíveis e das bombas e filtros de abastecimento.
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DEPÓSITO
DEPÓSITO
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Curso de Especialização em"Gerenciamento de Recursos Hídricos e
Planejamento Ambiental em BaciasHidrográficas"
Ourinhos-SP 2016
Bombas de Abastecimento
Filtro de Diesel
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LEGENDA
*Nota: Área Total Terreno 637,00 m²
Elaborado: Renan Pereira ZambianquiOrientado: Profa. Dra. Renata Ribeiro
de Araujo
GERENCIAMENTO INTEGRADO
DE UM POSTO DE
COMBUSTÍVEIS
FIGURA 09
Layout do empreendimento
Pagina 27
28
Tabela 2: Características dos Filtros e Bombas do Empreendimento
Tabela 3: Características dos tanques de Armazenamento Subterrâneos
Todo empreendimento possui piso impermeável de concreto armado e sistemas de
captação de efluentes gerados na pista de abastecimento (canaletas) e estes são encaminhados
para a caixa de separação água/óleo.
No posto de combustível a água utilizada para o consumo humano e uso geral, provia
do sistema municipal de abastecimento.
Segundo informações da direção e dos funcionários que trabalhavam no local, nunca
houve perdas durante as operações de abastecimento dos veículos e tanques, como também
nunca foi constatada a perca de produtos nos tanques de armazenamento.
O método de detecção, para diagnostico de controle de movimentação do estoque do
combustível é regulamentado pela NBR/ABNT e este estabelece variações máximas de 0,6%
de volume de perda ou aumento no volume dos tanques. Em caso de perdas superiores a 0,6%
podem ser consideradas vazamento ou roubo de produto. Enquanto que ganhos superiores de
0,6% podem indicar entrada de água nos tanques (Teixeira, 2013).
Para confirmação de vazamentos em tanques e tubulações são realizados testes de
estanqueidade que, segundo a norma NBR/ABNT 13784, devem ser capazes de detectar a
taxa de vazamento de no mínimo 0,378 L/h , com no mínimo 95% de probabilidade de
detecção de vazamento e no máximo até 5% de probabilidade de alarme falso (Teixeira,
2013).
O entorno do posto de combustível era de uso predominantemente de comércios
residências, não haviam áreas de produção agropecuária, piscicultura, corpos d’água, bem
como nenhum poço tubular profundo registrado no DAEE.
Freire (2011) evidencia a necessidade da avaliação do entorno devido a contaminação
de solos e águas subterrâneas por postos de armazenamento de combustível oferecerem riscos
Características dos Filtros e Bombas N° de Controle Status Produto Condição
B01 Ativa G/E Regular B02 Ativa G/E Regular B03 Ativa D Regular F01 Ativo Filtro de Diesel Regular
Características Tanques de Armazenamento Subterrâneo N° de Controle Status Tipo de Tanque Produto Condição
TQ-01 Ativa Pleno G/E Regular TQ-02 Ativa Pleno G/E Regular TQ-03 Ativa Pleno D Regular
29
à saúde humana uma vez que os compostos presentes nos combustíveis serem em sua maioria
cancerígenos.
Figura 10: Entorno do empreendimento.
5.1.5 MODELO CONCEITUAL
De acordo com o levantamento realizado, a área foi classificada como área com
potencial de contaminação (AP), tendo em vista a atividade desenvolvida.
As possíveis fontes de contaminação são as tubulações subterrâneas, que interligavam
a bomba de abastecimento ao tanque de armazenamento de combustível (Teixeira, 2013),
assim como a troca de óleo. A tabela 4 e figura 11 apresentam as principais fontes de
contaminação que exemplificam o modelo conceitual.
Os receptores e bens a proteger diretamente impactados na área são os comércios de
seu entorno e as áreas de conveniência e abastecimento do empreendimento.
Figura 11: Apresenta as fontes potenciais de contaminação Tabela 4: Modelo conceitual do empreendimento
Fontes
Classificação (AP ou AC)
Substâncias ou produtos
Mecanismos de liberação
Vias de transporte dos contaminantes
Receptores/bens a proteger
Posto de combustível
AP (Área Potencial)
Óleo Diesel Gasolina Etanol
vazamentos/ derramamentos
infiltração no solo/ transporte pela
água subterrânea
trabalhadores; solo; água
subterrânea, Teixeira, 2013 define quando não for observada contaminação aparente, são
necessárias ações de investigação complementares, a fim de identificar a presença ou não de
passivo, ou seja, uma Investigação Confirmatória, para os casos de áreas com potenciais de
contaminação.
5.2 INVESTIGAÇÃO CONFIRMATÓRIA
A vistoria de campo seguiu os “Procedimentos para identificação de passivos
ambientais em Estabelecimentos com Sistema de Armazenamento Subterrâneo de
Combustíveis” (SASC) da CETESB.
Foram averiguadas todas as fontes potenciais existentes na região de interesse,
inclusive a região dos tanques subterrâneos, assim podendo definir o modelo conceitual do
empreendimento e a identificação dos locais onde poderiam ser realizadas as amostras de solo
e água, visto que essas áreas possuem um potencial poluidor.
COMÉRCIO
COMÉRCIO
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MÉR
CIO
COMÉRCIO
COMÉRCIO
COMÉRCIO
P
CÂM
AR
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MU
NIC
IPAL
IGR
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MATR
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RESIDÊNCIA
RESIDÊNCIA
RESIDÊNCIA
RESIDÊNCIA
RESIDÊNCIA
RESIDÊNCIA
RESIDÊNCIA
RESIDÊNCIA
RESIDÊNCIARESIDÊNCIA
RESIDÊNCIA
RESIDÊNCIA
RESIDÊNCIA
RESIDÊNCIA
RESIDÊNCIA
RESIDÊNCIA
RE
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Curso de Especialização em
"Gerenciamento de Recursos Hídricos e
Planejamento Ambiental em BaciasHidrográficas"
Ourinhos-SP 2016
FIGURA 10
Entorno Raio de 500 metros do Postode Combustível
LEGENDA
Prefeitura
Comércio
Residência
Câmara Municípal
Igreja Matriz
Posto de Combustível
Linha Férrea
Entorno Raio 500 m
Sistema Viário
Elaborado: Renan Pereira ZambianquiOrientado: Profa. Dra. Renata Ribeiro
de Araujo
GERENCIAMENTO INTEGRADO
DE UM POSTO DE
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Curso de Especialização em"Gerenciamento de Recursos Hídricos e
Planejamento Ambiental em BaciasHidrográficas"
Ourinhos-SP 2016
Bombas de Abastecimento
Filtro de Diesel
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LEGENDA
FIGURA 11
Fontes Potencialmete Contaminadoras
Fontes PotencialmenteContaminadoras
Elaborado: Renan Pereira ZambianquiOrientado: Profa. Dra. Renata Ribeiro
de Araujo
GERENCIAMENTO INTEGRADO
DE UM POSTO DE
COMBUSTÍVEIS
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32
De acordo com um estudo realizado pela CETESB, 2006 a contaminação de solos e águas
subterrâneas causada pelos postos de serviço é, na grande maioria dos casos, provocada por
vazamentos em tanques e tubulações subterrâneas ou constantes e sucessivos extravasamentos
junto às bombas e bocais de enchimento. Assim a metodologia da CETESB adotada para a
definição do numero mínimo de amostras de solo e água, surge do modelo conceitual da área
investigada, ou seja, as características primarias de poluição do local, podendo exemplificar
área total do empreendimento em função da quantidade de tanques de armazenamento de
combustíveis assim como a profundidade do nível freático, a figura abaixo apresenta a relação
para a determinação das sondagens.
Figura 12: Numero mínimo de amostras para nível d’agua até 15 metros de
profundidade.
Fonte: CETESB, 2000.
5.2.1 SONDAGENS DE RECONHECIMENTO
As sondagens do tipo manual e mecanizada representam métodos de investigação
direta para estudos voltados a avaliações hidrogeologicas.
As perfurações foram realizadas a partir de sondagem rotativas mecanizadas com trado
(broca) de 6 polegadas, a locação das sondagens foram definidas pelas principais fontes de
contaminação ou seja as fontes primarias de contaminação que possam existir, sendo os
tanques de armazenamento, linhas e bombas de combustível, nesta ocasião a locação das
sondagens devem ser primordialmente a jusante topográfica da região investigada.
A foto 1 e 2 apresentam as sondagens com trado mecânico realizadas.
33
Foto 1: Sondagem com trado mecânico de seis polegadas
Foto 2: Sondagem mecânica com enfoque no furo realizado.
Durante a realização das sondagens são coletadas amostras deformadas de solo a cada
metro objetivando a descrição das unidades geológicas presentes, a caracterização
organoléptica (visual, táctil e olfativa) também é realizada bem como a medição das
concentrações de Compostos Orgânicos Voláteis (VOCs) com a utilização de medidor de
gases seguindo a metodologia Head Space.
O solo amostrado é colocado em sacos plásticos e homogeneizado por agitação
vigorosa, liberando os vapores presentes nos seus poros, após alguns minutos os sacos são
rompidos pelo tubo de um analisador portátil de vapores orgânicos para obtenção das
concentrações de VOC, a amostra que apresentar o valor mais elevado é reservada para
caracterização analítica em laboratório.
Foram executadas três sondagens de reconhecimento próximas as fontes primarias de
contaminação de acordo com o modelo conceitual, possuindo 15 metros de profundidade
cada, onde o nível freático médio foi atingido com 13 metros.
Durante os trabalhos de campo, foram constatados indícios na sondagem (S-02) por
apresentar odor forte, entretanto não foi verificada a presença de fase livre em meio à
amostragem do solo.
As sondagens executadas apresentaram concentrações de VOC que variaram de 0 a
2000 ppm, sendo a máxima concentração detectada na sondagem S-02, a 5 m de profundidade
localizada próxima a bomba e filtro de diesel. A tabela 5 apresenta as concentrações de VOC
evidenciadas nas sondagens.
34
As sondagens permitiram classificar o subsolo local, até a profundidade de 8,00 m,
como um solo predominantemente argilo – arenoso, sendo podzolico arenenoso marrom
avermelhado, a partir de 8,00 metros ume camada mais rigida de arenito calcífero cimentado.
Os perfis descritivos do material analisado ao longo das sondagens e as leituras de
VOC a cada 1 m encontram-se representados em anexo.
Tabela 5: Características das sondagens de reconhecimento
Profundidade Compostos Orgânicos Voláteis - VOC (ppm) (m) S-01 S-02 S-03
0,0 - 1,0 4,3 7,3 1,4
1,0 - 2,0 6,1 670,8 3,6
2,0 - 3,0 4,2 53,6 3,5
3,0 - 4,0 3,5 659,6 4,2
4,0 - 5,0 2,9 2000 3,3
5,0 - 6,0 2,3 1652 30,6
6,0 - 7,0 1,3 1900 806,5
7,0 - 8,0 0,3 1480 114,5
8,0 - 9,0 0 1279 114,1
9,0 - 10,0 0 1270 105,3
10,0 - 11,0 0 1158 80
11,0 - 12,0 0 1183 65
12,0 - 13,0 0 1180 69
13,0 - 14,0
14,0 - 15,0
Zona Saturada Amostragem de Solo
A Foto 3 e a Figura 13, ilustram respectivamente o equipamento utilizado para
medição dos gases e a localização das sondagens.
Foto 3: Amostra de solo e medição dos gases. * Legenda
1: Equipamento portátil de Medição de Gases
IBRID;
2: Mangueira de sucção para equipamento
descartável;
3: Amostra de Solo coletada após hominização e
agitação pronta para amostra de VOC.
A Figura 13 apresenta a localização das sondagens realizadas.
3
1 2
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"Gerenciamento de Recursos Hídricos e
Planejamento Ambiental em BaciasHidrográficas"
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Bombas de Abastecimento
Filtro de Diesel
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LEGENDA
FIGURA 13
Sondagens Realizadas
Sondagens Realizadas
Elaborado: Renan Pereira ZambianquiOrientado: Profa. Dra. Renata Ribeiro
de Araujo
GERENCIAMENTO INTEGRADO
DE UM POSTO DE
COMBUSTÍVEIS
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36
5.2.2 INSTALAÇÃO DE POÇOS DE MONITORAMENTO
A partir das sondagens realizadas foram instalados 03 poços de monitoramento,
construído de acordo com a norma da CETESB 06.010 (04/88), adaptada pela ABNT como
norma NBR 13.895 “Construção de Poços de monitoramento e amostragem” (julho de 97).
Estes consistem em um tubo geomecânico de 2” de diâmetro, com intervalo de filtro
contínuo (ranhurado de 3,00 m a partir de sua base e liso no restante de seu comprimento).
No espaço anelar formado entre o tubo geomecânico e a parede do furo, colocou-se
pré-filtro de areia selecionada, preenchendo 1,0 m além do intervalo ranhurado do poço, a fim
de se garantir a flutuação do nível freático.
O selo de proteção com bentonita foi colocado acima do pré-filtro, seguido pelo
preenchimento com material de perfuração do próprio poço.
A finalização foi dada com a instalação de “cap” para a boca do poço, com trava, e
com acabamento em concreto com câmera de calçada, como proteção sanitária.
A finalidade da construção dos poços de monitoramento é o acompanhamento
periódico da qualidade das águas subterrâneas por meio de campanhas de amostragem e
observação visual, como também fornecer informações sobre as oscilações do nível freático.
Posteriormente à instalação dos poços de monitoramento realizou-se o seu
desenvolvimento (purga) para a eliminação de particulados finos eventualmente presentes
com a utilização de um amostrador descartável bayler.
Identificou-se a presença de Fase Livre após a instalação dos poços de monitoramento
no PM-02, visto que as nomenclaturas das sondagens são respectivamente para cada poço de
monitoramento a tabela 6 apresenta as características dos poços de monitoramento.
Tabela 6: Características dos poços de monitoramento instalados
A figura 14 apresenta os poços de monitoramento instalados a o perfil de sondagem
com a instalação dos poços de monitoramento com suas características geológicas e as
concentrações de gases seguem em anexo.
As fotos 4, 5, 6 e 7 apresentam respectivamente a montagem e instalação final dos
poços com acabamento e a evidencia de Fase Livre no PM-02.
Figura 14: Poços de monitoramento instalados na etapa de investigação
confirmatória.
Data de Instalação
Poços Nível d'água
Estabilizado. (m) Profundidade final.
(m) Indícios de
Contaminação
27/03/2015 PM-01 11,83 15,0 Não apresentado
27/03/2015 PM-02 12,95 15,0 Fase Livre
27/03/2015 PM-03 11,98 15,0 Não apresentado
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Planejamento Ambiental em BaciasHidrográficas"
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Bombas de Abastecimento
Filtro de Diesel
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FIGURA 14
Poços de monitoramento instalados (PM)
Poços de monitoramento (PM)
Elaborado: Renan Pereira ZambianquiOrientado: Profa. Dra. Renata Ribeiro
de Araujo
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38
* Legenda 1: Amostrador descartável após coleta realizada no poço de monitoramento 02, detalhe da Fase Livre,
espessura aparente de 120 em.
