Espera-se um Verão quente… As forças de combate e es-peciais dos concelhos do Médio Tejo estão prontas para enfrentar mais uma Fase Charlie. A prevenção é o segre-do para evitar a devastação fl orestal que tem aconteci-do na região nestes últimos anos. páginas 4 e 5
jornalDirector ALVES JANA - MENSAL - Nº 5485 - ANO 112 - DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
abrantesde
JUNHO2011 · Tel. 241 360 170 · Fax 241 360 179 · Av. General Humberto Delgado - Ed. Mira Rio · Apartado 65 · 2204-909 Abrantes · [email protected]
PREVENIR É A PALAVRA DE ORDEM...
Nuno Falcão é o enólogo do anoNuno Falcão Rodrigues, do Centro Agrí-cula de Tramagal, é o enólogo do ano. Do percurso já feito e dos novos projectos fa-la-nos na página 3
ENTREVISTA
Azeites e vinhos premiadosOs azeites SAOV e a Casa Anadia e os vi-nhos Casal da Coelheira e Vila Jardim não param de surpreender com novas meda-lhas. páginas 14 e 15
ECONOMIA
Muita animação nas festas de Mação e GaviãoGavião e Mação vão estar em total anima-ção com artesanato, gastronomia e activi-dades económicas. E muita música, é cla-ro. página 17
REGIÃO
Reabilitação urbana no centro históricoO Centro Histórico de Abrantes já tem um projecto de revitalização que foi apresen-tado e que conta com a participação de to-dos. página 6
ABRANTES
jornaldeabrantes
JUNHO20112 ABERTURA
Pretende frequentar as praias fl uviais da região, durante este Verão?
Marco BarataSardoal
Sim pretendo ir à Aldeia do Mato,
Cabeça Gorda, Vale de Manso. Para
além de serem mais perto, têm um
ambiente agradável, são sítios cal-
mos e com muito pouca confusão.
Q
IDADE 52
RESIDÊNCIA Constância
PROFISSÃO Estudante
UMA POVOAÇÃO Constância, a
vila poema
UM CAFÉ «Pézinhos no Rio», em
Constância
UM BAR não costumo frequentar
UM PETISCO ovos verdes e peixi-
nhos da horta
UM RESTAURANTE «Remédio d�
Alma», em Constância
PRATO PREFERIDO Cozido à Por-
tuguesa
UM LUGAR PARA PASSEAR Serral-
ves, no Porto
UM RECANTO PARA DESCOBRIR
Portugal
UM DISCO «Quiet Nights», de Dia-
na Krall
UM FILME «Forrest Gump», de Ro-
bert Zemeckis
UMA VIAGEM Egipto
UM LEMA DE VIDA A vida é uma
viagem a ser apreciada com sereni-
dade e beleza.
FICHA TÉCNICA
DirectorAlves Jana (TE.756)
Sede: Av. General Humberto Delgado – Edf. Mira Rio,
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FOTO DO MÊS EDITORIAL
INQUÉRITO
SUGESTÕES
Mudar a página da crise política foi
fácil. Bastou a convocação de elei-
ções e… já está. O resto, veio por
acréscimo. Hoje respira-se ar fres-
co, esperança renovada, mesmo
que sob uma grande incógnita.
Mas não vai ser fácil, nada fácil mes-
mo, resolver as crises fi nanceira,
económica e cultural sobre as quais
assentam a actual crise política.
E se ao nível da alta política muito
há a fazer, não é aí que está o es-
sencial do trabalho que falta. É ao
nível dos vários níveis da socieda-
de que há que fazer as mudanças
que nos permitam passar do ca-
minho da crise para o da solução.
O grande problema é que existe
um Portugal que é capaz, que tem
futuro, que está a um nível interna-
cional, e um Portugal inqualifi ca-
do, de baixa capacidade de resolu-
ção, de grande inefi cácia. O desafi o
é aumentar a extensão do primei-
ro e, assim, diminuir a do segun-
do. Goste-se ou não, este é o nó do
problema. Apenas sobre a solução
deste se podem resolver os outros.
Mas não é apenas o desafi o do país.
Por natureza, é também o desafi o
desta nossa região. Também aqui
há secções, empresas, serviços, or-
ganizações com um nível de pri-
meira e outros de refugo, de lixo.
O grande desafi o que temos pela
frente, aqui, ao longo de todo o te-
cido social, - vamos a isso? - é o de
potenciar o factor Q, de Qualidade.
ALVES JANA
Rúben ToméAbrantes
Penso ir até à Aldeia do Mato e Ala-
mal. Gosto bastante do ambiente.
Não fi cam muito longe e no Alamal
temos esplanadas e um areal, o que
se torna agradável.
Nuno MachadoChainça
Costumo ir todos os anos para Cas-
telo de Bode. A água é uma das me-
lhores, qualidade de ouro, e como
gosto muito do contacto com a na-
tureza. Lá posso usufruir de um sí-
tio calmo sem muita gente.
ANA MARIA ROMÃOZINHO DIAS, professora
Abrantes, 2011palavras para quê? É uma intervenção urbana,
arte pública, cultura portuguesa.
jornaldeabrantes
JUNHO2011 ENTREVISTA 3
NUNO FALCÃO, ENÓLOGO
Do “melhor rosé do mundo” para “enólogo do ano”JOANA MARGARIDA CARVALHO E ALVES JANA
Nos 25 Anos do Casal da Coelheira, o seu enólogo tem a satisfação de ver o “seu” vinho obter novos pré-mios e ele próprio ser reconhecido como “o melhor enólogo do ano”. A palavra a ele.
O que é a distinção “enólogo do ano”?
Refere-se à prestação das empre-
sas, produtores e enólogos e à for-
ma como os vinhos foram distin-
guidos nos concursos nacionais e
internacionais no ano de 2010. Foi
atribuída pela Comissão Vitiviníco-
la Regional, que é o organismo que
tutela os vinhos do Tejo, responsá-
vel pelo controlo de qualidade e
certifi cação dos mesmos.
Normalmente, o enólogo do ano
é um consultor de várias adegas
em várias regiões. Ora, estando
eu apenas a trabalhar num produ-
tor, não estava a contar com este
prémio, por isso mesmo tão impor-
tante para a minha carreira profi s-
sional. Acredito que seja complica-
do voltar a receber esta distinção,
pelo que é um culminar da minha
carreira. Foi um reconhecimento do
trabalho que tem sido feito duran-
te estes 25 anos no Centro Agríco-
la de Tramagal. O reconhecimento
de pequenos passos, mas de pas-
sos certos que tomei até aqui.
Como nasceu esta paixão?Eu sempre estive ligado à agricul-
tura. Desde os meus bisavós, a agri-
cultura sempre foi a actividade do-
minante da família, mas não tínha-
mos uma ligação com os vinhos.
Em 1986, comprámos o Casal da
Colheira com apenas sete hectares
de vinha, mas nem tínhamos ade-
ga. A qualidade da uva não era fan-
tástica e nem conseguíamos fazer
uma avaliação do nosso produto,
porque vinifi cávamos com um vizi-
nho. O vinho não estava nos meus
horizontes.
Em 1989, comprámos a adega e
mais umas vinhas que pegavam
aos terrenos que já tínhamos. Nes-
ta altura, comecei a acompanhar
as vinifi cações e coincidiu com o fi -
nalizar do curso que tirei na Escola
Agrária de Castelo Branco. O bicho
começou a mexer e parti para Fran-
ça, em Erasmus, onde estive numa
Estação de Investigação bastante
reconhecida na área dos vinhos.
Foi uma experiência óptima, uma
vez que os meus conhecimentos
em vinhos eram menos do que bá-
sicos. Tive a oportunidade de con-
viver com profi ssionais de alta ca-
tegoria que me ajudaram imenso.
Senti aí sempre um apoio fantásti-
co e uma simplicidade muito gran-
de na forma como me explicavam
por vezes o mais básico. Quando
regressei senti que deveria conti-
nuar a apostar na minha formação
em vinhos, e decidi tirar o curso
de Engenharia Agro-industrial, em
Lisboa. Foi nesta altura, que come-
cei a fazer enologia na adega, mas
ainda acompanhado por um enó-
logo profi ssional. Ao fi m-de-sema-
na lá vinha eu provar os vinhos, fa-
zer análises e defi nir estratégias.
Em 1997, fi z a primeira vindima
sozinho. Nesta etapa, ainda não
estava a 100% na empresa e de-
cidi dedicar-me durante mais al-
gum tempo à investigação. Pude
conviver com o especialista em vi-
nho Virgílio Loureiro, uma referên-
cia nacional que me desafi ou para
ingressar num doutoramento. Foi
algo em que apostei ainda duran-
te dois anos, mas acabei por não o
concluir. Em 2000, o meu pai ado-
eceu e sentimos ambos a necessi-
dade de eu assumir a casa por in-
teiro. Acabou por correr tudo bem
com o meu pai, e neste momento
gerimos ambos o Centro Agrícola
de Tramagal.
Qual é o trabalho de um Enólo-go?
O trabalho mais apaixonante de
um enólogo é termos à nossa dis-
posição 30 depósitos com 30 vi-
nhos diferentes e termos como ob-
jectivo produzir um vinho único,
por exemplo o Casal da Coelheira
tinto 2009.
É um trabalho um pouco desgas-
tante, que leva tempo a concluir e
que exige uma prova dos vinhos
todos os dias. Quando terminamos
a vindima começo a prova e a defi -
nir patamares qualitativos dos de-
pósitos. No fi nal, há defi nição dos
vinhos, com o estilo e perfi l que
ambicionamos.
Outra etapa do trabalho é a vin-
dima. Durante um mês e meio é
um trabalho intensivo. Nesta fase
há decisões que tenho de tomar
no momento, mas sempre com a
noção que os vinhos têm os seus
tempos. No caso dos vinhos tintos,
desde o sumo da uva até à fase em
que já temos vinho, a transforma-
ção demora cerca de uma sema-
na. Relativamente ao branco, o pe-
ríodo é mais prolongado, cerca de
um mês, uma vez que fermenta a
temperaturas mais baixas em re-
lação ao tinto. Depois haverá sem-
pre uma fase de maturação e afi -
namento dos vinhos. A fase de en-
garrafamento e comercialização
também é acompanhada por mim,
pois é importante garantir o esta-
do sanitário dos vinhos.
Os óptimos resultados na qua-lidade dos vinhos portugueses no exterior não se tem traduzido em resultados comerciais…
Nós sofremos com a imagem de
que os vinhos de Portugal são me-
dianos e por isso têm de ser bara-
tos. A nossa estratégia, enquan-
to pequeno produtor, é contornar
esta ideia e, em vez de entrarmos
em guerra com os países mais
competitivos, é apostar nos merca-
dos emergentes, como a Roménia,
a Rússia, a Ucrânia, a Polónia, onde
já estamos, o Brasil e a China.
Quais são os objectivos fu-turos do Centro Agrícola do Tramagal?
Temos em mãos dois projectos.
Um está relacionado com o aten-
dimento e acolhimento do públi-
co, pretendemos melhorar a di-
vulgação do nosso produto com a
construção, aqui, de uma loja, para
os vinhos terem uma apresentação
mais moderna e espaçosa. Para
além da loja, vamos ampliar a nos-
sa área social aumentando o espa-
ço para receber os nossos convi-
dados. O segundo projecto, com o
grosso do investimento, é na área
produtiva. Queremos dotar a ade-
ga de uma maior capacidade de vi-
nifi cação. Neste momento a adega
encontra-se no seu limite.
(Nas páginas 14 e 15, leia um tra-
balho sobre os prémios do vinhos
do Casal da Coelheira em 2011.)
Nuno Falcão, 40 anosBacharelato em Produção Agrí-
cola, Escola Superior Agrária, em
Castelo Branco. Licenciatura em
Engenharia Agro-Industrial, Insti-
tuto Superior de Agronomia, em
Lisboa.
Enólogo do ano 2011 (Gala dos
Vinhos do Tejo)
Quinta do Casal da Coelheira, TramagalInauguração: 1986
Vinha: 64 hectares
Produção anual: 450 mil litros
Trabalhadores: 7 a tempo inteiro
Países já de exportação: Bél-
gica, Suíça, Luxemburgo, Sué-
cia, Polónia, França, Alemanha,
Espanha, Brasil, Canadá e Angola.
jornaldeabrantes
JUNHO20114 DESTAQUE
A Floresta é um barril de pólvoraPROTECÇÃO CIVIL EM TEMPO DE VERÃO
JERÓNIMO BELO JORGE
A fl oresta da região, constituída na sua maior parte por pinheiro e eu-calipto, está um barril de pólvora. É assim que comandantes de bom-beiros e responsáveis de protecção civil municipais caracterizam o ac-tual estado das coisas.
Apesar de algum trabalho de lim-
peza nas proximidades de estradas
e nas povoações, o certo é que, se
entrarmos pelos estradões fl orestais,
encontramos a mata desordenada,
suja, com muita matéria combustível
e, nalguns casos, com muitas árvores
caídas. Situação que, perante a pers-
pectiva de um Verão quente, causa
muitas preocupações nos respon-
sáveis pela defesa da fl oresta contra
os incêndios e para aqueles que têm
por missão combater os fogos.
