Download - Jardinagem para leigos e experts

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Flores que perfumam as noites

Poucas pessoas conseguem apreciar o desabrochar das flores noturnas. Cultivadas em praças, jardins, muros e vasos, sempre é possível encontrar uma que se adapte ao espaço disponível. Para o plantio em vaso, o antúrio-cristalino (Anthurium crystallinum) é recomendado pois, além da floração que exala delicioso perfume ao entardecer, as folhas aveludadas em forma de coração, com nervuras e estrias prateadas, são muito decorativas e se desenvolvem bem em terraços ou junto a janelas ensolaradas. Uma boa sugestão para vasos é o jasmim-cacto (Cryptocereus anthonyanus), que pode ser cultivado como planta trepadeira ou pendente. Suas folhas em forma de lâminas com bordas denteadas e sem espinhos, constituem verdadeiras esculturas. As flores grandes, com 10 a 12 cm de diâmetro, são róseoavermelhadas e exalam um suave perfume. A princesa-da-noite (Selenicereus pteranthus) é outra cactácea trepadeira de caule longo. As flores, brancas na parte interior e amarelo-ouro na exterior, medem de 20 a 30cm de comprimento e de diâmentro. Existe outra princesa-da-noite (Selnicereus grandiflorus), também cactácea de caules difusos e trepadores, que produz flores de cerca de 20cm de comprimento, externamente róseas ou salmão e internamente brancas. Seus botões florais começam a inchar por volta das 15 horas e, às 22, a flor já está toda aberta e exalando um perfume de baunilha. No início da madrugada, as flores começam a se fechar e pela manhã, resta uma flor murcha e pendente.

Ainda dentro da família dos cactos, vale citar as flores da rainha-da-noite (Hylocereus undatus). Quando desabrocham, são por si só um verdadeiro espetáculo. A boa-noite (Ipomoea bonanox) é uma trepadeira de densa folhagem. Suas flores são brancas, perfumadas, de tamanho descomunal (cerca de 15cm de diâmetro), abertas como se fossem um prato. Quando suas flores desabrocham, produzem um curioso barulho. Fenecem na manhã seguinte, quando o sol começa a aparecer.

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A conhecida dama-da-noite (Cestrum nocturnum) é um arbusto que cresce e se ramifica rapidamente. Quando floresce, ao entardecer, fica coberta por cachos de flores miúdas com um colorido suave entre o amarelo e verde-limão. É cultivada em locais próximos a entradas, portões, portas e cercas, uma vez que seu perfume intenso e adocicado pode ser sentido por todos a grandes distâncias, principalmente à noite. Por essa razão, não deve ser plantada próximo a janelas de dormitórios, pois seu forte perfume pode provocar dores de cabeça se aspirado continuamente.

Para espaços maiores, é muito cultivada a vigorosa ipoméia trepadeira florda-lua (Calonyction aculeatum). Suas flores brancas tubulares permanecem fechadas durante o dia, abrindo ao anoitecer. A popular cica (Cycas circinalis) parece uma palmeirinha e sua flor lembra um abacaxi grande. Dura vários dias, desprendendo um intenso aroma assim que escurece. Algumas dracenas, quando adultas, soltam espigas às vezes imperceptíveis, mas repletas de minúsculas flores que, durante a noite, exalam intenso e adocicado perfume. Apesar de termos mencionado plantas cujo florescimento se dá à noite, é muito importante que durante o dia todas elas recebam bastante sol, a fim de que se desenvolvam com vigor e produzam muitas flores.

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Cercas-vivas: defensivas e ornamentais

Quando se pensa em plantar uma cerca-viva, a finalidade maior é a de contenção, ou seja, a de dificultar a transposição, mas ao mesmo tempo há o objetivo de utilizar a planta para fins ornamentais. O Sansão do Campo (Mimosa caesalpiniaefolia) é um dos mais perfeitos arbustos para a formação de cerca-viva devido ao seu rápido crescimento (atinge 3 metros em 15 meses), seus espinhos e suas flores, sua vida útil superior a 50 anos e sua madeira nobre que atinge 10 cm de diâmetro de puro cerne, tornando-o um excelente quebra vento e retentor de poeira de estrada.

Além de não ser tóxica, a cerca-viva feita com o Sansão do Campo, é resistente ao fogo e, mesmo se vítima de incêndio, rebrota em seguida, desenvolvendo o mesmo porte em aproximadamente um ano. Por ser uma planta perene e não precisar de poda dispensa manutenções periódicas. Seu plantio deve ser feito com 10 cm de espaçamento entre as plantas. Dessa forma, os troncos se encostarão formando uma “muralha” indevassável e intransponível, contendo com eficiência: pessoas, aves e animais de pequeno e grande porte (galinhas, pintinhos, gado nelore, búfalos, cavalos, etc). A maneira correta de plantar cerca-viva: Pode-se fazer covas individuais ou cavar uma espécie de trincheira comum a todas. Na última alternativa, o trabalho tanto no plantio quanto na distribuição do adubo, é mais facilitado. Se o espaço a ser utilizado for grande, pode-se também plantar em zigue-zague ou em fila dupla indiana. Dessa forma, o “fechamento” será bem mais acelerado. Outras sugestões de arbustos com espinhos para cerca de contenção: Duranta (Durantarepens) - arbusto lenhoso com inflorescências recurvadas com muitas flores pequenas, azuladas ou brancas, seguidas de numerosos frutos amarelos. Planta rústica e pouco exigente.

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Flamboyanzinho-de-jardim (Caesalpinia pulcherrima) - árvore de pequeno porte, floresce pelo menos quatro meses durante o ano; com flores alaranjadas. Primavera roxa miúda (Bougainvillaea glabra) - arbusto lenhoso, com flores pequenas róseas ou lilases em inflorescências terminais, formadas principalmente no outono e inverno. Piracanta (Pyracantha coccinea) arbusto de textura lenhosa com numerosas inflorescências, flores pequenas brancas que resultam em frutos vermelhos ou amarelos, que permanecem por longo tempo na planta. Arbustos sem espinhos para cercas ornamentais: Murta (Murraya paniculata) árvore de pequeno porte, bastante ornamental, de crescimento moderado. Com flores brancas que possuem um perfume delicioso, seus frutos vermelhos são muito atrativos para pássaros. Acerola (Malpighia glabra) árvore frutífera de pequeno porte, que atinge 4 metros. Pimenta-da-jamaica (Pimenta dioica) árvore de médio porte, com folhas que possuem cheiro delicioso, que lembra uma mistura de cravo e canela. Cipreste (Cupressus arizonica ou Cupressus sempervirens). Toda cerca-viva requer um tempo para se fechar por completo e isso depende do tipo de solo, de boa e adequada adubação e de tratos culturais a serem empregados, dependendo do tipo da planta.

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Verão x Bromélias

Como o verão chegou com força total, com temperaturas mais altas e maiores freqüência de chuvas, inicia-se o problema que enfrentamos todos os anos: a dengue. E como medida de prevenção, já sabemos que não devemos deixar água limpa se acumular permitindo a procriação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença, certo? E muitas vezes surgem a dúvida: e as bromélias? Devem ser eliminadas? A resposta é não. Mas para entendermos vamos conhecer melhor esta espécie presente atualmente em tantos jardins. As bromélias, plantas da família Bromeliaceae, são exclusivas do continente americano, principalmente América do Sul e Central. No Brasil há aproximadamente 1200 espécies nativas já catalogadas, que ocupam praticamente todos os ecossistemas brasileiros. As bromélias possuem diferentes hábitos. Muitas são epífitas, ou seja, vivem sobre os troncos de árvores, o que leva muitas pessoas a denominá-las como parasitas. Mas isso não é verdade! Elas não retiram seu alimento dessas árvores, apenas as utilizam como suporte. De acordo com a paisagista Simone Grangeiro, “pela sua beleza e potencial ornamental, muitas bromélias são utilizadas em paisagismo, como por exemplo: Aechmea, Billbergia, Alcantarea, Guzmania, Neoregelia, Vrisea, dentre muitas outras. Devido a este potencial muitas populações de bromélias vem sendo ameaçadas pela coleta indiscriminada de exemplares para serem vendidos e utilizados em jardins residencias e projetos paisagísticos levando inúmeras espécies a riscos de se extinguirem na natureza”. A arquiteta e paisagista Emmília Cardoso afirma que a maioria das espécies de bromélias possuem as folhas crescendo em rosetas e formando um tanque ou copo onde se acumula água da chuva. Este tanque é fundamental para a sobrevivência da planta, pois é dele que ela absorve água e nutrientes que foram carregados até ali pelo vento ou então proveniente de matéria orgânica, como folhas caídas, por exemplo, que se decompôs liberando os nutrientes. E por essas características as bromélias fornecem um ambiente adequado para inúmeras formas nativas de vida, que vão desde organismos microscópicos, até pequenos sapos, aranhas, lesmas, besouro, centopéia e minhocas. Algumas dicas: - Para poucas bromélias em casa ou no apartamento: a água deve ser trocada pelo menos duas ou três vezes por semana; - Para muitas bromélias em vasos ou plantadas no chão, em jardins (prédios, empresas etc.): Recomenda-se o inseticida natural comercial chamado Natural Camp que deve ser pulverizado uma vez por semana. Não há perigo para animais domésticos e para o homem;

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- Para colecionadores e produtores de bromélias : já realizam combate sistemático a pragas e, com isso, aplicam inseticidas com frequência. Não há notificação de focos em qualquer desses estabelecimentos. Agora você não tem mais motivos para se desfazer de sua bromélia, aproveite estas dicas e cuide para que elas continuem embelezando o seu jardim!

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Jardim vertical é opção para agregar verde à decoração

Plantas são sempre bem-vindas aos projetos de decoração. Conferem tranqüilidade e frescor, além de emprestar aos ambientes a beleza das cores e dos formatos de suas folhas e flores. Engana-se quem pensa que ficam restritas aos tradicionais vasos e jardins. Uma das apostas é que tomem conta até mesmo de paredes, formando jardins verticais. A diferença entre eles e os muros verdes compostos de trepadeiras é que as espécies não são plantadas no solo. Desenvolvem-se na fibra de coco, por exemplo, aplicada no local escolhido para enfeitarem, ou em vasos. O botânico francês Patrick Blanc é considerado o precursor da ideia. Criou esse tipo de jardim após observar que vegetais vivem em penhascos, entradas de cavernas e rochas. Para driblar o problema do crescimento das raízes, que pode danificar as paredes, concluiu que basta oferecer água regularmente. Assim, espalham-se apenas na superfície. Blanc conta com uma lista de trabalhos verticais, como a fachada do Museu do Quai Branly, em Paris, França. Entre seus futuros projetos está decorar o Museu de Arte de Miami, nos Estados Unidos, em 2011. No Brasil, a moda também pegou. Residências e estabelecimentos lançam mão da técnica para darem um toque natural. Local Os jardins verticais são uma boa alternativa para ambientes pequenos, que não comportam espaço para o cultivo de plantas no chão. Também marcam presença em locais amplos. Nesse caso, é interessante colocar quadros de madeira rústica com vasos, porque pode combinar várias opções de texturas e formas para não ficar monótono. Mas como saber se combinam com sua casa? O verde cai bem em qualquer uma. Só tem de ver se combina com seu ritmo de vida, porque pede cuidados de manutenção, como regar com a frequência ideal. Uma dica importante é priorizar a iluminação natural, seja direta ou indireta, condição importante para que as plantas vivam e se desenvolvam. Portanto, coloque-os em varandas, jardins de inverno, paredes próximas a janelas grandes, muros externos, fachadas. Risque da lista quartos, lavabos sem janela e cozinhas. Como montar A proposta do botânico Blanc é composta por uma moldura de metal,

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PVC para dar rigidez à estrutura e uma camada de feltro, onde as raízes crescem. Arquitetos e designers ainda indicam fibra de coco e as molduras com vasos. Algumas empresas vendem o kit com o quadro e a planta, e basta colocá-lo na parede. É interessante para quem não conta com o auxílio de um profissional. Os jardins podem ser regados manualmente, mas há opções com sistema de irrigação automático. Karina lembrou a importância de fixá-los em locais cujo chão possa molhar. Sendo assim, fuja de ambientes com carpete e tapetes com o intuito de evitar uma dor de cabeça desnecessária. Plantas Local escolhido, agora é a vez de optar pelas plantas. Samambaias, orquídeas, suculentas. Qual é a melhor? Não prefira uma delas simplesmente por ser a mais bela. Pesquise antes se consegue sobreviver nas condições que oferece. Algumas precisam de luz do sol direta, enquanto outras preferem a sombra. Há espécies que vivem melhor em locais frios, assim como outras que se adaptam apenas a altas temperaturas. Leve em conta seu tempo disponível. É que algumas variedades exigem mais cuidados.

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As raízes e a minhoca

Há muito se propaga que as minhocas podem trazer danos às plantas por se alimentarem de suas raízes. A tese, que é mais difundida por quem cultiva plantas no lar, na verdade se presta para tentar explicar o mau êxito em que incorrem os vasos de samambaia, violeta, bromélia e outras mediante adversidades diferentes. As minhocas jamais se alimentariam de raízes ou de qualquer parte vegetal que estejam ainda vivas ou incorporadas à planta. Isto quer dizer que não consomem as raízes como também não ingerem pontas de folhas, caules e frutas esbarradas no solo, ao contrário de como atuam os tatuzinhos, gafanhotos, lesmas e caracóis quando atacam as plantas. Os milhares de espécies de minhocas são seres saprófagos e, como tais, se nutrem de restos orgânicos em putrefação, ainda que inevitavelmente ingiram uma microfauna viva importante em diversas de suas funções vitais. O motivo da repugnância da minhoca aos componentes vivos de um vegetal pode se justificar pela presença de uma substância chamada catequina: um tipo de fenol de aspecto cristalino e incolor, mas avermelhado quando exposto à luz, encontrado em plantas vivas ou ainda recém-mortas. Presume-se que a catequina não seja palatável às minhocas e, por isto, inibe-as naturalmente de ingerir raízes, folhas e caules ainda vivos. No entanto, a partir do momento em que partes da planta sejam desintegradas, a redução da catequina é progressiva e vai se anulando à medida em que o vegetal se decompõe. Na natureza, mesmo as espécies de minhocas que não vivam essencialmente em detritos, como as ditas geófagas, ingerem terra em predominância mas absorvem e se nutrem da matéria-orgânica que nela contém. E na maioria das vezes, por habitarem as camadas mais profundas do solo, o sustento provém de raízes mortas em decomposição, quando somente se tornam aptas ao consumo pelas minhocas. Neste caso, as minhocas aceleram a transformação destes resíduos em adubo para planta e deixam seus nutrientes na forma disponível para serem reincorporados ao vegetal. Na minhocultura, as raízes descartadas para o consumo humano, como beterraba, cenoura, inhame, mandioca, batata e outros tubérculos são perfeitamente aproveitáveis como matéria-prima, desde que se submetam previamente a um tratamento que as decomponha e passem, então, a ser assimiláveis pelas minhocas.

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Dicas para embelezar o seu jardim

Em tempos de crise, os gastos com supérfluos são os primeiros a serem cortados. Baladas, restaurantes caros e viagens passam para segundo plano e dão lugar a passeios no parque e atrações gratuitas. Logo abaixo, na lista de cortes estão os a despesa com o jardineiro. Pensando nisso, veja as receitas caseiras para acabar com as pragas e deixar seu jardim sempre florido e bonito - e o principal, sem gastar nem um centavo. Água nelas! A água é a chave para um belo jardim. Sem uma rega adequada as plantas não absorvem os nutrientes necessários para se desenvolver normalmente. O segredo para manter a terra sempre úmida é aguar o solo comedidamente todos os dias, pela manhã. Não se esqueça: a água é o bem mais valioso do planeta, portanto deve ser usada com inteligência e bom senso.

Aproveite os restos orgânicos Você sabia que sobras de alimentos podem ser muito úteis na adubação do seu jardim? Mas, não basta jogá-las na terra, pois isso pode prejudicar as plantas: é necessário fazer uma compostagem. Muito rico em nutrientes e minerais, o húmus formado por esse processo natural de decomposição se transforma em um poderoso adubo orgânico. Aprenda a fazer Faça um buraco na terra e jogue os alimentos que normalmente iriam para o lixo, como folhas e talos de hortaliças, sementes e cascas de frutas e até sobras do almoço ou do jantar. Revolva bem e una à mistura folhas secas e restos de podas de plantas do seu jardim. Mantenha a compostagem sempre úmida e, uma vez por semana, torne a mexer a terra, pois o oxigênio auxiliará na fermentação e decomposição dos alimentos. De três a quatro semanas o adubo orgânico está formado. Controle de pragas Antes de optar por fortes inseticidas que acabam com as formigas – e também com as joaninhas e os passarinhos –, faça o seguinte: embeba um pão de forma no vinagre e coloque-o na trilha dos insetos. As formigas levarão o alimento, que logo estará embolorado, para dentro do formigueiro. O fungo destruirá a colônia.

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Você já deve ter se deparado com pequenos pontinhos pretos ou brancos nas folhagens ou caule de plantas. São os pulgões e as cochonilhas, respectivamente. Os insetos se multiplicam rapidamente e deixam a planta fraca. Para acabar com eles, água com sabão de coco. Dissolva 100 g do sabão em 10 litros de água quente, espere esfriar e, com uma esponja macia, passe a solução delicadamente nas folhas. É tiro e queda!

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Principais doenças das plantas

Temos a beleza eterna e intocável dos jardins e de todos os seus habitantes… até o dia em que plantas e flores mudam radicalmente de aspecto! Para situações de emergência, saiba quais as principais doenças que podem afetar as plantas do seu jardim e a melhor forma de as curar. Infiltram-se no seu jardim sob os mais variados disfarces, confundindo muitas vezes o próprio jardineiro que nem sempre consegue distinguir os sintomas das principais doenças que afetam as plantas: as bactérias, os fungos e os vírus. Este trio ataca plantas com e sem flores, mas diferem num aspecto – um fungo sobrevive perfeitamente no solo, enquanto uma bactéria ou vírus necessita de uma planta hospedeira para subsistir. As causas Fungos Estima-se que 70% das principais doenças das plantas são causadas por fungos – organismos minúsculos (apenas visíveis debaixo de um microscópio!) que produzem enormes quantidades de esporos (células que se separam e se dividem, sem fecundação, para formarem novas células), que são rapidamente propagados graças ao vento, à água, aos insetos ou aos animais. Existem mais de 10 mil tipos de fungos que, se não conseguem penetrar a cutícula e a epiderme (as barreiras mais fortes de uma planta), atacam as zonas mais sensíveis – os rebentos ou as áreas já danificadas por insetos. Uma planta infectada pode libertar até 100 milhões de esporos, uma quantidade difícil de combater, na medida em que rapidamente degrade as células das plantas, produzindo, em simultâneo, toxinas que interferem no funcionamento pleno do seu organismo. Os fungos são ainda difíceis de eliminar porque podem manter-se dormentes no solo, em restos de plantas que se encontram em decomposição ou numa planta saudável, à espera das condições climáticas perfeitas para voltarem a contaminar. Vírus Ainda mais pequenos do que as bactérias, os vírus apenas conseguem reproduzir-se a partir das células da própria planta. Infiltram-se nas plantas a partir das folhas ou do pé, normalmente por zonas já feridas por insetos, mas precisam de um meio de transporte, que pode ser um inseto, o pólen ou algumas sementes infectadas. Uma vez infiltrado, o(s) vírus, sendo que as plantas podem ser atacadas por mais do que um vírus em simultâneo, movimenta-se através dos vasos vasculares, provocando doenças que contaminam o organismo da planta. Bactérias As doenças provocadas em plantas por bactérias são as menos freqüentes, por uma simples razão – para crescerem e se multiplicarem as bactérias necessitam de água e de calor. Assim sendo, estão mais dependentes de climas quentes e úmidos para contaminarem as

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plantas. Transportadas pela água, insetos ou animais, as bactérias infiltram-se através de uma flor ou um corte numa folha ou no pé, podendo causar desde danos puramente superficiais, a murchidão ou mesmo a sua morte. Deficiências Nutritivas Por vezes, a doença de uma planta não se deve às bactérias, aos fungos e aos vírus, mas sim a uma alimentação pobre. Se apresentar folhas pálidas ou vasos vasculares amarelados, pode ser um sinal que está a sofrer de deficiências nutritivas. Neste caso, o remédio chama-se “um bom fertilizante”, adequado à planta em questão. Os sintomas Uma planta doente apresenta várias alterações ao nível do seu metabolismo, da cor, dos diferentes órgãos e anatomia, para além de poder passar a produzir substâncias anormais. Alguns sinais de alerta são: míldio (um pó branco); bolores cinzentos ou pretos; bolhas cor de ferrugem; uma massa ou crescimento pretos; pintas pretas; leveduras e o aparecimento de cogumelos, entre outros. As curas Com as plantas a requererem “atenção médica”, é claro que o instinto diz-lhe para ir a correr buscar o seu fiel amigo o “pesticida”. No entanto, e porque se trata de um produto com químicos extremamente potentes, que infelizmente ao fazer bem a uma coisa estão a poluir o ambiente, o melhor é estudar todas as outras opções possíveis. Aqui vai uma ajuda: Existem “sintomas” que, parecendo muito graves e estranhas, podem ser puramente passageiros, desaparecendo dentro de poucos dias ou quando o tempo melhorar. Esteja atento! Por vezes, basta remover as flores, os rebentos, às folhas e/ou os pés infectados para eliminar o problema. Não aproveite esses restos para compostagem, desfaça-se deles imediatamente! Em último recurso, recorra ao pesticida adequado, optando por uma solução pouco tóxica. Siga as instruções à risca e lembre-se que não vai resolver a situação ao borrifar o conteúdo de um recipiente inteiro sobre uma pobre doente planta - pode sim, acabar por intensificar o seu problema com a morte da planta, de plantas vizinhas e até do solo! A prevenção é fundamental para um jardim que respira saúde. Quer saber o que fazer? Comece com um solo saudável, isto porque terra com saúde produz plantas com saúde e plantas saudáveis conseguem resistir mais facilmente às doenças. Um solo de qualidade deve ser limoso e enriquecido com fertilizante e técnicas de compostagem. Mantenha o seu jardim livre de ervas daninhas e de detritos de plantas, que são elementos propícios para o desenvolvimento de todo o tipo de doenças. As doenças são muitas vezes transmitidas de planta em planta devido aos utensílios de jardim mal lavados. Assegure que todas as suas

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ferramentas estejam devidamente desinfetadas (especialmente quando utilizadas para cortar ou eliminar folhas e outras partes doentes), bastando para isso uma mistura de água e lixívia. Durante o processo de rega, tenha cuidado para não salpicar a folhagem das plantas. Ao respingar do solo para as folhas, está a colocá-las em risco de contrair uma doença. Se possível, deve regar de manhã cedo, assim as plantas têm tempo de secar antes do pico do sol que poderá queimar gravemente plantas muito molhadas. Por outro lado, quanto mais tempo as folhas estiverem molhadas, mais probabilidades têm de ser atacadas por bactérias, fungos e vírus. É igualmente importante permitir uma boa circulação de ar entre todas as plantas. Para além de secarem mais rapidamente, as brisas podem facilmente levar as doenças para longe antes de estas terem tempo de se “agarrarem” a uma planta. Se verificar que, ano após ano, os mesmos sintomas e doenças continuam a devastar o seu jardim, seria melhor começar a pensar em introduzir novas variedades de plantas e flores. Quando comprar novas plantas, inspecione-as muito bem antes de as levar para casa ou opte pelas variedades que se autoproclamam e que são, de fato, plantas resistentes às doenças. Por último, quando em dúvida consulte um especialista ou adquira um guia sobre as diferentes doenças bacterianas, virais e fungais, bem como os seus respectivos tratamentos, para o auxiliar em situações menos saudáveis! No fundo, mais vale prevenir do que remediar… para um jardim resplandecente!

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Horta: Diversão e saúde em família

Mesmo numa pequena área é possível cultivar uma horta com a ajuda das crianças. Mantendo uma horta em casa, as crianças podem aprender sobre os alimentos e ter uma alimentação saudável desde cedo. Poucos adultos já pararam para pensar nisso, mas uma boa forma de estimular as crianças a iniciarem bons hábitos na alimentação, com verduras e legumes como itens indispensáveis do cardápio, é cultivar uma pequena horta fora ou dentro de casa, onde elas possam plantar e colher esses alimentos tão ricos em vitaminas e importantes para a saúde. O que pode agradar mais a uma criança do que colher e comer um vegetal que ela mesma plantou, regou e viu crescer? Além do prazer pessoal, uma horta infantil dá a criança alguns conhecimentos básicos sobre as plantas – a necessidade de água, ar e luz, por exemplo.

O ideal é escolher vegetais que se desenvolvem rápido: rabanete, cenoura, nabo, alface, cebolinha e salsinha são os mais indicados. O adulto deve comprar as sementes numa casa especializada (só a cebolinha se reproduz também a partir do talinho branco com raízes), e deve ensinar as crianças a preparar sua própria horta. Quando bem orientada, a criança tem capacidade de cuidar da horta sozinha, mas, claro, sempre amparada por um adulto, que pode dar a ela algumas dicas, como, por exemplo, o momento de colher os alimentos. Cuidados Muitas pessoas nem sequer pensam em ter a sua própria horta por acreditarem que ela requer muito espaço e uma infinidade de cuidados. Mas o cultivo de uma horta pode ser muito mais simples do que se imagina e, além disso, ela pode ser uma ótima oportunidade de estar em convivência familiar. Para plantar uma horta, pode-se usar o quintal, um cantinho qualquer e até mesmo vasos e caixotes. Alguns cuidados devem ser tomados para escolher e preparar o terreno, pois dele vai depender o bom

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desenvolvimento das plantas e a boa produção da sua horta. Se não for possível plantar num canteiro, o ideal é providenciar um caixote de madeira de mais ou menos 70 cm por 50 cm e forrá-lo com plástico; assim, ele poderá ficar dentro de casa em um local bem iluminado, sem fazer muita sujeira. É bom saber A horta é local onde se cultivam vários tipos de verdura e legume, ricos em sais minerais e vitaminas indispensáveis para o organismo humano. Nela também se plantam temperos e ervas medicinais. Além de ser uma fonte alimentar, é importante lugar de relaxamento, que proporciona contato com a terra e a natureza e o prazer de produzir algo. Sem falar da economia que podemos conseguir quando cultivamos nossos próprios alimentos, ao invés de comprá-los, com possibilidades de vendê-los, ajudando na renda da família. Passo-a-passo da horta - Encha o caixote com terra misturada a um pouco de adubo comum. - Com o dedo ou um lápis, a criança deverá abrir buraquinho rasos na terra. Depois, ela colocará uma ou duas sementinhas em cada cova e cobrirá com uma leve camada de terra. - Daí em diante basta regar uma vez por dia (bem cedo ou no fim da tarde). - A criança e os pais podem acompanhar a evolução das plantinhas até o delicioso momento da colheita. - O adulto deverá ensinar como retirar o alimento da terra e como lavá-lo. - Depois as crianças poderão conhecer de que forma o alimento estará presente no cardápio do cotidiano, como na salada ou refogado.

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Jardim na primavera

A primavera chega colorindo e dando mais vida aos jardins que andavam um tanto tristes com tanta seca, que não foi o caso deste ano com muitas chuvas neste período. Além de trazer um pouco mais de umidade, com o início das chuvas, a nova estação inaugura um tempo de trabalho para que os jardins se transformem num cenário à altura da época mais florida do ano.

Nos dias secos, as plantas se tornam sem viço, o gramado fica abatido e com muitas folhas secas. O cenário do jardim no final do inverno não é muito animador. Parece que falta tudo e que não vamos conseguir trazer de volta a beleza da paisagem. Mas a chegada da nova estação, a primavera, com a sua energia de renovação invadindo a natureza, vem trazendo as chuvas e o despertar de uma nova etapa que vai tirar a natureza da sua letargia. É tempo de trabalho no jardim, para deixá-lo pronto para receber as flores que chegam com o período mais alegre do ano. Aqui vão dicas para renovar e cuidar do seu jardim nos meses da primavera: 1. Adeus às folhas secas: Vasos, canteiros, jardineiras, enfim, por todo o canto há um festival de folhas secas indicando que o primeiro passo é retirá-las. Com o auxílio de uma tesourinha de poda pequena, faça a limpeza de arbustos e plantas envasadas, eliminado folhas e galhos secos. Recolha as folhas que estiverem na base das plantas, para evitar que se transformem num ambiente ideal para a proliferação de fungos: com as primeiras chuvas, os montes de folhas formam um verdadeiro “ninho” para os fungos. 2. Revolver a terra dos canteiros: Solos compactados dificultam a expansão das raízes e prejudicam a retirada dos nutrientes do solo. Por isso, uma boa medida é revolver a terra dos canteiros, para facilitar a aeração e a penetração de água. 3. Adubar: Não é só na primavera que se faz adubações, mas esse período é um dos melhores para dar “uma força” às plantinhas.

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Adubação química - NPK 10-10-10 aplicado de acordo com as instruções da embalagem e NPK 4-14-8 para as espécies que estão começando a florescer. Adubação orgânica - composto orgânico ou esterco de gado bem curtido, na proporção de 3 litros por m² de canteiro. 4. Defender as plantas: Receitas caseiras e naturais como a Calda de Fumo e a Calda Bordalesa ajudam a defender suas plantas contra o ataque de pragas e doenças, muito comuns neste período de grande atividade na natureza. A aplicação pode ser preventiva, a cada 15 dias. 5. Semear: Aproveite para semear principalmente as plantas anuais como calêndula (Calendula officinalis), Boca-de-leão (Antirrhinum majus) e girassol (Hellianthus annus), entre outras. 6. Replantar: A época é ótima para mudar as plantas de vaso, pois as raízes terão bastante tempo para se adaptar ao novo local, antes de entrarem novamente no período de repouso. Geralmente, as plantas estão precisando de replantio se: as raízes estiverem saindo pelo orifício no fundo do vaso; mesmo com dias mais quentes, a planta não se desenvolve; ou a terra seca rapidamente e precisa ser regada com freqüência. 7. Podar só algumas: As plantas estão começando a brotar e entram em atividade rapidamente. Outras estão terminando sua floração que ocorre no inverno. Como as azaléias, que podem ser podadas neste período, para florirem com mais força no próximo ano. Assim que terminar a floração das azaléias, retire os galhos em excesso e corte a pontas dos outros galhos, até chegar ao formato e tamanho que você quiser. Para aumentar a próxima floração, elimine as pontas de todos os galhos que floresceram este ano e mantenha uma adubação periódica, de preferência mensal. 8. Fazer mudas: O período também é muito bom para fazer mudas por estaquia de ramos de várias espécies de plantas, como hortênsia (Hidrangea macrophilla), sininho (Abutilon magapotamicum), flor-de-cera (Hoya carnosa), etc. Retire um galho com cerca de 10 cm. Tire as folhas do galho e deixe apenas as duas folhas da extremidade, cortadas ao meio no sentido horizontal. Molhe a base da estaca e mergulhe-a num hormônio enraizador em pó (encontrado em lojas de produtos para jardinagem). Prepare um recipiente com a mistura de terra adequada à espécie e plante a estaca. Regue regularmente. Após 2 ou 3 semanas, mais ou menos, você terá uma muda pronta para ser replantada. 9. Uma força para o gramado: Se o gramado estiver com aspecto muito feio e abatido, aproveite para fornecer nutrientes, estimulando o crescimento de folhas sadias. Pode-se aplicar adubos específicos para gramados, encontrados em lojas especializadas. De preferência, aplique o adubo em dias chuvosos, ou pelo menos nublados. Se estiver sol, faça uma rega abundante após a aplicação, para evitar que o produto “queime” as folhas.

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10. Aumentando a “família”: A primavera é a melhor época para o plantio. Aproveite para criar bordaduras, instalar novos canteiros, montar floreiras, plantar cercas-vivas, etc. O importante é escolher as espécies adequadas às condições do local. Estas plantas estão em plena floração durante a Primavera: • Agapanto (Agapanthus africanus) • Alpínia (Alpinia purpurata) • Boca-de-leão (Antirrhinum majus) • Calceolária ou sapatinho-de-vênus (Calceolariaherbeohybrida) • Dama-da-noite (Cestrum nocturnum) • Centáurea ou escovinha (Centaurea cyanus) • Lágrima-de-Cristo (Clerodendron thomsonae) • Clívia (Clivia miniata) • Estefânia (Cobaea scandens) • Orquídea Dendróbio (Dendrobium densiflorum) • Dedaleira (Digitalis purpurea) • Lírio-do-amazonas (Eucharis grandiflora) • Frésia (Freesia híbrida) • Gardênia ou jasmim-do-cabo (Gardenia jasminoides) • Gérbera ou margarida-do-transval (Gerbera jamesonii) • Hortênsia (Hydrangea macrophylla) • Orquídea Laelia (Laelia purpurata) • Magnólia branca (Magnolia grandiflora)

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Manutenção de jardins

Ter um jardim sempre bonito e saudável é o grande sonho de muitas pessoas aficionadas por plantas. Certamente, comparações do tipo "a grama do meu vizinho é mais verde que a minha" ou "as flores dele são mais coloridas" são feitas constantemente, porém, antes de qualquer coisa, é preciso conhecer os motivos que tomam a área verde tão mais atraente. Claro que o estudo do local antes da inserção de plantas adequadas para o tipo de solo e o clima é essencial, assim como o bom gosto, mas promover uma manutenção regularmente é imprescindível. Uma das principais reclamações citadas pelos profissionais do segmento é a falta de um cuidado maior com a área verde após a entrega. Segundo eles, muitos proprietários acham desnecessário ter esse gasto, já que qualquer pessoa pode regar e podar as plantas quando preciso. Entretanto, são atitudes como essa, que definem o andamento e o sucesso do jardim. As principais tarefas executadas na manutenção são as podas estéticas e de limpeza, corte de grama, afofamento da terra, limpeza geral de folhas secas, doentes ou em estado de decomposição, poda ou corte de galhos, aplicação de defensivos, caso algum vegetal esteja doente ou com pragas, e adubação adequada para cada tipo de espécie. A manutenção deve ser realizada por um profissional especializado, neste caso, um jardineiro, que deverá permanecer no local até o cumprimento geral dos serviços. Porém, antes da execução das tarefas, o profissional verifica o local e passa para o cliente uma previsão de dias necessários para a realização das mesmas. Cada jardim tem a sua necessidade e, por isso, pode precisar de mais ou menos dias. Período Mas a partir de quando a área verde começa a necessitar de manutenção? 15 dias após a sua implementação, o jardim já precisa de alguns cuidados básicos. Para manter o paisagismo em perfeitas condições, as tarefas devem ser executadas pelo menos a cada três meses. Mas esse período é bastante variável. Fatores como o tamanho da área verde e de como ela é cuidada no dia a dia, a época do ano, se o jardim possui muitas ervas daninhas e se conta com espécies de crescimento rápido ou plantas que precisam ser constantemente podadas para que as formas sejam mantidas são analisados, e isso determina, na verdade, a periodicidade da manutenção. No trabalho realizado quinzenalmente, a grande vantagem é manter o jardim constantemente limpo, além de combater as pragas e doenças

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de maneira mais rápida. Assim, consegue-se ter um cuidado constante com as espécies. As tarefas Divisão e o transplante Constantemente efetuado nas manutenções, a divisão e o transplante garantem um jardim sempre florido e, o melhor, em diferentes locais. No caso do hernerocale (Hemerocalfis x hybfida), sua divisão por touceiras é simples. Em primeiro lugar, faça a limpeza manual das folhas secas. Depois, para facilitar, amarre a folhagem. Em seguida, cave em volta do hernerocale com a vanca e a retire do solo. Não é preciso retirar a terra. Com a faca, a touceira pode ser dividida em muitos exemplares. Poda De limpeza ou drástica, a poda, além de deixar as plantas mais bonitas e vistosas, são essenciais para o desenvolvimento delas. Mas, para que esta tarefa atinja seu objetivo quanto ao crescimento das espécies, deve se atentar para a época ideal de executá la em cada uma das plantas. Aparar Aparar a grama é outra atividade que deve ser efetuada freqüentemente. No caso de áreas maiores, os cortadores elétricos ou a combustível são os mais recomendados, porém, podem encarecer o valor da manutenção. Em locais reduzidos e de difícil acesso, a tesoura de jardineiro supre muito bem a necessidade. Adubação Fundamental para o crescimento da vegetação, a adubação deve ser feita corretamente, seguindo sempre as orientações do fabricante, e por um profissional qualificado, assim como todas as tarefas. Rega Vital para o desenvolvimento das plantas, a rega, a grosso modo, deve ser realizada com maior freqüência nas estações mais quentes e com cuidado nas épocas mais frias. Porém, sempre atentando para não encharcar o substrato, fato que pode levar a espécie à morte. Mais informações Período Se por um lado existem pessoas que optam pela manutenção em um período menor, outras, por diferentes motivos, preferem prolongar esse prazo ao máximo. Porém, é válido ressaltar que alguns pontos necessitam de uma atenção redobrada e, por isso, têm um tempo de "vida". Na verdade, este período é relativo. Se for avaliar apenas a adubação, por exemplo, que costuma agir em uma planta por aproximadamente três meses, o intervalo entre uma manutenção e outra não pode

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ultrapassar 90 dias. Dependendo das espécies, o prazo máximo é de um mês. Questão financeira Dentre os principais benefícios, além de contar com um projeto paisagístico sem distorção, a questão financeira é outra grande vantagem em determinados casos. Dependendo da planta utilizada é necessário plantar mais algumas unidades ou fazer a sua troca. Quando se realiza esse procedimento em um curto espaço de tempo, o proprietário do jardim investe bem menos, pois as espécies são mais bem cuidadas e não se danificam. Já em uma área verde que recebe pouca atenção, a perda das espécies é maior, assim como as reposições delas, da terra e de outros materiais, necessários a sua remodelação. Com isso, o investimento se torna bem maior. O valor dependerá do tamanho da área e se o corte da grama implicará na utilização de máquinas e gastos com combustível. A partir dessas e de outras informações avalia-se a necessidade de cada jardim.

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Conheça espécies de plantas tóxicas que merecem cautela

Embora se destaquem por sua beleza, algumas plantas podem esconder perigos mortais, principalmente para as crianças Algumas das plantas ornamentais que temos em nossos em vasos ou jardins podem esconder perigo por trás de sua beleza. Elas são chamadas "plantas tóxicas", pois apresentam princípios ativos capazes de causarem graves intoxicações quando ingeridas ou irritações cutâneas quando tocadas. Segundo dados do Sinitox (Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas), cerca de 60% dos casos de intoxicação por plantas tóxicas no Brasil ocorrem com crianças menores de nove anos. E a maioria, 80% destes casos, são acidentais. O Sinitox, que fornece informações sobre os agentes tóxicos existentes, funciona em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz e possui centros de atendimento e informações em vários estados do Brasil (veja telefones no final desta matéria). Geralmente, a intoxicação por plantas acontece por desconhecimento do potencial tóxico da espécie. A seguir apresentamos algumas das espécies ornamentais tóxicas mais comuns em quintais, jardins e vasos. TINHORÃO Nome científico: Caladium bicolor Vent Nome popular: tajá, taiá, caládio Família: Aráceas Parte tóxica: todas as partes da planta Sintomas: a ingestão e o contato podem causar sensação de queimação, edema (inchaço) de lábios, boca e língua, náuseas, vômitos, diarréia, salivação abundante, dificuldade de engolir e asfixia; o contato com os olhos pode provocar irritação e lesão da córnea. Princípio ativo: oxalato de cálcio COMIGO-NINGUÉM-PODE Família: Araceae Nome científico: Dieffenbachia picta Schott Nome popular: aninga-do-Pará Parte tóxica: todas as partes da planta Sintomas: a ingestão e o contato podem causar sensação de queimação, edema (inchaço) de lábios, boca e língua, náuseas, vômitos, diarréia, salivação abundante, dificuldade de engolir e asfixia; o contato com os olhos pode provocar irritação e lesão da córnea. Princípio ativo: oxalato de cálcio, saponinas COPO-DE-LEITE Família: Araceae Nome científico: Zantedeschia aethiopica Spreng

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Nome popular: copo-de-leite Parte tóxica: todas as partes da planta Sintomatologia: a ingestão e o contato podem causar sensação de queimação, edema (inchaço) de lábios, boca e língua, náuseas, vômitos, diarréia, salivação abundante, dificuldade de engolir e asfixia; o contato com os olhos pode provocar irritação e lesão da córnea. Princípio ativo: oxalato de cálcio TAIOBA-BRAVA Família: Araceae Nome científico: Colocasia antiquorum Schott Nome popular: cocó, taió, tajá Parte tóxica: todas as partes da planta Sintomas: a ingestão e o contato podem causar sensação de queimação, edema (inchaço) de lábios, boca e língua, náuseas, vômitos, diarréia, salivação abundante, dificuldade de engolir e asfixia; o contato com os olhos pode provocar irritação e lesão da córnea. Princípio ativo: oxalato de cálcio SAIA-BRANCA Família: Solanaceae Nome científico: Datura suaveolens L. Nome popular: trombeta, trombeta-de-anjo, trombeteira, cartucheira, zabumba. Parte tóxica: todas as partes da planta Sintomas: a ingestão pode provocar boca seca, pele seca, taquicardia, dilatação das pupilas, rubor da face, estado de agitação, alucinação, hipertermia; nos casos mais graves pode levar à morte Princípio ativo: alcalóides beladonados (atropina, escopolamina e hioscina) BICO-DE-PAPAGAIO Família: Euphorbiaceae Nome científico: Euphorbia pulcherrima Willd Nome popular: rabo-de-arara, papagaio Parte tóxica: todas as partes da planta Sintomas: a seiva leitosa causa lesão na pele e mucosas, edema (inchaço) de lábios, boca e língua, dor em queimação e coceira; o contato com os olhos provoca irritação, lacrimejamento, edema das pálpebras e dificuldade de visão; a ingestão pode causar náuseas, vômitos e diarréia Princípio ativo: látex irritante COROA-DE-CRISTO Família: Euphorbiaceae Nome científico: Euphorbia milii L. Nome popular: coroa-de-cristo Parte tóxica: todas as partes da planta Sintomas: a seiva leitosa causa lesão na pele e mucosas, edema (inchaço) de lábios, boca e língua, dor em queimação e coceira; o contato com os olhos provoca irritação, lacrimejamento, edema das pálpebras e dificuldade de visão; a ingestão pode causar náuseas,

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vômitos e diarréia. Princípio ativo: látex irritante AVELÓS Família: Euphorbiaceae Nome científico: Euphorbia tirucalli L. Nome popular: graveto-do-cão, figueira-do-diabo, dedo-do-diabo, pau-pelado, árvore de São Sebastião Parte tóxica: todas as partes da planta Sintomas: a seiva leitosa causa lesão na pele e mucosas, edema (inchaço) de lábios,boca e língua, dor em queimação e coceira; o contato com os olhos provoca irritação, lacrimejamento, edema das pálpebras e dificuldade de visão; a ingestão pode causar náuseas, vômitos e diarréia Princípio ativo: látex irritante ESPIRRADEIRA Família: Apocynaceae. Nome científico: Nerium oleander L. Nome popular: oleandro, louro rosa. Parte tóxica: todas as partes da planta. Sintomas: a ingestão ou o contato com o látex podem causar dor em queimação na boca, salivação, náuseas, vômitos intensos, cólicas abdominais, diarréia, tonturas e distúrbios cardíacos que podem levar à morte. Princípio ativo: glicosídeos cardiotóxicos MAMONA Família: Euphorbiaceae Nome científico: Ricinus communis L. Nome popular: carrapateira, rícino, mamoeira, palma-de-cristo, carrapato Parte tóxica: sementes Sintomas: a ingestão das sementes mastigadas causa náuseas, vômitos, cólicas abdominais, diarréia mucosa e até sanguinolenta; nos casos mais graves podem ocorrer convulsões, coma e óbito. Princípio ativo: toxalbumina (ricina) PINHÃO-ROXO Família: Euphorbiaceae. Nome científico: Jatropha curcas L. Nome popular: pinhão-de-purga, pinhão-paraguaio, pinhão-bravo, pinhão, pião, pião-roxo, mamoninho, purgante-de-cavalo Parte tóxica: folhas e frutos Sintomas: a ingestão do fruto causa náuseas, vômitos, cólicas abdominais, diarréia mucosa e até sanguinolenta, dispnéia, arritmia e parada cardíaca. Princípio ativo: toxalbumina (curcina) Orientações 1- Procure identificar se possui plantas venenosas em sua casa e

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arredores, buscando informações como nome e características. 2- Mantenha as plantas venenosas fora do alcance das crianças e dos animais domésticos. 3- Oriente as crianças para não colocar plantas na boca e nunca utilizá-las como brinquedos (fazer comidinhas, tirar leite, etc.) 4- Não utilize remédios ou chás caseiros com plantas sem orientação especializada. 5- Evite comer folhas, frutos e raízes desconhecidas. Lembre-se de que não há regras ou testes seguros para distinguir as plantas comestíveis das venenosas. Nem sempre o cozimento elimina a toxicidade da planta. 6- Tome cuidado ao podar as plantas que liberam látex, pois elas podem provocar irritação na pele e principalmente nos olhos. Evite deixar os galhos em qualquer local onde possam atrair crianças ou animais. Quando estiver mexendo com plantas venenosas use luvas e lave bem as mãos após esta atividade. 7- Cuidados especiais também devem tomados com os animais domésticos. Animais filhotes e adultos muito ativos têm uma grande curiosidade por objetos novos no meio em que vivem e notam logo quando há um vaso diferente em casa ou uma planta estranha no jardim. Não é raro o animal lamber, morder, mastigar e engolir aquilo que lhe despertou a curiosidade. Animais privados de água podem, por exemplo, procurar plantas regadas ou molhadas de chuva recentemente e ingerir suas partes. Há casos de cães e gatos que ficam sozinhos confinados por períodos longos que acabam se distraindo com as plantas e acabam por ingerí-las. 8- Em caso de acidente, guarde a planta para identificação e procure imediatamente orientação médica.