2: Amostrador descartável tipo bailer.
3: Medidor de nível elétrico, (identificação de água e óleo)
4: Frascarias para coleta de amostras a serem enviadas ao laboratório.
Foto 7: Fração de água subterrânea e fase livre coletada na purga
1
2
3
4
Foto 6: Detalhe de amostragem PM-02 Fase Livre
CAP de Pressão
Fase Livre
Fase Dissolvida em água subterrânea
Foto 4 Poço de monitoramento com vedação e acabamento da
Foto 5: Detalhe acabamento do poço de monitoramento com CAP de pressão
39
5.2.3 CARACTERIZAÇÃO HIDROGEOTÉCNICA
O nivelamento geométrico foi realizado de acordo com a metodologia exposta por
Teixeira, et al 2013 e possuiu a finalidade de determinar as cargas hidráulicas nos poços de
monitoramento instalados, a partir da correlação planialtimétrica entre eles. Este levantamento
constou de leituras realizadas diretamente na régua, a partir de um ponto de visada.
As leituras foram realizadas a partir da boca do poço, posteriormente, as cotas lidas
transformadas em cotas corrigidas para efeito de cálculo, que foram obtidas considerando a
relação topográfica entre os poços (Teixeira, 2013).
As cargas hidráulicas foram calculadas subtraindo-se as profundidades do nível d’água
(NA) dos poços de monitoramento das respectivas cotas corrigidas, considerando que ambas
as medidas são lidas a partir da boca dos tubos. Com as cargas hidráulicas conhecidas, foi
possível elaborar um mapa potenciométrico, e determinar o sentido do fluxo das águas
subterrâneas na área investigada a tabela 7 apresenta a carga hidraulica e a figura 15 o mapa
potenciometrico.
Tabela 7: Carga hidráulica estimada
Poço de Monitoramento
Cota relativa da boca nível do mar (m)
Nível Aquífero.
medido (m)
Espessura de Fase
Livre (m)
Carga Hidráulica Corrigida (m)
PM-01 459,0 11,83 - 447,17 PM-02 460,8 12,65 1,20 448,15 PM-03 459,8 11,98 - 447,82
Os dados de campo puderam afirmar que até a profundidade investigada (15 m) há um
único aqüífero, de caráter livre e o nível médio do lençol freático local é de 12,15 m.
A figura 15 apresenta a potenciômetria do terreno, realizado através das interpolações
dos dados de carga hidráulica, onde foram traçadas curvas equipotenciais e, perpendicular às
mesmas, o sentido do fluxo de água subterrânea.
O fluxo das águas subterrâneas na área do empreendimento desloca-se com sentido de
leste para oeste.
Figura 15: Mapa Potenciométrico
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PM-02
PM-03
PM-01
94,2
55,2
74,2
86.00
76.00
76.00
66.00
66.00
56.00
56.00
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Bombas de Abastecimento
Filtro de Diesel
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FIGURA 15Mapa potenciometrico
Poço de Monitoramento
Linhas equipotênciais
Direção do fluxo subterrâneo
Carga Hidraulica (m)95.00
Elaborado: Renan Pereira ZambianquiOrientado: Profa. Dra. Renata Ribeiro
de Araujo
GERENCIAMENTO INTEGRADODE UM POSTO DECOMBUSTÍVEIS
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41
5.2.4 AMOSTRAGEM DE SOLO
Em cada sondagem para a construção dos poços de monitoramento, a amostra que
apresentou o maior valor de VOC e, eventualmente, algum indício da presença de
hidrocarbonetos, foi acondicionada, em um frasco de vidro, bem lacrado e compactado para
que não houvesse espaços vazios em seu interior, evitando-se assim, a perda de gases por
volatilização.
As três amostras de solo, referente à alíquota de maior VOC de cada poço foram
etiquetadas, acondicionadas caixas de termicas com gelo e enviadas ao laboratório, para
análises químicas referentes aos parâmetros de BTEX (Benzeno, Tolueno, Etilbenzeno e
Xileno), PAH (Hidrocarbonetos policíclicos Aromáticos) e Etanol a figura abaixo representa
as amostras de solo.
Foto 8: Amostragem de solo pronto para envio
As amostras de solo das sondagens e suas respectivas profundidades de coletas, S-01
(2,0 m), S-02 (5,0 m), S-03 (6,0 m), foram encaminhadas para análises químicas de BTEX e
PAH e Etanol.
5.2.5 AMOSTRAGEM DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS
Para a amostragem das águas subterrâneas, os poços de monitoramento foram
esgotados, evitando-se a coleta de água estagnada. As amostragens foram realizadas através
de um bailer descartável.
O procedimento de coleta é baseado no Anexo IV dos Procedimentos para
Licenciamento de Postos da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental - CETESB
(2006).
No ato da coleta das amostras, foi retirado o nível freático subterrâneo dos poços de
monitoramento, as características de cada poço esta evidenciado na tabela 8.
42
Tabela 8: Medições sazonais para diagnostico do nível freático
Posteriormente, as amostras foram identificadas e acondicionadas em frascos
apropriados (Foto 11) armazenadas em cooler ou isopor com gelo e enviadas ao laboratório
para análises químicas para os parâmetros de BTEX (Benzeno, Tolueno, Etilbenzeno e
Xileno), PAH (Hidrocarbonetos policíclicos Aromáticos) e Etanol.
Foto 9: Medidor de nível subterrâneo
Foto 10: Kit para coleta de água subterrânea Legenda 1: Frascos para acondicionamento das amostras tipos âmbar; 2: Frascos para acondicionamento das amostras vials; 3: Tampa de caixa térmica (cooler); 4: Amostrador descartável bayler;
* Cada ponto amostrado deve ser utilizado materiais de amostragem e frascarias descartáveis, assim conter um âmber e um vials para analise laboratorial; * As amostras devem ser acondicionadas e mantidas a uma temperatura de 4° C.
Poço Medições 10/05/2015
Profundidade do Nível do Aquífero (m)
Fase Livre (m) Coleta para Analise
Laboratorial PM-01 11,83 - ok PM-02 12,95 1,32 Não coletada PM-03 11,98 - ok
12 4
3
43
Para complementar as amostras do empreendimento foram coletas mais duas amostras
sendo elas o Branco de Campo que possui a função identificar qualquer tipo de contaminação
que possa ser gerada pelas condições ambientais do local na amostra, ou seja, obter valores de
“Background” da área investigada e Branco de Equipamento possuindo a função de obter
possíveis anomalias nos equipamentos e frascarias utilizadas no ato da coleta que possam
contribuir ou influenciar no resultado em caso de positivo.
Foto 11: Acondicionamento de amostras para envio
Foram encaminhadas no total 4 amostras de água do empreendimento sendo elas PM-
01, PM-0, Branco de Campo e Branco de Equipamento. O PM-02 não foi encaminhado para
analises laboratoriais por apresentar fase livre.
5.2.6 ANÁLISES QUÍMICAS DE SOLO E DE ÁGUA SUBTERRÂNEA
Para analise do solo e água subterrânea foram considerados os parâmetros mais
relevantes à caracterização dos contaminantes existentes no solo e água subterrânea neste caso
hidrocarbonetos derivados de petróleo, constituintes nos combustíveis da gasolina e óleo
diesel.
As análises químicas foram encaminhadas para analise em laboratórios que atendem
os requisitos estabelecidos na ABNT NBR ISO/IEC, ou seja são acreditados.
Diante destas características de cada constituinte sempre é requerido os parâmetros
analíticos de BTEX, PAH e Etanol para as investigações em postos de combustíveis (Freire,
2011).
Os resultados das amostras de solo e água são ilustrados na tabela 9 e 10 abaixo e os
mesmos foram comparados com os valores orientadores da CETESB 2014 “Valores
Orientadores para Avaliação de Solos e Águas Subterrâneas, Fevereiro de 2014”.
Adicionar gelo e lacrar para envio
44
Tabela 9: Resultados do estudo confirmatório das amostras de solo.
DATA DE COLETA Março 2015
Março 2015
Março 2015 V.I
CETESB Residen.¹ Amostras
S-01 ou PM-01 2,00 m
S-02 ou PM-02 5,00 m
S-03 ou PM-03 7,00 m
BTEX (µg/Kg) Benzeno < 5 < 5 < 5 80 Tolueno < 5 322 40 14000 Etilbenzeno < 5 671 194 600 o-Xileno < 5 1581 298 - m,p-Xileno < 10 3316 712 - Xileno Total < 15 4897 1010 3200 BTEX Total - 5890 1244 -
PAH (µg/Kg) Naftaleno < 3 289 39 1800 Acenaftileno < 3 24 < 3 - Acenafteno < 3 < 3 < 3 - Fluoreno < 3 47 < 3 - Fenantreno < 3 96 < 3 40000 Antraceno < 3 < 3 < 3 4600000 Fluoranteno < 3 < 3 < 3 - Pireno < 3 < 3 < 3 - Benzo (a) Antraceno < 3 < 3 < 3 7000 Criseno < 3 < 3 < 3 600000 Benzo (b) Fluoranteno < 3 < 3 < 3 7200 Benzo (k) Fluoranteno < 3 < 3 < 3 75000 Benzo (a) Pireno < 3 < 3 < 3 800 Indeno (1,2,3) Pireno < 3 < 3 < 3 8000 Dibenzo (a,h) Antraceno < 3 < 3 < 3 800 Benzo (g,h,i) Perileno < 3 < 3 < 3 - Total PAH's - 455 39 -
ETANOL (µg/Kg) Etanol < 5000 < 5000 < 5000 -
(-) Valores ou resultados não consideráveis
XXX: Resultados acima do valor de intervenção
Método: Análise de acordo com método USEPA 8270 D rev.04:2007 com extração por
sólido-líquido GC/MS automatizada.
Notas:¹ CETESB - "Valores Orientadores para Avaliação de Solos e Águas Subterrânea,
Fevereiro/2014"
Observação: Considerado valores orientadores para o cenário residencial, de acordo com .
(Decisão de Diretoria n° 045/2014)
45
Tabela 10: Resultados do estudo confirmatório das amostras de água subterrânea.
DATA DE COLETA Março 2015
Março 2015
Março 2015
Março 2015
Março 2015
V.I CETESB
2014
Amostras PM-01 PM-02 PM-03 Branco de
Campo Branco de
Equipamento
BTEX (µg/Kg) Benzeno < 1 * 779 < 5 < 5 5 Tolueno 88 * 128 < 5 < 5 700 Etilbenzeno < 1 * 150 < 5 < 5 300 o-Xileno < 1 * 48 < 5 < 5 - m,p-Xileno < 2 * 192 < 10 < 10 - Xileno Total < 3 * 240 < 15 < 15 500 BTEX Total 88 * 1297 - - -
PAH (µg/Kg) Naftaleno < 0,01 * 6,22 < 3 < 3 60 Acenaftileno < 0,01 * 0,36 < 3 < 3 - Acenafteno < 0,01 * 0,32 < 3 < 3 - Fluoreno < 0,01 * 0,72 < 3 < 3 - Fenantreno < 0,01 * 1,02 < 3 < 3 140 Antraceno < 0,01 * < 0,01 < 3 < 3 900 Fluoranteno < 0,01 * < 0,01 < 3 < 3 - Pireno < 0,01 * < 0,01 < 3 < 3 - Benzo (a) Antraceno < 0,01 * < 0,01 < 3 < 3 0,4 Criseno < 0,01 * < 0,01 < 3 < 3 41 Benzo (b) Fluoranteno < 0,01 * < 0,01 < 3 < 3 0,4 Benzo (k) Fluoranteno < 0,01 * < 0,01 < 3 < 3 4,1 Benzo (a) Pireno < 0,01 * < 0,01 < 3 < 3 0,7 Indeno (1,2,3) Pireno < 0,01 * < 0,01 < 3 < 3 0,4 Dibenzo (a,h) Antraceno < 0,01 * < 0,01 < 3 < 3 0,04 Benzo (g,h,i) Perileno < 0,01 * < 0,01 < 3 < 3 - Total PAH's < 0,01 * 8,64 - - -
ETANOL (µg/Kg) Etanol < 1000 * < 1000 < 1000 < 1000 -
(-): Valores ou resultados não consideráveis
XXX: Resultados acima do valor de intervenção
Método: Análise de acordo com método USEPA 8270 D rev.04:2007 com extração por
sólido-líquido GC/MS automatizada.
Notas:¹ CETESB - "Valores Orientadores para Avaliação de Solos e Águas Subterrânea,
Fevereiro/2014"
( * ): Amostra NÃO coletada por apresentar Fase Livre.
46
De acordo com os resultados laboratoriais de solo comparados aos Valores
Orientadores da CETESB 2014 pode-se concluir que o solo do PM-02 apresentou
contaminação para as substancias de Xileno Total e Etilbenzeno e foram diagnosticados
indícios de contaminação para compostos de Tolueno e alguns PAH’s como Naftaleno,
Acenaftileno, Flouren, Fenantreno, a figura 16 apresenta os pontos de solo contaminados.
Figura 16: Pontos de solo contaminados
As demais amostras apresentaram concentrações inferiores ao limite de detecção do
método/aparelho e/, assim não apresentando contaminação no solo.
As substancias químicas identificadas no solo acima dos valores orientadores,
sofreram o fenômeno chamado de “adsorção”, este consiste na imobilidade de uma substância
dissolvida em um fluido, por se aderir aos colóides do solo, é um fenômeno complexo que
sofre influência de vários fatores que incluem as características do poluente e do solo (Freire,
2011 apud Schneider, 2005).
O poço de monitoramento PM-02 apresentou fase livre, portanto não foi coletado e
segundo Azambuja et al. (2000) apud Santos (2009) uma fase líquida orgânica aparecerá ao
ser excedido o limite de solubilidade desse hidrocarboneto. Assim constitui uma camada
sobre o topo do freático livre que pode ser mais ou menos espessa, dependendo da quantidade
de produto derramado e da dinâmica do sistema freático.
A fase livre no meio, não é composta exclusivamente por hidrocarbonetos, apenas
50% dos vazios do solo são ocupados por hidrocarbonetos, sendo o restante ocupado por água
e ar, já seu comportamento nos poços de monitoramento são de concentração grandes de
fluidos sobrenadantes á água. (Freire 2011 apud Sauck, 2000),
A amostra de água analisadas laboratorialmente puderam identificar que ao PM-01 não
apresentou contaminação com valores acima dos orientados, entretanto indícios baixos de
Tolueno foram identificados.
