Ano 4 Número 13 Edição ago/2012 Informativo da Associação dos Servidores da Agência Brasileira de Inteligência Brasília-DF
Jornal da ASBIN
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O presidente da
Associação dos Servi-
dores da Abin, ASBIN,
Robson Vignoli, partici-
pou da mobilização.
Agosto foi mar-
cado por greves e ma-
nifestações de vários
setores do funciona-
lismo público federal.
A Condsef anunciou o
fim da greve no dia
28 de agosto, após
18 categorias concor-
darem com proposta.
A ASBIN e AOFI, juntamente com a Co-
missão de Revisão Salarial da ASBIN, aceita-
ram o reajuste proposto pelo governo federal,
em reunião no dia 28 de agosto, às 10 horas.
O reajuste será aplicado no índice de 15,8%
corrigidos no Subsídio, Vencimento Básico e
nas Gratificações GDAIN e GDACABIN dos
servidores integrantes do Plano de Carreira e
Cargos da Abin.
“Se competir fos-
se mais importante do
que ganhar, o que expli-
ca as lágrimas e o de-
salento dos que perde-
ram? Porque a mídia
televisiva veicula que
vencer certa seleção
estrangeira é sempre
bom?”
Reajuste Salarial
Indefinições do Governo, pressões de categorias de classe, sindicatos, greves em todo o país, fazem
com que algumas mudanças sejam necessárias
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Ministério do Planejamento
recebe ASBIN, AOFI e
Condsef para negociação
O presidente da
ASBIN propôs um
reajuste de 8,71%
em 2013, 8,01% em
2014 de 7,42% em
2015.
Greves e manifestações em
todo o país marcam agosto C
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ASBIN participa de evento
em apoio à PEC 555
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Artigo: O USO POLÍTICO DO
ESPORTE
ASBIN e AOFI aceitam proposta governamental de 15,8%
Cré
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O presidente da Associação dos Servidores
da Abin, ASBIN, Robson Vignoli, participou da
mobilização realizada por entidades representa-
tivas de classe pela aprovação da Proposta de
Emenda à Constituição 555/2006, no dia 7 de
agosto, no
auditório Ne-
reu Ramos,
da Câmara
dos Deputa-
dos, em Bra-
sília. Promo-
vido pelo Mo-
vimento Na-
cional dos
S e r v i d o r e s
Públicos Apo-
sentados e
Pensionistas
(Mosap), com
apoio da As-
sociação Na-
cional dos
Auditores Fis-
cais da Re-
ceita Federal
do Brasil
(Anfip), o en-
contro reuniu centenas de pessoas.
O líder do Bloco Parlamentar PR/PT do B/
PRP/PHS/PTC/PSL/PRTB, deputado federal Lin-
coln Portela, enviou ofício ao presidente da AS-
BIN, no dia 21, onde registra que vê com muita
simpatia a aprovação da PEC 555, entretanto,
informa que não existe previsão para que seja
apreciada no Plenário. “Independentemente dis-
so, asseguro que farei a injunções junto ao Colé-
gio de Líderes e à Presidência desta Casa para
que possamos concluir a votação desta matéria
no prazo mais exíguo possível”, compromete-se
o deputado Lincoln Portela.
Originalmente de autoria do ex-deputado
Carlos Mota, a PEC revoga o artigo 4º da Emen-
da Constitucional 41/2003, extingue gradativa-
mente a cobrança de contribuição previdenciá-
ria de 11% sobre o benefício de inativos que ex-
cede o teto do Instituto Nacional do Seguro Soci-
al (INSS) de R$ 3916,00 dos servidores públicos
aposentados e pensionistas. A intenção é redu-
zir a alíquota de contribuição em 20% ao ano, a
partir dos 61 anos até sua completa extinção
aos 65 anos de idade do beneficiário. A regra
vale para todos os aposentados e pensionistas
do serviço público, em todos os níveis de gover-
no (federal, estadual e municipal). Os servidores
aposentados por invalidez permanente ficam
isentos da cobrança.