A ausência de trabalhos na fl oresta,
a inexistência, na maior parte do ter-
ritório, de um ordenamento correcto
e o desinteresse dos seus proprietá-
rios colocam hectares e hectares de
pinhal e eucaliptal em risco, quando
se aproxima mais um Verão.
À partida para a época mais quen-
te do ano e face à crise económica
do País, o anterior Governo diminuiu
o dispositivo aéreo contratado para
este ano. Mesmo assim, há a expec-
tativa de uma maior operacionali-
dade no ataque rápido a cada fogo
nascente. Aliás, na região, foi esse o
registo dos últimos dois anos e com
resultados visíveis. “Um incêndio
nascente com cinco minutos apaga-
se a pontapé, enquanto que um in-
cêndio com 15 minutos pode ser ne-
cessária uma grande quantidade de
meios e pode não se apagar”, defen-
dem os homens da protecção civil e
Eugénio Sequeira, ex-presidente da
Liga Para a Protecção da Natureza.
É neste sentido que no período
mais crítico do Verão, meses de Julho
e Agosto, os dispositivos de bombei-
ros são reforçados com equipas per-
manentes e com o pré-posiciona-
mento dos meios na prevenção e vi-
gilância da fl oresta.
Em AbrantesEm Abrantes, o maior concelho,
existem muitas preocupações. Há vá-
rios anos que não há um incêndio de
grandes dimensões mas, alerta João
Pombo, o rastilho está colocado. A
mata tem muita matéria combustí-
vel face ao crescimento natural e de-
sordenado. No período do Verão os
bombeiros deslocam viaturas para o
Norte do concelho, onde fazem vigi-
lância. Já o Sul do concelho fi ca com
as equipas de Sapadores Florestais
da Associação de Agricultores. São
estes meios no terreno que consti-
tuem a primeira intervenção a qual-
quer fogo que possa defl agrar.
Mesmo assim, a protecção civil mu-
nicipal tem uma lista de contactos
com todos os meios existentes no
concelho. Entre máquinas de rastos,
que podem abrir estradões fl ores-
tais, a agricultores que têm tractores
que podem servir para fazer aceiros
ou então juntas de freguesia ou as-
sociações de caçadores que têm pe-
quenos kits de combate a fogos, to-
dos podem dar uma ajuda.
Mesmo assim, a limpeza das matas,
segundo João Pombo, da protecção
civil municipal, é uma das grandes
preocupações, face à ausência do or-
denamento correcto em todo o con-
celho.
No SardoalEm Sardoal o sistema é idêntico.
Pedro Curado, segundo comandan-
te dos bombeiros, revelou ao JA que
no Verão deslocam viaturas para a
Serra de Alcaravela, a maior mancha
fl orestal do concelho. Já a equipa de
Sapadores Florestais, da autarquia,
irá trabalhar mais na zona de Santia-
go de Montalegre. Pedro Curado re-
velou os mesmos receios do Verão
face à situação da fl oresta.
Sardoal conta com uma equipa de
Canarinhos, a Força Especial de Bom-
beiros, que operam com o helicóp-
tero que, novamente, está estacio-
nado no heliporto do concelho, as-
sim como uma outra que opera em
terra. Estas equipas podem sair para
qualquer ponto da região mas cons-
tituem também uma intervenção es-
pecializada e rápida no concelho de
Sardoal e concelhos limítrofes.
Em MaçãoAntónio Louro, o vereador respon-
sável pela protecção civil do con-
celho de Mação explicou que a pri-
meira intervenção rápida é funda-
mental para impedir a propagação
e a destruição da fl oresta. Também
aqui, tanto os bombeiros voluntá-
rios como a autarquia vão posicionar
meios nas zonas mais afastadas da
sede do concelho.
António Louro não se coíbe, no en-
tanto, de apontar a prevenção e o
trabalho na fl oresta como o mais im-
portante. “Quando se olhar de for-
ma séria para a fl oresta, quando for
feita uma prevenção correcta, então
teremos menos incêndios fl orestais”.
O vereador destacou ainda os meios
que existem nas juntas de freguesia
e que podem ser, a qualquer mo-
mento, a primeira intervenção em
caso de incêndio.
Em ConstânciaAdelino Gomes, comandante dos
Bombeiros Voluntários de Constân-
cia, destacou desde logo o traba-
lho de prevenção feito em todo o
seu território, sublinhando que esse
tem sido um esforço constante. Tam-
bém aqui tem meios deslocados no
Posto de Bombeiros de Santa Mar-
garida, Sul do Concelho, para uma
deslocação rápida aos incêndios que
ocorram. F
ace aos problemas fi nanceiros do
País, também no que diz respeito
aos cortes na protecção civil, Cons-
tância vai ter menos uma equipa de
intervenção, o que “não prejudica o
concelho mas pode não permitir o
apoio aos concelhos vizinhos de for-
ma tão rápida como aconteceu nos
anos anteriores”.
O Sul de Constância tem uma con-
siderável área militar. Adelino Gomes
sublinhou que a intervenção dentro
do Campo Militar de Santa Margari-
da é sempre dos Bombeiros, embora
conte sempre com algum apoio mi-
litar. Aliás, o apoio militar pode acon-
tecer em qualquer parte do conce-
lho, embora reconheça que os meios
existentes no campo militar não têm
grande capacidade de intervenção.
Em sínteseSeja como for, todos os responsá-
veis de bombeiros e protecção ci-
vil deixam os mesmos conselhos.
Limpar a mata junto às habitações,
criando faixas de contenção no caso
de existirem incêndios fl orestais. Por
outro lado, no caso de detecção de
algum incêndio, devem os cida-
dãos contactar o 118, 112 ou então
os bombeiros de cada localidade
porque uma intervenção rápida no
combate a um incêndio é fulcral.
O Centro Distrital de Operações de Socorro (CDOS)
de Santarém, que está instalado em Almeirim desde
Setembro de 2009, passou a ser considerado o Cen-
tro Nacional de Operações de Socorro (CNOS) alter-
nativo.
Quer isto dizer que, se a estrutura principal da Pro-
tecção Civil em Lisboa deixar de fi car operacional por
catástrofe ou outro qualquer motivo, o comando na-
cional de socorro passará a estar concentrado em Al-
meirim, sendo esta a base de resposta a todas as si-
tuações de emergência.
A cidade ribatejana foi escolhida pela sua localiza-
ção central, a nível do país, e pela excelente rede de
acessibilidades à sua volta, justifi cou Arnaldo Cruz,
explicando que esta situação vai manter-se até à
construção defi nitiva de um CNOS alternativo em
Viseu.
Caso se verifi que a necessidade do CDOS de San-
tarém responder como CNOS alternativo, a cen-
tralização dos meios de socorro afectos ao distri-
to será transferida para o quartel dos bombeiros de
Abrantes.
Santarém tem o comando nacional alternativo
jornaldeabrantes
JUNHO2011 DESTAQUE 5
O dispositivo de combate aos incên-dios foi reduzido este ano em meios aéreos devido à crise, mas a Protec-ção Civil reorganizou os meios huma-nos em terra, para atingir melhores resultados e contrariar este constran-gimento, disse fonte daquela autori-dade.
A efi cácia dos meios de combate
aos incêndios está muito dependen-
te da rapidez da detecção e do tem-
po que demora até ao início do ata-
que ao fogo. Foi de resto, na região
de Abrantes, a grande mais valia do
ano passado que evitou a propaga-
ção dos muitos fogos nascentes que
se registaram.
As estruturas, segundo a Protecção
Civil, estão montadas de tal forma
que todo o território está coberto por
meios aéreos de primeira interven-
ção que operam em raios de 40 quiló-
metros, existindo em cada um desses
raios pelo menos uma estrutura ope-
racional - centro de meios aéreos -
com todos os meios terrestres e aére-
os preparados para atacar o fogo, para
além dos recursos disponíveis nos
corpos de bombeiros, afi rmou a mes-
ma fonte. Na fase “Charlie”, a mais críti-
ca, entre 1 de julho e 30 de setembro,
vão estar disponíveis este ano 24 he-
licópteros ligeiros, dez de capacidade
média e cinco helicópteros pesados e
apenas dois aviões anfíbios (quando
no ano passado estiveram ao serviço
16 aviões, dois deles anfíbios). Dos 41
meios aéreos, apenas sete pertencem
ao estado português, todos os outros
resultam de contratos feitos pela EMA
(Empresa de Meios Aéreos).
O heliporto de Sardoal, situado jun-
to ao quartel de bombeiros, voltará
a ter um helicóptero que vai operar
na região. A Associação dos Produto-
res de Pasta de Papel (CELPA) volta-
rá a colocar na Herdade da Caniceira
(Tramagal) um helicóptero que pode-
rá ajudar nas operações de combate
a incêndios.
Mac Fire ou o comando móvel de Mação
Depois dos incêndios que
destruíram em 2003 e 2005
quase toda a mancha fl orestal
do concelho de Mação a autar-
quia voltou-se ainda mais para
a prevenção mas não deixou de
lado os meios de combate aos
fogos. Nesse trabalho de pre-
venção Mação passou a dispor
de uma viatura própria de co-
mando e coordenação. Trata-
se o MacFire. O Mac Fire (Mac
de Mação, Fire de fogo) foi de-
senvolvido por técnicos infor-
máticos maçaenses e por es-
pecialistas de uma empresa do
ramo das novas tecnologias - a
PLogP. Na base do sistema está
a cartografi a militar, mas tam-
bém as cartas de risco de incên-
dio e os hortofotomapas (fotos
aéreas rectifi cadas no solo). A
novidade introduzida por An-
tónio Louro foi integrar esta in-
formação e sobrepor os mapas,
permitindo visualizá-los todos
ao mesmo tempo. A tudo isto,
junta-se a tecnologia GPS, dan-
do a localização exacta das via-
turas no terreno, bem como a
posição das frentes de fogo e
o valor rigoroso da área atingi-
da, o que permite prever a sua
provável evolução. “É uma fer-
ramenta informática que pode
ser usada pelo comando numa
situação de catástrofe”, explicou
António Louro. A situação no
terreno é acompanhada a par
e passo, fi cando ainda disponí-
veis informações importantes
sobre a localização, caracterís-
ticas e operacionalidade de to-
das as infra-estruturas fl orestais
relevantes no combate aos in-
cêndios, como tanques, char-
cas e estradões. Quando as áre-
as atingidas são descomunais
e os meios envolvidos imensos
é que “se torna necessária uma
ferramenta que permita ao co-
mandante evitar descoordena-
ções”, adiantou António Louro.
O sistema Mac Fire é único no
mundo e recebeu, em 2006 o
“El Batefuegos de Oro”, atribuí-
do pelo Ministério do Ambiente
de Espanha.
Mais rapidez no ataque inicial aos fogos• Sardoal conta com uma equipa de Canarinhos, a Força Especial de Bombeiros.
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JUNHO20116 ABRANTES
O Projecto de Revitalização do
Centro Histórico de Abrantes foi
apresentado ao público no Dia do
Concelho, 14 de Junho. A proposta
é da responsabilidade da equipa de
Augusto Mateus e foi elaborada com
base nos projectos da Câmara Mu-
nicipal e com contributos de vários
grupos de cidadãos reunidos em ses-
sões de trabalho para esse efeito. Em
síntese, pode dizer-se que a aposta é
revitalizar o Centro Histórico como
“centro comercial” de ar livre, como
“centro residencia” tipo condomínio
e como “centro cultural”.
O conceito de centro comercial de
ar livre já há tempos que vem a ser
trabalhado, tendo sido criada uma
associação para o efeito. Trata-se,
portanto, de revitalizar este mesmo
projecto. O centro residencial, que
visa disponibilizar novos fogos para
habitação através da recuperação
de imóveis degradados e fi xar novos
habitantes, de preferência jovens, vai
exigir um signifi cativo esforço fi nan-
ceiro. O centro cultural começa pelo
próprio património edifi cado ou o
casco do centro histórico e passa por
projectos vários de equipamentos e
programas de actividades.
No projecto a desenvolver há três
componentes essenciais. Desde logo
o fi nanceiro, como não podia deixar
de ser, para o que há vários progra-
mas de apoio e fi nanciamento a que
a Câmara e os particulares poderão
recorrer. Depois, o apoio técnico es-
pecializado de que as equipas de
Augusto Mateus e Carrilho da Graça
farão parte, entre outros. Finalmen-
te, a participação activa e concerta-
da dos habitantes, dos comerciantes
e dos utilizadores do Centro Históri-
co com as várias autoridades e orga-
nizações que têm poder no Centro
Histórico. E esta é talvez a compo-
nente mais difícil a conseguir tornar
efectiva. Com efeito, os contratos
de fi nanciamento e os projectos de
construção são fáceis de concretizar,
desde que para o efeito sejam feitos
os competentes estudos qualifi ca-
dos. Mas a participação das pesso-
as, o envolvimento dos interessados,
a concertação de opiniões e interes-
ses, exigem mudanças de hábitos e
afectos que são difíceis de conseguir.
Contudo, todo o projecto assenta
num compromisso entre e com es-
ses actores privilegiados. Para esti-
mular e sustentar essa participação,
o projecto prevê vários empreen-
dimentos a realizar pelo Município
que são, por si mesmos, acção de
qualifi cação do Centro Histórico e vi-
sam devolver alguma da vida que foi
perdendo.