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Manutenção do gramado no inverno

Como estamos entrando nas estações mais frias do ano, falaremos sobre alguns itens que ajudarão a manter seu gramado em bom estado nesta época.

Poda Com a entrada do frio e os dias mais curtos, ou seja, menos horas de luz, o crescimento da grama diminui bastante, fazendo com que o espaçamento entre os cortes sejam mais longos. A capacidade de recuperação da grama é menor, sendo por isso necessário aumentar a altura de corte pare torná-la mais resistente. Irrigação Já que os dias não são tão quentes temos uma menor perda de água por evapotranspiração, isso vem dar um melhor aproveitamento da água pela planta. O que nós sugerimos sempre é molhar em dias alternados com maior quantidade de água, havendo maior penetração no solo, forçando o crescimento das raízes para áreas mais profundas, tornando a planta mais forte e resistente. Devem-se evitar regas no fim de tarde para impedir proliferação de determinados fungos. Fertilização Esta á uma época do ano que devemos diminuir bastante o uso de fertilizantes, já que a planta passa por um período de latência, diminuindo consideravelmente a absorção de nutrientes. Alguns deles como o nitrogênio (N), por exemplo, deve ter uma aplicação criteriosa, sempre em conjunto com potássio (K) para não causar um desequilíbrio no solo e favorecer o desenvolvimento de determinados fungos. O que aconselhamos é fazer aplicação de fertilizantes foliares nas doses corretas 1 à 2 vezes por mês para manter a grama saudável e com bom aspecto visual. Os adubos de liberação lenta também são uma opção para esta época do ano. Praga e Doenças Apesar de termos uma menor incidência de pragas nesta época o aparecimento de doenças é maior, principalmente determinados tipos de fungos. Alguns deles como Sclerotinia, Rhizoctonia e Helmimithosporium são os mais comuns variando de acordo com a região. Alguns tratos culturais ajudam a diminuir a incidência destes fungos entre eles: • Tirar orvalho pela manhã • Evitar rega nos fins de tarde • Fazer adubações corretas a balanceadas. O controle químico através de fungicidas deve ter assessoria de agrônomos para evitar aplicações incorretas. Ervas Daninhas A maioria dos herbicidas tem seu melhor aproveitamento no período de maior atividade das plantas, seja, na primavera/verão, por isso este não é a época ideal para uso de herbicidas devendo o controle ser feito manualmente.

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Jardins e flores no inverno

No Brasil, quando falamos em inverno, a imagem que criamos é muito mais agradável do que uma paisagem coberta de neve, árvores com galhos secos e desfolhados e ausência completa de flores. Com os devidos cuidados, as plantas dos jardins e dos vasos podem resistir bem aos efeitos do frio, chegando bonitas e sadias na primavera. Além disso, muitas espécies enfeitam e colorem nosso inverno, pois florescem nesta época.

As plantas de interior devem ter suas regas reduzidas. Nesta época do ano, com a redução do calor, diminui também a necessidade de água nas plantas. Todo o excesso de umidade acaba sendo convertido em problemas: apodrecimento das raízes, proliferação de fungos e insetos sugadores, etc. Quanto às adubações, são recomendadas apenas para as plantas que se desenvolvem e florescem no inverno. Arvores, arbustos e cercas-vivas podem ser podados nesta época, desde que não estejam florindo. O período também é bom para fazer o transplante de trepadeiras, arbustos e árvores que estiverem em seu período de dormência. Em julho e agosto, as roseiras devem ser podadas e adubadas com adubo orgânico. É a chamada poda anual das roseiras. A sabedoria popular afirma, que o período mais propicio para a poda, é a lua minguante, quando o fluxo de energia da planta se volta para as raízes (na dúvida, não custa tentar). Em regiões mais frias, é recomendável aguardar a passagem das geadas sendo, portanto, a final do inverno a período mais indicado. Já nas regiões mais quentes, onde as geadas são quase raras, a poda pode ser feita no mês de julho. De qualquer forma, é importante saber que as podas são muito importantes para as roseiras, para incentivar o surgimento de novos brotos e aumentar a floração. E atenção: o corte deve ser feito em diagonal, sempre 1 cm acima da gema mais próxima. Gramados Um capítulo à parte. Muita gente fica preocupada com o gramado durante o inverno e, às vezes, exagera nos cuidados. Nos meses frios, a grama merece realmente alguns cuidados: limpeza, aeração e cobertura, mas sem dramas!

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1. Limpeza: Deve começar com a retirada das ervas daninhas, de preferência manualmente para que sejam extirpadas as raízes. Depois disso, a grama pode ser aparada. 2. Aeração: Após o corte, é recomendável recolher o excesso de aparas, pois durante o inverno é preciso garantir a aeração do gramado. Retire os restos do corte com um ancinho ou uma vassoura de arame, a tarefa vai melhorar a aeração e a luminosidade e, ainda, diminuir a temperatura e umidade junto à grama, fatores que facilitam o surgimento de doenças. Outra medida que contribui para aumentar a circulação de ar entre as raízes da grama é fazer perfurações finas e profundas no solo, manualmente, usando uma ferramenta apropriada. É preciso, entretanto, tomar cuidado para não perfurar e danificar demais as folhas. 3. Cobertura: Não se recomenda cobrir o gramado com terra preta no inverno. Este hábito não é muito saudável, pois funciona como meio de transporte de sementes de ervas daninhas e serve para elevar o seu nível acima dos pisos do jardim. Se forem tomados os devidos cuidados durante o ano e as irrigações necessárias, mesmo nesta época, a grama estará forte e sadia. A adição de solo só é feita com o objetivo de corrigir algumas irregularidades que ocasionalmente aparecem após a sua compactação em determinados locais. Para tanto se distribui homogeneamente uma camada bem fina, que aos poucos ficará incorporada ao gramado, corrigindo as pequenas ondulações. Hoje já existem no mercado substratos especialmente desenvolvidos para cobrir os gramados, que são elaborados por indústrias e já vem pronto para o uso, sendo isentos de pragas e doenças.

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Plantas para Interiores

Mesmo num pequeno apartamento ou num cantinho do escritório, é possível, de maneira simples e sem maiores despesas, o cultivo de plantas. Tudo o que você precisa fazer é escolher as que se adaptem às condições que o local tem a oferecer. Devemos lembrar que elas terão de suportar um nível de luminosidade inferior ao que recebem no ambiente natural, contar com menos umidade e ter espaço reduzido para suas raízes (visto que serão cultivadas geralmente em vasos e jardineiras).

Podemos fazer uma classificação simplificada das espécies, de acordo com o nível de luminosidade. Se o vaso ou jardineira estiver próximo à janela poderá ser classificado com ensolarado (se estiver na face norte), meia-sombra (nas faces leste ou oeste) ou sombreado (na face sul). A irrigação segue a mesma regra das plantas que estão ao ar livre. As regas não deverão ser mais espaçadas do que requer cada espécie, nem mais abundantes do que ela necessita, porque isso pode ocasionar o apodrecimento das raízes. É aí que temos que tomar um cuidado muito importante com relação à drenagem dos vasos e jardineiras, utilizando no fundo dos mesmos, argila expandida ou cacos de cerâmica, antes da colocação da terra, evitando assim o acúmulo de água nas raízes. PLANTAS DE PLENO SOL - necessitam de 04 hora diárias de sol direto: -Ixora (Ixora ssp); -Buxinho (Buxus sempervirens); -Azaléia (Rhododrendon spp); -Onze-Horas (Portulaca ssp); -Gerânio (Perlagonium ssp), dentre outras, estes são apenas alguns exemplos, pois a lista é extensa. PLANTAS DE MEIA-SOMBRA - não recebem sol direto em nenhuma parte do dia, no entanto, precisam de pelo menos 04 horas diárias de luz indireta: -Violeta-Africana (Saint-paulia ionantha); -Antúrios (Anthurium andreanum); -Peixinho (Nemanthus spp); -Lírio-da-Paz (Spathiphyllum wallisi); -Cheflera (Schefflera arborícola); -Begônia (Begônia ssp), dentre outras. PLANTAS DE SOMBRA - recebem apenas luz difusa, entre 04 e 06 horas por

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dia, sem sol ou claridade direta: -Jibóia (Epipremnum pinnatum); -Palmeira-Ráfis (Rhapis excelsa); -Singônio (Singonium angustatum); -Café-de-Salão (Aglaonema ssp); -Maranta (Calathea spp);

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Atraia borboletas para polinizar as plantas

Algumas plantas com flores precisam da colaboração de agentes externos que as polinizem. Estes agentes ou vetores que realizam o transporte do pólen podem ser o vento, a água ou seres vivos como pássaros, morcegos e insetos. As borboletas são as que trazem mais vantagens porque, além de ajudar na reprodução das plantas, enfeitam com seu colorido. Aprenda como atraí-las para dar mais harmonia ao ecossistema do seu jardim.

1 Ao fazer a distribuição das plantas, escolha partes onde bate sol. Estas áreas devem ter pelo menos seis horas de luz direta diariamente. 2 Proteja do vento algumas áreas do jardim. Você pode criar uma proteção natural contra as rajadas de vento plantando arbustos ou outras plantas altas. Outra opção é fazer cercas ou aproveitar as paredes já existentes. 3 Diversifique as espécies do seu jardim. Plante muitas flores onde as borboletas possam se alimentar e colocar seus ovos. Saiba que cada espécie de borboleta se alimenta do néctar de um tipo de flor. 4 Inclua plantas que florescem em épocas diferentes do ano para evitar que as borboletas tenham de migrar para obter alimento. 5 Cultive plantas com flores vermelhas, laranjas, amarelas e lilás, porque essas são as cores que mais atraem as borboletas. • Entre as espécies de plantas recomendadas com flores vermelhas e rosadas estão o gerânio (Pelargonium sp) e os cravos de poeta ou cravinas (Dianthus barbatus). • Entre as flores de cor laranja você pode plantar calêndula (Calendula officinalis) e camará (Lantana camara).

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• As flores branco-amareladas são as preferidas pelas borboletas noturnas. Em geral estas flores têm aromas intensos. Você pode optar por araticum ou fruta-do-conde (Annona sp), abacateiro (Persea gratissima), arruda (Ruta sp), tomilho (Thymus mastichina), jasmim (Jasminum officinale) e madressilva (Lonicera caprifolium). • Entre as de tonalidade lilás você pode cultivar trevos (Trifolium spp), maracujá (Passiflora sp), viperina (Echium vulgare), sálvia (Salvia officinalis), lavanda (Lavandula vera) e verbena (Verbena repens). 6 Nas épocas em que o jardim estiver com poucas flores, prepare o seguinte alimento: misture em uma xícara com água duas colheres (sopa) de açúcar e 20 gotas de tempero para carne (confirme antes se possui enzimas proteolíticas). Coloque a mistura em pratinhos, camuflando-os entre as plantas. 7 Mantenha o jardim com boa umidade. Coloque vasilhas de terra úmida e adicione um pouco de sal. As borboletas chuparão estas superfícies para satisfazer sua necessidade de umidade e minerais. 8 Coloque um banco confortável no seu jardim e contemple esse espaço e as borboletas. Importante • Não utilize inseticidas. Lembre que as borboletas são insetos e também serão afetadas.

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Jardineiros. Experiência na ponta da tesoura

A seleção do bom jardineiro deve ser feita observando-se seu trabalho na prática. Antes de se contratar o profissional é preciso esclarecer que tipo de trabalho será feito. Existe a manutenção que inclui única e exclusivamente a poda e a limpeza, e a mais completa que envolve também a aplicação de adubos e a pulverização no caso de pragas. Além disso, é fundamental ter referências do serviço. Vale conhecer alguns jardins que recebem a manutenção do profissional já há algum tempo. E existe ainda a questão da estética, o jardineiro deve executar a manutenção segundo o projeto original de paisagismo. Uma questão de segurança Da mesma forma que se contrata qualquer funcionário para trabalhar dentro de uma casa, a escolha do jardineiro também exige cuidados no que se refere à segurança. O profissional deve ser recomendado por pessoas conhecidas ou empresas estabelecidas no mercado. Se o jardineiro quebra um vaso, por exemplo, de quem é a responsabilidade? Para se cuidar do jardim em uma varanda de apartamento, por exemplo, é preciso tomar cuidado para não sujar elevadores, paredes e o piso da casa. Bons resultados Deve-se supervisionar o trabalho até para que nenhuma planta seja danificada. Se o jardineiro não souber manejar bem a tesoura, ele mastiga a planta. São poucos os jardineiros que sabem, por exemplo, podar um buchinho corretamente para que fique redondo. Se o serviço não for bem-feito, na terceira poda a planta começa a ficar com um formato feio. Do mesmo modo, uma cerca viva precisa ser podada com cuidado. É preciso nivelar as plantas com uma linha e medir a altura. Caso contrário, a cerca ficará torta. Experts no assunto Além da poda e limpeza, o bom jardineiro sabe adubar e pulverizar todo e qualquer tipo de espécie. Percebe-se a boa saúde da planta por sua cor. Se elas começam a perder o tom original, a ficar manchadas e amareladas, algo está errado. E nem sempre é o caso de doenças ou ataque de pragas. O excesso de adubo também pode queimar as folhas. Mas de nada adianta uma boa manutenção, se houver falta de regas. Quanto custa Jardineiros autônomos cobram por dia de trabalho de 40 a 100 reais, dependendo da região e do serviço. Já as empresas de manutenção costumam fechar contratos anuais que envolvem visitas mensais, com preços de 130 a 600 reais, incluindo o material e as pequenas mudas.

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Os preços variam de acordo com o projeto: um jardim clássico com topiarias requer mais tempo de trabalho, além do mais, exige um profissional especializado. Pode-se também contratar a cada seis meses um paisagista para uma visita técnica (de 100 a 200 reais a hora), que inclui a orientação ao caseiro, que costuma trabalhar para a residência. A manutenção deve ser mensal, mas por medida de economia muita gente chama o profissional mês sim, mês não. Esse prazo é o máximo para manter o jardim em bom estado. Equipamentos disponíveis Jardineiros trazem as ferramentas básicas, como cortador e tesoura de poda. Mas, se for preciso podar ou transplantar árvores de grande porte, deve-se contratar jardineiros especializados, que possuem autorização do Ibama para o uso de motosserra. Para remover árvores caídas após uma chuva, mesmo dentro de casa, é preciso chamar a prefeitura local.

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Plantio de árvores em calçadas

A maior parte das mudas plantadas na cidade não vingam em função da depredação e vandalismo provocado pelas pessoas que sentem prazer em quebrar árvores novas ou sacudi-las até deixá-las tombadas (nem mesmo a armação protetora que defende a árvore escapa). Outras vezes, por não terem sido plantadas em condições apropriadas para se desenvolverem saudáveis e bonitas. Algumas recomendações básicas devem ser seguidas, a fim de se obter sucesso no plantio das árvores. As espécies devem ser adequadas ao espaço disponível, observando porte e tipo de copa da árvore adulta, tipo de raiz e caule, tamanho dos frutos e flores, origem, toxicidade e espinhos, presença de fiação elétrica, largura da calçada, clima, tubulações subterrâneas, etc. „X A muda deve ter altura mínima de 2,20m. „X Um espaço mínimo de 1m deve ser deixado para o trânsito de pedestres. „X Sob fiação, só podem ser plantadas árvores de pequeno porte (até 5 metros de altura). „X A cova deve ter as dimensões mínimas de 60x60x60cm „X A muda com o torrão deve ser plantada no centro da cova, a 60cm do meio-fio da rua. „X O colo da muda deve ficar no nível da superfície. „X A terra de preenchimento da cova deve estar sem pedras, entulho ou lixo, para o bom desenvolvimento da muda. „X A muda deve estar presa a um protetor fixado ao solo, por amarrilhos (cordões) de sisal ou similar na forma de oito deitado. „X O amarrilho utilizado na fixação da árvore ao protetor não deve sufocar a muda, podendo ser retirado após um ano aproximadamente. „X Enquanto a muda for pequena o protetor deve ser mantido „X Assim que plantada, a muda deve ser regada com bastante água, e a rega deve continuar com freqüência de três vezes por semana, principalmente em períodos de estiagem. „X Nas primeiras semanas a muda pode perder todas as folhas, continue regando, pois ela irá brotar novamente. „X Quando surgirem rebentos na árvore, a irrigação poderá ser feita a

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intervalos cada vez maiores. „X Para facilitar o crescimento da árvore, os chamados “brotos ladrões” que nascem no tronco junto ao chão e nas laterais devem ser retirados. „X Tratamento de eventuais lesões na casca da árvore devem ser feitos com a utilização de pastas fungicidas, encontradas em casas de artigos para a lavoura.

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Como conservar seu jardim

Para plantar um jardim é necessário prestar atenção em algumas características das plantas escolhidas e do espaço disponível. E para mantê-lo sempre bonito e vistoso, suas plantas vão necessitar de alguns cuidados especiais, mas nada impossível de fazer, com um pouco de organização.

Ao escolher as plantas, considere . Ambiente x características das plantas: luminosidade, ventilação, odores, espaço. . Facilidade de manutenção. . Custo e resistência das plantas e flores. . Seu tempo disponível para cuidados. . Finalidade do jardim: meramente decorativo; harmonização de ambientes; terapêutico; medicinal; hobby ocupacional; etc. Para melhorar a qualidade do solo . Remexa a terra para deixá-la fofa. Enquanto estiver fazendo isto, misture adubo orgânico. . Retire todas as impurezas: ervas daninhas, raízes mortas, torrões de terra seca. . Use uma receita básica: misture uma porção de areia, com uma porção de terra e uma porção de terra vegetal. Para cada 5 litros de mistura básica, acrescente: 1 colher de sobremesa de farinha de ossos, uma colher de sobremesa de farinha de peixe e uma colher de sobremesa de nitrato de potássio. Adicione a mistura a sua terra e mexa bastante. Para corrigir ainda mais o solo, acrescente areia em solos argilosos e compactos ou terra em solos arenosos. Plantio . Para plantar as mudas, faça um buraco de bom tamanho, retire o plástico da muda e coloque o torrão dentro do buraco. Coloque aquela mistura básica em torno do torrão. . Para plantas com caules finos e altos, coloque um bambu ou um cabo de vassoura para apoiar a planta. Amarre delicadamente a planta ao bambu (estaqueamento). Rega . Para regar suas plantas, dê preferência para as primeiras horas do dia. Evite molhá-las quando o sol estiver forte. Para jardins e canteiros use mangueiras com irrigadores de pressão.

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Poda . Sempre retire as folhas secas e doentes, com uma tesoura de poda. Deixe as flores murchas, pois elas viram frutos. . Combata as pragas utilizando pulverizadores defensivos vendidos nas casas do ramo. Plantas em vasos . Quando as raízes atingem um tamanho muito grande para o vaso que estão ocupando, você tem que mudar a planta para um vaso maior. Solte-a do vaso antigo com a ajuda de uma pá. Segure firme o caule e bata com a vaso na beirada de uma mesa para que o torrão se solte. . Para vasos com plantas com caule regue por cima com um regador fino até que a água saia pelo furo da drenagem do vaso. . Para vasos com plantas que cubram toda a superfície do vaso, encha de água o prato que fica sob o vaso.

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Feng shui com plantas

O Feng Shui e a vegetação beleza que traz equilíbrio A harmonização de ambientes através da disposição de elementos já não é, uma novidade. Atrás de soluções para diminuir o estresse causado pela correria dos dias de hoje, cada vez mais pessoas procuram a ajuda do Feng Shui do chinês "vento e água para transformar lares e escritórios em canais de energia positiva. "Os chineses avaliavam a formação do terreno, as montanhas, os cursos de água, a direção dos ventos e só então instalavam suas casas, cidades, população", diz Nizia Steinlle, que é arquiteta e pesquisadora do Feng Shui. "0 uso da vegetação plantas, flores ou árvores é, sem dúvida, uma das melhores maneiras de equilibrar um ambiente e enchê lo de bons fluidos". Orientada pelo sol, Nizia segue a vertente da Escola da Bússola e a aplica ao hemisfério sul. "Uma das muitas vantagens desta Escola é sua aplicação a qualquer espaço. Pode ser uma casa, uma mesa ou um belo jardim", explica Steirille. O importante é saber posicionar corretamente as duas bússolas, a tradicional e o Ba guá, para saber o que deve ser colocado em cada área para potencializá la. Para isso, a pessoa deve estar no meio do espaço estudado e alinhar os pontos cardeais: o norte do diagrama e o da bússola devem apontar na mesma direção. Para cada tipo de planta, assim como para todos os outros elementos, existem lugares que aumentam seu poder de influência no ambiente (veja lista no final da reportagem). "Flores vermelhas, por exemplo, devem ser colocadas na área que rege as perspectivas profissionais." Outras dicas Arvores na frente da casa devem ser mais baixas que o telhado (as mais altas ficam atrás); heras podem cobrir muros, mas não paredes externas da casa; trepadeiras enroladas nas colunas quadradas suavizam ãngulos retos. Ative todos os setores com as plantas Perspectivas profissionais ou Kan abuse das flores vermelhas, azaléia traz moderação; jasmim, segurança; brinco de princesa, coragem. E mais: comigo ninguém pode, confiança; e manjericão na entrada, prosperidade. Educação ou Ken Claridade é essencial. Plantas como hortelã e clematite; árvores frutíferas ou plantas de vida longa; se for um jardim grande, plantar um carvalho.

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Família e Saúde ou Chen Bambu, pêra e pinha boa sorte e longevidade. Limoeiro unidade e vitalidade, camomila paz, eucalipto renovação física; narciso rejuvenescimento. Em um jardim externo, utilize pedras e vegetação de várias alturas para simbolizar a família . um jacarandá para o pai; um flamboyant para a mãe; e arbustos menores para os filhos. Prosperidade ou Sun Flores púrpura, vermelha ou magenta; dinheiro em penca, hera da fortuna, trevo, girassol, lírio amarelo. No jardim, colocar a piscina e plantas de crescimento rápido e vertical, como trepadeiras. Folhas arredondadas, que lembram moedas, como begônias. Lugar apropriado para colocar um banco de jardim metálico. Esta área deve estar sempre limpa de ervas daninhas. Reconhecimento e fama ou Li Vermelho e amarelo. Folhas triangulares de bromélias, violetas, rosas vermelhas, primaveras, folhagens exuberantes. Plantas e flores de caules compridos simbolizando ascensão social. Casamento ou Kun Jasmim, madressilva, gardênia, azaléias, lírio da paz, amor perfeito, árvore da felicidade, antúrios, crisântemos, cercas vivas de hibiscos. Flores cor de rosa para o coração e vermelhas para fortalecer as paixões; perfumadas para o envolvimento. 0 banco de jardim deve acomodar duas pessoas. Criativídade e Rlhos ou Tuí Pinha, alecrim, eucalipto, manjericão e romã simbolizam crescimento e perseverança. Usar plantas com flores coloridas e grandes. Flores amarelas estimulam a criatividade. Um gramado para brincadeiras também é uma boa opção. Pessoas úteis, mentores e amigos ou Chíen Flores brancas e árvores medicinais como o eucalipto. Arruda, espada de são jorge, comigo ninguém pode e primavera.

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Plantas na decoração

Seja qual for o tipo de atividade desenvolvida num estabelecimento comercial, a natureza tem um papel de destaque em termos de decoração. Mesmo discretas, as plantas dão vida ao ambiente e contribuem para suavizar o cotidiano de um escritório, humanizando as condições de trabalho, com reflexos na produtividade. Numa loja, além de embelezar o local, elas podem funcionar como um atrativo a mais, valorizando os objetos expostos e melhorando o bem estar dos clientes. Uma escolha correta das plantas, vai depender das condições ambientais. Antes de qualquer coisa é preciso considerar a iluminação, se há ou não ar condicionado e que tipo de ventilação existe. Não são todas as espécies que sobrevivem às adversidades, mas há inúmeras plantas indicadas para interiores. Também é necessário planejar com cuidado a distribuição dos vasos, evitando que funcionem como obstáculos à circulação. Plantas pendentes do teto não devem ficar acima das mesas de um escritório, assim como um vaso frondoso nunca deve atrapalhar a passagem num corredor. Vistosas, coloridas ou contra o mau-olhado. Se a opção for pelo predomínio do verde, a escolha pode recair se as chamadas plantas de sombra, como scheffleras, raphis, árvore da felicidade, pleomele e dracena arbórea. Por serem plantas grande porte e de formas esculturais, devem ser usadas em pequeno número, colocadas num canto ou lugares de destaque. Há ainda uma imensa variedade de vasos, que podem ser pendurados no teto. É o caso de todas as plantas da família das samambaias, a ripsalis, a renda portuguesa e o chifre-de-veado. As samambaias, por exemplo, gostam de calor, umidade e luz difusa. Em matéria de flores, a violeta africana é apropriada por sua durabilidade, a begônia e a azaléia são muito resistentes e o lírio-da-paz tem uma flor de longa duração. Outras espécies de plantas que sobrevivem bem em interiores: jibóia, syngonium, filodendro, bico-de-papagaio, costela-de-adão, peperômia e brassaia. Como sempre existem pessoas supersticiosas, as plantas conhecidas popularmente como "plantas da sorte" ou "contra olho gordo" podem se transformar num ponto de atração. Essa categoria inclui comigo-ninguém-pode, guiné, arruda e espada-de-são-jorge. Podem ser plantadas juntas e ficam muito bonitas quando colocadas num vaso de vidro com um pouco de terra no fundo e bastante água. Água e luz: alimentos essenciais.

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Por outro lado, a localização dos vasos precisa seguir alguns critérios. Devem ser situados junto às janelas, para receber a maior quantidade de luz natural e ar, e ficar o mais longe possível das saídas de ar condicionado. Se não houver luz natural, é necessário instalar focos de luz perto das plantas ou até colocar lâmpadas especiais, que estimulam a fotossíntese. Outro cuidado importante diz respeito às regas: para saber quando as plantas devem ser molhadas, basta colocar o dedo na terra e verificar se está seca. A água nunca deve ser usada em excesso, pois pode provocar o apodrecimento das raízes. Também não há necessidade de troca constante da terra, desde que ela se mantenha no nível ideal. As adubações periódicas são essenciais para a saúde da planta, mas devem ser feitas de acordo com a espécie cultivada. Para prevenir pragas e fungos é conveniente manter o ambiente arejado. Se o local for muito poluído, o que é inevitável nas grandes cidades, é bom lavar as folhas de vez em quando com um pano úmido utilizando uma esponja com sabão de coco. Os vasos pequenos, ideais para enfeitar mesas ou estantes, podem conviver num ambiente onde há verde ou tornarem-se as próprias soluções. De qualquer forma, devem estar sempre dentro de um cachepo de madeira ou cerâmica. Para arbustos ou folhagens são muito usados os vasos grandes de cimento, cerâmica ou fibra de vidro. As plantas são hoje um componente essencial na decoração. Pesquisas mostram que a cor verde tem um efeito tranqüilizante sobre as pessoas, o que ameniza a rigidez do ambiente de trabalho. Daí a importância de definir um projeto paisagístico junto com a distribuição dos móveis, o que evita contratempos posteriores e ajuda a personalizar o estabelecimento.

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Jardim a sombra

Quase todo mundo tem um jardim ou parte do jardim à sombra. Há sempre aquela enorme árvore do vizinho, ou um muro para atrapalhar. Um corredor que não recebe sol, ou pelo menos um jardim interno mal iluminado. À primeira vista, tem-se a impressão de que estes locais serão sempre desagradavelmente úmidos e sem charme. Mas basta um pouco de atenção com o solo, escolher as plantas certas e a coisa toda muda de figura. Em outras palavras, planejando direito podem-se obter resultados surpreendentes. E já que estamos falando em planejamento, é bom lembrar que, para se ter um bonito jardim à sombra, é importante ficar atento para alguns detalhes, tais como drenagem e textura do solo. Comecemos por eles: Drenagem ou como evitar o excesso de umidade O sol é um poderoso absorvedor de umidade. Logo, quando ele não incide num local, a tendência natural é um excesso de umidade. Daí é necessário, nos jardins à sombra, recorrermos a alguns truques para permitir uma maior drenagem da água. Uma providência muito acertada é cavar, no meio ou na parte mais baixa do jardim, uma profunda vala em declive. Uma vala de, digamos, 90 centímetros a 1 metro de profundidade. Forra-se o fundo da vala com uma camada de pedrisco (pedra britada ou similar), instala-se sobre ele uma linha de tubos de cerâmica, ou plástico próprio para drenagem (perfurado), cobre-se à tubulação com pedrisco e, finalmente, completa-se o nível com a camada de terra do jardim. O princípio de funcionamento é similar àquele de se colocar pedregulhos ou cacos de cerâmica no fundo de um vaso. No caso, o tubo seria o furo do vaso, que precisa, obviamente, ser instalado de tal modo a permitir o escoamento do excesso de água para fora da área que se pretende drenar. A textura do solo pode ajudar muito Existem terras, e terras ideais para um jardim à sombra. Para estes, a melhor é aquela bem permeável, onde o excesso de água escorre rapidamente para o subsolo. Ideal mesmo, seria aquela velha receita de solo para vasos: terra, areia de construção e esterco bem curtido, em partes iguais. Mas, na impossibilidade de ser preciso nas dosagens, misture à terra do canteiro bastante areia e, esterco animal bem curtido ou composto orgânico. Esta adição contribuirá muito para melhorar a textura da terra tornando-a mais permeável. Luminosidade é importante

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Sombra não é sinônimo de escuro. Quando se fala em jardim à sombra, está se falando em um local onde o sol não incide diretamente, ou onde só bate umas poucas horas por dia. Não em um local escuro. Assim, deve-se procurar ao máximo preservar a luminosidade natural. Às vezes, basta desbastar um pouco uma árvore de copa muito densa, ou uma trepadeira, para se conseguir o dobro de luminosidade. Outras, pintar as paredes próximas em tons claros. Enfim, o importante é você observar o seu jardim em particular, e procurar imaginar os recursos possíveis para dar a ele um pouco mais de luminosidade natural. Ajuda do Oriente Há séculos, os orientais descobriram que o jardim não é um reino exclusivo das plantas. Eles como ninguém, tiram proveito de elementos não vegetais, sobretudo pedras e água para criar belíssimos efeitos paisagísticos. Com isso, conseguem transformar o que era uma simples área verde num verdadeiro jardim, sinônimo de tranquilidade e beleza. Faça como eles. Pedras, água corrente, esculturas e vasos combinados com umas poucas plantas podem ser a melhor solução para áreas realmente difíceis. Agora que você já tem as bases para o planejamento, deixe as idéias fluírem e crie, você mesmo, seu jardim encantado. Mas cuidado com a manutenção. Como manter este belo jardim Na verdade, os cuidados com um jardim à sombra devem ser redobrados. Num país tropical como o nosso, não podemos esquecer que, se o clima quente e úmido torna o verde mais verde, contribui também para a proliferação de uma infinidade de fungos e bactérias. Portanto, é melhor tomar algumas precauções para evitar que o desenvolvimento das plantas seja prejudicado. Algumas delas: Mantenha a área sempre bem arejada Evite o encharcamento por excesso de regas. Revolva aterra freqüentemente (o ideal é uma vez por semana), para facilitar a aeração do solo. Fique de olho nas pragas e doenças. Sintomas de problemas futuros Não é nenhum bicho de sete cabeças a identificação dos micro-organismos, fungos e bactérias prejudiciais às plantas. Basicamente, o primeiro sintoma é a alteração da cor das folhas. O oídio, por exemplo, caracteriza-se por deixar manchas brancas semelhantes ao mofo. Já a ferrugem, apresenta manchas amarelas e em relevo, enquanto o que a altenáría produz grandes manchas

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amarelas e pretas. Mas existe uma outra doença, a podridão, cujo sintoma é o surgimento de mofo no colo, e muitas vezes nos ramos da planta. Esta, se não for combatida a tempo, provoca o apodrecimento dos tecidos e a conseqüente morte do vegetal. Para combater estes micro-organismos, o melhor é: Eliminar a parte afetada da planta. Pulverizar a planta com fungicidas à base de cobre, tipo calda bordalesa. Ou se puder, opte pelos naturais, como o óleo de Nim. Fazer pulverizações preventivas nas plantas vizinhas, com dosagem um pouco mais fraca. Você já viu a maneira certa de planejar, e os cuidados que precisa ter com seu jardim à sombra. Conheça agora algumas das plantas mais recomendadas: Plantas para jardins a sombra e meia sombra Plantas floríferas Bananeira do mato (Heliconia) Malvavisco (Malvaviscus roseo) Justícia (Wacobinia carnea) Planta-camarão (Beloperone) Hortência (Hydrangea) Afelandra (Aphelandra) Bela-emília (PIumbago) Nandina (Nandina domestica) Antúrio (Anthuriun) Lírio-da-paz (Spathiphylun) Maria-sem-vergonha (Impatiens) Trepadeiras Lanterna Japonesa (Abutilon) Maracujá (Passiflora) Filodendro (Philodendron) Brinco-de-princesa (Fuchsia) Gloriosa (Gloriosa) Jasmin-de-madagascar (Stephanotis) Folhagens Tinhorão (Caladjum) Dracenas (Dracena) Asplênio (Asplenium nidus) Costela-de-adão (Monstera deliciosa) Samambaias diversas Cheflera (Schefflera) Samambaiaçu (Blecnum) Ráfis (Rhapis excelsa) Forrações Hera (Hedera) Brilhantina (Pilea) Maranta (Maranta ieuconeura)

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Hera-sueca (Plectranthus) Grama-preta (Ophiopogon) Planta-pavão (Calathea)

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Flores o ano todo

Passear entre canteiros flores não é privilégio de quem, possui um enorme jardim, basta que tenha um lugar destinado ao plantio de flores, mesmo que este seja pequeno e acanhado. Forrações, por exemplo, nascem em qualquer lugar e não exigem cuidados especiais. Plante num mesmo canteiro mudas de espécies que florescem em épocas alternadas; assim as flores se renovam o ano inteiro. Selecione as plantas e siga as explicações de como cultivar cada uma delas.

Camarão Flores brancas plante na primavera ou outono. Regue diariamente. Acrescente ao solo 1/3 de adubo orgânico. Reproduz se por estacas. Beijo-de-frade Flores vermelhas, rosa, roxas, amarelas e brancas. Prefere solo úmido e rico em húmus ou com 1/3 de terra vegetal e 1/3 de areia. Multiplica-se por sementes ou estaquia durante todo o ano. Hortênsia Flores azuis, roxas, rosa, vermelhas ou brancas. Prefere solo alcalino. Cultive a no verão. Regue dia sim dia não. Multiplica se por mudas. Verbena Floresce em pequenos buquês em tons de rosa escuro, amarelo, azul e branco. Cultiva-se desde o começo do verão até o fim do outono. Cresce bem em solo fértil. Rega moderada. Reproduz-se por semente. Lírio Flor amarela, levemente, perfumada. Planta perene que deve ser cultivada no verão, em solo fértil e úmido. Propaga se por divisão de touceiras. Agapanto Planta perene encontrada nas cores violeta e azul. Sua reprodução se faz por semente ou divisão de touceira. Exige terra fértil. Onze horas Flores rosa, roxas, vermelhas, amarelas e brancas. Floresce no verão e outono. Solo argiloso e bem estercado. Multiplicação por semente ou

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estaquia. Rega moderada. Petúnia Flores bicolores. Semeadura entre julho e setembro. Replantando quando as touceiras envelhecerem. Solo argiloso e bem estercado. Rega moderada. Multiplicação por semente. Gazânia Flores em tons de amarelo, vermelho, rosa e branco. Solo, argiloso e estercado. Multiplicação por semente ou divisão de touceiras. Floresce no verão e outono. Rega moderada. Wedelia As flores se assemelham a pequenas margaridas na cor amarela. Solo argiloso e estercado. Precisa de luz. Rega moderada. Multiplicação por estaquia da haste. Violeta Propaga-se por muda ou semente. Gosta de muita luz.

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Faça as flores viverem mais

Colhidas em seu próprio jardim ou compradas em floriculturas, as flores podem durar mais depois de cortadas, se você utilizar certos truques. Aqui vão algumas regrinhas - desde a troca diária da água até a conservação na geladeira - para prolongar a vida das flores de seu vaso. Quando colocadas, num vaso com água, as rosas conseguem viver cerca de cinco dias, as palmas, seis dias e, acredite, os crisântemos chegam a durar até 25 dias! E se você dispensar-Ihes alguns cuidados, é possível prolongar ainda mais a vida e a beleza das flores cortadas. Na verdade, não são necessárias fórmulas mágicas para se conseguir isso. Basta seguir os conselhos de profissionais em, jardinagem, que indicam soluções simples para o problema da conservação das plantas cortadas. Vida longa, com técnicas simples Os cuidados envolvem todo um processo desde o corte (caso você apanhe a planta no jardim), a escolha dos melhores tipos (caso compre, por exemplo numa floricultura), até chegar ao vaso que exige atenção para certas normas fundamentais. Assim, se você colher a flor do pé, é aconselhável que corte o galho bem rente ao caule principal, fazendo o possível para não deixar pontas, afim de que estas não roubem a energia de outras partes

Se comprar as flores na floricultura, esteja atento ao comprimento dos cabos. Flores com cabos longos em geral, são resultado da utilização de grandes quantidades de produtos químicos, usados para incentivar o crescimento mais rápido da planta. Portanto são flores mais fracas e menos duradouras. É claro que isso não pode ser considerado uma regra geral, uma vez que existem flores de hastes longas tão ou mais fortes que as de talos curtos. Mas, como são muito raras de encontrar, o mais seguro mesmo é comprar as flores de cabo curto.

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Quando colocar as flores num vaso, use água o mais fria possível; depois, leve o vaso para um local arejado (sem correntes de vento), com luz natural incidente, mas não sob sol direto. Troque a água do vaso duas a três vezes por dia, e a, cada mudança é preciso fazer o seguinte: limpar o recipiente e os cabos da planta em água corrente; cortar 1 centímetro da ponta do cabo para que os poros fiquem desimpedidos. No caso dos crisântemos, é fundamental que a ponta do talo seja amassada, deixando-se apenas fibras no local. Realize essa operação assim que a planta for colocada no vaso e sempre que trocar a água. Se você quiser manter durante mais tempo as flores dentro casa, deve adquiri-las ainda em botão. Além de viverem mais, você terá a. oportunidade de vê-las desabrochar. Se quiser fazer "renascer" uma rosa meio murcha, por exemplo, coloque na água do vaso algumas pedrinhas de gelo. E tem mais: As flores que não serão usadas num mesmo dia podem ser conservadas em papel celofane na geladeira.

