Jornal Espírita de Uberaba – Ano 10 – Nº 124 – Janeiro/2017
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“De janeiro a janeiro renova-se o ano, oferecendo novo ciclo ao trabalho. É
como se tudo estivesse a dizer: ‘se quiseres, podes recomeçar...’.”
EDITORIAL
ANO NOVO E BOAS LEMBRANÇAS “Deus nos deu para melhorarmos, justamente o que necessitamos e nos é
suficiente: a voz da consciência e as tendências instintivas; e nos tira o que poderia prejudicar-nos”.
Como lemos no parágrafo acima, a bondade divina atende perfeitamente
nossas necessidades. Deus, em sua infinita misericórdia deixa o necessário
para nosso adiantamento e nos faz esquecer temporariamente o que
poderia nos prejudicar. Portanto, não há
razões para nos debatermos em um passado que nos traria
constrangimentos, diminuindo nossa estima ou exaltando nosso orgulho. Deus é o divino educador e prima por nos ensinar a
viver, por isso não precisa nos torturar fazendo-nos lembrar de nossos desvarios para que aprendamos. Não necessitamos lembrar de um passado repleto de lixos emocionais,
de mágoas, tristezas e rebeldias que tanto nos fizeram sofrer. Deus apaga temporariamente o passado tortuoso, mas não apaga de nossa
consciência o passado saudável, o passado de amor, de amizade e de boa convivência, aliás, este passado deve ser cultivado em nosso coração. Deus não apaga a lembrança
dos amigos de infância, da primeira professora que tanto bem nos fez, do primeiro amor que tanta emoção nos causou...
O esquecimento é para o passado sinistro e tenebroso de equívocos perpetrados, de desesperança e dor. Este passado devemos temporariamente esquecer. Mas o
passado das boas lembranças permanece. Ainda bem! E como é bom voltar ao passado
e viajar no tempo das doces recordações. É com carinho que me lembro de minha mãe que tão nova se mudou para a pátria espiritual, é com ternura que me lembro dos
Ano 10 – nº 124 – Janeiro/2017 – “Fundado em outubro de 2006” RESPONSÁVEL: Luiz Carlos de Souza (Trabalhador na seara espírita em Uberaba-MG)
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amigos de infância em Imperatriz-MA. Ah, não posso esquecer os amigos da época da
escola, da faculdade, das empresas por onde passei, todos trazem alegres lembranças, doces recordações. Tenho certeza que você, caro leitor e leitora, também estão puxando
na memória os amigos, os acontecimentos felizes, as eternas lembranças dos afetos queridos. Este passado a bondade divina não apaga.
Alguns poderão questionar: Mas tive um passado de dor, desilusão e sofrimento, como esquecê-lo? Como esquecer aqueles que me fizeram sofrer? Como esquecer
ocorrências que tanto mal me causaram? A você, caro leitor e leitora, podemos afirmar
que dói muito mais fazer sofrer do que sofrer. Quem fez sofrer habilita-se ao pagamento, no entanto, quem sofreu pode seguir em frente, renovando as ideias, a vida
e construindo um novo futuro. A propósito, o findar do ano é propício para duas coisas: lembrar dos acontecimentos felizes e esquecer as passagens infelizes. Enfim, o findar do
ano é tempo de refletir e recomeçar. Se a mágoa o visitou. Perdoe. Feriram seu coração? Perdoe. Causaram-lhe prejuízos? Perdoe. Perdoe sempre, esqueça o mal e
lembre-se: Viver bem é questão de escolha e recomeçar é um direito de todos. Deus nos quer felizes, por isso, ano novo, novos projetos e fé na vida!
A você, caro leitor e leitora, meus votos de feliz ano novo, que as boas lembranças estejam sempre aquecendo seu coração, estimulando-o a prosseguir com coragem e
esperança, porquanto o tempo não para, jamais! Pensemos nisso.
Por Henrique Marconi Cardoso Transcrito do link: http://www.correioespirita.org.br/categoria-de-
materias/artigos-diversos/580-ano-novo-e-boas-lembran%C3%A7as
EVENTOS ESPÍRITAS
AGENDA PAULO NETO EM UBERABA – JANEIRO 2017 Tratamento Espiritual Mediúnico de Cura
Dia 21/01/2017 – Sábado 8hs – sábado – Centro
Espírita Fé, Amor e Caridade (Rua Alemanha
nº 840 – Boa Vista) Informações: 3333-7563
/ 98854-1788 – Vicencia ou Margarida.
14h – Centro Espírita Obreiros do Bem (Rua
Colorado nº 49 – Residencial Estados
Unidos) Informações:
98873-5825 – Machado. 19h30min – Centro Espírita Aurélio Agostinho (Av. Lucas Borges nº 61 – Fabrício)
Informações: 3312-6583 / 99935-6583 – Mauro ou Eva. Dia 22/01/2017 – Domingo
8hs – Casa Espírita Fraterna Francisco de Assis (Rua Canápolis nº 130 – Boa Vista) Informações: 99260-5426 – Cid.
14hs – Centro Espírita Nosso Lar (Rua Padre Eddie Bernardes Silva nº 830 – Bairro de Lourdes).
19h30min – Centro Espírita Convívio Cristão (Rua Felício Abrão nº 700 – São Geraldo) Informações: 3332-2665 / 99194-0628 – José Alberto.
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Dia 23/01/2017 – Segunda-feira
9h – Casa da Esperança Inácio Ferreira (Rua Afonso Rato nº 622 – Mercês). Para Portadores de Necessidades Especiais e
Idosos. Informações: 99219-8364 / 3313-4226 – Wilma. 19h – Centro Espírita Caminho da Verdade (Rua Evaristo
Felicíssimo nº 62 – Estados Unidos) Informações: 99972-2936 – Eduardo.
Dia 24/01/2017 – Terça-feira
9h – Casa da Esperança Inácio Ferreira (Rua Afonso Rato nº 622 – Mercês). Para Portadores de Necessidades Especiais e
Idosos. Informações: 99219-8364 / 3313-4226 – Wilma. 19h – Casa da Esperança Inácio Ferreira (Rua Afonso Rato
nº 622 – Mercês) Informações: 99219-8364 / 3313-4226 – Wilma.
Dia 25/01/2017 – Quarta-feira 8h – Centro Espírita Uberabense (Rua Barão de Ituberaba nº 449 – Estados
Unidos) Informações: 99202-8894 – Sônia Barsante. 14h – Centro Espírita Irmão José (Rua Unaí nº 250 – Jardim Triângulo)
Informações: 34 99673-9495 – Rogério. 19h – Centro Espírita Legionárias do Bem (Rua Guiana nº 144 – Fabrício)
Informações: 99144-8145 – Gaspar. Dia 26/01/2017 – Quinta-feira
9h – Casa da Esperança Inácio Ferreira (Rua Afonso Rato nº 622 – Mercês). Para
Portadores de Necessidades Especiais e Idosos. Informações: 99219-8364 / 3313-4226 – Wilma.
14h – Centro Espírita Irmã Sheila (Rua Venezuela nº 418 – Bairro Fabrício) Informações: 3312-7947 – 3332-0325 – Fábio.
19h – Centro Espírita Batuíra (Rua Dª. Rafa Cecílio nº 339 – Bairro São Benedito) Informações: 3321-8090 / 99998-9303 – Dª. Riva.
Dia 27/01/2017 – Sexta-feira 9h – Casa da Esperança Inácio Ferreira (Rua Afonso Rato nº 622 – Mercês). Para
Portadores de Necessidades Especiais e Idosos. Informações: 99219-8364 / 3313-4226 – Wilma.
19h – Lar Espírita Irmã Valquíria (Rua Arapongas nº 859 – Valim de Melo II) Informações: 98807-0575 – Eliane ou 3313-1237 – Elizete.