Alguns projectos para o Centro Histórico
A lista de projectos que compõem
a intervenção directa da Câmara Mu-
nicipal no centro Histórico não está
fechada e os exemplos dados foram
isso mesmo, exemplos. No entanto,
podemos dar uma listagem dos que
foram referidos. Desde logo, a cons-
trução do Museu Ibérico de Arque-
ologia e Arte, talvez o investimento
mais avultado e o mais discutido. A
mudança da ESTA para Alferrarede
vai permitir a instalação onde ela se
encontra dos serviços centrais da Câ-
mara. Por detrás, vai fi car o Centro de
Saúde, onde em tempos foi a rodo-
viária. Em frente, fi ca o Mercado Di-
ário, já em construção, com ligação
ao parque de estacionamento sub-
terrâneo no largo do tribunal, ainda
à espera de projecto. Onde hoje se
encontra o mercado diário da fruta,
fi cará a Segurança Social, e onde até
há cerca de um ano era o mercado
diário já está a arrancar o Mercado
Criativo. No antigo centro de empre-
go foi prometido que vai abrir já em
setembro a residência para estudan-
tes da ESTA e uma Loja da Juventu-
de. Onde está hoje a galeria de arte
e chegou a estar prevista a residên-
cia de estudantes vai ser construída
habitação a custos controlados. E a
Galeria de Arte vai subir para o anti-
go quartel dos bombeiros. Junto ao
castelo foi já inaugurado um parque
de estacionamento, requalifi cado, e
o jardim do castelo tem já um pro-
jecto de requalifi cação aprovado.
Mesmo ao lado, a Ofi cina da Cultu-
ra, onde em tempo funcionou a Uni-
versidade Internacional, portanto
na Casa carneiro, vai ser um espaço
para associações culturais. Para ligar
tudo isto e facilitar o acesso ao Cen-
tro Histórico, um mini bus eléctrico
vai entrar ao serviço lá para o fi nal do
ano. Entretanto, está já a funcionar a
Internet sem fi os acessível no Centro
Histórico.
Como os leitores do JA depres-
sa percebem, estes projecto não
são uma verdadeira novidade, pois
têm sido já anunciados pela Câma-
ra Municipal. No entanto, o que ago-
ra se pretende é, por um lado, testar
e fundamentar tecnicamente a ló-
gica do processo, depois constituir
um dossier coerente para candida-
turas, e fi nalmente desenvolver um
processo de apropriação pelos par-
ceiros locais que reforce o seu envol-
vimento. O objectivo fi nal é, então,
a revitalização e requalifi cação do
Centro Histórico. Alves Jana
CENTRO HISTÓRICO
Projecto de revitalização aposta nos 3 cês
jornaldeabrantes
jornaldeabrantes
JUNHO20118 ECONOMIA
AOS 60 ANOS DE EXISTÊNCIA
Castelo de Bode é barragem de referênciaFoi em Janeiro de 1951 que a barra-gem de Castelo de Bode foi inaugu-rada. Fez, portanto, 60 anos há pou-cos meses. Mas está jovem, se assim se pode dizer, depois das obras de requalifi cação de que foi alvo nesta última década.
Nasceu à sombra da “política de
electricidade” anunciada em Julho
de 1945 pelo Governo de Salazar
e foi a primeira grande hídrica que
veio alterar profundamente a geo-
grafi a física e social desta região.
A sua albufeira tem cerca de 60 km
de comprimento e constitui uma
importante reserva de água com
várias utilizações, entre elas dar de
beber sobretudo através da EPAL a
cerca de três milhões de pessoas e
produzir uma média de 400 GWh de
electricidade por ano. Para lá disso,
funciona como regulador dos cau-
dais do Zêzere e do Tejo, espaço de
recreio e lazer e tem um elevado po-
tencial turístico com as múltiplas
efeitos directos e indirectos.
Os sistemas básicos de produ-
ção de electricidade, as válvulas, as
turbinas e os alternadores, são os
mesmos que forma montados há
60 anos, embora restaurados. Mas,
como seria de prever, os sistemas au-
xiliares de produção e sobretudo os
de gestão estão hoje profundamen-
te modernizados. Por isso, a barra-
gem de Castelo de Bode cuida com
esmero do seu acervo museológico
e abastece o Museu de Electricidade
em Lisboa. Os sistemas de gestão,
onde a informática e o telecontro-
lo são essenciais, estão hoje ao nível
do melhor do mundo.
Por tudo isso, a barragem de Cas-
telo de Bode recebe uma média de
10.000 visitantes por ano, desde
crianças do jardim de infância até
estudantes universitários e mesmo
responsáveis por sistemas de pro-
dução eléctrica por esse mundo fora
que vêm ver como se faz numa bar-
ragem que é tida como de referên-
cia a nível mundial.
Alves Jana
O Centro de Produção Tejo-Mondego gere directamente 36 centrais de produção eléctri-ca que vão de Palhal e Riba Côa, a norte, até à de Alqueva.
Com um total de 126 traba-
lhadores, distribuídos por todas
as centrais, as várias unidades
de produção são comandadas
em termos de produção eléc-
trica a partir do Centro de Tele-
comando de Centrais Hidroe-
léctricas, localizado na Régua.
Carlos Rosário, o director deste
centro de produção explica que
“tem de haver um equilíbrio ri-
goroso, em cada momento, en-
tre a energia fornecida à rede e
a energia solicitada por todos os
tipos de consumidores. Por isso,
é necessário gerir o sistema em
contínuo, articulando as várias
unidades dos vários sistemas de
produção.” Sistemas hidroeléc-
tricos, eólicos, a carvão e a gás, e
ainda a fuel mas já em processo
terminal, são assim articulados,
visando ainda alcançar objecti-
vos de efi ciência económica e
de redução de CO2. Como sa-
bemos, há horas e dias em que
há mais vento, e meses e anos
em que há mais água, pelo que
as fontes renováveis de energia
têm que ser articuladas com as
unidades de produção que per-
mitem estabilizar o sistema e
garantir resposta às necessida-
des.
O Centro de Produção Tejo-
Mondego faz a gestão técnica
de proximidade de cada cen-
tral e da requalifi cação das mes-
mas, bem como a supervisão
das centrais em construção, no-
meadamente a segunda do Al-
queva e a de Alvito, que será
construída no rio Ocreza, 3 km
acima da barragem da Pracana,
embora já no concelho de Vila
Velha de Ródão, e uma mini-
hídrica abaixo da barragem de
Castelo de Bode.
EDPA EDP opera hoje em 14 países, pelo que
é já uma empresa internacional. Em Portu-
gal produz cerca de 52% da electricidade
fornecida à rede eléctrica. A Tejo Energia,
por exemplo, é outra entidade produtora
de electricidade, para lá de muitas empre-
sas e famílias. Além disso, a EDP também já
não é a única fornecedora de energia eléc-
trica, pois desde 1999 há já a possibilidade
de os clientes escolherem o seu fornecedor
de energia eléctrica.
A EDP, além de contribuir para a garantia
de fornecimento da energia eléctrica neces-
sária em Portugal, participa ainda no esfor-
ço para garantir o cumprimento do objecti-
vo europeu 20 20 20, ou seja, que em 2020
haja uma diminuição de 20% das emissões
de CO2 e um ganho de 20% em efi ciência
energética.
CENTRO DE PRODUÇÃO TEJO-MONDEGO
46 barragens são geridas a partir de Castelo de Bode
• Carlos Rosário, Director do Centro de Produção Tejo-Mon-dego, da EDP.
jornaldeabrantes
JUNHO2011 ACTUALIDADE 9
Nasceu um Borboletário na Es-cola Secundária Dr. Manuel Fer-nandes, um projecto que teve início no ano de 2009 e acabou por ser inaugurado neste mês de junho.
Maria José Oliveira, professo-
ra de biologia e geologia e co-
ordenadora do projecto, dis-
se que “tudo começou a par-
tir de um concurso nacional
de Ciência Viva, no ano lecti-
vo 2009/2010 a que acabámos
por concorrer. O intuito era pro-
porcionar algo de diferente aos
alunos e docentes e trazer uma
novidade para a Escola. Na al-
tura, fi cámos todos um boca-
do receosos porque não tínha-
mos muito tempo para prepa-
rar todo o projecto, mas para
nosso espanto este foi mesmo
aprovado. Os trabalhos come-
çaram iniciámos com a recu-
peração da estufa, que se en-
contrava em péssimo estado,
foi necessário retirar as ervas
que nos chegavam à cintura,
lavrar o terreno, colocar uma
rede própria e plantar novos
canteiros. Na selecção das plan-
tas contámos com o apoio do
Borboletário do Museu de His-
tória Natural de Lisboa. Feliz-
mente, com a contribuição de
todos, pessoal docente e dis-
cente, conseguimos cultivar to-
das plantas, seleccioná-las da
melhor forma e iniciámos uma
nova etapa”.
O Borboletário já alberga al-
gumas espécies de borbole-
tas, como por exemplo, a bor-
boleta da couve, uma espécie
de cor branca e bastante vul-
gar em Portugal, a borboleta
cauda de andorinha com várias
cores e ligeiramente maior que
as outras, a borboleta malhadi-
nha com uma cor acastanhada
e bastante frequente no país e,
por último, a borboleta pirónia
e a maravilha. São estas as es-
pécies que os alunos e profes-
sores podem visitar naquele es-
paço.
No dia 4 de Julho, as obras ar-
rancam na escola, o Borboletá-
rio vai mudar de espaço dentro
do recinto escolar e vai bene-
fi ciar de um novo laboratório,
que servirá para experiências e
apoio ao equipamento. A aber-
tura ao público é um objecti-
vo que a escola gostaria de ver
concretizado, mas segundo a
professora responsável “tere-
mos de aguardar. É uma situa-
ção a ponderar para o próximo
ano lectivo e teremos de estu-
dá-la com a Câmara Municipal
de Abrantes”.
JMC
O Mercado Criativo de Abrantes é, a partir de
agora, um espaço onde os jovens podem mos-
trar a sua obra. Abrantes é uma cidade com uma
comunidade muito rica quer artisticamente, quer
ao nível de produtos regionais. Daí a necessidade
cada vez maior de um espaço onde seja possí-
vel dar a conhecer tudo isso. Foi com este objec-
tivo que o Mercado Criativo nasceu. Criado com
base na “Agenda 21 Local”, onde foi trabalhado o
empreendedorismo, vai servir como espaço que
também quer ser de lazer. As lojas que se encon-
tram no Mercado vão ser disponibilizadas aos jo-
vens, não apenas em idade, mas sobretudo em
criatividade, para assim poderem dar azo à sua
imaginação e criarem oportunidades. Vai ser ali
também o novo ponto de distribuição dos caba-
zes do PROVE. A presidente da Câmara Munici-
pal de Abrantes, Maria do Céu Albuquerque, afi r-
ma que este projecto “é o reaproveitar de um es-
paço repensado de maneira a devolvê-lo à nossa
comunidade e a quem nos visita, com o intuito
de fomentar a nossa economia”. A presidente da
Câmara reconhece a qualidade artística dos jo-
vens, e espera que o projecto se torne cada vez
maior visto que ainda existem algumas lojas va-
zias. Aquele que era anteriormente o mercado di-
ário de Abrantes sofreu algumas obras a fi m de
criar as condições necessárias para a convivência
das pessoas.
Daniela Santos
Mercado criativo em Abrantes
Borboletas já habitam na escola Manuel Fernandes
jornaldeabrantes
JUNHO201110 ELEIÇÕES LEGISLATIVAS
PSD ganha no distrito e elege cinco deputados
ABRANTESPS 32,4% 6.917PSD 31,1% 6.642CDS-PP 12,0% 2.572CDU 7,9% 1.687BE 7,2% 1.528PCTP/MRPP 1,5% 327PAN 0,8% 180MEP 0,6% 128MPT 0,6% 120PTP 0,5% 96PNR 0,3% 68PPM 0,3% 68PND 0,3% 59POUS 0,3% 56ABSTENÇÃO 41,0% 14.870 VOTANTES 58,9% 21.356 NULOS 1,2% 268 BRANCOS 3% 640
CONSTÂNCIAPS 30,9% 681PSD 26,7% 587CDU 13,5% 297CDS-PP 13,4% 295BE 4,6% 102PCTP/MRPP 1,8% 40PAN 1,1% 25PNR 0,8% 17MPT 0,7% 16MEP 0,5% 12PPM 0,5% 10POUS 0,3% 7PTP 0,3% 6PND 0,1% 3ABSTENÇÃO 36,5% 1.265VOTANTES 63,5% 2.202NULOS 2,0% 45BRANCOS 2,7% 59
MAÇÃOPSD 46,9% 2.312PS 28,2% 1.391CDS-PP 9,5% 467BE 4,1% 204CDU 3,3% 164PCTP/MRPP 0,8% 41PAN 0,7% 35MPT 0,6% 30MEP 0,6% 29PPM 0,4% 19PNR 0,3% 16POUS 0,3% 13PTP 0,3% 13PND 0,2% 11ABSTENÇÃO 31,7% 2.289VOTANTES 68,3% 4.930NULOS 1,7% 87BRANCOS 2,0% 98
SARDOALPSD 45,5% 1.142PS 22,3% 560
CDS-PP 12,4% 311
CDU 4,8% 120BE 4,6% 115PCTP/MRPP 1,7% 42MPT 1,2% 29PAN 0,8% 21MEP 0,8% 20PTP 0,4% 11PPM 0,4% 10PNR 0,3% 7POUS 0,2% 6PND 0,2% 6ABSTENÇÃO 30,0% 1.075VOTANTES 70,0% 2.511NULOS 1,6% 41BRANCOS 2,8% 70
VILA NOVA DA BARQUINHAPS 29,9% 1.211PSD 29,6% 1.199CDS-PP 13,2% 536CDU 10,3% 417BE 6,6% 266PCTP/MRPP 1,6% 66MPT 1,2% 49PAN 1,0% 41PNR 0,6% 23MEP 0,5% 21PND 0,4% 15PPM 0,4% 14PTP 0,4% 14POUS 0,1% 4ABSTENÇÃO 38,5% 2.541VOTANTES 61,5% 4.051NULOS 1,3% 53BRANCOS 3,0% 122
O PSD ganhou as eleições Legislativas de 5 de Junho no País e no distrito de Santarém. Na área de infl uência do JÁ, os social-democratas ganham em Ma-ção e Sardoal. Já em Abrantes e Cons-tância ganham os socialistas com uma ligeira margem. Em Vila Nova da Barqui-nha o PS fi ca à frente do PSD mas com uma curtíssima diferença.