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Bebedouros para beija-flores

Eis que surge uma dúvida... A água açucarada colocada em bebedouros faz mal para os beija-flores? A resposta é não, de acordo com o especialista em pássaros Dr. Luiz Fernando Figueiredo, do Centro de Estudos Ornitológicos (CEO) da Universidade de São Paulo (USP), Ele afirma que a água açucarada usada nos bebedouros para atrair beija-flores não faz mal à saúde deles. E explica: “A candidíase é uma infecção causada por um fungo, a Candida albicans. É uma afecção que ocorre também no ser humano, o conhecido "sapinho" que às vezes aparece na boca de crianças pequenas. É uma infecção "oportunista", ou seja, aproveita-se da queda de resistência imunológica do organismo para instalar-se. No caso de crianças, decorre do fato de sua resistência imunológica estar ainda em fase de formação. Também é comum em diversas outras situações que envolvem queda da resistência imunológica, como nos casos de AIDS. A informação de que bebedouros para beija-flores pode acarretar candidíase nos bicos destas aves foi dada inicialmente, presumivelmente, pelo naturalista Augusto Ruschi. Entretanto, isto não está comprovado cientificamente. O que pode ter acontecido, é que Ruschi mantinha beija-flores em cativeiro e estes, em função desta condição, podem ter ficado desnutridos e estressados e, consequentemente, com suas defesas imunológicas deprimidas. De vez em quando este assunto é novamente propalado pela imprensa, dando motivo à suspeita de que seja apenas uma estratégia visando aumentar a venda de um produto comercial alternativo do açúcar comum, para ser utilizado nos bebedouros.” A finalidade do bebedouro para beija-flores é atrair estas aves para os jardins, varandas, janelas. O bebedouro não substitui as necessidades nutricionais dos beija-flores, já que o néctar tem outros nutrientes além do açúcar. E, além disto, os beija-flores se alimentam também de pequenos insetos e artrópodes, de onde obtêm proteínas. Para quem tem disponibilidade de espaço, o ideal é o plantio de diversas espécies vegetais que fornecem néctar, além de outras que fornecem materiais para a construção de ninhos. A manutenção de áreas arborizadas fornece também abrigos para estas aves, bem como permite a proliferação dos pequenos insetos dos quais elas se alimentam.

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Mas de qualquer forma, sempre que alguém for colocar água açucarada para beija-flores deve tomar as precauções de higiene indicadas: 1- Troque a solução com frequência, diariamente. 2- Faça uma limpeza adequada do bebedouro. O interior pode ser limpo com uma escova do tipo de limpar mamadeira ou das usadas em laboratórios para limpar tubos de ensaio, chamadas de gaspilhão. Na falta destas pode-se usar areia grossa ou arroz: joga-se um pouco dentro do recipiente com um pouco de água e sacode-se bem. É comum no interior do bebedouro, desenvolver-se algas que vão escurecendo a superfície. O tubinho por onde a ave suga a solução também deve ser limpo internamente. 3- Evite corolas ou outros ornamentos que dificultam a limpeza. 4- O bebedouro pode também ser deixado por meia hora dentro d'água com um pouco de água sanitária. Enxague bem. O uso de bebedouros feitos em casa utilizando garrafas vazias de água ou refrigerantes tem a vantagem de poderem ser jogados fora e trocados mais frequentemente. Faça o seu: Pegue uma garrafa de plástico de refrigerante ou água mineral, tipo descartável, de 500 ml ou menor. Esquente um prego bem fino e faça um furinho na base da garrafa. Pinte em torno do furinho com esmalte vermelho. Pendure a garrafa com um arame. A concentração de açúcar indicada é de 20% (1 parte de açúcar para 4 partes de água) por ser parecida com a concentração do néctar. Não coloque mais nada além de água e açúcar. Formigas podem vir até o bebedouro. Para evitá-las basta colocar no suporte em que está pendurado um pedacinho de estopa, algodão ou um pano qualquer e embebê-lo com óleo queimado. Também abelhas podem ser atraídas ao bebedouro, às vezes em grande quantidade, impedindo que as aves se aproximem. Diversas medidas podem ser tomadas para afastá-las:

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1- Retire as flores que enfeitam os bebedouros se tiver. Para os beija-flores basta o tubinho ou mesmo só um furinho com uma marca vermelha em volta para atraí-lo. As flores ajudam a atrair abelhas e também servem como local para pousarem. 2- Retire os bebedouros durante alguns dias, até que as abelhas desapareçam. Coloque-os em seguida em lugares diferentes de onde estavam. Os beija-flores os acham com facilidade, mas as abelhas podem demorar um pouco mais para descobri-los. 3- Use um tubinho mais comprido. Os beija-flores alcançam a água açucarada pois enfiam o bico no tubinho. Já as abelhas podem ter dificuldade para fazer isto. 4- Use um bebedouro bem simples, feito em casa, como explicado mais acima. Passe óleo vegetal na base da garrafa e principalmente em torno do furinho. As abelhas terão dificuldades em pousar, pois escorregarão no óleo. 5- Faça um bebedouro doméstico como explicado. Sobre o furinho, coloque uma pequena tira de plástico (retire esta tira de outra garrafa, estas de 2 litros por exemplo). No meio da tira faça um furinho um pouco mais largo que o da garrafa (3 mm mais ou menos). Grude a tira de plástico sobre a garrafa (use esparadrapo ou alguma boa cola) de modo que o furo da tira coincida com o furo da garrafa, porém fique distante dele uns 5 mm. Os beija-flores enfiarão o bico pelo furo da tira, alcançando o furo da garrafa, porém as abelhas não conseguirão fazer isto. A distância da tira da garrafa tem que ser menor que o tamanho das abelhas, para que elas não entrem por debaixo da tira. Pinte em torno do furinho da garrafa de amarelo (3-4 cm de diâmetro) e em torno do furinho da tira de plástico (esta pode ter também 3-4 cm de largura) de vermelho, com 1 cm de diâmetro. Dará assim um efeito de flor natural e o vermelho guiará os beija-flores ao furinho. Importante: Não use inseticidas ou qualquer outro produto químico para espantar as abelhas, pois poderá contaminar os beija-flores. Bem... agora com esta questão esclarecida podemos sem culpa e sem medo, colocar água açucarada para atrair os beija-flores para o nosso jardim.

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Frutíferas: podar é bom?

A melhor resposta é: depende do que você espera delas. A princípio, uma árvore não precisa de poda. Na natureza, as plantas não são podadas e vivem muito bem. Mas você pode desejar que sua árvore não cresça muito, dê mais flores e frutos, por exemplo. E é aí que a poda pode ser fundamental para algumas espécies. Você tem, dessa forma, duas tarefas: descobrir se sua planta se enquadra entre as que podem se beneficiar da poda para frutificar e florescer melhor, e aprender a podá-la. Quando se fala em frutíferas, as árvores que precisam de poda são fáceis de reconhecer. Esse grupo perde suas folhas no inverno, são as chamadas árvores de folhas caducas. Entre elas, as mais comuns são as macieiras, pereiras, ameixeiras, figueiras, pessegueiros e até as videiras. As demais chamam-se árvores de folhas perenes. Para elas, a poda só é necessária nos primeiros anos de vida. Nas perenes, os galhos mais velhos continuam frutificando.

Grande parte das árvores frutíferas brasileiras não perdem todas as suas folhas durante o inverno: são chamadas perenes. "Nesse grupo, os galhos envelhecem, mas continuam capazes de oferecer bons frutos todos os anos". Por essa razão, as podas de frutificação são desnecessárias. Você fará podas significativas quando a árvore da espécie perene ainda for jovem, em média nos seus primeiros três anos de vida. E depois você realizará apenas as podas de limpeza, para retirar os galhos secos. Na primeira poda de uma espécie perene, define-se o tamanho da árvore. Ao cortar a ponta do tronco principal (onde fica a gema apical), você faz o harmônio de crescimento da planta ser redistribuído e por isso vários galhos aparecem (a partir das gemas laterais). A finalidade da segunda e terceira poda é dar forma simétrica à planta. Você escolhe quais galhos quer que se desenvolvam e cuida para que eles se mantenham robustos. Podas anuais fazem bem para as árvores de folhas caducas. Também chamadas de decíduas ou semiperenes, as macieiras, pereiras, pessegueiros, ameixeiras e figueiras precisam de podas todos os anos. Quando frutificam, seus galhos perdem a vitalidade. Assim, no ano seguinte, precisam recompor o nível hormonal e não dão bons frutos. "A

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poda de frutificação é recomendada, nesses casos, porque garante que a qualidade e a quantidade de frutos seja regular anualmente ". O rigor da poda depende da espécie da planta, do clima e do tipo de solo onde ela foi cultivada. Mas, de forma geral, a árvore passaria pela poda de formação, como as perenes. Depois de adulta, os seus galhos devem ser podados todos os anos após a frutificação. Os galhos que nascem no ano seguinte costumam gerar frutos mais vigorosos.

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Dicas para ter um jardim bonito e saudável

Ter um jardim vistoso e saudável exige cuidados especiais. A escolha das espécies, o local onde serão plantadas, a periodicidade da rega: tudo isso influencia no resultado final. Não adianta aumentar a quantidade de adubo ou de água para que a planta cresça mais rápido. Com jardins, de nada vale a ansiedade. Tudo tem o seu tempo. Confira abaixo algumas lições:

Rega na medida certa Informe-se sobre a quantidade de água que cada espécie necessita ao longo do dia. Evite regá-las à noite. Sem luz natural, a umidade é maior, o que facilita a proliferação de fungos. Procure pensar na irrigação antes de as espécies serem plantadas. Dessa forma, não será necessário rasgar o gramado e desfazer canteiros para a instalação de canos e tubos. Mas, se for aguar as plantas com mangueiras comuns, experimente instalar torneiras a cada 20 m. Isso facilitará a rega, ao trabalhar com mangueiras menores. Adubo calibrado Calcule bem a dose de adubos e fertilizantes. Preste atenção no rótulo do produto e nas indicações de quantidade e freqüência da aplicação. Aproveite as primeiras horas da manhã para adubar, quando o Sol ainda não esquentou o solo. Farmácia da terra A melissa é ótima contra gripes, o orégano é conhecido por propriedades expectorantes e o poejo ajuda a curar inflamações na garganta. Essas e outras plantas medicinais exigem mimos extras, principalmente no verão. Evite tocá-las ou regá-las sob o sol, quando suas folhas estão quentes, pois elas queimam facilmente. Frutas no jardim É possível plantar árvores frutíferas no jardim. O segredo está na escolha das espécie. As pitangueiras e acerolas, por exemplo, têm

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raízes mais delicadas e por isso são ideais para canteiros. A poda vai ajudar a controlar o tamanho das espécies. Para o pé ficar baixo e gordinho, como um arbusto, o truque é cortar 20 cm dos galhos a cada dois anos, sempre em agosto. Mas ambas exigem paciência, pois crescem 10 cm por ano. Já a seriguela atinge 3,5 m em dois anos. Terreno florido As flores precisam de manutenção redobrada. Elas pedem sol o dia todo e necessitam de um lugar com maior incidência de luz. Fique atento: folhas amareladas indicam carência de ferro e a recuperação é difícil. Mais espaço Elas precisam respirar para crescer. Deixe um espaço de pelo menos um palmo entre as mudas. Arrume o solo Em vasos e canteiros, a terra deve estar bem fofa para facilitar a circulação de ar e a passagem de água. Coloque uma camada de cascalho no fundo do vaso para auxiliar a drenagem da água.

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Os excessos que podem maltratar as plantas

É muito comum a gente ver plantinhas em vasos morrerem por falta de tratamento, mas isso também costuma acontecer devido ao excesso de cuidados. Saiba que o trabalho de manutenção deve ser constante, porém na medida certa. Acompanhe aqui alguns dos erros mais comuns e procure não cometê-los. As chances de ter plantas saudáveis serão maiores! Não regue demais, pois isso só faz com que as raízes e as folhas apodreçam. Coloque água somente quando o solo estiver ligeiramente seco e não deixe que ela se acumule no pratinho sob o vaso. ° Não use água fria para borrifar ou regar a folhagem. Prefira água na temperatura ambiente, que evita possíveis choques térmicos, prejudiciais até às espécies mais resistentes. ° Não exponha as plantas a correntes de ar frio. Elas só precisam de ambientes bem arejados para manter suas folhagens bonitas. ° Não coloque os vasos, de vez em quando, para tomar ar ou chuva, isso pode provocar uma mudança brusca de temperatura. ° Não lave as folhas diretamente em tanques ou banheiras. O ideal é borrifar água na temperatura ambiente e limpar com um pano bem macio. ° Não mude as plantas de lugar, se elas estiverem bem adaptadas ao local. Assim não precisarão despender energia para se acostumar às novas condições. ° Não aplique indiscriminadamente inseticidas ou adubos. Escolha a fórmula de fertilizante adequada às necessidades de cada planta e use-a conforme as instruções do fabricante, pois o excesso pode queimar as raízes. No caso dos inseticidas, use só quando os métodos de limpeza não resolverem. Sempre respeitando as indicações que acompanham o produto.

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O uso de vasos na decoração

A importância dos vasos para a decoração da casa e do jardim é evidente, mas saiba quais os fatores que devem ser levados em consideração na hora da compra. Eles são bem vindos em qualquer parte da casa: seja na sala, no jardim, perto da piscina ou até mesmo no banheiro. Mas, na hora da escolha, encontrar o vaso certo para transformar aquele canto sem graça em um espaço especial é tarefa na qual deve-se levar em conta alguns fatores importantes. A primeira pergunta que se deve fazer na hora de comprar um vaso é onde se pretende colocá lo. Se o objetivo é adquirir um para a parte externa da casa, deve se verificar o material utilizado na fabricação do objeto, que deverá ser mais resistente. Alguns materiais voltados para isso são o concreto, resina plástica ou resina de vidro, que oferecem mais resistência contra chuva, vento e outras condições às quais serão expostas em um jardim externo. Os modelos artesanais em cerâmica também podem ser colocados na parte externa da casa, mas não oferecem tanta resistência aos fatores climáticos. Portanto, se você quer que o seu vaso tenha uma vida longa, é mais aconselhável utilizar estas peças em locais internos. Outro fator importante é escolher o vaso certo para o que irá se cultivar. Afinal, você não terá uma planta bonita se esta tiver que espremer sua raiz para caber no vaso. Se isto ocorrer, a espécie poderá se desenvolver com alguma deformação. Alguns paisagistas aconselham que o vaso tenha um terço do tamanho da planta, mas a palavra final é sempre do seu bom senso.

Os efeitos decorativos também têm que influenciar na sua decisão. Não pense que para adquirir uma bonita peça é preciso gastar muito dinheiro, pois o mercado de vasos em qualquer lugar do Brasil oferece uma enorme gama de opções com preços, tamanhos e materiais diversos. Além do mais, usar a criatividade para reutilizar recipientes de plástico, alumínio ou vidro e transformá los em lindíssimos vasos também pode ser uma boa e ecológica opção: basta ter bom gosto e disponibilidade.

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Para alojar e manter as plantas sempre bonitas em vaso dentro de casa é preciso tomar algumas providências básicas, como arrumar um lugar arejado e iluminado, não aglomerar diversas espécies em um mesmo recipiente e manter um vaso com certa distância do outro para não prejudicar a ventilação entre as plantas. Em caso de flores cultivadas diretamente na água é preciso dar um cuidado especial ao vaso, lavando o todos os dias com água e sabão. Neste caso, prefira os vasos com fundo liso, que são mais fáceis de limpar e não deixam resíduo algum. Alguns paisagistas aconselham escolher o vaso certo pelo tamanho natural da planta: ele deve ter sempre 1/3 deste tamanho. Os vasos também são solução para aquelas espécies de plantas ou flores que não propagam de maneira nenhuma na terra local. Para isto a adubação deve ser freqüente; O aconselhável é que se adube a terra pelo menos a cada dois meses, porque o único alimento que a planta possui ao ser cultivada no vaso é a terra. Contando apenas com este fator, muitas vezes não é possível garantir o desenvolvimento da espécie. Adquira também o hábito de regar suas plantas todos os dias com apenas um pouco de água, isto vai depender do clima, e tome o cuidado para não encharcar o substrato, pois esta atitude poderá comprometer a vida da planta.

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Jardim com problemas?

Suas plantas não andam lá muito viçosas? As folhas amarelam,aparecem manchas? Nem sempre essas alterações são sintomas dedoença. Às vezes, você só precisa mudar o jeito de cuidar do jardim etudo voltará ao normal. Abaixo, mostramos problemas comuns queacontecem com as espécies e soluções fáceis de adotar.

Problema Motivo Solução

as pontas das folhas murcham e escurecem falta de água

aumente a freqüência das regas, não o volume. Também pode ser falta de nutrição. Experimente fazer uma adubação superficial nos

primeiros 5 cm do solo as folhas inferiores dobram e

murcham e as folhas mais antigas amarelam e caem

excesso de água diminua o volume de água, mas não a freqüência das regas

bordas das folhas parecem queimadas e enrolam falta de umidade no ar

pulverize as folhas com água e ponha os vasos em cachepôs, para que retenham mais umidade. Preencha o espaço entre os dois

recipientes com esfagno, um tipo de musgo que concentra umidade sem apodrecer.

planta está murcha e as folhas, amareladas

esses sinais aparecem quando a espécie pega correntes de ar

mude-a para um local com a mesma incidência de luz, porém mais abrigado

a planta não cresce as raízes estão compactadas e falta terra

a espécie precisa de um espaço maior. Replante-a em um novo vaso, com terra adubada. Se o exemplar estiver em um canteiro, afofe a terra e proteja-a com uma cobertura de folhas secas, ou plante uma

forração verde

a espécie florífera não dá flor a planta precisa de adubo experimente colocar húmus de minhoca misturado com farinha de osso. Os produtos vêm com a prescrição da dosagem apropriada

florais aparecem, mas não têm força para abrir

a causa mais provável é a luminosidade insuficiente mude o vaso para um local mais iluminado

crosta esbranquiçada no exterior do vaso a terra está encharcada coloque menos água e adube uma camada superficial de 5 cm de

solo com uma boa dose de matéria orgânica formou lodo na superfície do

solo longo período de regas em

demasia deixe de molhar a planta por mais ou menos uma semana. Quando recomeçar a colocar água, sempre espere que a terra seque entre as

regaspequenas manchas marrons por

toda a folha pulverização ou rega com mangueira feitas sob o sol

não molhe a planta sob sol intenso. O melhor período para colocar água é de manhã

as folhas se curvam para baixo e as flores fenecem

rapidamente a terra deve estar muito seca lembre-se de regar

folhas murchas e sem vida pouca luz leve a espécie para um local mais iluminado buracos nas folhas ataque de lesmas, caracóis ou

lagartas procure os bichinhos e retire-os manualmente. Veja também se a planta não está com a terra excessivamente úmida. Se for o caso,

diminua a quantidade de água folhas acinzentadas, sem vida poeira depositada sobre as

folhas lave-as com água folhas menores que o normal e

planta muito suscetível a pragas e doenças

falta de fertilizante adube a espécie regularmente. Se o problema persistir, mude a planta de vaso, oferecendo a ela uma terra fresca e rica em nutrientes. Em canteiros, proceda da mesma forma, adubando e renovando a terra

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Poda das Roseiras

A rosa é uma planta que mesmo resistente, pede alguns cuidados para se manter saudável e aumentar cada vez mais a floração. A poda é primordial nesse quesito. São necessárias pelo menos três podas por ano: uma drástica e as outras de limpeza.

A poda drástica, feita em julho, durante o inverno, serve para aumentar a nova florada. Corta-se de 20 a 30cm dos galhos mais altos. Durante o resto do ano, pode-se fazer a poda de limpeza, quando são retiradas as flores velhas, que já desabrocharam. Além disso, deve-se também cortar 2 ou 3 brotos (gemas) para estimular a brotação. Uma poda bem feita é garantia de flores bonitas e saudáveis e até dobra a produção a cada florada. Lembre-se de fazê-la corretamente, cortar por cortar apenas mutila a planta e a expõe mais ao ataque de pragas como a abelha arapuá, besouros, tripés, formigas, pulgões, ácaros ou doenças como o mofo. A hora da tesoura A poda deve ser feita com um instrumento bem afiado, que não esmague o ramo e bem limpa. Passe um desinfetante na tesoura (álcool 70%, por exemplo) antes de cortar um galho sadio. Não corte muitos galhos de uma vez, pois os espinhos que vão ficar no chão não vão deixar você chegar perto da roseira. Use uma luva bem grossa. Outra dica é não fazer a poda usando chinelos de dedo, se você ama seus pezinhos, dê preferência a calçados fechados! Limpe bem a roseira antes de começar a poda. Galhos mortos, fracos, doentes ou atravessados no centro, que estejam impedindo o sol de atingir toda a planta devem ser retirados. Porém, cada grupo de roseiras merece um tipo de poda. As roseiras também precisam de uma poda bem acentuada no fim do outono ou início de inverno, para florirem mais vigorosamente a partir da primavera. Você deve podá-las anualmente nesta época, eliminando os galhos mais finos e secundários e cortando boa parte dos galhos dominantes e principais. Utilize sempre tesoura apropriada para poda, afiada e limpa. Faça sempre o corte em ângulo (inclinado).

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Os dias frios do inverno são ideais para se fazer a poda das roseiras, tão importantes para incentivar o surgimento de novos brotos e aumentar a floração. Entre os meses de junho, julho e agosto, faça a poda das roseiras sem mistérios. Durante o primeiro ano de desenvolvimento da planta, é necessário retirar toda brotação que surgir até cerca de 15 cm acima do ponto de enxerto. Iniciando a poda da roseira formada, corte os brotos novos junto ao solo, deixando um toco de 12 a 15 cm a partir do ponto de poda anterior. Faça essa poda com o uso de luvas para proteger as mãos contra os espinhos. No galho devem ficar de três a quatro gemas (brotos). Retire também os ramos doentes, secos e os que não apresentem gemas em boas condições. Após a poda Ao fim da poda das roseiras, limpe completamente o canteiro retirando todo o mato. A seguir, revolva o solo, aplicando esterco de gado, de galinha ou coelho (bem curtido). Misture bem o fertilizante com a terra e cubra o solo com grama seca. Regue diariamente (mas sem encharcar!), até que comecem a surgir às primeiras rosas, cerca de dois meses e meio depois da poda. Uma poda para cada tipo de roseira Há vários tipos de roseiras e, evidentemente, uma poda especial para cada tipo: Poda baixa Ideal para rosas-rasteiras, híbridas-de-chá , sempre-floridas, miniaturas e biscuit. É considerada a poda mais drástica. Deve ser feita também, de tempos em tempos, nas roseiras trepadeiras, cercas-vivas e arbustivas, para rejuvenescer as hastes e favorecer uma floração abundante. Para realizá-la, comece fazendo uma limpeza, cortando todos os galhos secos, velhos, fracos e mal formados. A seguir, corte todas as ramas a uma altura de 20 a 25 cm, tendo como base o ponto de enxerto.

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Para favorecer a brotação, faça o corte em diagonal, sempre 1 cm acima da gema mais próxima. Poda alta Recomendada para cercas-vivas e roseiras arbustivas. Primeiro faça uma limpeza de todos os ramos velhos, fracos e mal-formados. Depois, tomando como base o ponto de enxerto, faça a poda na altura de 80 cm a 1 metro. Deixe as hastes mais fortes um pouco mais longas e procure manter uma altura adequada ao local onde a roseira está plantada. Este tipo de poda pode ser usado também para as roseiras trepadeiras e silvestres, só que um pouco mais suave. Poda parcial Indicada para roseiras silvestres e trepadeiras, que produzem hastes longas, com 3 a 4 metros de comprimento. Durante o primeiro ano de crescimento, estas hastes não florescem, sendo o período ideal para educar seu crescimento. Comece fazendo a limpeza das hastes secas, velhas e fracas. A seguir, poda-se as outras hastes, na medida de 1/3 de seu comprimento total. O restante da haste deve ficar preso ao tutor, em forma de arco, para que todas as gemas aparentes possam brotar. A lua Muito se fala, ainda, a respeito da "lua certa" para se fazer as podas. Não existe nada cientificamente comprovado a respeito, entretanto, não custa nada dar uma força para a natureza e podar as roseiras sempre na lua minguante, considerada a mais adequada. Broto - Órgão capaz de desenvolver folhas e/ou flores. O mesmo que "gema" e "borbulha".

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Dicas para ter um jardim bonito e saudável

Ter um jardim vistoso e saudável exige cuidados especiais. A escolha das espécies, o local onde serão plantadas, a periodicidade da rega: tudo isso influencia no resultado final. Não adianta aumentar a quantidade de adubo ou de água para que a planta cresça mais rápido. Com jardins, de nada vale a ansiedade. Tudo tem o seu tempo. Confira abaixo algumas lições:

Rega na medida certa Informe-se sobre a quantidade de água que cada espécie necessita ao longo do dia. Evite regá-las à noite. Sem luz natural, a umidade é maior, o que facilita a proliferação de fungos. Procure pensar na irrigação antes de as espécies serem plantadas. Dessa forma, não será necessário rasgar o gramado e desfazer canteiros para a instalação de canos e tubos. Mas, se for aguar as plantas com mangueiras comuns, experimente instalar torneiras a cada 20 m. Isso facilitará a rega, ao trabalhar com mangueiras menores. Adubo calibrado Calcule bem a dose de adubos e fertilizantes. Preste atenção no rótulo do produto e nas indicações de quantidade e freqüência da aplicação. Aproveite as primeiras horas da manhã para adubar, quando o Sol ainda não esquentou o solo. Farmácia da terra A melissa é ótima contra gripes, o orégano é conhecido por propriedades expectorantes e o poejo ajuda a curar inflamações na garganta. Essas e outras plantas medicinais exigem mimos extras, principalmente no verão. Evite tocá-las ou regá-las sob o sol, quando suas folhas estão quentes, pois elas queimam facilmente. Frutas no jardim É possível plantar árvores frutíferas no jardim. O segredo está na escolha das espécie. As pitangueiras e acerolas, por exemplo, têm

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raízes mais delicadas e por isso são ideais para canteiros. A poda vai ajudar a controlar o tamanho das espécies. Para o pé ficar baixo e gordinho, como um arbusto, o truque é cortar 20 cm dos galhos a cada dois anos, sempre em agosto. Mas ambas exigem paciência, pois crescem 10 cm por ano. Já a seriguela atinge 3,5 m em dois anos. Terreno florido As flores precisam de manutenção redobrada. Elas pedem sol o dia todo e necessitam de um lugar com maior incidência de luz. Fique atento: folhas amareladas indicam carência de ferro e a recuperação é difícil. Mais espaço Elas precisam respirar para crescer. Deixe um espaço de pelo menos um palmo entre as mudas. Arrume o solo Em vasos e canteiros, a terra deve estar bem fofa para facilitar a circulação de ar e a passagem de água. Coloque uma camada de cascalho no fundo do vaso para auxiliar a drenagem da água.

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Os excessos que podem maltratar as plantas

É muito comum a gente ver plantinhas em vasos morrerem por falta de tratamento, mas isso também costuma acontecer devido ao excesso de cuidados. Saiba que o trabalho de manutenção deve ser constante, porém na medida certa. Acompanhe aqui alguns dos erros mais comuns e procure não cometê-los. As chances de ter plantas saudáveis serão maiores! Não regue demais, pois isso só faz com que as raízes e as folhas apodreçam. Coloque água somente quando o solo estiver ligeiramente seco e não deixe que ela se acumule no pratinho sob o vaso. ° Não use água fria para borrifar ou regar a folhagem. Prefira água na temperatura ambiente, que evita possíveis choques térmicos, prejudiciais até às espécies mais resistentes. ° Não exponha as plantas a correntes de ar frio. Elas só precisam de ambientes bem arejados para manter suas folhagens bonitas. ° Não coloque os vasos, de vez em quando, para tomar ar ou chuva, isso pode provocar uma mudança brusca de temperatura. ° Não lave as folhas diretamente em tanques ou banheiras. O ideal é borrifar água na temperatura ambiente e limpar com um pano bem macio. ° Não mude as plantas de lugar, se elas estiverem bem adaptadas ao local. Assim não precisarão despender energia para se acostumar às novas condições. ° Não aplique indiscriminadamente inseticidas ou adubos. Escolha a fórmula de fertilizante adequada às necessidades de cada planta e use-a conforme as instruções do fabricante, pois o excesso pode queimar as raízes. No caso dos inseticidas, use só quando os métodos de limpeza não resolverem. Sempre respeitando as indicações que acompanham o produto.

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Plantas tóxicas

Algumas das plantas ornamentais que temos em nossos em vasos ou jardins podem esconder perigo por trás de sua beleza. Elas são chamadas "plantas tóxicas" pois apresentam princípios ativos capazes de causarem graves intoxicações quando ingeridas ou irritações cutâneas quando tocadas. Segundo dados do Sinitox (Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas), cerca de 60% dos casos de intoxicação por plantas tóxicas no Brasil ocorrem com crianças menores de nove anos. E a maioria, 80% destes casos, são acidentais. O Sinitox, que fornece informações sobre os agentes tóxicos existentes, funciona em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz e possui centros de atendimento e informações em vários estados do Brasil (veja telefones no final desta matéria). Geralmente, a intoxicação por plantas acontece por desconhecimento do potencial tóxico da espécie. Apresentamos algumas das espécies ornamentais tóxicas mais comuns em quintais, jardins e vasos. Mas antes, atenção para estas orientações: 1- Mantenha as plantas venenosas fora do alcance das crianças e dos animais domésticos. 2- Procure identificar se possui plantas venenosas em sua casa e arredores, buscando informações como nome e características. 3- Oriente as crianças para não colocar plantas na boca e nunca utilizá-las como brinquedos (fazer comidinhas, tirar leite, etc.). 4- Não utilize remédios ou chás caseiros com plantas sem orientação especializada. 5- Evite comer folhas, frutos e raízes desconhecidas. Lembre-se de que não há regras ou testes seguros para distinguir as plantas comestíveis das venenosas. Nem sempre o cozimento elimina a toxicidade da planta. 6- Tome cuidado ao podar as plantas que liberam látex, pois elas podem provocar irritação na pele e principalmente nos olhos. Evite deixar os galhos em qualquer local onde possam atrair crianças ou animais. Quando estiver mexendo com plantas venenosas use luvas e lave bem as mãos após esta atividade. 7- Cuidados especiais também devem tomados com os animais domésticos. Animais filhotes e adultos muito ativos têm uma grande curiosidade por objetos novos no meio em que vivem e notam logo quando há um vaso diferente em casa ou uma planta estranha no jardim. Não é raro o animal lamber, morder, mastigar e engolir aquilo que lhe despertou a curiosidade.

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Animais privados de água podem, por exemplo, procurar plantas regadas ou molhadas de chuva recentemente e ingerir suas partes. Há casos de cães e gatos que ficam sozinhos confinados por períodos longos que acabam se distraindo com as plantas e acabam por ingeri-las. 8- Em caso de acidente guarde a planta para identificação e procure imediatamente orientação médica.

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A transpiração dos vegetais

Nos vegetais, a perda d’água sob forma de vapor é denominada de transpiração. A seiva bruta que sobe da raiz às folhas, é uma solução extremamente diluída de matérias minerais. Penetrando no interior da planta, acarreta a entrada de quantidade maior do que as necessidades do vegetal. Através da folha, pela transpiração, a planta consegue eliminar o excesso, facilitando assim a circulação da seiva. Todas as superfícies permeáveis da planta em contato com o ar podem transpirar, mas a atividade maior está nas folhas, pois estas possuem os estômatos que agem como controladores da transpiração e são aberturas microscópicas existentes na epiderme foliar ou caulinar, que se abrem internamente em canais aeríferos e permitem as trocas gasosas necessárias à vida das plantas. Os estômatos encontram-se mais freqüentemente só do lado inferior da folha, que é mais protegido contra os raios solares e contra o vento. A transpiração da planta varia de acordo com alguns fatores ambientais como: a temperatura (muitas plantas nas horas mais ensolaradas do dia, fecham completamente seus estômatos para evitar distúrbios que podem ocorrer de uma transpiração excessiva), a luz (diminui muito quando está escuro) e a umidade do ar. Até mesmo as correntes de ar que passam sobre a superfície das folhas podem influir,ativando a transpiração duas a cinco vezes mais do que em atmosfera calma. Conforme a espécie, as herbáceas que têm o porte e a consistência de erva, por exemplo, transpiram mais. A idade da planta também influencia na transpiração, variando muito de acordo com a fase em que ela se encontra: se em crescimento ativo, etc.. Esses fenômenos são facilmente verificados em terrários de vidro. As paredes do recipiente tornam-se embaçadas. As gotas condensadas que ali escorrem, são da água perdida pela planta sob a forma de vapor. A quantidade de água que as plantas perdem durante a transpiração é enorme. Para se ter uma idéia, basta extrairmos uma plantinha do solo e verificarmos logo depois de alguns minutos: ela estará completamente murcha. A Bétula, que possui mais ou menos 200.000 folhas, é capaz de transpirar de 60 a 70 litros diários, quantidade que pode subir se as condições forem favoráveis, para até 400 litros. Um pé de milho, durante seu ciclo vegetativo (três meses) transpira 200 litros de água. Algumas plantas, ao invés de transpirar sob a forma de vapor, suam, eliminando água em abundância através de estômatos aqüíferos, ou pelas aberturas, ou pelas pequenas lacerações no caule e nas bordas, ou pela ponta das folhas, fenômeno denominado sudação. Na Calocasia antiquorum, da família das Aráceas, a sudação é muito ativa, chegando cada folha a eliminar 180 gotas por hora. Ao fazer-se um corte no caule de alguns vegetais, como no da videira, na dália ou no fumo, a água

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escorre em abundância, ocorrência denominada botanicamente de lágrimas ou choro das plantas. A Caesalpinia pluviosa dos trópicos verte água de tal modo, que parece chover ao seu redor. A popular Agave americana, durante o dia, deixa escorrer do broto terminal um suco muito abundante. A água que goteja das folhas nem sempre é muito pura, podendo conter matérias orgânicas e minerais. Podemos notar em certos vegetais como nas Saxifragaceas (hortênsia, falso jasmim) ou nas Plumbaginaceas (bela-emília, lavanda-do-mar) que o líquido eliminado encerra grande proporção de calcário, o qual, ao evaporar-se, forma uma crosta cristalina nas folhas. Fisiologistas têm observado em seus estudos e pesquisas que os vegetais possuem uma faculdade reguladora do processo respiratório bastante influente, maior até do que os dispositivos protetores que existem nas suas superfícies, como pêlos, presença de cera, enrolamentos de folhas, estômatos, etc.

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As plantas também dormem

Como todos os seres vivos, as plantas também precisam de repouso. E é durante o inverno que elas descansam. O sono verde do inverno é uma função biológica que norteia a vida das plantas. O amarelecimento das folhas, nessa época é um dos muitos sinais, dados pelas plantas perenes, de que estão hibernando. Nos casos extremos, como das bulbosas típicas (gladíolos, frésias, lírios, dálias e anêmonas), as plantas passam para uma atividade subterrânea e secam completamente suas partes áreas. É nessa ocasião que os bulbos precisam ser arrancados: com um pequeno pincel, retira-se todo o excesso de terra que os recobre e devem ser então guardados em um saco plástico perfurado. Três a quatro meses depois são replantados e a reserva alimentar acumulada nos bulbos transfere-se para o caule fazendo surgir novos brotos. Deixe dormir em paz Durante o sono ou repouso de inverno, o crescimento, vegetativo estaciona completamente, ou ocorre muito devagar, tornando inútil ou contraproducente qualquer esforço para "puxar pelas plantas" usando adubos ou fórmulas mágicas. Menos adubo, menos água, menos interferência na terra é a melhor atitude para atravessar esse período de "hibernação”. Ou seja: deixe a planta repousar em paz. Essa regra vale para quase todas as plantas. Uma das poucas exceções, o gerânio, o amor-perfeito, é diferente porque floresce durante todo o inverno. Essa variedade apresenta bonitas folhas em forma de leque semifechado, recobertas por uma certa pilosidade, a nervação em plissê, corrugada. Suas cores são fantásticas e as flores chegam às vezes a ter 8 centímetros de diâmetro. Acordadas, florescem Em meados de julho, em todo o Brasil a maioria das plantas começa a acordar, voltando à vegetação plena em agosto para florir na primavera. Algumas espécies não respeitam esse calendário e dormem menos tempo. O seu repouso começa logo após o momento específico da floração. É o caso do ipê e da primavera (bougainvillea spectabilis), cujas flores desabrocham durante os meses frios. Para alegrar um ambiente durante os meses frios há uma exceção: as plantas que dispensam o sono. As suculentas, por exemplo, se receberem boa luz e quantidade suficiente de água (sem encharcar o solo) não dão trabalho, multiplicam-se bem partindo de um simples fragmento de folha e apresentam surpreendente vontade de viver.

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Arte floral

A preparação de um arranjo de flores realmente bonito requer alguns conhecimentos, mesmo que rudimentares de arte floral. Antes de qualquer coisa, é necessário selecionar o local onde o arranjo será instalado. A forma geométrica da silhueta básica pode ser um circulo, uma oval, uma linha horizontal ou vertical, um triângulo ou uma meia lua. Imagine qualquer uma dessas formas no tamanho proporcional ao local escolhido. Selecione então uma travessa ou uma tigela adequadas: flores rústicas, como por exemplo às zínias e margaridas, pedem recipientes rústicos de cerâmica ; as flores formais, como os cravos e as rosas precisam de recipientes formais de porcelana, cristal ou prata. O tamanho das flores também é importante para se conseguir uma escala correta; os arranjos pequenos são feitos com flores pequenas, e as flores grandes e vistosas precisam de um ambiente amplo. Como preparar o arranjo O mais importante em um arranjo é a utilização de um suporte firme que prenda as hastes das flores no lugar exato. Procure um kensan - peça usada na composição de Ikebana com base de chumbo e pregos de latão. Esse suporte deve ficar bem preso no fundo do vaso. Para isso, cole o com argila ou massa de vidraceiro (devem ser aplicadas em superfície bem seca). Se você não tiver o kensan, coloque um pedaço de arame de galinheiro ligeiramente amassado em um recipiente bem alto. Areia úmida ou pedrinhas também podem substituir o kensan. A proporção entre o vaso e as flores é fundamental para a obtenção de um arranjo harmonioso. As flores devem ficar dois terços mais altas que a altura dos vasos, caso eles sejam estreitos, ou pelo menos duas vezes maiores que a largura do diâmetro (no caso de vasos de boca larga). Portanto, tome cuidado para não cortar demais as hastes das flores. Meça-as e depois acrescente mais um pouco a medida, levando em conta a parte que vai ficar dentro do vaso. O tamanho, a cor e o formato das flores também são importantes. As flores pequenas devem ficar em cima, e as maiores na parte de baixo do arranjo. O mesmo acontece com as cores: as claras ficam em cima e as escuras, embaixo. Portanto, escolha flores pequenas de cores suaves e as maiores, de cores vibrantes e fortes. Se usar mais de uma qualidade de flores, escolha formatos diferentes para dar um aspecto mais agradável ao arranjo. Seguindo essas regras, você evitará um, arranjo pesado e desequilibrado. É importante o número de flores que deverá colocar no vaso. Não coloque números pares, nem duas flores na mesma linha. Complete o arranjo com folhagens.

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Pássaros livres podem viver no seu jardim

Pássaros e plantas sempre combinaram. Aqui, algumas idéias para você atrair passarinhos para o seu jardim. Seja na cidade, na praia, no campo ou na montanha. Nossa terra tem almeiras onde canta o sabiá... e pintassilgos, tico-ticos, canarinhos e muitas outras espécies de pássaros. No entanto, em plenos centros urbanos, parece uma idéia distante acordar com o alegre gorjeio dessas aves sobrevoando o jardim de nossa casa. Parece, mas não é! Assim como os seres humanos, os pássaros também acabam se adaptando à realidade das grande metrópoles, procurando locais adequados ao seu desenvolvimento. Atraí-los para seu jardim não é tarefa difícil: basta manter nele algumas plantas específicas que acolham essas aves. Existem ainda diversos recursos para ambientá-las. Além da beleza e do prazer que os pássaros proporcionam ao homem, eles cuidam da perpetuação das espécies vegetais, mantendo assim o equilíbrio ecológico. Frutos doces e coloridos: os mais convidativos De uma maneira geral, árvores frutíferas, sementeiras e floríferas atraem diferentes tipos de passarinhos. Espécies como pessegueiro, pereira, araçazeiro, romãzeira, mangueira, ameixeira, pitangueira, goiabeira, jabuticabeira, uvaia, framboeseira, amoreira e figueira hospedam com freqüência o sanhaço e o pássaro-preto, que engolem pequenos pedaços do fruto, além do bem-te-vi e o sabiá, que, por serem menores, apenas o bicam. O coqueiro brasileiro jeribá (ou jerivá) atrai periquitos. Já o pínheiros-do-paraná, plantados em grandes quantidades, são alvo certo para o descanso dos pintassilgos. Os palmitais recebem com mais freqüência tucanos e periquitos. Plantas como a duranta e a russélia são bastante atrativas para os beija-flores, que também gostam das espécies trepadeiras como a buganvília (primavera), tumbérgia, maracujazeiro e brinco-de-princesa. Pássaros como coleirinha, rolinha, canarinho-da-terra e pintassilgo gostam de plantas sementeiras, entre elas o jambolão (ou jamelão), piracanta, ligustro, quaresmeira, cássia e cedro. De uma maneira geral, as flores tubulosas e perfumadas, como sálvia, magnólia, hibisco, malvavisco e boca-de-leão, ou ainda grevílea de jardim, caliandra, suinã (ou árvore-candelabro) e bauínia atraem

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praticamente todos os tipos de pássaros. Algumas das plantas que dão palha, como hibiscos, ligustro, fícus, magnólia, tuia, palmeira, jerivá e gramíneas, fornecem abrigo e material para as aves fazerem seus ninhos. Ao contrário do que muitos acreditam, laranjeiras e limoeiros, assim como as demais árvores que produzem frutos cítricos, costumam afastar os pássaros. Outros recursos para você acolher aves Existem ainda outras alternativas para atrair passarinhos. Uma dela é a instalação de pequenos recipientes com 5 cm de profundidade, cheios de água, que servem como banheiras para as aves. A água deve ser substituída diariamente, mantendo-se assim fresca e limpa. Outro recurso que costuma dar bons resultados é a instalação de pequenas bandejas de madeira com pedacinhos de frutas doces, como banana, goiaba, caqui, ou sementes para pássaros. Essas bandejas devem ser limpas e reabastecidas diariamente. Também funcionam como atrativo de passarinhos (não só o beija-flor!) pequenas garrafinhas de plástico ou bebedouros com água e açúcar. Para que essa alternativa funcione são necessários alguns cuidados: a mistura deve ser fervida para evitar a fermentação e substituída a cada três dias, no máximo. A mistura compõe-se de uma medida de açúcar cristal para cada duas e meia de água. As aves costumam procurar alimentos de manhã ou à tardinha. Todos esses recipientes devem ser colocados em locais altos, com sombra e sossegados, longe do alcance de gatos e outros animais. Pequenos postes de madeira com pregos costumam funcionar.como suporte.