Dia 28/01/2017 – Sábado 14h – Associação Espírita União (Av. Teófilo Lamounier nº 936 – Jardim Triângulo)
Informações: 3313-3220 / 99186-4823 / 3313-3220 (Ivonete).
19h – Centro Espírita Eurípedes Barsanulfo (Rua João Pinheiro nº 2185 – Boa Vista) Informações: 3322-4660 / 98817-9275 – Fátima.
Dia 29/01/2017 – Domingo 8h – Assistência Social Isabel Ribeiro (Rua Novembro nº 188 – Vila Arquelau)
Informações: 98800-8546 / 99243-4424 – Celso. 14h – Centro Espírita José Alfaiate – Rua José Olímpio Gomes nº 220 – Vila Craide
– Próximo à APAE). Informações: 98825-0550 – José Luís. Dia 30/01/2017 – Segunda-feira
14h – Centro Espírita Caminho da Paz (Av. Olímpio Jacinto da Silva nº 292 – Vila Arquelau) Informações: 99968-1830 - Jose Angelo ou Suelene.
19h30min – Centro Espírita Bento Polveiro (Rua Araguari nº 435 – São Benedito) Informações: 3312-4041 / 99991-8661 – Celeste.
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Orientações para o Tratamento de Cura
Este trabalho é um tratamento espiritual - não é trabalho de passes - feito através de um médium espírita de cura, não envolvendo qualquer medicação ou tratamento da
medicina terrestre. É um tratamento apenas com a imposição das mãos, sem corte. O Tratamento médico não precisa ser interrompido para fazer o tratamento
espiritual. Para a suspensão ou interrupção de qualquer medicamento o médico do paciente deverá ser consultado previamente.
Não traga bolsa, mochila, sacola ou qualquer objeto pesado. Não dirigir após o
tratamento que precise de repouso ou neurológico/sono. Orientações para depois do tratamento:
Doenças psicossomáticas, depressão, angústia, tristeza, ansiedade medo, síndrome do pânico, crise de choro, suor nas mãos, arrepios, calor, dupla
personalidade – na mesma hora que está bem, muda o humor, hipocondria, ouve vozes, falta de memória,
claustrofobia, insônia, psico-maníaco depressivo, vontade de
isolar-se, dramatização do que pensa: Procurar uma Casa Espírita
para se esclarecer. Hérnia de disco: 10 dias de
repouso, sendo 06 dias deitado. Outras enfermidades de coluna:
07 dias, sendo 03 dias deitado.
Tratamentos neurológicos e sono: não é recomendável dirigir após o
tratamento. Rinite, laringite, adenóide,
bronquite, asma, edema pulmonar, tuberculose, otite:
evitar mudanças térmicas. Cardiopatias, angina, enfisema pulmonar, aneurisma: 15 dias sem esforço físico.
Bexiga baixa ou caída: 15 dias sem esforço físico. Baixo ventre e região genésica: repouso físico relativo.
Varize, rótula, menisco, tendinite e trombose: 15 dias imobilizado. LER (lesão por exercícios repetitivos), túnel do carpo: 15 dias com o braço na
tipóia. Fígado, vesícula, úlcera e gastrite: regime alimentar moderado, evitar bebido
alcoólica, fumo e refrigerantes, inclusive os diet.
Cirrose hepática: não ingerir bebida alcoólica nunca mais. Vista, córnea: uma semana sem ver televisão, sem forçar a vista.
Se sentir dor ou alguma sensação diferente após o tratamento voltar logo após sair da sala de tratamento e pedir orientação ao médium imediatamente.
Caso o paciente não possa seguir as sugestões ora apresentadas, o tratamento espiritual não fará o efeito desejado.
Faça o tratamento apenas uma única vez, quando puder seguir as orientações citadas.
Não há necessidade de marcar o tratamento com antecedência, mas sim chegar no horário determinado para preparo em prece.
Trazer uma garrafa de água para fluidificar e programar repouso após o tratamento. Informações: 34 3312-6583 99935-6583/ (Eva/Mauro). Entrada franca –
tratamento gratuito.
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IX EMEJE TRIÂNGULO 2017
ENCONTRO DE MOCIDADES E JUVENTUDES ESPÍRITAS Tema: “Desperta, tu que dormes” Efésios 5:14
Data: dias 25, 26, 27 e 28 de fevereiro de 2017 Palestras com: Simão Pedro e Aluizio Elias
Inscrições: de 02/01 a 03/02/2017 no site: www.emejetriangulo.com.br
Valor: R$ 40,00
Informações: (34) 98835-6140 com Patrícia Regime de internato
História: O Encontro de Mocidades e Juventudes
Espíritas – EMEJE nasceu na região Centro Oeste de Minas Gerais em 1987. Em 2009 foi criada uma
extensão, já que alguns jovens de Araxá se interessavam pelo encontro. Nasceu aí o EMEJE TRIÂNGULO, que está em sua nona edição, contando com o apoio do Centro
Oeste mineiro. O EMEJE é um encontro destinado a jovens espíritas (de zero a 200 anos!!!), que
acontece em regime de internato. Durante 4 dias (na semana do carnaval) são realizadas atividades de integração,
oficinas diversas, palestras, grupos de estudo e música. Sua principal proposta é ser um momento de reconexão com as energias superiores, num clima de integração e de
alegria.
No ano de 2014, ocorreu o primeiro encontro fora de Araxá, sendo realizado em Uberaba. Em 2016, Uberlândia sediou pela primeira vez o encontro. Em 2017 receberá
novamente o encontro. Mas a ideia é que gradativamente ele se estenda por várias regiões do Triangulo Mineiro e Alto Paranaíba.
PALESTRA COM DIVALDO FRANCO EM UBERABA
Dia: 03 de março (sexta-feira) Horários: 19h – Autógrafos / 20h: Palestra
Local: Centro Cultural Cenecista Joubert de Carvalho (Rua Dr. Ludovice nº 370 – Abadia)
EM DIA COM O ESPIRITISMO
BÍBLIA DO CAMINHO
A Bíblia do Caminho é uma compilação das obras completas de Allan Kardec e
Francisco Cândido Xavier, além de uma versão do Antigo e Novo
Testamentos no formato hipertexto.
Este livro eletrônico é uma verdadeira biblioteca espírita digital
on-line, constituído de uma coleção de livros virtuais inter-relacionados
e um Índice Temático Principal — poderosa ferramenta de busca por
assuntos, nos mais de mil temas disponíveis para pesquisa.
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avaliação que trava após seis meses de uso; mas novas versões continuarão sendo
distribuídas até o início da comercialização. Com muita satisfação anunciamos que todo o conteúdo da Bíblia do Caminho
(exceto os índices principais) pode agora ser traduzido instantaneamente para 72 idiomas, ela também foi otimizada para o uso com telas sensíveis ao toque. Confiram!
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ESTUDO
CASAMENTOS NA TERRA E UNIÕES INFELIZES
Há vários de tipos de uniões conjugais neste planeta de provas e expiações. Como evitar desencontros?
Vamos falar sobre as uniões afetivas na Terra. Atualmente, multiplicam-se as notícias de histórias e mais histórias de casamentos que se desfizeram por motivos
fúteis, questões banais e, por outro lado, lamentavelmente, vemos pessoas consorciarem-se
buscando nas uniões, equivocadamente, a
solução para problemas pessoais.
Quando vemos
almas em diferentes graus de evolução
moral unidas em compromissos de muito
sofrimento, surge-nos, num átimo, o
questionamento, tão natural: por que tantos
desencontros? Examinando de
maneira mais detida a questão, vamos perceber que na Terra há variados tipos de uniões. Martins Peralva, na
obra Estudando a mediunidade, de maneira muito didática[1], ensina a identificar as uniões terrenas como: acidentais, provacionais, sacrificiais, afins ou transcendentes.
Uniões Acidentais
A união acidental é aquela que se dá mesmo por acaso. É a paixão fulminante que, na verdade, camufla incontido impulso sexual.