No PM-03 a substancia química que ultrapassou os valores orientados foi o Benzeno e
indícios de Tolueno, Etilbenzeno, Xileno, Naftaleno, Acenaftileno, Floureno e Fenantreno
foramm constatados.
Figura 17: Pontos de contaminação da água subterrânea por fase dissolvida.
A fase dissolvida encontrada nos PM-01 e PM-03 podem ser oriundas da dissolução
da fase livre encontrada no PM-02.
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Planejamento Ambiental em BaciasHidrográficas"
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Filtro de Diesel
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FIGURA 16
Pontos de solo contaminados
Sondagens Realizadas
Sondagem - Fase Retida
Elaborado: Renan Pereira ZambianquiOrientado: Profa. Dra. Renata Ribeiro
de Araujo
GERENCIAMENTO INTEGRADO
DE UM POSTO DE
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Bombas de Abastecimento
Filtro de Diesel
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FIGURA 17
Poços de monitoramento contaminados
Poços de Monitoramento
Poços de Monitoramento -Fase livre
Poços de Monitoramento -Fase Dissolvida
Elaborado: Renan Pereira ZambianquiOrientado: Profa. Dra. Renata Ribeiro
de Araujo
GERENCIAMENTO INTEGRADO
DE UM POSTO DE
COMBUSTÍVEIS
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Segundo Oliveira, 1992, a quantidade de compostos orgânicos que se dissolve na
água subterrânea depende principalmente de sua solubilidade e do grau de mistura entre a fase
livre e a água subterrânea.
Em virtude do cenário ambiental constatado na área, onde foram identificadas
concentrações de hidrocarbonetos derivados de petróleo no solo acima dos valores
orientadores, e na água do empreendimento contaminada por Fase Livre e fase dissolvida
foram necessários serviços de investigação complementares, para delimitação das plumas
identificas e para avaliação dos riscos para os receptores locais.
Segundo o Manual de Gerenciamento de Áreas Contaminadas (CETESB, 2005), a
partir da confirmação da contaminação de uma área, uma série de parâmetros deve ser
monitorada para se compreender a dinâmica e a interação destes no meio físico, visando o
detalhamento do modelo conceitual.
5.3 INVESTIGAÇÃO DETALHADA
A investigação detalhada teve como objetivo a delimitação das áreas contaminadas e a
avaliação do risco que as mesmas podem oferecer aos receptores locais uma vez que existiu a
identificação da contaminação no estudo confirmatório.
Para tal, novas sondagens e poços de monitoramento foram executados para
identificação da extensão total da contaminação. Coleta de dados adicionais também precisou
ser realizada para Avaliação do Risco seguindo os procedimentos da CETESB, 2006.
5.3.1 EXECUÇÃO DE SONDAGENS ADICIONAIS
As áreas de interesse para locação das sondagens foram selecionadas com base na
investigação ambiental realizada anteriormente, com o objetivo de delimitar a pluma de
contaminação em fase livre e fase dissolvida identificada.
Foram realizadas mais 14 sondagens executadas seguindo a metodologia descrita
anteriormente no item 5.2.1. afim de delimitar a pluma de contaminação no sentido vertical
como no horizontal, assim duas das quatorze sondagens possuem a função da delimitação
vertical da contaminação.
Os resultados das medições de VOC e a relativa amostra a serem encaminhadas a
analise são apresentados abaixo em forma de tabela.
50
Tabela 11: Leituras de VOC metro a metros nas sondagens complementares
Zona Saturada Amostragem de Solo
Durante os trabalhos de campo, as características geológicas do local mantiveram-se e
não foram constatados indícios de contaminação comprovadas pelas medições de VOC como
também nenhum odor forte ou qualquer outro resquício que se favorece a identificação da
contaminação, diante desta condição foram coletadas duas amostras de solo.
Segunda Decisão de Diretoria N° 263/2009/9, de 20 de outubro de 2009, diz que na
ocorrência de concentrações nulas de VOC, as ações estarão condicionadas ao cenário
presente, a saber;
Em áreas internas do empreendimento que abriguem as fontes primárias, as amostragens devem ser realizadas na franja capilar e a 5m de profundidade nas áreas de tanques subterrâneos e a 2m nas áreas que abriguem as demais fontes primarias, observada a condição em que o nível d'água esteja abaixo dessas profundidades.
Figura 18: apresenta a localização das sondagens adicionais realizadas na etapa de investigação detalhada.
5.3.2 INSTALAÇÃO DOS POÇOS DE MONITORAMENTO
Os poços de monitoramento foram instalados em sondagens selecionadas com base
nas características hidrogeológicas locais e com o objetivo de delimitar a pluma de
contaminação em fase livre dissolvida vertical e horizontalmente (CETESB, 2009).
A construção dos 14 poços de monitoramento segue a metodologia descrita
anteriormente no item 5.2.2, contudo dois poços de monitoramento apresentam maior
profundidade a fim de poder quantificar a contaminação verticalmente, estes são chamados de
Cota (m)
Compostos Orgânicos Voláteis - VOC (ppm) S-04 S-05 S-06 S-07 S-08 S-10 S-11 S-15 SN-01 SN-02
0,0 - 1,0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
1,0 - 2,0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
2,0 - 3,0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
3,0 - 4,0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
4,0 - 5,0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
5,0 - 6,0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
6,0 - 7,0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
7,0 - 8,0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
8,0 - 9,0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
9,0 - 10,0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
10,0 - 11,0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
11,0 - 12,0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
12,0 - 13,0 0 0 0 0 0 0 0 0
13,0 - 14,0 0 0
14,0 - 15,0
15,0 – 16,0
16,0 – 17,0
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Bombas de Abastecimento
Filtro de Diesel
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FIGURA 18
Sondagens complementaresInvesigação Detalhada
Sondagens Realizadas -Investigação Detalhada
Elaborado: Renan Pereira ZambianquiOrientado: Profa. Dra. Renata Ribeiro
de Araujo
GERENCIAMENTO INTEGRADO
DE UM POSTO DE
COMBUSTÍVEIS
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poço multi-nível possui a nomenclatura de PMN, e são instalados ao lado dos poços onde
apresentam maiores contaminações, assim foram instalados ao lado dos PM 02 e PM08.
Com a realização das sondagens e assim a instalação dos poços de monitoramento não
foi identificada a presença de Fase Livre nem ao menos cheiro ou resquícios de contaminação
nestes novos poços de monitoramento. As nomenclaturas das sondagens são respectivamente
para cada poço de monitoramento a tabela12 apresenta as características dos poços de
monitoramento.
Tabela 12: Características dos poços de monitoramento instalados para delimitação de pluma de contaminação.
A figura 19 apresenta os poços de monitoramento da investigação detalhada, a figura 20 todos
os poços instalados, os perfis de sondagem com suas características geológicas e as
concentrações de gases seguem em anexo.
Figura 19: Poços de monitoramento instalados para delimitação de pluma.
Figura 20: Todos os poços de monitoramento presentes no empreendimento (investigação confirmatória + detalhada)
5.3.3 CARACTERIZAÇÃO HIDROGEOTÉCNICA
O levantamento planialtimétrico foi realizado novamente com o intuito de determinar
as cargas hidráulicas nos novos poços de monitoramento instalados, e ampliar a
pontenciometria do local.
Data de Instalação
Poços Nível d'água
Estabilizado. (m)
Profundidade final. (m)
Indícios de Contaminação
29/06/2015 PM-04 11,70 12,0 Não apresentado
29/06/2015 PM-05 11,54 12,0 Não apresentado
29/06/2015 PM-06 11,98 12,0 Não apresentado
30/06/2015 PM-07 10,95 15,0 Não apresentado
30/06/2015 PM-08 10,98 13,0 Não apresentado
06/08/2015 PM-09 10,62 10,0 Não apresentado
07/08/2015 PM-10 8,85 14,0 Não apresentado
07/08/2015 PM-11 12,67 15,0 Não apresentado
08/08/2015 PM-12 9,20 10,0 Não apresentado
08/08/2015 PM-13 10,85 12,0 Não apresentado
10/09/2015 PM-15 13,13 15,0 Não apresentado
07/08/2015 PMN-01 10,69 15,0 Não apresentado
07/08/2015 PMN-02 12,95 17,0 Não apresentado
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Filtro de Diesel
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FIGURA 19
Poços de Monitoramento InvesigaçãoDetalhada
Poços de Monitoramento- Investigação Detalhada
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COMÉRCIO
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AVENIDA INTERNACIONAL
PM-02
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PMN- 01
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FIGURA 20
Todos os poços de monitoramento
Poços de Monitoramento
Poços de Monitoramento
Fase Livre
Poços de Monitoramento
Fase Dissolvida
Elaborado: Renan Pereira ZambianquiOrientado: Profa. Dra. Renata Ribeiro
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A metodologia segue o descrito no item 5.2.3.
A tabela 13 apresenta as novas cargas hidráulicas estimadas assim como a figura 22
ilustra o novo mapa potenciométrico.
Tabela 13: Nova carga hidráulica estimada
Poço de Monitoramento
Cota relativa da boca nível do mar
(m)
Nível Aquífero.
medido (m)
Espessura de Fase Livre (m)
Carga Hidráulica Corrigida (m)
PM-04 459,74 11,7 - 448,04 PM-05 460,8 11,54 - 449,26 PM-06 461,14 11,98 - 449,16 PM-07 459,14 10,95 - 448,19 PM-08 458,42 10,98 - 447,44 PM-09 458,06 10,62 - 447,44 PM-10 458,32 8,85 - 449,47 PM-11 462,89 12,67 - 450,22 PM-12 455,55 9,2 - 446,35 PM-13 458,44 10,85 - 447,59 PM-15 462,19 13,13 - 449,06
Figura 21: Mapa potenciométrico com novos poços de monitoramento.
5.3.4 AMOSTRAGEM E ANALISE QUIMICAS DE SOLO
Após as sondagens foram realizados a coleta de duas amostras por ponto seguindo
procedimento da Decisão de Diretoria N° 263/2009/9, a metodologia da coleta foi à mesma
citada anteriormente.
As tabelas subsequentes evidenciam os resultados das amostras de solo.
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Filtro de Diesel
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FIGURA 21
Mapa potenciometrico
Poço de Monitoramento
Linhas equipotênciais
Direção do fluxo subterrâneo
Carga Hidraulica (m)450
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Tabela 14: Resultados analíticos de solo para delimitação de pluma PMs - 04, 05, 06 e 07.
DATA DE COLETA
Junho 2015
Junho 2015
Junho 2015
Junho 2015
Junho 2015
Junho 2015
Junho 2015
Junho 2015
V.I CETESB Residen.¹ Amostras
PM-04 6,00 m
PM-04 10,0 m
PM-05 6,00 m
PM-05 10,0 m
PM-06 3,00 m
PM-06 10,0 m
PM-07 5,00 m
PM-07 13,0 m
BTEX (µg/Kg) Benzeno < 5 < 5 < 5 < 5 < 5 < 5 < 5 < 5 80 Tolueno < 5 < 5 < 5 < 5 < 5 < 5 < 5 < 5 14000 Etilbenzeno < 5 < 5 < 5 < 5 < 5 < 5 < 5 < 5 600 o-Xileno < 5 < 5 < 5 < 5 < 5 < 5 < 5 < 5 - m,p-Xileno < 10 < 10 < 10 < 10 < 10 < 10 < 10 < 10 - Xileno Total < 15 < 15 < 15 < 15 < 15 < 15 < 15 < 15 3200 BTEX Total - - - - - - - - -
PAH (µg/Kg) Naftaleno < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 1800 Acenaftileno < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 - Acenafteno < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 - Fluoreno < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 - Fenantreno < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 40000 Antraceno < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 4600000 Fluoranteno < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 - Pireno < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 - Benzo (a) Antraceno
< 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 7000
Criseno < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 600000 Benzo (b) Fluoranteno
< 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 7200
Benzo (k) Fluoranteno
< 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 75000
Benzo (a) Pireno < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 800 Indeno (1,2,3) Pireno
< 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 8000
Dibenzo (a,h) Antraceno
< 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 800
Benzo (g,h,i) Perileno
< 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 -
Total PAH's - - - - - - - - - ETANOL (µg/Kg)
Etanol < 5000 < 5000 < 5000 < 5000 < 5000 <5000 <5000 - (-): Valores ou resultados não consideráveis;
Método: Análise de acordo com método USEPA 8270 D rev.04:2007 com extração por sólido-líquido
GC/MS automatizada;
Notas:¹ CETESB - "Valores Orientadores para Avaliação de Solos e Águas Subterrânea,
Fevereiro/2014" ;
58
Tabela 15: Resultados analíticos de solo para delimitação de pluma PMs: 08,10,11 e 15.
DATA DE COLETA
Junho 2015
Junho 2015
Agosto 2015
Agosto 2015
Agosto 2015
Agosto 2015
Setem. 2015
Setem. 2015
V.I CETESB Residen.¹ Amostras
PM-08 5,00 m
PM-08 11,0 m
PM-10 5,00 m
PM-10 12,0 m
PM-11 7,00 m
PM-11 13,0 m
PM-15 5,00 m
PM-15 13,0 m
BTEX (µg/Kg) Benzeno < 5 < 5 < 5 < 5 < 5 < 5 < 5 < 5 80 Tolueno < 5 < 5 < 5 < 5 < 5 < 5 < 5 < 5 14000 Etilbenzeno < 5 < 5 < 5 < 5 < 5 < 5 < 5 < 5 600 o-Xileno < 5 < 5 < 5 < 5 < 5 < 5 < 5 < 5 - m,p-Xileno < 10 < 10 < 10 < 10 < 10 < 10 < 10 < 10 - Xileno Total < 15 < 15 < 15 < 15 < 15 < 15 < 15 < 15 3200 BTEX Total - - - - - - - - -
PAH (µg/Kg) Naftaleno < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 1800 Acenaftileno < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 - Acenafteno < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 - Fluoreno < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 - Fenantreno < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 40000 Antraceno < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 4600000 Fluoranteno < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 - Pireno < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 - Benzo (a) Antraceno
< 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 7000
Criseno < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 600000 Benzo (b) Fluoranteno
< 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 7200
Benzo (k) Fluoranteno
< 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 75000
Benzo (a) Pireno < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 800 Indeno (1,2,3) Pireno
< 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 8000
Dibenzo (a,h) Antraceno
< 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 800
Benzo (g,h,i) Perileno
< 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 -
Total PAH's - - - - - - - - - ETANOL (µg/Kg)
Etanol < 5000 < 5000 < 5000 < 5000 < 5000 <5000 <5000 - (-): Valores ou resultados não consideráveis
Método: Análise de acordo com método USEPA 8270 D rev.04:2007 com extração por sólido-líquido
GC/MS automatizada.