“O servidor já contribuiu para o sistema
previdenciário durante toda a vida para receber
a aposentadoria e segue sendo taxado depois
de aposentado, uma vez que a nova contribui-
ção não se reverte em novo benefício”, comenta
o presidente da ASBIN. Segundo a Agência Câ-
mara, “a proposta já foi aprovada por comissão
especial e está pronta para análise do Plenário”.
O secretário de Políticas da Previdência Social,
Leonardo Rolim, defendeu a contribuição de 11
%. Ele afirma que, considerando apenas a previ-
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Presidente: Robson Vignoli
Jornalista responsável: Ana Carolina Madeira
SC—01554-JP
Editoração e Revisão: Ana Carolina Madeira
Tiragem – 2 000 exemplares
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não refletem, necessariamente, a posição
da associação. Por motivo de espaço ou
clareza poderão ser reduzidas.
Jornal da ASBIN
Informativo da Associação dos Servidores da
Agência Brasileira de Inteligência
SERVIDOR
PEC 555/2006: ASBIN participa de mobilização
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Entidades apoiam texto que prevê desconto anual a partir dos 61
anos até zerar aos 65 anos.
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SERVIDOR
dência pública federal, o déficit foi de R$ 54 bi-
lhões em 2011.
Já o relator do parecer vencedor na comis-
são especial, deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB
-SP), contesta os números. "A Seguridade Social
em 2011 teve um superávit de R$ 77 bilhões;
mas querem dizer que ela está quebrada para
fazer o jogo da previdência privada." De acordo
com o presidente do Movimento Mosap, Edison
Guilherme Haubert, a meta é votar a PEC no Ple-
nário da Câmara. “Nosso objetivo é que cada
parlamentar apresente um requerimento ao pre-
sidente da Câmara, Marco Maia, para que ele
coloque a PEC em discussão no Plenário”, desta-
cou.
O presidente da ANFIP, Álvaro Sólon de
França, adiantou ao site do Movimento Mosap
que a contribuição dos inativos não é um tema
econômico. “Esta não é uma decisão econômi-
ca. De 2005 até agora, a contribuição dos inati-
vos representou apenas 10% das renúncias fis-
cais concedidas a empresários, banqueiros, ban-
cos quebrados. São somente cento e poucos
milhões de reais que são tirados dos aposenta-
dos e pensionistas e que fazem muita falta a
eles, mas que no orçamento do governo não re-
presentam nada”, frisou.
A principal justificativa dos governos que
aprovaram as reformas da Previdência e do atu-
al governo, que busca, uma vez mais, penalizar
os servidores públicos, é a alegada necessidade
de cobrir o “rombo” da Previdência Social. Tal
argumento não procede. De acordo com traba-
lho realizado pela Anfip e pela Fundação Anfip, a
Seguridade Social tem superávit todos os anos.
Em 2011, o superávit foi de R$ 77 bilhões. Além
de as receitas superarem as despesas e dos bi-
lhões que deixam de ser arrecadados por meio
das renúncias previdenciárias – R$ 21 bilhões
só em 2011, por meio da DRU (Desvinculação
das Receitas da União) são retirados da verba
da Seguridade Social mais de R$ 52 bilhões ao
ano. As contribuições, que deveriam ter uma
destinação específica - a saúde, a assistência
social e a Previdência - são desviadas e
“alocadas” onde o governo bem entender. “Acho
que só votaremos depois das eleições”, disse
Arnaldo Faria de Sá.
Leonardo Prado/Mosap
DIA DOS PAIS
A Associação
dos Servidores da
Abin (ASBIN), neste
dia dos pais, tem a
honra de homena-
gear aquele que se
propôs a tarefa de
educar e cuidar de
uma família.
O maior pre-
sente que pode ser
ofertado aos pais é
a gratidão por anos
de atenção, paciên-
cia, carinho e amor
incondicional. Para-
béns aos pais!