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Nos alimentos, a saúde das plantas

Adubação, fertilizantes, nutrientes... Certamente a maioria das pessoas que se dedicam ao cultivo de plantas já ouviu estas palavras dezenas de vezes. Que tal conhecer melhor cada um dos principais nutrientes das plantas e saber quando há carência? Quando você adquire um fertilizante químico, por exemplo, encontra no rótulo a descrição de sua composição e vê palavras como macronutrientes e micronutrientes, ou as siglas NPK, mas não é complicado entender tudo isso. Observe: Os macronutrientes são os elementos essenciais para que a planta se desenvolva normalmente: nitrogênio (N), fósforo (P), potássio (K), cálcio, magnésio e enxofre. Os três primeiros - nitrogênio, fósforo e potássio formam a famosa fórmula NPK e são fundamentais para a sobrevivência das plantas; Os micronutrientes são exigidos.em doses menores pelas plantas, mas são também de muita importância: ferro, boro, zinco, manganês, cobre, cloro e molibdênio. Conhecendo a função de cada um dos nutrientes e como a sua carência afeta as plantas, você terá condições de corrigir qualquer problema rapidamente. Observe o quadro abaixo: O PAPEL DOS NUTRIENTES MACRONUTRIENTES ELEMENTO

FUNÇÃO SINAIS DE CARÊNCIA Nitrogênio Mantém o crescimento sadio e garante a clorofila

das folhas Folhas sem cor e brilho pequenas e mal formadas

Fósforo Produz raízes saudáveis e é fundamental para o metabolismo da plantas na transformação dos nutrientes

Raízes fracas e mal desenvolvidas e baixa produção de brotos e flores

Potássio Ajuda a formar folhas sadias e é vital para o desenvolvimento das folhas e frutos, além de estimular o florescimento e o amadurecimento dos frutos

O florescimento e a frutificação são escassos ou até ausentes

Cálcio Essencial para o crescimento e desenvolvimento geral das plantas

As plantas apresentam desenvolvimento lento e deficientes pode ocorrer morte prematura de brotos novos

Magnésio Participa da fotossíntese, pois é integrante da clorofila

Folhagem escassa e fraca, os ramos e folhas perdem o vigor e a cor (clorose)

Enxofre Componente fundamental das proteínas, é responsável pelo aspecto sadio e o verde vivo das folhas

Plantas fracas que adoecem facilmente, folhagem pequena e descolorida

MICRONUTRIENTES ELEMENTO

FUNÇÃO SINAIS DE CARÊNCIA Ferro Essencial na produção da clorofila (o pigmento

verde das folhas) Plantas fracas e pouco desenvolvidas, folhas manchadas e sem cor (clorose)

Boro Auxilia na formação de brotos e no desenvolvimento das raízes

Pontas de ramos e raízes apresentam desenvolvimento insatisfatório, mas a carência deste elemento e quase rara

Zinco Fundamental para o bom desenvolvimento das plantas

Plantas abatidas, com atraso no crescimento Manganês Participa da fotossíntese, auxiliando a síntese da

clorofila Folhas manchadas, geralmente em tons verde claro e amarelo

Cobre Colabora para o desenvolvimento geral das plantas

Atraso no desenvolvimento Cloro participa na fotossíntese Sinais de carência são raros, pois esta presente na

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água a na maioria dos adubos Molibdênio Auxilia a absorção do nitrogênio Folhas pequenas e sem vigor Lembre-se A maioria dos fertilizantes contém macro e micronutrientes, verifique as fórmulas no rótulo ou embalagem; Fertilizantes com altas doses de fosfato são indicados para plantas com botões florais ou em inicio de floração; Compostos orgânicos são fontes naturais de vários elementos, entre eles, destacamos: esterco de aves e bovinos, farinha de ossos, torta de mamona e farinha de peixe. Sua, atuação é mais lenta, por isso são indicados na composição de misturas de solo, na hora do plantio; Calcário dolomítico é uma excelente fonte de magnésio; Fertilizantes químicos podem ser encontrados no mercado especializado em diversas formas: liquido, pó, cristais solúveis, bastões e pastilhas. Procure escolher o tipo mais adequado para a planta, lembrando que os bastões e pastilhas, introduzidos no solo, são fertilizantes de liberação lenta, enquanto que os solúveis podem ser aplicados na água das regas.

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O abc da jardinagem

O conhecimento não ocupa espaço, é o que já diziam os avôs de nossos avôs, mas quando se trata de jardinagem, saber mais pode significar economia, manutenção eficaz, beleza em áreas verdes e, principalmente mais qualidade de vida. Mesmo que você não coloque literalmente a mão na terra para alcançar o jardim desejado ou projeto paisagístico planejado por um profissional, é importante conhecer elementos básicos que compõe o processo de cultivo ordenado de espécies. É preciso entender, por exemplo, que lidar com a natureza, é lidar com pequenos e frágeis seres vivos, que necessitam de total atenção durante todo o ano; saber o significado de cada estação e suas funções no desenvolvimento dos vegetais; ou ainda conhecer os procedimentos básicos de irrigação, drenagem, preparo do solo, poda e propagação das espécies. Observar a natureza pode ser muito mais importante no momento de tratar um jardim do que horas e horas sobre livros teóricos. Na natureza nada é técnico ou segue regras, cada planta é um caso em especial e que deve ser respeitado. Solos ricos Alguns procedimentos simples colaboram com o solo, como a descompactação, revolvimento da terra, nivelamento, eliminação de pedras, galhos ou raízes mortas, mas é preciso desmistificar a história de solos pobres ou ricos. Na realidade, os solos possuem todos os nutrientes necessários para a germinação, desenvolvimento e propagação de uma planta, o que acontece é que, muitas vezes, estes "alimentos" podem estar em camadas muito inferiores da terra ou então estarem insolúveis, ou seja, incapazes de serem absorvidas pelas raízes dos vegetais. Apenas os solos esgotados pelo uso contínuo da exploração agrícola é que podem ser classificados como, estéreis para o plantio. Com exceção deste caso, todo solo pode produzir bem e seu jardim tem todo o potencial para se igualar a qualquer outra área verde. Para driblar este problema é necessário recorrer a processos de fertilização e adubação, que nada mais é do que balancear a alimentação das plantas. Adubos Há dois tipos de adubos, os químicos e os orgânicos, nos dois casos o principio ativo são os elementos químicos Nitrogênio (N), Fósforo, (P) e Potássio (K), os chamados macronutrientes, que aliados formam o trinômio NPK. O Nitrogênio é o responsável pela cor acentuada das folhas, caules e

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raízes; o Fósforo colabora no fortalecimento das raízes e, conseqüentemente na fixação da planta ao solo e ao estímulo da produção de folhas e flores; enquanto que o Potássio aumenta o vigor das plantas e sua resistência a doenças. A diferença entre a adubação química e orgânica reside no potencial físico, que cada uma delas oferece ao solo, como permeabilidade, capacidade de absorção de água ou coesão dos grãos de terra. Há divergências também quanto a forma com que estes macronutrientes são extraídos e sintetizados. O adubo químico apenas incorpora ao solo estes nutrientes, já o adubo orgânico possui todos os elementos que a planta necessita, com raríssimas exceções, e ele ainda trabalha pela estrutura do solo. No caso de adubos químicos, o Nitrogênio, Fósforo e Potássio são produzidos em laboratórios industriais, e o NPK pode ser composto por mais ou menos quantidade de cada um destes elementos, para que possa ser empregado, corretamente em cada situação. Assim seu poder de fertilização será mais concentrado. É possível encontrar a venda em lojas especializadas, por exemplo, o NPK em duas modalidades, 10-10-10 ou 04-14-08. Estes números correspondem a quantidade de N, P e K que cada um possui, exatamente nesta ordem. Já o adubo, orgânico é produzido a partir de matéria vegetal ou animal decomposta, e em geral, é rico em Nitrogênio (N), mas precisa ser empregado no solo em maior quantidade, além de levar mais tempo para ser absorvido. Por este motivo à fertilização com adubos orgânicos acaba se tornando muito onerosa em grandes extensões agrícolas, mas é ideal para jardins de menor porte, que ainda podem se valer da junção dos dois tipos de adubo para beneficiar melhor a terra. Para o cultivo em vasos em ambientes fechados recomenda se o uso, do adubo químico, em virtude do forte odor que os orgânicos apresentam.

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O que fazer com plantas no outono

Sempre pensamos no outono como a estação em que os jardins se tornam inativos e as árvores começam gradualmente a perder suas amarelecidas folhas. Uma imagem clássica, muito comum em países europeus, mas difícil de ser presenciada no Brasil. Graças ao nosso clima praticamente tropical, as estações não se apresentam bem definidas, Principalmente o outono - que vai de 21 de março a 21 de junho quando é possível se ver ricas florações de plantas como a camélia, a bela-emília, o gerânio, o antúrio, as dálias e muitas outras que escolhem esta época de poucas chuvas e dias frescos para desabrochar. Apesar disto, este período passou a ser considerado pelos floricultores como ideal para recuperar plantas cansadas dos excessos de verão, fazer podas e enxertias. Além de ser o momento certo de preparar o solo onde serão plantadas as novas sementes e mudas que irão florescer na primavera. As primeiras providências Em primeiro lugar, é necessário revolver a terra do jardim, arrancando plantas mortas e ervas daninhas. Em seguida, faça uma boa adubação com esterco de curral curtido ou fertilizante NPK (10-10-10). No caso de haver bulbos ou tubérculos (batatas) enterrados, retire-os e pulverize-os com fungicida antes de guardá-los num local seco, onde ficarão até o plantio. Anêmonas, junquilhos, lírios e ranúnculos, por exemplo, são plantados em setembro. Só depois de bem preparado o terreno, você poderá plantar biri, copo-de-leite, ervilha-de-cheiro, esporinhas, onze-horas, primaveras, resedá ou margarida. Também aproveite para cuidar da enxertia das roseiras, que deve ser feita, de preferência, nos dias nublados e frescos, mas não muito secos. Dentre as plantas que florescem neste período estão a capuchinha, zínia, aIstroeméria, estrelítzia, e árvores como cássía multijuga, paineiras, quaresmeira e castanha-de-macaco. É hora de semear algumas espécies Em algumas regiões, geralmente no sul do país, algumas árvores até chegam a perder algumas folhas amarelecidas. Mas em outros locais, mais ao norte, podem-se perfeitamente ver espécies como a acácia-mimosa, o mangalô e a cássia macranthera cobertos de flores. Os canteiros ficam repletos de flox-perene, anêmona-do-japão, mil-folhas e tritomas. É a época certa de você semear açafates, amor-perfeito, boca-de-leão, cravos, assembléias, miosótis, sempre-vivas e goivos. Paralelamente, faça o plantio de estacas de algumas coníferas como junípero, pinheiros e críptoméria japônica. E, no final do mês, cuide da poda das roseiras que irão florescer no inverno, e transplante aquelas que costumam florir na primavera. Um período de descanso O inverno já está bem próximo e as atividades do jardim diminuem um pouco. Apesar de ainda ser tempo de plantar alfaneiro, colombinas, íris, jasmim-do-cabo (gardênia), roseiras e monsenhores. As espécies que desabrocham este mês são as prímulas, angélica, violeta-cheirosa e

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viola cornuta, além de árvores como louro-pardo, flor-de-papagaio e guarabu-cebola. Neste período, as chuvas costumam ser ainda mais escassas, fazendo com que as pragas ataquem vorazmente as plantas. Por isso, faça vistorias freqüentes para detectá-las a tempo. No final do outono muitas plantas já entram em seu "descanso de inverno". É preciso podar as árvores, os arbustos e as hortênsias. Aproveite os galhos cortados para fazer novas estacas. Esta poda, além de eliminar galhos, folhas e flores secos, serve para dar uma forma mais harmoniosa à planta. Faça também um bom corte nas cercas-vivas. As flores deste mês são a azaléia índica, a euphorbia fulgens, o jequitibá-de-manta e o ipê-roxo.

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Os dez erros mais cometidos em jardinagem

1. Não fazer a drenagem 0 acumulo de água no fundo do vaso ou floreira pode provocar o apodrecimento das raízes. Para que isto não ocorra, é preciso colocar na parte inferior do vaso, uma camada de argila expandida, cacos de telha ou pedriscos, até aproximadamente 1/6 da altura do recipiente. Cuidado para não tampar a saída da água. 2. Escolha do tamanho da planta Quase sempre, quando se compra ou ganha uma planta, esta tem um porte pequeno. É muito comum as pessoas esquecerem que ela vai crescer e ocupar um certo espaço, e não hesitam em plantá la em um vaso pequeno ou jardineira. Tal atitude pode gerar problemas futuros, tanto para a muda como para o dono. Procure informar se sobre o tamanho que atingirá quando adulta, depois plante a num espaço adequado. 3. Não preparar a terra Para cada grupo de plantas existe um substrato ideal (terra preparada). Uns se desenvolvem melhor com terra arenosa, alguns com composto orgânico, e outros com terra argilosa. Essa informação pode ser obtida nas embalagens ou com profissionais da área. Para a maioria das plantas pode se fazer a seguinte composição: 1/3 de terra comum de jardim + 1/3 de composto orgânico (húmus de minhoca, folhas decompostas, etc.) e + 1/3 de areia de construção. 0 excesso ou a falta de um desses componentes faz com que a água e os nutrientes necessários escoem muito rápido, prejudicando a absorção pela planta. Isto também provoca poças, restringindo os espaços para circulação de água e ar. 4. Quantidade de luz e água Algumas plantas precisam de uma determinada quantidade de luz para sobreviver. Por exemplo, árvores, rosas e primaveras devem ser plantadas em locais com muita luz solar. Os lírio-da-paz e as samambaias tem melhor desenvolvimento em áreas com menos incidência dos raios solares, ou seja, bastante claridade, mas sem sol forte. Isto está relacionado ao seu habitat e precisa ser respeitado. Caso ao contrário, as plantas estarão sendo maltratadas e não mostrarão o resultado esperado. As necessidades de água também variam de espécie para espécie. Algumas precisam de terra mais úmida, e outras, mais seca. Porém, é melhor pecar pela falta de água do que pelo excesso, pois a maioria, quando esta por um período não muito longo sem água e é regada, há recuperação. Já o excesso de água provoca o apodrecimento das raízes e a recuperação e irreversível.

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5. Mistura de espécies com necessidades diferentes Conforme os itens anteriores, as plantas precisam de diferentes quantidades e tipos de luz, água e substrato. Portanto, se misturadas, o resultado pode ser um jardim desequilibrado. É importante selecionar espécies compatíveis em um mesmo jardim. 6. Espaçamento para o plantio As plantas crescem para cima e para os lados. Não é difícil encontrar um canteiro com elementos agrupados. Além de ocorrer uma competição entre as plantas, esteticamente, o jardim fica muito poluído. 7. Uso excessivo de adubo Na natureza os adubos são fornecidos pelas folhas de árvores que caem, restos de animais, etc. Mas, quando uma planta vai para um ambiente artificial, uma casa, por exemplo, é preciso suprir suas necessidades com adubos orgânicos e minerais. As indicações da embalagem devem ser seguidas corretamente, pois, o excesso desses produtos podem matar a planta. Uma indicação comum é a de uma colher de café para um vaso pequeno, porém, muitas pessoas aumentam a dose por achar esta quantidade insuficiente. 8. Desconhecimento do ciclo de vida das plantas Algumas espécies são caducifóIias, isto é, perdem as folhas em determinadas épocas do ano e, muitas vezes, sem saber desta informação, as pessoas acham que as plantas estão mortas e as arrancam. Este é o caso dos ipês. 9. Amparar quando necessário Há muitas plantas que precisam de suporte para crescerem, algumas se enrolam em fios, outras em árvores e treliças. A maioria árvores (mudas) precisa ser tutorada para direcionar seu crescimento. 10. Poda incorreta A poda é um artifício inventado pelo homem, não existe espontaneamente na natureza. Quando se quer aumentar a produção de flores, frutos ou fazer uma cerca viva, normalmente, é feita a poda. Porém, é importante que a tarefa seja executada corretamente para não desfigurar a planta e não machucá-la Existem técnicas certas e cicatrizantes que impedem o ataque de microorganismos após a poda. 0 ideal é procurar ajuda de um especialista.

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Como fazer uma sebe

Embora mais usadas em composições clássicas ou formais, as sebes podem dar um charme especial a qualquer jardim As sebes se diferenciam das cercas vivas pelo fato de receberem podas constantes que as deixam simétricas. Porém, para que desempenhem bem o seu papel, alguns cuidados essenciais devem ser tomados na hora do plantio e por ocasião das podas. 0 primeiro passo é plantar os arbustos com a distância entre mudas recomendada. Como não existe um padrão fixo de espaçamento, consulte, nesta mesma edição, as tabelas do artigo que fala de sebes e cercas vivas. A distância entre mudas costuma ser relativamente pequena em se tratando de sebes. Por isso, ao invés de fazer covas individuais, seria mais prático escavar uma vala única. Para se orientar quanto à direção da vala, use piquetes unidos por barbantes. E se a sebe fizer uma curva, recorra a canos de PVC ou mangueiras de jardim, que devem ser usados como gabarito. Ainda com o gabarito no local servindo de guia, plante as mudas em ziguezague. Agindo assim, a cerca "fechará" mais depressa e ficará mais densa, já que as plantas terão um pouco mais de espaço para desenvolver as copas. Se as mudas estiverem com poucos ramos laterais, pode as drasticamente, deixando apenas uns 10 cm a partir do solo. Não se preocupe. Assegurados os devidos cuidados, principalmente no tocante a regas e luminosidade, em pouco tempo surgirão inúmeros ramos novos e a planta ficará bem mais cheinha. Use este procedimento, aliás, sempre que quiser adensar um arbusto. Uma vez refeitas do transplante, quando novos ramos brotarem e as plantas já estiverem delineando uma cerca, ponha piquetes unidos por fios de arame nas duas extremidades, formando o desenho desejado, e pode as plantas acompanhando os fios. Vale ressaltar que, idealmente, o perfil da sebe e também das cercas vivas deve ter uma ligeira inclinação nas laterais, para permitir uma perfeita insolação de todos os ramos. Devem ainda receber podas de limpeza e manutenção, para que o vigor das plantas não fique prejudicado. 0 objetivo é remover galhos secos, fracos, ou que se cruzam no interior da planta e provocam um emaranhado, dificultando a ventilação e a entrada do sol.

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Plantas venenosas: belas, mas perigosas...

Algumas plantas, além de serem belas e atraentes, têm mais uma característica: são venenosas. É que suas folhas, caules ou frutos apresentam substâncias tóxicas. Se ingeridas por crianças ou animais, ou em contato com a pele e olhos, podem causar lesões e até envenenamento. Por isso, é importante saber reconhecê-las, pois mesmo que você não as cultive em casa, podem ser encontradas também em parques e áreas públicas. Mamona (Ricinus comunis): A variedade de folhas avermelhadas deste arbusto é encontrada facilmente em parques e jardins. Suas sementes apresentam uma substância - a toxalbumina - que provoca distúrbios gastrintestinais. Pinhão-paraquaio ou purqueira (Jatropha curcas): É muito usado como cerca viva. Os frutos verdes lembram uma ameixa e liberam sementes que têm a mesma substância da mamona. Espirradeira (Nerium oleander): Pode atingir até 6 m de altura. Quando podada, no entanto, é usada para ornamentar interiores. Caracteriza-se por suas folhas alongadas e grande quantidade de flores rosadas e brancas, extremamente venenosas. Saia-branca (Datura suaveolens): Produz flores brancas pendentes, grandes e perfumadas. 0 fruto, quando seco, se abre, mostrando muitas sementes. Se ingeridas; podem provocar desde problemas gastrintestinais até delírio e dificuldade de deglutição. Coroa-de-cristo (Euphorbia splendens): Usada comumente em cercas vivas ou bordaduras de canteiros, é espinhosa e tem flores vermelhas, rosas ou amarelas. Seu látex tóxico provoca irritação na pele e olhos. Comigo-ninguém-pode (Dieffenbachia e D. seguine): É conhecida popularmente como remédio infalível para espantar os maus fluidos da casa. A mastigação de suas folhas, porém, provoca inchaço nos lábios e boca, podendo também causar asfixia. Bico-de-papagaio (Euphorbia pulcherrima): Arbusto de jardim, que apresenta uma variedade anã, cultivada em interiores. Algumas folhas têm coloração avermelhada, rosa ou amarelada. Produz uma seiva leitosa responsável por queimaduras e irritação na pele e olhos.

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Floração de plantas para cada estação

Outono • Pata-de-vaca (Bauhinia) • Camélia (Camelia japonica) • Coqueiro-de-vênus (Cordyline terminalis) • Orquídea Catléia (Cattleya labiata) • Datura ou trombeta-de-anjo (Datura suaveolens) • Alegria dos jardins ou sálvia (Salvia splendens) • Quaresmeira (Tibouchina granulosa) • Campainha (Ipomoea purpurea) • Cosmos-amarelo (Bidens sulphurea) • Anêmona (Anemone) • Abélia (Abelia grandiflora) Primavera • Agapanto (Agapanthus africanus) Alpínia (Alpinia purpurata) • Boca-de-leão (Antirrhinum majus) • Calceolária ou sapatinho-de-vênus (Calceolariaherbeohybrida) • Dama-da-noite (Cestrum nocturnum) • Centáurea ou escovinha (Centaurea cyanus) • Lágrima-de-Cristo (Clerodendron thomsonae) • Clívia (Clivia miniata) • Estefânia (Cobaea scandens) • Orquídea Dendróbio (Dendrobium densiflorum) • Dedaleira (Digitalis purpurea) • Lírio-do-amazonas (Eucharis grandiflora) • Frésia (Freesia híbrida) • Gardênia ou jasmim-do-cabo (Gardenia jasminoides) • Gérbera ou margarida-do-transval (Gerbera jamesonii) • Hortênsia (Hydrangea macrophylla) • Orquídea Laelia (Laelia purpurata) • Magnólia branca (Magnolia grandiflora) Verão • Alstroemeria ou madressilva-da-serra (Alstroemeria pelegrina) • Alisso (Alyssum maritimum) • Amor-agarradinho (Antigonon leptopus) • Begonia sempre-florida (Begonia semperflorens) • Crista-de-galo (Celosia argentea cristata) • Capim-dos-pampas (Cartaderia selloana) • Cosmos ou beijo-de-moça (Cosmos bipinnatus) • Gloriosa (Gloriosa) • Flor-de-cera (Hoya carnosa) • Orquídea chuva-de-ouro (Oncidium varicosum) • Onze-horas (Portulaca grandiflora) • Capuchinha (Tropaeolum majus)

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• Yuca ou Círio-de-Nossa-Senhora (Yucca gloriosa) • Copo-de-leite (Zantedeschia aethiopica) • Copo-de-leite-amarelo (Zanthedeschia elliottiana) Inverno • Amor-perfeito (Viola tricolor) • Azaléia (Rhododendron indicum) • Bico-de-papagaio (Euphorbia pulcherrima) • Caliandra (Calliandra tweedii) • Ciclame (Cyclamen persicum) • Congéia (Congea tomentosa) • Cravo (Dianthus caryophyllus) • Delfínio ou esporinha (Delphinium ajacis) • Giesta (Spartium junceum) • Glicínia (Wisteria sinensis) • Ipê amarelo (Tabebuia chrysotricha) • Ipê rosa (Tabebuia pentaphylla) • Jasmim-amarelo (Jasminum primulinum) • Jasmim-manga (Plumeria sp.) • Kalanchoe ou gordinha (Kalanchoe blossfeldiana) • Orquídea Cymbídio (Cymbidium híbrido) • Suinã candelabro ou eritrina (Erythrina speciosa)

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Adubação das plantas

No jardim, em vasos ou floreiras, a terra requer a reposição constante de nutrientes para manter plantas vigorosas e saudáveis De que a planta precisa Macronutrientes primários São o "arroz, feijão e carne" das plantas: Nitrogênio (N) - Age na parte verde, ou seja, favorece a brotação Fósforo (P) - Estimula e favorece a floração e a frutificação Potássio (K) - está relacionado com quase todos os processos, como a fotossíntese, por exemplo. Beneficia a planta de uma maneira geral, protegendo raízes, caules e ramos Macronutrientes secundários e micronutrientes São exigidas em menor quantidades e, em geral, os solos são auto-suficientes nesses minerais.Adubos completos incluem um ou outro elemento na formulação. Secundários: cálcio, magnésio e enxofre. Micronutrientes: cobre, ferro, manganês, zinco, boro e molibdênio Tipos de adubo Orgânico Compreende ativos de origem vegetal ou animal e, assim, não polui o meio ambiente. Seus teores nutricionais são relativamente baixos, a absorção pelo jardim é lenta e é preciso usá-lo em quantidades maiores. Exemplos: materiais decompostos ou compostagem (processo que transforma restos vegetais em adubos), húmus de minhoca, torta de mamona, torta de algodão, estercos curtidos (suíno, bovino,caprino), farinha de ossos, de carne ou de peixe, lodo de esgoto, borra de café, cinza de madeira Basicamente, subdividem-se em dois tipos: Compostos orgânicos - restos de alimentos, folhas secas, cinzas, decompostos, curtidos. Exemplos: húmus de minhoca, farinha de ossos, cinza de madeira, esterco, torta de mamona esta é uma das mais utilizadas, pois apresenta os três macronutrientes primários (NPK). Terra vegetal - formado por terra e restos de plantas (resíduos vegetais), livres de pedras e outros destroços. Importante: muitos têm cheiro ruim ou podem provocar danos à saúde de animais e crianças se forem ingeridos. Químico Sintetiza os elementos essenciais (NPK) e, em alguns casos, outros menos importantes. É mais concentrado e exige dosagem baixa.

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O percentual de cada mineral é indicado em números, como 4-14-8 (4% de nitrogênio, 14% de fósforo e 8% de potássio) ou 15-8-8 (idem, na mesma seqüência). Mais fósforo indica que o produto deve ser usado para curar deficiências de floração e frutificação. Se a necessidade for atuar no verde, a fórmula ideal é a segunda, mais nitrogênio. O potássio traz benefícios gerais e vem em quantidades equilibradas. Se a planta estiver bem, use uma fórmula balanceada, como 10-10-10. Se bem orientado, o uso doméstico pode ser uma boa alternativa. Vale a recomendação para tomar cuidado com crianças e animais. A crítica é quanto aos estragos ambientais: o processo industrial pode causar danos à natureza e o uso errado na agricultura contamina rios e lençol freático. Quando adubar A freqüência varia de acordo com a espécie cultivada, mas, de uma maneira geral, recomenda-se adubar a cada 30 dias. Importante: durante o crescimento, há mais carência de água e adubo.Dosagem e forma de aplicação devem seguir as indicações do fabricante que constam na embalagem.A terra deve ser imediatamente irrigada após a adubação. As folhas que caem devolvem ao solo vários nutrientes. Se possível, não as remova do vaso, floreira ou jardim. Quando não adubar Antes de 30 dias após a última adubação; o excesso de nutrientes pode matar a planta. Se houver raízes danificadas ou podres, pois pode piorar o quadro. Nesses casos, o melhor é só irrigar e esperar a recuperação. Durante a floração, quando a planta pára de crescer. No inverno, época em que as plantas entram em dormência ou descanso, e por isso perdem as folhas. Logo após transplantar ou cortar raízes, fase de regeneração do crescimento. O correto é só adubar após quatro semanas. A minhoca é benéfica para a planta. Sua presença indica que o solo está adequado para elas, com matéria orgânica e umidade suficientes, e portanto para o desenvolvimento do jardim.

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Sintomas de carência Crescimento lento da espécie, aparecimento de folhas mal formadas, retorcidas ou de coloração diferente, falta de floração, hastes fracas e pouca resistência a doenças ou ataque de pragas. Num exame mais atento é possível saber que mineral está faltando: Amarelecimento de folhas mais velhas indica ausência de nitrogênio ou fósforo. Ressecamento das pontas de palmeiras significam insuficiência de potássio. Pigmentos vermelhos ou roxos nas folhas representam falta de fósforo

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Regas e umidade do ar

As orientações abaixo descritas poderão ser utilizadas, porém o mais importante, é que sejam adotadas como orientação básica, devendo ser ajustadas para cada situação. - As plantas em vaso pequeno requer rega mais freqüente do que a da mesma espécie plantada em vaso maior: volume menor de solo implica em menor reserva de água. - Solos com maior teor de areia, seca mais depressa que o solo com menor concentração de argila, húmus, pó de xaxim e outros que possuem capacidade maior de retenção de água. - Plantas em vasos de cerâmica vitrificada ou esmaltada e de plástico precisam de menos rega do que as que estiverem em vasos de barro cozido comum, porque nestes a água evapora mais depressa. - Muitas plantas requerem não apenas solo constantemente úmido, mas também alto grau de umidade do ar. A umidade do ar pode ser suplementada pela evaporação da água de recipientes de larga superfície (bandejas), posicionadas logo abaixo do vaso, mas sem contato com ele. Pode-se também borrifar água em aspersão bem fina sobre toda a parte aérea da planta que não tolere ambientes muito secos. - É preferível regar as plantas na primeira hora da manhã, de modo que ela disponha de reservas para o período diurno, quando é mais abundante sua perda de água, evaporada da superfície das folhas. Se não puder regar de manhã, regue à noite, mas não nas horas de sol quente. - A melhor água de rega é a da chuva. A de segunda melhor qualidade é a do degelo do congelador (depois de ter assumido a temperatura ambiente). Em princípio, toda água potável é também aceitável para as plantas, embora venha sendo cada vez mais difícil obter-se água verdadeiramente apropriada para beber ou regar, mesmo nas torneiras.

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Uma horta de temperos em sua varanda

Se você não dispõe de espaço para ter sua pequena horta, que tal cultivá-la em sua varanda ou mesmo na sua área de serviço? Melhor ainda se for em vasos, pois estarão literalmente ao alcance das mãos, a qualquer momento. Para isso, basta que você reserve um local que receba pelo menos, uma boa dose de luz solar todos os dias. O solo pode ser o mesmo para todas as espécies, sendo formado por partes iguais de terra comum de jardim e areia, acrescidas de uma a duas colheres de húmus de minhoca uma vez por mês. Regue apenas uma vez por dia (sem encharcar) e, de preferência, à tarde. Nunca quando o sol estiver forte. Dicas de cultivo Veja agora alguns temperos que não podem faltar em casa, com algumas dicas para serem melhor aproveitados: Alecrim Com suas flores azul-violeta, essa planta da familia das Labiadas conquistou um lugar de honra no mundo todo. Princípios ativos: óleos essenciais, cânfora e outros. Partes Usadas: folhas Boa para temperar: refogados e assados de carnes de porco, cabrito e carneiro. Recomenda-se usá-lo com moderação, pois tem um sabor um pouco forte Tratos Culturais: O Alecrim gosta de muita luminosidade e é perene (seca no inverno e rebrota no verão). Dica: Aconselha-se também o uso do alecrim para casos de cansaço no peito, tosses e catarro. Capuchinha Por volta do século XVI os franceses descobriram a capuchinha como um ótimo ingrediente para compor saladas. Partes Usadas: folhas, flores e botões florais. Boa para: saladas das flores e folhas. Dica: Além de comestível, essa planta é muito ornamental, dando flores em tons de laranja, rosa e amarelo Manjericão O Manjericão, segundo registros, já era cultivado no Egito há quatro mil anos. Partes Usadas: folhas. Boa para temperar: carnes e molhos. Tratos Culturais: O Manjericão é anual (dura apenas uma estação) e gosta de luminosidade, no entanto tome cuidado com o excesso de sol que pode queimar as folhas. Dica: Deve ser acrescentado aos pratos quando já estiver quase no ponto, pois o sabor desse tempero se perde com o calor.

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Hortelã Segundo a mitologia grega, a hortelã era a ninfa Menta, que foi transformada em planta e cruelmente condenada a crescer nas entradas das cavernas, que davam acesso ao inferno. A vilã, que resignou esse castigo a Menta, foi a deusa Perséfone, que se sentiu traída pelo deus Plutão. Partes Usadas: folhas. Boa para temperar: pratos árabes como quibes, tabules e carnes de carneiro , além de aromatizar bebidas em geral. Tratos Culturais: Gosta de luminosidade e é perene (seca no inverno e rebrota no verão). Dica: Se colocada em chapa quente serve para aromatizar o ar. Manjerona Para os antigos povos gregos a Manjerona era comsiderada símbolo da felicidade. Partes Usadas: galhos e folhas. Boa para temperar: recheios de frango, peixes e molhos. Pode também substituir o orégano e o manjericão. Tratos Culturais: A Manjerona gosta de luminosidade e é perene. Dica: Assim como a Sálvia, os galhos secos da Manjerona são perfeitos para afastar insetos dos armários. Cebolinha No Brasil chegou pelas mãos dos portugueses, e aqui se tornou presença obrigatória na culinária, até mesmo para a decoração de pratos. É rica em vitamina A. Partes Usadas: talos. Boa para: refogados, em carnes e na decoração de pratos. Tratos Culturais: Pode ser plantada o ano todo. A cebolinha gosta de muita luminosidade e é perene (seca no inverno e rebrota no verão). Dica: Hortaliça de folhas fistulosas que em geral se planta por divisão de touceira, mas que também se planta de sementes ou bulbo. Orégano O Orégano é uma das marcas registradas da cozinha italiana. Partes Usadas: folhas. Boa para temperar: carnes e molhos. Tratos Culturais: O Orégano gosta de luminosidade e é perene (seca no inverno e rebrota no verão). Dica: Deve ser acrescentado aos pratos quando já estiver quase no ponto, pois o sabor desse tempero se perde com o calor. Salsa Na Grécia antiga, a salsa estava mais destinada a decorar a tumba dos mortos do que para servir de tempero. Só depois, na Idade Média, que começou a se espalhar como elemento básico da culinária. É rica em vitamina A. artes Usadas: folhas. Boa para temperar: saladas, suflês, patês, carnes e refogados. Utiliza-se até os talos, em sopas.

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Tratos Culturais: A Salsa é bianual (tem ciclo de vida de duas estações) e gosta de luminosidade. Dica: No jardim, pode ser plantada próxima a roseiras para acentuar o aroma das rosas. Tomilho Foi muito usado como incenso nos templos da Grécia Antiga, além de servir como amuleto para os cavaleiros que saíam para as Cruzadas. Partes Usadas: folhas e flores . Boa para temperar: carnes, frangos e refogados. Tratos Culturais: O Tomilho gosta de luminosidade e é perene (seca no inverno e rebrota no verão). Dica: Sachês feitos com as folhas e flores repelem traças. Sálvia Normalmente é mais utilizada pelos italianos que não a dispensam nos pães, molhos e carnes. Os Romanos acreditavam que este tempero era mensageiro de sorte e saúde. Partes Usadas: folhas. Boa para temperar: molhos, sopas, omeletes, patês e carnes. Tratos Culturais: Gosta de luminosidade, é perene (seca no inverno e rebrota no verão). Deve ser replantada após três ou quatro anos. Dica: Sachês de folhas secas de sálvia são ótimos para perfumar armários e afastar traças. Uma particularidade dessa planta quanto ao cultivo é que ela prefere solos mais pobres em matéria orgânica. Por isso, utilize apenas o húmus de minhoca a cada 90 dias e tome muito cuidado com as regas. A sálvia detesta encharcamento.

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Plantas em vasos

Há sempre boas soluções para quem quer cultivar plantas. Em grandes ou pequenos espaços, e mesmo quando no chão temos concreto puro, acredite: é possível criar um belo jardim ou ter plantas em vasos. Encontramos uma grande variedade no mercado, que atende aos mais diferentes estilos e orçamentos. Às vezes o vaso é tão decorativo que deve ser utilizado sozinho, embelezando interiores ou mesmo valorizando jardins externos. Pelo que se sabe, os primeiros vasos eram utilizados para guardar água e alimentos. Depois, passaram a ser utilizados em rituais religiosos. Como tinham desenhos e inscrições, despertaram interesse como elementos decorativos. É necessário saber como escolher os diferentes tipos de vasos e identificar as funções paisagísticas mais adequadas para o espaço. Afinal, uma composição harmoniosa não surge do acaso. Barro, cimento, aço, vidro, cerâmica, são muitos os materiais. A variedade de formas, tamanhos e cores de vasos é quase tão grande quanto a de preços. Os de barro são pouco resistentes, porém bonitos e mais baratos. Os mais caros são os esmaltados, bastante sofisticados. Os de aço, de desenho moderno, e os de cimento, com acabamento texturizado, estão numa faixa intermediária. Os de terracota são bonitos, acessíveis e deixam o ambiente muito aconchegante. Escolhido o vaso, precisamos decidir sobre a planta. Algumas espécies vegetais se adaptam à luz indireta, como as orquídeas, bromélias, filodendros, cactos e suculentas. Ficus, pleomeles e dracenas são muito utilizados, pois sobrevivem mesmo se o dono for displicente. A zamioculca é também muito procurada para interiores, pois mantém o brilho nas folhas dentro da casa. A montagem adequada de um vaso permite aliar praticidade e bom gosto. O modelo e o tamanho devem ser compatíveis com a planta. É imprescindível que exista um orifício para escoamento da água. Sem ele, o solo fica encharcado, contribuindo para o apodrecimento das raízes. As peças de vidro costumam criar este tipo de problema, porque são, na maioria, completamente vedadas. Muitas vezes, é necessário desmanchar o arranjo, para retirar o excesso de água. As plantas ficam mais bonitas e duram mais, se tiverem terra e iluminação adequadas. Para facilitar a drenagem, uma camada de argila ou cerâmica deve ser depositada no fundo dos vasos. Para a terra do vaso não ficar exposta, podemos usar plantas rasteiras, musgos, casca de pinus, barba-de-bode, seixos rolados ou pedriscos, à venda em quase todas as casas de jardinagem.

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É interessante também o uso de rodízios sob os vasos. De madeira ou alumínio, eles agregam praticidade e mobilidade ao conjunto. Plantas comercializadas em floriculturas, em especial aquelas que duram menos, como gérberas e ciclames, podem ser colocadas em cachepôs. São soluções versáteis, pois funcionam como uma embalagem que esconde o vaso plástico. Com eles, não há necessidade de montagem de vasos, basta acomodar o arranjo em seu interior.

Rústicos ou rebuscados, grandes ou pequenos, bojudos ou alongados, os vasos servem não apenas para acomodar plantas, mas também para valorizar o ambiente.