Notas:¹ CETESB - "Valores Orientadores para Avaliação de Solos e Águas Subterrânea,
Fevereiro/2014"
Observação: Considerado valores orientadores para o cenário residencial, de acordo com . (Decisão
de Diretoria n° 045/2014)
59
Tabela 16: Resultados Analíticos de Solo para delimitação de pluma PMN: 01 e 02.
DATA DE COLETA
Agosto 2015
Agosto 2015
Agosto 2015
Agosto 2015
V.I CETESB Residen.¹ Amostras
PMN-01 4,00 m
PMN-01 11,0 m
PMN-02 7,00 m
PMN-02 12,0 m
BTEX (µg/Kg) Benzeno < 5 < 5 < 5 < 5 80 Tolueno < 5 < 5 < 5 < 5 14000 Etilbenzeno < 5 < 5 < 5 < 5 600 o-Xileno < 5 < 5 < 5 < 5 - m,p-Xileno < 10 < 10 < 10 < 10 - Xileno Total < 15 < 15 < 15 < 15 3200 BTEX Total - - - - -
PAH (µg/Kg) Naftaleno < 3 < 3 < 3 < 3 1800 Acenaftileno < 3 < 3 < 3 < 3 - Acenafteno < 3 < 3 < 3 < 3 - Fluoreno < 3 < 3 < 3 < 3 - Fenantreno < 3 < 3 < 3 < 3 40000 Antraceno < 3 < 3 < 3 < 3 4600000 Fluoranteno < 3 < 3 < 3 < 3 - Pireno < 3 < 3 < 3 < 3 - Benzo (a) Antraceno
< 3 < 3 < 3 < 3 7000
Criseno < 3 < 3 < 3 < 3 600000 Benzo (b) Fluoranteno
< 3 < 3 < 3 < 3 7200
Benzo (k) Fluoranteno
< 3 < 3 < 3 < 3 75000
Benzo (a) Pireno < 3 < 3 < 3 < 3 800 Indeno (1,2,3) Pireno
< 3 < 3 < 3 < 3 8000
Dibenzo (a,h) Antraceno
< 3 < 3 < 3 < 3 800
Benzo (g,h,i) Perileno
< 3 < 3 < 3 < 3 -
Total PAH's - - - - - ETANOL (µg/Kg)
Etanol < 5000 < 5000 < 5000 < 5000 - (-): Valores ou resultados não consideráveis
Método: Análise de acordo com método USEPA 8270 D rev. 04: 2007 com extração por sólido-
líquido GC/MS automatizada.
Notas:¹ CETESB - "Valores Orientadores para Avaliação de Solos e Águas Subterrânea,
Fevereiro/2014"
Observação: Considerado valores orientadores para o cenário residencial, de acordo com. (Decisão de
Diretoria n° 045/2014)
60
Foram coletadas e encaminhadas 20 amostras de solo, selecionadas a partir das
medições de VOC para analise laboratoriais para os parâmetros de BTEX, PAH e Etanol.
Diante dos resultados concluiu-se que não foram apresentados resultados acima dos
valores orientadores, podendo delimitar a pluma de Fase Retida no local, a figura 22 apresenta
os poços de monitoramento contaminados.
Figura 22: Poços de monitoramento contaminados a partir dos resultados da analise
de água subterrânea
Para delimitação da pluma de fase retida foram utilizados também os resultados das
sondagens executadas no estudo de investigação confirmatória. As plantas foram elaborada
para cada substancia que ultrapassou os valores orientadores, seguindo os procedimentos da
DD 263 da CETESB, 2009.
As figuras 23, 24, 25 e 26 apresentam a fase retida para as substancias de Etilbenzeno
e Xilenos Totais comprovadas pelas analises laboratoriais.
Para realizar a delimitação da fase retida no plano horizontal, o ponto-limite será
definido na metade da distância entre um ponto de amostragem onde foi quantificada
concentração acima e outro ponto de amostragem onde foi detectado valor inferior ao valor de
referência, a pluma de fase retida vertical é definida pelo nível freático (CETESB, 2009).
Figura 23: Apresenta a pluma mapeada de Fase Retida para o composto de
Etilbenzeno.
Figura 24: Seção transversal e longitudinal da Pluma de Fase Retida do composto de Etilbenzeno.
As plumas de fase retida para os compostos de Etilbenzeno e Xileno, apresentam as
mesmas características de deslocamento para sudoeste seguindo o fluxo potenciométrico do
terreno.
Figura 25: Apresenta a pluma mapeada de Fase Retida para o composto de Xileno
Totais.
Figura 26: Seção transversal e longitudinal da Pluma de Fase Retida do composto de
Xileno Totais.
Segundo Santos (1998), as propriedades dos combustíveis líquidos que podem
influenciar a mobilidade e a retenção desses combustíveis no solo são: massa específica,
viscosidade dinâmica, solubilidade e pressão de vapor.
LOJA
DE C
ONVENIÊ
NCIA
DEPÓSITO
DEPÓSITO
DEPÓSITO
DEPÓSITO
ESCRITÓ
RIO
CAIXA
TROCA D
E Ó
LEO
PATIO / ABASTEC
IMEN
TO
PASSEIO
RUA P
ASQUAL M
ICALLI
PASSEIO
ARM
ARIO
W.C
CIR
C.
QU
EIM
AD
O
DEPÓSIT
O
DE O
LEO
COMÉRCIO
PASSEIO
COMÉRCIO
COMÉRCIO
COMÉRCIO
AVENIDA INTERNACIONAL
PM-02
PM-03
PM-01
PM-09
PM-05
PM-04
PM-06
PM-07
PM-08
PM-10
PM-11
PM-12
PM-13
PMN- 01
PMN- 02
PM-15
Curso de Especialização em
"Gerenciamento de Recursos Hídricos e
Planejamento Ambiental em BaciasHidrográficas"
Ourinhos-SP 2016
Bombas de Abastecimento
Filtro de Diesel
FIL
TR
O
Tanques de Combustível
15
m3
LEGENDA
FIGURA 22
Resultados analiticos de todos ospoços de monitoramento
Poços de Monitoramento
Poços de Monitoramento
Fase Livre
Poços de Monitoramento
Fase Dissolvida
Elaborado: Renan Pereira ZambianquiOrientado: Profa. Dra. Renata Ribeiro
de Araujo
GERENCIAMENTO INTEGRADO
DE UM POSTO DE
COMBUSTÍVEIS
Pagina 61
LOJA
DE C
ONVENIÊ
NCIA
DEPÓSITO
DEPÓSITO
DEPÓSITO
DEPÓSITO
ESCRITÓ
RIO
W.C
CAIX
A
TROCA D
E Ó
LEO
PATIO / ABASTEC
IMEN
TO
PASSEIO
RUA
PASSEIO
ARM
ARIO
W.C
CIR
C.
QU
EIM
AD
OD
EP
ÓS
ITO
DE
OLE
O
COMÉRCIO
PASSEIO
COMÉRCIO
COMÉRCIO
COMÉRCIO
AVENIDA
PM-02
PM-03
PM-01
PM-09
PM-05
PM-04
PM-06
PM-07
PM-08
PM-10
PM-11
PM-12
PM-13
PMN- 01
PMN- 02
PM-15
Curso de Especialização em
"Gerenciamento de Recursos Hídricos e
Planejamento Ambiental em BaciasHidrográficas"
Ourinhos-SP 2016
FIGURA 23
Pluma de Fase Retida compostoEtilbenzeno
Bombas de Abastecimento
Filtro de Diesel
FIL
TR
O
Tanques de Combustível
15
m3
LEGENDA
Poços de Monitoramento
Poços de Monitoramento
Fase Livre
Poços de Monitoramento
Fase Dissolvida
Pluma de Fase Retidacomposto Etilbenzeno
Elaborado: Renan Pereira ZambianquiOrientado: Profa. Dra. Renata Ribeiro
de Araujo
GERENCIAMENTO INTEGRADO
DE UM POSTO DE
COMBUSTÍVEIS
Pagina 62
10,00 m
5,00 m
15,00 m
0,00 m
1,00 m
2,00 m
3,00 m
4,00 m
6,00 m
7,00 m
8,00 m
9,00 m
11,0 m
12,0 m
13,0 m
14,0 m
16,0 m
17,0 m
18,0 m
19,0 m
10,00 m
5,00 m
15,00 m
3,00 m
6,00 m
7,00 m
8,00 m
PM
N-0
2
PM
-03
PM
N-0
1
PM
-05
2,00 m
0,00 mPM
-02
4,00 m
1,00 m
11,0 m
12,0 m
9,00 m
14,0 m
13,0 m
16,0 m
19,0 m
18,0 m
17,0 m
PM
-08
SEÇÃO LONGITUDINAL B-B'
ÁREA NÃO INVESTIGADA ÁREA NÃO INVESTIGADA
10,0
0 m
5,0
0 m
15,0
0 m
0,0
0 m
1,0
0 m
2,0
0 m
3,0
0 m
4,0
0 m
6,0
0 m
7,0
0 m
8,0
0 m
9,0
0 m
11,0
m
12,0
m
13,0
m
14,0
m
16,0
m
17,0
m
18,0
m
19,0
m
20,0
0 m
30,0
0 m
25,0
0 m
35,0
0 m
21,0
0 m
22,0
0 m
23,0
0 m
24,0
0 m
26,0
0 m
27,0
0 m
28,0
0 m
29,0
0 m
31,0
m
32,0
m
33,0
m
34,0
m
36,0
m
37,0
m
38,0
m
39,0
m
40,0
0 m
45,0
0 m
41,0
0 m
42,0
0 m
43,0
0 m
44,0
0 m
46,0
0 m
47,0
0 m
13 Kg
DE G
AS
GAIOLA BOTIJÃO
LOJA DE CONVENIÊNCIA
DEPÓSITO
DEPÓSITO
DEPÓSITODEPÓSITO
ESCRITÓRIO
W.C
A.C
CAIX
A
TROCA DE ÓLEO
PATIO / ABASTEC
IMEN
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PASSEIO
RUA P
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ICALLI
PASSEIO
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QUAD
RO
S
DE TA
NQUE E
SUM
P D
E B
OM
BA
MONITO
RAM
ENTO
INTE
RSTIC
IO
TUBULAÇÕES Ø 11/2" GALV.
P/ M
ONITO
RAM
ENTO
DE
TQ.E
BOM
BAS
FUTURA INSTALAÇÃO
MO
NITO
RAM
ENTO
VOLUMÉTRICO
TUBULAÇÃO DE SUCÇÃO
DECLIV
IDADE 2%
EM
DIREÇÃO AO TANQUE
TUBOS E
M P
AD
Ø 2" EM PEAD
W.C
CIR
C.
QU
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AD
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DEPÓSITO
DE O
LEO
COMÉRCIO
PASSEIO
COMÉRCIO
COMÉRCIO
AVENIDA INTERNACIONAL
PM-02
PM-03
PM-01
PM-09
PM-05
PM-04
PM-06
PM-07
PM-08
PM-10
PM-11
PM-13
PMN- 01
PMN- 02
PM-15
A A'
BB
'
Piso de Concreto
Solo Podzólico arenoso
marron avermelhado
Arenito Calcífero
CimentadoPluma de Fase Retida"Etilbenzeno"
Nível d'agua subterrânea
Fluxo Subterrâneo
Curso de Especialização em
"Gerenciamento de Recursos Hídricos e
Planejamento Ambiental em BaciasHidrográficas"
Ourinhos-SP 2016
FIGURA 24Seção transversal e longitudinal fase
retida composto etilbenzeno
Bombas de Abastecimento
Filtro de Diesel
FIL
TR
O
Tanques de Combustível
15
m3
LEGENDA
Poços de Monitoramento
Poços de Monitoramento
Fase Livre
Poços de Monitoramento
Fase Dissolvida
SEÇÃO TRANSVERSAL A-A'
SEÇÃO LONGITUDINAL B-B'
Elaborado: Renan Pereira ZambianquiOrientado: Profa. Dra. Renata Ribeiro
de Araujo
GERENCIAMENTO INTEGRADODE UM POSTO DECOMBUSTÍVEIS
Pagina 63
LOJA
DE C
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NCIA
DEPÓSITO
DEPÓSITO
DEPÓSITO
DEPÓSITO
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A
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PATIO / ABASTEC
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C.
QU
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EP
ÓS
ITO
DE
OLE
O
COMÉRCIO
PASSEIO
COMÉRCIO
COMÉRCIO
COMÉRCIO
AVENIDA INTERNACIONAL
PM-02
PM-03
PM-01
PM-09
PM-05
PM-04
PM-06
PM-07
PM-08
PM-10
PM-11
PM-12
PM-13
PMN- 01
PMN- 02
PM-15
Curso de Especialização em
"Gerenciamento de Recursos Hídricos e
Planejamento Ambiental em BaciasHidrográficas"
Ourinhos-SP 2016
FIGURA 25
Pluma de Fase Retida compostoXileno Totais
Bombas de Abastecimento
Filtro de Diesel
FIL
TR
O
Tanques de Combustível
15
m3
LEGENDA
Poços de Monitoramento
Poços de Monitoramento
Fase Livre
Poços de Monitoramento
Fase Dissolvida
Pluma de Fase Retidacomposto Xileno Totais
Elaborado: Renan Pereira ZambianquiOrientado: Profa. Dra. Renata Ribeiro
de Araujo
GERENCIAMENTO INTEGRADO
DE UM POSTO DE
COMBUSTÍVEIS
Pagina 64
10,00 m
5,00 m
15,00 m
0,00 m
1,00 m
2,00 m
3,00 m
4,00 m
6,00 m
7,00 m
8,00 m
9,00 m
11,0 m
12,0 m
13,0 m
14,0 m
16,0 m
17,0 m
18,0 m
19,0 m
10,00 m
5,00 m
15,00 m
3,00 m
6,00 m
7,00 m
8,00 m
PM
N-0
2
PM
-03
PM
N-0
1
PM
-05
2,00 m
0,00 m
4,00 m
PM
-02
1,00 m
11,0 m
12,0 m
9,00 m
14,0 m
13,0 m
16,0 m
19,0 m
18,0 m
17,0 m
PM
-08
SEÇÃO LONGITUDINAL B-B'
ÁREA NÃO INVESTIGADA ÁREA NÃO INVESTIGADA
10,0
0 m
5,0
0 m
15,0
0 m
0,0
0 m
1,0
0 m
2,0
0 m
3,0
0 m
4,0
0 m
6,0
0 m
7,0
0 m
8,0
0 m
9,0
0 m
11,0
m
12,0
m
13,0
m
14,0
m
16,0
m
17,0
m
18,0
m
19,0
m
20,0
0 m
30,0
0 m
25,0
0 m
35,0
0 m
21,0
0 m
22,0
0 m
23,0
0 m
24,0
0 m
26,0
0 m
27,0
0 m
28,0
0 m
29,0
0 m
31,0
m
32,0
m
33,0
m
34,0
m
36,0
m
37,0
m
38,0
m
39,0
m
40,0
0 m
45,0
0 m
41,0
0 m
42,0
0 m
43,0
0 m
44,0
0 m
46,0
0 m
47,0
0 m
LOJA DE CONVENIÊNCIA
DEPÓSITO
DEPÓSITO
DEPÓSITODEPÓSITO
ESCRITÓRIO
W.C
A.C
CAIX
A
TROCA DE ÓLEO
PATIO / ABASTEC
IMEN
TO
PASSEIO
RUA P
ASQUAL M
ICALLI
PASSEIO
ARM
ARIO
TUBULAÇÃO DE SUCÇÃO
DECLIV
IDADE 2%
EM
DIREÇÃO AO TANQUE
W.C
CIR
C.