Muitas vezes levadas pelo instinto as pessoas se unem, gerando compromissos sérios para ambas, especialmente quando trazem ao mundo uma terceira pessoa: um
filho. Esta é uma união acidentada mesmo. Após o “enfim sós”, no momento em que
principia a convivência, as pessoas logo percebem que escolheram mal o parceiro. Joanna de Ângelis, ao examinar a questão dos encontros baseados somente na
satisfação dos apetites ainda animalizados que o ser humano carrega, explica que o “sexo, em si mesmo, sem os condimentos do amor, é impulso violento e fugaz”[2]. E,
porque fugaz, o sexo desvinculado do compromisso afetivo torna também as relações, em que ele se impõe como causa primeira, quase insustentáveis na esteira do tempo.
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Se o compromisso foi instituído a partir desse molde, da busca de sensações,
então as pessoas se ligam pela mesma vibração num acumpliciamento que se traduz na mera associação de energias. Aí reside, com altíssima probabilidade, a infelicidade de
ambos os cônjuges, que se buscaram apenas para satisfazer sensações corpóreas. Não obstante ser, literalmente, um acidente de percursos, a união acidental
também gera vínculos, porque o objetivo da humanidade é crescer como família universal, e é no cadinho da convivência que aprendemos e evoluímos.
Vejamos que, de tudo, a Providência Divina tira um bem. Se a união foi um
acidente, ainda assim, na usina das relações, encontramos oportunidade de exercitarmos as virtudes, examinarmos comportamentos e, com o aprendizado oriundo
do erro perpetrado, podemos ir diminuindo os vícios morais e aprendendo a nos conhecer, analisando nosso comportamento e atitudes.
Uniões Provacionais Então temos os casamentos
provacionais. Estes são um convite ao reajuste.
Durante nossa caminhada evolutiva cometemos variados tipos de
erros, vitimando pessoas com o nosso egoísmo, com o nosso orgulho, com a
nossa conduta mal intencionada. Por essa razão voltam a conviver conosco
companheiros de jornada, na condição
de cônjuges, em uniões provacionais, para o necessário ajuste de contas.
Nossos equívocos geram consequências na vida das outras pessoas e precisamos, para estarmos quites com a
própria consciência, resgatar os erros e – por que não dizer – os crimes do passado, numa célula abençoada chamada família.
A família é o laboratório por excelência para aprimorar nosso comportamento, resgatando, pela via do amor, o mal que porventura tenhamos cometido contra o
próximo. Os casamentos provacionais são, em nosso estágio evolutivo, os que
superabundam na sociedade. Sem dúvida, são a tipologia em maior escala. Tudo está em xeque: a impaciência, o descuido, a deseducação, o desmazelo com a relação. Tudo
precisa ser visto e tratado no dia a dia. Pensemos que, se o outro nos parece insuportável, talvez nós também não
sejamos, na realidade, exatamente como a outra pessoa sonhou ou desejou...
Uniões Sacrificais Há também o casamento sacrificial.
Representa a instância de reencontro entre uma alma iluminada e outra, alma ainda inferiorizada, em que a mais avançada tem o ensejo de impulsionar a redenção da
que ficou para trás na caminhada evolutiva. É que, na trajetória espiritual de ambos, enquanto um se perdeu pelo caminho, o outro evoluiu.
Em muitos lares testemunhamos esse tipo de relação. São aqueles casos de esposas meigas, verdadeiras flores, ao lado de maridos afetivamente secos. Ou de
homens que são esposos e pais absolutos, suportando mulheres que não conseguem conter-se ou equilibrar-se em nenhuma situação.
Uniões Afins E aí temos os casamentos afins, que representa o reencontro de corações amigos,
para a consolidação dos afetos.
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São uniões harmônicas.
Casamentos afins ocorrem com almas que vêm de longa data desenvolvendo um trabalho espiritual.
Uniões Transcendentes E, por fim, saltam aos olhos as uniões transcendentes.
Raríssimas num planeta como o nosso, ocorrem quando duas almas, em alto patamar evolutivo, retornam juntas para, lado a lado, cumprirem grandes missões.
***
Então sabemos que, até mesmo no caso dos casamentos acidentais, os espíritos assumem um compromisso, a partir da união oficializada, e, daí em diante, haverão de
encontrar-se e buscar, em diferentes papéis, sua caminhada evolutiva. Podemos perceber que toda relação humana traz uma oportunidade de
crescimento, que pode ser bem aproveitada para o desenvolvimento afetivo. Há pessoas que tentam, em diversas uniões,
encontrar a pessoa certa, quando, na verdade, elas mesmas é que deveriam trabalhar-se,
burilando as próprias imperfeições para, com quem estiverem, serem, sim, em uniões
duradouras, as pessoas, senão certas, ao menos acertadas.
Todo relacionamento estável – não importando se veio de forma acidental,
provacional, se exige sacrifício ou se é
harmônico e belo – precisa ser adubado por ambos os cônjuges cotidianamente. A
conquista do dia a dia e o cuidado permanente com a relação é que vão proporcionar o crescimento do respeito e do amor, em sua
concepção mais abrangente. 1. PERALVA, M. apud MONTEIRO, G. Confira se seu casamento é provacional. Disponível
em http://www.correioespirita.org.br/categoria-de-materias/artigos-diversos/1366-confira-se-seu-casamento-e-provacional-ou. Acesso em 21 de fevereiro de 2016.
2. FRANCO, D. Amor, imbatível amor. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. 16. ed. p.26. Salvador: Leal, 2013 (Série Psicológica, vol. 9)
Warwick Mota – [email protected] Transcrito do link:
https://www.oclarim.org/oclarim/materias/4870/revista/2016/Setembro/casamentos-na-terra-e-unioes-infelizes.html
MEDIUNIDADE
KARDEC E OS CONSELHOS DE ERASTO Considerado por Allan Kardec como
um Espírito que produziu comunicações que traziam o cunho incontestável da
profundeza e da lógica, Erasto é um daqueles Espíritos a quem podemos chamar
de sábio e profundo conhecedor da fenomenologia mediúnica. Não por acaso
são encontradas muitas comunicações de sua autoria em um capítulo de O Evangelho
segundo o Espiritismo e por todo O Livro
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dos Médiuns.
O capítulo XX, Influência Moral do Médium, é um destes. Tendo por objetivo aprofundar o conhecimento sobre a influência moral do médium na produção dos
fenômenos espíritas, este capítulo é rico em informações para os espiritistas. Nele, Kardec desejava precaver os adeptos do Espiritismo contra o perigo de subestimar ou
superestimar a influência dos médiuns na transmissão dos despachos de além túmulo. Ele deve ser estudado atendendo ao sábio conselho dado pelo codificador, quando
alerta que “o estudo prévio da teoria é indispensável, se o médium pretende evitar os
inconvenientes inseparáveis da falta de experiência” [1]. Aprendemos neste capítulo
que não existem médiuns perfeitos na Terra, mas bons médiuns, o que segundo os Espíritos
já é muito, pois eles são raros! Até porque, “O médium perfeito seria aquele que os maus
Espíritos jamais ousassem fazer uma tentativa de enganar. O melhor é o que, simpatizando
somente com os bons Espíritos, tem sido enganado menos vezes”.