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ECONOMIA
O Ministério do Planejamento recebeu na
manhã do dia 24 de agosto os presidentes da
ASBIN e AOFI e os diretores da Condsef, para
negociação de acordos salariais. O objetivo do
MP foi encerrar as reuniões com os representan-
tes das entidades que representam os servido-
res para que o ministério pudesse redigir a pro-
posta de lei orçamentária anual, a ser encami-
nhada ao Congresso Nacional até sexta-feira
(31).
O presidente da ASBIN propôs um reajuste
de 8,71% em 2013, 8,01% em 2014 de 7,42%
em 2015, o que daria um acumulado de
26,13% do IPCA de reajuste de perda da infla-
ção dos últimos cinco anos escalonados em três
anos. Discutiu também, a inclusão dos servido-
res nas carreiras, a redução dos padrões da ta-
bela salarial de 26 para 13, a fusão das tabelas
salariais e adicional de fronteiras. A secretária
Adjunta de Relações de Trabalho no Serviço Pú-
blico, Marcela Tapajós e Silva, disse que deixarí-
amos para um segundo momento e manteve a
proposta de 15,8%, em três anos.
A duas entidades não aceitaram o acordo.
Segundo os representantes da Agência Brasilei-
ra de Inteligência - ABIN a proposta foi levada a
suas Diretoria Executiva e a Comissão de Revi-
são de Salário da ASBIN, na terça-feira (28/08)
às 10 horas. As duas entidades se reuniram pa-
ra discutir o acordo, se aceitariam ou não, e às
17 horas se reuniram com o Planejamento para
informar a decisão.
Ministério do Planejamento recebe ASBIN, AOFI e Condsef
para negociação salarial
A suspensão temporária da nomeação de
aprovados em concursos poderá interromper a
contagem do prazo de validade da seleção. A
Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania
(CCJ) já está pronta para votar proposta de e-
menda à Constituição (PEC 22/2011) do sena-
dor Wellington Dias (PT-PI) que dá essa garantia
aos candidatos a um cargo público.
Wellington Dias resolveu apresentar essa
proposta quando o Poder Executivo, logo no iní-
cio do governo Dilma Rousseff, decidiu suspen-
der a realização de concursos públicos e a no-
meação de candidatos já aprovados. Na época,
dificuldades financeiras enfrentadas pela União
foram apresentadas como justificativa para ado-
ção da medida.
Segundo observou o parlamentar, essa de-
cisão causou desalento em centenas de aprova-
dos para cargos no serviço público federal. Em
muitos desses casos, o resultado do concurso já
havia sido homologado e os profissionais esta-
vam realizando curso de formação.
Fonte: Agência Senado
Suspensão de nomeação de aprovados poderá interromper
prazo de validade de concurso
ASBIN e AOFI aceitam proposta governamental de 15,8%
A ASBIN e AOFI, juntamente com a Comis-
são de Revisão Salarial da ASBIN, aceitaram o
reajuste proposto pelo governo federal, em reu-
nião no dia 28 de agosto, às 10 horas. O reajus-
te será aplicado no índice de 15,8% corrigidos
no Subsídio, Vencimento Básico e nas Gratifica-
ções GDAIN e GDACABIN dos servidores inte-
grantes do Plano de Carreira e Cargos da Abin.
O Ministério do Planejamento recebeu na
manhã do dia 24, os presidentes da ASBIN e AO-
FI e os diretores da Condsef, para negociação de
acordos salariais. Os servidores da Abin pediam
26,13% de reajuste, a redução dos padrões da
tabela salarial de 26 para 13 e a transformação
de sua remuneração em subsídio.
Um passo atrás para conseguir um futuro
promissor é a intenção da Associação dos Servi-
dores da Abin, ASBIN. Segundo notícia extraída
do Portal do Servidor Federal, “sob os efeitos do
curto-circuito provocado pelas greves, governo e
servidores medirão forças ao redor da folha sala-
rial da administração pública”.