QU
EIM
AD
O
DEPÓSITO
DE O
LEO
COMÉRCIO
PASSEIO
COMÉRCIO
COMÉRCIO
AVENIDA INTERNACIONAL
PM-02
PM-03
PM-01
PM-09
PM-05
PM-04
PM-06
PM-07
PM-08
PM-10
PM-11
PM-13
PMN- 01
PMN- 02
PM-15
A A'
BB
'
Piso de Concreto
Solo Podzólico arenoso
marron avermelhado
Arenito Calcífero
CimentadoPluma de Fase Retida"Xilenos Torais"
Nível d'agua subterrânea
Fluxo Subterrâneo
Curso de Especialização em
"Gerenciamento de Recursos Hídricos e
Planejamento Ambiental em BaciasHidrográficas"
Ourinhos-SP 2016
FIGURA 26
Seção transversal e longitudinal Fase
Retida composto xilenos totais
Bombas de Abastecimento
Filtro de Diesel
FIL
TR
O
Tanques de Combustível
15
m3
LEGENDA
Poços de Monitoramento
Poços de Monitoramento
Fase Livre
Poços de Monitoramento
Fase Dissolvida
SEÇÃO TRANSVERSAL A-A'
SEÇÃO LONGITUDINAL B-B'
Elaborado: Renan Pereira ZambianquiOrientado: Profa. Dra. Renata Ribeiro
de Araujo
GERENCIAMENTO INTEGRADO
DE UM POSTO DE
COMBUSTÍVEIS
Pagina 65
66
Freire, 2011 relata que a fase retida fica nos poros do solo podem ficar por longos
períodos, podendo ter efeitos graves e possivelmente irreversíveis na área impactada visto que
as massas residuais podem se tornar fontes de contaminação da água subterrânea pela
infiltração, lixiviação e variação do nível freático.
Quando as superfícies do meio poroso do aquífero são menos polares do que a
molécula de água, os hidrocarbonetos, geralmente são adsorvidos por meio de ligações
hidrofóbicas e transferida da água subterrânea para a fração orgânica do solo (WEBER et al.,
1991).
5.3.5 AMOSTRAGEM E ANALISES QUIMICAS DE ÁGUA SUBTERRÂNEA
As amostras foram coletadas e encaminhadas para o laboratório de acordo com o item
5.2.5 citado anteriormente.
No ato da coleta das amostras, foi retirado o nível freático subterrâneo dos poços de
monitoramento, as características de cada poço esta evidenciado na tabela 17.
Tabela 17: Medições sazonais
O PMN-02 não foi coletado por apresentar fase livre após a instalação do poço de
monitoramento.
Os resultados para as coletas dos novos poços instalados seguem abaixo nas tabelas 18
e 19
Poço Profundidade do Nível do
Aquífero (m) Fase Livre (m)
Coleta para Analise Laboratorial
PM-04 11,70 - ok
PM-05 11,54 - ok
PM-06 11,98 - ok
PM-07 10,95 - ok PM-08 10,98 - ok
PM-09 10,62 - ok
PM-10 8,85 - ok
PM-11 12,67 - ok
PM-12 9,20 - ok
PM-13 10,85 - ok
PM-15 13,13 - ok
PMN-01 12,95 - ok
PMN-02 11,10 1,0 Não Coletada
67
Tabela 18: Resultados analíticos de água para fechamento de pluma referentes aos
PMs:04, 05, 06, 07, 08, 09 e 10.
DATA DE COLETA
Julho 2015
Julho 2015
Julho 2015
Julho 2015
Julho 2015
Agosto 2015
Agosto 2015
V.I. CETESB
Amostras PM-04 PM-05 PM-06 PM-07 PM-08 PM-09 PM-10
BTEX (µg/Kg) Benzeno < 1 < 1 511 576 1093 < 1 < 1 5 Tolueno < 1 809 12204 1402 358 < 1 < 1 700 Etilbenzeno < 1 < 1 85 64 178 < 1 < 1 300 o-Xileno < 1 < 1 < 1 < 1 < 1 < 1 < 1 - m,p-Xileno < 2 < 2 30 < 2 < 2 < 2 < 2 - Xileno Total < 3 < 3 30 < 3 < 3 < 3 < 3 500 BTEX Total - 809 12830 2042 1629 - - -
PAH (µg/Kg) Naftaleno < 0,01 < 0,01 45,81 63,85 119,19 < 0,01 < 0,01 60 Acenaftileno < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 - Acenafteno < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 - Fluoreno < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 - Fenantreno < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 140 Antraceno < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 900 Fluoranteno < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 - Pireno < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 - Benzo (a) Antraceno
< 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 0,4
Criseno < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 41 Benzo (b) Fluoranteno
< 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 0,4
Benzo (k) Fluoranteno
< 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 4,1
Benzo (a) Pireno < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 0,7 Indeno (1,2,3) Pireno
< 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 0,4
Dibenzo (a,h) Antraceno
< 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 0,04
Benzo (g,h,i) Perileno
< 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 -
Total PAH's - - 45,81 63,85 119,19 - - - ETANOL (µg/Kg)
Etanol < 1000 7550 87941 16724 < 1000 < 1000 < 1000 - (-): Valores ou resultados não consideráveis
XXX: Resultados acima do valor de intervenção
Método: Análise de acordo com método USEPA 8270 D rev.04:2007 com extração por sólido-líquido GC/MS
automatizada.
Notas: ¹ CETESB - "Valores Orientadores para Avaliação de Solos e Águas Subterrânea, Fevereiro/2014"
68
Tabela 19: Resultados analíticos de água para fechamento de pluma referentes aos PMs: 11, 12, 13, 15 e PMN 01.
DATA DE COLETA Agosto 2015
Agosto 2015
Agosto 2015
Setembro 2015
Agosto 2015
- V.I
CETESB Amostras PM-11 PM-12 PM-13 PM-15 PMN-01 PMN-02
BTEX (µg/Kg) Benzeno 1058 < 1 < 1 < 1 442 * 5 Tolueno 94 < 1 < 1 < 1 8 * 700 Etilbenzeno 233 < 1 < 1 < 1 < 1 * 300 o-Xileno 53 < 1 < 1 < 1 < 1 * - m,p-Xileno 773 < 2 < 2 < 2 11 * - Xileno Total 826 < 3 < 3 < 3 11 * 500 BTEX Total 2211 - - - 461 * -
PAH (µg/Kg) Naftaleno 30,90 < 0,01 < 0,01 < 0,01 8,06 * 60 Acenaftileno < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 * - Acenafteno < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 * - Fluoreno < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 * - Fenantreno < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 * 140 Antraceno < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 * 900 Fluoranteno < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 * - Pireno < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 * - Benzo (a) Antraceno < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 * 0,4 Criseno < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 * 41 Benzo (b) Fluoranteno
< 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 *
0,4
Benzo (k) Fluoranteno
< 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 *
4,1
Benzo (a) Pireno < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 * 0,7 Indeno (1,2,3) Pireno < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 * 0,4 Dibenzo (a,h) Antraceno
< 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 * 0,04
Benzo (g,h,i) Perileno < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 * - Total PAH's 30,90 - - - 8,06 * -
ETANOL (µg/Kg) Etanol < 1000 18014 15709 < 1000 < 1000 * - (-): Valores ou resultados não consideráveis
XXX: Resultados acima do valor de intervenção
Método: Análise de acordo com método USEPA 8270 D rev.04:2007 com extração por sólido-líquido GC/MS
automatizada.
Notas: ¹ CETESB - "Valores Orientadores para Avaliação de Solos e Águas Subterrânea, Fevereiro/2014"
69
Os resultados laboratoriais das amostras de água subterrânea possibilitou a
identificação de novas áreas de contaminação por fase livre, assim pode-se mapear e criar
novas áreas de interesse.
O PMN-02 apresentou contaminação por Fase Livre, assim as figuras 28 e 29
delimitam a pluma de fase livre mapeada.
Para a delimitação da distribuição da fase livre no plano horizontal foi definido pela
CETESB, 2009 que o ponto-limite da área de ocorrência da fase livre é a metade da distância
entre um ponto de medição (poço de monitoramento) onde foi observada a presença de fase
livre e outro ponto de medição onde não foi observada fase livre (Teixeira, 2013).
Figura 27: Pluma de Fase Livre mapeada.
Figura 28: Seção transversal e longitudinal da fase livre mapeada.
A delimitação da pluma de fase livre indicou a localização da possível fonte de
contaminação, sendo as linhas ou bombas próximas ao PM-02 contendo as substancias de
gasolina e diesel.
Santos (1998) relata que para uma mistura de diferentes hidrocarbonetos, os
constituintes mais solúveis dissolvem-se primeiro, e os componentes menos solúveis se
espalham sobre o topo do nível freático, formando uma camada superficial, por serem menos
densos que a água. O fluxo deste contaminante imiscível depende da pressão da gravidade e
de forças de superfície, não sendo necessariamente similar ao potencial de fluxo da água
subterrânea.
Com a dissolução dos hidrocarbonetos de petróleo mais solúveis presentes na fonte de
contaminação, ocorre a formação de plumas de compostos dissolvidos, assim os PM’s: 03, 05,
07, 08, 11 e PMN-01 apresentaram valores acima dos valores orientadores sendo
caracterizados como contaminados por fase dissolvida.
Para uma melhor interpretação dos resultados e uma maior caracterização dos
contaminantes presentes em cada ponto contaminado foram elaborados mapas de fase
dissolvida para cada substancia identificada que ultrapassou os valores orientadores.
Desta forma as figuras abaixo apresentam as plumas de fase dissolvida para cada
substancia perfazendo as seguintes ordens: Benzeno nos seguintes poços de monitoramento:
PM-03, PM-06, PM-07, PM-08, PM-11 e PMN-01 (Figuras 29 e 30), Tolueno nos poços de
monitoramento: PM-05, PM-06 e PM-07 (Figuras 30 e 31) Xilenos Totais no PM-11( Figuras
31 e 32) e Naftaleno nos PM-07 e PM-08 (Figura 33 e 34).
LOJA
DE C
ONVENIÊ
NCIA
DEPÓSITO
DEPÓSITO
DEPÓSITO
DEPÓSITO
ESCRITÓ
RIO
CAIX
A
TROCA D
E Ó
LEO
PATIO / ABASTEC
IMEN
TO
PASSEIO
RUA
PASSEIO
ARM
ARIO
W.C
CIR
C.
QU
EIM
AD
OD
EP
ÓS
ITO
DE O
LEO
COMÉRCIO
PASSEIO
COMÉRCIO
COMÉRCIO
COMÉRCIO
AVENIDA
PM-02
PM-03
PM-01
PM-09
PM-05
PM-04
PM-06
PM-07
PM-08
PM-10
PM-11
PM-12
PM-13
PMN- 01
PMN- 02
PM-15
Curso de Especialização em
"Gerenciamento de Recursos Hídricos e
Planejamento Ambiental em BaciasHidrográficas"
Ourinhos-SP 2016
FIGURA 27
Pluma de Fase Livre
Bombas de Abastecimento
Filtro de Diesel
FIL
TR
O
Tanques de Combustível
15
m3
LEGENDA
Poços de Monitoramento
Poços de Monitoramento
Fase Livre
Poços de Monitoramento
Fase Dissolvida
Pluma de Fase Livre
Elaborado: Renan Pereira ZambianquiOrientado: Profa. Dra. Renata Ribeiro
de Araujo
GERENCIAMENTO INTEGRADO
DE UM POSTO DE
COMBUSTÍVEIS
Pagina 70
10,00 m
5,00 m
15,00 m
0,00 m
1,00 m
2,00 m
3,00 m
4,00 m
6,00 m
7,00 m
8,00 m
9,00 m
11,0 m
12,0 m
13,0 m
14,0 m
16,0 m
17,0 m
18,0 m
19,0 m
10,00 m
5,00 m
15,00 m
PM
-05
PM
N-0
2
PM
-02
PM
-03
PM
N-0
1
0,00 m
1,00 m
2,00 m
3,00 m
4,00 m
6,00 m
7,00 m
8,00 m
9,00 m
11,0 m
12,0 m
13,0 m
14,0 m
16,0 m
17,0 m
18,0 m
19,0 m
PM
-08
SEÇÃO LONGITUDINAL B-B'
ÁREA NÃO INVESTIGADA ÁREA NÃO INVESTIGADA
10,0
0 m
5,0
0 m
15,0
0 m
0,0
0 m
1,0
0 m
2,0
0 m
3,0
0 m
4,0
0 m
6,0
0 m
7,0
0 m
8,0
0 m
9,0
0 m
11,0
m
12,0
m
13,0
m
14,0
m
16,0
m
17,0
m
18,0
m
19,0
m
20,0
0 m
30,0
0 m
25,0
0 m
35,0
0 m
21,0
0 m
22,0
0 m
23,0
0 m
24,0
0 m
26,0
0 m
27,0
0 m
28,0
0 m
29,0
0 m
31,0
m
32,0
m
33,0
m
34,0
m
36,0
m
37,0
m
38,0
m
39,0
m
40,0
0 m
45,0
0 m
41,0
0 m
42,0
0 m
43,0
0 m
44,0
0 m
46,0
0 m
47,0
0 m
13 Kg
DE G
AS
GAIOLA BOTIJÃO
LOJA DE CONVENIÊNCIA
DEPÓSITO
DEPÓSITO
DEPÓSITODEPÓSITO
ESCRITÓRIO
W.C
A.C
CAIX
A
TROCA DE ÓLEO
PATIO / ABASTEC
IMEN
TO
PASSEIO
RUA P
ASQUAL M
ICALLI
PASSEIO
ARM
ARIO
QUAD
RO
S
DE TA
NQUE E
SUM
P D
E B
OM
BA
MONITO
RAM
ENTO
INTER
STICIO
TUBULAÇÕES Ø 11/2" GALV.
P/ M
ONITO
RAM
ENTO
DE
TQ.E BO
MBAS
FUTURA INSTALAÇÃO
MONITO
RAM
ENTO
VOLUMÉTRICO
TUBULAÇÃO DE SUCÇÃO
DECLIV
IDADE 2%
EM
DIREÇÃO AO TANQUE
TUBO
S EM PAD
Ø 2" EM PEAD
W.C
CIR
C.