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Cultive temperos

Alecrim O alecrim (Rosmarinus officinalis) é uma planta semi-arbustiva, delicada e que ainda deixa o ambiente com um perfume muito especial. Na cozinha, é usado para temperar carnes em geral, legumes e até dar um sabor diferente a omeletes. Cresce bem em ambientes muito ensolarados, e o solo relativamente pobre em vez de prejudicá lo, deixa a planta mais densa e com perfume acentuado. Por isso, você pode plantar sua mudinha em vasinhos com 20 cm de diâmetro, usando terra comum de jardim. Para obter novas mudas, é só lascar um galho e plantar em solo úmido. Anis estrelado Usado para aromatizar pães, doces e licores, o anis estrelado é a semente de uma árvore da família das magnoliáceas. Mas você pode ter algumas mudinhas de anis plantadas em vasinhos. Elas dão um charme especial à sua cozinha e ainda deixam o ambiente bem perfumado. Plante em vasos contendo terra fértil e à medida que a mudinha for crescendo, mude a para um vaso maior. Cebolinha verde A cebolinha (Allium schoenoprasum) é uma planta bulbosa do mesmo gênero do alho e da cebola. Suas folhas formam um tubinho oco e têm um aroma suave de cebola, bastante apreciado em inúmeras receitas. Pode ser semeada em pequenos vasos de barro, mas se você quiser ter esse tempero mais rapidamente, uma solução prática é aproveitar as mudinhas que são vendidas na feira. Para isso, quando comprar cebolinha, corte as folhas para uso e plante os toquinhos, com um pouco da raiz. Em pouco tempo, as mudas vão soltar brotos vigorosos e perfumados. Ao plantar, não esqueça que a cebolinha gosta de solo fértil, rico em matéria orgânica. Coentro Conhecido também como salsa chinesa, o coentro (Coriandrrum sativum) tem as folhas parecidas com as da salsa, mas seu sabor é bem diferente, mais próximo ao do limão. Suas folhas são usadas em inúmeros pratos à base de peixe, as sementes em conservas e o coentro em pó para aromatizar massa de pães e carnes assadas. Pode ser cultivado facilmente a partir de sementes, em vasos com solo rico em matéria orgânica, sempre em locais com bastante sol. Endro O endro (anethum graveolens) é uma erva anual com folhas finas e delicadas, semelhantes às da erva doce. As folhinhas frescas são ótimas para condimentar queijos, ricota e carnes grelhadas, enquanto as sementes são mais usadas para carnes e legumes cozidos, principalmente repolho, beterraba e couve-flor. Gosta de muito sol, mas precisa ficar protegido do vento. Seu cultivo é fácil, a partir de sementes, que devem ser plantadas a 0,5 cm de profundidade. Quando as mudinhas atingirem uns 5 cm, arranque as que estão muito

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próximas, deixando pelo menos 20 cm de espaço entre cada uma. As plantinhas removidas podem ser plantadas em outro vaso. Hortelã Você pode escolher entre várias espécies de hortelã, mas as mais comuns são a Mentha crispa, com folhas verdes escuras e crespas, e a Mentha Spicata, num tom de verde mais claro e com folhas lisas. Todas são viçosas e perfumadas e usadas para temperar quibes, saladas, carnes de peixe e carneiro, aromatizar sucos e sobremesas, como sorvetes, pudins e gelatinas. Crescem bem em ambientes ensolarados, mas toleram bem um leve sombreado. No início da primavera, renove a terra dos vasos e aproveite para desfazer o emaranhado das raízes e podá-las, se for necessário. Esta época é boa também para se fazerem novas mudas, através de estacas de galhos. Louro Usado para condimentar peixes, cozidos e carnes assadas, o popular louro é a folha de uma árvore bonita, e resistente a Laurus nobilis. Mesmo assim, você pode ter uma simpática mudinha perfumando sua cozinha. E só plantar uma estaca de galho ou conseguir uma mudinha de uns 30 ou 40 cm de altura, que pode ser plantada em um vaso de 20 ou 30 cm de diâmetro. Depois, anualmente, renove o solo do vaso e aproveite para verificar se as raízes ainda não estão muito apertadas. Se o vaso estiver pequeno, você pode mudar para outro recipiente maior, ou então, podar um pouco as raízes, limitando assim o crescimento da planta. Use sempre solo rico em matéria orgânica e deixe o vaso em ambiente bem iluminado, que receba sol direto. Manjericão Há várias espécies, com folhas mais largas ou delicadas, todas da família dos Ocimum. O manjericão é conhecido também como alfavaca e basílico, e suas folhinhas são usadas em peixes, carnes e molhos. Pode atingir de 40 a 60 cm. de altura, por isso deve ser plantado em um vasinho de uns 20 cm de diâmetro. Necessita de bastante sol e, se começar a crescer muito, você deve podar alguns ramos para ativar novas brotações e obter uma plantinha mais cheia. Faça novas mudas por estacas de galhos, mas se preferir sementeiras, aproveite as resultantes da floração, que ocorre na primavera e no verão. Orégano Conhecido também como orégão, o Arigamum virens é uma erva originária do Mediterrâneo, muito usada em peixes, carnes, saladas, molhos e suco de tomate. Gosta de ambientes ensolarados e solo leve e arenoso, com boa drenagem. As folhas e pontas de galhos podem ser cortadas para serem usadas fresquinhas, e logo vão surgir novos brotos, que vão deixar a plantinha ainda mais densa e decorativa. Não se esqueça de renovar o solo do vaso anualmente, com uma mistura nova e nutritiva. Salsa Originária da Europa, a salsa ou salsinha (Petroselinum sativum) é uma plantinha simpática, com folhas bipartidas ou crespas, mas sempre

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muito aromática. É bastante popular no Brasil e entra na composição de inúmeras receitas salgadas, como carnes, sopas, bolos e saladas. Seu cultivo é muito simples: basta semear num pequeno vaso e deixar junto a uma janela iluminada. Em pouco tempo, você terá uma linda plantinha e ramos fresquinhos para dar um sabor todo especial às suas receitas. Salvia Em vasos, a sálvia (Salvia officinalis) chega a atingir 30 ou 40 cm de altura, sempre bonita com suas folhas alongadas e meio cinzas. É usado para temperar peixes, carnes, queijo fundido e em cozidos, substituindo o louro. Exige muito sol e pode ser multiplicada facilmente através de estacas de galhos. Tomilho Conhecido também como timo (Thymus vulgaris), pode ser salpicado em qualquer prato à base de peixe, esfregado em carnes, antes de levá-las ao forno, e misturado em queijos e requeijões. Atinge de 10 a 30 cm de altura, e tem os ramos aveludados, que normalmente só começam a ser colhidos depois que a planta atinge dois anos. Para crescer bem, necessita de bastante sol e de um solo leve e arenoso.

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Como cuidar de suas plantas

Vários tipos de praga podem atacar apenas um exemplar ou muitas plantas ao mesmo tempo. Você vai conhecer algumas delas para saber identificar as possíveis agressoras de seus espécimes. De início, os pequenos inimigos causam a depauperação de uma folha e, se deixados à vontade, podem até provocar a morte da planta. Porém, raramente o problema assume proporções graves se os vasos estiverem sob cuidados constantes. Às vezes torna-se impossível uma verificação semanal ou quinzenal por causa de uma viagem, porque outras tarefas impedem, ou mesmo por motivo de doença. De repente, ao fazer uma vistoria, você pode imaginar que o seu exemplar está condenado, pois o volume de insetos instalados é tão grande que tomou conta da planta inteira. Cuidados constantes Quem tem o hábito de verificar as folhas e caules das plantas periodicamente sabe que qualquer praga, detectada no início, pode ser logo eliminada. Procure sempre que possível retirar os bichinhos assim que perceber sua instalação. Dessa forma, você acabará com eles antes que tenham a possibilidade de procriar e formar colônias. Nos casos de insetos e de ácaros, segure a planta com uma das mãos e, com a outra, vá removendo os invasores, um a um. Se forem muito miúdos, segure cada parte da planta e passe uma esponja macia e molhada, lavando-a de vez em quando para retirar os que ficaram grudados. Se as lesmas ou caracóis se alojaram, procure os no solo, em volta da planta, e nas folhas, retirando-os com o auxílio de um pauzinho. Remédios fortes Uma praga instalada há muito tempo precisa ser eliminada com produtos químicos poderosos. O combate eficaz evita uma "recaída". Para esses casos, mais graves, pode-se usar um produto químico de qualidade controlada, considerando que ele é tóxico, está sendo usado como último recurso e deve ser guardado sempre longe do alcance das crianças. Tanto os remédios líquidos, quanto os pós (solúveis em água) para pulverização contêm substâncias nocivas ao ser humano e a outros animais, inclusive a alguns insetos inofensivos e outros que são necessários à polinização de certas plantas floríferas e frutíferas. As iscas granuladas, indicadas para eliminação de lesmas e caracóis, só devem ser colocadas se não houver animais domésticos que possam ingeri-Ias. Siga corretamente as instruções do fabricante, seja qual for o produto. Quando utilizar preparados que requeiram pulverização, observe alguns

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cuidados: o cubra o corpo inteiro, usando calça comprida, meias, luvas e um lenço vedando o nariz e a boca; o proteja a cabeça e os cabelos com um chapéu; o jamais coma alguma coisa enquanto estiver pulverizando; o não fume; o nunca pulverize contra o vento; o depois da aplicação tome um banho completo, lavando a cabeça; o inutilize o recipiente do remédio, quando acabar; o use a dosagem recomendada pelo fabricante, doses menores aumentam a resistência do animal e superdosagens matam outros insetos inócuos ou necessários; o observe rigorosamente os prazos de carência indicados para frutíferas, hortaliças e ervas aromáticas; o tome sempre um copo de leite, após cada aplicação; o em caso de intoxicação procure um médico o mais rápido possível, e leve a embalagem onde há indicações para auxiliar o diagnóstico e o tratamento. Os tripes atacam poucas plantas, mas causam sérios danos às flores de algumas, como o ciclâmen, deixando riscas manchando as pétalas. Veja se há insetos miúdos, alongados e pretos, que se alojam entre as pétalas das flores.

Você percebe quando uma planta de sua casa está infestada por moscas brancas ao esbarrar acidentalmente em suas folhas: uma grande nuvem de minúsculos insetos brancos levanta vôo. As moscas brancas se desenvolvem, em geral, quando a temperatura está muito alta e a umidade atmosférica baixa. Mas esses insetos também podem aparecer durante o frio. As moscas brancas põem seus ovos no verso das folhas e estes se transformam em larvas, semelhantes a diminutas lêndeas brancas, que podem ser notadas claramente. Além de sugar a seiva da planta, as larvas segregam um líquido adocicado que se cristaliza, encorajando o aparecimento de fungos. Estes podem levar ao apodrecimento do exemplar. É provável que também ocorra um ataque maciço de lêndeas, o que necessariamente resulta em manchas escuras nas folhas e na perda de viço do exemplar.

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Existem vários tipos de pulgão, que podem ser pretos, amarelos, rosados ou verdes. Todos eles se reproduzem com bastante rapidez, infestando uma planta da noite para o dia. No momento em que os pulgões começam a se multiplicar, o exemplar pode ser danificado muito depressa. Atacam os brotos novos, perfurando-os com um ferrão para sugar a seiva da planta. Como resultado, os brotos se entortam até ficarem seriamente deformados. Pode demorar semanas para que a planta vá se recuperando. Os pulgões segregam uma substância adocicada, que irá cair nas folhas mais baixas, formando um depósito açucarado. Em pouco tempo, a planta fica desfigurada, pois um fungo preto chamado fumagina, se desenvolve nesses depósitos cristalizados.

A cochonilha quando adulta, parece um piolho achatado e cascudo, com um revestimento empoado. O primeiro sinal desse tipo de insetosão bolinhas brancas, com aparência de algodão, que surgem nas axilas das folhas e nos seus versos. Se a planta estiver infestada, podem-se ver muitas bolinhas nos brotos novos, e a depauperação que causam torna-se séria. As cochonilhas; lanuginosas que atacam as raízes não são tão vorazes, mas a médio prazo, acabam tornando-se igualmente destrutivas. Se uma planta parece não crescer, verifique se não estão presentes cochonilhas desse tipo infestando as raízes. Retire cuidadosamente o torrão do vaso e observe se há grupos de insetos grudados nas raízes. Estas cochonilhas apresentam uma “casca" marrom-escura, assemelhando-se, à primeira vista, aos esporos das samambaias de grande porte. Localizam-se no verso das folhas, formando colônias perto das nervuras ou ao longo dos caules e dos pecíolos. Cada pequeno escudo constitui se em um ovo que é chocado dentro da casca, cuja função, além de incubadeira, é de proteger os insetos novos contra qualquer outro animal ou agente químico. Ao nascer, a pequena cochonilha assume coloração amarelada, sendo quase transparente. Quando ela sai da casca protetora, já procura se instalar em local onde possa se alimentar. Cada inseto adere à superfície dos caules, dos pecíolos ou das folhas e

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começa a sugar sua seiva e a secretar um líquido adocicado. Quando o ataque por cochonilhas é maciço, aparecem deformações nos brotos novos, que podem até morrer. O líquido açucarado que elas produzem facilita a instalação de um fungo preto, que pode se transformar em um problema grave.

Os ácaros são uma das pragas mais difíceis de se ver e uma das mais complicadas para exterminar. Os minúsculos ácaros são quase invisíveis a olho nu e vivem na parte de baixo das folhas, cortando e sugando o tecido vegetal. Nos ataques maciços, os agrupamentos de ácaros adultos apresentam cor de palha. Eles só se tornam vermelhos quando a temperatura cai e se preparam para hibernar, mas raramente fazem no em ambientes internos. Os danos causados pelos ácaros nas folhas revelam se por uma perda do pigmento verde e pela aparência mole, amarelada e cheia de manchas. Os piores ataques acontecem quando o tempo está quente e seco, fazendo as folhas se enrolarem e escurecerem nas beiradas, primeiro, e em toda a superfície, progressivamente. Aparecem teias no verso das folhas e nos brotos novos.

As lesmas e os caracóis que atacam as plantas de casa variam de tamanho e cor, conforme as espécies. Mas todos eles se escondem nas reentrâncias da planta ou do solo, durante o dia, só aparecendo depois que escurece, para se alimentar. Perfuram ou rasgam as folhas, comendo grandes porções de tecido. Se você não consegue enxergar o animal, verifique se não há traços finos e viscosos que eles deixam como rastro.

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Oito lições para um jardim agradável

1. Regue as plantas depois da adubação, pois o que auxilia na dissolução e penetração do adubo junto à terra é a água. Além disso, este processo de irrigação impede que as raízes entrem em contato direto e prolongado com o adubo químico evitando, assim, possíveis queimaduras. 2. Evite espécies que exijam replantio. Temos plantas floríferas perenes e anuais. As anuais florescem uma vez ao ano e, após essa etapa, precisam ser trocadas. Já as perenes mantêm-se viçosas e com flores por longos períodos durante o ano. Para uma manutenção não tão periódica, opte pelas espécies perenes. 3. Mantenha uma certa distância entre as mudas. .Ao plantar várias mudas, seja para forrações, cercas vivas ou qualquer outro objetivo, é necessário manter uma distância entre elas. Lembre-se que essas mudas irão se desenvolver, ocupando um maior espaço. O correto, para calcularmos este espaçamento, é conhecermos o tamanho que cada planta alcança em sua fase adulta. 4. Evite deixar as plantas de sol na sombra e as de sombra no sol. .As plantas que necessitam do sol para o seu crescimento irão em direção desta energia; já ao contrário dessas, as que não buscam os raios solares para se desenvolver adaptam-se melhor em ambientes sombrios. As mudas solares plantadas na sombra acabam crescendo desorientadas e se entortando em busca de luz. Em contrapartida, as da sombra cultivadas ao sol ficam com aparência amarelada. Uma planta de meia-sombra precisa de muita luminosidade, mas não de raios solares diretos, principalmente, entre 10 horas da manhã e 5 horas da tarde. Estas espécies devem receber, pelo menos, 3 horas de sol por dia, de forma direta ou indireta. Em ambientes internos, devem estar próximas a janelas. 5. Sempre alterne espécies para ter um jardim florido durante o ano inteiro.Conheça bem a época em que cada espécie floresce e tente programar-se. 6. Não esqueça que as plantas crescem, então cuide para não plantar mudas de maior porte sobrepostas às que esperam receber uma maior luminosidade. Esta situação é evidenciada geralmente com as gramas - plantas típicas de sol - que acabam amarelando até mesmo pela sombra provocada pelas copas das árvores.

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7. Use só adubo orgânico muito bem curtido. Esterco, folhas secas ou húmus de minhoca. Esses exemplos de adubo orgânico só devem ser aplicados após estarem totalmente decompostos. Lembre-se que a decomposição é causada por bactérias, que retiram uma certa quantia de nitrogênio do solo, sendo este o elemento químico que garante o tom verde às plantas. 8. Evite plantar espécies invasoras em calçadas. As plantas desenvolvem suas raízes na mesma proporção de seus caules. As espécies de grande porte, como seringueira, flamboyant e paineira, costumam ter raízes tão compridas ao ponto de invadirem terrenos vizinhos ou, até mesmo, quebrarem o chão e encanamentos.

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Um estilo oriental, o ikebana

De beleza frágil e quase irreal, o ikebana, arte floral japonesa, possui um simbolismo ligado à tradição e à literatura. Originários do Japão, onde nasceram há quase 13 séculos, os arranjos possuiam uma forte conotação religiosa. O ikebana, dentro do seu simbolismo, dá muita importância ao tempo, o que fica evidenciado na análise de qualquer tipo de arranjo. As regras gerais de sua técnica seguem as estações do ano e o movimento caracteristico do crescimento das flores.

No ikebana, o passado, o presente e o futuro No ikehana é possivel simbolizar o passado usando-se flores desabrochadas, vagens e folhas secas; o presente é representado por flores semidesabrochadas ou perfeitamente desenvolvidas e o futuro, por botões que sugerem crescimento. As estações do ano são incluidas na mesma técnica. Um arranjo com curvas definidas e fortes indica a primavera; o verão é representado por urn arranjo completo em expansão; para o outono cria-se um arranjo esparso e delgado, enquanto o inverno é simbolizado por uma composição de aspecto dormente e melancólico. A maior parte dos arranjos consiste na reunião de ramos de árvores, arbustos e pequenas flores silvestres. Isso porque os japoneses encontram mais beleza nas formas em crescimento na natureza do que no formato ou cores. O que compõe básicamente um ikeban são os três grupos de flores ou ramos, disposto em triângulo. Dessa forma, há um grupo central ereto, um intermediário partindo do centro, e um outro em triângulo invertido, inclinado, que sai do grupo central, mas do lado oposto ao grupo intermediário. Partindo dessa composição básica surgem os diferentes estilos do ikebana. Os vários estilos Até o século XV os arranjos eram encontrados nos templos budistas, tinham um aspecto rígido e volumoso e recebiam o nome do "Rikka", que significa flores eretas. As pontas dos ramos apontavarn sempre na direção do céu e indicavam a fé dos adeptos do budismo. Nesse estilo

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predominava uma paisagem, a forma clássica do ikebana. A partir dai a técnica simplificou-se e todas as pessoas podiam confeccionar seus próprios arranjos em um estilo popular conhecido como "Seiva”. A composição do arranjo Para fazer um arranjo é necessário ter à mão o seguinte material: flores, galhos, tesoura, kenzan e um recipiente. As flores e galhos podem ser campestres ou cultivados. Os galhos são indispensáveis ao ikebana, pois formam a parte principal do arranjo. Para o corte dos galhos, use uma tesoura de jardinagem ou uma especial para ikebana. O kenzan é o elemento básico para os tipos do arranjos feitos em vasos de boca larga, pratos ou tigelas. Trata-se do um objeto do metal em cuja base estão fixados pinos pontiagudos, onde serão fincadas as flores e galhos nas posições desejadas. Escolha o tipo do vaso que quiser ou improvise um recipiente com um prato fundo, fruteira ou uma cesta. Para o estilo "Nageire”, que dispensa o kenzan, use vasos de gargalo comprido, bambus gigantes cortados no nó, tocos ou cestas fundas. Depois de cortar as ponta dos ramos e flores, segure as hastes e finque-as verticalmente no kenzan. A inclinação é feita forçando-se o galho na posição desejada. A montagem do ikebana Para montar o ikebana deixe as flores e galhos à sua direita. Ponha o vaso na sua frente à uma distância razoável e um pouco abaixo do nivel dos olhos para ter uma boa visão do conjunto. Examine a forma e o tamanho do recipiente que pretende usar. O ikebana só se caracteriza três linhas fundamentais e as linhas auxiliares, com as seguintes caracteristicas: Shin - linha principal e ponto básico de todo arranjo. Escolha o galho mais Iongo e mais forte. O comprimento deve ter o dobro do diâmetro do vaso mais a medida da sua profundidade. Soe linha secundária que coresponde ao segundo galho. Deve ter 3/4 do comprimento total do Shin. Hikae - linha terciária que deve ter a metade ou 3/4 do comprimento do Soe. Jushi - linhas auxiliares e elementos secundários do arranjo. Devem ser menores e mais baixos do que as três linhas principais. As Jushi são as flores do arranjo. A quantidade de flores depende de seu bom gosto, mas o numero sempre deve ser sulficiente para dar harmonia e equilibrio ao conjunto. As flores são colocadas em alturas desiguais no espaço triangular do kenzan formado pelas três linhas principais.

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Acerte na hora de comprar mudas

Na hora de adquirir mudas de árvores e arbustos para sua casa, procure selecionar plantas que estejam adaptadas em vasos ou em jacazinhos, evitando os exemplares em sacos plásticos. Neste último caso, escolha apenas espécies bastante novas, cujas raízes ainda não se desenvolveram muito para ficarem danificadas pela compressão da embalagem.

A vantagem de comprar uma planta em recipiente reside no fato de que você poderá transplantá-la no momento mais propício para aquele gênero. Faça uma pesquisa entre viveiristas ou comerciantes de plantas ornamentais e somente adquira seus exemplares onde tiver certeza da qualidade oferecida. Procure comprar as plantas logo que são oferecidas à venda. Assim, poderá selecionar entre o lote todo, em vez de levar apenas o que sobrou.

Quando comprar

Em teoria, você pode obter plantas envasadas em qualquer época do ano, para replantá-las quando quiser. No entanto, conforme as espécies, há períodos em que se dispõe de fatores importantes para julgar o desenvolvimento e o viço dos exemplares.

Os arbustos floríferos, a exemplo da camélia, da hortênsia, da azaléia e da rosa, devem ser adquiridos no momento exato em que começam a florir, estando com algumas flores abertas e vários botões. Assim você sabe o que está comprando, em termos de cor e de aroma. As camélias florescem desde o inverno até a primavera; a hortênsia e a rosa, no verão; e a azaléia, desde o inverno até meados ou fins da primavera.

As espécies arbustivas de folhas permanentes e as que se destacam por sua folhagem devem ser compradas no final da primavera ou no início do verão, quando mostram seu melhor viço. Nesse caso incluem-se as coníferas (e suas formas anãs), a fátsia, o louro, as iúcas, as palmeiras e todas as formas de dracenas ou outras espécies de porte mais encorpado, notáveis por sua bela folhagem. Tanto no inverno rigoroso como durante um verão muito quente, essas plantas podem apresentar danos irreversíveis, quando adquiridas de comerciantes desleixados, que não atendam às necessidades de proteção ou de regas dos exemplares. Dependendo do estado da planta, talvez ela nunca mais se recupere.

Arbustos de folhagem caduca também devem ser conseguidos na

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primavera ou início do verão, quando estão cheios de folhas, para você ver o que está comprando e escolher o melhor exemplar.

Pontos a considerar Observe se o composto está úmido. Caso esteja ressecado, isso pode resultar na queda de folhas e de botões florais e, para plantas como camélias, azaléias e coníferas, talvez signifique a morte. As mudas nunca devem estar soltas no recipiente, mas bem enraizadas e estáveis. Despreze as plantas com uma massa de raízes escapando pelo furo de drenagem são exemplares que ficaram muito tempo no mesmo vaso, sem os cuidados adequados. Também podem mostrar sinais de carência de nutrientes, como folhas amareladas ou avermelhadas.

Evite as folhagens que exibam marcas amarronzadas nas folhas ou nos bordos. Isso pode significar o resultado de falta de regas, exposição a ventos ou doenças. As coníferas com muita folhagem amarronzada na base e/ou de um só lado quase certamente estão sofrendo de alguma doença provocada pelo solo.

Os arbustos que não apreciam calcário, como camélias e azaléias, devem exibir um colorido verde. Se estiverem amarelando, talvez sofram de clorose uma carência de ferro causada pela presença de calcário no solo. Quando apresentarem esse problema, evite-os, pois sua recuperação revela-se difícil.

Os botões florais devem estar saudáveis, sem nenhum sinal amarronzado. Repare também se estão firmes e eretos. Quando se mostrarem pendentes, isso significa que estiveram sujeitos a correntes de ar frio ou lhes faltou água.

Nem pense em adquirir uma planta em vaso cheio de ervas daninhas, pois será um problema a mais para seus outros exemplares. Ervas daninhas multiplicam-se mais depressa do que sua capacidade de extermina-las.

Não cogite em comprar uma planta com praga, mesmo que seja apenas pulgão. Qualquer tipo de infestação pode se alastrar com muita rapidez e você talvez até perca o exemplar.

Da mesma forma, despreze as plantas que revelarem sinais de doenças como míldio (manchas parecidas com pó branco nas folhas e pontas dos ramos), mofo cinzento (flocos acinzentados nas flores) ou pintas pretas (pontos pretos nas folhas das roseiras). Quando isso acontecer com as

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espécies que você já possui, há sentido em combater o mal. Mas nunca adquira exemplares doentes. Verifique se as coníferas estão firmes em seus recipientes.

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Saiba como cultivar rosas

De preferência, num local ensolarado e bem arejado. Para florescer bem e praticamente o ano todo, a roseira precisa de sol pleno, ou seja, pelo menos de 6 a 7 horas diárias de luz solar direta. Recomenda-se um local arejado, para evitar a o surgimento de fungos nas folhas e flores, especialmente em regiões chuvosas. Como regar e podar? Logo após o plantio das mudas e até a primeira floração, regue com moderação todos os dias. Depois regar uma vez por semana no inverno e duas vezes por semana em época de seca. Na temporada de chuvas pode até suspender as regas. A primeira poda deve ser feita um ano após o plantio e repetida todos os anos, entre os meses de julho e agosto. Quais são os maiores inimigos das roseiras e como combatê-los? As pragas e as doenças são grandes inimigas das roseiras: Pulgões: São os mais comuns. Sugadores, causam deformações nas partes atacadas, principalmente brotos novos e botões. Combata-os, de maneira mais natural, com calda de fumo. Ácaros: São quase invisíveis a olho nú e se localizam, em colônias, na parte inferior das folhas, causando grandes prejuízos. A aplicação de enxofre solúvel pode servir como prevenção. Trips: Pequenos insetos voadores que deformam as flores, logo no início da brotação. Em grandes ataques, podem destruir completamente a planta, por essa razão, necessitam de um controle químico, sob orientação. Formigas-cortadeiras: Fazem mais estragos nas folhas e brotos. Iscas formicidas costumam ser bem eficazes. Besouros: A variedade é grande, mas as vaquinhas são as que mais destróem as flores. Também precisam de combate químico, quando o ataque for grande. Mofo-cinzento: Doença causada por um fungo que tem preferência pelas flores e botões. Costuma ocorrer em épocas de chuvas prolongadas e muita umidade. Pode-se prevenir o problema com a aplicação de fungidas. Mofo-branco: É o famoso oídio, que não escolhe época para atacar. Os botões e as folhas são os alvos preferidos. A prevenção pode ser feita com os mesmos fungicidas usados para controlar o mofo-cinzento e o combate é reforçado com enxofre solúvel. Mancha-preta: Ataca as folhas, amarelando-as e derrubando-as.

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Costuma atacar mais quando há mudanças bruscas de temperatura. Também pode ser prevenida com fungicidas. Míldio: Surge com mais freqüência nos períodos quentes, quando há excesso de chuvas. É uma doença devastadora, capaz de destruir brotos novos e folhas e, se não for controlada, mata mesmo a planta. Qualquer suspeita de ocorrência deve ser rapidamente combatida com produtos específicos existentes nas casas especializadas em produtos agropecuários. Lembre-se: Todo e qualquer produto químico deve apenas ser aplicado segundo a recomendação do fabricante e só deve ser adquirido após consulta com um técnico especializado, que poderá fazer a prescrição do receituário agronômico. Qual é o espaçamento entre as mudas? Existem vários tipos de roseiras (silvestres, híbridas-de-chá, sempre-floridas, miniaturas, rasteiras, arbustivas, trepadeiras e cercas-vivas) e o espaçamento vai depender da variedade de rosa que estiver sendo plantada: • arbustivas : 1 metro entre as mudas • trepadeiras : de 1 a 2 metros entre as mudas • cercas-vivas : 50 a 80 cm entre as mudas • híbridas-de-chá e sempre-floridas : 50 cm entre as mudas • miniaturas : 20 a 30 cm entre as mudas • rasteiras : 30 cm entre as mudas Se o plantio for feito com mudas "envasadas" (normalmente vendidas em sacos plásticos), pode ser feito em qualquer época do ano, mas os especialistas recomendam evitar os meses mais quentes. Já para o plantio com mudas chamadas de "raiz nua", o período mais indicado vai da outono à primavera. Que tipo de solo é mais adequado? As roseiras podem se desenvolver bem em qualquer tipo de solo, mas é preferível garantir uma terra mais para argilosa, que tenha boa drenagem.

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Na força da lua toda a vitalidade das plantas

Há mais de dois mil anos se atribuem à Lua influências sobre os mais diversos aspectos da vida no nosso planeta. Em alguns casos elas são observadas e estudadas para que o homem possa utilizá-las em seu benefício. Isto, ocorre, por exemplo, no cultivo de plantas, flores e hortaliças, onde a ascendência dos cicios lunares é bem marcante. Nos ciclos lunares a geração da vida Essas constatações milenares foram estudadas desde a década de 50 pela pesquisadora alemã, Maria Thun, a primeira a reverter estes dados em informações práticas. Para quem gosta de cultivar jardins e hortas, através do plantio diário de vegetais, sob as mesmas condições de clima e solo, ela chegou a uma correlação entre os ritmos de produção e os ciclos astronômicos, obtendo resultados surpreendentes. Entre os inúmeros ciclos lunares se destacam basicamente três, por sua importância no cultivo e desenvolvimento das plantas: cicio das quatro fases, ciclo sideral e ciclo ascendente e descendente. Ciclo das quatro fases Quem já não ouviu falar das luas cheia, nova, minguante e crescente? Apesar disto, seus efeitos, segundo a pesquisadora, são mais sutis e de pouco uso prático no cultivo das plantas. Assim, a influência das fases da lua sobre o crescimento das plantas tem seus efeitos relacionados à luminosidade que incide sobre elas. A germinação de sementes, por exemplo, é mais rápida quando realizada durante a lua cheia, ela fica em oposição ao sol e reflete toda a luz do grande astro. A única desvantagem é que, neste período, elas são mais suscetíveis aos fungos. Ciclo sideral Representando a passagem da lua pelas constelações, este ciclo exerce grande influência no momento da semeadura. Em cada mês, ela passa um período de cerca de três dias diante de cada constelação, durante os quais a sua ação combinada se fará sentir em áreas particulares da planta. Quando a lua está em Peixes, Câncer e Escorpião: estimula a atividade da planta na área das folhas. É um período propício ao plantio de várias espécies de folhagens, como samambaias, avencas, asplênio, chifre-de-veado, renda-portuguesa, antúrio, cheflera, dracena. Nas hortas, alface, couve, espinafre e agrião.

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Carneiro, Leão e Sagitário: beneficia o desenvolvimento dos frutos e das sementes, favorecendo, no jardim, as flores propagadas por sementes. É uma época adequada para flores como prímula, crisântemo, cinerária, gerânio, jasmim-rosado, camélia. No plantio em hortas, é ideal para tomate, abobrinha, pepino, morango. Touro, Virgem e Capricórnio: favorece o desenvolvimento das raízes, tubérculos, bulbos e.caules subterrâneos. Para florir no seu jardim às espécies são lírios, jacintos, angélicas, gloxínias, ciclâmen (tubérculos); agapanto, copo-de-leite, cana-índica (rizomas). Na horta: cebola (bulbo), batata, batata-doce, mandioquinha (tubérculo), cenoura, mandioca (raiz). Gêmeos, Balança e Aquário: propicia o florescimento de seu jardim como nunca, pois é tempo de floração. Isto vale também para as flores que perfumam e as plantas odoríferas. No jardim, rosa, jasmim, jasmim-de-cêra, gardênia, gerânio-perfumado, cacho-de-estrelas, abutilom. Na horta, hortelã, tomilho, manjericão, manjerona, orégão, salsa, alecrim, salvia. Apesar das diferenças, existe um ponto em comum entre os vários grupos de constelações, cada um deles está relacionado, por tradições milenares, aos quatro elementos primordiais, terra, fogo, ar e água. Coincidentemente, as três constelações que favorecem as raízes são associadas ao elemento terra; as que são benéficas ao caule e às folhas, ligados à circulação da seiva, pertencem ao elemento água; as constelações que favorecem as flores são relacionadas ao ar ou à luz; e os frutos e sementes ao fogo ou calor. Ciclo ascendente e descendente É o nome dado às posições da lua no período de um mês. O mesmo movimento que observamos em relação ao sol, no período de um ano. No inverno, ele parece estar muito alto, e, no verão, mais baixo. Isso acontece com a lua. É só observar como numa quinzena ela dá a impressão de estar subindo, enquanto nos outros 15 dias, sugere estar descendo. O seu ponto mais alto é chamado de apogeu e o mais baixo de perigeu. Nem sempre esse ciclo corresponde à lua crescente e minguante, respectivamente. Esta é uma coincidência que só acontece no inverno. Sua importância está na observação de que, nos períodos de lua ascendente, a seiva dos vegetais acumula-se mais na parte aérea, localizada acima do solo. Assim, estes períodos favorecem as operações de enxertias, pois a seiva vem de baixo e se espalha pela parte aérea, beneficiando o êxito do enxerto. Também propicia o corte, de plantas aromáticas, que terão seu perfume acentuado. Já na lua descendente, a concentração de seiva é maior nas raízes e propicia as adubações, transplantações, podas e o corte de madeira. Também facilita os transplantes de mudas e replantios.

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Segundo as tradições populares, os cortes e podas devem ser feitos na lua minguante. Mas as observações demonstram que, na verdade, são as luas ascendente e descendente que influem no fluxo da seiva. Assim, esta crença só é válida no inverno, quando a lua minguante e a descendente coincidem.

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Os cuidados no jardim no durante o outono

Junto com o outono começa a temporada de cuidados especiais nos jardins. Depois de enfrentar as altas temperaturas do verão, as plantas se preparam para o recolhimento no inverno.

Com a chegada do outono, inicia-se um novo período. Os jardins e as plantas em vasos que certamente passaram maus bocados com o calor do verão, precisam de cuidados para recuperar a forma e enfrentar as transformações que chegam com a nova estação: o outono. O outono é um excelente período para realizar duas tarefas no jardim: limpeza e adubação. Faxina geral O primeiro passo para cuidar do jardim nessa época do ano é fazer uma boa limpeza. Elimine insetos e ervas daninhas que provavelmente invadiram canteiros e vasos durante o inverno. Folhas e galhos secos devem ser eliminados com uma poda de limpeza. Rastelos ajudam na tarefa da limpeza. Aproveite também para dar manutenção aos canteiros já formados, escarificando o solo para favorecer a aeração ou oxigenação das raízes. Evite neste caso o uso de enxada ou pá, esse trabalho deve ser realizado com escarificador ou sacho, pois esta ferramenta permite acessar o espaço entre as plantas, sem contudo, danificá-las. Prepare o solo para a adubação Nos vasos e jardineiras, use um ancinho para revolver a terra superficialmente. Sempre que possível, prefira ingredientes orgânicos para fazer a adubação (húmus de minhoca, torta de mamona ou farinha de osso). Cuidado com as podas, essa tarefa merece atenção Nada de podar plantas que vão florir no inverno ou início da primavera, pois sua floração pode ser prejudicada. Podas educativas (aquelas que dirigem o crescimento das folhagens) também não são recomendadas. O certo é fazer apenas uma poda de limpeza, retirando folhas amareladas e galhos secos para favorecer a penetração dos raios solares entre os galhos da planta. Essa poda de limpeza é especialmente indicada para as cercas vivas.

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Dicas para fazer a poda de limpeza sem erros Com tesouras de pontas finas é possível alcançar áreas de acesso mais difícil em arbustos e cercas vivas, mas para hastes lenhosas é essencial usar uma tesoura de poda adequada, para não "mastigar" os caules. Use ferramentas sempre muito bem afiadas, evitando danificar as plantas. Para podar folhas mortas, faça um corte limpo na extremidade do pecíolo, exatamente onde a haste da folha encontra o ramo. Dê uma ajuda para as plantas que precisam de apoio De uma maneira geral, as plantas no outono perdem uma boa parte de suas folhas, o que oferece uma ótima oportunidade para verificar as condições das plantas que precisam de suporte, tutores e treliças. Verifique as condições gerais destes apoios e aproveite para corrigir a condução dos ramos que cresceram durante o verão. Evite fazer cortes e podas de correção, eliminando apenas os ramos que apresentarem algum problema sério (como quebra, ataque maciço de insetos ou pragas, etc.). Garanta a umidade das plantas sem encharcar Com o final do verão e a diminuição do calor, a quantidade de água das regas deve ser diminuída, pois a evaporação no outono é menor. Por outro lado, as plantas estarão entrando num período no qual as chuvas diminuem e o solo passa a ficar mais ressecado. Uma ótima medida é aproveitar para incorporar a terra elementos com ação hidrorretentora, ou seja, que absorvem e mantém a umidade na quantidade certa. O mais recomendado é o húmus de minhoca que além de cumprir essa função ainda contém bons nutrientes para as plantas.

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Quando é preciso trocar de vaso

Existem inúmeras diferenças entre o cultivo de plantas num jardim e o cultivo de plantas em vasos, mas a principal delas é a necessidade do transplante no cultivo em vasos. Veja aqui, quando e como realizar esta tarefa. O cultivo de plantas em vasos nos permite ter dentro de casa as mais variadas espécies. É claro que para mantermos as plantas bonitas e saudáveis é preciso alguns cuidados especiais, principalmente com relação à luminosidade, temperatura, adubação e regas. Mas, existe também um outro fator fundamental, que muitas vezes é esquecido: o transplante. No jardim, as raízes das plantas têm espaço e liberdade para crescer e podem buscar na terra toda a água e nutrientes necessários para o seu desenvolvimento. Mas nos vasos essa liberdade fica limitada. Com o tempo, mesmo com adubações regulares, a qualidade do solo fica prejudicada e o espaço para a expansão das raízes torna-se pequeno. Daí a necessidade do transplante. Mas, como saber quando transplantar nossa plantinha? Alguns sinais podem indicar o momento certo. Eis alguns: * raízes saindo pelos furos de drenagem; * partes das raízes aparecendo na superfície da terra; * o vaso começa a ficar pequeno em relação ao tamanho da planta; * florescimento escasso ou inexistente; * aparecimento de folhas muito pequenas ou defeituosas; * raízes formando um bloco compacto e emaranhado.

Para facilitar o trabalho com o transplante de plantas, faça tudo planejado, em etapas: 1. No dia anterior ao transplante, de preferência à noite, comece com os preparativos: Regue todas as plantas que serão transplantadas, para facilitar a retirada do vaso. Limpe bem os vasos que serão utilizados. Se utilizar vasos novos de cerâmica ou barro, mergulhe-os num tanque cheio de água até que parem de soltar bolhas. Isso ajuda a limpá-los

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bem e impedem que absorvam a umidade da mistura de terra que será colocada. 2. Antes de iniciar o trabalho, escolha um local sombreado. Separe todas as plantas que necessitam de transplante e deixe todo o material necessário à mão (vasos, ferramentas, mistura de solo, cascalho para ajudar a drenagem, etc). 3. Prepare a mistura de terra ideal para o replantio e reserve. Coloque cascalhos para drenagem no fundo do vaso, de forma que não obstruam totalmente o furo, prejudicando o escoamento do excesso de água. 4. Coloque uma parte da mistura de solo no fundo do vaso e reserve. 5. Agora é a hora de retirar a planta do vaso. A terra um pouco umedecida facilita o trabalho. No caso de haver muita compactação, afofe a terra superficialmente e passe uma faca de lâmina comprida entre o vaso e o torrão. 6. Se a planta estiver num vaso pequeno, coloque a mão espalmada por baixo das folhas, cobrindo a superfície da terra e firmando as hastes entre os dedos. Vire o vaso para baixo e, para facilitar, bata-o levemente na beirada de uma mesa ou balcão. Normalmente, a planta sairá com facilidade, mas se isso não acontecer, evite puxá-la com força. Volte o vaso na posição inicial e tente soltar o torrão passando a faca novamente. Se houver nova resistência, quebre o vaso. 7. Para retirar uma planta de um vaso grande, passe a lâmina de uma faca longa entre o torrão e o vaso. Deite o vaso na mesa e bata levemente com um pedaço de madeira nas laterais para soltar o torrão. Segure a planta com uma das mãos e vá virando o vaso lentamente, batendo devagar em toda a superfície. Quando perceber que o torrão está solto, puxe a planta delicadamente com o vaso ainda deitado. 8. Com a mistura de solo já firmada no fundo do novo vaso, posicione o torrão da planta bem no centro. Na maioria dos casos, o topo do torrão deve ficar entre 2 e 5 cm abaixo da borda. 9. Continue a colocar a mistura de solo, pressionando-a nas laterais para firmar bem a planta. Espalhe mais um pouco da mistura por cima e observe que a terra deve cobrir as raízes, sem encostar nas folhas inferiores. Para eliminar as bolhas de ar e acomodar a terra, bata o vaso levemente sobre a mesa e depois pressione a superfície com os dedos. 10. Pronto! Agora suas plantinhas não estão mais com os "sapatos apertados", e poderão continuar se desenvolvendo em sua nova casa!

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Como usar os adubos

Você já teve dúvidas na hora de adubar suas plantas? Então você não foi o único, muitas pessoas já ficaram em dúvida com relação a isto.. Qual fertilizante é melhor: químico ou orgânico? Como funciona, qual fórmula usar, como aplicar?

Então para facilitar seu trabalho, aí vão algumas dicas bem úteis: Adubos químicos Os adubos ou fertilizantes químicos (minerais) geralmente são vendidos em lojas de jardinagem e até em supermercados. Na embalagem, trazem a sigla NPK, mostrando que o produto contém os elementos mais importantes para o desenvolvimento das plantas (macro nutrientes): o nitrogênio (N); o fósforo (P) e o potássio (K). Há formulações diferentes de fertilizantes NPK, baseadas na sua finalidade. Em geral, usa-se: NPK 4-14-8 (4 partes de nitrogênio, 14 partes de fósforo e 8 partes de potássio), para espécies que produzem flores e frutos. Ex. hibisco, azaléias, violetas, cítricos como a laranjeira, hortaliças (legumes), etc. Além disso, segundo a maioria dos fabricantes, esta formulação é ideal para ser aplicada no momento do plantio dos vegetais, no preparo do solo, pois o alto teor de fósforo proporciona uma melhor formação e desenvolvimento das raízes e estrutura das plantas. NPK 10-10-10 (partes iguais dos 3 elementos), especial para espécies que não florescem e não produzem frutos, como as samambaias. Segundo os fabricantes, esta formulação também é ideal para ser aplicada em plantas já formadas, na forma de cobertura. Neste caso, pode ser usada em flores, folhagens, hortaliças e frutíferas. Serve para fortalecer plantas de uma maneira geral. NPK 15-15-20 (15 partes de nitrogênio, 15 partes de fósforo e 20 partes de potássio), rica em potássio, esta formulação é considerada bem prática, pois pode ser usada também no cultivo hidropônico, sendo indicada especialmente para hortas. As aplicações devem levar em conta a estação do ano e a espécie de planta.