No distrito, com uma subida de 10,75
por cento, conseguindo 37,72% em re-
lação às legislativas de 2009, o PSD con-
seguiu eleger cinco deputados.
O grande derrotado no distrito foi o
Bloco de Esquerda, com uma queda de
6,12 por cento (de 11,91 por cento, ter-
ceira força mais votada em 2009, para
5,79 por cento) e a perda do seu depu-
tado.
Outro derrotado desta noite, o PS pas-
sou dos 33,7 por cento em 2009 para os
25,85 por cento (uma queda de 7,85 por
cento), perdendo um dos quatro depu-
tados então eleitos.
O CDS/PP ultrapassou a fasquia dos
12 por cento no distrito (12,3 por cento,
mais 1,08 por cento do que em 2009).
Sem grande variação em relação a
2009, a CDU manteve o deputado Antó-
nio Filipe (eleito com 9,02 por cento dos
votos contra 9,26 por cento nas últimas
legislativas).
Contas feitas, o PSD elegeu cinco de-
putados – Miguel Relvas, Vasco Cunha,
Carina Oliveira, Duarte Marques (natural
de Mação) e Nuno Serra; o PS conquis-
tou três mandatos – António Serrano,
Idália Serrão e João Galamba; o CDS/PP
elegeu Filipe Lobo d’Ávila; e a CDU, An-
tónio Filipe.BE – 7,15
Votantes – 58,95
201189.52637,72%5 Deputados
Miguel Relvas50 anos
SecretárioGeral do PSDEmpresário
Vasco Cunha46 anos
Deputado
Carina Oliveira34 anos
Deputada
Duarte Marques30 anos
Presidente da JSD nacional
Nuno Serra
38 anosPresidente da Concelhia do
PSD Santarém
201161.34325,85%3 Deputados
201129.19612,30%1 Deputados
201121.4169,02%1 Deputados
AntónioSerrano46 anosProfessor
Catedrático
Idália Serrão47 anos
Empresária
João Ga-lamba35 anos
Deputado
Filipe Lobo d’Ávila36 anos
Deputado
António Filipe
48 anosDeputado
jornaldeabrantes
JUNHO2011 CONSTÂNCIA 11
A ponte de Constância,
sobre o rio Tejo, reabriu ao
trânsito no início de abril,
depois de ter recebido uma
primeira intervenção na es-
trutura do tabuleiro, que
continuará nos próximos
dez meses. Agora, fi cou a
saber-se que esta mesma
ponte vai ter uma nova in-
tervenção, a partir de agos-
to, mas para manutenção e
reforço dos pilares que su-
portam a estrutura.
Máximo Ferreira, presi-
dente da Câmara Municipal
de Constância, revelou que
esta empreitada foi lançada
depois de uma inspecção
da REFER ter detectado esta
necessidade. Inicialmente,
a REFER apontou o início da
intervenção para maio, mas
«surge agora a notícia de
que se iniciará em agosto».
As obras de manutenção
não vão interferir na nor-
mal circulação sobre a pon-
te. Contudo o presidente da
Câmara afi rma que, se mais
tarde for necessário estipu-
lar um horário de encerra-
mento, este será das 21h00
às 7h00.
Quanto à intervenção no
tabuleiro, que começou no
início de 2011, está a de-
correr no tempo previsto,
«até porque uma das inter-
venções terminou a seis de
abril, altura em que a pon-
te reabriu ao trânsito». Está
agora numa fase de deca-
pagem, pintura e isolamen-
to da oxidação. Segundo
Máximo Ferreira, esta situ-
ação apenas é possível de-
vido «a um entendimento
entre a Câmara Municipal
de Constância e o emprei-
teiro». Apesar de todos os
cuidados de segurança e
exigências de limite de ve-
locidade sobre a ponte, os
trabalhos decorrem nor-
malmente. A nova inter-
venção nos pilares da pon-
te sobre o rio Tejo vai custar
2,1 milhões de euros.
Cátia Romualdo
Ponte recebe nova intervenção
Foi em Constância, no dia das Comunidades Portuguesas, de Camões e de Portugal, que se celebrou o casamen-to de Anabela Ferreira e João Paulo Morais. Um momento que foi vivido à época renas-centista e onde todos se ves-tiram a rigor.
Os noivos referiram que há
muitas formas de casar e esta
foi a mais original e diferen-
te que encontraram. “A ideia
teve início nas noivas de San-
to António, mas como o am-
biente das Pomonas Camo-
nianas era mais interessan-
te, do nosso ponto de vista,
decidimos associar o nosso
momento ao dia de Camões
e à época renascentista. Vi-
vemos na região e gostamos
muito desta vila que tem mís-
tica, história e um forte valor
cultural. Depois, os nossos
amigos aderiram muito bem
à ideia. Todos se vestiram a ri-
gor e vivenciaram connosco
este dia. Sem adesão deles
tudo perdia a piada”. A noi-
va chegou de barco pelo rio
Zêzere, e foi na margem des-
te que aconteceu, logo de se-
guida, um momento de con-
vívio entre os convidados do
casamento, que aqui prova-
ram pratos típicos e foram
servidos por uma equipa que
trajou com os fatos de cria-
dos. Ainda pela manhã, os
noivos partiram de carrua-
gem para a igreja matriz de
Constância e foi lá que se ce-
lebrou o casamento. Da par-
te da tarde, houve um cortejo
pela vila, danças, comida da
época e muita animação.
Os convidados aceitaram
muito bem a ideia e classifi -
caram-na de original, diferen-
te e única. Uma das convida-
das, que se vestiu de aia, Fá-
tima Morte, chegou mesmo
a afi rmar ao JA que “um dia
gostava de casar assim…”.
Constância pode começar
a rivalizar com a tradição dos
casamentos de Santo Antó-
nio, em Lisboa, após a realiza-
ção deste casamento real, in-
cluído nas ‘Pomonas Camo-
nianas’.
JMC
Uma forma diferente de casar
jornaldeabrantes
JUNHO201112 ACTUALIDADE
Francisca Laia, jovem cano-ísta abrantina, conquistou o primeiro lugar do pódio na II Taça de Portugal de Canoagem na categoria de 500 e 200 metros femininos. Ao vencer nas duas elimina-tórias das provas, Francis-ca conquistou a medalha de Ouro sem ter de realizar as semifi nais.
Com apenas 14 anos, a jo-
vem canoísta foi chamada à
Selecção Nacional de Cade-
tes (15/16 anos), tornando-se
assim a primeira praticante
desta modalidade no distrito
de Santarém a consegui-lo.
“Para mim, ser chamada à Se-
lecção Nacional foi uma ex-
periência nova! Não conhe-
cia e assim subi mais um ní-
vel na canoagem”.
No seu vasto currículo cano-
ístico, a jovem atleta já conta
com muitas vitórias, quer a
nível regional, quer nacional.
Ao tornar-se campeã nacio-
nal de canoagem, Francisca
Laia sentiu-se muito alegre e
revela ainda que “era o meu
grande objectivo para esta
época e, sendo a última vez
que podia fazer uma das pro-
vas, realizei o meu sonho”.
Francisca Laia começou a
praticar este desporto no
Clube Desportivo “Os Pa-
tos”, no Rossio ao Sul do Tejo,
Abrantes, com apenas seis
anos, por infl uência do seu
pai, João Laia, também ele
atleta da modalidade. “Co-
mecei a praticar, gostei e fi -
quei até hoje”, disse a atleta
ao JA. Neste momento a atle-
ta encontra-se em Monte-
mor-o-Velho em estágio para
o Campeonato da Europa de
Júniores e Sub23.
No que toca a previsões
para o futuro Francisca en-
contra-se ainda reticente,
“tudo vai depender desta
época”. No entanto Francisca
Laia conta que seja uma épo-
ca boa e promissora. Para o
ano a atleta ainda se encon-
trará no escalão de Júniores
de último ano.
Francisca Laia é sem dúvi-
da mais uma atleta abranti-
na que, com apenas 17 anos,
traz muitas alegrias à cidade
fl orida e da qual todos se or-
gulham.
O PROVE, começou já a ser
distribuído no espaço do
Mercado Criativo, continua
a obter um êxito bem acima
do esperado. No presente,
abastece já uma centena
de consumidores inscritos,
o que implicou um esforço
dos produtores para garan-
tir uma capacidade de res-
posta acrescida. Em lista de
espera encontram-se ainda,
ou já!, mais oito dezenas de
candidatos, à espera de de-
sistências ou de um novo
reforço da capacidade de
produção. O PROVE já era
em Abrantes um caso de
sucesso face aos outros lu-
gares onde o sistema está
instalado. Mas, pelos vistos,
não pára de crescer.
Tiago Aperta bate o recorde nacional absoluto de lança-mento do dardo, com a mar-ca de 73,82 metros.
Apesar de ser ainda júnior,
o atleta conseguiu o feito de,
no meeting de Leiria, ter ul-
trapassado a marca dos 73
metros, feito nunca antes al-
cançado em Portugal.
15 dias depois, em Alcane-
na, voltou a bater o seu pró-
prio recorde, fi xando a nova
marca em 73,82 metros. O
grande objectivo do jovem
passa, agora, por conseguir
os mínimos para estar pre-
sente nos Jogos Olímpicos
de Londres, no próximo ano.
Até lá, Tiago Aperta, vai ten-
tar ultrapassar os 79 metros,
marca que lhe dará bilhete
para Londres 2012.
O atleta abrantino, que des-
de pequeno pratica natação
e futebol, afi rma ter sido uma
«sensação boa bater o recor-
de», porque é uma motiva-
ção para trabalhar e conse-
guir melhores resultados.
Conheceu o mundo do
atletismo, quando ainda an-
dava na escola primária,
numa visita de estudo, ao es-
tádio municipal de Abrantes,
onde conheceu o professor
Manuel Gonçalves. Começou
por praticar as diversas disci-
plinas dentro do atletismo, o
que considera «ter sido im-
portante» para a sua «evo-
lução como atleta». O lan-
çamento do dardo acabou
por ser a sua opção, pois era
onde mais se destacava e de-
vido a «lesões sofridas» deci-
diu então especializar-se nes-
sa área. Quando começou a
destacar-se a nível nacional
nos juvenis, surgiu o convite
para ingressar na equipa de
atletismo do Sport Lisboa e
Benfi ca. Contudo, devido aos
regulamentos, só pode trans-
ferir-se para o Benfi ca no seu
primeiro ano de júnior.
Apesar de ter começado no
futebol, Tiago Aperta, sente
alguma tristeza pela forma
como o desporto é encarado
em Portugal, pois «o futebol
é o desporto rei e o resto é se-
cundário». Acredita que isto
esteja relacionado com a cul-
tura do país, mas sente pena
«por as pessoas não perce-
berem que o atletismo traz
grandes alegrias ao país».
Tiago Aperta «espera entrar
para o ano na faculdade»,
pois considera importan-
te ter um curso, porque não
sabe quanto mais tempo irá
lançar o dardo. Continuará a
fazê-lo até «sentir» que está a
«contribuir para a modalida-
de». Um atleta medalhado,
que muitas alegrias traz ao
país e à cidade que o viu nas-
cer, tem um futuro de suces-
sos à frente.
Tiago Aperta, recordista no lançamento do dardo
Francisca Laia conquista ouro na canoagem
Posto de turismo reabre a 1 de Julho
MAÇÃO
O Posto de Turismo de Ma-
ção vai ser inaugurado na
sexta-feira, 1, de Julho, pelas
18 horas no âmbito das Fei-
ra Mostra do concelho. “Pre-
tendemos que seja um espa-
ço vivo, interactivo e dinâmi-
co. As pessoas vão lá buscar
o mapa ou a informação
mas também podem pro-
var um pouco do nosso pre-
sunto ou mel”, explicou José
Saldanha Rocha, presiden-
te da Câmara Municipal de
Mação. Outra das novidades
passa pelos serviços que es-
tão disponíveis aos muníci-
pes que ali podem esclarecer
as dúvidas sobre os serviços
da câmara, eventos, cam-
panhas, entre outros. O ser-
viço vai ser assegurado por
funcionários da autarquia
e alunos do ensino supe-
rior que recebem bolsas de
estudo por parte da autar-
quia. Este trabalho será feito
em regime de voluntariado.