QU
EIM
AD
ODEPÓSIT
O
DE O
LEO
COMÉRCIO
PASSEIO
COMÉRCIO
COMÉRCIO
AVENIDA INTERNACIONAL
PM-02
PM-03
PM-01
PM-09
PM-05
PM-04
PM-06
PM-07
PM-08
PM-10
PM-11
PM-13
PMN- 01
PMN- 02
PM-15
A A'
BB
'
10,00 m
5,00 m
15,00 m
PM
-15
0,00 m
1,00 m
2,00 m
3,00 m
4,00 m
6,00 m
7,00 m
8,00 m
9,00 m
11,0 m
12,0 m
13,0 m
14,0 m
16,0 m
17,0 m
18,0 m
19,0 m
10,00 m
5,00 m
15,00 m
0,00 m
1,00 m
2,00 m
3,00 m
4,00 m
6,00 m
7,00 m
8,00 m
9,00 m
11,0 m
12,0 m
13,0 m
14,0 m
16,0 m
17,0 m
18,0 m
19,0 m
PM
-11
PM
-06
PM
-02
PM
N-0
2
PM
-04
ÁREA NÃO INVESTIGADA ÁREA NÃO INVESTIGADA
SEÇÃO TRANSVERSAL A-A'
10,0
0 m
5,0
0 m
15,0
0 m
0,0
0 m
1,0
0 m
2,0
0 m
3,0
0 m
4,0
0 m
6,0
0 m
7,0
0 m
8,0
0 m
9,0
0 m
11,0
m
12,0
m
13,0
m
14,0
m
16,0
m
17,0
m
18,0
m
19,0
m
20,0
0 m
30,0
0 m
25,0
0 m
35,0
0 m
21,0
0 m
22,0
0 m
23,0
0 m
24,0
0 m
26,0
0 m
27,0
0 m
28,0
0 m
29,0
0 m
31,0
m
32,0
m
33,0
m
34,0
m
36,0
m
37,0
m
38,0
m
39,0
m
40,0
0 m
SEÇÃO TRANSVERSAL A-A'
SEÇÃO LONGITUDINAL B-B'
Piso de Concreto
Solo Podzólico arenoso
marron avermelhado
Arenito Calcífero
Cimentado
Pluma de Fase Livre
Nível d'agua subterrânea
Curso de Especialização em
"Gerenciamento de Recursos Hídricos e
Planejamento Ambiental em Bacias
Hidrográficas"
Ourinhos-SP 2016
FIGURA 28
Seção transversal e longitudinal
Fase Livre
Filtro de Diesel
FIL
TR
O
LEGENDA
Poços de Monitoramento
Poços de Monitoramento
Fase Livre
Poços de Monitoramento
Fase Dissolvida
Bombas de Abastecimento
Tanques de Combustível
15
m3
Elaborado: Renan Pereira Zambianqui
Orientado: Profa. Dra. Renata Ribeiro
de Araujo
GERENCIAMENTO INTEGRADO
DE UM POSTO DE
COMBUSTÍVEIS
Pagina 71
72
Para delimitação da pluma em fase dissolvida no plano horizontal, utilizou-se como
limite da pluma o ponto situado na metade da distância entre os pontos de amostragem que
apresentem concentrações superiores aos valores de referência e o primeiro ponto inferior
(CETESB, 2009).
Os hidrocarbonetos monoaromáticos, benzeno, tolueno, etilbenzeno e xilenos (BTEX)
são os que possuem maior solubilidade em água e, portanto, são os primeiros contaminantes
que atingem o lençol freático. (CORSEUIL e MARINS, 1997).
No ambiente, os BTEX podem volatilizar, dissolver, adsorver às partículas de solo ou
ser biologicamente degradado (SILVA, 2002).
Figura 29: Pluma de fase Dissolvida para o composto de Benzeno com suas
isoconcentrações.
Figura 30: Seção Transversal e Longitudinal da Pluma de Fase Dissolvida do
composto de Benzeno
As concentrações de benzeno nas fases dissolvidas estão se deslocando no sentido
nordeste do empreendimento, uma vez que tal substancia é ligeiramente solúvel em água com
solubilidade de 1,750 mg L-¹ , o parâmetro que determina a lixiviabilidade do benzeno é o
Koc (coeficiente de partição do carbono orgânico), que para este composto é considerado
como altamente móvel no solo (Koc 60-97 mL g-1). (Abdanur, 2005).
Figura 31: Pluma de fase dissolvida para Tolueno com suas isoconcentrações.
Figura 32: Seção Transversal e Longitudinal da Pluma de Fase Dissolvida do
composto de Tolueno.
A solubilidade do composto tolueno se comporta de maneira oposta a concentração do
benzeno seguindo na direção sudoeste, já a pluma de fase dissolvida de xileno possui uma
concentração no sentido nordeste.
As plumas de fase dissolvida de benzeno e xileno apresentaram um deslocamento a
montante ao fluxo potenciometrico do terreno, tal anomalia pode ser estimada pelas
características locais geológicas, onde a camada de arenito calcífero cimentado dessa região
não seguem o padrão topográfico do terreno.
Figura 33: Pluma para fase dissolvida para Xileno Totais com suas isoconcentrações.
Figura 34: Seção Transversal e Longitudinal da Pluma de Fase Dissolvida do
composto de Xilenos Totais.
LOJA
DE C
ONVENIÊ
NCIA
DEPÓSITO
DEPÓSITO
DEPÓSITO
DEPÓSITO
ESCRITÓ
RIO
W.C
CAIX
A
TROCA D
E Ó
LEO
PATIO / ABASTEC
IMEN
TO
PASSEIO
RUA
PASSEIO
ARM
ARIO
W.C
CIR
C.
QU
EIM
AD
OD
EP
ÓS
ITO
DE
OLE
O
COMÉRCIO
PASSEIO
COMÉRCIO
COMÉRCIO
COMÉRCIO
AVENIDA
PM-02
PM-03
PM-01
PM-09
PM-05
PM-04
PM-06
PM-07
PM-08
PM-10
PM-11
PM-12
PM-13
PMN- 01
PMN- 02
PM-15
Fase Livre
Curso de Especialização em
"Gerenciamento de Recursos Hídricos e
Planejamento Ambiental em Bacias
Hidrográficas"
Ourinhos-SP 2016
FIGURA 29
Pluma de Dissolvida com
isoconcentrações para Benzeno
Bombas de Abastecimento
Filtro de Diesel
FIL
TR
O
Tanques de Combustível
15
m3
LEGENDA
Poços de Monitoramento
Poços de Monitoramento
Fase Livre
Poços de Monitoramento
Fase Dissolvida
Pluma de Fase Dissolvidacomposto "Benzeno"
Isoconcentrações Fase
Dissolvida
5 ug/l - 500 ug/l
501 ug/l - 1000 ug/l
1001 ug/l - 1500 ug/l
Elaborado: Renan Pereira Zambianqui
Orientado: Profa. Dra. Renata Ribeiro
de Araujo
GERENCIAMENTO INTEGRADO
DE UM POSTO DE
COMBUSTÍVEIS
Pagina 73
12,0 m
17,0 m
15,00 m
10,00 m
5,00 m
15,00 m
0,00 m
1,00 m
2,00 m
3,00 m
4,00 m
6,00 m
7,00 m
8,00 m
9,00 m
11,0 m
13,0 m
14,0 m
16,0 m
18,0 m
19,0 m
10,00 m
5,00 m
1,00 m
11,0 m
3,00 m
PM
-02
PM
N-0
1
PM
-05
PM
N-0
2
2,00 m
PM
-03
0,00 m
4,00 m
6,00 m
12,0 m
9,00 m
7,00 m
14,0 m
8,00 m
13,0 m
16,0 m
19,0 m
18,0 m
17,0 m
PM
-08
SEÇÃO LONGITUDINAL B-B'
ÁREA NÃO INVESTIGADA ÁREA NÃO INVESTIGADA
10,0
0 m
5,0
0 m
15,0
0 m
0,0
0 m
1,0
0 m
2,0
0 m
3,0
0 m
4,0
0 m
6,0
0 m
7,0
0 m
8,0
0 m
9,0
0 m
11,0
m
12,0
m
13,0
m
14,0
m
16,0
m
17,0
m
18,0
m
19,0
m
20,0
0 m
30,0
0 m
25,0
0 m
35,0
0 m
21,0
0 m
22,0
0 m
23,0
0 m
24,0
0 m
26,0
0 m
27,0
0 m
28,0
0 m
29,0
0 m
31,0
m
32,0
m
33,0
m
34,0
m
36,0
m
37,0
m
38,0
m
39,0
m
40,0
0 m
45,0
0 m
41,0
0 m
42,0
0 m
43,0
0 m
44,0
0 m
46,0
0 m
47,0
0 m
LOJA DE CONVENIÊNCIA
DEPÓSITO
DEPÓSITO
DEPÓSITODEPÓSITO
ESCRITÓRIO
W.C
A.C
CAIXA
TROCA DE ÓLEO
PATIO / ABASTEC
IMEN
TO
PASSEIO
RUA
PASSEIO
ARM
ARIO
W.C
CIR
C.
QUEIM
ADO
DEPÓSITO
DE O
LEO
COMÉRCIO
PASSEIO
COMÉRCIO
COMÉRCIO
AVENIDA
PM-02
PM-03
PM-01
PM-09
PM-05
PM-04
PM-06
PM-07
PM-08
PM-10
PM-11
PM-13
PMN- 01
PMN- 02
PM-15
A A'
B'
10,00 m
5,00 m
15,00 m
PM
-15
0,00 m
1,00 m
2,00 m
3,00 m
4,00 m
6,00 m
7,00 m
8,00 m
9,00 m
11,0 m
12,0 m
13,0 m
14,0 m
16,0 m
17,0 m
18,0 m
19,0 m
10,00 m
5,00 m
15,00 m
0,00 m
1,00 m
2,00 m
3,00 m
4,00 m
6,00 m
7,00 m
8,00 m
9,00 m
11,0 m
12,0 m
13,0 m
14,0 m
16,0 m
17,0 m
18,0 m
19,0 m
PM
-11
PM
-06
PM
-02
PM
N-0
2
PM
-04
ÁREA NÃO INVESTIGADA ÁREA NÃO INVESTIGADA
SEÇÃO TRANSVERSAL A-A'
10,0
0 m
5,0
0 m
15,0
0 m
0,0
0 m
1,0
0 m
2,0
0 m
3,0
0 m
4,0
0 m
6,0
0 m
7,0
0 m
8,0
0 m
9,0
0 m
11,0
m
12,0
m
13,0
m
14,0
m
16,0
m
17,0
m
18,0
m
19,0
m
20,0
0 m
30,0
0 m
25,0
0 m
35,0
0 m
21,0
0 m
22,0
0 m
23,0
0 m
24,0
0 m
26,0
0 m
27,0
0 m
28,0
0 m
29,0
0 m
31,0
m
32,0
m
33,0
m
34,0
m
36,0
m
37,0
m
38,0
m
39,0
m
40,0
0 m
Piso de Concreto
Solo Podzólico arenoso
marron avermelhado
Arenito Calcífero
Cimentado
Pluma de Fase Dissolvida"Benzeno"
Nível d'agua subterrânea
Curso de Especialização em
"Gerenciamento de Recursos Hídricos e
Planejamento Ambiental em BaciasHidrográficas"
Ourinhos-SP 2016
FIGURA 30 Seção transversal e
longitudinal Fase Dissolvida compostoBenzeno
Bombas de Abastecimento
Filtro de Diesel
FIL
TR
O
Tanques de Combustível
15
m3
LEGENDA
Poços de Monitoramento
Poços de Monitoramento
Fase Livre
Poços de Monitoramento
Fase Dissolvida
SEÇÃO TRANSVERSAL A-A'
SEÇÃO LONGITUDINAL B-B'
Pluma de Fase Livre"Benzeno"
Elaborado: Renan Pereira ZambianquiOrientado: Profa. Dra. Renata Ribeiro
de Araujo
GERENCIAMENTO INTEGRADODE UM POSTO DECOMBUSTÍVEIS
Pagina 74
LOJA
DE C
ONVENIÊ
NCIA
DEPÓSITO
DEPÓSITO
DEPÓSITO
ESCRITÓ
RIO
CAIXA
TROCA D
E Ó
LEO
PATIO / ABASTEC
IMEN
TO
PASSEIO
RUA
PASSEIO
ARM
ARIO
W.C
CIR
C.
QUEIM
ADO
DEPÓSIT
O
DE
OLE
O
COMÉRCIO
PASSEIO
COMÉRCIO
COMÉRCIO
AVENIDA
PM-02
PM-03
PM-01
PM-05
PM-04
PM-06
PM-07
PM-08
PM-11
PM-12
PM-13
PMN- 01
PMN- 02
PM-15
Curso de Especialização em
"Gerenciamento de Recursos Hídricos e
Planejamento Ambiental em BaciasHidrográficas"
Ourinhos-SP 2016
FIGURA 31
Pluma de Dissolvida comisoconcentrações para Tolueno
Bombas de Abastecimento
Filtro de Diesel
FIL
TR
O
Tanques de Combustível
15
m3
LEGENDA
Poços de Monitoramento
Poços de Monitoramento
Fase Livre
Poços de Monitoramento
Fase Dissolvida
Pluma de Fase Dissolvidacomposto "Tolueno"
Isoconcentrações Fase
Dissolvida
700 ug/l - 1000 ug/l
1001 ug/l - 10000 ug/l
10001 ug/l - 15000 ug/l
FASE LIVRE
Elaborado: Renan Pereira ZambianquiOrientado: Profa. Dra. Renata Ribeiro
de Araujo
GERENCIAMENTO INTEGRADO
DE UM POSTO DE
COMBUSTÍVEIS
Pagina 75
5,00 m
2,00 m
7,00 m
4,00 m
13,0 m
10,00 m
15,00 m
0,00 m
1,00 m
3,00 m
6,00 m
8,00 m
9,00 m
11,0 m
12,0 m
14,0 m
16,0 m
18,0 m
17,0 m
19,0 m
10,00 m
5,00 m
15,00 m
3,00 m
PM
-02
PM
N-0
1
PM
-05
PM
N-0
2
PM
-03
2,00 m
0,00 m
4,00 m
1,00 m
11,0 m
6,00 m
12,0 m
9,00 m
7,00 m
14,0 m
8,00 m
13,0 m
16,0 m
19,0 m
18,0 m
17,0 m
PM
-08
SEÇÃO LONGITUDINAL B-B'
ÁREA NÃO INVESTIGADA ÁREA NÃO INVESTIGADA
10,0
0 m
5,0
0 m
15,0
0 m
0,0
0 m
1,0
0 m
2,0
0 m
3,0
0 m
4,0
0 m
6,0
0 m
7,0
0 m
8,0
0 m
9,0
0 m
11,0
m
12,0
m
13,0
m
14,0
m
16,0
m
17,0
m
18,0
m
19,0
m
20,0
0 m
30,0
0 m
25,0
0 m
35,0
0 m
21,0
0 m
22,0
0 m
23,0
0 m
24,0
0 m
26,0
0 m
27,0
0 m
28,0
0 m
29,0
0 m
31,0
m
32,0
m
33,0
m
34,0
m
36,0
m
37,0
m
38,0
m
39,0
m
40,0
0 m
45,0
0 m
41,0
0 m
42,0
0 m
43,0
0 m
44,0
0 m
46,0
0 m
47,0
0 m
LOJA DE CONVENIÊNCIA
DEPÓSITO
DEPÓSITO
DEPÓSITO
DEPÓSITO
ESCRITÓRIO
W.C
CAIX
A
TROCA DE ÓLEO
PATIO / ABASTEC
IMEN
TO
PASSEIO
RUA P
ASQUAL M
ACALLI
PASSEIO
ARM
ARIO
W.C
CIR
C.