É importante observar este trecho com atenção. Primeiro, porque não existe médium
infalível. O que nos leva à certeza de que não há comunicação isenta de falhas, muito menos
inquestionável. Segundo, porque se o melhor médium é o que tem sido enganado
menos vezes, como supor que exista algum ‘intocado’ pelos Espíritos inferiores? Por exemplo: justamente pelo valor da sua história e da sua importância para o movimento
espírita brasileiro e mundial, supor ser o Chico Xavier perfeito e isento de falhas seria demonstrar ignorar os mais básicos princípios do Espiritismo. Condenar uma análise
crítica feita sobre alguma das suas obras psicografadas seria ignorar as insistentes recomendações feitas por Kardec e principalmente por São Luís quando afirma que “Por
mais legítima confiança que vos inspirem os Espíritos [...], há uma recomendação que nunca seria demais repetir e que deveis ter sempre em mente ao vos entregardes aos
estudos: a de pesar e analisar, submetendo ao mais rigoroso controle da razão TODAS as comunicações que receberdes; a de não negligenciar, desde que algo vos pareça
suspeito, duvidoso ou obscuro, de pedir as explicações necessárias para formar a vossa opinião”(Grifos nossos). [2]
A questão 10, do capítulo supracitado é valiosíssima por afirmar que “Os Espíritos bons permitem que os melhores médiuns sejam às vezes enganados, para que
exercitem o seu julgamento e aprendam a discernir o verdadeiro do falso. Além disso,
por melhor que seja um médium, jamais é tão perfeito que não tenha um lado fraco, pelo qual possa ser atacado. Isso deve servir-lhe de lição. As comunicações falsas que
recebe de quando em quando são advertências para evitar que se julgue infalível e se torne orgulhoso. Porque o médium que recebe as mais notáveis comunicações não pode
se vangloriar mais do que o tocador de realejo, que basta virar a manivela de seu instrumento para obter belas árias”.
É incrível observar que se a maioria dos médiuns se propusesse a estudar esta magnífica obra de forma séria e metódica, a prudência teria evitado que diversas obras
de conteúdo duvidoso tivessem sido publicadas, o que tornaria o movimento espírita brasileiro muito mais sério, respeitado e livre dos pseudossábios e mistificadores que
entravam a sua obra de emancipação de consciências. Entretanto, por mais sublimes e indispensáveis sejam estas informações, não são
as únicas pérolas encontradas neste capítulo. Existe ainda uma advertência de Erasto
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com relação às comunicações repletas de ideias heterodoxas, “espiriticamente
falando”que possam vir dos Espíritos e que poderiam ser insinuadas em meio às coisas boas junto a fatos imaginados, asserções mentirosas, com tamanha habilidade que
poderiam enganar as pessoas de boa fé. Ele ainda estimula a eliminação sem piedade de toda palavra e toda frase equívoca, conservando-se na comunicação somente o que
a lógica aprova ou o que a doutrina já ensinou; afirma que “onde a influência moral do médium se faz realmente sentir é quando este substitui pelas suas ideias pessoais
aquelas que os Espíritos se esforçam por lhe sugerir. É quando ele tira da sua própria
imaginação, as teorias fantásticas que ele mesmo julga, de boa fé [mas nem sempre], resultar de uma comunicação intuitiva”(Grifos nossos). Erasto também alerta ser
necessário aos dirigentes espíritas possuírem um tato apurado e uma rara sagacidade para poder discernir as comunicações verdadeiras e não ferir o amor próprio daqueles
que se permitem iludir com joias falsas. É neste momento que ele nos oferece um de seus mais famosos e importantes
conselhos: “Na dúvida, abstém-te, diz um dos vossos provérbios. Não admitais, pois, o que não for para vós de evidência inegável. Ao aparecer uma nova opinião, por menos
que vos pareça duvidosa, passai-a pelo crivo da razão e da lógica. O que a razão e o bom senso reprovam rejeitai corajosamente. MAIS VALE REJEITAR DEZ VERDADES DO
QUE ADMITIR UMA ÚNICA MENTIRA, UMA ÚNICA TEORIA FALSA. Com efeito, sobre essa teoria poderíeis edificar todo um sistema que desmoronaria ao primeiro sopro da
verdade, como um monumento construído sobre a areia movediça. Entretanto, se rejeitais hoje certas verdades, porque não estão para vós clara e logicamente
demonstradas, logo um fato chocante ou uma demonstração irrefutável virá vos afirmar
a sua autenticidade”. Embora ela tenha se tornado uma regra de ouro [a frase destacada em
maiúsculo], conforme J. Herculano Pires afirmou, devendo ser
constantemente observada nos trabalhos e estudos espíritas, isolada
do seu contexto ela perde a sua riqueza, o seu caráter especial, ficando
deslocada e nem sempre parecendo justa. Analisemos a sua estrutura.
Primeiro reencontramos um sábio provérbio: “na dúvida, abstém-
te”. Pois quem nunca duvidou não pode afirmar que encontrou a verdade,
que adquiriu a convicção. O codificador é um belo exemplo de como a dúvida, sem
exageros, conduz à verdade. É valiosíssimo o depoimento de Kardec encontrado em Obras Póstumas, onde ele afirma que um dos primeiros resultados das suas
observações foi saber que os Espíritos nada mais são que as almas dos homens, possuindo conhecimentos limitados à sua condição evolutiva e que por isto as suas
opiniões tinham o valor de uma opinião pessoal, nada mais. Foi esta verdade, compreendida desde o início que o protegeu de acreditar ingenuamente na infalibilidade
dos Espíritos e de elaborar teorias prematuras com base nos ditados de uns ou de alguns [5]. Quantas teorias não são construídas dentro desta perspectiva? Os vários
corpos do perispírito, em gritante oposição ao conceito formulado pelo codificador, a magia, as informações e afirmações sobre Física Quântica relacionados com o
Espiritismo são alguns exemplos de ‘teorias’ edificadas em informações pessoais dos Espíritos como se fossem absolutamente verdadeiras. Elas não foram observadas,
analisadas, criticadas, reavaliadas para serem aceitas como verdades verificadas. Aqui é
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onde entra a importância da abstenção. Pois se não possuo a firme convicção oriunda da
análise sistemática, racional e eminentemente lógica e da experiência, como posso supor que uma determinada informação é verdadeira? Não podemos agir por achismos
dentro do movimento espírita. Em segundo lugar encontramos a importância de passar toda opinião, por menos
duvidosa que pareça, pelo crivo da razão e da lógica. Como afirma Erasto, “é incontestável que, submetendo-se ao cadinho da razão e da lógica todas as observações
sobre os Espíritos e todas as suas comunicações, será fácil rejeitar o absurdo e o
erro”[6]. As palavras destacadas dão um valor importantíssimo à citação. Primeiro porque ressalta a importância de que haja um exame severo sobre os Espíritos
comunicantes e suas comunicações. Segundo por que para Erasto, quem assim procede, não encontra dificuldades em perceber a ponta da orelha do mentiroso, do
pseudossábio, do fanfarrão. Até porque estes Espíritos mistificadores podem, fingindo amor e caridade, semear a desunião e retardar o progresso da humanidade e da Ciência
Espírita ao propagarem seus sistemas absurdos, muitas vezes com a ajuda não só de médiuns imprevidentes, mas de casas espíritas que se julgam privilegiadas, ou onde
reinam a superstição e a falta de um estudo sistemático da Codificação. Não é à toa que Herculano Pires escreve que a “confiança de Kardec na análise racional das
comunicações é acertada, mas depende do critério seguro de quem analisa. Por isso mesmo é conveniente fazer a análise em conjunto e recorrer, no caso de dúvida, a
outras pessoas de reconhecido bom senso. O Espírito farsante pode influir sobre um indivíduo e sobre um grupo, o que tem ocorrido com freqüência em virtude da vaidade,
da pretensão ou do misticismo dominante. Comunicações avulsas e até obras
mediúnicas alentadas, evidentemente falsas, têm sido publicadas, aceitas e até mesmo defendidas por grupos e