Médicos colombianos no ACES Zêzere
SAÚDE
São cinco medidos colom-
bianos que vão entrar ao
serviço no Agrupamento de
Centros de Saúde do Zêzere.
Os cinco clínicos foram con-
tratados por um período de
três anos e serão colocados
em Abrantes (4) e Sardoal
(1). Os médicos chegaram
no dia 16 de Junho, inicia-
ram um período de forma-
ção no sistema informático
utilizado em Portugal. Ao
que o JA conseguiu saber os
clínicos estão alojados, pro-
visoriamente, na Pousada
da Juventude de Abrantes a
sua entrada no ACES permi-
tirá a dez mil utentes volta-
rem a ter médico de família.
Fernando Siborro, director
do ACES Zêzere revelou no
entanto que os problemas
não terminaram já que mais
dois médicos entraram com
pedidos de reforma.
Aldeia do Mato e Carvoeiro galardoadas
BANDEIRA AZUL
Mais uma vez, pelo ter-
ceiro ano consecutivo, as
praias fl uviais de Aldeia do
Mato e Carvoeiro recebe-
ram a tão ambicionada Ban-
deira Azul. Este galardão
vem garantir não só a qua-
lidade da água, mas tam-
bém um conjunto de carac-
terísticas que nos garantem
uma qualidade que não se
encontra em todos os lu-
gares. Para a atribuição da
Bandeira Azul são tidos em
conta 32 factores, o que sig-
nifi ca um largo espectro de
análise aos candidatos. Este
ano a Bandeira Azul foi atri-
buída apenas a 271 praias
portuguesas. Na nossa
zona, apenas as de Aldeia
do Mato e Carvoeiro conse-
guiram a tão ambicionada
distinção.
PROVE soma e segue
jornaldeabrantes
JUNHO2011 ACTUALIDADE 13
Depois de Leiria, a empresa
Destinos Práticos abriu por-
tas no dia 18 de junho em
Alferrarede. Trata-se de uma
empresa que trabalha na área
da formação de condutores e
em testes psico-técnicos para
estes profi ssionais.
O edifício está dotado de
duas salas de formação e
um gabinete para os psico-
técnicos. A Destinos Práti-
cos arrancou logo com uma
acção de formação pedagó-
gica inicial de formadores.
Hélder Marques, Paula Carva-
lho e Sílvio Gaspar são geren-
tes da Destinos Práticos.
Consideram-se empreen-
dedores, instalaram-se em
Abrantes porque o mercado
assim o ditou e, para já, pre-
tendem sedimentar esta em-
presa.
Tudo começou no ano de 2005. Na altura Rui André era o presidente de Junta de Freguesia e lembrou-se em estabelecer um encontro entre as gentes das várias localidades de Portugal cha-madas Rio de Moinhos.
Há sete anos atrás nem se
“pensava nas dimensões e
nos recursos humanos e fi -
nanceiros que eram neces-
sários para se concretizar a
iniciativa, mas valeu a pena”,
disse ao JA João Paulo Ro-
sado, actual presidente de
Junta. O primeiro encontro
aconteceu na freguesia de
Rio de Moinhos, Abrantes, e
foi quando o projecto teve
realmente pernas para arran-
car. Desde do primeiro que
as amizades, as trocas cultu-
rais e o convívio que se esta-
beleceu foram motivos mais
do que sufi cientes para dar
continuidade à iniciativa.
São seis as freguesias com o
nome de Rio de Moinhos que
estão envolvidas no projecto,
Rio de Moinhos de Abrantes,
de Sátão, de Aljustrel, de Ar-
cos de Valdevez, de Borba e
de Penafi el. Todos os anos,
pela altura do início do verão
há um encontro entre todos,
numa das localidades. O ob-
jectivo primordial é estabele-
cer um intercambio cultural e
gastronómico e rever aqueles
que de ano para ano já se tor-
naram amigos. Nesta iniciati-
va é sempre promovida uma
feira mostra, onde todos ex-
põem o que de melhor têm
os Rio de Moinhos de Portu-
gal. No ano passado, colo-
cou-se a dúvida de continu-
ar com o projecto. “Quando
chegámos ao fi nal do primei-
ro ciclo, ou seja quando já ti-
nha sido feito o encontro em
todas as localidades, fi zemos
uma reunião com os envolvi-
dos e ponderámos terminar
com o intercâmbio, devido à
actual situação fi nanceira do
país. Mas decidimos continu-
ar com o projecto, embora
repensado”, explicou o pre-
sidente. “Com isto não quero
dizer que este ano não temos
um programa tão rico, mas
será menos complexo”.
O evento de 2011 aconte-
ce durante dois dias, 2 e 3 de
julho, e é presenteado com
o lançamento do livro “En-
contros Nacionais dos Rio de
Moinhos”. “Esta é uma obra
que reúne e faz um resu-
mo do que foram estes sete
anos, com diversas fotogra-
fi as e mensagens deixadas
pelos intervenientes. Refi ro-
me aos presidentes de Junta,
grupos de folclore, bandas fi -
larmónicas, grupos corais, de
dança, associações etc.” refe-
riu João Paulo Rosado.
Nesta sétima edição, a ini-
ciativa realiza-se na Quinta
Fernando Ferreira, em Rio de
Moinhos, Abrantes e espe-
ram-se dois dias com várias
actuações e muita animação.
Grupos de bombos, de dan-
ça, de rock, de contorcionis-
tas, música popular tradicio-
nal, actuação da Banda Filar-
mónica de Rio de Moinhos,
Abrantes, e folclore vão estar
em palco. “Este é um encon-
tro que muitos momentos
de alegria tem promovido e
vai continuar a promover…
Quem sabe, no futuro, pos-
samos internacionaliza-lo e
fazê-lo com todos os Rio de
Moinhos do mundo. É um
desejo do meu amigo Rui”, fi -
nalizou o presidente.
Joana Margarida Carvalho
• Sílvio Gaspar, Paula Carvalho e Hélder Marques.
Destinos Práticos abre portas em Alferrarede
FORMAÇÃO
Um encontro de riomonhenses
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JUNHO2011
JOANA MARGARIDA CARVALHO
Os vinhos e azeites do concelho de Abrantes e Sardoal foram premia-dos nos concursos nacionais e in-ternacionais mais conceituados e exigentes das respectivas especiali-dades. Os vinhos Casal da Coelheira e Vale do Armo e os azeites SAOV e Casa da Anadia foram os produ-tos regionais que arrecadaram um conjunto de medalhas. Esta é mais uma prova de que o que é nacional é bom! E o que se faz no Ribatejo faz-se bem!
SAOV com duas medalhas de ouro
Os azeites da Sociedade Agríco-
la Ouro Vegetal foram novamente
premiados. Desta vez, a SAOV fez-
se representar nos concursos com
o azeite Cabeço das Nogueiras Pre-
mium e Quinta do Pouchão Dop.
Ambos bem diferentes, segundo
Ana Francisco, sócia da empresa,
“o Cabeço das Nogueiras bastante
equilibrado entre o doce, o amargo
e o picante, com cinco variedades
de azeitona e perfeito para o tem-
pero de um bom bacalhau, uma sa-
lada e bastante apreciado pelos es-
pecialistas da área.” Um azeite que
arrecadou quatro medalhas.
Em Espanha, no concurso Expoli-
va foi premiado com a medalha de
ouro e no concurso Mário Solinas,
também em Espanha, onde nova-
mente ganhou a medalha de ouro”.
Dois concursos que, segundo Ana
Francisco, são dos melhores, dos
mais conceituados e dos mais exi-
gentes a nível mundial. Outra me-
dalha foi conquistada na OviBeja,
uma feira de agricultura que se re-
aliza na cidade de Beja, onde este
azeite foi premiado com a meda-
lha de prata. Para fi nalizar, foi na Fei-
ra da Agricultura em Santarém, que
aconteceu neste mês de junho, que
o Cabeço das Nogueiras foi nova-
mente prendado, então com a me-
dalha de bronze.
O Quinta do Pouchão Dop, outra
gama de azeite da SAOV, com duas
variedades de azeitona, mais doce e
suave, ganhou a medalha de ouro
na Feira da Agricultura de Santa-
rém. Em Jerusalém, a empresa rece-
beu ainda menções honrosas.
Foram prémios e reconhecimen-
tos de um árduo trabalho que têm
uma elevada importância para a
SAOV. “É sempre bom recebermos
estes prémios porque nos dá mais
força para continuar, uma vez que
estamos a passar por momentos
difíceis na nossa economia. Este re-
conhecimento dá-nos alento e gar-
ra para seguir em frente. É nosso in-
tuito continuar apostar neste tipo
de concursos, pois é uma forma de
reconhecimento do azeite de quali-
dade que produzimos.”A SAOV ca-
racteriza-se por equipa jovem, com
dez trabalhadores, que tem como
objectivo primordial apostar na ex-
portação e entrar no mercado das
lojas gourmet. Holanda, Suíça e
Polónia são alguns dos países onde
já se encontra azeites da SAOV. Em
Portugal a empresa trabalha com o
grupo Sonae e com o Intermaché
de Alferrarede. Também faz venda
ao público no seu lagar e em lojas
goumert da região.
Casa da Anadia arrecada três medalhas
Os azeites da Casa da Anadia
DOP trouxeram para a cidade de
Abrantes três medalhas. Duas de
ouro que conquistaram na Feira da
Agricultura de Santarém, uma de
prata que receberam num concurso
de azeites no Canadá e por último,
ainda obtiveram uma menção hon-
rosa na China. Os azeites responsá-
veis pelos prémios foram o DOP Ga-
lega Cobrançosa e o Blend Extra Vir-
gem, ambos com o selo da Casa da
Anadia.
São muitos anos de trabalho e de-
dicação ao cultivo da azeitona, con-
forme explicou ao JA Ilídio Maga-
lhães, consultor da quinta. A pro-
dução de azeitona é da quinta da
Anadia, mas a moagem e produção
do azeite opera-se na SAOV, Socie-
dade Agrícola Ouro Vegetal, que
deste modo produz um bom con-
junto dos melhores azeites do mun-
do.
Na próxima edição esperamos
olhar mais atentamente para a Casa
Anadia, de Alferrarede.
Vinhos do Tramagal em ano de glória
Os vinhos do Casal da Coelheira,
no Tramagal, estão a passar por um
ano cheio de prémios. Em destaque
está o prémio Enólogo do Ano, atri-
buído a Nuno Falcão (que entrevis-
tamos na pag. 3). Como o mesmo
diz, é um prémio de carreira, tanto
mais prestigioso quanto os candi-
datos “naturais” a um prémio destes
são os enólogos que trabalham em
várias regiões e com várias casas e,
por isso, apresentam um portfolio
de vinhos que acabam por dar nas
vistas.
Nuno Falcão trabalha apenas na
sua Casa Agrícola, pelo que se apre-
senta apenas com os seus vinhos.
O prémio alcançado tem, portan-
to, um sabor especial para ele e dão
um esplendor especial aos vinhos
da casa. Para que conste, fi cam re-
gistados os vários prémios até ao
momento conquistados pelos vi-
nhos do Casal da Coelheira.
Prémios ano 2011Casal da Colheira BrancoMedalha de prata: Vinalies Interna-
tionales - Paris
Casal da Colheira Reserva BrancoMedalha de prata: Concurso de Vi-
nhos Engarrafados do Tejo;
Casal da Colheira RoséMedalha de Ouro: Vinalies Interna-
tionales - Paris
Terraços do Tejo TintoCommended – International Wine
Challenge - Londres
Casal da Colheira TintoMedalha de Prata: Concurso Nacio-
nal de Vinhos
Casal da Colheira Reserva TintoMedalha de Bronze: Internacional
Wine Challenge – Londres
Medalha de Prata: Concurso Vinhos
Engarrafados do Tejo e Concours
Mondial Bruxelles;
Medalha de ouro: Concurso Nacio-
nal de Vinhos
MythosMedalha de ouro: Concurso de Vi-
nhos Engarrafados do Tejo
Medalha de prata: Concours Mon-
dial de Bruxelas e Internacional
Wine Challenge;
Medalha de ouro: Concurso Nacio-
nal de Vinhos
14 ECONOMIA
VINHOS E AZEITES
Produtos regionais premiados
jornaldeabrantes
JUNHO2011 ECONOMIA 15
Os vinhos da Quinta Vale do
Armo, sediada no concelho
de Sardoal, foram distingui-
dos no segundo concurso Vi-
nhos do Tejo que se realizou
no Cartaxo, este último mês
de maio.
A medalha de ouro foi entre-
gue ao vinho Vila Jardim tinto
2009 e ao Vila Jardim branco
2010, a gama intermédia da
Quinta Vale do Armo. Tiago
Alves, responsável pela quin-
ta, disse ao JA que este era
um reconhecimento do tra-
balho bem feito que é realiza-
do desde o ano de 2008. “Foi
muito bom receber estas me-
dalhas. Eu penso que deve
haver alguma consistência
nos prémios, ou seja, não é
sermos premiados num ano
com um prémio e depois
passam três e não consegui-
mos alcançar nenhum. Isso
não é muito normal. É sem-
pre bom haver alguma con-
tinuidade. Não é importante
termos muitos prémios mas
sim, alguns todos os anos.
