Elementos básicos do
Plano de Mobilidade Urbana (Lei 12.587/2012, art. 24)
• I - os serviços de transporte público coletivo;
• II - a circulação viária;
• III - as infraestruturas do sistema de mobilidade urbana;
• IV - a acessibilidade para pessoas com deficiência e restrição de mobilidade;
• V - a integração dos modos de transporte público e destes com os privados e
os não motorizados;
• VI - a operação e o disciplinamento do transporte de carga na infraestrutura
viária;
• VII - os polos geradores de viagens;
• VIII - as áreas de estacionamentos públicos e privados, gratuitos ou
onerosos;
• IX - as áreas e horários de acesso e circulação restrita ou controlada;
• X - os mecanismos e instrumentos de financiamento do transporte público
coletivo e da infraestrutura de mobilidade urbana; e
• XI - a sistemática de avaliação, revisão e atualização periódica do Plano de
Mobilidade Urbana em prazo não superior a 10 (dez) anos.
Brasília: Uma nova dimensão
• Distrito Federal e a RIDE perfazem: a terceira área metropolitana do País
• Rumo a 7-10 milhões de habitantes
• Capital Política da América do Sul
• Brasília não é mais apenas um centro administrativo implantado no Planalto Central!
• Conjuntamente com Goiânia: novo epicentro econômico do País
• Cidade-força ou cidade-problema? Os problemas que se acumulam...
• Na ordem do dia: visão estratégica de longo prazo que leve em consideração a dimensão dos potenciais e dos problemas
• Por uma vigorosa política de crescimento e investimento, pautada em uma política consistente e ambiciosa de empreendedorismo urbano fornecerá o lastro econômico e financeiro para as políticas e os investimentos públicos.
Mobilidade:
um calcanhar de Aquiles • Sistema de mobilidade: fundamental para uma estruturação sadia
do espaço, para a qualidade de vida e para a atratividade dos investimentos
• problemas de caráter estrutural e gerencial.
• Problemas de caráter estrutural: – estrutura espacial desigual e superpolarizada pelo Plano Piloto
– melhorias no sistema de mobilidade que não contribuam para a redução dessa polarização excessiva não serão capazes de melhorar de forma sustentável os problemas de circulação e trarão, quando muito, alívios temporários em alguns eixos.
• Problemas gerenciais: deficiências nas ações governamentais no que tange – o transporte coletivo
– o sistema viário
– a circulação viária em geral
• Assim sendo, a política de mobilidade haverá de considerar ações tanto de transformação do espaço quanto de melhoria na circulação.
Motorização em MASSA!
• Fenômeno mundial chega ao Brasil
• Vinculado ao aumento da renda
• Busca de maior liberdade espacial e reconhecimento social
• Industria automobilística (incl. motocicletas) ainda componente crucial em uma política industrial (anticíclica)
• Cidades brasileiras NÃO estão preparadas!
Para começar: por uma nova
estruturação espacial
• reconstrução do espaço metropolitano a partir de uma de pólos
• Pólo central do Plano Piloto: preservar patrimônio histórico e consolidar papel de Capital Federal
• Ao mesmo tempo, consolidar uma rede de pólos de descompressão a partir das vocações econômicas existentes e novas
• Meta:
– reduzir o desbalanceamento espacial, circulatório, econômico e social
– dinamizar de forma mais apropriada a economia local (explorar economias de aglomeração nos pólos descentrais)
Rede de Pólos de
descompressão
Brasília (PP,
Cruzeiro,
Guará, Lagos,
Paranoá) Colorado
Sobradinho
Planaltina
Complexo N:
Planaltina GO
São João
Complexo NE
Formosa,
Alvorada
Complexo NO
Brazlândia,
Águas Lindas,
Padre Bernardo
Taguatinga,
Ceilândia,
Samambaia,
Recanto,
Riacho Fundo
Complexo SO
Santo Antônio,
Abadiânia,
Alexânia
Gama
Santa Maria
Complexo SE
Valparaíso,
Luziânia
J Botânico
S. Sebastião
Complexo E
Unaí
Uma cidade sobre trilhos!