Reajuste Salarial
Indefinições do Governo, pressões de categorias de classe, sindicatos, greves em todo o país, fazem
com que algumas mudanças sejam necessárias
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ECONOMIA C
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Diário Oficial da União erra ao divulgar remunerações
O Diário Oficial da União errou ao divulgar a
remuneração dos servidores da Abin, dividida
em dois projetos. A Mensagem nº 397, de 31 de
agosto de 2012, publicada no Diário Oficial da
União, em edição extra, no dia 31/08/2012, en-
caminhada ao Congresso Nacional com o Projeto
de Lei nº 4371 de 2012 e a Mensagem nº 396,
que na ementa não consta o nome Abin, porém
aparece somente no corpo do texto do Projeto
de Lei nº 4369/2012
A Associação dos Servidores da Agência
Brasileira de Inteligência (ASBIN), ao verificar a
Mensagem nº 397, de 31 de agosto de 2012,
publicada no Diário Oficial da União, em edição
extra, no dia 31/08/2012, constatou que a Pre-
sidência da República encaminhou ao Congres-
so Nacional Projeto de Lei nº 4371 de 2012, que
"Dispõe sobre a remuneração dos cargos das
Carreiras... de Oficial de Inteligência, Oficial Téc-
nico de Inteligência, Agente de Inteligência e A-
gente Técnico de Inteligência, de que trata a Lei
no 11.776, de 17 de setembro de 2008".
A referida mensagem e o Projeto de Lei tra-
tam de carreiras cuja remuneração é por meio
de subsídio. A Mensagem nº 396, de 31 de agos-
to de 2012 encaminha o Projeto de Lei nº 4369
de 2012 que dispõe sobre a remuneração e rea-
juste de Planos de Cargos e Carreiras do Poder
Executivo, ou seja, contemplando todos os servi-
dores ativos, inativos e pensionistas, incluindo
os servidores da Abin. Esclarecemos que na
Mensagem nº 396 em sua ementa não consta o
nome Abin o qual aparece somente no corpo do
texto do Projeto de Lei nº 4369/2012.
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ECONOMIA
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ECONOMIA
Rua Guilherme Pinto 141,
Bairro das Graças, CEP: 52 10
-210-Recife/PE
Desconto de 15% nas mensa-
lidades dos cursos de Gradua-
ção, Pós-Graduação e MBA.
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ECONOMIA
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ECONOMIA
Presidente da ASBIN rebate nota da AOFI O Presidente da Associação dos Servidores
da Agência Brasileira de Inteligência, ASBIN,
Robson Vignoli, emitiu nota de esclarecimento
quanto às declarações do Presidente da Associ-
ação Nacional dos Oficiais de Inteligência – AO-
FI, trazidas a público no dia 30 de agosto de
2012, através de comunicado enviado aos seus
associados.
O presidente da ASBIN discorda das colo-
cações. Esta questão já era motivo de preocupa-
ção da ASBIN desde o mês de outubro de 2011.
O presidente da AOFI disse no comunicado que,
“estivemos envolvidos nessa briga desde o início
de 2012. Desde o começo, nossa principal meta
foi não descolar das demais carreiras típicas de
Estado. Dado nosso tamanho e capacidade de
pressão, decidimos que a melhor alternativa se-
ria nos juntarmos à União das Carreiras Típicas
de Estado (UCE)”.
As afirmações visaram demonstrar que
apenas a AOFI e tão somente ela foi a responsá-
vel pelas negociações e pelo desfecho que resul-
tou no acordo com o Ministério do Planejamento
para a concessão de reajuste salarial de 15,8%
a todos os servidores da ABIN. A Diretoria Execu-
tiva da ASBIN, na pessoa de seu Presidente, dis-
corda destas colocações.O assunto já era motivo
de preocupação da ASBIN desde o mês de outu-
bro de 2011.