QU
EIM
AD
ODEPÓSIT
O
DE
OLE
O
COMÉRCIO
PASSEIO
COMÉRCIO
COMÉRCIO
AVENIDA
PM-02
PM-03
PM-01
PM-09
PM-05
PM-04
PM-06
PM-07
PM-08
PM-10
PM-11
PM-12
PM-13
PMN- 01
PMN- 02
PM-15
A'
B
A
B'
10,00 m
5,00 m
15,00 m
PM
-15
9,00 m
7,00 m
13,0 m
0,00 m
1,00 m
2,00 m
3,00 m
4,00 m
6,00 m
7,00 m
8,00 m
11,0 m
12,0 m
13,0 m
14,0 m
16,0 m
17,0 m
18,0 m
19,0 m
10,00 m
5,00 m
15,00 m
0,00 m
1,00 m
2,00 m
3,00 m
4,00 m
6,00 m
PM
-04
ÁREA NÃO INVESTIGADA
8,00 m
9,00 m
11,0 m
12,0 m
14,0 m
16,0 m
17,0 m
18,0 m
19,0 m
PM
-11
PM
-06
PM
-02
PM
N-0
2
ÁREA NÃO INVESTIGADA
SEÇÃO TRANSVERSAL A-A'
10,0
0 m
5,0
0 m
15,0
0 m
0,0
0 m
1,0
0 m
2,0
0 m
3,0
0 m
4,0
0 m
6,0
0 m
7,0
0 m
8,0
0 m
9,0
0 m
11,0
m
12,0
m
13,0
m
14,0
m
16,0
m
17,0
m
18,0
m
19,0
m
20,0
0 m
30,0
0 m
25,0
0 m
35,0
0 m
21,0
0 m
22,0
0 m
23,0
0 m
24,0
0 m
26,0
0 m
27,0
0 m
28,0
0 m
29,0
0 m
31,0
m
32,0
m
33,0
m
34,0
m
36,0
m
37,0
m
38,0
m
39,0
m
40,0
0 m
Piso de Concreto
Solo Podzólico arenoso
marron avermelhado
Arenito Calcífero
Cimentado
Pluma de Dissolvida"Tolueno"
Nível d'agua subterrânea
Curso de Especialização em
"Gerenciamento de Recursos Hídricos e
Planejamento Ambiental em BaciasHidrográficas"
Ourinhos-SP 2016
FIGURA 32Seção transversal e longitudinal Fase
Dissolvida de Tolueno
Bombas de Abastecimento
Filtro de Diesel
FIL
TR
O
Tanques de Combustível
15
m3
LEGENDA
Poços de Monitoramento
Poços de Monitoramento
Fase Livre
Poços de Monitoramento
Fase Dissolvida
SEÇÃO TRANSVERSAL A-A'
SEÇÃO LONGITUDINAL B-B'
Pluma de Fase Livre"Tolueno"
Elaborado: Renan Pereira ZambianquiOrientado: Profa. Dra. Renata Ribeiro
de Araujo
GERENCIAMENTO INTEGRADODE UM POSTO DECOMBUSTÍVEIS
Pagina 76
LOJA
DE C
ONVENIÊ
NCIA
DEPÓSITO
DEPÓSITO
DEPÓSITO
DEPÓSITO
ESCRITÓ
RIO
W.C
CAIX
A
TROCA D
E Ó
LEO
PATIO / ABASTEC
IMEN
TO
PASSEIO
RUA
PASSEIO
ARM
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W.C
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C.
QU
EIM
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OLE
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COMÉRCIO
PASSEIO
COMÉRCIO
COMÉRCIO
COMÉRCIO
AVENIDA
PM-02
PM-03
PM-01
PM-09
PM-05
PM-04
PM-06
PM-07
PM-08
PM-10
PM-11
PM-12
PM-13
PMN- 01
PMN- 02
PM-15
Curso de Especialização em
"Gerenciamento de Recursos Hídricos e
Planejamento Ambiental em BaciasHidrográficas"
Ourinhos-SP 2016
FIGURA 33
Pluma de Dissolvida comisoconcentrações para Xilenos Totais
Bombas de Abastecimento
Filtro de Diesel
FIL
TR
O
Tanques de Combustível
15
m3
LEGENDA
Poços de Monitoramento
Poços de Monitoramento
Fase Livre
Poços de Monitoramento
Fase Dissolvida
Pluma de Fase Dissolvidacomposto "Xilenos Totais"
Isoconcentrações Fase
Dissolvida
FASE LIVRE
830 ug/l
Elaborado: Renan Pereira ZambianquiOrientado: Profa. Dra. Renata Ribeiro
de Araujo
GERENCIAMENTO INTEGRADO
DE UM POSTO DE
COMBUSTÍVEIS
Pagina 77
10,00 m
1,00 m
7,00 m
12,0 m
5,00 m
15,00 m
0,00 m
3,00 m
2,00 m
6,00 m
4,00 m
8,00 m
11,0 m
9,00 m
13,0 m
16,0 m
14,0 m
18,0 m
17,0 m
19,0 m
10,00 m
5,00 m
15,00 m
3,00 m
PM
-02
PM
N-0
1
PM
-05
PM
N-0
2
PM
-03
2,00 m
0,00 m
4,00 m
1,00 m
11,0 m
6,00 m
12,0 m
9,00 m
7,00 m
14,0 m
8,00 m
13,0 m
16,0 m
19,0 m
18,0 m
17,0 m
PM
-08
SEÇÃO LONGITUDINAL B-B'
ÁREA NÃO INVESTIGADA ÁREA NÃO INVESTIGADA
10,0
0 m
5,0
0 m
15,0
0 m
0,0
0 m
1,0
0 m
2,0
0 m
3,0
0 m
4,0
0 m
6,0
0 m
7,0
0 m
8,0
0 m
9,0
0 m
11,0
m
12,0
m
13,0
m
14,0
m
16,0
m
17,0
m
18,0
m
19,0
m
20,0
0 m
30,0
0 m
25,0
0 m
35,0
0 m
21,0
0 m
22,0
0 m
23,0
0 m
24,0
0 m
26,0
0 m
27,0
0 m
28,0
0 m
29,0
0 m
31,0
m
32,0
m
33,0
m
34,0
m
36,0
m
37,0
m
38,0
m
39,0
m
40,0
0 m
45,0
0 m
41,0
0 m
42,0
0 m
43,0
0 m
44,0
0 m
46,0
0 m
47,0
0 m
LOJA DE CONVENIÊNCIA
DEPÓSITO
DEPÓSITO
DEPÓSITODEPÓSITO
ESCRITÓRIO
W.C
A.C
CAIX
A
TROCA DE ÓLEO
PATIO / ABASTEC
IMEN
TO
PASSEIO
RUA
PASSEIO
ARM
ARIO
W.C
CIR
C.
QUEIM
ADO
DEPÓSITO
DE
OLE
O
COMÉRCIO
PASSEIO
COMÉRCIO
COMÉRCIO
AVENIDA
PM-02
PM-03
PM-01
PM-09
PM-05
PM-04
PM-06
PM-07
PM-08
PM-10
PM-11
PM-13
PMN- 01
PMN- 02
PM-15
A A'
BB
'
10,00 m
5,00 m
15,00 m
PM
-15
0,00 m
1,00 m
2,00 m
3,00 m
4,00 m
6,00 m
7,00 m
8,00 m
9,00 m
11,0 m
12,0 m
13,0 m
14,0 m
16,0 m
17,0 m
18,0 m
19,0 m
10,00 m
5,00 m
15,00 m
0,00 m
1,00 m
2,00 m
3,00 m
4,00 m
6,00 m
7,00 m
8,00 m
9,00 m
11,0 m
12,0 m
13,0 m
14,0 m
16,0 m
17,0 m
18,0 m
19,0 m
PM
-11
PM
-06
PM
-02
PM
N-0
2
PM
-04
ÁREA NÃO INVESTIGADA ÁREA NÃO INVESTIGADA
SEÇÃO TRANSVERSAL A-A'
10,0
0 m
5,0
0 m
15,0
0 m
0,0
0 m
1,0
0 m
2,0
0 m
3,0
0 m
4,0
0 m
6,0
0 m
7,0
0 m
8,0
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9,0
0 m
11,0
m
12,0
m
13,0
m
14,0
m
16,0
m
17,0
m
18,0
m
19,0
m
20,0
0 m
30,0
0 m
25,0
0 m
35,0
0 m
21,0
0 m
22,0
0 m
23,0
0 m
24,0
0 m
26,0
0 m
27,0
0 m
28,0
0 m
29,0
0 m
31,0
m
32,0
m
33,0
m
34,0
m
36,0
m
37,0
m
38,0
m
39,0
m
40,0
0 m
Piso de Concreto
Solo Podzólico arenoso
marron avermelhado
Arenito Calcífero
Cimentado
Nível d'agua subterrânea
Curso de Especialização em
"Gerenciamento de Recursos Hídricos e
Planejamento Ambiental em BaciasHidrográficas"
Ourinhos-SP 2016
FIGURA 34Seção transversal e longitudinal Fase
Retida composto xilenos totais
Bombas de Abastecimento
Filtro de Diesel
FIL
TR
O
Tanques de Combustível
15
m3
LEGENDA
Poços de Monitoramento
Poços de Monitoramento
Fase Livre
Poços de Monitoramento
Fase Dissolvida
SEÇÃO TRANSVERSAL A-A'
SEÇÃO LONGITUDINAL B-B'
Pluma de FaseDissolvida"Xilenos Totais"
Pluma de Livre "XilenosTotais"
Elaborado: Renan Pereira ZambianquiOrientado: Profa. Dra. Renata Ribeiro
de Araujo
GERENCIAMENTO INTEGRADODE UM POSTO DECOMBUSTÍVEIS
Pagina 78
79
Os hidrocarbonetos aromáticos policíclicos – PAHs são componentes presentes no
diesel e no óleo lubrificante e também são considerados potencialmente carcinogênicos
(TEIXEIRA, 2008).
Geralmente os PAHs são persistentes no meio ambiente e possuem baixa solubilidade
em água, com exceção do naftaleno, que é relativamente solúvel (32 mg L-1), no entanto, bem
menos móvel quando comparado ao benzeno (Freire, 2011)
Figura 35: Pluma de fase dissolvida para Naftaleno com suas isoconcentrações.
Figura 36: Seção Transversal e Longitudinal da Pluma de Fase Dissolvida do
composto de Naftaleno.
Com o mapeamento das plumas de fase dissolvida, pode-se observar que o
centro de massa de todas as plumas de fase dissolvida estão situadas na porção norte. A maior
pluma de fase dissolvida na área é a de benzeno com uma área aproximada de 850 m².
A delimitação das plumas possibilitaram a identificação da área de influência em que
estas substâncias geram riscos a saúde humana.
5.3.6 AVALIAÇÃO DE RISCO
A analise de risco foi elaborada com o auxilio da interpretação das planilhas para
avaliação de risco em áreas contaminadas, da CETESB 2007 no documento Decisão de
Diretoria nº 103, onde possuem o objetivando padronizar e otimizar a execução dos estudos
de avaliação de risco definir e metas de remediação.
Durante os serviços de campo foi identificado o cenário ambiental local, que
caracterizou as vias de exposição e seus potenciais receptores, viabilizando a quantificação do
risco, a qual determinada contaminação por hidrocarbonetos representa a saúde humana e ao
meio ambiente (Teixeira, 2013).
Para a caracterização de uma via de exposição completa em um determinado cenário
ambiental, dá-se quando existe uma fonte de contaminação, uma rota de transporte dos
contaminantes e um ponto de exposição onde o contaminante estará em contato direto com o
receptor.
Os parâmetros de exposição são definidos de acordo com o tipo de receptor
(residencial, comercial ou industrial) envolvido, sua freqüência e tempo de exposição aos
contaminantes (CETESB, 2009).
Deste modo as novas investigações proporcionou um novo modelo conceitual do
empreendimento, favorecendo a analise de risco com a identificação das principais vias de
exposição e seus receptores potencialmente afetados.
LOJA
DE C
ONVENIÊ
NCIA
DEPÓSITO
DEPÓSITO
DEPÓSITO
DEPÓSITO
ESCRITÓ
RIO
CAIX
A
TROCA D
E Ó
LEO
PATIO / ABASTEC
IMEN
TO
PASSEIO
RUA
PASSEIO
ARM
ARIO
W.C
CIR
C.