• O esqueleto da mobilidade tem de ser fornecido por uma rede densa de transporte de massa de alta qualidade e capacidade.
• Preferencialmente operada em sistemas guiados – sistemas metro/ferroviários
– Complementarmente: ônibus de alta qualidade circulando em corredores com operação controlada centralmente
• Em anexo: proposta elaborada para o Foro Estratégico (Secretaria de Desenvolvimento Econômico do GDF)
• Implantação em diversas etapas
Implantação por meio de
projetos urbanos estruturantes
• Relacionar financiamento de infra-estruturas com
desenvolvimento econômico das cidades
• Assegurar sustentabilidade fiscal
• Operações Consorciadas Urbanas: OK, mas...
• Não confiar apenas da valorização imobiliária!
• Construir de forma participativa cidades e vias e
espaços públicos de qualidade
• De olho na mobilidade sustentável
• Fomentar o empreendedorismo de diversos estratos
sociais
• Respeitar iniciativas econômicas da população!
Estações com forte impacto
urbano e com
aproveitamento comercial
Preocupação com
mobilidade e
acessibilidade
Calçadas com
conforto e tratamento
urbano arrojado
Painel com
informações sobre a
disponibilidade de
vagas
Permissão para
passagem de
tráfego local VLT em perfeita
harmonia com os
pedestres
Grandes edifícios
espaçados ao
longo do eixo
ONDE A BATALHA ESTÁ SENDO
PERDIDA!
• Desinformação
• Falta de confiabilidade
• Insegurança
• Desconforto
Estamos perdendo para o carro!
• Engarrafamento
• Falta de conforto
• O usuário se sente “pobre”
• Acesso fácil ao transporte privado
• Investimentos priorizam o transporte
individual
Enquanto a “SOLUÇÃO” não vem...
• Necessidade de melhorias imediatas
• Partir do sistema existente (ônibus)
• Mínimo de investimento e problemas
institucionais
- Mínimo de investimento em infra-estrutura
- Uso de veículos convencionais
investir na melhoria da
QUALIDADE
saida
PLANO DE MELHORIA DA GESTÃO
DE TRANSPORTE COLETIVO
1. Investimentos imediatos em transportes coletivo e reserva emergencial de faixas seletivas
2. Redesenho da rede de transporte coletivo (com base nos novos contratos)
3. Linhas H (ver adiante)
4. Plano operacional participativo e de controle público da operação (CCO)
5. Plano de informação (Lei da Mobilidade, art. 14,III)
6. Acessibilidade universal (aliado a plano de calçadas)
7. Sistema de controle econômico
8. Política de regulação e gestão dos contratos
Investimentos e
reforma da rede
Interessante técnica de redesenho de rede https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=Gdigt-
sIDZQ)
CORREDORES BRT SUL BRT NORTE METRÔ AEROPORTO
OPERAÇÃO H
Entre um ônibus e um BRT muita coisa pode ser feita......
ACELERAÇÃO CONFIABILIDADE
INFORMAÇÃO • CORREDORES DE ÔNIBUS
• OPERAÇÃO CONTROLADA
• INFORMAÇÃO
OPERAÇÃO H: Componentes
1. Corredores exclusivos para ônibus
2. Controle operacional tri-partite: órgão-
empresa-usuário
3. Informação prévia e em tempo real
OPERAÇÃO H: Em que consiste
• Corredor temporário e concentrado nos eixos principais
• LINHAS ESPECIAIS (H)
• Faixas exclusivas nos picos
• Restrição ao transporte de carga
• Fora do pico: tráfego livre
• Durante o pico, algumas linhas podem ser suprimidas (ou não)
• Linhas H têm informação completa e operação controlada
OPERAÇÃO H: Em que consiste
• A implantação da operação deve ser
paulatina:
1.Implantação do corredor
2.Implantação do sistema de controle
operacional (CCO, vistoria rigorosa)
3.Informação ao usuário
Experiência Smartbus
http://www.youtube.com/watch?v=t_0l0tGI2Iw
É IMPORTANTE...