Em março de 2012 essa apreensão ga-
nhou corpo em razão do escasso tempo que ti-
nha a ASBIN para apresentar uma proposta de
reposição salarial. No mês de maio de 2012 o
secretário da SPOA/ABIN convidou Robson Vig-
noli para fazer uma apresentação da minuta das
tabelas elaboradas pela ASBIN, cuja reunião
também estavam presentes a Diretora do DGP/
ABIN, sua assessoria e o Presidente da AOFI.
“Foi apenas devido à mobilização da UCE
que o aumento oferecido foi possível. Tenham
isso bem em mente e se orgulhem do papel que
a AOFI teve nesse movimento”, conclui o comu-
nicado aos associados da AOFI.
Após o término da apresentação, a Direção
da ABIN solicitou a minuta e desta surgiu uma
nova tabela de salários dos servidores da ABIN e
que foi apresentada pela AOFI ao Ministério do
Planejamento. Como a tabela ainda não estava
de acordo com as pretensões da ASBIN, a mes-
ma foi rejeitada, tendo sido convocada uma As-
sembleia Geral Extraordinária com a finalidade
de formar a frente de trabalho que resultou na
criação de uma Comissão de Revisão Salarial da
ABIN. Com muito esforço dos colegas, foi apre-
sentada uma nova tabela que abrangesse todos
os servidores ativos, inativos e pensionistas da
ABIN e que fosse a mais justa e próxima do ide-
al.
“Fomos sim, convidados a participar da
mobilização de greve da outra associação, po-
rém recusamos com muita propriedade, pois
estávamos em negociação, junto ao Ministério
do Planejamento, para a inclusão dos servidores
do Grupo Informações e do Grupo Apoio nas Car-
reiras de Oficial e de Agente Técnico de Inteli-
gência”, responde o presidente da ASBIN, em
nota. Em agosto, houve vazamento das preten-
sões salariais dos servidores da ABIN, junto com
as de outras categorias e divulgadas na Revista
Veja. “A revista divulgou que queríamos ganhar
mais do que a Presidente da República, o que
não é verdade, pois a ASBIN tão somente proje-
tou os valores em cima dos ganhos da proposta
do Projeto de Lei nº 7749/2010”, explica Rob-
son Vignoli.
No dia 24 de agosto de 2012, foi realizada
uma reunião para se discutir o reajuste salarial
da Abin, onde se fizerem presentes, além da AS-
BIN, a AOFI e a Condsef. Na ocasião, a ASBIN
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ECONOMIA
mais uma vez, apresentou duas tabelas, sendo
uma com um reajuste de 22,74% com base no
IPCA de abril e outra de 26,13% relativa ao IPCA
de julho, em contraproposta aos índices ofereci-
dos pelo MP de 15,8%.
Tendo o Ministério do Planejamento esti-
pulado o prazo de 28 de agosto de 2012, às
18h, para informar da aceitação ou não da pro-
posta de reajuste de 15,8%, foi realizada naque-
le mesmo dia, às 10h, uma reunião na sede da
ASBIN para deliberar sobre o assunto. Na ocasi-
ão os representantes da ASBIN, por unanimida-
de, aprovaram a proposta de reajuste de 15,8%.
Estava presente à reunião o Presidente da
AOFI, que também se manifestou favorável aos
índices propostos pelo MP. Nessa mesma opor-
tunidade, foram lidos aos presentes os termos
do Ofício Conjunto assinado entre ASBIN e AOFI,
que de comum acordo aceitam o reajuste pro-
posto pelo Governo Federal. Vignoli destaca ain-
da, que continuam em discussão com o MP as
seguintes pautas: Inclusão nas Carreiras Técni-
cas de Inteligência; Redução dos padrões da ta-
bela salarial de 26 para 13; Fusão das tabelas
dos Níveis Superior e Instrutor e dos Níveis Apoi-
o e Monitor; e adicional de fronteiras.