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Na primavera, o adubo que contém nitrogênio vai estimular a brotação, o crescimento da planta e das folhas. No outono, um adubo com mais potássio vai favorecer o desenvolvimento e fortalecimento das raízes, caule e frutos. Nas espécies floríferas e frutíferas devemos adubar com mais fósforo no início da primavera. Nas espécies frutíferas a adubação deverá ser suspensa no início da floração e retornar apenas quando o fruto estiver do tamanho de uma ervilha, já para as espécies floríferas a adubação deverá ser suspensa durante toda a floração. Não adube as plantas quando secas, e sim aproximadamente uma hora após as regas, devendo as aplicações serem feitas preferencialmente no final da tarde, ou pela manhã bem cedo. Não devemos adubar plantas transplantadas, é necessário aguardar pelo menos 40 dias antes de reiniciar as adubações. Há opiniões diferentes quanto a esta questão, mas numa regra geral não devemos adubar no período mais frio do ano (inverno), quando as plantas estão em estado de dormência. E, devemos diminuir a adubação no período mais quente (verão). Também há no mercado as fórmulas preparadas especialmente para determinadas espécies de plantas ornamentais. É o caso das violetas, orquídeas, rosas e samambaias. Neste caso, os fabricantes elaboram uma fórmula adequada às necessidades nutricionais de cada espécie. Uma outra formulação especial já encontrada no mercado é o NPK granulado para gramados, que pode ser aplicado de uma forma bem rápida e prática, simplesmente espalhado sobre o gramado. A freqüência de adubação varia de acordo com a espécie cultivada. Algumas precisam mais outras menos, mas, de forma geral, a adubação pode ser feita a cada dois meses. Mas lembre-se: quanto à dosagem e forma de aplicação, siga rigorosamente as indicações do fabricante, que constam na embalagem do produto. Fique atento para as quantidades de adubo a serem aplicadas, quando a adubação é demasiadamente excessiva, além do gasto ser maior do que o desejado as plantas podem apresentar queima nas raízes, folhas e frutos, prejudicar a fertilidade da planta ou até mesmo morrer devido a este excesso, além de aumentar a salinidade do solo. Adubos orgânicos Também podemos encontrar os macro nutrientes (nitrogênio, fósforo e potássio) em versões orgânicas. O nitrogênio pode ser encontrado em estercos (aves, gado, curral, etc), também na torta de mamona. O fósforo na farinha de ossos calcinada, farinha de peixe, e o potássio em cinzas de madeira, carvão vegetal e derivados da casca do côco (fibra, substrato, pó). Os adubos orgânicos são compostos por derivados ou subprodutos

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agropecuários. No caso dos orgânicos, temos um nível de segurança maior com relação a possíveis excessos, pois estes são absorvidos gradativamente pelo solo e pela planta. Os adubos orgânicos são liberados lentamente, demoram cerca de quinze dias para degradar e ficarem em condições de serem assimilados pelas plantas, mas em compensação, têm uma ação prolongada. O adubo orgânico favorece a formação e estruturação da micro flora do substrato. A adubação orgânica pode ser feita, por exemplo, a cada dois meses. O adubo deve ser colocado ao redor da planta próximo a borda do vaso. O adubo orgânico também pode ser encontrado em forma de pastilhas ou líquidos (mais práticos). Em todos os casos citados, devem-se seguir as instruções de uso dadas pelo fabricante. Para se utilizar bem este tipo de informação, deve-se sempre recorrer as funções dos nutrientes. Por exemplo, uma planta que apresenta uma baixa floração, deve receber um adubo com uma porcentagem mais alta de fósforo, como a farinha de ossos calcinada. Ou uma planta com pouco crescimento, poucas folhas e amarelada, deve receber um adubo com mais nitrogênio, como a torta de mamona. Normalmente encontramos recomendações da aplicação dos dois produtos (2 partes de torta de mamona para 1 parte de farinha de ossos) visando um fornecimento mais completo de nutrientes para as plantas. Importante: Não misture os dois produtos(farinha de ossos e torta de mamona) juntos podem se tornar tóxicos. É importante saber que a fertilização correta torna a planta saudável e mais resistente a pragas e doenças. Tenha isso em mente.

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Com a chegada do outono jardins merecem cuidados

Com a chegada do outono, inicia-se um novo período. Os jardins e as plantas em vasos que certamente passaram maus bocados com o calor do verão precisam de cuidados para recuperar a forma e enfrentar as transformações que chegam com a nova estação. O outono é um excelente período para realizar duas tarefas no jardim: limpeza e adubação das plantas que irão florescer no inverno. Saibam quais os cuidados que devem ser tomados nesta estação: Faxina geral O primeiro passo para cuidar do jardim nessa época do ano é fazer uma boa limpeza. Elimine insetos e ervas daninhas que provavelmente invadiram canteiros e vasos durante o verão. Folhas e galhos secos devem ser eliminados com uma poda de limpeza (veja abaixo). Rastelos ajudam na tarefa da limpeza. Manutenção Aproveite também para dar manutenção aos canteiros já formados, escarificando o solo para favorecer a aeração ou oxigenação das raízes. Evite neste caso o uso de enxada ou pá, esse trabalho deve ser realizado com escarificador ou sacho, pois esta ferramenta permite acessar o espaço entre as plantas, sem contudo danificá-las. Prepare o solo para a adubação. Nos vasos e jardineiras use um ancinho para revolver a terra superficialmente. Sempre que possível, prefira ingredientes orgânicos para fazer a adubação nesta época (húmus de minhoca, torta de mamona ou farinha de osso). Com tesouras de pontas finas é possível alcançar áreas de acesso mais difícil em arbustos e cercas vivas, mas para hastes lenhosas é essencial usar uma tesoura de poda adequada, para não “mastigar” os caules. Use ferramentas sempre muito bem afiadas, evitando danificar as plantas. Para podar folhas mortas, faça um corte limpo, na extremidade do pecíolo, exatamente onde a haste da folha encontra o ramo. Água Com o final do verão e a diminuição do calor, a quantidade de água das regas deve ser diminuída, pois a evaporação no outono é menor. Por outro lado, as plantas estarão entrando num período no qual as chuvas diminuem e o solo passa a ficar mais ressecado. Uma ótima medida é aproveitar para incorporar a terra elementos com ação hidrorretentora, ou seja, que absorvem e mantêm a umidade na quantidade certa. O mais recomendado é o húmus de minhoca que além de cumprir essa função ainda contém bons nutrientes para as plantas.

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Árvores no jardim e na calçada

Ter um parque ao redor de uma casa em épocas passadas, não era privilégio de uma minoria. Qualquer casa, por pequena fosse, tinha seu jardim com árvores majestosas. Mesmo nas ruas e avenidas não faltava à presença de árvores que sombreavam e embelezavam, atenuando em parte a rudeza dos paralelepípedos e do asfalto. Atualmente, a tendência é diminuir a área verde, dando lugar a maiores áreas, construídas, as grandes árvores desapareceram gradativamente das ruas e dos jardins. Contudo, mesmo pequenos espaços podem acomodar plantas e árvores, com a distribuição dos elementos certos nos lugares adequados. Saiba como escolher A natureza do solo deve ser estudada para que as plantas sejam escolhidas de acordo com a sua composição. Algumas se desenvolvem em terrenos arenosos, enquanto outras preferem solo rico em calcário, o tipo de solo tem estreita ligação com o clima e o local. Sendo este chuvoso, a terra estará sempre com um grau maior de umidade, mas isto não acontece no litoral, onde o solo permanece sempre seco. Enquanto algumas espécies não suportam sol intenso, outras precisam dele diariamente. Conhecendo a preferência das plantas quanto ao clima e ao solo fica mais fácil criar condições para,que a espécie se desenvolva bem. A utilização das árvores depende do seu porte. Árvores com mais do 10 m de altura normalmente são plantadas em parques e centros de gramados. Nas calçadas de bairros residenciais são utilizadas árvores com 15 a 18 m de altura. Árvores que alcançam 20 m, são próprias para alamedas, onde se destacam. Os cedros, com sua ramagem cerrada, são usados na formação de pequenos bosques. E os abetos, ciprestes, sequóias e pinheiros são utilizados em grandes áreas ou nas proximidades das rodovias. Distribuição das árvores Pode-se escolher entre três tipos distintos de distribuição. O plantio linear, com as árvores alinhadas e pequenos intervalos entre uma e outra, proporcionando vedação a áreas abertas e devassadas, sendo usada para formar uma cortina vegetal, criar ambientes íntimos e proteger contra o vento. O plantio em grupo serve para quebrar a monotonia de linhas. O grupo pode ser formado com árvores da mesma espécie, mas de diferentes alturas. O plantio disperso, proporciona um recanto com sombra ou cria um ponto decorativo.

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Plantar na calçada Se você quiser criar um ponto de atração ou ter sombra para que as crianças possam brincar na calçada, dirija-se à Administração Regional do seu bairro e solicite, através do um requerimento, permissão para a construção de uma calçada verde.

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Análise do solo

Peça essencial no jardim, o solo é o que mais influencia a saúde das plantas. Para um chek-up rápido de como anda o solo do terreno, observe o que cresce espontaneamente nele. Certas plantas são ótimas delatoras de como anda a qualidade da terra. Outro método prático, é cavocar um pequeno buraco e ver a cor do solo. Quanto mais escuro, mais rico ele é. Esses dois métodos já livram boa parte dos problemas, mas para um resultado realmente confiável, vale também checar o índice de pH que mede a acidez do solo. Em demasia, a acidez prejudica a absorção de nutrientes pelas plantas, e atrapalha o desenvolvimento delas. O pH é classificado em uma tabela que vai de 0 a 14. Abaixo de 7, o solo é ácido. Acima disso é alcalino. O índice ideal para boa parte das plantas situa-se entre 6 e 6,5, ou seja, levemente ácido. Como o solo brasileiro costuma ser muito ácido, são necessárias correções para deixá-lo adequado ao cultivo. Uma maneira rápida de descobrir o pH, é usar o peagâmetro. Um aparelho que ao ser fixado ao solo faz a leitura do nível de acidez. Com o resultado é fácil corrigi-lo assim: Para aumentar 1 ponto no índice pH, misture 150 gramas de calcário dolomítico por metro quadrado. O resultado demora cerca de trinta dias. Como ver a qualidade da terra Algumas espécies que crescem espontaneamente indicam que o solo está em boas condições de cultivo. Três delas são: dente-de-leão, mamona e picão preto. Já outras plantas, indicam que o solo está excessivamente ácido. Como o capim barba-de-bode, a samambaia das taperas e o sapé. Identifique qual é o seu solo Terra preta ou marrom: indica solo de boa qualidade, rico em matéria orgânica, com retenção de água e ar na medida certa. Terra vermelha: indica solo de qualidade, mas com alta concentração de argila. Precisa de areia e esterco bem curtido. Terra amarela: indica o excesso de areia e pouquíssima matéria orgânica. Esse tipo carece de uma análise laboratorial, para saber quais são as correções necessárias.

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Substrato pronto é a opção para áreas pequenas Em jardins pequenos pode-se ganhar tempo, substituindo a terra dos canteiros e covas por substratos prontos vendidos em lojas de jardinagem. São produtos compostos basicamente de terra misturado com areia, casca de pinos e composto orgânico, já com pH corrigido. Existe a opção também, de comprar o substrato em maior quantidade nos viveiros, a vantagem é o preço menor por kg.

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Ajudando o crescimento das trepadeiras

O desenvolvimento das trepadeiras exige um suporte adequado para cada espécie. Não basta ter cuidados no cultivo e desenvolvimento da planta se ela não for bem amparada. 0 suporte é também importante para que a trepadeira desempenhe a função para a qual foi planejada. Por exemplo, se você quiser revestir um muro com trepadeiras floridas, precisará providenciar um gradil de ripas ou arames cruzados numa estrutura. Esse suporte deve ficar distante do muro de 5 a 10 cm para que os ramos se enrosquem pelos vãos. Se o objetivo é fazer a planta enroscar-se num pilar ou num tronco de grande diâmetro, os gradis de madeira ou arame também são muito úteis. As chamadas trepadeiras volúveis sobem sem qualquer ajuda em gradis metálicos. Mas as trepadeiras sarmentosas, que possuem apenas raízes fixadoras, não conseguem se fixar em superfícies lisas e impenetráveis. 0 suporte mais Indicado para as trepadeiras volúveis deve ter os sarrafos de madeira ou arames dispostos na diagonal isso porque, se os condutores estiverem na vertical, os ramos tendem a subir diretamente, sem preencher os espaços vazios. Com os tutores na diagonal, a trepadeira tende a soltar ramos de um tutor para o outro, preenchendo, dessa maneira, todo o espaço do suporte. Os suportes naturais mais adequados para as trepadeiras sarmentosas auto fixadoras são, as palmeiras ou outras árvores com troncos alongados. As heras, por exemplo, sobem com facilidade por essas árvores, entretanto Impedem a planta de respirar. Os cipós também podem se apoiar em árvores, principalmente quando se constrói um suporte de ripas para eles. Contudo, os mais viçosos; causam o mesmo problema que as heras: acabam matando a árvore por asfixia, Entre as espécies que podem subir em árvores sem prejudicá-las, destaca-se o cipó-de-são-joão. Ela é Ideal para árvores que perdem suas folhas no Inverno, pois é uma planta que dá lindas flores em junho. Pérgulas e caramanchões também podem ser revestidos por vários tipos de trepadeiras, escolhidas de acordo com o efeito que se deseja obter: Plantas mais viçosas, por exemplo, tendem a cobrir Inteiramente esse tipo de suporte. Uso de amarrilhos Esse recurso pode ser útil quando as trepadeiras têm dificuldade de se fixarem sozinhas no suporte. Entretanto, os amarrilhos não devem forçar a planta. Para as trepadeiras de ramos lenhosos, o mais Indicado é usar amarrilhos de sisal e, para cipós pesados, arames galvanizados revestidos com pedaços de mangueira de jardim, para não danificar os caules. 0 modo de amarrar é Importante e o nó tipo 8 deitado é o mais

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conveniente, pois não tira a flexibilidade da trepadeira e permite o desenvolvimento dos ramos sem provocar estrangulamentos.

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Os encantos de um jardim perfumado

Antes de estruturarmos um jardim de fragrâncias, devemos tentar conhecer um pouco o caráter das plantas. Na natureza encontramos vários grupos de plantas que exalam os mais variados e maravilhosos aromas. Dentre os mais comuns temos o floral, frutal, herbáceo e terrosos. Como exemplo desses grupos, temos: Floral - violetas, rosas, cravos, jasmins, lírios, etc. São aromas diferentes, mas podemos agrupá-los como um floral doce. Frutal – flor de laranjeira, de limoeiro, flor de pessegueiro, etc. Estas flores exalam um perfume suave e característico. Herbáceo – as ervas aromáticas, como o manjericão, a sálvia, tomilho, alecrim, hortelã, etc. dão um toque levemente picante e especial a qualquer jardim. Terrosos – o aroma terroso vem do adubo e da terra umedecida pela chuva no final de um dia quente, porém os malmequeres e crisântemos apresentam em seu aroma, uma certa aspereza, que faz lembrar o cheiro da terra. Não podemos esquecer as folhas e as madeiras que também muito contribuem para completar o doce buquê do nosso jardim. Os aromas de um jardim noturno Há muitas espécies de plantas que exalam o seu perfume somente quando cai a noite, é o caso da dama da noite, de algumas espécies de jasmins, a flor do tabaco, a madressilva, a gardênia, entre outras. Sua cor, bem como o seu odor é um atrativo e, se projetam na noite no seu ambiente escuro.

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O que levar em conta ao escolher suas plantas

Saber escolher as plantas que você levará para casa é um passo fundamental. E há dicas, bastante fáceis de serem seguidas, que poderão ser muito úteis para você. Muitas vezes, ao vermos uma planta bonita, sentimos um forte impulso de levá-la para casa. Mas, antes disso, devemos nos lembrar de que aquele é um ser vivo e, como tal, precisa de afeto, dedicação e carinho. Da mesma forma que você se adaptará à planta, por sua vez, ela também estará se adaptando a você. E, durante todo o tempo, há uma troca de energia e de amor. Se você lhe dedicar os cuidados certos, que são simples e até podem parecer não ter muita importância, mas que, entretanto, são vitais, ela lhe corresponderá apresentando-se saudável e bonita, lhe oferecendo brotos e folhas novas. Se, porém, for esquecida num canto, por exemplo, mal iluminado, sem ventilação suficiente ou com temperatura elevada, e não for regada, certamente acabará se ressentindo e fatalmente morrerá. O ambiente onde ficará a planta Aspectos simples como luminosidade, umidade, temperatura, correntes de ar e a nossa disponibilidade de tempo podem afetar a sobrevivência de uma planta. Por outro lado, em casas habitadas por crianças, animais domésticos e pessoas alérgicas, não é recomendável que se coloquem plantas venenosas, pontudas ou com espinhos e que exalem perfumes. Todos esses aspectos que envolvem o ambiente onde a planta viverá são importantes para uma boa escolha. Luminosidade A primeira coisa a ser pensada, antes de mais nada, é se o local que a planta passará a ocupar é provido da luminosidade que ela necessita. Posição, tamanho das janelas e até a cor das paredes interferem no seu desenvolvimento. Aquela que precisa de mais luminosidade, obrigatoriamente, deverá ficar próxima às janelas e de preferência em ambientes claros, pois as paredes mais claras refletem a luz, enquanto que as escuras absorvem-na. Um exemplo típico e conhecido de planta que necessita de muita luz é o cacto, originário de regiões desérticas onde o sol é escaldante. Em geral, as plantas floríferas (aquelas que cultivamos pela beleza de suas flores) exigem sol direto, por essa razão canteiros ou vasos bem próximos às janelas são os locais indicados. Os gerânios só produzirão floradas caso recebam, no mínimo, um pouco de sol todas as manhãs; caso contrário, conseguem até desenvolver lindas folhas, mas não

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flores. Incluem-se nessa lista as petúnias, columéias, flor-de-maio e begônias, entre outras. Quanto às plantas que podem viver mais afastadas da luz direta, (mas não totalmente sem ela) destacam-se as chamadas plantas rústicas, normalmente encontradas em saguões de prédios, como as popularmente conhecidas comigo-ninguém-pode, filodendro, cheflera, jibóia, árvore-da-felicidade e outras famosas por serem bastante resistentes (agüentam pouca luminosidade, exigem relativa água e suportam bem a poluição). Umidade Dentro de casa há bastante variação da umidade ambiente, em geral muito mais elevada nos banheiros do que em outros ambientes. Por isso, o banheiro é o espaço ideal para algumas espécies de plantas que requeiram bastante umidade. Mesmo assim, o interior das casas ou apartamentos, geralmente não possui umidade suficiente para as espécies originárias das matas tropicais, que necessitam de microclima semelhante ao de seu habitat natural. Para elevar o nível de umidade, pode-se vaporizar as plantas com pulverizador de água, conservando assim a umidade do ar. Por outro lado, as próprias plantas contribuem para elevar o nível de umidade, uma vez que desprendem vapor de água através das folhas. Portanto, se forem colocadas várias plantas próximas, o vapor desprendido aumenta a umidade do ambiente. Temperatura Em ambientes internos nem sempre a temperatura corresponde à da região. Em muitas casas, nas regiões mais frias do país, há sempre algum ambiente que é mantido mais aquecido através de aquecedores, lareiras ou ar condicionado. As temperaturas reais de cada ambiente são aquelas que devem ser consideradas para a colocação das plantas. Correntes de ar Em todo ambiente interno há áreas mais sujeitas a correntes de ar, geralmente próximas às janelas e corredores. Para esses locais, prefira as plantas rústicas e esqueça aquelas que têm folhas visivelmente delicadas. Disponibilidade de tempo Embora todas as espécies de plantas para que sobrevivam no interior da casa exijam sua atenção, há algumas que necessitam de mais cuidados do que outras, e isto demanda tempos variáveis. Portanto, antes de adquirir a sua, verifique quanto à periodicidade de regas, preparação do solo, modo de plantio e resistência a pragas. Dessa forma, se você tem pouco tempo para dedicar às plantas, poderá evitar facilmente as mais

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exigentes em cuidados.

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Irrigação de gramados

A água é, sem dúvida, uma das necessidades básicas para o crescimento da grama. E por uma razão muito simples: 85 % de um pé de grama é constituído de água. Mas a necessidade de água depende de muitos fatores, como tipo de solo, temperatura, velocidade do vento, clima da região, tipo de grama e prática de manutenção.

O solo deve ser irrigado antes que fique completamente seco. No caso das gramas, elas fornecem um bom indício de que é hora de irrigar, começando a enrolar as folhas. Também, outra constatação da necessidade de irrigar e a fato de andando sobre o gramado, principalmente pela manhã, as marcas do andar deixarem pegadas. Em geral, o melhor momento para irrigar é pela manhã, mas em dias muitos quentes, uma irrigação à tarde e até a noite poderia ser benéfica. No caso de gramados recém-plantados, aliás, quando a calor for muito grande, uma leve irrigação deve ser feita, mesmo nas horas mais quentes do dia. Mas, devemos lembrar que excessos de água também podem ser prejudiciais. Assim, nos meses frios, quando a solo conserva mais umidade, deve-se diminuir a intensidade das regras. No exterior são muito encontrados pequenos medidores de umidade de solo de uso amador e que ajudam a determinar a necessidade de irrigação. Aqui ainda, na dúvida sobre a umidade do solo, faz-se um pequeno buraco de 10 a 15 centímetros de profundidade e se o fundo estiver molhado é sinal que a rega foi suficiente. Caso contrário, há necessidade de maior irrigação. Nos pequenos gramados as mangueiras de jardim são suficientes. Em gramados mais extensos, pode-se acoplar aspersores às mangueiras, que possibilitam uma irrigação mais uniforme e menos trabalhosa. Já em gramados maiores, ou campo de esporte onde a irrigação é ainda mais necessária, deve-se providenciar sistemas e irrigação fixos ou móveis mais eficientes.

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Controle natural de doenças nas plantas

O agricultor antigo conhecia formas naturais de controlar doenças em sua lavoura, usando, por exemplo, extratos de plantas que eram pulverizados sobre outras plantas. Com o surgimento da agricultura moderna, este conhecimento foi se perdendo e os produtos químicos, conhecidos como fungicidas e bactericidas, ganharam destaque no controle de doenças. No entanto, o uso destes produtos acabou por contribuir com o aparecimento de doenças mais resistentes, assim como acontece com o surgimento de bactérias cada vez mais resistentes aos antibióticos. Portanto, o resgate das informações tradicionais no controle de doenças tomou-se uma necessidade urgente, para que os pesquisadores buscassem novas alternativas, que verdade, eram as usadas em outros tempos. As receitas caseiras, utilizando principalmente plantas aromáticas como a camomila, estão sendo, testadas aos poucos. Alguns experimentos, por exemplo, com o famoso capim limão, utilizando seu óleo essencial, têm mostrado eficiência no controle destes micro-organismos. A seguir, alguns exemplos de receitas que podem ser experimentadas: Chá de camomila ou matricaria Controle: diversas doenças fúngicas. Estimula o crescimento das plantas. Ingredientes: flor de camomila e água. Preparo: Imergir um punhado de flores de camomila em água fria por um a dois dias. Pulverizar as plantas, principalmente as mudas na sementeira. Mistura de cinza e sal Controle: barbas, algas, liquens, musgos e outros parasitas das frutíferas. Ingredientes: cal virgem (600g), cinzas (300g) e água (10 litros). Preparo: Dissolver 600g de cal em 10 litros de água e misturar mais 300g de cinzas. Coar e aplicar sobre as plantas, pincelando ou pulverizando durante a seca, quando as plantas frutíferas estão em dormência. Cal Controle: formigas. Ingredientes: cal e água. Preparo: Fazer uma pasta de cal e pincelar sobre o tronco. Com isso, evita-se a subida de formigas e ajuda a controlar a barba das frutíferas. Pasta de argila, esterco, areia fina e chá de camornila Controle: proteção de cortes feitos por podas, troncos e ramos doentes.

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Preparo: Misturar partes iguais de argila (barro), esterco, areia fina e chá de camomila, de modo a formar uma pasta. Passar nas partes afetadas. Pode-se usar para tratamento no outono, após queda das folhas e antes da floração e brotação. Pasta dordaleza Controle: algas, musgos e líquens. Ajuda a controlar fungos em frutíferas e doenças bacterianas em outras plantas. Ingredientes: sulfato de cobre (1 Kg), cal virgem (1 Kg) e água (10 litros). Preparo: Diluir o sulfato de cobre em um pouco de água, mexendo bem. Em outro vasilhame, apagar a cal com água quente, devagar, esperando a solução esfriar. Em um terceiro vasilhame, colocar o sulfato de cobre e a cal, devagar, mexendo bem, adicionando o restante da água até completar 10 litros, mexendo novamente. Para aplicação, usar brocha de pedreiro, pincelando o tronco e as partes mais grossas dos galhos, evitando-se pegar nos ramos e folhas novas. Aplicar durante o inverno, quando a planta está dormente. Pode-se diluir a pasta, formando a calda bordaleza. Desta forma, aplica-se na forma de pulverizações. Calda sulfocáustica Controle: as mesmas doenças que a pasta bordaleza, tendo excelente ação sobre fungos como ferrugem do alho e cebola. Ingredientes: cal virgem (1 Kg), enxofre (2 Kg) e água (10 litros). Preparo: Diluir o enxofre em um pouco de água, acrescentando um pouco de detergente (adesivo). Em seguida, colocar em uma lata de 20 litros, levando ao fogo, acrescentando 10 litros de água. A seguir, acrescentar a cal já apagada, mexendo bem. Manter a solução no fogo durante uma hora, sempre acrescentando um pouco de água para manter o volume inicial. Após uma hora, a calda deverá adquirir uma coloração parda avermelhada (tipo Coca Cola). Coe em um pano depois de frio. Para a utilização, dilua 1 litro de calda para 15 litros de água.

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Monte um jardim dentro de casa

Ter um belo jardim não é privilégio apenas de quem mora em casas térreas ou possui um grande terreno para cultivar. O contato com a natureza também é possível em pequenos espaços de prédios comerciais ou apartamentos, por exemplo, através dos jardins internos. Manter plantas em ambientes fechados é uma forma de trazer beleza e tranqüilidade ao ambiente e de aliviar a tensão trazida pelo cotidiano agitado das grandes cidades. Porém, no momento de planejar um jardim interno, não se pode esquecer de levar em conta todas as condições de iluminação, clima, temperatura, luminosidade do ambiente e condições do solo. O ideal é sempre consultar um paisagista, pois a formação desse profissional inclui conhecimentos de fisiologia, botânica e arquitetura e ele poderá analisar o espaço a ser plantado mais adequadamente. Plantas de porte médio, por exemplo, não podem ser colocadas em lugares de muito movimento ou impedindo a visualização de uma sacada - a não ser que o morador queira criar uma barreira natural. Também deve ser considerado o projeto arquitetônico da casa, para que o jardim valorize o conjunto ao invés de agredi-lo. A melhor opção para quem quer criar um jardim dentro de seu apartamento sem ter muito trabalho são mesmo os vasos, ideais para cantos de leitura, reflexão e relaxamento.Os melhores são os vasos de pequeno e médio porte, que são fáceis de deslocar e manusear na hora de cuidar das plantas. Prestando atenção aos detalhes de adaptação de cada planta aos diferentes ambientes (luminosidade, tempo de exposição ao sol, calor, etc.), a variedade de espécies que podem ser plantadas é muito grande. Depois, é só não se esquecer dos cuidados periódicos para que seu pequeno jardim fique sempre bonito.

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Jardim no terraço do apartamento

Você sempre sonhou em ter um jardim, mas acha que é difícil planejá-lo em seu apartamento? Não se preocupe, espaço não é problema. Com algumas orientações você consegue elaborar uma área aconchegante para o cultivo de suas plantas. A primeira dica é fazer um bom planejamento. Informe-se sobre o tipo de estrutura do seu apartamento. Em alguns casos, o espaço pode não suportar o peso dos vasos que são colocados, ocasionando problemas para você e seus vizinhos.

Mas não pense que a jardinagem em locais fechados se resume apenas a vasos, terra e plantas. Outro cuidado importante é não plantar diretamente na laje do apartamento. Se você fizer isso, infiltrações poderão surgir. Nesse caso, o aconselhável é usar vasos e caixas de diferentes tamanhos e formatos. As opções são variadas e você pode encontrá-las em lojas especializadas ou em locais que vendem produtos artesanais. Plantio em vasos O cultivo das plantas em vasos é ideal para quem mora em apartamento, pela sua manutenção rápida e prática. Além disso, essa opção possibilita um número infinito de composições e arranjos, permitindo que você libere a sua criatividade. Ao escolher as plantas, prefira as mais resistentes para evitar problemas de adaptação. Algumas precisam estar expostas ao sol (azaléia, buganvília, calêndula, gerânio), outras não (lírio-da-paz, maria-sem-vergonha, prímula). Veja se o local onde você vai fazer o jardim terá iluminação suficiente, caso você opte pelo primeiro tipo de planta. Outra dica importante é quanto ao tamanho do vaso, que deve ser compatível com o da planta, para favorecer o crescimento dela. Na hora de plantar, coloque no fundo do vaso uma camada de argila

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expandida, para facilitar o escoamento da água e uma manta geotêxtil. Em seguida, uma camada de terra preta e depois insira a planta com cuidado para não danificar as raízes. Complete com uma nova camada de terra até que esteja em quantidade suficiente. À medida que despejar a terra, vá assentando-a com a palma da mão, suavemente. Cuidados importantes: Para evitar acúmulo de água Verifique se na hora em que você estiver regando a planta, há um bom escoamento de água até os ralos. Caso isso não aconteça, você pode pedir a um especialista que construa um pequeno declive no piso para evitar esse problema. Como lidar com o vento Esse é o principal desafio para jardins em terraços de apartamento. Para reduzir o impacto do vento e proteger as plantas mais frágeis, crie uma barreira com palmeiras, coníferas, bambus e trepadeiras. Os galhos longos de trepadeiras e plantas altas devem ser tutorados para que não se quebrem com o vento. Faça tutores com treliça para facilitar o controle sobre essas espécies. Manutenção As plantas cultivadas em terraços sofrem grande perda de umidade e precisam de regas diárias para manter o substrato sempre úmido. Mas fique atento, pois as regas freqüentes ajudam a eliminar os nutrientes e a adubação não pode ser esquecida.

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O dia a dia no jardim

0 cotidiano de um jardim além dos cuidados com a manutenção, requer observação, pois o excesso de cuidados, pode causar tanto mal quanto a sua falta. É comum, as pessoas extremamente cuidadosas, causarem danos as suas plantas com excesso de adubação ou regas. Para manter um jardim sempre vigoroso, basta alguns critérios básicos, como os descritos a seguir: Qual deve ser a freqüência das regas? No outono e inverno, regue as plantas 1 ou 2 vezes por semana aos finais de tarde, sendo o suficiente. Já na primavera e verão, as regas devem ser feitas a cada 2 dias. Mas, com as atuais mudanças climáticas não nos permitem conceitos rígidos, e de modo geral, basta saber que o solo deve manter-se sempre úmido e sem encharcamentos. Tudo vai depender do clima da região. Para saber se a planta precisa ou não de água, encoste o dedo no solo para sentir sua umidade. E a limpeza, o que deve ser feito? As principais tarefas são retirar as folhas secas e restos vegetais. Apesar de estético, faz com que retiremos parte do que seria a matéria orgânica do próprio jardim. Nesses casos, não podemos nos esquecer da reposição com húmus ou composto orgânico. Qual deve ser a regularidade das podas? As podas, quando necessárias, devem ser feitas com regularidade anual, tanto quanto em arbustos e árvores, principalmente quando desejamos conduzir esteticamente, salvo as plantas de crescimento vigoroso que precisam de uma maior freqüência. A melhor época de se fazer uma poda é quando as plantas estão em dormência, ou seja, quando esta não apresenta brotos de inflorescência, flores ou frutos. Na maioria das plantas, isto ocorre no inverno, mas há muitas exceções. O que se deve saber sobre controle de pragas e doenças? Sempre que possível, é interessante observar o aspecto geral das plantas. Fique atento nos seguintes casos: manchas escuras ou amarelecimento das folhas, assim como furos e folhas retorcidas, é preciso atenção redobrada. Outro fator importante é a observação do surgimento de colônias de insetos. A melhor maneira de se evitar este tipo de problema é a catação manual ou a retirada da parte afetada, com limpeza do local utilizando um pano macio embebido em álcool. Existem alguns inseticidas a base de toxinas naturais, como macerados de urtiga, fumo, etc., ou fungicidas, como a calda bordaleza e sulfocálcica, que podem ser tanto utilizadas no controle aplicado após a limpeza, como na preservação ao ataque das pragas, aplicada a cada 15 ou 30 dias, conforme o suposto risco de infestação.

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O que é a adubação de manutenção? A adubação de manutenção num jardim, apesar de necessária, não pode ser excessiva. Deve ser efetuada em um período mínimo de seis meses, utilizando-se os seguintes componentes: 2 Kg/m2 de composto orgânico ou húmus, 150 g/m2 de NPK 10. 10. 10, 75 g/m2 de farinha de ossos. Lembre-se que a observação é um fator importante. Quais são as pragas mais comuns ? Existe uma infinidade de seres caracterizados como pragas, muitas vezes também transmissores ou causadores de doenças, podemos destacar: Ácaros são pequenas arranhas que sugam a seiva das folhas, provocando a murcha e a queda das mesmas; cochonilhas são pontinhos brancos ou avermelhados que ficam grudados na planta e sugam as folhas e talos; pulgões são pequenos piolhos verdes, brancos ou pretos, que sugam as folhas impedindo a fotossíntese; formigas cortadeiras atacam vários tipos de plantas, cortando e carregando as folhas; lagarta das folhas são comedoras das folhas; tatuzinhos comem as plantas novas; caracóis e lesmas comem folhas tenras de plantas rasteiras; tiririca é uma erva daninha de difícil erradicação, nasce em qualquer tipo de terreno, principalmente em meio de gramados, e alastrasse com facilidade. Quais as doenças mais comuns? As doenças provenientes de fungos ou vírus são de difícil identificação, pois geralmente os sintomas são muito parecidos. As doenças mais comuns são: antracnose, podridão, ferrugem e galhas. E os sintomas podem ser: folhas que apresentam áreas necrosadas e manchas escuras, tornando-se retorcidas; os frutos apodrecem e as folhas apresentam uma fina camada preta, chamada fumagina; na parte inferior do caule próximo ao solo, surge uma goma escura, amarelando as folhas e matando-as; manchas redondas nas folhas, frutos, ramos e botões, causando grande perda na produção com a queda dos frutos; e manchas na cor verde-oliva nas folhas, frutos e a sua deformação.

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Adubação

A prática da adubação consiste, em repor os nutrientes retirados do solo pelas plantas. Num jardim existem plantas com diferentes necessidades de nutrientes, e a água das chuvas favorece uma rápida lixiviação do solo, a adubação, em jardinagem, acaba se tornando uma prática necessária. Isso é tão mais verdade quando se fala de plantas cultivadas em vasos, jardineiras ou canteiros internos.

A pouca possibilidade de recomposição natural dos nutrientes do solo que acontece na natureza pela decomposição de restos vegetais e animais, toma a prática da adubação quase obrigatória. Aliás, plantas melhoradas geneticamente, como muitas das ornamentais que utilizamos nos nossos vasos e jardins, são muito mais exigentes em termos de nutrientes. E isso deve ser levado em conta na hora da adubação, para não se correr o risco de perder a muda ou abreviar seu tempo de vida. Na prática, costuma-se dividir os adubos em dois grandes grupos: orgânicos e inorgânicos. Orgânicos são aqueles provenientes de matéria de origem vegetal ou animal, os inorgânicos são obtidos a partir da extração mineral ou de derivados do petróleo. Os adubos orgânicos têm maior permanência no solo, embora sejam absorvidos mais lentamente, enquanto os adubos inorgânicos são absorvidos mais rapidamente e têm concentração mais forte, donde vem o perigo da superadubação. Assim, uma medida sensata, na hora de adubar, seria privilegiar sempre os adubos orgânicos, deixando os inorgânicos para os casos de cultivo em solos comprovadamente pobres ou para o caso de correção de deficiências nutricionais verificadas no desenvolvimento das plantas. A matéria orgânica aumenta a capacidade de retenção de água, melhora a condição de penetração das raízes, propicia condições para os organismos microscópicos se desenvolverem, além de conter os nutrientes necessários. Os adubos orgânicos tem na sua composição diferentes elementos químicos em quantidades semelhantes. Por isso, eles melhoram a textura do solo e tendem a aumentar a quantidade de bactérias que dão vida ao solo. Como precisam de mais tempo para se degradar, são absorvidos pelas plantas mais lentamente. Contratar um profissional técnico que possa analisar o solo e fazer uma indicação balanceada de todos os nutrientes que o solo necessita seria o ideal. E Regue sempre as plantas depois da adubação.

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Dosagem. Leia e releia sempre as instruções dos rótulos antes de preparar e aplicar adubos industrializados. Adubação É a reposição dos nutrientes retirados do solo pelas plantas para o crescimento, floração, frutificação e a multiplicação. Num jardim cultivamos plantas com diferentes necessidades de nutrientes, e a água das chuvas favorece uma rápida lixiviação dos nutrientes e a adubação em jardinagem acaba se tornando necessária. A reposição da fertilidade deve ser cíclica para não haver prejuízos dos solos ajardinados, quer pela perda da porosidade natural, pelo ressecamento do substrato e sua esterilização pelos raios solares. A manutenção da fertilidade do solo em níveis ideais proporciona as condições satisfatórias ao desenvolvimento das plantas. A melhor forma de adubação é a mista, organo química, composta de matéria orgânica e adubos sintéticos. Adubos: são elementos fertilizantes que constituem a reserva dos nutrientes básicos para as espécies vegetais, podem ser orgânicos ou inorgânicos. Adubos orgânicos:são aqueles provenientes de matéria de origem vegetal ou animal, os inorgânicos são obtidos a partir da extração mineral ou de derivados de petróleo. Os adubos orgânicos ficam mais tempo no solo e são absorvidos mais lentamente, os inorgânicos são absorvidos rapidamente e são mais concentrados, existindo o perigo de uma super adubação, que pode interferir no metabolismo vegetal prejudicando o desenvolvimento da planta, por isso devem ser utilizados seguindo as dosagens recomendadas. Adubos Químicos: são chamados de NPK porque contém em suas fórmulas maior quantidade de hidrogênio, fósforo e potássio. Uma fórmula NPK 12–10–6, indica que o produto contém 12% de N (nitrogênio) + 10% de (fósforo) + 6% de K (potássio), obtém-se 28% de elementos nobres presentes na mistura. Aplicação do adubo e época Para a fertilização da camada arável do solo, deve-se incorporar o adubo homogeneamente à terra até 20 a 30 cm de profundidade, que propiciará um maior desenvolvimento da parte aérea e subterrânea da planta.

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Quando o jardim já estiver plantado, no caso de árvores, fazer um anel de coroa, isto é cavarmos um anel de 15 cm em volta do tronco, na projeção da copa da árvore, onde colocaremos o adubo, deve ser feito uma vez ao ano, no início da primavera, misturando-se NPK com composto orgânico. Para arbustos a mesma adubação das árvores, espalhando-se no solo em volta, um pouco afastado do tronco. Nos gramados é feita a adubação por cobertura, no início da primavera e do verão. Pode-se espalhar composto orgânico em toda a sua extensão, regar com uréia misturada a água conforme dosagem recomendada, ou espalhar NPK, cuidando para que não haja acúmulo e depois regar abundantemente. Nos canteiros espalhar também adubos orgânicos ou misturados com NPK. Em vasos usar uma mistura de terra preta vegetal, humus, matéria orgânica, areia e NPK. Podemos usar os adubos foliares, são líquidos, misturados em água e pulverizados nas plantas, são absorvidos através das folhas. Durante o outono e inverno as plantas entram numa fase de dormência, caracterizada pela redução de sua atividade vegetativa. A fertilização durante este período deve ser diminuída ou evitada. Cuidado com a superadubação, todo o excesso prejudica as plantas, as folhas e caules apresentam-se queimados, ficam com aspecto doentio e fracas. Para corrigir, regar abundantemente, ou trocar o substrato no caso de vasos.

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Como planejar e implantar um jardim

Integração das áreas externas e internas O cuidado com as áreas externas da casa é fundamental para a valorização da arquitetura. Mas para obter bons resultados, é preciso planejar os jardins com antecedência.