É sinal que estamos a fazer
um bom trabalho no dia-a-
dia e estamos no caminho
certo”. Com uma aposta cla-
ra na produção de mais vi-
nhos, a Quinta Vale do Armo
vai lançar este mês de junho,
um novo vinho denominado
“Valle Zangão”. “O Valle Zan-
gão é mais uma novidade da
quinta Vale do Armo, está en-
quadrado no inicio de gama
e pode ser uma alternativa
ao nosso vinho AlTejo. Va-
mos ter Valle Zangão tinto e
branco. O branco com 100%
fernão pires, uma casta bem
tradicional do Ribatejo, o tin-
to com três castas, aragonês,
trincadeira e a cabernet”.
A Quinta Vale do Armo re-
úne cerca de 27 hectares de
uva e tem uma produção
anual de 140 mil litros de vi-
nho. Com uma aposta clara
na exportação, os vinhos Vale
do Armo já se encontram em
países como Alemanha, Di-
namarca, Inglaterra, Brasil,
Hong Kong e recentemente
em Angola. Na região, Tiago
Alves referiu que “o clien-
te pode comprar na loja da
quinta, no recente Mercado
Criativo de Abrantes e no In-
termaché”.
São alguns os vinhos que
pode optar com selo Vale do
Armo: AlTejo, branco e tin-
to, Vila Jardim, branco, tinto
e rosé, Vale do Armo reserva
e Vale do Armo espumante,
Casal das Mansas, para rres-
tauração, e agora a mais re-
cente novidade Valle Zangão,
tinto e branco.
Inov´Linea cria azeite com sabor a alhoUm azeite com sabor e aroma a alho foi desenvolvido no Inov’Linea, no Tecnopolo do Vale do Tejo, e já co-meçou a ser comercializado pela Di-terra, empresa de Comércio Agro-Industrial.
O novo azeite com sabor a alho,
vem juntar-se ao azeite virgem extra
que já faz parte da linha Fadista, des-
ta empresa sedeada em Portalegre.
Este azeite foi concebido em
Abrantes a pedido do cliente, que
procurou o Inov’Linea para o criar. O
processo, segundo Joana Grácio, da
Inov’Linea, durou cerca de três meses,
de acordo com o interesse do cliente.
O produto foi alvo de um prolon-
gado estudo de forma a garan-
tir o típico sabor e aroma do alho,
no azeite, sem que este último fos-
se descaracterizado e mantives-
se todas as suas propriedades
Joana Grácio confi rma que este é o
primeiro trabalho com visibilidade
para esta estrutura já que outros são
mais técnicos. Ainda numa fase ini-
cial, o Centro procura nas feiras liga-
das ao sector potenciais clientes. A
presença na Feira Nacional de Agri-
cultura, em Santarém, representou,
segundo aquela responsável, criar
uma “boa carteira de contactos”.
Com apenas três funcionários, o
Inov’Linea tem como objectivo ser
uma plataforma que disponibiliza
às empresas conhecimentos e con-
tactos científi cos para o desenvolvi-
mento, melhoria ou criação de pro-
dutos, com ligações a universidades.
Em jeito de conclusão, Joana Grá-
cio revelou que o Inov’Linea prepa-
ra, para breve, a criação de um pai-
nel de provadores e preferências. A
ideia é criar um grupo de pessoas
que possam testar produtos que as
empresas entendam, antes de se-
rem colocados no mercado, para
aferir a sua aceitação, já que as ques-
tões técnicas são garantidas pelo
Centro de Transferência Alimentar.
Diz a empresa produtora que o azei-
te Fadista com Alho é ideal para tem-
perar massas, peixes e saladas, para
confecionar molhos (ex. tomate e vi-
nagretes) ou até para os tradicionais
gaspachos. Estará disponível a partir
de Julho, no mercado nacional, em
lojas gourmet, mercearias e charcu-
tarias fi nas com o PVP recomendado
de 3,50€ em embalagem de PET.
Vinho Vila Jardim foi medalha de ouro
jornaldeabrantes
JUNHO201116 REGIÃO
A Associação de Jovens de Sardoal (AJS) completa em Outubro deste ano dois anos de vida e comemora a data com uma mão cheia de actividades. Umas já realiza-das e outras a serem preparadas até ao fi -nal do ano. Será em Novembro que a Estí-mulo, como é designada a associação, vai a eleições e a nova direcção entrará em funções em Janeiro do próximo ano.
Andreia Costa, secretária desta Associa-
ção sedeada no Sardoal, refere ao JA que o
balanço destes dois anos é bastante positi-
vo e que “actualmente a Estímulo tem cer-
ca de 90 sócios, o que nos deixa muito satis-
feitos”. Das actividades projectadas para os
próximos meses consta o Festival Estímulo
que terá lugar nos dias 19 e 20 de Agosto,
onde 40% dos lucros revertem a favor dos
Bombeiros de Sardoal. Pelo segundo ano
consecutivo, o festival vai levar ao Parque
de Merendas bandas regionais e nacionais
e as entradas são gratuitas. A AJS vai tam-
bém marcar presença nas Festas do Conce-
lho de Sardoal, que este ano decorrem de
22 a 25 de Setembro, com actividades pró-
prias e uma tasquinha nos mesmos moldes
dos últimos anos. Os dois anos de existên-
cia não vão ser deixados em branco e no
início de Outubro está planeado um acam-
pamento no Penedo Furado (Vila de Rei)
com música e várias actividades para sócios
e não sócios. Em Abril passado, a Estímulo
deu início a uma nova aventura. Reabriu
o Bar Puro, no centro da vila, fazendo dele
um novo espaço. Andreia Costa conta ao JA
que “pegar no bar foi um risco calculado” e
que, passados três meses desde a reabertu-
ra, “está a correr bem, já conseguimos tirar
dinheiro do bar para a associação, que era o
objectivo pretendido”. O bar, aberto todos
os dias, conta com o trabalho voluntário de
20 sócios por mês. A AJS recebe o apoio fi -
nanceiro do Instituto Português da Juven-
tude e de algumas entidades privadas. Se-
gundo a secretária da Estímulo, o “municí-
pio tem apoiado a Associação com tudo o
que é necessário. Sabemos que não é pos-
sível apoiar com dinheiro e por isso pedi-
mos ajuda a nível logístico e este tem sido
sempre cedido”. A pensar na construção de
um sítio próprio na Internet, a associação
tem divulgado as suas actividades na pági-
na do Facebook. As inscrições a novos só-
cios estão abertas todo o ano.
André Lopes
Associação de jovens de Sardoal prepara actividades para o futuro
jornaldeabrantes
JUNHO2011 REGIÃO 17
O concelho de Gavião organiza, mais
uma vez, a Mostra de Artesanato, Gastro-
nomia e Actividades Económicas, nos dias
15, 16 e 17 de Julho, no jardim do Cruzeiro.
O certame que pretende dar a oportunidade
à população de conhecer “o que de melhor
se faz em Portugal”, contará com 52 artesãos.
A abertura da Mostra será pela hora do jan-
tar com a actuação da Banda Juvenil do
Município de Gavião, seguida do Grupo
de Cantares “Terras de Guidintesta” e Gru-
po de Música Tradicional da Região. No dia
16, os visitantes serão presenteados com o
concerto da banda portuguesa “Expensive
Soul”. O último dia do certame será abrilhan-
tado, pelas 22h, por “José Cid e Big Band”.
Com apenas três dias de festa e este ano
sem Feira Medieval, devido à crise que
o país atravessa, mas sempre manten-
do a qualidade do certame, o vereador
Germano Profírio declara «que será as-
sim para reduzir os custos para metade».
O vereador do concelho acredita que este
ano a Mostra terá o mesmo êxito que nos
anos anteriores e espera que «tal como no
ano anterior, as vendas sejam boas».
O concelho de Mação organiza a 18ª Feira Mostra, que se realizará nos dias 1,2 e 3 de ju-lho. Esta feira tem como objectivo a promo-ção do concelho a nível regional e nacional, em termos culturais, económicos e sociais.
Este ano estarão 55 stands de exposição e
nove espaços de restauração. Num dos stan-
ds será promovida a “Marca Mação”, que já se
encontra materializada nos presuntos, que in-
tegram já os circuitos do mercado nacional.
Apesar de uma redução de 40% nos custos, o
certame conta com variadas actividades mu-
sicais, culturais e desportivas. Na música, os
visitantes poderão assistir ao concerto dos
“Clã”, Filipe Pinto e o grupo de música popu-
lar “Adiafa”, e no fi nal dos concertos haverá
a animação por um DJ. A par do cartaz mu-
sical, a Câmara Municipal promove, em par-
ceria com as associações do concelho, várias
actividades desportivas, tais como, o torneio
de futsal, concurso de pesca, jogos tradicio-
nais, passeio de BTT e pedestre, e canoagem.
Na cultura, os visitantes poderão visitar a 13ª
edição da feira do livro, onde pais e fi lhos po-
dem participar em algumas actividades.
Será realizada uma sessão sobre empre-
endedorismo, seguida de uma cerimó-
nia pública de homenagem às empre-
sas do concelho distinguidas pelo IAPMEI.
Realiza-se também o desfi le de marchas Po-
pulares no recinto do certame, com a parti-
cipação de várias associações do concelho.
Quem pretender deslocar-se à feira poderá
contar com um comboio turístico, que duran-
te o horário da feira, que fará o percurso dentro
da vila até ao recinto.
GAVIÃO
XX Mostra de Artesanato
18ª Feira Mostra do concelhoMAÇÃO
ADMINISTRATIVO PARA ÁREA FINANCEIRA
(M/F)
Para desempenhar funções administrativas na área fi nanceira da empresa
Função:- Controlo de operações com bancos, clientes e / ou fornecedores
Os candidatos deverão possuir formação / experiência em contabilidade, gestão e afi ns, e o seguinte perfi l:
- Competência para a gestão de contas de contas de fornecedores e clientes;
- Registo e manutenção de contas bancárias;- Capacidade para preparar relatórios de acção;- Conhecimentos de informática na óptica do utilizador;
Outros requisitos:- Motivação- Dinamismo e proactividade- Vontade de trabalhar e crescer- Residência na zona- Disponibilidade e imediata
Os interessados deverão enviar C.V. actualizados para [email protected] com a refª Adm.Fin.
jornaldeabrantes
JUNHO2011
O Barquinha Parque recebe de
2 a 10 de julho a Feira do Livro.
Entre as 15 e as 19 horas mui-
tas vão ser as iniciativas progra-
mas, como uma mostra de arte-
sanato, Hora do Conto e ateliês
de expressão plástica. Durante
dois dias (3 e 9 de julho), o au-
tor Emílio Miranda dará sessões
de autógrafos, pelas 17 horas. O
abrantino José Manuel Heleno
estará presente nesta feira, dia
3 de julho, enquanto o escritor
torrejano Hugo Santos marca-
rá presença no dia 9 do mesmo
mês. Estes encontros com escri-
tores estão agendados para as
16 horas. Esta Feira do Livro é or-
ganizada pela Câmara Munici-
pal da Barquinha.
18 CULTURA
Abrantes
Exposição permanente – Antevisão III do Museu Ibérico de
Arqueologia e Arte – Castelo de Abrantes – Visitas guiadas a
1, 8 e 15 de julho, às 21h30
1 a 29 de julho – Exposição de Paulo Canilhas - Pintura, dese-
nho, instalação e digital – Galeria de Arte
1 de julho – Animação de Verão – Concerto com “ALF” – Praça
Barão da Batalha, às 22h00
4 a 29 de julho – Exposição “À descoberta de Abrantes”, traba-
lhos dos alunos dos Jardins de Infância e 1º Ciclo de Abrantes
– Edifício Pirâmide, das 9h00 às 13h00 e das 14h00 às 17h00
6 de julho a 12 de agosto – Exposição de banda desenhada
de Alain Corbel – Biblioteca António Botto
7 de julho – Que é isso de Cultura? Por José Alves Jana - Apre-
sentação do nº 17 da revista de história local “Zahara” – Biblio-
teca António Botto, às 21h30
8 de julho – Animação de Verão – Concerto com “The Never-
minds Bastards” – Praça Raimundo Soares, às 22h00
15 de julho – Animação de Verão – Concerto com “Apple Pie”
– Praça Barão da Batalha, às 22h00
22 de julho – Animação de Verão – Concerto com “The Scart”
– Praça Raimundo Soares, às 22h00
Cinema Espalhafi tas – Cine-teatro São Pedro, às 21h30:
6 de julho – “Banksy –Pinta a Parede” e “Lixo Extraordinário”
11 de julho - “Inside Job”
20 de julho – “Potiche”
25 de julho – “Diário”, “Territórios”, “A history of Mutual Res-
pect” e “Olimpia I e II”
Barquinha 2 a 10 de julho – Feira do livro – Mostra de artesanato, ses-
sões de autógrafos, encontro com autores – Barquinha Par-
que
2 de julho – Sábados às cinco com…Fernando Freire – Pa-
lestra sobre património – Centro Cultural da Barquinha, às
17h00
Constância Até 3 de julho – Exposição “Vitrais – Tiff any”, de Maurício Be-
xiga – Posto de Turismo
Mação 1 a 3 de julho – 18ª Feira Mostra de Mação – Feira de expo-
sições, restauração, Feira do Livro, parque infantil, exposições
e animação com Clã, Filipe Pinto e Adiafa – Largo Infante D.