• Em cada etapa:
– FORTE COMUNICAÇÃO COM O
PÚBLICO
– Cooperação entre órgão gestor, viário e
de trânsito
– Cooperação entre Poder Público e
empresas
TRANSPORTE
PÚBLICO
LINHAS H
• Controle por CCO e vistoria prévia reforçada dos veículos empregados na empresa (Zero-Quebra)
• Freqüência previsível (5, 10 ou 15 minutos)
• Não é o veículo que tem de ser especial e sim a operação
• Podem ser o início da recuperação de todo o sistema de linhas, hoje sem controle efetivo
• Preparação técnica para cumprimento das normas da Lei de Mobilidade Urbana sobre informações aos usuários
Desenvolvimento planejado do
sistema viário:
evitar colcha de retalhos!
• Partir do planejamento urbano
• Estrutura hierarquizada – vias expressas
– vias arteriais
– vias principais
– vias coletoras e locais
PLANO DE ADEQUAÇÃO
DO SISTEMA VIÁRIO • Investimento viário: não é apenas uma
política em favor do transporte individual!!!
• Transporte econômico e público, assim como outras infra-estruturas urbanas, e o próprio desenvolvimento espacial necessitam de uma ossatura viária coerente!
• Engarrafamentos podem ser produzidos apenas por gargalos viários (caso do DF)
• Erros de engenharia tornam anulam os efeitos do investimento, se não piorarem a situação
PLANO DE ADEQUAÇÃO
DO SISTEMA VIÁRIO
• Levantamento dos gargalos e das descontinuidades
• Projetos em pauta (a avaliar sua propriedade!!!) – Interbairros
– Quarta ponte
– Ligações entre Recanto das Emas, Samambaia e Ceilândia
– Túnel de Taguatinga
– Redução de gargalos (passagens elevadas ou subterrâneas)
Interbairros
• Projeto de Jayme Lerner: graves disfuncionalidades – Função não clara
(via principal ou expressa?)
– Confluência crítica no Plano Piloto
– Necessidade de combinar funções e melhorar a chegada no Plano Piloto
Quarta ponte e nova
ligação Lago Norte-
Sobradinho
• Investimento fundamental para o
programa DF-Oeste
• Já previsto no Plano Diretor de Transporte
Urbano (ver acima)
• Combinar com a implantação do sistema
de transporte de massa (monotrilho)!!!
SISTEMA VIÁRIO
DESCONSIDERAÇÃO DO
TRANSPORTE PÚBLICO A PARTIR
DA AVANIDA COMERCIAL,
INVIABILIZANDO CONTINUIDADE DA
LINHA VERDE
MÚLTIPLOS CONFLITOS
DE CONVERSÃO EM
ESPAÇO REDUZIDO,
PROVOCANDO
RETENÇÕES E RISCOS
FLUXO LOCAL MERGE NA FAIXA DE
VELOCIDADE DA PISTA PRINCIPAL,
PROVOCANDO RISCO DE ACIDENTE
SISTEMA VIÁRIO
Túnel de Taguatinga e o jogo dos sete erros
Obra viária essencial, mas tecnicamente errada!
Eliminação de gargalos
• Exemplo da Estrada Parque do Setor Gráfico e a Praça do
Buriti
• Projetos existentes com gravíssimos erros de concepção
em termos de desenho das interligações entre artérias
• Compatibilizar soluções com estratégia para o transporte
público!
SISTEMA VIÁRIO
Alças de raio demasiadamente reduzido na travessia da Praça do
Buriti
Acumulo de entrelaçamentos de fluxos
em espaço reduzido
PLANO DE GESTÃO VIÁRIA E DE
CONGESTIONAMENTO
• Otimização dos tempos de sinal
• Gestão de artérias (melhoria da
Engenharia de Trânsito)
• Gestão de intempéries
• Gestão de áreas de obras
• Gestão de demanda e informação aos
motoristas
PLANO DIRETOR DE
ESTACIONAMENTO
• Diagnóstico das necessidades (diversos tipos)
• Política geral de oferta de vagas
• Regulação do uso (duração, veiculos permitidos, vagas especiais, penalidades etc.)