instituições diversas”. [3] Terceiro, após as
considerações acima expostas, compreendemos
que o conselho do Erasto visa antes à prudência que o
exagero. E isto fica muito claro quando ele desenvolve
seu raciocínio, no fim deste parágrafo, ao afirmar que se
hoje rejeitamos certas verdades, pelo fato de não estarem devidamente demonstradas amanhã um fato
“chocante” poderá afirmar a sua autenticidade. E este é o ponto chave da sua
afirmação, pois se não temos certeza de uma opinião, como podemos provar a sua autenticidade? Por mais respeitável que seja o nome que subscreva a comunicação, por
mais atraente que seja uma teoria, só o tempo e uma metodologia de pesquisa adequada poderão provar que ela está correta. É por isto que não devemos ter medo de
rejeitar uma ideia, sem, no entanto, ignorar que ela pode, se for testada e averiguada, provar estar certa. Esta observação é confirmada por Kardec da seguinte forma: “Se é
certo que a utopia de hoje se torna muitas vezes a verdade de amanhã, deixemos que o futuro realize a utopia de hoje, mas não enredemos a Doutrina com princípios, que
possam ser considerados quimeras e a tornem rejeitada pelos homens positivos” [4]. Como pudemos ver nesta sucinta análise, não é absurdo rejeitar dez verdades
para não ter que aceitar uma mentira porque não estão clara e logicamente demonstradas. E é justamente por conselhos como estes, compreendidos em seu
contexto, que Kardec considerou Erasto um Espírito Superior, pois só um poderia
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ensinar tanto com tão pouco. O estudo das suas mensagens deve ser obrigatório nas
casas espíritas. E diferente de outros “espíritos famosos” da atualidade, muito verbosos e prolixos, com suas dezenas de perispíritos e magos, este sim é um ilustre
desconhecido que precisa ser redescoberto! REFERÊNCIAS
[1] KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns. 23ª Ed. SP – LAKE, 2004. Cap. XVII, p. 177 [2] ______. Idem. Cap. XXIV, item 266, p. 236
[3] ______. Idem, ibidem
[4] ______. Obras Póstumas. 14ª Ed. SP, LAKE – 2007. Segunda parte, Dos Cismas, p. 282
[5] ______. Idem, p. 218 [6] ______. O Evangelho segundo o Espiritismo. 61ª Ed. SP – LAKE, 2006. Cap. XXI,
item 10, p. 265 Fontes:
- Blog "Análises Espíritas" http://analisesespiritas.blogspot.com/2011/08/kardec-e-os-conselhos-de-erasto.html
- O Blog dos Espíritas http://oblogdosespiritas.blogspot.com/2011/10/kardec-e-os-conselhos-de-erasto.html
Por Anderson Santiago Transcrito do link: http://umolharespirita1.blogspot.com.br/2011/10/kardec-
e-os-conselhos-de-erasto_30.html
JUVENTUDE
JUVENTUDE E INDEPENDÊNCIA
O uso de substâncias nocivas, legais ou ilegais, traz ao jovem uma falsa sensação de autonomia e emancipação.
A nossa caminhada evolutiva se tem feito acompanhar pelo uso de variadas drogas
descobertas na farmácia da natureza. Algumas nos ajudaram e ainda auxiliam
muito no tratamento de doenças e problemas orgânicos, apoiando a medicina natural. A
mãe Terra é pródiga em oferecer benesses aos seus moradores.
No entanto, entre tantas dádivas ofertadas, também há plantas, ervas, raízes,
etc., que podem trazer efeitos perturbadores. Algumas, no início do uso, são apenas
estimulantes que ajudam na defesa de alguma dificuldade natural. Como exemplo, temos o hábito dos antigos incas que permaneciam dias sem comer ao subirem as
montanhas somente mascando folhas da coca, planta que, além de tirar a fome, dava mais energia.
Certamente a utilização na antiguidade de drogas variadas formou uma legião de espíritos tendentes ao uso de outras drogas contemporâneas, muitas sintéticas, quando
novamente reencarnados. Este é seguramente um dos motivos pelos quais os jovens procuram por substâncias estimulantes, pois, além de influenciados pela própria fase de
busca por novidades, muitos já trazem matrizes perispirituais predispondo-os à drogadição.
Bem se conhece a inclinação contestadora da juventude, natural e esperada. Os espíritos ao voltarem a Terra sempre trazem ideias novas hauridas na erraticidade
quando elaboraram novos planos e metas visando à evolução e à transformação do
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planeta. Fazem-se acompanhar desta forma do desejo por mudanças na ordem social
encontrada nas comunidades às quais se agregam novamente. Se assim não fosse, o progresso seria prejudicado, pois se todos sempre agissem da mesma maneira não
haveria progresso. Entretanto, nesta ânsia por
concretizar mudanças, enxergam na conquista da emancipação um dos
primeiros caminhos certos para promovê-
las; quanto mais precoce melhor. Quanto mais cedo forem independentes podem
melhor agir em prol destas tão ansiadas modificações, assim ajuízam.
Autonomia se adquire de muitos modos: pela força, pela insistência na
prática de certas condutas não comumente aceitas, podemos obter
soberania econômica, enfim, são muitas as vertentes, contudo, uma seguramente
não recomendada é a busca de uma acreditada independência pelo uso de substâncias nocivas legais ou ilegais, embora, na
maioria dos casos, nos tempos modernos, não recebam a aprovação dos familiares. É muito comum o adolescente julgar estar libertando-se da família ao fazer uso do
fumo ou dos alcoólicos, por exemplo, pois os pais, se não fazem uso destas drogas
legais, questionam o filho por qual razão está a usá-las; embora lícitas, são de funestas consequências. Nesta hora, o filho entende que agir de forma diversa daquela
habitualmente comum dentro do ambiente familiar representa a sua carta de alforria, porquanto, na sua ainda limitada ótica, fazer o não recomendado ou o não permitido
significa ser livre. O apelo da propaganda e do próprio grupo a que se mantém ligado também são
fortes motivadores para criar as condições de uma aceitação, ou mesmo uma concessão por parte do jovem em relação aos apelos da turma e da mídia. Não usando a droga,
seja lícita ou ilícita, pensa estar fora do contexto, crê não estar afinado com o grupo, pois, não tendo ainda condições de impor-se como é ou gostaria de ser, acaba cedendo
às pressões externas. É um verdadeiro dilema experimentado pela juventude. Como conciliar os
chamamentos do grupo, de modo a sentir-se “enturmado”, e simultaneamente manter-se fiel à educação recebida dos pais e também ao cumprimento das leis sociais? Qual
lado terá mais peso: os exemplos e ensinos recebidos da família ou a necessidade de
enxergar-se como uma peça integrada ao grupo a que se vincula? Some-se a isso a preocupação do jovem em sentir-se livre dos “cabrestos” que ele supõe terem sido
colocados em si por sua própria família. Há uma visão equivocada, cultivada por muitos jovens, ao acreditarem que
independência significa fazer o que se quer, na hora que se quer, do modo que se quer. Ainda não compreendem ser possível permanecerem soberanos vivendo dentro dos
padrões familiares e da sociedade, sem nenhum prejuízo à sua personalidade, contudo, nem sempre é este o desfecho final.
Iniciado o processo do uso de uma droga visando à autoafirmação, o caminho está aberto para uma jornada muitas vezes sem volta ao mundo “vibrante” das drogas. É
bem sabido por todos que este mundo paralelo tem as suas próprias regras, um modus operandi bem peculiar, exigindo dos seus integrantes fidelidade e compromisso. Não é
fácil deixar o ambiente das drogas, em razão dos dependentes se fortalecerem
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mutuamente uns com os outros; quando um deseja livrar-se da dependência todos se
colocam contra. É natural, é o instinto de defesa atuando. A turma se enfraquece ao perceber uma ovelha tentando desgarrar-se do sinistro rebanho.
Por outro lado, estudiosos já concluíram que uma droga “chama” outra. Se o início ocorre pelo fumo ou pelo álcool, seguem-se a esses os convites para o uso de drogas
ilegais. A prática diz haver apenas um pequeno passo na migração das drogas lícitas para as ilícitas.