A assinatura do Acordo Salarial da ABIN,
junto ao Ministério do Planejamento, envolvendo
a ASBIN e a AOFI, foi marcada para o dia 29 de
agosto às 14h30. Em razão das várias categori-
as ainda estarem discutindo e negociando o rea-
juste salarial naquele ministério, ficaram aguar-
dando serem recebidos pelos representantes do
MP, o que não aconteceu, tendo sido informa-
dos que ficassem de sobreaviso nos dias 30 e
31 de agosto para, a qualquer hora, serem cha-
mados para a assinatura do acordo.
“No dia 31 de agosto, por volta das 16h,
fomos avisados de que as tabelas de reajuste
da ABIN tinham sido enviadas para o Congresso
Nacional e que assinaríamos o acordo no dia de
hoje (03 de setembro) às 15h, o que pretende-
mos fazê-lo, caso não haja mais nenhum impre-
visto de parte do MP”, conclui a nota da ASBIN.
A intenção da Associação dos Servidores da Abin
é esclarecer os fatos, mas também buscar o en-
tendimento com as forças vivas que represen-
tam os interesses dos servidores da ABIN, aí in-
cluída a AOFI, pois entende que assim podem
alcançar objetivos comuns, como o reconheci-
mento da atividade e a valorização de seus ser-
vidores.
Revisão anual pode prejudicar o PL 6613/09
No fim de julho, a Câmara dos Deputados
iniciou a análise da PEC 185/12, de au-
toria do deputado Junji Abe (PSD-SP). A
proposta estabelece que o dia primeiro
de janeiro será a data para a revisão ge-
ral anual da remuneração dos servidores
públicos.
Ainda de acordo com a matéria, se
o governo não enviar ao Congresso o
projeto de lei prevendo a revisão até primeiro de
julho de cada ano, qualquer integrante do Con-
gresso poderá fazê-lo. Além disso, se o Congres-
so não votar o reajuste, não poderá entrar em
recesso, assim como já ocorre hoje com a Lei de
Diretrizes Orçamentárias (LDO).
Questionado se a proposta pode-
rá influir na tramitação do PL 6613/09
de forma negativa, o relator do PCS, o
deputado João Dado acredita que as
matérias são conflituosas. Para o par-
lamentar, o aumento linear irá atender
somente ao interesse do governo, que
é acabar com a negociação de propos-
tas específicas e com características divergen-
tes.
Texto extraído de: Anajustra e publicado no
Portal do Servidor Federal
Página 17 Jornal da Asbin
Greves e manifestações em todo o país marcam agosto
Agosto foi marcado por greves e manifesta-
ções de vários setores do funcionalismo público
federal. A Confederação dos Trabalhadores no
Serviço Público Federal (Condsef) anunciou que
após assembleia realizada nesta terça-feira (28
de agosto) foi aceita por 18 categorias a propos-
ta de reajuste salarial de 15,8% oferecida pelo
governo. O aumento será concedido ao longo de
três anos (2013, 2014 e 2015), ao ritmo de 5%
anual. Com isso, esse grupo de servidores deci-
diu encerrar a greve e retornar ao trabalho.
Até o dia 25, duas entidades aceitaram o
acordo. A Federação dos Sindicatos dos Traba-
lhadores das Universidades Públicas Brasileiras
(Fasubra) – representante dos técnicos adminis-
trativos – concordou com o aumento de 15,8%
parcelado até 2015. A Federação de Sindicatos
de Professores de Instituições de Ensino Superi-
or (Proifes), que representa os professores, acei-
tou reajuste de 25% a 40% para os docentes.
Grevistas priorizaram o Vencimento Básico
(VB) em detrimento das gratificações. O reajuste
em benefícios como auxílio alimentação e plano
de saúde também aparece como fundamental,
bem como garantir a continuidade do debate
sobre a equalização das tabelas salariais tendo
como parâmetro a Lei 12.277/10. O governo
tinha até o dia 31 de agosto para enviar propos-
tas ao Congresso Nacional com previsão orça-
mentária para 2013, porém ainda não havia en-
trado em acordo com a maioria das propostas
dos servidores, em greve em pelo menos 30 se-
tores.