Como planejar e implantar um jardim Segundo as tendências atuais do paisagismo, um jardim deve reunir características estéticas e funcionais para permitir a integração da casa na paisagem, proporcionar uma área de descanso e lazer junto à natureza, proteger a casa de olhares estranhos, e de fatores climáticos desagradáveis, como ventos frios ou quentes. Por isso, a implantação de um projeto paisagístico exige um planejamento detalhado, feito a partir da planta do terreno e de uma listagem de todas as necessidades e desejos de sua família. O ideal é sempre elaborar o projeto do jardim junto com o projeto da casa para que haja perfeita integração da construção com o meio ambiente. Isso possibilita o aproveitamento do formato do terreno, da topografia, da localização da casa, das áreas íntimas externas em relação à posição do sol e dos ventos. Mas mesmo se você vai fazer uma reforma, poderá tirar partido da vegetação externa para criar um ambiente agradável em sua casa. Neste caso, apenas o que está pronto não poderá ser alterado, devendo ser tomado como um dado básico, e você terá que planejar o jardim em função da construção já existente. O importante é fazer um levantamento das necessidades de sua família, considerando os seguintes itens: Controle do clima: se você mora em regiões onde a luz e as temperaturas são muito intensas, proteja a casa construindo ao seu redor um pergolado, onde você poderá plantar trepadeiras. Ou plante árvores com folhas perenes para filtrar o sol amenizando a temperatura e a luminosidade dos ambientes. Já nas regiões mais frias faça um projeto que permita ao sol aquecer a casa. Se for usar árvores, prefira as de folhas caducas, que perdem as folhas no inverno e não constituem

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obstáculos à insolação. Em regiões de muito vento faça barreiras com árvores e arbustos com folhagens densas. A entrada da casa: o jardim deve separar a casa da rua, mas não ser muito grande, porque em geral não é aproveitado para o lazer. Reserve o espaço necessário para guardar os carros considerando o sentido do tráfego na rua, a inclinação do terreno, o espaço para manobras. Nesta área escolha um piso resistente que proporcione rápida drenagem das águas da chuva e segurança. Área social: deve ficar numa área bem ensolarada e abrigada dos ventos fortes para tornar agradável o convívio ao ar livre. Neste setor você deve prever a piscina, a churrasqueira, áreas para descanso, refeições, etc. Ao redor da churrasqueira, coloque piso de pedra, para facilitar a manutenção. Junto à piscina, piso antiderrapante e deck de madeira para banhos de sol. Se você tem animais, procure colocar pouca área gramada nestes locais, porque a manutenção seria trabalhosa. Área de serviço: deve ficar num setor que tenha saída independente para facilitar a remoção de lixo, entrada de compras e circulação de empregados. Deixe aí uma área reservada para os varais. Nesta área você poderá reservar espaço para uma horta, árvores frutíferas, canteiros para flores de corte e um espaço pavimentado para as crianças brincarem com carrinhos e bicicletas. Áreas íntimas: nos terrenos mais espaçosos, os dormitórios e banheiros podem ser abertos para jardins ou terraços fechados, ótimos para descanso. Depois que você esquematizou em um papel milimetrado a área da casa e dividiu todos os setores da área externa, o próximo passo é escolher as espécies vegetais que vão ser plantadas e os materiais que vão formar o piso, cercas, pergolados, etc. Esta escolha deve ser criteriosa, pois vai determinar os custos com a implantação do projeto e depois os custos com a manutenção do jardim. Por exemplo, a decisão de pavimentar áreas do jardim, vai onerar o projeto, mas a manutenção posterior ficará mais barata. Já a implantação de um gramado deixa a execução do projeto mais acessível, mas a manutenção é dispendiosa, pois os gramados precisam de podas, adubações e limpezas periódicas. Todavia as vantagens de um gramado são maiores que as do piso pavimentado: um piso gramado é bonito, integra todas as partes do jardim sem problemas, ajuda a drenar o terreno e assegura maior estabilidade da temperatura no jardim. Outra idéia para deixar seu jardim colorido, é reservar alguns canteiros para o plantio de flores anuais. Mas deixe pequenas árvores, pois as plantas anuais precisam ser trocadas a cada três ou quatro meses, já que morrem após a floração, deixando os canteiros vazios e sujeitos à

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erosão. Ainda em pequenos canteiros ou partes em declive onde não haverá trânsito, outra opção é o uso de forrações, como begônias, impatiens e outras plantas que cresçam mais que a grama comum. As forrações precisam de podas, adubações e limpezas para não serem sufocadas por ervas daninhas. Outro ponto importante é a escolha das árvores e arbustos. Lembre-se que estes elementos são importantes na formação de barreiras para proteger sua casa de olhares estranhos, dos ventos frios do sul, e das correntes de ar quente que sopram do noroeste. Evite fazer barreiras densas a nordeste de sua casa para aproveitar as brisas suaves que vêm deste ponto. Procure selecionar espécies que se dão bem em sua região e que não necessitem de muitos cuidados de manutenção. Uma solução que sempre dá ótimos resultados é usar vegetação nativa de sua região. IMPLANTAÇÃO DO PROJETO

A implantação do projeto paisagístico pode começar com a execução da casa, desde que você não se esqueça de deixar os espaços necessários para o trânsito do pessoal, de caminhões para descarregar material e uma área para o preparo de argamassa e outros serviços. O processo de implantação pode ser dividido em duas fases: execução e consolidação. Na primeira você deverá providenciar a estrutura básica para o plantio, especialmente o deslocamento de terra, perfuração de covas, análise e adubação do solo, colocação de tutores para trepadeiras e cercas protetoras para as árvores recém plantadas. Para maior facilidade, siga as etapas: Terraplanagem e drenagem: Faça a movimentação da terra que for necessária e providencie o sistema de drenagem, que pode ser superficial, apenas com um ligeiro declive do terreno, ou então subterrânea, através de tubulações. Neste caso, faça um plano para que as tubulações não coincidam com o sistema radicular de árvores e arbustos, para não prejudicar nem o vegetal, nem o sistema de drenagem. Análise e adubação do solo: Providencie uma análise do solo para aplicar os produtos necessários à boa fertilidade e perfeito desenvolvimento das plantas. Construção: Logo após a preparação do terreno é hora de construir estruturas para trepadeiras, pérgulas, ripados, bancos fixos, escadas, calçadas, quadras, piscinas, churrasqueiras e outros melhoramentos. Plantio dos elementos estruturais: Plante os elementos básicos do jardim: as árvores grandes que irão formar o teto do jardim, os gramados e forrações do piso, e os arbustos e árvores de porte menor que vão dividir as diferentes áreas do jardim e proteger a área de lazer

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de olhares e ventos desagradáveis. Enriquecimento: Depois de plantar as espécies básicas e definitivas, plante as floríferas e folhagens. Nesta fase também é hora de colocar os enfeites como estatuetas, os bancos e outros acessórios que serão a mobília do seu jardim. Depois de todo trabalho de execução vem a consolidação do jardim, que demora em média um ano. Durante este tempo o jardim vai exigir regas e adubações freqüentes até as plantas desenvolverem o sistema radicular. Podas de formação que vão proporcionar um esqueleto bonito e que facilite os futuros cuidados culturais, como pulverizações, podas, etc. Ainda durante a fase de consolidação do jardim fique atento para combater prontamente qualquer praga ou doença, porque as mudas novas não tem defesas naturais.

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Rega das plantas de interior

A regra fundamental é regar quando for necessário. Não há outras regras estabelecidas, mas existem algumas indicações a se considerar, relacionadas sobre tudo com o tipo de planta e as fases vegetativas.

Quando devem ser aplicadas? As respostas são várias: o filodendro e todas as aráceas geralmente atrasam seu crescimento durante o inverno, mas não se encontram em repouso absoluto; por isso também têm necessidade moderada de água. Assim, deve-se molhar ligeiramente a terra ou a sua estaca, naquelas que são cultivadas com suporte. As moráceas, e em particular o fícus-benjamim, atrasam a tal ponto o crescimento no inverno rigoroso que ficam numa fase de quase repouso, com pouquíssima necessidade de água. As plantas suculentas, se ficarem em um ambiente umidificado, não precisam ser regadas durante todo o inverno. Algumas indicações para a rega apenas para as plantas de interior: • regar sempre com moderação; • regar só depois de verificar as condições de umidade do solo, bastando para isso encostar um dedo para lhe sentir a secura; • nunca regar com água muito fria; • regar ou pulverizar as folhas só das espécies que suportam e agradecem esse tratamento. O prato de drenagem É aconselhável inundar o prato para regar uma planta? Isso varia. O prato serve principalmente para recolher o excesso de água. Depois da lixiviação, essa água que sobra deveria até ser retirada. Mas algumas plantas, especialmente no período de calor forte, podem se beneficiar das regas feitas no prato, se você não se esquecer de que a permanência da água no recipiente deve ser breve para evitar a asfixia ou a atrofia das raízes. Os ciclamens, as plantas bulbosas e as tuberosas em geral suportam mal as regas abundantes, pois preferem uma umidade constante da terra, que nunca deve estar saturada de água. Por isso, você pode submergir o vaso num recipiente com cerca de dois

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dedos de água durante algumas horas e, depois, deve-se escorre-la e coloca-la num lugar seco e bem iluminado.

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A compra de plantas

Falta profissionalismo na hora de se vender mudas. Geralmente as pessoas compram as plantas pela sua beleza, e geralmente quem vende, não tem o conhecimento das espécies. Como por exemplo, o seu nome científico, a sua origem, clima, tamanho que irão ter quando adultas, e tantos outros fatores que são necessários para tê-las saudáveis e bonitas. O que se quer é vender, sem a menor preocupação se vão morrer ou não. Se morrer tem sempre a desculpa de que não molhou direito, não adubou, e tantos outros artifícios para vender outra muda. O que vemos são floriculturas e empresas de jardinagem, vendendo sem ter nenhum critério ou conhecimento. Os vasos, canteiros e jardins são feitos pelo método das tentativas. Planto hoje, daqui a três meses não deu certo, compro outras mudas, também não dá certo, e assim vai. Pode ser que se acerte de primeira, pode ser que levem anos para achar uma espécie adequada. O melhor seria consultar um profissional, pois assim se economizaria um bom tempo e dinheiro. Mas como não temos a cultura de jardinagem, as pessoas não querem pagar pelo trabalho deste profissional, no caso o paisagista.

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Como funcionam as plantas

Vamos pensar assim: se conhecermos como funcionam as plantas, entendendo os processos fundamentais da vida e do seu desenvolvimento, ficará muito mais fácil cultivá-las! Fazendo uma simples comparação entre as plantas e os seres humanos, verificamos que ambas possuem as mesmas necessidades como seres vivos, ou seja, necessitam de água, ar, luz, nutrição e calor. As células da planta e as do homem são parecidas e funcionam de forma semelhante. Entretanto, somente os vegetais possuem capacidade para captar a energia solar (luz) e transformá-la em energia química (alimento), por meio de um processo chamado fotossíntese. O que ela faz: A planta retira do solo, por meio dos pêlos absorventes de suas raízes, (pêlos radiculares), os alimentos de que necessita, como os sais minerais para a sua nutrição: nitrogênio, fósforo, potássio, enxofre, magnésio e cálcio. Da água que absorve, retira o hidrogênio e o oxigênio do ar, retira o carbono. Como ela é: Raizes: fixam a planta no solo, absorvem a água e os sais minerais e os conduzem até o caule. É imprescindível lembrar que as raízes precisam respirar. Portanto, se uma planta é regada em excesso, o solo fica saturado e as raízes podem morrer ou apodrecer. Caules: conduzem a seiva através dos seus vasos, que levam a água das raízes, os alimentos às folhas, para ativar regiões ou serem armazenadas, além disso, têm a função de produção e sustentação de folhas, flores e frutos. Folhas: realizam a fotossíntese, a respiração e a transpiração de toda a planta. Entre as folhas e as raízes acontece uma permanente ligação de solução dos componentes do solo veiculados através da água. Flores: onde se realiza a reprodução dos vegetais. Nesse processo, entram os diversos agentes da natureza, como o vento, os pássaros e insetos, que fazem o transporte de pólen entre as plantas para que se realize a fecundação. Frutos: resultam da fecundação e desenvolvimento das flores.

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Iluminação de jardim

Para grandes áreas Se a sua área externa dispõe de muito espaço, ou você está pretendendo iluminar o jardim da chácara ou sitio, é importante que haja um bom equipamento com foco amplo para iluminação de grandes áreas, e para esta utilidade as peças mais indicadas são os postes de luz. O objetivo dos postes de luz não é especificamente criar efeitos ou destacar alguma parte do jardim. Eles devem ser colocados em locais onde se pretenda ter uma iluminação intensa e por isso não são indicados para pequenos espaços, já que seu foco, bastante aberto, ofuscaria a visão da área externa nos espaços menores, não permitindo que os moradores aproveitem a visão do jardim. Existem postes de luz de todos os tamanhos e modelos. Procure escolher um que combine com arquitetura do seu jardim; afinal, um projeto em estilo clássico merece uma peça que siga a mesma linha. Balizadores Este tipo de equipamento é muito utilizado para iluminar caminhos existentes no jardim. Sendo quase sempre colocados em seu contorno, dão luz suficiente ao espaço, mas sem excessos. 0s balizadores também possuem foco amplo, mas por serem de pequeno porte sua iluminação é periférica e menos intensa que a dos postes de luz. Assim, este tipo de equipamento pode ser utilizado em áreas de qualquer tamanho, podendo até substituir os postes de luz em áreas grandes. Tendo menor potência, eles clareiam sem ofuscamento, sendo uma ótima opção para quem gosta de admirar o céu à noite, ação que um equipamento mais potente poderia atrapalhar. Para quem gosta de equipamentos mais sofisticados e modernos, já existem balizadores com alto falantes, ideais para quem gosta de ouvir boa música enquanto curte a beleza do jardim. Arandelas Existem no mercado arandelas com todos os tipos de focos possíveis, mas o objetivo maior de seu emprego nas áreas externas é iluminar o plano geral do espaço onde é exposta. A diferença básica da arandela para os postes e balizadores é que esta é instalada na parede e não no solo como os outros dois equipamentos. O mais comum é utilizar este tipo de iluminador para dar claridade a terraços ou varandas. Dependendo do modelo da arandela, é possível colocá-la nas paredes em volta do jardim, prendendo-a em altura mais baixa que o

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convencional e escondendo-a atrás das plantas. Desta maneira a vegetação será iluminada com sutileza e sem foco centrado. Efeitos especiais Os projetores são equipamentos muito especiais para dar aquele destaque aos elementos mais importantes da área externa. Devido ao seu foco centrado, estes objetos trazem ao jardim uma nova cara no período noturno. É muito importante saber quais os pontos que se pretende deixar em primeiro plano para não cometer excessos. Afinal, para obter o efeito desejado, é importante que se destaque apenas alguns pontos do jardim, que devem ser antecipadamente planejados para não exagerar na dose e distorcer a arquitetura vigente. Existem projetores de tamanhos diversos, com potências e focos diferentes. 0s equipamentos grandes normalmente são mais utilizados para destacar a fachada da casa ou uma árvore, pois possuem foco um pouco menos concentrado. Já os equipamentos de menor porte têm como objetivo focar pequenos ou médios espaços, deixando o verde existente no local em primeiro plano. Bem planejado As lâmpadas mais comuns utilizadas em equipamentos para iluminação externa são as de vapor de sódio, halógenas ou as econômicas fluorescentes incandescentes, que normalmente trazem luz de coloração branca, tonalidade que costuma dar maior efeito estético. O material utilizado na fabricação dos equipamentos para iluminação de jardim deve ser sempre resistente aos fatores climáticos do local onde ficarão expostos, principalmente se o lugar a ser iluminado for à casa de praia. Afinal, spots feitos em ferro ou aço poderão enferrujar facilmente com a maresia. Neste caso, o mais indicado é adquirir peças em alumínio, que não sofrerão este tipo de problema. Outro fator que deve ser levado em consideração é a segurança do equipamento e do projeto a ser executado. Por isso, é imprescindível que, antes de trazer luz ao jardim, você procure um profissional competente que com certeza irá Ihe dar as dicas dos melhores equipamentos para sua casa.

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De olho na lua

Antes de iniciar trabalhos na terra, os agricultores sempre voltaram seus olhos para os céus, a fim de observar em que fase a Lua se encontrava. Eles sabiam da forte ligação entre a circulação da seiva nas plantas, a luminosidade e a força da gravidade em cada fase lunar. Depois, com o uso de adubos, essas teorias foram deixadas um pouco de lado. Mas, com a agricultura biológica utilizada hoje em dia, essa prática está voltando a ser empregada com a força de uma Lua cheia. Muitos paisagistas afirmam que todas as estações do ano são propícias para o plantio, exceto o inverno. Mas, se ficar alguma dúvida, é sempre bom dar uma olhadinha no céu e consultar o calendário lunar. Você acabará se surpreendendo com os bons resultados.

Calendário lunar Nova A lua está mais próxima do Sol e fica entre ele e a Terra, por isso sua luminosidade é mínima. É quando, a seiva está em cicio de descanso. Tempo de baixa resistência às pragas e ruim para o plantio. Indicado para arar, podar, eliminar ervas daninhas, enxertar. É uma boa época para transplante, limpeza e adubação. Quarto crescente Tem apenas metade da face iluminada, na forma da letra C. Sua luz atrai a seiva dos vegetais para cima da terra. Com a seiva ativada, é a fase de semear. Favorece o crescimento de frutos e flores.

Cheia Está do lado oposto ao Sol em relação à Terra. Sua face está iluminada. Seiva na plenitude. Ideal para plantar, fazer mudas por estacas e para colher plantas curativas, ervas medicinais e frutos. Quarto minguante Ela mostra apenas metade de sua face iluminada, como a letra D. Nessa lua a seiva começa a entrar em descanso. Bom período para tudo o que cresce sob a terra. Fase de transplante, plantação de raízes e de hortaliças. Terra & Lua Tudo o que brota sobre a terra deve ser semeado da lua crescente até a lua cheia. E tudo o que brota sob a terra deve ser semeado da lua minguante até a véspera da lua nova. Cortar, colher, quando lua decresce.

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Ervas daninhas

É quase impossível evitar que elas apareçam no jardim, especialmente no gramado. Mas certos cuidados simples podem mantê-las sob controle. Veja aqui alguns conselhos para ganhar essa difícil briga. No começo, o jardim era uma beleza, com um gramado homogêneo e belos canteiros de flores. Lentamente, sem você perceber, as ervas daninhas foram invadindo espaços e ganhando força. O que fazer? Em primeiro lugar, entender o que são, quem são e como se multiplicam essas insistentes plantinhas, capazes de destruir o paciente trabalho do melhor dos jardineiros. Para usar uma definição clássica, erva daninha é toda planta que nasce importunamente numa cultura e começa a competir com ela por espaço e nutrientes. Assim, não somente a tiririca e a açariçola (algumas das pragas mais comuns) são ervas daninhas. Um pé de coentro que cresce, por exemplo, numa cultura de alface também pode ser chamado de invasor. É quase impossível evitar o desenvolvimento dessas "praguinhas" num jardim, especialmente no gramado, mas alguns cuidados simples podem impedir que elas proliferem em demasia. Antes de mais nada, vem a escolha da grama mais adequada às condições locais. AÍ, se for bem projetado e executado, o gramado desenvolverá seu sistema radicular e foliar de forma saudável. Com isso, você estará evitando 90 a 95% das ocorrências de ervas daninhas. Isso porque a maioria das invasoras se propaga por sementes, e num bom gramado se forma uma verdadeira manta protetora de folhas, que retém as sementes e as ex põe ao sol matando-as. Por causa disso também, é importante que a poda da grama seja feita de maneira correta. Aliás, é bom saber que freqüentes podas não impedem o seu desenvolvimento. As gramíneas têm sua gema — a parte do vegetal responsável pela procura de luz — no interior da planta e não no ápice, como outras espécies. Dessa forma, ela está mais protegida e não perde a força de rebrota mesmo quando é constantemente podada. Algumas dicas: se você verificar que a invasora que atacou o seu gramado tem um desenvolvimento vertical acentuado, realize podas baixas no gramado. Se, ao contrário, a erva daninha for rasteira, deixe a grama crescer um pouco mais —para sufocar as invasoras — e só depois pode o gramado. Além disso, procure fazer as podas antes do período de floração e formação de sementes das invasoras, para evitar sua disseminação. Outra técnica natural e bastante simples de combater as ervas daninhas, quando a infestação não é muito grande, consiste na retirada manual das invasoras. Existe uma ferramenta chamada firmino que é ótima para isso. Tome, porém, um cuidado elementar: arranque-as sempre com a raiz. Fique atento também quando adquirir terra para cobrir o gramado, verificando sua procedência e eventual infestação por pragas. Neste caso, o mais seguro, é usar terra tira da pelo menos 50 cm abaixo do nível do solo. No entanto, mais importante do que tudo isso é cuidar para que sua grama cresça forte e saudável. Num gramado saudável quase não existem pragas. E isso

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começa na hora do plantio, com a preocupação de que as mudas ou placas sejam plantadas o mais próximo possível uma das outras. Quanto mais denso for o gramado, menores serão as chances das invasoras proliferarem. Para isso, é preciso que o solo, na hora do plantio, esteja bem preparado. Solos pobres são o melhor habitat de ervas daninhas. Verifique primeiro a textura do solo de seu terreno. Solos muito argilosos, ou demasiadamente arenosos, não são recomendáveis. Nestes casos a melhor forma de melhorar-lhes a textura é incorporar a eles matéria orgânica (esterco de curral bem curtido ou composto orgânico). Além disso, é recomendável analisar a acidez da terra, corrigindo o pH, se necessário, para níveis entre 6 e 7. Faça os testes necessários e realize correções com calcário. Se, mesmo com todos esses cuidados, você perceber que a grama ainda precisa de ajuda, recorra ao uso de fertilizantes químicos, como o NPK, que vai trazer nitrogênio (N), fósforo (P) e potássio (K) tão necessários às plantas. Se o terreno onde você vai cultivar o gramado já estiver infestado de pragas, erradique as invasoras com o auxílio de herbicidas. Existem dois tipos: os de pré-emergência e os de pós-emergência. Os primeiros devem ser usados antes que as ervas daninhas brotem. Formam uma camada protetora no solo que queimará as sementes quando germinarem. Os herbicidas de pós-emergência atacam as ervas já desenvolvidas. Agem por contato, queimando a planta ou atuando em seu sis tema vital, matando-a. Podem ser utilizados no combate de pragas de folhas largas ou estreitas. Depois que seu gramado estiver plantado, cuide para que as regas sejam bem feitas, sem formar poças ou deixar áreas ressecadas. Não molhe só a superfície da terra. O sistema radicular de um gramado deve ter, no mínimo, 10 cm de altura, e se a água estiver só na superfície, as raízes não se darão ao trabalho de aprofundar-se na terra.

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Irrigação em Paisagismo

A irrigação é um item esquecido no planejamento do jardim. Se ele for muito grande, deixar de prever um sistema de irrigação pode implicar na perda futura de horas e horas do seu tempo para molhar as plantas com mangueira, sem falar nos transtornos, quando ela não alcança aqueles cantinhos mais longínquos ou difíceis. Quando se fala em irrigação de jardim, vem logo à cabeça um regador ou mangueira com esguicho. Nada impede que as plantas recebam a água por um desses meios. Porém, haja paciência e tempo disponível. E mesmo existindo a maior boa vontade da parte de quem está regando, estes métodos tradicionais, digamos assim, nem sempre irrigam na freqüência e quantidade adequadas. Mas, para satisfazer as necessidades de plantas que dividem espaços de tamanhos e formas diferentes, sem gastar muito do seu tempo, foram desenvolvidos métodos distintos de irrigação. Esses sistemas contêm acessórios que variam em tamanho, constância e abrangência do fluxo de água. Há aqueles mais sofisticados, com aspersores escamoteáveis (ficam escondidos e só aparecem quando em uso) e que podem, inclusive, ser controlados por computador. E outros, bem mais simples, encontrados com facilidade até em supermercados. Substituindo a mangueira comum por um sistema de irrigação subterrâneo, ou mesmo portátil você estará proporcionando às plantas, água na freqüência e dosagem adequadas. Irrigação Neste caso, é importante escolher os modelos pela sua real necessidade em termos de irrigação, e não por conta da estética. Em síntese, tudo depende do tamanho do jardim, e do tempo e dinheiro que você se dispõe a gastar. Os sistemas mais simples Os irrigadores portáteis resumem-se num dispositivo colocado na extremidade de uma mangueira, com a finalidade de imitar a chuva. Podem ser de dois tipos: estáticos e móveis. Os estáticos Tem uma base fixa, que se encaixa na ponta de uma mangueira, e devido à pressão que se forma dentro do irrigador, a água que vem da mangueira imita a chuva, mais forte ou mais fraca, conforme a regulagem. Apesar de indicado para canteiros floridos e gramados, este sistema não permite que a água chegue nos cantos do jardim, já que “a chuva” molha apenas um círculo de uns 4 metros de raio. Porém, naturalmente, com um pouco de boa vontade, e gastando-se mais que

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o necessário de água é possível abranger o jardim inteiro, mudando sucessivamente a mangueira de lugar. Os giratórios Seguem a mesma linha dos estáticos, e representam o grupo mais numeroso entre os portáteis. Práticos, pelo fato de quase não exigirem manutenção, a não ser a limpeza dos furinhos, para que não entupam com as impurezas da água, todos eles funcionam mais ou menos do mesmo jeito. Os injetores (furinhos) fixos ou de jato dirigido, liberam a água suavemente, sendo que, quando dirigidos, pode-se regular o alcance da área que será regada. Para escolher o modelo adequado, além do raio de alcance da água e intensidade com que ela é liberada, é preciso prestar atenção no tipo de base, que deve ser suficientemente firme e estável, para não tombar com a pressão da água. Dependendo do modelo, os irrigadores giratórios podem ter dois, três ou quatro braços. Os oscilantes São os mais versáteis entre todos os irrigadores portáteis. Neles, o fluxo de água provoca a movimentação de um braço cheio de injetores (furinhos),não em círculo, como nos giratórios, e sim em meia-lua. Esse movimento é que permite a irrigação em áreas retangulares, e de tamanho definido, conforme a regulagem. Assim, é possível fazer regas próximas de janelas, paredes e calçadas, sem molhá-las, evitando o desperdício de água. Os sistemas sofisticados Neles, os aspersores são alimentados por uma tubulação subterrânea instalada a 20 ou 30 centímetros de profundidade, por onde a água circula sob pressão, “empurrada” por uma bomba centrífuga. Em geral, a rede subterrânea é dividida em diversos setores, cada um deles com a sua própria válvula, de modo a permitir a irrigação apenas das áreas desejadas. Se o seu jardim já estiver pronto não tem problema, a instalação do sistema fixo e subterrâneo é rápida e não danifica as plantas, que são retiradas e repostas nos devidos lugares. Por ser um sistema fixo e subterrâneo, é recomendável que se use irrigadores escamoteáveis. Estes irrigadores foram concebidos com um pistão interno que emerge do solo sob pressão da água. Ou seja: enquanto a válvula está fechada, eles ficam embutidos nas suas bases, contudo, uma vez aberto o registro, a pressão da água, reforçada pela bomba centrífuga, empurra o pistão para fora.

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Por conter, no topo, um ou mais injetores, dependendo da capacidade com que foram desenhados e da pressão da água, eles irrigam círculos de tamanhos variados, que podem chegar a 20 metros de diâmetro. Fechado o registro, cessa a pressão da água e eles se recolhem. O processo de abertura das válvulas e ligação da bomba pode ser comandado manual ou eletronicamente. Neste último caso, sob o comando de um pequeno computador, que liga e desliga a bomba, e abre e fecha as válvulas, em dias e horários pré-determinados. Pode fazer até mais, se acoplado a um dispositivo que mede a umidade do solo, que pode ligar e desligar o sistema, toda vez que a umidade da terra chegue a um nível determinado. Gotejamento, um sistema à parte O método foi descoberto por acaso em 1930 pelo Dr. Symcha Blass, que teve a sua atenção despertada por uma árvore que superava as demais em um pomar. Ao procurar o motivo para a diferença entre as plantas, encontrou um cano condutor de água, corroído pelo tempo, que vazava próximo à raiz daquela árvore. Ela era a única do pomar que recebia a água freqüentemente, embora em pequena quantidade. Da descoberta surgiu não só o sistema subterrâneo, mas também o gotejamento por meio de tubos aparentes. O subterrâneo apresenta canos com injetores que regam as raízes diretamente. Além de permitir um aproveitamento máximo dos adubos dissolvidos pela água, este sistema não depende de pressão, o que o toma mais simples. No caso do gotejamento com tubos aparentes, os “furinhos” são dispostos de modo a pingar de vaso em vaso ou em canteiros e floreiras estreitas, principalmente os de apartamentos. O gotejamento é útil, sobretudo para quem viaja muito e deixa suas plantas sozinhas. Muito diferente de quando surgiu, no hemisfério norte, somente com o objetivo de suprir a falta d’água dos gramados e canteiros das cidades mais quentes e secas, hoje a irrigação está se tomando cada vez mais popular. Com isso, a tendência é a substituição do bom e velho, mas ultrapassado regador, por métodos ágeis, com equipamentos mais fáceis de manusear. Assim, a distribuição da água pode ser feita na dosagem e freqüência necessária a cada planta, de forma muito mais simples e prática.

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Identifique e corrija o seu solo

Mudas saudáveis, regas freqüentes e plantio adequado: não é só isso que assegura a beleza de uma planta. Se o solo for ruim, não há boa vontade que mantenha um exemplar em pé por muito tempo. Por isso, ao cultivar o verde, não se esqueça de pensar também na terra de seu jardim. Além de dar sustentação as plantas, o solo lhes oferece água e nutrientes. Conforme as ações do clima, relevo, plantas, rochas, animais e microorganismos, vão se estabelecendo as características físicas e minerais do substrato. Usualmente, são 13 os elementos que o compõem: nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio, enxofre, ferro, manganês, zinco, boro, cobre, cloro e molibdênio. Na medida certa, eles se unem para garantir a saúde das plantas do seu jardim. Tipos de solo São muitos os solos dos terrenos do país, mas de modo geral, podem ser divididos em três grupos: a) Arenosos Com altíssima capacidade de drenagem, apresentam dificuldades na retenção de água e nutrientes. Para compensar esta deficiência, vale a pena acrescentar a estes solos, matéria orgânica e terra argilosa. Neste substrato, use e abuse das cactáceas, suculentas e palmáceas. b) Argilosos Quanto mais argiloso o solo, mais favorável para o acúmulo de matéria orgânica. Sua baixa permeabilidade, no entanto, dificulta a drenagem da água, e torna-o propenso a encharcar, comprometendo as raízes nos períodos de chuvas. Além disso, é muito compactado e dificulta a fixação de raízes profundas. Para conseguir maior soltura e maciez, deve-se juntar a ele areia e húmus. As plantas que melhor se adaptam a solos argilosos são samambaias, avencas, antúrios e filodendros. c) Misto (argilo-arenoso) Nem tanto ao sol, nem à terra, o solo misto é conseguido combinando-se a capacidade de drenagem da areia, com a facilidade de retenção de água e nutrientes da argila. A maior parte das plantas ornamentais desenvolve-se bem nessas condições e, por isso, ele é o mais indicado para jardins. Identificando o solo do seu jardim Análises precisas de composição de solo podem ser feitas somente em laboratórios especializados, com equipamentos próprios para isso. Mesmo assim, observando a textura, cor e consistência da terra, é possível conhecer um pouco de seu solo.

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a) Cor Quanto mais clara a terra, menor sua concentração de matéria orgânica. Em geral, o solo arenoso é de tonalidade amarelo escura, ao passo que o argiloso é marrom. 0 auge da concentração de matéria orgânica, por sua vez, é o húmus de minhoca, como prova sua coloração negra. b) pH Este índice aponta se o solo é neutro (pH igual a 7,0), ácido (menor que 7,0) ou básico (maior que 7,0). 0 pH ligeiramente ácido (entre 6 e 6,5) é o ideal para jardins. Isso porque ele cria excelentes condições para o armazenamento de nutrientes no solo. Algumas espécies, no entanto, preferem solos mais ácidos (por volta de pH 6,0). Entre elas, estão o rododendro, azaléia, caméIia, prímula, petúnia, begônia, samambaia e maranta. Para deixar o solo mais ácido, basta acrescentar matéria orgânica e fazer regas freqüentes. Por outro lado, para torná-lo mais básico, é preciso acrescentar calcário (500 g por metro quadrado é uma boa medida). Para verificar o pH do solo, existem kits próprios à venda em casas de jardinagem. c) Consistência O solo pode ser solto (muito poroso), duro (compactado) ou macio, um meio termo conveniente por permitir a penetração e a fixação das raízes. Para garantir a maciez, pode-se misturar partes iguais de argila, areia e terra humificada, e antes de plantar qualquer espécie, revolver o solo. Melhore seu solo Depois de identificar o tipo de solo que você tem e saber o que falta em sua composição, é hora de melhorá-lo. Para isso, aproveite restos de folhas, galhos, etc., que podem ser excelentes adubos. Se quiser, deixe-os no próprio terreno, mas se por motivos estéticos preferir removê-los, guarde-os em uma composteira, para mais tarde utilizá-los como adubo. A matéria orgânica aplicada às plantas deve ser muito bem compostada, para que eventuais agentes patógenos não transmitam doenças às plantas. Por meio da textura, é muito difícil verificar o tipo de solo do seu jardim: coloque nas mãos um pouquinho de terra. Se o solo for argiloso, você perceberá uma forma pastosa se formando; a medida em que manipula o conteúdo. No caso do arenoso, o solo permanecerá granulado e a manipulação irá gerar atrito. A influência que os principais nutrientes do solo tem sobre as plantas: Nitrogênio (N) - é fundamental para a fabricação de clorofila, pigmento verde das plantas, responsável pela fotossíntese. Potássio (K) - aumenta a resistência das plantas à seca e a diversas doenças, além de evitar a queda precoce de frutos. Fósforo (P) - fortalece os tecidos das plantas, também contribui com o vigor da planta, tamanho das folhas, intensidade do florescimento e formação de

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sementes. Também contribui corn o vigor da planta, tamanho das folhas, intensidade do florescimento e formação de sementes. Saibro 0 saibro é um solo de baixíssima fertilidade. Para torná-lo produtivo, é preciso mudar toda sua constituição. Quatro vezes ao ano, deve-se revolver todo o conteúdo, acrescentando 8 kg de terra humificada por metro quadrado. Adubações semestrais com torta de mamona e terra vegetal também ajudam. Ainda com estes cuidados, só sobrevivem nele espécies resistentes e com raízes fortes. Se o seu terreno tiver um solo destes, não hesite em preencher parte dele com vasos, embora não criem o mesmo efeito, garantem o verde em uma terra de precárias condições de cultivo.

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Flores coloridas alegram o jardim durante o ano todo

Entremeando espécies que florescem em períodos variados, você obtém lindos arranjos para alegrar o jardim: Escolha as que mais lhe agradam e use a imaginação para fazer uma composição harmoniosa. Criar efeitos visuais, jogando com cores e volumes no jardim, é um recurso que pode valorizar ainda mais a arquitetura de sua casa. E isso não se aplica apenas, aos canteiros externos Você pode fazer lindas, composições em jardineiras e terraços, escolhendo vários tipos de flores cujo colorido possibilite contrastes harmonioso. No Brasil, existem vária espécies que florescem praticamente durante o ano todo, reunindo plantas anuais, que completam seu cicio de vida e um ano, e plantas vivazes que florescem durante anos seguidos. Seu único problema vai ser escolher as espécies certas para cada situação. Por exemplo, as plantas anuais, como o amor-perfeito, boca-de-leão, flox, lobélias, tagetes e begônias-sempre-floridas são indicadas para dar novo colorido aos canteiros do jardim e ficam ótimas em vasos e jardineiras, enquanto que as plantas vivazes, como os gerânios, azaléias, verbenas, crisântemos e margaridas são mais apropriados para canteiros de jardins, porque precisa de solo mais profundo, muito sol e desenvolvem touceiras que vão florescer por vários anos, alegrando seu jardim. Escolha as plantas com cuidado Tanto as plantas anuais como as vivazes possibilitam inúmeras composições de canteiros, porque nestas categorias você vai encontrar desde espécies com 20 ou 30 cm de altura, como as verbenas, amor-perfeito e gazânias, até plantas que atingem mais de um metro, como a sálvia, os hemerocallis e algumas variedades de crisântemos e margaridas. Todas são ótimas para proporcionar canteiros muito floridos, seja com uma única cor, se você optar por uma espécie de planta, ou multicoloridos, com uma mistura criteriosa de vários tipos, em cores e tamanhos diferentes. Neste caso, você terá que planejar com antecedência o plantio para ter um resultado harmonioso. O ideal é decidir quantas espécies vai colocar em um canteiro e estipular a posição de cada uma. Se o canteiro for junto à parede, escolha uma planta maior para ficar junto a ela e outra menor para fazer a bordadura. Em um canteiro central, você poderá plantar no meio a planta alta e uma ou duas variedades menores, fazendo a bordadura ao redor do canteiro todo. Em qualquer situação, a escolha das plantas e da quantidade de variedades vai depender do tamanho do canteiro. Lembre-se que muitas variedades em um canteiro pequeno podem resultar num aspecto desordenado. Já massas maiores de uma mesma variedade vão realçar a beleza das espécies escolhidas. Se você for escolher espécies com cores diferentes para uma bordadura pequena, dê preferência a flores com cores contrastantes, como amarelo e vermelho, amarelo e branco, para ter menos possibilidade de erros. Em espaços maiores você pode

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ficar mais livre, adotando qualquer combinação de cor, em linhas retas ou sinuosas, ao longo das calçadas do jardim ou ao redor das plantas maiores. O preparo do solo é muito Importante Tanto as plantas anuais como as vivazes necessitam de um solo fofo, com boa drenagem, rico em matéria orgânica e com pH ligeiramente ácido, em torno de 6,5. Para que o solo fique em condições de receber as sementes ou as novas mudas, normalmente precisa começar a ser preparado pelo menos com um mês de antecedência. Depois de corrigir o pH do solo, deixando no nível apropriado para o cultivo de plantas anuais e vivazes, é hora de fazer a adubação. Você poderá usar adubos orgânicos como esterco de curral bem curtido ou farinha de osso, ou então optar pelos adubos químicos do tipo NPK, sendo que para estas espécies de plantas o mais indicado é a fórmula NPK 6-12-6, pois estimula a floração. Durante a fase de crescimento e floração, você deve aplicar doses de NPK 12-8-5, fórmula mais rica em nitrogênio e própria para intensificar a coloração das flores. A periodicidade e quantidade são recomendadas pelo fabricante e devem ser rigorosamente obedecidas, pois o excesso de fertilizante é prejudicial. Como multiplicar as plantas vivazes A categoria de plantas vivazes é formada por vários gêneros e por isso não há um único método de multiplicação para todas. Algumas são reproduzidas facilmente por sementes, semeadas diretamente nos canteiros definitivos, como as gazânias, sálvia, agerato, begônia-sempre-florida. Outras, como crisântemos e margaridas, são reproduzidas a partir de pedaços de caules,ou divisão de touceiras. A multiplicação da íris é feita através de touceiras com mais de quatro anos. Mas, em qualquer hipótese, plante sempre em solo com pH adequado, bem fofo, rico em matéria orgânica e com ótima drenagem. As anuais só podem ser semeadas As plantas anuais multiplicam-se por sementes e florescem em pouco tempo, deixando os espaços alegres e coloridos. Você só precisa providenciar sementeiras com terra apropriada para vaso, bem leve, além de semente de boaqualidade. Assim, quando as mudinhas estiverem crescidas, poderão ser escolhidas e plantadas nos canteiros ou vasos definitivos. Mas não se esqueça que as plantas anuais morrem logo após a floração e, por isso, enquanto um canteiro está florido, você já deve estar providenciando outra sementeira para substituir fogo às plantas anteriores. Para evitar esse trabalho constante, outra opção é comprar mudas já crescidas, cultivadas em viveiros. Assim, você terá sempre em sua casa as flores da época, praticamente sem nenhum trabalho.

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Cuidados Indispensáveis Para manter seus canteiros e vasos sempre bonitos e saudáveis, você precisa tomar alguns cuidados importantes. Pelo a menos, dia sim e dia não, examine as plantas para ver se não há focos de alguma praga ou doença. Se houver, retire logo a folha ou caule contaminado para evitar que o mal se alastre por todo o jardim. Também é necessário retirar folhas e flores murchas e manter o solo sempre limpo, livre de ervas daninhas que podem sufocar as plantinhas menores, pois dificultam a circulação do ar e facilitam o aparecimento de doenças. As regas são imprescindíveis, principalmente no período de floração As espécies mais frágeis precisam ser molhadas delicadamente, de preferência com uma mangueira perfurada, sempre que a superfície do solo estiver ressecada.

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É primavera elas despertam

Durante o inverno, as plantas que você tem em casa provavelmente não exigiram maiores cuidados. Afinal elas se encontravam em seu período de repouso. Com a chegada da primavera porém, as plantas começam a despertar do chamado "sono verde” e passam a exigir maior atenção. Por isso, você deve se preparar para esse período em que elas vão “reviver”, tendo o cuidado de reiniciar em primeiro lugar as operações de replante dos vegetais velhos ou novos. A hora da poda A poda só deve ser feita na última metade da primavera, quando terão que ser removidos os brotos fracos. Corte-os bem na base, ou na junção com outro ramo mais velho, para renovar seu crescimento. Muitas plantas perdem a maioria das suas folhas no inverno. Se isso tiver ocorrido, pode-as até 5 cm acima do nível do solo. No caso específico de trepadeiras heras e filodendros, arranque os brotos acima das folhas. As plantas floridas que anualmente produzem novos botões devem ser podadas completamente na primavera. As que produzem botões só depois de bem desenvolvidas, não precisam mais do que o corte de alguns brotos. Os coléus apresentam flores insignificantes que precisam ser cortadas para evitar a queda das folhas após a floração. Outros cuidados Para alimentar suas plantas use um adubo líquido contendo nitrogênio, fósforo e potássio. O nitrogênio estimula o crescimento da folhagem e o colorido das folhas. O fósforo ajuda na formação de flores, frutos, sementes e raízes. O potássio torna a planta, resistente às doenças e fortalece o crescimento. No entanto, se a planta estiver doente ou for recém-plantada, não a adube. Durante a primavera e o verão alimente melhor a sua planta aplicando o adubo a cada 15 dias. Obedeça rigorosamente as instruções do fabricante. A maior parte das plantas ornamentais precisa ser regada mais ou menos duas a três vezes por semana na primavera. Além do regar de maneira apropriada, você deve manter suas plantas livres da poeira. Remova o pó por meio de pulverização ou com uma esponja macia embebida em água pura. Conserve a planta na sombra até secar. As samambaias podem ser limpas utilizando-se um vaporizador a curta distância, e as plantas com folhas peludas (violetas-africanas), os cactos e as suculentas, com o auxilio do uma escova de pêlo macia. Remova as folhas velhas, as flores murchas e o musgo. As plantas ornamentais bem cuidadas raramente são atacadas pelas pragas. Examine-as atentamente uma vez por semana. Se uma delas estiver contaminada retire-a de junto das outras. Aplique fungicida em um local bem ventilado. Luz e ar são essenciais para a vida de suas plantas. Deixe-as fora, ao ar livre, uma noite por semana. Recolha, logo pela manhã antes do o sol ficar demasiado quente, regando-as antes das 10 horas ou no fim da tarde.

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Controle natural de pragas

A cultura popular brasileira é rica em dicas para o controle ou repelência de pragas de plantas, da casa do homem e de seus produtos. A maior parte das pragas atacam geralmente na primavera, período de fertilidade e de grande atividade na natureza. Elas causam vários estragos nas plantas, além de favorecer o surgimento de doenças, principalmente fúngicas. As pragas geralmente se tornam um problema mais sério quando há um desequilíbrio ecológico no sistema onde a planta está inserida. Outras situações que podem favorecer o seu surgimento são desequilíbrios térmicos, excesso ou escassez de água e insolação inadequada.