Desta forma, de droga em droga, crê-se alcançar a tão desejada “independência”,
a tão sonhada liberdade é conquistada, a um custo muito alto sabe-se, porquanto o adicto agora está “independente”, contudo, não percebe estar dependente, escravo dos
estimulantes. Os pais devem incutir na
mente dos filhos que a autonomia verdadeira se faz pela prática de
boas leituras, adquirindo conhecimentos nobres que os
ajudarão a entender melhor a vida e a posicionar-se adequadamente
perante a sociedade; pelo estudo continuado e sério visando a uma
formação profissional para possível aproveitamento no mercado de
trabalho; que a verdadeira
emancipação surge da consciência tranquila nas boas ações realizadas.
É fato que sem exemplificar a educação dos pais fica
comprometida, desta forma deve-se ter atenção redobrada durante o processo de educação na vivência dos postulados sugeridos aos filhos.
O elemento religioso tem o seu peso, pois o jovem ligado com Deus tem condições de refletir e ajuizar outros aspectos da vida, visto acreditar, ter fé que o Criador nos fez
para evoluir sempre mais. Entretanto, no ambiente das drogas, não se vai para frente, muito pelo contrário, caminha-se para trás, porquanto: o dependente tem muita
dificuldade em manter-se no emprego; de modo geral não consegue permanecer com parceiros(as) fixos; a agressão continuada ao corpo pelo uso das drogas comumente
evolui para doenças de toda ordem, muitas vezes de difícil trato; o rendimento escolar cai drasticamente, entre tantos outros reconhecidos prejuízos. A droga, como bem o
nome já diz, enfraquece várias regiões do corpo simultaneamente, provocando uma
quebra da harmonia em diversos órgãos ao mesmo tempo. Em contrapartida, ensina o Espiritismo ser o corpo um santuário sagrado, devendo
ser preservado e bem cuidado. É a ferramenta do espírito reencarnado para promover a sua evolução. Se o corpo é mau tratado, as ações do espírito para alavancar seu
progresso moral e intelectual ficam prejudicadas. Há outra questão grave associada ao uso das drogas alertada pela Doutrina sobre
a existência de adictos desencarnados. São espíritos já “mortos” enxameando a atmosfera mais densa próxima à superfície terrestre buscando avidamente encarnados
adeptos dos estimulantes. Conseguem reviver parcialmente as antigas sensações provocadas pelas drogas ao se locupletarem aspirando e sugando os fluidos e energias
contaminadas pelos entorpecentes, exaladas pelos corpos materiais dos adictos. Estes “amigos” do outro mundo enfraquecem ainda mais a estrutura física dos dependentes
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vivos, e mais, quando sentem necessidade, incentivam-nos ao uso das drogas, como se
ainda estivessem vivos, amplificando o desejo do usuário encarnado. Desta forma, para libertar-se da dependência das substâncias tóxicas, o adicto deverá,
além de lutar consigo mesmo, empreender uma verdadeira batalha com obsessores que o procuraram por conta das drogas e que agora vão resistir de forma ferrenha para que
a sua vítima não se afaste das substâncias alucinantes que tanto lhes comunicam prazer.
Em resumo, o adicto para ver-se livre do ambiente e da dependência às drogas,
deverá travar uma luta gigantesca: contra as próprias inclinações viciosas que pode ter trazido de outras vidas ou foram construídas nesta mesma existência; contra os apelos
dos “amigos” da turma a que pertence; não menos importante, contra os outros “amigos” adictos do lado de lá, e são muitos; e, finalmente, contra interesses
econômicos dos setores produtores de drogas lícitas, que buscam a todo o custo, por meio de propagandas muito bem elaboradas, manter a humanidade dependente das
drogas legais. Diante de tal quadro, indaga-se: por qual razão buscar a independência pela
dependência nas drogas? Rogério Miguez – [email protected]
Transcrito do link: https://www.oclarim.org/oclarim/materias/4877/revista/2016/Setembro/ju
ventude-e-independencia.html
LINDOS CASOS DE CHICO XAVIER
CASO 82 – PÁGINA AO IRMÃO MAIS VELHO
Quando da realização da 1ª Semana do Moço Espírita de Minas Gerais, em Belo Horizonte, em julho de 1950, todos os trabalhos se desdobravam em torno dos jovens,
mas Emmanuel se manifestou pelo Chico e escreveu esta “Página ao irmão mais velho”, que oferecemos também aos nossos leitores:
Página Ao Irmão Mais Velho Ajuda a teu filho enquanto é tempo.
A existência na Terra é a vinha de Jesus, em que nascemos e renascemos.
Quantos olvidam seus filhinhos, a pretexto de auxílio ao próximo e acabam por fardos pesados a toda gente!
Quantos se dizem portadores da caridade para o mundo e relegam o lar ao desespero e ao abandono?
Não convertas o companheiro inexperiente em
ornamento inútil, na galeria da vaidade, nem lhe armes um cárcere no egoísmo, arrebatando o à realidade, dentro da qual
deve marchar em companhia de todos. Dá-lhe, sempre que possível a bênção dos recursos
acadêmicos; contudo, antes disso, abre-lhe os tesouros da alma, para que não se iluda com as fantasias da inteligência
quando procura agir sem Deus. Ensina-lhe a lição do trabalho, preparando-o simultaneamente na arte de ser útil, a fim de que não se transforme em alimária
inconsciente. Os pais são os ourives da beleza interior.
O buril do exemplo e a lâmpada sublime da bondade são os divinos instrumentos de tua obra.
Não imponhas à formação juvenil os ídolos do dinheiro e da força.
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A bolsa farta de moedas, na alma vazia de educação, é roteiro seguro para a
morte dos valores espirituais. O poder sem amor gera fantoches que a verdade destrói no momento preciso.
Garante a infância e a juventude para a vida honrada e pacífica. Que seria do celeiro se o lavrador não preservasse a semente?
Quem despreza o grelo frágil é indigno do fruto. Faze de teu filho o melhor amigo, se desejas um continuador para os teus ideais.
Que será de ti se depois de tua passagem pela carne não houver um cântico
singelo de agradecimento endereçado ao teu espírito, por parte daqueles que deves amar? Que recolherás na seara da vida, se não plantares o carinho e o respeito, a
harmonia e solidariedade, nem mesmo um pequenino canteiro doméstico? Não reproves a esmo. A tua segurança de hoje lança raízes na tolerância de teu
pai e na doçura das mãos enrugadas e ternas de tua mãe. Esquece a cartilha escura da violência. Que seria de ti sem a paciência de algum velho
amigo ou de algum mestre esquecido que te ensinaram a caminhar? O destino é um campo restituindo invariavelmente o que recebe.
Ama teu filho e faze dele o teu confidente. E quanto puderes, com o teu entendimento e com o teu coração, ajuda-o, cada dia, para que não te falte a visão
consoladora da noite estrelada na hora do repouso e para que te glorifiques, em plena luz, no instante bendito do sublime despertar.
Emmanuel Transcrito do livro “Lindos Casos de Chico Xavier” de Ramiro Gama.
MENSAGEM ESPÍRITA
CARTA DE ANO BOM Entre um ano que se vai
E outro que se inicia, Há sempre nova esperança,
Promessas de Novo Dia...
Considera, meu amigo, Nesse pequeno intervalo,
Todo o tempo que perdeste Sem saber aproveitá-lo.
Se o ano que se passou
Foi de amargura sombria,
Nosso Pai Nunca está pobre Do pão de luz da alegria.
Pensa que o céu não esquece
A mais ínfima criatura, E espera resignado
O teu quinhão de ventura.
Considera, sobretudo Que precisas, doravante,
Encher de luz todo o tempo Da bênção de cada instante.
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Sê na oficina do mundo
O mais perfeito aprendiz, Pois somente no trabalho
Teu ano será feliz.
Não esperes recompensas Dos bens da vida terrestre,
Mas, volve toda a esperança
À paz do Divino Mestre.
Nas lutas, nunca te esqueças Deste conceito profundo:
O reino da luz de Cristo Não reside neste mundo.
Não olhes faltas alheias,
Não julgues o teu irmão, Vive apenas no trabalho
De tua renovação.