Greve
A Condsef destaca que, para tentar alcan-
çar um consenso, é preciso assegurar um míni-
mo de garantias que seriam o limite para os ser-
vidores públicos. Após assembleia realizada nes-
ta no dia 28 de agosto, foi anunciado o fim da
greve.
O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-
SP) afirmou no dia 22 que o Congresso Nacional
deve ao país uma lei que regulamente a realiza-
ção de greves no setor público. A Constituição de
1988 fará 24 anos em outubro e o Brasil ainda
não conta com uma regulamentação do tema,
observa Aloysio Nunes, autor do PLS 710/2011,
ECONOMIA
Crédito: Condsef
Crédito: Sindprevspr
Página 18 Jornal da Asbin
ECONOMIA
que disciplina o exercício do direito de greve pre-
visto no inciso VII do artigo 37 da Constituição. O
projeto está na Comissão de Constituição, Justi-
ça e Cidadania (CCJ), onde foi redistribuído ao
senador Pedro Taques (PDT-MT) para emitir rela-
tório.
Corte de ponto
O Palácio do Planalto cortou o ponto de
11,4 mil servidores federais, ameaçou punir a-
gentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e não
aceitava negociar reajustes acima da proposta
de 15,8%, em três anos. Mesmo assim, a ade-
são à greve no setor público aumentou no dia 23
em todo o Brasil, sobretudo entre as Carreiras
Típicas de Estado.
Paralelo às buscas por propostas que pu-
dessem atender minimamente as demandas ur-
gentes dos servidores, a Condsef continua espe-
rando que o Supremo Tribunal Federal (STF) jul-
gue a ação protocolada pela entidade e suspen-
da imediatamente o corte de ponto promovido
pelo governo no contracheque de pelo menos 12
mil trabalhadores.
A assessoria jurídica da Condsef já solici-
tou uma audiência com o ministro Marco Aurélio,
designado relator da ação. O objetivo é expor as
razões que levaram a Confederação, juntamente
com outras entidades que representam trabalha-
dores do setor público, a solicitar a suspensão
urgente dessa medida.
Condsef apoia ASBIN
A entidade já participou de um encontro
para tratar demandas dos servidores da Abin.
Para a categoria, o Planejamento manteve a pro-
posta de 15,8%, divididos em três anos. Os servi-
dores da Abin pediam 26,13% de reajuste, a re-
dução dos padrões da tabela salarial de 26 para
13 e a transformação de sua remuneração em
subsídio. O Planeja-
mento disse que ou-
tras questões podiam
continuar sendo dis-
cutidas para o futuro,
mas que agora não
era possível avançar
mais do que o apre-
sentado.
Com Informações da
Agência Brasil, Cond-
sef, O Globo, Portal
do Servidor Federal e
Agência Senado
Greves e manifestações em todo o país marcam agosto
Crédito: Sindprevspr
Crédito: Sindisprevrs
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O USO POLÍTICO DO ESPORTE Bertrand Russel, em poucas palavras, disse
que dos infinitos desejos do homem, os principais
são o poder e a glória, o que, querendo ou não, en-
xergamos de certa forma na prática esportiva quando
a vontade política do Estado de disponibilizar para a
sociedade aberta os seus avanços tecnológicos, con-
tribuirá para a imposição da superioridade desse
mesmo povo sobre os demais, cobrindo-os de glória,
sob o olhar desolador dos vencidos.
O evento esportivo na sua magnitude é uma
prova indelével do homem como animal social, e ain-
da serve como alternativa para disputas entre cida-
des, estados e nações, não negando de forma algu-
ma tratar-se de um mecanismo de catarse, contribu-
indo para a redução das possibilidades de conflitos.