Henrique
Sardoal Até 23 de julho – Exposição - II Salão de Artes Plásticas da
Casa do Concelho de Sardoal – Centro Cultural Gil Vicente
9 de julho – Teatro “Dois Irmãos”, pela companhia Palha de
Abrantes – Centro Cultural Gil Vicente, às 21h30
Cinema - Centro Cultural Gil Vicente, às 16h00 e 21h30
3 de julho – Winx – “A Aventura”
16 de julho – “Água para Elefantes”
AGENDA DO MÊS
Galena lança concurso literário ...
Pintura, desenho e instalação de Galeria de Arte de Abrantes
A Galena, associação cultural do
concelho de Abrantes está a promo-
ver um concurso de contos, ou nar-
rativas curtas. A iniciativa tem a par-
ceria da editora Tecto de Nuvens,
que editará os contos seleccionados,
e esse é o prémio a que se habilitam
os concorrentes. O prazo de entrega
dos originais decorre até 1 de Agos-
to e as obras a concurso devem ter
um máximo de 15.000 caracteres (in-
cluindo espaços).
As obras a concurso podem incluir
ilustrações e potenciais ilustradores
podem candidatar-se a ilustrar as
obras a concurso.
O objectivo é dar oportunidade
aos criadores desta região.
... e cria ofi cina de escrita
A Galena vai abrir um atelier de es-
crita literária, com vista a ajudar a
desenvolver as potencialidades de
escrita de eventuais interessados em
concorrer ao concurso de narrativas
curtas que também está a lançar.
Os interessados podem obter in-
formação através do endereço gale-
Feira do Livro no Barquinha Parque
MIAA em Antevisão IIIO Museu Ibérico de Arqueologia e
Arte volta a mostrar-se no Castelo de
Abrantes. A exposição Antevisão III tem
patentes alguns dos materiais dos qua-
tro núcleos ou colecções que vão inte-
grar o futuro Museu. Sobretudo bronzes
da colecção João Estrada e da doação
de Charters de Almeida, mas também
uma muito interessante mostra de al-
guns materiais arqueológicas das explo-
rações feitas no concelho de Abrantes
e ainda alguns dos quadros da doação
de Maria Lucília Moita, desta vez cen-
trados na fi guração do rosto humano.
Inaugurada a 10 de Junho, a exposição
vai manter-se até fi nal de Outubro. Com
estas sucessivas mostras, a que deverá
suceder uma quarta, pelo menos, a Câ-
mara Municipal pretende dar a conhe-
cer as potencialidades que o futuro Mu-
seu pode ter quer para o turismo cultu-
ral, quer para colocar Abrantes no mapa
da cultura, “onde já está, pelo estudo das
colecções que está a ser feito por uma
equipa de especialistas, que é caso úni-
co em Portugal”, disse na inauguração
Miguel Baptista Pereira, o museólogo
responsável pelo projecto.
A Galeria de Arte de Abrantes acolhe o artista plás-
tico Paulo Canilhas para uma exposição de pintu-
ra, desenho, instalação e vídeo. Tomando como
exemplo o trabalho em chapa, o autor raramente
inicia um trabalho isolado, preferindo sempre tra-
balhar em séries que vai desenvolvendo em con-
junto formando “famílias” artísticas com laços bas-
tante fortes entre si. Paulo Canilhas, artista multi-
disciplinar, foi distinguido pelo Movimento de Arte
Contemporânea com o Prémio Artista Revelação
2010. A mostra pode ser vista de 1 a 29 de julho.
Artes plásticas no SardoalTreze artistas plásticos vão expor a sua
arte no Centro Cultural Gil Vicente, numa
exposição que pode ser vista até dia 23
de julho. O II Salão de Artes Plásticas é
fruto de uma parceria entre a Casa do
Concelho de Sardoal e o Município da
referida vila. Alberto Dias, Alexandra Rol-
dão, Álvaro Mendes, Fernanda Andrade,
Miguel d’Hera, são alguns dos artistas
naturais de Sardoal ou de alguma ma-
neira ligados ao concelho, que vão apre-
sentar os seus trabalhos nesta exposi-
ção colectiva. O Centro Cultural poderá
ser visitado de terça a sexta-feira, entre
as 16 e as 18 horas e aos sábados, entre
as 15 e as 18 horas.
jornaldeabrantes
JUNHO2011 CULTURA 19
TERESA APARÍCIO
Das duas pontes construídas, na re-gião de Abrantes, em consequência da expansão do caminho-de-ferro, na segunda metade do século XIX, esta é a mais antiga, pois integra o troço da linha Santarém – Abrantes, cuja inauguração se situa em 1862.
Nos Anais do Município de então
podemos ler:
“O dia 7 de Novembro foi um dia de
regozijo público para os moradores
desta Vila, por se abrir à exploração o
traçado do caminho-de-ferro de San-
tarém até à estação do Rossio. Perto
de duas mil pessoas de ambos os se-
xos se juntavam junto à estação para
admirar o espectáculo grandioso da
chegada do comboio, o qual atra-
vessou a ponte do Rio Torto à uma da
tarde.
(…) O Exmo. Duque de Loulé, Minis-
tro dos Estrangeiros e Obras Públicas
e Anselmo J. Braancamp, Ministro do
Reino, quiseram honrar, com a sua
presença, este acto.
(…) Os Exmos. Ministros tinham
mandado vir de Lisboa um primoro-
so jantar, que terminou depois das
três horas da tarde e regressaram a
Lisboa próximo das quatro”.
Mas nem só de festas é feita a his-
tória desta ponte. Presenciou bas-
tantes tragédias, uma delas a me-
nos de um mês após a sua inaugu-
ração. Referem também os Anais:
No dia 2 de Dezembro de 1862, aba-
teu um dos tubos, na altura em que
passava um comboio de materiais
para as obras da via férrea, precipi-
tando no rio parte dos carros e com
estes muitas pessoas de ambos os se-
xos, empregadas nos mesmos traba-
lhos: destes infelizes, muitos morre-
ram logo e vinte e dois deram entra-
da no Hospital da Misericórdia desta
Vila.”
Consta que o total de vítimas foi
ao todo de catorze, pelo que a pon-
te passou também a ser conheci-
da por “Ponte dos Catorze”, deno-
minação que aparece nos Anais de
1868, na altura em que já precisava
de alguns arranjos e a Câmara de
Abrantes providenciava à sua repa-
ração.
Mas os acidentes não se fi caram
por aqui. Na primeira metade do sé-
culo XX começaram a chamar-lhe
“Ponte Corta – Cabeças”, pois como
era bastante estreita, deu origem
à morte de alguns incautos que,
inadvertidamente, punham a cabe-
ça fora da janela, na altura em que o
comboio passava sobre ela.
Durante muitos anos foi reclama-
da a sua remodelação, mas só em
Dezembro de 1964 o tabuleiro da
mesma foi substituído por um ou-
tro mais largo.
No “Nova Aliança” de 1/ 1/ 1965
podemos ler:
“Depois de muitos anos de
lamentações justifi cadas pelo núme-
ro de vítimas decapitadas pelos com-
boios, a ponte do Rio Torto deixou de
cortar cabeças (…) e acabou fi nal-
mente o natural arrepio que muitos
passageiros sentiam ao passar por
ali, com paragem de comboios obri-
gatória, antes e depois”.
Nos últimos anos e, felizmente,
esta ponte velhinha, pouco tem
tido para nos contar, a não ser uma
história de resistência a muitas
cheias que, ciclicamente, os inver-
nos vão trazendo ao Rio Torto que
sob ela corre.
Bibliografi a: MORATO, Manuel
António e Mota, João Valentim
– “Memória Histórica da Notável
Vila de Abrantes” – E. Câmara Mu-
nicipal de Abrantes.
LUGARES COM HISTÓRIA
A ponte ferroviária sobre o Rio Torto
jornaldeabrantes
JUNHO201120 CARTAS AO DIRECTOR
Senhor Director
Junto informação elemen-
tar que esclarece qual é a re-
presentação actual dos Con-
des de Abrantes, de acordo
com os critérios geralmente
aceites. Se, quando se abor-
da este tema, houver quem
pretenda atingir outros ob-
jectivos para além da divul-
gação de curiosidades histó-
ricas, será saudável que esses
objectivos e os métodos para
os atingir sejam assumidos
e exolicados, para que, sem
ambiguidades ou equívocos,
se perceba quem quer o quê.
Acrescento, por talvez ser
útil ou pelo menos inte-
ressante, que existe, só em
Portugal, milhares de des-
cendentes dos Condes de
Abrantes, por diversas linhas,
dos quais alguns vivem no
concelho de Abrantes.
Subscrevo-me com os me-
lhores cumprimentos.
Paulo Guedes de Campos
Condes de AbrantesTítulo criado por
D. Afonso V, rei de Portugal
Por carta de 13-06-1476
a favor de D. Lopo de Almei-
da, 1º conde de Abrantes *
1416
É actual representantes
D. José Maria da Piedade de
Lancastre e Távora, 11º mar-
quês de Abrantes * 1960
NotasPor morte sem sucessão
masculina de D. João de Al-
meida, último alcaide-mor de
Abrantes e neto do 3º conde,
considerou o rei D. Filipe III
(IV de Espanha) que o título
vagara para a Coroa, conce-
dendo-o então ao marquês
de Porto Seguro, que elevou
depois (já depois da Restau-
ração de 1640) a duque de
Abrantes. Este título conti-
nuou em Espanha, estando
actualmente a representação
na família Carvajal.
Em Portugal, o título foi re-
novado pelo rei D. João IV
noutra linha da descendên-
cia do 2º conde, na pessoa de
D. Miguel de Almeida, 4º con-
de de Abrantes, um dos acla-
madores de D. João IV.
Por morte do 4º conde sem
sucessão, a representação
desta Casa recaiu em D. Isa-
bel de Mendonça, bisneta do
3º conde, casada com João
Rodrigues de Sá e Menezes,
1º conde de Penaguião. Des-
te casal foi bisneto o 1º mar-
quês de Fontes, Francisco
de Sá e Menezes, de quem
foram fi lhos os 2º e 3º mar-
queses de Fontes. A este úl-
timo, mudou o rei D. João V o
título de marquês de Fontes
para marquês de Abrantes
(1º marquês de Abrantes).
D. Lopo de Almeida, 1º con-
de de Abrantes * 1416
D. João de Almeida, 2º con-
de de Abrantes * c. 1445
D. Lopo de Almeida, 3º con-
de de Abrantes * c. 1470
D. Miguel de Almeida, 4º
conde de Abrantes * c. 1575
N.R. – O actual marquês de
Abrantes tem maior noto-
riedade pública como José
Abrantes, autor de banda
desenhada.
Na última edição, a publi-
cação do conto “A febre do
jogo”, de José Falcão Tavares,
devia ter sido seguida de uma
nota sobre o autor. Por razões
de falta de espaço, a mesma
acabou por cair, o que lamen-
tamos, pois se José Falcão
Tavares é bem conhecido por
muitos, sobretudo como mé-
dico, mas também como es-
critor, outros haverá que gos-
tariam de mais alguma infor-
mação. Aqui vai, portanto.
José Falcão Tavares nasceu
em 15 de Julho de 1953, em
Abrantes, cidade onde resi-
de e trabalha como médico
desde 1982. Criou em 1986
com outros médicos o Clube
de Clínica Geral de Abrantes,
organizando o I Encontro de
Saúde de Abrantes e realizan-
do actividades de formação
contínua e convívio.
Sócio fundador da Associa-
ção Portuguesa dos Médicos
de Clínica Geral em 1983 e do
Grupo de Estudos da Família
em 1997, alcançou notorieda-
de ao fundar o jornal Médico
de Família de que foi director
entre 1988 e 1994. Recebeu o
Prémio Bial de Medicina Clíni-
ca relativo a 1990 pela obra O
Diário do Orientador, relativo
à sua actividade pedagógica.
Único chefe de serviço do
Centro de Saúde de Abrantes,
aposentou-se então em 31 de
Dezembro de 2010. Dois me-
ses mais tarde voltaria para
um período excepcional de
três anos face à grave falta de
clínicos.
Entretanto, continua a es-
crever e, por isso, esperam-
se dele novas publicações. O
conto aqui publicado para
disso aperitivo.
OBRAS DO AUTOR1978 - Poesia, O Tu das Ma-
nhãs, Ed. do autor
1991 - Diário, O Diário do
Orientador, Ed. Laboratórios
Bial
1995 - Ensaio, O Mundo da
Família,Ed. Labratórios Bial
1997 - Monografi a, Os Pri-
meiros Dez Anos, Associação
Portuguesa dos Médicos de
Clínica Geral
1999 - Comunicações,
Anamnese e Saber (co-autor),
Ed. Faculdade de Medicina de
Lisboa
1999 - Ensaio, A Consulta
Consultada, Ed. Temática
1999 - Poesia, Cartas ao Co-
ração de Lisboa, Colecção
Alma Nova, Ed. O Mirante
2003 - Ensaio, Da Memória -
20 Anos de Medicina Geral e
Familiar (co-autor), APM CG,
MVA-Invent
O palácio do Marquês de Abrantes, actual embaixada de França em Lisboa
José Falcão Tavares
jornaldeabrantes
JUNHO2011 CORREIO DO LEITOR 21
Querido País,Espero que te encontres bem… Eu por aqui cá vou lutando todos os dias!