Quem se esforça de verdade Sabe a prática do bem,
Conhece os próprios deveres
Sem censurar a ninguém.
Ano Novo!... Pede ao Céu Que te proteja o trabalho,
Que te conceda na fé O mais sublime agasalho.
Ano Bom!... Deus te abençoe
No esforço que te conduz Das sombras tristes da Terra
Para as bênçãos de Jesus.
XAVIER, Francisco Cândido. Cartas do Evangelho. Pelo Espírito Casimiro Cunha. LAKE.
TRABALHO IMPORTANTE
NOTÍCIAS DO MOVIMENTO ESPÍRITA Dedicamos o espaço dessa edição
para divulgar o enorme trabalho de divulgação do valoroso trabalhador
espírita Ismael Gobbo. Nascido em 26 de dezembro de
1947 na mesma cidade onde reside. É
formado em Administração de Empresas e Direito, com especialização em Direito
Empresarial, na juventude foi diretor do Departamento de Mocidades do Conselho
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Regional Espírita. Tempos depois, foi presidente da USE Regional Araçatuba por nove
anos, onde atualmente exerce o cargo de diretor do Departamento de Orientação Doutrinária. Foi presidente da Aliança Espírita Varas da Videira e atualmente é diretor do
Departamento de Orientação Doutrinária da mesma instituição. Ismael Gobbo está radicado em Araçatuba, no interior de São Paulo, e é muito
conhecido no Estado pela dedicação à causa espírita. Além da atuação local, nosso entrevistado participa ativamente do movimento de unificação, inclusive distribuindo
pela internet as notícias da USE – União das Sociedades Espíritas do Estado de São
Paulo. Por retificação judicial, por conta da obtenção de cidadania italiana, modificou a assinatura de Ismael Gobi para Ismael Gobbo.
Ismael, Como surgiram as primeiras edições? Luiz Carlos, esse trabalho de divulgar através de e-mail e pela internet estamos
fazendo há quase duas décadas. Inicialmente nós repassávamos
notícias publicadas pela USE-União das Sociedades Espíritas do Estado de São
Paulo e da região de Araçatuba onde a partir do ano de 1997 fomos presidente
da Use Regional de Araçatuba. Paulatinamente com tais
publicações começamos a receber informações e notícias de outras
regiões, de outros estados e aos
poucos de alguns países. No ano de 2001, por iniciativa dos amigos
Benedito e Fábio Cruz, iniciamos o site da Use Regional de Araçatuba
(http://www.guiata.com.br/use/noticiasu.html) onde se começou a fazer postagens. Então a partir daí se faz o trabalho por e-
mail e publicação em site como ocorre até hoje. Temos o blog http://ismaelgobbo.blogspot.com.br/ e também
postamos no facebook. E hoje como está o alcance do trabalho?
No início trabalhávamos com mais ou menos 10 listagens de 100 destinatários cada. Era um trabalho demorado porque a Internet no inicio era lenta e utilizávamos o
meio convencional. Tinha dia que demorava umas dez horas para se conseguir fazer o envio. Como fazíamos o e-mail com muitas fotos ocorriam bloqueios por parte dos
provedores e as vezes saímos do ar.
Como fomos ampliando o universo dos leitores não mais foi possível fazer naquele sistema. Hoje temos mais de 7 mil destinatários pelo Brasil e dezenas de países. Só não
aumentamos mais porque existem limitações técnicas. Infelizmente em internet a gente ainda não consegue fazer tudo o que quer.
Como é feita a recepção do material divulgado? Basicamente publicamos o que nos chega via e-mail. Só raramente colhemos
informações na Web, na maioria das vezes para checagens. Costumamos anotar de onde recebemos as informações visando ter segurança naquilo que informamos.
Também recebemos artigos de amigos que buscamos repassar. É feita uma triagem no que publica?
Sim, buscamos fazê-la dentro dos princípios espíritas já que o e-mail leva o titulo de Noticias do Movimento Espírita. Não se trata de censura, mas a tentativa de
mantermos um mínimo de coerência. Não publicamos artigos que ofendam pessoas ou
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outros segmentos religiosos e nem temas que gerem polêmicas desnecessárias.
Recebemos as informações de fontes diversas e fazemos o repasse aos destinatários de nossa lista de contatos. Trabalhamos com a expectativa de que as informações que nos
chegam sejam absolutamente espíritas na forma como preconiza o codificador do Espiritismo, Allan Kardec.
Sempre pedimos aos nossos colaboradores que façam uma análise criteriosa e só nos remetam para divulgação matérias genuinamente espíritas.
Quem são os colaboradores?
São muitos e de muitos locais. Diversos deles além de enviarem as notícias também retransmitem o e-mail para as listagens que eles mesmos elaboram
funcionando como uma central. Também na internet diversos sites e blogs ajudam na divulgação já que estão lincados ao nosso blog e ao facebook. Aproveito o ensejo para
agradecê-los penhoradamente. São amigos valorosos e dedicados nesse trabalho de divulgação espírita que reputamos modesto mas feito com muito empenho.
Como é feita a elaboração? Editamos em Word, salvamos como página da Web e enviamos para o site onde a
matéria fica postada. Em seguida editamos o e-mail para os destinatários com o fornecimento do link
para acesso e informamos no blog e no facebook. Não tem sido possível fazer a colagem do Word no corpo do e-mail devido aos
bloqueios por parte dos provedores que interpretam como spams as mensagens com muitas imagens. Para nós o trabalho seria o mesmo, todavia tecnicamente isso não é
possível pelas limitações mencionadas e também pelo grande número de envios. O
envio é feito por um serviço de e-mail marketing que desenvolve o trabalho em poucas horas.
Quais as perspectivas futuras? Não temos como precisar e nem almejamos grandes saltos. Somos tecnicamente
limitados e doutrinariamente aprendizes. Percebemos ajuda constante da espiritualidade através da intuição e tentamos
segui-la com humildade e pés no chão. Passamos por diversas dificuldades e só através dessa ajuda é que o trabalho se
manteve. Dedico totalmente à espiritualidade e aos meus amigos colaboradores os possíveis dividendos úteis auferidos por esse alternativo meio de
divulgação espírita.
PERSONALIDADE DE DESTAQUE NO MOVIMENTO ESPÍRITA
ERNESTO BOZZANO
Nasceu em 09/01/1862, em Gênova, Itália e desencarnou em 1943, na mesma localidade. Professor da
Universidade de Turim foi, antes de se converter ao Espiritismo, materialista, céptico, positivista. Numa época em
que o Positivismo empolgava muitas consciências, Bozzano demonstrava-lhe nítida inclinação.
Dos postulados positivistas gravitou para uma forma intransigente de materialismo, o que o levou a proclamar
mais tarde: Fui um positivista materialista a tal ponto convencido, que me parecia impossível pudessem existir
pessoas cultas, dotadas normalmente de sentido comum, que pudessem crer na existência e sobrevivência da alma.
O fato de representantes da Ciência oficial levarem a
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sério a possibilidade da transmissão de pensamento entre pessoas que vivem em
continentes diferentes, a aparição de fantasmas e a existência das chamadas casas mal-assombradas escandalizava Bozzano. Somente após ler diversas outras obras é que
Ernesto Bozzano resolveu dedicar- se com afinco e verdadeiro fervor ao estudo aprofundado dos fenômenos espíritas, fazendo-o por meio das obras de Allan Kardec,
Léon Denis, Gabriel Delanne, William Crookes e outros. Como medida inicial para um estudo profundo, Bozzano organizou um grupo
experimental, do qual participaram muitos professores da Universidade de Gênova. No
decurso de cinco anos consecutivos, graças ao intenso trabalho desenvolvido, esse pequeno grupo propiciou vasto material à imprensa italiana e, ultrapassando as
fronteiras, chegou a vários países. Havia-se obtido a realização de quase todos os fenômenos, culminando com a
materialização de seis Espíritos, de forma bastante visível, e com a mais rígida comprovação.