• Regulação econômica (concessão, preços e formas de pagamento)
• Readequação da circulação e das vias em torno dos polos de estacionamento
• Sistema de informação de disponibilidade de vagas
Estacionamento: Plano Diretor
Exemplo: readequação do uso do espaço viário com aumento do
espaço público nas entrequadras da Asa Norte
PLANO DE LOGÍSTICA URBANA
• Regulação de acesso de caminhões nas
áreas centrais (VCU)
• Informação das condições viárias e de
circulação
• Definição de áreas de cargas e descargas
• Centros de distribuição: cuidado!!!
• Diálogo, diálogo, diálogo!!!
• Fórum permanente
PLANO DE
REGULARIZAÇÃO DE
CALÇADAS
• Elemento fundamental para a
mobilidade sustentável e
acessibilidade universal
• Desprezo (classista) pelo pedestre
• Problema complexo e politicamente
critico
• Cultura de apropriação de espaço
público tanto por particulares quanto
pelo próprio poder público (postes,
árvores etc.)
• Necessidade de readequação das
interfaces entre espaços públicos e
privados
PLANO DE
REGULARIZAÇÃO DE
CALÇADAS
1. Etapa de conscientização e discussão junto à comunidade,
especialmente à grupos envolvidos com a defesa e a prática
do ciclismo
2. Levantamento da situação atual das calçadas
3. Levantamento das necessidades e fluxos de pedestres
4. Definição de distritos diferenciados, onde as ações serão
definidas em função das características e necessidades
específicas das áreas abrangidas
5. Estabelecimento de diretrizes, objetivos, e normas e
padrões para o desenho de calçadas e cruzamentos para os
diferentes distritos;
6. Por distrito, desenvolvimento de um programa de calçadas e
de cruzamentos adaptados às circunstâncias e
necessidades específicas
PLANO DE
REGULARIZAÇÃO DE
CALÇADAS
7. Definição de projetos prioritários
8. Desenvolvimento do plano de financiamento dos programas
de cada distrito e dos projetos prioritários, inclusive a
responsabilização de diversos atores;
9. Implementação de projetos prioritários;
10. Definição do quadro institucional e regulatório para a
implementação dos programas distritais;
11. Implementação dos programas distritais
12. Instituição de um sistema de monitoramento e avaliação do
estado das calçadas e cruzamentos
13. Avaliação do Programa
PLANO DE EXPANSÃO DO SISTEMA
CICLOVIÁRIO
• Já contido no Plano
Diretor de Transporte
Urbano
• Necessidade de
extensão a todas as
cidades
• Grande expansão
nesse governo,
embora com falhas
técnicas
• Necessidade de
correções e extensão
• Novamente: dialogar,
dialogar, dialogar!!!
PLANO DE EXPANSÃO DO SISTEMA
CICLOVIÁRIO
• Diagnóstico do sistema atual, analisando-se os avanços, mas também os defeitos e problemas não apenas com relação à concepção e a à construção, mas também ao efetivo uso; avaliação das lacunas de atendimento;
• Definição das diretrizes, objetivos e metas de atendimento;
• Levantamento dos fluxos e necessidades, a partir de contagens e entrevistas;
• Estabelecimento de padrões construtivos e de elementos acessórios, inclusive para estacionamento de bicicletas;
PLANO DE EXPANSÃO DO SISTEMA
CICLOVIÁRIO
• Desenvolvimento do plano cicloviário, contendo as ciclovias, cruzamentos, obras especiais,sinalização, equipamentos para estacionamento; e outros acessórios;
• Elaboração de projetos de ciclovias, estacionamentos e obras especiais (obras de arte, para travessia de cursos d`água e elevações), sinalização e demais acessórios;
• Plano de financiamento;
• Integração institucional;
• Priorização dos investimentos;
• Implantação dos investimentos;
• Implantação de sistema participativo de monitoramento das ciclovias.
Conclusão
• Mobilidade: visão sistêmica
• Vários elementos envolvidos
• Relacionar com o futuro da cidade
• Que cidade queremos? Que geografia?
• PROJETOS ESTRUTURANTES
• O sistema viário como canal de
escoamento e como ESPAÇO PÚBLICO
• VIAS COMPLETAS
• Joaquim José Guilherme de Aragão
• IMAGINEBRASIL
• www.facebook.com/engenhariaterritorial
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