Assim pensaram os gregos quando chegaram a reu-
nir vários representantes das cidades-Estados (pólis)
– sempre em guerra – promovendo o entendimento
coletivo e a busca pela paz na realização dos Jogos
Olímpicos em 776 a.C.
Interessante é saber que a prática esportiva,
enquanto atividade política, é uma das formas do
exercício do poder, seja do dominador sobre o domi-
nado, ou, em raras oportunidades,como uma reação
heroica do mais fraco, contra o mais forte – o mito de
David e Golias –, que corrobora o sentimento nacio-
nal de coesão do vencido, na busca de um bem co-
mum, no caso, a vitória.
O assunto, sob essa ótica, deve estar fazendo
Pierre de Frédy (barão de Coubertain), criador dos
Jogos Olímpicos da Era Moderna, remexer no túmulo,
pois dizia ele: “O importante não é ganhar e sim com-
petir”, malgrado o ideário grego da integridade huma-
na expressa no lema: “Mente sã em corpo são”. Se
competir fosse mais importante do que ganhar, o que
explica as lágrimas e o desalento dos que perderam?
Porque a mídia televisiva veicula que vencer certa
seleção estrangeira é sempre bom? Seria esta uma
afirmação de que os outros são melhores? Ou é ape-
nas figura de retórica etnocentrista?
Então se conclui que o importante é vencer,
sempre, e não necessariamente competir. Vejamos o
caso do doping, as drogas que melhoram o desempe-
nho dos atletas e são proibidas pelas organizações
que regulam competições esportivas. Com o seu uso,
detonamos a máxima, “mente sã em corpo são”. Na
verdade, vive-se a ilusão esportiva, pois o doping é
uma ação antiética com o firme propósito de superar
o adversário. Isso reforça o pensamento de Friedrich
Nietzsche: “Todas as ações humanas são motivadas
pelo desejo de poder”.
Lembremos que vitórias legítimas ou alcança-
das com recursos antiesportivos ou com métodos
aéticos, propiciaram algumas vezes o seu uso como
elementos de propaganda política, comprovando o
esporte como instrumento de poder e a confirmação
sociocultural dos povos, independentemente dos re-
gimes políticos em vigor e da própria vontade ideoló-
gica de seus atletas, que, geralmente, pouco se inte-
ressam pelos meandros da política. É o que se vê nos
registros históricos de alguns casos, como o povo
alemão, durante os Jogos Olímpicos de 1936, realiza-
dos em Berlim, politicamente explorados pelo Tercei-
ro Reich.
Assim são as Copas do Mundo de Futebol, utili-
zadas como arma de propaganda ideológica pelos
governos militares. A Copa de 70, no México, vencida
pela fascinante Seleção tricampeã brasileira, em ple-
na luta contra a guerrilha em solo nacional. A Copa
de 1978, na Argentina, vencida pelos argentinos (de
forma até hoje questionada), permitindo aos líderes
da junta militar argentina, ganhar respaldo popular.
As Olimpíadas de 1980, em Moscou, boicotada pelos
Estados Unidos em protesto à invasão russa do Afe-
ganistão. A Olimpíada de 1984, em Los Angeles, boi-
cotada pelos russos em razão do boicote de Moscou.
Por outro lado, uma nação que coloca atletas
em diversas modalidades esportivas em destaque no
cenário internacional, demonstra a organização, dis-
ciplina, espírito de liderança, capacidade física, inte-
lectual, abnegação e nível de desenvolvimento, ca-
racterísticas indispensáveis de um povo vencedor. O
esporte não pode ser um meio de alienação política
do povo, nem tão pouco, um instrumento de poder
do Estado sobre o povo. Para 2014 e 2016 não de
pode tolerar, em nosso Brasil, a fixação da ideia da
célebre frase do imperador romano Vespasiano (69.
d.C): “Pão e circo para o povo”.
*Hércules Rodrigues de Oliveira – Professor universitário
ARTIGO
GERAL Página 20 Jornal da Asbin
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