QU
EIM
AD
OD
EP
ÓS
ITO
DE
OLE
O
COMÉRCIO
PASSEIO
COMÉRCIO
COMÉRCIO
AVENIDA
PM-02
PM-03
PM-01
PM-09
PM-05
PM-04
PM-12
PM-06
PM-07
PM-13
PM-08
PM-10
PM-11
PMN- 02
PMN- 01
PM-15
Curso de Especialização em
"Gerenciamento de Recursos Hídricos e
Planejamento Ambiental em BaciasHidrográficas"
Ourinhos-SP 2016
FIGURA 35
Pluma de Dissolvida comisoconcentrações para Naftaleno
Bombas de Abastecimento
Filtro de Diesel
FIL
TR
O
Tanques de Combustível
15
m3
LEGENDA
Poços de Monitoramento
Poços de Monitoramento
Fase Livre
Poços de Monitoramento
Fase Dissolvida
Pluma de Fase Dissolvidacomposto "Naftaleno"
Isoconcentrações Fase
Dissolvida
60 ug/l - 100 ug/l
101 ug/l - 150 ug/l
FASE LIVRE
Elaborado: Renan Pereira ZambianquiOrientado: Profa. Dra. Renata Ribeiro
de Araujo
GERENCIAMENTO INTEGRADO
DE UM POSTO DE
COMBUSTÍVEIS
Pagina 80
10,00 m
1,00 m
7,00 m
12,0 m
5,00 m
15,00 m
0,00 m
3,00 m
2,00 m
6,00 m
4,00 m
8,00 m
11,0 m
9,00 m
13,0 m
16,0 m
14,0 m
18,0 m
17,0 m
19,0 m
10,00 m
5,00 m
15,00 m
3,00 m
PM
-02
PM
N-0
1
PM
-05
PM
N-0
2
PM
-03
2,00 m
0,00 m
4,00 m
1,00 m
11,0 m
6,00 m
12,0 m
9,00 m
7,00 m
14,0 m
8,00 m
13,0 m
16,0 m
19,0 m
18,0 m
17,0 m
PM
-08
SEÇÃO LONGITUDINAL B-B'
ÁREA NÃO INVESTIGADA ÁREA NÃO INVESTIGADA
10,0
0 m
5,0
0 m
15,0
0 m
0,0
0 m
1,0
0 m
2,0
0 m
3,0
0 m
4,0
0 m
6,0
0 m
7,0
0 m
8,0
0 m
9,0
0 m
11,0
m
12,0
m
13,0
m
14,0
m
16,0
m
17,0
m
18,0
m
19,0
m
20,0
0 m
30,0
0 m
25,0
0 m
35,0
0 m
21,0
0 m
22,0
0 m
23,0
0 m
24,0
0 m
26,0
0 m
27,0
0 m
28,0
0 m
29,0
0 m
31,0
m
32,0
m
33,0
m
34,0
m
36,0
m
37,0
m
38,0
m
39,0
m
40,0
0 m
45,0
0 m
41,0
0 m
42,0
0 m
43,0
0 m
44,0
0 m
46,0
0 m
47,0
0 m
LOJA DE CONVENIÊNCIA
DEPÓSITO
DEPÓSITO
DEPÓSITODEPÓSITO
ESCRITÓRIO
W.C
A.C
CAIX
A
TROCA DE ÓLEO
PATIO / ABASTEC
IMEN
TO
PASSEIO
RUA
PASSEIO
ARM
ARIO
W.C
CIR
C.
QU
EIM
AD
ODEPÓSIT
O
DE
OLE
O
PASSEIO
AVENIDA
PM-02
PM-03
PM-01
PM-09
PM-05
PM-04
PM-06
PM-07
PM-08
PM-10
PM-11
PMN- 02
PM-13
PMN- 01
PM-15
B
A A'
B'
5,00 m
10,00 m
15,00 m
PM
-15
0,00 m
1,00 m
2,00 m
3,00 m
4,00 m
6,00 m
7,00 m
8,00 m
9,00 m
11,0 m
12,0 m
13,0 m
14,0 m
16,0 m
17,0 m
18,0 m
PM
-06
19,0 m
10,00 m
5,00 m
15,00 m
ÁREA NÃO INVESTIGADA
0,00 m
1,00 m
2,00 m
3,00 m
4,00 m
6,00 m
7,00 m
8,00 m
9,00 m
11,0 m
12,0 m
13,0 m
14,0 m
16,0 m
17,0 m
18,0 m
19,0 m
PM
-11
PM
N-0
2
PM
-02
PM
-04
ÁREA NÃO INVESTIGADA
SEÇÃO TRANSVERSAL A-A'
10,0
0 m
5,0
0 m
15,0
0 m
0,0
0 m
1,0
0 m
2,0
0 m
3,0
0 m
4,0
0 m
6,0
0 m
7,0
0 m
8,0
0 m
9,0
0 m
11,0
m
12,0
m
13,0
m
14,0
m
16,0
m
17,0
m
18,0
m
19,0
m
20,0
0 m
30,0
0 m
25,0
0 m
35,0
0 m
21,0
0 m
22,0
0 m
23,0
0 m
24,0
0 m
26,0
0 m
27,0
0 m
28,0
0 m
29,0
0 m
31,0
m
32,0
m
33,0
m
34,0
m
36,0
m
37,0
m
38,0
m
39,0
m
40,0
0 m
Piso de Concreto
Solo Podzólico arenoso
marron avermelhado
Arenito Calcífero
Cimentado
Pluma de Fase Dissolvida"Naftaleno"
Nível d'agua subterrânea
Curso de Especialização em
"Gerenciamento de Recursos Hídricos e
Planejamento Ambiental em BaciasHidrográficas"
Ourinhos-SP 2016
FIGURA 36 Seção transversal e
longitudinal Fase Retida compostoNaftaleno
Bombas de Abastecimento
Filtro de Diesel
FIL
TR
O
Tanques de Combustível
15
m3
LEGENDA
Poços de Monitoramento
Poços de Monitoramento
Fase Livre
Poços de Monitoramento
Fase Dissolvida
SEÇÃO TRANSVERSAL A-A'
SEÇÃO LONGITUDINAL B-B'
Pluma de Fase Livre"Naftaleno"
Elaborado: Renan Pereira ZambianquiOrientado: Profa. Dra. Renata Ribeiro
de Araujo
GERENCIAMENTO INTEGRADODE UM POSTO DECOMBUSTÍVEIS
Pagina 81
82
A exposição, na qual foram analisados os dados sobre o meio físico e sobre as
populações dentro e fora da área de interesse, sendo que a população externa considerada
abrangeu o receptor mais próximo á concentração da maior pluma de contaminação, conforme
preconizado pela CETESB (2001).
As tabelas abaixo apresentam a síntese da avaliação de risco a partir do novo modelo
conceitual.
Tabela 20: Modelo conceitual de exposição
SASC (sistema de armazenamento subterrâneo de combustíveis)
As plumas de contaminação elaboradas a partir dos resultados laboratoriais puderam
identificar que a fonte primaria de contaminação ocorreram próxima à ilha de abastecimento
localizada a sul do empreendimento, nesta ilha são presente os equipamentos de
abastecimento de gasolina e diesel.
CARVALHO, 2008 relata que a contaminação por gasolina está associada à presença
de hidrocarbonetos aromáticos mais leves como benzeno, tolueno, etilbenzeno e xilenos
(BTEX), enquanto que a contaminação por diesel está associado a hidrocarbonetos
poliaromáticos (PAH).
Como houve a presença de compostos de BTEX e PAH (naftaleno), conclui-se que
ambos combustíveis obtiveram como via de transporte vazamentos.
Os caminhos de exposição da contaminação ao meio são definidos pela tabela 21.
Tabela 21: Caminhos de exposição dentro e fora da área.
Fontes Potenciais Condição Atual Via de Transporte
Primárias SASC Vazamento e derrames.
Operação.
Infiltração na Pavimentação.
Demais Equipamentos
Secundarias
Fase Retida Fase Livre
Fase Dissolvida
Caminho de Exposição Dentro da Área Fora da Área
Fonte e mecanismo pelo qual a substância é liberada para o
meio ambiente.
- Bombas e atual SASC do empreendimento; - Demais equipamentos
- Possível falha de manutenção preventiva do SASC.
Ausência de área potenciais de contaminação no entorno
Meio de transporte, pelo qual a substância liberada pode atingir
um receptor. - Água subterrânea; Água subterrânea
Ponto de contato potencial para o receptor humano e o meio
contaminado.
- Fase Livre (aparente diesel); - Fase dissolvida.
Fase Dissolvida
Via de ingresso. - Ingestão de água Subterrânea
- Inalação de vapores Ingestão de água subterrânea
Inalação de vapores
83
O risco foi calculado de acordo como cada substancia química que ultrapassa os
valores orientadores em relação aos pontos de exposição e os bens proteger, assim foram
calculados os risco para as substancias de Benzeno, Tolueno, Etilbenzeno, Xileno e
Naftaleno.
Os riscos identificados e considerados foram; Inalação de Vapores em Ambientes
Abertos a Partir da Água Subterrânea (IVAAAS) e Inalação de Vapores em Ambientes
Fechados a Partir da Água Subterrânea (IVAFAS).
Tabela 22: Receptores e vias de exposição da contaminação.
Vale ressaltar que o cenária ingestão de água subterrânea não é válida, pois não há
poço de captação de água no empreendimento, e no raio de 200 m.
Figura 37: apresenta bens a proteger abertos e fechados.
Os bens a proteger em ambientes abertos e fecham, são os imóveis do entorno do
empreendimento que estão sujeitos a exposição e contaminação das substancias que
ultrapassaram os valores de intervenção.
Diante da condição dos riscos apresentados são necessários medidas de intervenção na
área para que os potenciais receptores não venham a sofrer contaminação pelos riscos
identificados.
5.4 PROPOSIÇÕES PARA O SANEAMENTO AMBIENTAL DA ÁREA
INVESTIGADA.
A caracterização da contaminação do solo e da água subterrânea do empreendimento
demonstrou a existência de compostos de interesse em concentrações acima dos valores de
intervenção, apresentando potencial risco à saúde pública e ao meio ambiente. Além disso,
durante a amostragem de água nos poços instalados foi detectadas a presença de fase livre de
óleo diesel em dois poços de monitoramento.
Para garantir que os riscos apresentados atinjam padrões aceitáveis, recomenda-se
algumas medidas de intervenção como:
Pontos de Exposição / Bens a Proteger
Vias de exposição e ingresso dos contaminantes
Funcionários e usuários da área do posto (área de abastecimento e tancagem)
Inalação de vapores em ambientes abertos a partir da água subterrânea
Funcionários da conveniência e escritório.
Inalação de vapores em ambientes fechados a partir da água subterrânea
Área residencial e comercial. Inalação de vapores em ambientes abertos a partir da água subterrânea
LOJA
DE C
ONVENIÊ
NCIA
DEPÓSITO
DEPÓSITO
DEPÓSITO
DEPÓSITO
ESCRITÓ
RIO
W.C
A.C
CAIX
A
TROCA D
E Ó
LEO
PATIO / ABASTEC
IMEN
TO
PASSEIO
RUA P
ASQUAL M
ICALLI
PASSEIO
ARM
ARIO
TUBOS E
M P
AD
Ø 2" E
M P
EAD
W.C
CIR
C.
QU
EIM
AD
O
DEPÓSIT
O
DE
OLE
O
COMÉRCIO
PASSEIO
COMÉRCIO
COMÉRCIO
COMÉRCIO
COMÉRCIO
AVENIDA INTERNACIONAL
C
CC
C
C
CC
PM-02
PM-01
PM-09
PM-05
PM-04
PM-06
PM-07
PM-08
PM-10
PM-11
PM-13
PMN- 01
PMN- 02
PM-15
PM-03
Receptores e bens a protegerambiente abertos
Receptores e bens a protegerambiente fechado
C Receptores Comercial.
Curso de Especialização em
"Gerenciamento de Recursos Hídricos e
Planejamento Ambiental em BaciasHidrográficas"
Ourinhos-SP 2016
FIGURA 37
Bens a proteger e receptores na área
contaminada
Bombas de Abastecimento
Filtro de Diesel
FIL
TR
O
Tanques de Combustível
15
m3
LEGENDA
Poços de Monitoramento
Poços de Monitoramento
Fase Livre
Poços de Monitoramento
Fase Dissolvida
Elaborado: Renan Pereira ZambianquiOrientado: Profa. Dra. Renata Ribeiro
de Araujo
GERENCIAMENTO INTEGRADO
DE UM POSTO DE
COMBUSTÍVEIS
Pagina 84
85
Medidas de Engenharia (ME) - Recomenda-se a realização de testes de estanqueidade nas
tubulações e tanques subterrâneos de armazenamento de forma periódica e controle rigoroso
do estoque, a fim de identificar possíveis perdas que possam indicar vazamentos,
prioritariamente na área próxima a ilha de abastecimento sul.
Medidas Institucionais (MI): recomenda-se restringir o uso da água subterrânea para
quaisquer tipos de consumo no raio de 100 metros.
Medidas de Remediação (MR): recomenda-se a instalação de um sistema de remediação de
águas subterrâneas para a extração das fases livres e dissolvidas a fim de extrair a maior
quantidade possível de contaminantes da água subterrânea. Campanhas de monitoramento
para os parâmetros já analisados devem ser periodicamente realizadas para comprovar a
eficiência.
6 CONCLUSÃO
Os estudos puderam avaliar a qualidade do solo e das águas subterrâneas, fornecendo
elementos geológicos, hidrogeológicos e sobre as alterações do quadro ambiental da área
investigada, possibilitando:
ü Determinar as unidades geológicas predominantes, bem como a direção do fluxo
subterrâneo;
ü Indicar a localização de potenciais fontes primárias de contaminação;
ü Confirmar a presença de contaminação das zonas saturada e não-saturada;
ü Quantificar e avaliar a distribuição dos contaminantes em fases livre e dissolvida no
aqüífero, bem como adsorvidos ao solo;
ü Realizar análise de risco específica envolvendo os receptores do local estudado e de
seu entorno;
ü Propor técnicas de remediação da área investigada.
Os trabalhos investigativos confirmaram as suspeitas da área potencial de
contaminação realizada na investigação preliminar, e por meio das etapas posteriores de
investigação confirmatória e detalhada, a caracterização dos contaminantes por meio de
analises química identificou a contaminação por BTEX e PAH possibilitando a elaboração
das plumas de contaminação e diagnosticando a fonte de contaminação.
O posto de combustível encontrava-se instalado sobre solo podzolico arenoso e suas
características favoreceram a solubilização dos compostos da fase livre para a fase dissolvida.
86
O nível freático foi atingido com média de 13,00 metros de profundidade, na área do
posto foi constatada a presença expressiva contaminação desde a superfície do solo até o nível
d’água, com presença de compostos constituintes do óleo diesel e gasolina.
Conclui-se que a área impactada foi de 2.300m².
A água subterrânea apresentou contaminação por fase dissolvida representada por
compostos constituintes do óleo diesel e gasolina que extrapolaram os limites permitidos.
As plumas de contaminação por fase livre constituída por óleo diesel e gasolina,
identificadas durante as sondagens nos PM-02 e PMN-02 foram provenientes da ilha de
abastecimento sul.
As plumas de fase dissolvida extrapolaram os limites do empreendimento colocando
em risco todo seu entorno.
Foram identificadas potenciais situações de risco associados às de exposição através
das vias de exposição de inalação de vapores em ambientes abertos e fechados por receptores
comerciais existentes no empreendimento e residentes hipoteticamente posicionados no
entorno indicado a necessidade de elaborar plano de intervenção para eliminação das
situações de risco em questão.
Recomendações de medidas de intervenção foram propostas, a fim de que a situação
de risco identificada no local atinja padrões aceitáveis.
Com o desenvolvimento da presente pesquisa pôde-se investigar um dos exemplos
mais graves e frequentes de contaminação de solo e da água subterrânea da atualidade,
concluindo que medidas básicas de manutenção, adequação e gerenciamento em postos de
combustíveis são fundamentais para a minimização dos riscos a saúde e ao meio ambiente.
87
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