Principais pragas e algumas dicas naturais de controle Pulgões Os pulgões podem ser pretos, marrons, cinzas e até verdes. Alojam-se as folhas mais tenras, brotos e caules, sugando a seiva e deixando as folhas amareladas e enrugadas. Em grande quantidade podem debilitar demais a planta e até transmitir doenças perigosas. Podem aparecer em qualquer época do ano, mas os períodos mais propícios são a primavera, o verão e o início do outono. Precisam ser controlados logo que notados, pois multiplicam-se com rapidez. Dica - As joaninhas são predadoras naturais dos pulgões. Um chumaço de algodão embebido em uma mistura de água e álcool em partes iguais ajuda a retirar os pulgões das folhas e isso pode ser feito semanalmente; aplique calda de fumo ou macerado de urtiga. Cochonilhas As cochonilhas são insetos minúsculos, geralmente marrons ou amarelos, que alojam-se principalmente na parte inferior das folhas e nas fendas. Além de sugar a seiva da planta, as cochonilhas liberam uma substância pegajosa que facilita o ataque de fungos, em especial, o fungo fuliginoso. Dá para perceber sua presença quando as folhas apresentam uma crosta com consistência de cera. Algumas cochonilhas apresentam uma espécie de carapaça dura, que impede a ação de inseticidas em spray. Neste caso, produtos à base de óleo costumam dar melhores resultados, pois formam uma capa sobre a carapaça, impedindo a respiração do inseto. A calda de fumo costuma dar bons resultados também. Dica - as joaninhas também são suas predadoras naturais, além de certos tipos de vespas; calda de fumo e a emulsão de óleo são os métodos naturais mais eficientes para combatê-las; deve-se evitar o controle químico mas, quando necessário em casos extremos, normalmente são usados óleo mineral e inseticida organofosforado. Moscas Brancas São insetos pequenos e, como diz o nome, de coloração branca. Não é difícil a notar a sua presença ao esbarrar numa planta infestada por moscas brancas, dá para ver uma pequena revoada de minúsculos insetos brancos. Costumam localizar-se na parte inferior das folhas,

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onde liberam um líquido pegajoso que deixa a folhagem viscosa e favorece o ataque de fungos. Alimentam-se da seiva da planta. As larvas deste inseto, praticamente imperceptíveis, também alojam-se na parte inferior das folhas e, em pouco tempo, causam grande infestação. Dica - é difícil eliminá-las, por isso muitas vezes é preciso aplicar insetidas específicos para plantas. Quando o ataque é pequeno, o uso de plantas repelentes como tagetes ou cravo-de-defunto (Tagetes sp), hortelã (Mentha sp), calêndula (Calendula officinalis), arruda (Ruta graveolens) costuma dar bons resultados. Lesmas e caracóis Normalmente atacam à noite, furando e devorando folhas, caules e botões florais, mas também podem atingir as raízes subterrâneas. Dica - besouros e passarinhos são seus predadores naturais. Uma boa forma de eliminá-los é usar armadilhas, feitas com isca de cerveja para atraí-los. Faça assim: tire a tampa de uma lata de azeite e enterre-a deixando a abertura no nível do solo. Coloque dentro um pouco de cerveja misturada com sal. As lesmas e os caracóis caem na lata atraídas pela cerveja e morrem desidratados pelo sal. Lagartas Costumam atacar mais as plantas de jardim mas, em alguns casos, também podem danificar as plantas de interior. Fáceis de serem reconhecidas, as lagartas costumam enrolar-se nas folhas jovens e literalmente comem brotos, hastes e folhas novas, formando uma espécie de teia para proteger-se. Todas as plantas que apresentam folhas macias estão sujeitas ao seu ataque. As chamadas taturanas são lagartas com pêlos e algumas espécies podem queimar a pele de quem as toca. Caso não apresente um ataque maciço, o controle das lagartas deve ser manual, ou seja, devem ser retiradas e destruídas uma a uma, lembrando que é importante usar uma proteção para a que a lagarta não toque na pele. A Calda de Angico ajuda a afastar as lagartas e não prejudica a planta. O uso de plantas repelentes, como a arruda, pode ajudar a mantê-las afastadas. Dicas - aves e pequenas vespas são suas inimigas naturais. É preciso lembrar que sem as lagartas, não tem borboletas. Ao eliminá-las completamente, se está privando da beleza e da graça desses belos seres alados. Mais uma vez, o equilíbrio é a chave. Ácaros O tipo de ácaro mais comum é conhecido como ácaro-vermelho, tem a aparência de uma aranha de cor avermelhada. Ataca flores, folhas e brotos, deixando marcas semelhantes à ferrugem. O ataque de ácaros diminui o ritmo de crescimento, favorece a má formação de brotos e, em caso de grande infestação, pode matar a planta. Ambientes quentes e secos favorecem o desenvolvimento dessa praga. Apesar de quase invisíveis a olho nu, sua presença é denunciada pelo aparecimento de uma teia fina. Costuma atacar mais as plantas envasadas do que as que estão em canteiros. Dicas - uma boa dica é borrifar a planta com água, regularmente, já que este inseto não gosta de umidade. Casos mais severos exigem que

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as partes bem atacadas sejam retiradas; a Calda de Fumo ajuda a controlar o ataque. Percevejos São mais conhecidos como maria-fedida ou fede-fede, pois exalam um odor desagradável quando se sentem ameaçados. Seu ataque costuma provocar a queda de flores, folhas e frutos, prejudicando novas brotações. Dica - vespas são suas predadoras naturais. Devem ser removidos manualmente, um a um; se o controle manual não surtir efeito, a Calda de Fumo pode funcionar como um repelente natural. Tatuzinhos Os tatuzinhos são muito comuns nos jardins com umidade excessiva, são também conhecidos como tatus-bolinha, pois se enrolam como uma bolinha quando são tocados. Vivem escondidos e alimentam-se de folhas, caules e brotos tenros, além de transmitir doenças às plantas. Dica - evitar a umidade excessiva em vasos e canteiros. Devem ser retirados manualmente e eliminados um a um. Nematóides São parentes das lombrigas e atacam pelo solo. As plantas afetadas apresentam raízes grossas e cheias de fendas. Num ataque intenso, provocam a morte do sistema radicular e, conseqüentemente, da planta. Algumas plantas dão sinais em sua parte aérea, mostrando sintomas do ataque de nematóides: as dálias, por exemplo, podem apresentar áreas mortas, de coloração marrom, nas folhas mais velhas. Dica - o melhor repelente natural é o plantio de tagetes (o popular cravo-de-defunto) na área infestada. Se o controle ficar difícil, é indicado eliminar a planta infestada do jardim, para evitar a proliferação. Formigas As formigas cortadeiras (Atta spp e Acromyrmex spp) são as que mais causam estragos. Elas cortam as folhas para levá-las ao formigueiro, onde servem de nutrição para os fungos, os verdadeiros alimentos das formigas. Dica - um bom método natural para espantar as formigas e espalhar sementes de gergelim em torno dos canteiros. Além disso, o gergelim colocado sobre o formigueiro, intoxica o tal fungo e ajuda a eliminar o ninho das formigas. Em ataques maciços, recomenda-se o uso de iscas formicidas, à venda em casas especializadas em produtos para jardinagem. As formigas carregam a isca fatal para o formigueiro. Algumas receitas com produtos naturais para controle biológico de pragas Alho Indicação - o extrato do alho pode ser utilizado na agricultura como defensivo agrícola, tendo ampla ação contra pragas e moléstias. Segundo vários pesquisadores, quando adequadamente preparado tem

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ação fungicida, combatendo doenças como míldio e ferrugens; tem ação bactericida e controla insetos nocivos como a lagarta da maçã, pulgão, etc. Sua principal ação é de repelência sobre as pragas, sendo inclusive recomendado para plantio intercalar de certas fruteiras como a macieira, para repelir pragas. Características e preparo - no Brasil o uso do alho está restrito ainda a pequenas áreas, como na agricultura orgânica, enquanto que em outros países como nos Estados Unidos, pela possibilidade de empregar o óleo de alho, obtido através de extração industrial, já é possivel empregá-lo em larga escala em cultivos comerciais. Uma fórmula para o preparo de um defensivo com alho compreende a mistura de 1,0 kg de alho + 5,0 litros de água + 100 gramas de sabão + 20 colheres (de café) de óleo mineral. Os dentes de alho devem ser finamente moídos e deixados repousar por 24 horas, em 20 colheres de óleo mineral. Em outro vasilhame, dissolve-se 100 gramas de sabão (picado) em 5 litros de água, de preferência quente. Após a dissolução do sabão, mistura-se a solução de alho. Antes de usar filtra-se e dilui-se a mistura com 20 partes de água. As concentrações são variáveis de acordo com o tipo de pragas que se quer combater (Stoll, 1989). Quando pulverizado sobre as plantas depois de 36 horas não deixa cheiro, nem odor nos produtos agrícolas. Chá de Cavalinha (Equisetum arvense ou E. giganteum) Indicação - é muito indicada e empregada na horticultura orgânica para aumentar a resistência das plantas contra insetos nocivos em geral. Preparo e aplicação - ingredientes: 100 gramas de cavalinha seca ou 300 gramas de planta verde; 10 litros de água para maceração e 90 litros de água para diluição. Preparo: ferver as folhas de cavalinha em 10 litros de água por 20 minutos. Diluir a calda resultante em 90 litros de água. Aplicação: regar ou pulverizar as plantas, alternando com a urtiga. Fonte: Geraldo Deffune, 1992. Confrei Indicação - combate a pulgões em hortaliças e frutíferas e adubo foliar. Preparo e aplicação - ingredientes: 1,0 kg de confrei e água para diluição. Preparo: utilizar o liqüidificador para triturar 1 quilo de folhas de confrei com água ou então deixar em infusão por 10 dias. Acrescentar 10 litros de água. Aplicação: pulverizar periodicamente as plantas. Cravo de Defunto (Tagetes spp) Indicação - combate a pulgões, ácaros e algumas lagartas . Preparo e aplicação - ingredientes: 1 kg de folhas de talo de cravo-de-defunto e 10 litros de água. Preparo: misturar 1quilo de folhas de talos de cravo-de-defuntos em 10 litros de água. Levar ao fogo e deixar ferver durante meia hora ou então deixar de molho (picado) por dois dias. Aplicação: Coar o caldo obtido e pulverizar as plantas atacadas. Fumo (nicotina) Indicação - a nicotina contida no fumo é um excelente inseticida, tendo ação de contato contra pulgões, tripes e outras pragas. Quando aplicada

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como cobertura do solo, pode prevenir o ataque de lesmas, caracóis e lagartas cortadeiras, porém pode prejudicar insetos benéficos do solo como as minhocas. 0 fumo em pó sobre os vegetais é um defensivo contra pragas de corpo mole, como lesmas e outras, sendo menos tóxico se empregado nesta forma. Na agricultura orgânica seu emprego deve ser precedido de autorização do orgão certificador. Características - a calda pronta pode ser acrescida de sabão e cal hidratada, melhorando a sua atividade e persistência na folha. Quando a nicotina é exposta ao sol, diminui sua ação em poucos dias. A adição de algumas gotas de fenol, é recomendada para manter suas características iniciais. A colheita do vegetal tratado deve ser feita, somente 3 dias após a aplicação do fumo. Não deve ser empregado o fumo em plantas da família da batata ou tomate (Solanaceae). 0 tratamento com concentrações acima do recomendado, pode causar danos para muitas plantas. A nicotina bem diluída apresenta baixo risco para o homem e animais de sangue quente e 24 horas depois de pulverizada, torna-se inativa. No entanto, em elevada concentração é tóxica para o ser humano e pode afetar os inimigos naturais. 0 seu preparo e aplicação requerem cuidados. No caso de hortaliças e medicinais, aconselha-se respeitar um intervalo mínimo de 3 dias antes do consumo. Devido ao seu alto poder inseticida, o seu emprego na agricultura orgânica é bastante restrito. Receita 1 - para controle de pulgões, cochonilhas, grilos, vagalumes. Ingredientes: 15 a 20 cm de fumo de corda e água. Preparo: Coloque o fumo de corda deixando de molho durante 24 horas, com água suficiente para cobrir o recipiente. Aplicação: Para cada litro de água, use 5 colheres (de sopa) dessa mistura, usando no mesmo dia. Receita 2 - controle de lagartas e pulgões em plantas frutíferas e hortaliças. Ingredientes: 100 g de fumo em corda, 1 litro de álcool e 100 g de sabão. Preparo: misture 100 g de fumo em corda cortado em pedacinhos com 1 litro de álcool. Junte 100 g de sabão e deixe curtir por 2 dias. Aplicação: para pulverizar plantas utilize 1 copo do produto em 15 litros de água. Receita 3 - controle de vaquinhas, pulgões, cochonilhas, lagartas. Ingredientes: 1 pedaço de fumo de corda (10 - 15 cm), 0,5 litros de álcool, 0,5 litros de água e 100 g de sabão em barra. Preparo: corte o fumo em pequenos pedaços e junte a água e o álcool. Misture em um recipiente deixando curtir durante 15 dias. Decorrido esse tempo, dissolva o sabão em 10 litros de água e junte com a mistura já curtida de fumo e álcool. Aplicação: pode ser aplicado com pulverizador ou regador. No caso de hortaliças, aconselha-se respeitar um intervalo mínimo de 3 dias antes da colheita. Receita 4 - controle de pulgões, vaquinhas, cochonilhas. Ingredientes: 20 colheres ( sobremesa) de querosene, 3 colheres (sopa) de sabão em pó, 1 litro de calda de fumo e 10 litros de água. Preparo e Aplicação: para o preparo da água de fumo coloque 20 gramas de fumo de rolo bem forte e picado em 1 litro de água, fervendo essa mistura durante 30 minutos. Após, coá-la em pano fino, adicione 3-4 litros de água

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limpa e utilize o produto obtido no mesmo dia. Em seguida, aqueça 10 litros de água e junte 20 colheres (de sobremesa) de querosene e 3 colheres (de sopa) de sabão em pó. Deixe esfriar em temperatura ambiente e adicione então 1 litro de calda de fumo. Receita 5 - controle de pulgões, lagartas e tripes. Ingredientes: 1,0 kg de folhas trituradas de fumo em 15 litros de água por 24 horas. Preparo: a solução é coada e adicionado um pouco de sabão. Aplicação: pulverizada conforme a receita acima ou no solo na forma de pó feito com folhas secas ou pedaços de folhas colocadas no chão em cobertura. Neem (Nim) (Azadirachta indica) Indicação: pragas de hortaliças, traças, lagartas, pulgões, gafanhotos, etc. Recomendada como inseticida e repelente de pragas em geral. É uma das plantas de maior potencial no controle de pragas, atuando sobre 95% dos insetos nocivos. Já é utilizada comercialmente em vários países do mundo. Tem como princípio ativo Azadiractina, podendo ser aproveitado as suas folhas e frutos para extrair esse ingrediente ativo de largo emprego inseticida. Nas doses recomendadas é um produto sem efeitos de toxicidade ao homem e aos animais. Receitas - Óleo de Nim é empregado na dosagem de 0,5% (0,5 litro em 100 litros de água) pulverizado sobre as folhagens e frutos. No caso do emprego de sementes, o procedimento é o seguinte: 25-50 g de sementes moídas (amarradas em um pano); 1 litro de água, deixando repousar por 1 dia. Indicação: lagarta do cartucho, lagartas das hortaliças, gafanhoto. 5 Kg de sementes secas e moídas; 5 litros de água e 10 g de sabão. Colocar os 5 quilos de sementes de Neem moídas em um saco de pano, amarrar e colocar em 5 litros de água. Depois de 12 horas, espremer e dissolver 10 gramas de sabão neste extrato. Misture bem e acrescente água para obter 100 litros de preparado. Aplique sobre as plantas infestadas, imediatamente após preparado. O prensado de Neem pode ser utilizado misturando-se com o solo na base de 1a 2 t/ha. Esta medida protege as beringelas contra minadoras e tomates contra nematóides e septorioses. Pimenta Malagueta Indicação - a pimenta (vermelha ou malagueta) pode ser empregada como um defensivo natural em pequenas hortas e pomares. Tem boa eficiência quando concentrada e misturada com outros defensivos naturais, no combate a pulgões, vaquinhas, grilos e lagartas. Obedecer um período de carência mínima de 12 dias da colheita, para evitar obter frutos com forte odores. Receita 1 - ingredientes: 50 g de fumo de rolo, picado + 1 punhado de pimenta vermelha + 1 litro de álcool + 250 g de sabão em pó. Preparo: dentro de 1 litro de álcool, coloque o fumo e a pimenta, deixando essa mistura curtir durante 7 dias. Para usar essa solução, dilua o conteúdo em 10 litros de água contendo 250 gramas de sabão em pó dissolvido ou então, detergente, de modo que o inseto grude nas folhas e nos frutos. No caso de hortaliças e medicinais, aconselha-se respeitar um intervalo mínimo de 12 dias antes da colheita.

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Receita 2 - ingredientes: 500 g de pimenta vermelha (malagueta) + 4 litros de água + 5 colheres (de sopa) de sabão de coco em pó. Preparo: bater as pimentas em um liqüidificador com 2,0 litros de água até a maceração total. Coar o preparado e misturar com 5 colheres (de sopa) de sabão de coco em pó, acrescentando então os 2,0 litros de água restantes. Aplicação: pulverizar sobre as plantas atacadas. Primavera/Maravilha (Bougainvillea spectabilis / Mirabilis jalapa) Indicação - método eficiente para imunizar mudas de tomate contra o vírus do vira cabeça do tomateiro. Preparo de aplicação - utilizar a quantidade de 1 litro de folhas maduras e lavadas de primavera ou maravilha (rosa ou roxa) e 1 litro de água. Juntar estes ingredientes e bater no liqüidificador. Coe com pano fino de gaze e dilua em 20 litros de água. Pulverize imediatamente (em horas frescas). Não pode ser armazenado. Aplicar em mudas de tomateiros 10 dias após a germinação (2 pares de folhas) e repetir a cada 2 a 3 dias até a idade de 45 dias. Urtiga Indicação - planta empregada na agricultura orgânica, prinicipalmente na horticultura para aumentar a resistência e no combate a pulgões. Preparo e aplicação - 2 Ingredientes: 500 g de urtiga fresca ou 100g de urtiga seca e 10 litros de água. Preparo: Colocar 500 gramas de urtiga fresca ou 100 gramas de urtiga seca em 10 litros de água por dois dias ou então deixar curtir por quinze dias. Aplicação: a primeira forma de preparo para aplicação imediata sobre as plantas atacadas. A segunda, deve ser diluída, sendo uma parte da solução concentrada para 10 partes de água. Plantas Benéficas Há na vegetação natural plantas que servem de abrigo e reprodução dos insetos que se alimentam das pragas. O manejo correto destas ervas e da adubação verde permitirá o incremento da fauna benéfica e o controle biológico natural. Dentre as plantas que servem para o manejo ecológico, estão a Ageratum conyzoides (mentrasto), Raphanus raphanistrum (nabo forrageiro), Euphorbia brasilensis (erva-de-santa-luzia), Sorghum bicolor (sorgo granífero) e em segundo lugar: Portulaca oleracea (beldoega), Amaranthus deflexus (caruru rasteiro, caruru). No caso do sorgo, suas panículas em flor favorecem o abrigo e a reprodução de insetos e ácaros benéficos, como o percevejo Orius insidiosus, predador de lagartas, ácaros e tripes da cebola. Outras plantas fornecem o polén como alimento para os ácaros predadores e néctar para as vespinhas parasitas de pragas. Para vários pesquisadores, pode ser constituido na propriedade um programa de manejo ecológico com mentrasto e outras plantas que vegetam bem verão e início do outono, complementadas com o plantio no inverno de nabo forrageiro ou o sorgo. Há no entanto, plantas que são desfavoráveis à preservação e aumento de inimigos naturais das pragas, como: mamona, capim fino, grama seda, capim amargoso, guanxuma, tiririca, brachiária, picão branco, carrapicho carneiro, etc.

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Plantas Companheiras A instalação de linhas de plantas companheiras pode ser benéfico em pequenas áreas para a repelência de pragas nocivas. Entre outras, são conhecidos os efeitos repelentes das seguintes plantas, bastante comuns: Alecrim repele borboleta da couve e moscas da cenoura. Hortelã repele formigas, ratos e borboleta da couve. Mastruço repele afídeos e outros insetos. Tomilho repele borboleta da couve. Sálvia repele mariposa do repolho. Urtiga repele percevejo do tomate. O plantio da Trefosia candida, por conter o princípio ativo da rotenona, vem sendo recomendado para a formação de barreira vegetal contra pragas, senvindo também como quebra-ventos. Outras plantas como a erva cidreira e o girassol são também indicadas para repelir pragas dos cultivos. O gergelim é outra planta útil, que é cortado e levado pelas saúvas, intoxicando o fungo que elas se alimentam. Produtos Orgânicos Cinzas - a cinza de madeira é um material rico em potássio, muito recomendado na literatura mundial para controle de pragas e até algumas doenças. Pode ser aplicado na mistura com outros produtos naturais. Receita 1 - Para o combate a lagartas e vaquinhas dos melões. Preparo e aplicação: Testar nas condições locais a seguinte fórmula: 0,5 copo de cinza de madeira, 0,5 copo de cal virgem e quatro litros de água. A cinza deve ser colocada antes em água, deixando repousar pelo menos 24 horas, coada, misturada com a cal virgem hidratada e pulverizada. Para o preparo de maiores quantidades de calda, pode ser preparado: 1,0 kg. de cinza de madeira + 1,0 kg de cal e 100 litros de água. A adição de soro de leite (1 a 2%) na mistura de cinza com água pode favorecer o seu efeito no combate contra pragas e moléstias. Receita 2 - Para combater insetos sugadores e larva minadora. Preparo e aplicação: testar nas condições locais a receita: 0,5 kg de cinzas de madeira, deixando descansar 24 horas em quatro litros de água. Coar e acrescentar seis colherinhas (café) de querosene. Misturar e aplicar preventivamente. Farinha de Trigo Indicação - a farinha de trigo de uso doméstico pode ser efetiva no controle de ácaros, pulgões e lagartas em horta domésticas e comunitárias. Preparo e Aplicação: o seu emprego é favorável em dias quentes e secos, com sol. Aplicar de manhã em cobertura total nas folhas. Mais tarde, as folhas secando com o sol, forma uma película que envolve as pragas e caem com o vento. Ela pode ser pulverizada em vegetais sujeitos ao ataque de lagartas. Preparo: diluir 1 colher de sopa (20 g) em 1,0 litro de água e pulverize nas folhas atacadas. Repetir depois de 2 semanas

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Leite Indicação - o leite na sua forma natural ou como soro de leite é indicado para controle de ácaros e ovos de diversas lagartas, atrativo para lesmas e no combate de várias doenças fúngicas e viróticas. O seu emprego é recomendado para hortas domésticas e comunitárias. Preparo e recomendações: um dos métodos recomendados, é diluir 1 litro de leite em 3 a 10 litros de água e pulverizar as plantas. Repetir depois de 10 dias para doenças e 3 semanas quando aplicado contra insetos. A mistura de leite azedo com água e cinza de madeira, é citado como efetivo no controle de míldio. Há indicações do uso do leite como atrativo para lesmas. Distribuir no chão, ao redor das plantas, estopa ou saco de amiagem molhado com água e um pouco de leite. De manhã, virar a estopa ou o saco utilizado e mate as lesmas que se reuniram embaixo. Pode ser utilizado como fungicida no pimentão, pepino, tomate, batata. Sem contra-indicação para hortaliças. Preparar mistura com: 2,5 litros de leite, 1,5 kg de cinza de madeira, 1,5 kg de esterco fresco de bovino e 1,5 kg de açúcar. Aplicar no tomate a cada 10 dias, aplicar no café a cada 15 a 30 dias. Sabão e suas Misturas Indicação - o sabão (não detergente) tem efeito inseticida e quando acrescentado em outros defensivos naturais pode aumentar a sua efetividade. 0 sabão sozinho tem bom efeito sobre muitos insetos de corpo mole como: pulgão, lagartas e mosca branca. A emulsão de sabão e querosene é um inseticida de contato, que foi muito empregado no passado, contra insetos sugadores, sendo indicada para combate aos pulgões, ácaros e cochonilhas. Características de emprego: o preparo mais comum consiste em dissolver, mexendo bem, 50 gramas de sabão (picado) para 2 até 5 litros de água quente. A solução feita com sabão tem boa adesividade na planta e no inseto praga. Pulverizar sobre as folhagens e pragas. Nas plantas delicadas e árvores novas, no verão ou períodos quentes, utiliza-se a solução de sabão e querosene bem diluída, ou seja uma parte para 50 a 60 partes de água. Depois de preparada a emulsão deve ser aplicada dentro de um ou dois dias, para evitar a separação do querosene, o que acarretaria queimaduras nas folhagens. No inverno, em plantas caducas, utiliza-se dosagens mais concentradas, assim como a pincelagem do tronco contra cochonilhas. Receita 1 - para o controle de cochonilhas e lagartas. Ingredientes: 50 g de sabão de coco em pó + 5 litros de água. Preparo: Coloque 50 g de sabão de coco em pó em 5 litros de água fervente. Aplicação: essa solução deve ser pulverizada freqüentemente no verão e na primavera. Receita 2 - para o combate de pulgões, cochonilhas e lagartas. Ingredientes: 1 colher (de sopa) de sabão caseiro + 5 litros de água. Preparo: utilize uma colher (de sopa) de sabão caseiro raspado e misture em 5 litros de água agitando bem até dissolver o mesmo. Aplicação: essa calda deve ser aplicada sobre as plantas com o auxílio de pulverizador ou regador. Receita 3 - para o combate a pulgões, ácaros, brocas, moscas da fruta e formigas. Ingredientes: 1 kg de sabão picado + 3 litros de querosene

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+ 3 litros de água. Preparo: derreta o sabão picado numa panela com água. Quando estiver completamente derretido, desligue o fogo e acrescente o querosene mexendo bem a mistura. Aplicação: em seguida, para a sua utilização, dissolva 1 litro dessa emulsão em 15 litros de água, repetindo a aplicação com intervalos de 7 dias. No caso de hortaliças e medicinais, aconselha-se respeitar um intervalo mínimo de 12 dias antes da colheita. Receita 4 - como inseticida de contato para sugadores: ácaros, pulgões e cochonilhas. Ingredientes : 500 g de sabão + 8 litros de querosene + 4 litros de água. Preparo a quente: ferver e dissolver o sabão picado em 4 litros de água. Retirar do fogo e dissolver vigorosamente 8 litros de querosene, com a mistura ainda quente. Mexer vigorosamente a mistura quente, até formar uma emulsão perfeita. Aplicação: diluir para cada parte do produto 10 a 60 partes de água.

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Colocando a mão na terra

Se o jardim é o lugar mais especial da casa, merece estar sempre bem tratado. Para ajudar a mantê-lo cada vez mais bonito, nada mais importante do que ter em mãos bons equipamentos que trarão mais praticidade e comodidade para quem cuida da área externa da casa. Mas se você não é nenhum jardineiro de mão cheia e ainda se atrapalha diante dos modelos de ferramentas especiais para jardim, confundindo a verdadeira função destes equipamentos e muitas vezes não sabendo como usá-los correta mente, será necessário adquirir conhecimentos básicos sobre o funcionamento e o trabalho possível de ser realizado com cada um deles, conseguindo assim obter melhores resultados. Pás e garfos de todos os modelos e tamanhos Ferramentas básicas e importantissimas no cuidado com seu jardim, elas existem de todos os tamanhos possiveis e imagináveis. Dependendo da tarefa que pretende se efetuar, elas se apresentam maiores ou mais estreitas. As pás de tamanho maior são utilizadas para os trabalhos mais pesados, como retirar terra de grandes espaços para o plantio de plantas ou até mesmo árvores, servindo também para colocar e ajeitar a terra no lugar. Não existe segredo para o manuseio deste tipo de ferramenta; o importante é adquirir um produto resistente e de qualidade. Mas as maiores estrelas entre as pás, são mesmo as destinadas aos pequenos e simples trabalhos. Elas podem ser mais estreitas ou largas, mas em relação ao uso não há muitas diferenças entre um ou outro modelo. Uma dica: para um iniciante em cuidado de jardim, o mais indicado é a opção pelas estreitas, pois estas trazem maior facilidade na hora de reti rar a terra do vaso ou canteiro ou mesmo fazer pequenos buracos. Já os garfos e escardilhos têm como função aerar e afofar a terra, preparando-a para o cultivo. Para a primeira função, é preciso apenas fazer pequenos furinhos na terra que servirão para melhorar a circulação de ar no vaso ou canteiro. Já ao afofar a terra, é preciso mover o garfo da extremidade ao melo do recipiente, fazendo este movimento até a superficie ficar mais leve e pron ta para o plantio. Retirando o que não é bem-vindo É exatamente esta a função do rastelo, que pode ser pequeno ou de grande porte. Por possuir garras apontadas para baixo, com ele é possivel varrer as folhas ou elementos que se localizam sobre a terra, atrapalhando a beleza das suas plantas. Os exemplares maiores devem ser usados nos jardins e são ferramentas de fácil manuselo. Eles arrastam a sujeira do jardim como se fossem verdadeiras vassouras fabricadas em aço. É muito importante ter um rastelo em casa para cuidar devidamente da sua área externa, pois limpar o jardim é tarefa que precisa ser realizada com assiduidade pelo menos uma vez por semana, principalrhente no outono, onde é normal que as plantas percam suas folhagens. Os rastelos pequenos tem utilidade similar aos maiores, mas estes servem para limpar

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vasos, floreiras e pequenos canteiros que necessitam de equipamento mais delicado. Procure tomar bastante cuidado na hora de retirar os residuos destes espaços mais frágeis, pois, aplicando o rastelo de forma errada, a planta poderá ser danificada. Outros equipamentos Além dos equipamentos básicos existem também a foice, o sacho, a machadinha, as cavadeiras e extratores especiais para ervas. Todos eles têm função complementar no jardim, facilitando ainda mais a hora de trabalhar a beleza deste local da casa. A foice tem forma curvilinea e sua finalidade é ceifar as plantas. Num jardim, pode ser usada para retirar o excesso de mato, mas muito cuidado ao fazer uso desta ferramenta: de lâmina grande e cabo curto, ela deve ser utilizada com muita atenção para evitar acidentes. Outras ferramentas importantes são o sacho e o coração que funcionam como uma espécie de enxada para afofar a terra ou arrancar rvas. Este tipo de equipamento normalmente possui duas pontas; o sacho tem forma de um garfo om apenas dois espetos, e o coração possui a base mais gorda e a ponta fina, parecendo um desenho de uma gota. A machadinha é velha conhecida dos jardins, servindo para a poda de galhos mais dificeis de serem retirados. Já para aquelas ervas mais delicadas, os extratores especiais de ervas cortam a muda sem machucar a planta, pois tem um desenho que parece uma pequena chave de fenda, mas com ponta especial para podar estas sensiveis espécies. O importante agora é arregaçar as mangas e cuidar com muito carinho do seu jardim, prezando sempre pela qualidade e segurança dos equipamentos que irão transformar sua área externa em um lugar muito mais bonito e aconchegante.

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A agradável arte de colecionar orquídeas

Frágeis e delicadas, as orquídeas são uma festa para os olhos. E seu cultivo não é tão difícil assim: com, alguns cuidados e um pouco de dedicação, a arte de colecioná-las pode se transformar num hobby muito agradável. Saiba como e experimente.

Uma orquídea em flor é um espetáculo de rara beleza. E que, ao contrário do que geralmente se pensa, pode acontecer todos os dias em sua casa, sem grandes dificuldades. A verdade é que, apesar do aspecto frágil e delicado que muitas vezes chega a inibir aqueles que gostariam de cultivá-las as orquídeas são resistentes e ótimas para o nosso clima. Afinal, não se pode esquecer que muitas espécies são nativas de nossas florestas. Assim, com certos cuidados básicos de cultivo e algumas mudas de boa qualidade, você poderá ter uma coleção que vai proporcionar belas floradas durante o ano todo. O caminho certo para conseguir boas mudas O primeiro passo é comprar mudas de cultivadores conceituados, de preferência aos poucos. Lembre-se de que em qualquer época do ano sempre há inúmeras espécies em floração. Assim, se você comprar duas ou três orquídeas por mês,acabará formando uma coleção que vai garantir sempre plantas com flores. Um jeito gostoso de fazer isso é visitar orquidários ou feiras de orquídeas, onde, além de encontrar ótimas plantas, você tem a oportunidade de conhecer cultivadores que gostam de trocar informações e orientar os iniciantes. E se você mora numa região onde as feiras de plantas são raras, pode comprar orquídeas pelo reembolso postal. Basta solicitar um catálogo, escolher as variedades de sua preferência e fazer a encomenda. Mas quem gosta de aventuras tem ainda uma outra alternativa: coletar orquídeas em seu próprio habítat. Sem dúvida, esta é uma tarefa emocionante, mas exige bom senso para preservar a natureza. Tome cuidado para não estragar nenhuma planta, nunca corte árvores para alcançar um exemplar muito alto e só colha as mudas que você tem condições! de cultivar. Nunca colha uma planta, inteira. Retire apenas três ou quatro pseudobulbos da parte frontal, para que a muda possa continuar a crescer conservando a espécie na natureza. Após a colheita, faça a limpeza da parte retirada no próprio local, removendo partes secas, doentes ou quebradas e limpando toda muda com uma esponja bem limpa, macia e úmida.

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As orquídeas precisam de um cantinho especial Na natureza, as orquídeas podem ser encontradas em florestas, montanhas, vales pântanos e até em rochas Por isso fica difícil determinar de modo geral qual o melhor ambiente para cultivá-las. A epífitas, por exemplo, nascem em árvores e gostam de iluminação intensa e difusa, enquanto as terrestres podem tanto viver sob densas florestas, com baixa luminosidade, como em campos abertos, onde a luz é farta, Já as rupículas nascem fixadas em rochas, expostas ao sol pleno. Mas, como a maioria das orquídeas cultivadas são provenientes de florestas, de modo geral pode-se afirmar que em ambientes onde as samambaias se dão bem o cultivo de orquídeas terá sucesso. Monte você mesmo o seu orquidário Para fazer um orquidário é importante ter um cantinho que receba o sol da manhã. Num clima como o nosso, uma boa solução é construir ripados de madeira ou bambu, de modo que os raios solares fiquem filtrados, proporcionando luz na medida exata. Esses ripados se assemelham a armários com cerca de 2,40 m de altura. A parte do fundo, as laterais e a parte superior são feitas com ripas de madeira com 5 cm de largura. No teto, essas peças devem ser dispostas no sentido norte-sul, para o sol caminhar sobre as orquídeas no sentido leste-oeste e gradativamente ir passando sobre as plantas. Em geral, a distancia entre as ripas é de 3 cm, mas pode ser menor em regiões de luminosidade Intensa, Com essas condições, é possível montar um orquidário com capacidade para acomodar até 200 orquídeas, considerando-se uma largura média de 5 metros. Os exemplares maiores, que necessitam de bastante aeração junto às raízes, podem ficar pendurados. A prateleira central é um bom lugar para as mudas recém plantadas e em fase de crescimento. Na parte de baixo, apoiadas em blocos, podem ficar as espécies que gostam .de mais sombra, como os cimbídios. De preferência, use peroba sem pintura, a prateleira poderá ser pintada com óleo queimado e nos caibros de sustentação deve ser aplicado Neutrol, para evitar o apodrecimento da madeira. No mercado há ainda o Sombrite, uma tela especial para proteger as plantas do sol excessivo. Esse material, que substitui as ripas, chega a filtrar 60% dos raios solares, criando uma atmosfera ótima para a maioria das orquídeas, já que deixa os ambientes bem ventilados e protegidos tanto do sol como de insetos e outros animais. Seja qual for o material escolhido, não esqueça que a parte sul deve ficar ao abrigo dos ventos. Portanto, deixe esse lado com a parede mais fechada e nas épocas mais frias coloque protetores de plástico transparente. Se você não dispõe de espaço externo, pode também cultivar dentro de casa ou até no apartamento, pois a temperatura em interiores, entre 15 e 251°C é ideal para essas plantas. É só construir prateleiras junto a janelas bem iluminadas (face norte ou oeste), protegidas no lado de fora por uma tela, para que os vasos recebam sol filtrado.

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Segredos para manter plantas saudáveis Além de ambientes quentes, bem ventilados e com atmosfera úmida, as orquídeas precisam de regas e adubações criteriosas, e muita limpeza para crescerem sadias, sem o ataque de pragas ou doenças. Por isso, conserve o ambiente limpo, sem mato, lave as prateleiras e bancadas com produtos à base de cloro e limpe periodicamente as folhas com uma flanela macia para remover o pó. De seis em seis meses, é bom lavar todas as plantas com uma esponja embebida em água e sabão neutro. Assim elas vão ficar com todos os poros desobstruídos para respirarem livremente. A umidade na medida certa também é muito importante. Regue os vasos semanalmente, logo pela manhã, e nunca esqueça que as orquídeas gostam de solo úmido, mas detestam água empoçada junto às suas raízes. As plantas floridas não necessitam de muita água. Nessa fase, molhe apenas o solo, deixando as flores secas. Para manter a umidade do ar, pulverize as folhas comágua na temperatura ambiente, principalmente nas épocas mais secas. Na hora de adubar, você pode escolher entre duas alternativas. Aplicar um fertilizante químico com fórmula NPK 15-15-15 ou NPK : 18-18-18 a cada 15 dias, ou então um adubo natural a cada seis meses. Nesse caso, uma boa recomendação é a seguinte mistura, desenvolvida pela Sociedade Bandeirante de Orquidófilos: 30% de farinha de osso, 50% de torta de mamona, 15% de esterco de passarinho ou de codornas e 5% de cinza. Aplique longe dos rizomas das plantas para não queimá-los. Após a floração, corte as flores murchas sempre na junção das folhas. Isso é muito importante, pois as hastes das flores são ocas e, se forem mantidas, vão acumular água e poderão apodrecer, prejudicando toda a planta. Não se esqueça de que facas, tesouras e alicates devem ser previamente esterilizados com álcool, e logo antes de serem usados em qualquer muda, a fim de evitar transmissão de doenças de uma planta para outra. Na hora de plantar, muito carinho Na hora de plantar ou replantar suas orquídeas, um pouco de cuidado e carinho é fundamental para elas logo pegarem bem e retomarem com todo o vigor seu ciclo de crescimento. Embora os vasos de barro sejam ótimos para essas plantas, elas podem também ser cultivadas em placas de xaxins (o xaxim está proibido, pode-se utilizar placas de coco), troncos ou pranchas de madeira.Para plantar em vasos escolha recipientes novos, a fim de evitar contágio de possíveis doenças. Como substrato, use fibra de coco. Primeiramente, lave bem o vaso e também a fibra para eliminar todo o pó. Depois, tampe o furo de drenagem com cacos, coloque uma camada de xaxim e a muda, já com as raízes envoltas em um pouco de fibra. Para terminar, preencha o vaso com o substrato, compactando bem nas laterais, mas deixando as raízes da frente mais soltas para elas se fixarem à vontade no novo meio. Se você preferir criar algumas mudas em troncos ou placas, envolva as raízes em um pouco de fibra de cococ e fixe-as amarrando com um fio de cobre ou com um barbante.

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As várias maneiras de reprodução Entre pequenos cultivadores as orquídeas são normalmente reproduzidas através de mudas ou de sementes. O sistema por divisão de mudas assegura variedades idênticas à planta-mãe, mas é muito demorado para quem deseja reproduzir em quantidade, pois são necessários de dois a três anos para se obter uma nova muda. Já a reprodução por sementes, embora demorada (leva até sete anos, desde a fecundação da flor até a primeira floração), proporciona inúmeros exemplares, mas com características diferentes da planta-mãe. Isso acontece porque o cruzamento pode ser feito entre duas espécies distintas resultando numa nova orquídea. Por isso, cultivadores que comercializam essas plantas em larga escala, já há alguns anos, recorrem a clonagem, uma técnica de laboratório que assegura inúmeros exemplares idênticos à planta-mãe, a partir de células de folhas ouraízes. Para isso, algumas células são separadas e colocadas em um tubo de ensaio com um líquido nutriente. Depois dealguns meses, as células se multiplicam dando origem a uma pequena muda.Graças a essa técnica é possível reproduzir plantas raras ou em processo de extinção, tornando-as mais acessíveis a todos os cultivadores.

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A estrutura e partes das plantas

Cultivar uma planta sem conhecer o seu "corpo" é o mesmo que tentar chegar a algum lugar sem conhecer o caminho, pode dar certo ou não. A planta, ser vivo assim como o homem, é dividida em partes, cada uma com funções definidas, que devem ser muito bem cuidadas. A planta é composta de raiz, caule, folha, flor, fruto e semente, que precisam ter todas as suas necessidades satisfeitas.

Raiz Esta é a parte responsável pela alimentação. É através da raiz que a planta absorve água, sais minerais e conduz matéria orgânica até o caule. Ela funciona também como "dispensa", guardando reservas de nutrientes. As raízes podem ser subterrâneas (sob o solo), aquáticas (submersas na água)ou aéreas(nem na terra, nem dentro da água). Caule É a espinha dorsal da planta, mantendo-a ereta. O caule tem várias denominações. Nas árvores, chama-se tronco; haste nas plantas rasteiras e tenras; estipe, nos coqueiros e palmeiras; e colmo, quando dividido em nós e entre-nós. O caule pode, ainda, ser chamado estolão, nas suculentas e trepadeiras e, quando modificado, é conhecido por rizoma, bulbo, gavinha ou espinho. Folhas As folhas são responsáveis pela fotossíntese, respiração e transpiração, funções primordiais de um ser vivo do reino vegetal. Geralmente são constituídas de lâminas e pecíolo (cabinho que a une ao caule), e apresentam-se de várias formas; lineares, oblíquas, lanceoladas, etc. Uma folha pode ainda ser simples (só uma lâmina) ou composta. A distribuição no caule é normalmente, alternada,

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composta ou verticulada. Em alguns casos suprindo a planta, até que ela consiga produzir seu próprio alimento, ou servindo como proteção (assume a forma de espinhos), a folha para bem cumprir sua função deve estar viçosa, limpa e bem nutrida. Flor Quando uma flor desabrocha significa que está pronta para reproduzir-se. Com a parte masculina (estames) e a feminina (pistilo ou estigma e ovário) perfeitamente estruturadas, os agentes da natureza conseguem depositar o pólen no estigma fecundando óvulo e ovários. Quando uma planta "dá flor", está em sua fase mais crítica, pois direciona toda a energia à esta atividade. Fruto É o ovário fecundado que incumbe-se de proteger a maior riqueza de uma planta, a semente, guardando-a em seu interior. Homens e animais que se alimentam dele, transportam sementes para outros locais, ampliando a proliferação das espécies. Sementes Possuem reservas de alimento, para possibilitar que a planta germine e cresça até ter folhas e poder realizar a fotossíntese. Para brotar, algumas dividem-se em duas, como o feijão e a soja, outras se mantém inteiras, como o milho e o arroz. Sua função é de preservar a espécie, através da multiplicação seminal. Ligadas entre si, todas as partes da planta trabalham em um sincronismo perfeito. Assim, procure tratá-las com o devido cuidado, garantindo a vitalidade e o bom desenvolvimento de sua planta.