Dentre as mais de trinta e cinco obras escritas, citamos “A Crise da Morte”, “A Hipótese Espírita e as teorias Científicas”, “Animismo ou Espiritismo”, “Comunicações
Mediúnicas entre Vivos”, “Pensamento e Vontade”, “Fenômeno de Transfiguração”, “Metapsíquica Humana”, “Os Enigmas da Psicometria”, “Fenômenos de Talestesia”, etc.
O seu devotamento ao trabalho fez com que se tornasse um dos mais salientes pesquisadores dos fenômenos espíritas, impondo-se pela projeção do seu nome e pelo
acendrado amor que dedicou à causa que havia esposado e que havia defendido com todas as forças de sua convicção inabalável.
Um fato novo veio contribuir para robustecer a sua crença no Espiritismo. A
desencarnação de sua mãe, em julho de 1912, serviu de ponte para demonstração da sobrevivência da alma.
Bozzano realizava nessa época sessões semanais com um reduzido grupo e com a participação de famosa médium.
Realizando uma sessão na data em que se marcava o primeiro ano da desencarnação de sua genitora, a médium escreveu umas palavras num pedaço de
papel, as quais, depois de lidas por Bozzano o deixara assombrado. Ali estavam escritos os dois últimos versos do epitáfio que naquele mesmo dia ele havia deixado no túmulo
de sua mãe. Fonte site: www.folhaespirita.com.br.
Transcrito do informativo “Notícias do Movimento Espírita” – 09/01/2017.
DATAS IMPORTANTES DO ESPIRITISMO
JANEIRO
Dia 01 de 1846 – Nasce Léon Denis, em Foug, arredores de Tours, na França. Autor de várias obras espíritas. Considerado o grande
filósofo da doutrina. Destacou-se como escritor, estudioso e pesquisador que ajudou a impulsionar
o Espiritismo naquele país e no mundo. Dia 01 de 1858 – Lançada em Paris, França, por
Allan Kardec, Codificador da Doutrina Espírita, a Revue Spirite - Revista Espírita.
Dia 01 de 1884 – Fundada no Rio de Janeiro, RJ, a Federação Espírita Brasileira, por Augusto Elias
da Silva e outros. Dia 02 de 1873 – Em Alençon, França, nasce a
religiosa e mística Teresa de Jesus. Desencarna em Lisieux, França, em 30.09.1897.
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Dia 06 de 1868 – Lançada A gênese, os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo,
por Allan Kardec, Codificador da Doutrina Espírita, em Paris, França. Dia 06 de 1869 – Criada Comissão para examinar os fenômenos espíritas pela
Sociedade Dialética de Londres, Inglaterra. Dia 08 de 1958 – Fundado no Rio de Janeiro, RJ, o Lar Fabiano de Cristo, por Jayme
Rolemberg e Carlos Pastorino. Dia 09 de 1862 – Nasce, em Gênova, na Itália, Ernesto Bozzano.
Dia 09 de 1977 – Criada a Caravana da Fraternidade Jésus Gonçalves, em favor dos
hansenianos, em São Paulo, SP. Dia 12 de 1827 – Nasce em Zurique, Suíça, o educador João Henrique Pestalozzi. Teve
grande influência na formação de Hippolyte Léon Denizard Rivail, conhecido mais tarde como Allan Kardec
Dia 12 de 1937 – Fundada a Instituição Olímpia Belém, de amparo a meninas órfãs, no Rio de Janeiro, RJ.
Dia 13 de 1960 – Em Uberaba, MG, o Espírito André Luiz, dita o prefácio do livro Além da morte, do Espírito Otília Gonçalves, psicografado por Divaldo Pereira Franco, em
1959 e publicado em 1968, sem o referido prefácio. Dia 13 de 1968 – Realizada, em São Paulo, SP, a primeira Concentração de Médicos
Espíritas, para fundar a Associação de Médicos Espíritas. Dia 13 de 1940 – Na noite do dia 13 de janeiro de 1940, no Centro Espírita
Uberabense, Lilito Chaves, Inácio Ferreira, Roland Chaves Mendes, Jarbas Leone Varanda, Maria Modesto, dentre outros jovens, decidem fundar a UMEU – União da
Mocidade Espírita de Uberaba, tendo como primeiro presidente, Inácio Ferreira.
Dia 15 de 1861 – Lançado em Paris, França, O Livro dos Médiuns, pelo Codificador da Doutrina Espírita, Allan Kardec.
Dia 16 de 1949 – Realizado o Primeiro Congresso Educacional Espírita do Estado de São Paulo, em São Paulo, SP.
Dia 25 de 1863 – Em Nova York, Estados Unidos, Andrew Jackson Davis funda o Liceu Espiritista e inicia o Movimento Espírita Jovem.
Dia 31 de 1907 – Em Sacramento-MG, Eurípedes Barsanulfo funda o Colégio Allan Kardec, pioneiro da implantação de escolas espíritas no Brasil.
LIVROS DO “CLUBE DO LIVRO ESPÍRITA”
DEPARTAMENTO – CLUBE DO LIVRO ESPÍRITA
MARIA DOLORES Rua Artur Machado nº 288 – sala 04 – Centro
LUZES EM PARIS – Sidney Fernandes
Numa máquina do tempo, rumo ao centro do mundo, a Paris de 1860! Assim você se sentirá de volta ao momento em que nasce o cinema e
os cancãs estão em plena efervescência. É também o instante em que acorriam à Cidade Luz as libélulas do conhecimento, que
transformaram Paris na capital da arte e do modernismo. Numa mistura de ficção e realidade, você conhecerá os personagens
que conviveram com Allan Kardec, o codificador da Doutrina Espírita. Começa agora uma viagem extraordinária, que o encantará com as
Luzes em Paris.
Jornal Espírita de Uberaba – Ano 10 – Nº 124 – Janeiro/2017
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O FARAÓ MERNEFTÁ – Pelo Espírito John Wilmot Rochester / Psicografado por
Vera Kryzhanovskaia O livro O faraó Merneftá, personagem que representa uma das
encarnações de Rochester, autor espiritual da obra, nos mostra com grande veracidade a destruição que o sentimento de ódio desencadeia
na vida do espírito imortal. Vivendo na época de Moisés, um tempo de repressão e disputa pelo
poder, as paixões exacerbadas de seus protagonistas provocaram
tragédias que demandariam muito tempo para serem superadas. Convivendo com sábios e iniciados dos grandes mistérios não
souberam aproveitar esses conhecimentos para a prática do bem, e envolvidos pelo rancor e desejo de vingança tiveram suas vidas
comprometidas por muitos séculos, na espera de que o despertar espiritual viesse para cada um dos personagens e então, resgatassem, através do amor e da renúncia, o rio
de sangue e morte deixado por suas atitudes. Mostrando uma versão diferente da libertação do povo judeu do domínio egípcio daquela
apresentada na Bíblia, obra também apresenta outra visão sobre Moisés, a partir da visão de três personagens, todos ligados à Merneftá: Thermutis, a irmã; Pinehas, um
mago do reino e Necho, soldado do faraó.
SUGESTÃO DE LEITURA
FAMÍLIA – Por Espíritos Diversos / Psicografado por Francisco Cândido Xavier
O lar é o santuário em que a Bondade de Deus te situa. Dentro dele, nos fios da consanguinidade, recebes o teu primeiro mandato de
serviço cristão. (Emmanuel) A parceria entre as editoras FEB e CEU traz ao público mais uma
preciosa obra de nosso querido Chico Xavier, Família. Temos aqui, amigo leitor, anotações e comunicados que nos farão
refletir sobre responsabilidades e compromissos, alegrias e bênçãos da vida familiar na Terra, que segue sempre, no domínio das
consequências, na direção do reajuste e do aperfeiçoamento, da felicidade e da sublimação na vida espiritual.
HUMOR ESPÍRITA – “Justiça”
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