Como sabes cheguei a Moçambi-
que em Janeiro de 2006 e por aqui
tenho enfrentado vários desafi os,
com altos e baixos, mas principal-
mente ganho muita experiência de
vida e de trabalho, coisa que tu nun-
ca me poderias dar! Mas continuo a
gostar de ti!
Moçambique é um país enorme,
sabias? Para teres uma ideia, con-
taram-me que uma vez o Presiden-
te Samora fez de avião uma viagem
que delimitou todo o país, demo-
rou 11 horas! O mesmo tempo que
demoro a fazer Maputo/Lisboa! É
mesmo grande! Do Rovuma ao Ma-
puto é uma riqueza! Ai se tu visses
as praias! E a Ilha de Moçambique?
E o Zalala? O Xai-Xai? É lindo! Tens
de vir ver! É “maningue nice” (mui-
to bom)!
Tem uma história muito rica, tam-
bém, feita pelos portugueses que
aqui deixaram muitas marcas, umas
positivas e outras negativas, pró-
prias da história! Um povo fantás-
tico, super simpático e que sabe
aproveitar a vida mesmo com todas
as difi culdades sociais e económicas
com que vive todos os dias! Às ve-
zes questiono-me como é possível
ver crianças com 6 e 7 anos a irem
para a escola sem comerem o “ma-
ta-bicho” (pequeno-almoço), mas
sempre com um sorriso estampado
na cara e ainda me dizem: “Bom dia
mama!” (sinal de respeito)
Maputo, a cidade das acácias, ca-
pital do país, todos os dias se ergue
das cinzas, passou pela guerra, mui-
tos edifícios foram destruídos mas
“pouco–pouco” (devagar) vai cres-
cendo e tentando reerguer-se!
Aqui não nos falta nada, temos su-
permercados, farmácias, hospitais,
mercado, jardins, museus, cinema,
teatro, bares e discotecas e tantas
outras coisas! É claro, não com o de-
senvolvimento daí, mas o essencial
existe!
Hoje é Sábado! Daqui a pouco vou
ao Mercado do Pau! É uma verda-
deira maravilha, todos os tipos de
artesanato do país aqui se reúnem
para mostrar a toda gente o melhor
que eles produzem! As cores dos
batiques, as esculturas em madeira,
o cheiro das especiarias e as capola-
nas são uma mistura incrível! Quan-
do cá vieres tenho de te mostrar! E,
acredita, é muito bom, só não en-
tendo porque não é mais divulgado
além fronteiras!
Sabes o que descobri ontem?
Num dos meus passeios, fui até ao
Museu de História Natural, e esti-
ve, novamente, a ver a exposição da
gestação dos elefantes desde em-
briãozinho até nascer. Sabias que é
única no mundo? Pois é, aqui todos
os dias encontro algo de novo, um
novo tesouro, uma nova forma de
ver o mundo!
Bom, muita coisa havia para te
contar! Nem ias acreditar! Existe
tanta coisa!
Prometo voltar a escrever um dia
destes!
Vai dando noticias!
Kanimanbo (obrigado) por te lem-
brares de mim! Eu nunca me esque-
ço de ti!
Dá cumprimentos a todos!
Até qualquer dia!
Mafalda Brízida
Mafalda Brízida foi aluna de co-
municação social na ESTA. Está em
Maputo como correspondente da
TSF, onde também já deu aulas.
Carta de Maputo
Recordamos o”Ti Américo” no primei-
ro aniversário da sua morte. Américo
Martinho Pimenta era o seu nome, po-
rém era por Ti Américo que era mais co-
nhecido na sua terra e era desta forma
que mais familiarmente era tratado.
Pessoa conceituada e grande amigo
da sua terra, foi agente da PSP em Lis-
boa durante muitos anos, partilhando
os mesmos locais de trabalho com o seu
irmão Manuel Martinho Pimenta Subin-
tendente da referida P.S.P. também ele fa-
lecido poucos meses após a morte do ir-
mão.
O “Ti Américo” foi durante toda a sua
vida um autodidacta, conservando até
ao fi m o gosto pela leitura e pelo conhe-
cimento em geral, quem sabe se para
compensar o seu grande sonho, nunca
realizado, de ter sido professor.
Após a aposentação veio viver em
permanência para o Souto, cultivando o
seu pequeno quintal com o mesmo gos-
to com que cultivava amizades com os
seus conterrâneos.
Um acidente com uma arma de guer-
ra, quando tinha 22 anos, e outros pro-
blemas de saúde, bem como a idade a
avançar fi zeram-no depender de uma
cadeira de rodas. A partir daí, habituámo-
nos a vê-lo rodar pelas ruas do Souto na
sua cadeira de rodas eléctrica que mitiga-
va as suas difi culdades de deslocação.
No fi nal do ano de 2009, já com a saú-
de bastante fragilizada, deu entrada no
hospital de Santa Maria em Lisboa, onde
também criou amizades e era admirado
pela sua paciência e estoicismo face ao
sofrimento e também pela sua postura
sempre correcta e educada. Ali viria a fa-
lecer no dia 14 de Fevereiro de 2010, com
86 anos de idade.
Ao meu amigo “ Ti Américo” o meu
Adeus para sempre.
Manuel Batista Traquina
DO SOUTO
Américo Pimenta
jornaldeabrantes
JUNHO201122 PUBLICIDADE
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ASSEMBLEIA MUNICIPALDE SARDOAL
EDITAL N.º 06/2011MIGUEL JORGE ANDRADE PITA MORA ALVES
PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE SARDOAL
FAZ PÚBLICO que, para efeitos do art.º 91º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, na redacção dada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro e, dando cumprimento ao art.º 16.º do Decreto – Lei n.º 442/91, de 15 de Novembro, com as alterações introduzidas pela Lei n.º 6/96, de 31 de Janeiro, se realiza no próximo dia 28 de Junho de 2011, pelas 20 horas, no Centro Cultural Gil Vicente, em Sardoal, a sessão ordinária da Assembleia Municipal, com a seguinte Ordem de Trabalhos:
Período Antes da Ordem do Dia
Ordem de Trabalhos
1. Informação do Presidente da Câmara, em cumprimento da alínea e) do n.º 1 do art.º 53º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, com a nova redacção dada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro;
2. Transferências Financeiras para os Municípios – FEF;3. Implicações das Medidas do Memorando da Troika no Município de Sardoal;
Período de Intervenção do Público
E para constar, se lavrou o presente Edital e outros de igual teor que vão ser afi xados nos lugares públicos de estilo.
Paços do Município de Sardoal, 17 de Junho de 2011
O Presidente da Assembleia MunicipalMiguel Jorge Andrade Pita Mora Alves
Clube Desportivo e Recreativo de Alferrarede “Os Dragões”
ASSEMBLEIA GERAL - CONVOCATÓRIA
Nos termos do artigo 42.º dos estatutos do Clube Desportivo e Recreativo de Alferrarede “Os Dragões” convoco os Exmos Associados a participar na Assembleia Geral a realizar no próximo dia 8 de Julho de 2011, pelas 21 horas na sede do Clube, Pavilhão Gimnodesportivo de “Os Dragões” de Alferrarede, com a seguinte ordem de trabalhos:1) Apreciar, discutir e votar o Relatório e Contas do
exercício de 2010, bem como, o parecer do Conselho Fiscal e Disciplinar
2) Eleger os Corpos sociais para o Biénio 2011/20123) Discutir e analisar outros assuntos de interesse para
o clube
Se à hora marcada o número de associados presentes não constituir quorum necessário, nos termos do artigo 43.º dos estatutos, funcionará a mesma, com qualquer número de associados, meia hora mais tarde, em segunda convocatória.
O Presidente da Assembleia GeralJorge Mariano
NOTARIADO PORTUGUÊSCARTÓRIO NOTARIAL DE SÓNIA ONOFRE EM ABRANTES
A CARGO DA NOTÁRIA SÓNIA MARIA ALCARAVELA ONOFRE
Certifi co para efeitos de publicação que por escritura lavrada no dia vinte e um de Junho de dois mil e onze, exarada de folhas cento e vinte e cinco a folhas cento e vinte e seis verso, do Livro de Notas para Escrituras Diversas NOVENTA – A, deste Cartório Notarial, foi lavrada uma escritura de JUSTIFICAÇÃO na qual os Senhores MANUEL ROLDÃO e mulher MARIA NATÁLIA ANTUNES ROSA ROLDÃO, casados sob o regime da comunhão geral de bens, naturais, ele da freguesia de Abrantes (S. Vicente), do concelho de Abrantes e ela da freguesia de Fundada, do concelho de Vila de Rei, residentes na Rua da Sociedade, número 33, em Casais de Revelhos, Alferrarede, Abrantes, DECLARARAM que, com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores do Prédio urbano, sito em Vale da Vinha, no lugar de Casais de Revelhos, na freguesia de Alferrarede, do concelho de Abrantes, composto de arrecadação de dois pisos com a área coberta de quarenta metros quadrados e logradouro com a área de setenta e cinco metros quadrados, a confrontar de Norte com Manuel Alves Venâncio, de Sul com Estrada Pública, de Nascente com Francisco Roldão e de Poente com Manuel Alves Venâncio, omissona Conservatória do Registo Predial de Abrantes, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 3471 (anterior artigo 1242).Que o prédio está inscrito na matriz em nome dele justifi cante marido que eles justifi cantes são possuidores do prédio acima identifi cado por lhes ter sido doado verbalmente, por ALEXANDRINA MARIA e marido ANTÓNIO LOPES MOLEIRO, casados que foram no regime da comunhão de geral de bens, residentes no lugar de Casais de Revelhos, em Alferrarede, Abrantes, no ano de mil novecentos e sessenta e três, logo há mais de quarenta e cinco anos.Que, desde a referido data, vêm exercendo continuamente a sua posse, à vista de toda a gente, usufruindo de todas as utilidades do prédio, fazendo a sua conservação e obras de benefi ciação, na convicção de exercer direito próprio, ignorando lesar direito alheio, sendo reconhecidos como seus donos por toda a gente, pacifi camente, porque sem violência, continua e publicamente, de forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, sem a menor oposição de quem quer que seja e pagando os respectivos impostos, verifi cando-se assim todos os requisitos legais para que ocorra a aquisição do citado imóvel por usucapião.Está conforme ao original e certifi co que na parte omitida nada há em contrário ou além do que nesta se narra ou transcreve.
Abrantes, 21 de Junho de 2011.
A NotáriaSónia Maria Alcaravela Onofre
(em Jornal de Abrantes, edição 5485 – Junho de 2011)
jornaldeabrantes
JUNHO2011 SAÚDE 23
Ondas de calorSAÚDE É ... Secção da responsabilidade da Unidade de Saúde Publica do ACES do Zêzere
O calor em excesso pode agravar as do-
enças crónicas ou originar desidratação,
esgotamento e o golpe de calor, que re-
presenta uma situação extrema de ele-
vada gravidade, pode provocar danos
irreversíveis, ou até a morte. Uma onda
de calor caracteriza-se por temperatu-
ras extremamente elevadas, superiores
à média usual para a época, durante um
período longo de dias, e constitui uma
preocupação crescente dos serviços de
saúde pública, devido aos possíveis efei-
tos nefastos sobre a saúde das popula-
ções.
Qualquer pessoa pode ser susceptí-
vel aos efeitos do calor, particularmen-
te durante uma onda de calor, mas são
especialmente vulneráveis as crian-
ças nos primeiros anos de vida, os ido-
sos, em especial os acamados, as pes-
soas portadoras de doenças crónicas
(cardiovasculares, respiratórias, renais
e diabetes mellitus) e pessoas com ex-
cesso de peso. A implementação anual,
desde 2004, do Plano de Contingência
para as Ondas de Calor tem-se revelado
uma importante ferramenta na minimi-
zação dos seus efeitos adversos.
É preciso estarmos atentos e pôr
em prática algumas das recomen-
dações amplamente divulgadas pe-
los serviços de saúde, tais como:
- Evitar a exposição directa ao sol
em horas “de risco” (idealmente, en-
tre as 11 e as 17 horas);
- Utilizar protectores solares com
factor de protecção elevado (≥ 30),
e proteger a cabeça com chapéu de
abas largas ou lenço, usar óculos es-
curos e, se possível, caminhar pela
sombra;
- Usar roupas leves, largas e de co-
res claras de algodão;
- Preferir as horas de menor calor
para viajar;
- Ingerir líquidos várias vezes ao dia
(água e sumos naturais) e oferecer fre-
quentemente água às crianças, idosos
e doentes crónicos, mesmo sem terem
sede;
- Consumir refeições frescas e saudá-
veis (saladas, sopas, fruta);
- Tomar duche com água tépida ou
fria;
- Fazer pausas frequentes nas activida-
des ou trabalho no exterior e descansar
em locais frescos;
- Arrefecer a casa, fechando as janelas
durante o dia e abrindo-as à noite, para
que o ar circule.
Fique atento e acompanhe diariamen-
te os Alertas difundidos pelos meios de
comunicação social ou através do ende-
reço www.dgs.pt. Se tiver dúvidas ligue
para a Linha de Saúde 24 - 808 24 24 24.
Lígia AlvesTécnica Saúde Ambiental
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