ES JOSÉ AFONSO 10/11 PROFª SANDRA NASCIMENTO
T1 – A GEOLOGIA, OS GEÓLOGOS E OS SEUS MÉTODOS
1664 – James Ussher (arcebispo irlandês) – Terra
tinha sido criada às nove horas da manhã de 26
Outubro de 4004 a.C
fonte para os cálculos: Bíblia
1707-1788 – Buffon – Idade Terra: 74 382 anos
fonte para os cálculos: experiência com
esferas metálicas em arrefecimento
1726-1797 – James Hutton (pai da geologia) –
acontecimentos da Terra (discordâncias angulares) não
cabiam em milhares de anos mas sim em milhões
fonte para os cálculos: discordâncias angulares
1897 – William Thomson (Lord Kelvin), físico – Terra
tinha 100 M.a
fonte: leis da física e cálculos baseados na dissipação do
calor da Terra (fusão -arrefecimento)
Não foi bem aceite, porque não permitia aos geólogos da
época conciliar as suas observações – necessitavam de mais
tempo para a história da Terra
1871 -1937 – Rutherford - Idade da Terra: 2500
M.a.
fonte: radioactividade na datação das rochas (mais
antigas)
1953-ClairPatterson-4550M.a.
fonte: idade dos meteoritos
DATAÇÃO RELATIVA
• estabelecimento da idade de um estrato
em relação aos outros (determinar qual o
estrato é mais antigo e qual é mais
recente)
DATAÇÃO ABSOLUTA
• Estabelecimento de uma datação
quantitativa, que permite determinar a
idade da rocha em termos de milhões de
anos.
A idade relativa foi a primeira a ser utilizada.
Não dependente de conhecimentos tecnológicos.
Dependente da compreensão dos processos geológicos e do
seu registo.
Permite estabelecer a sucessão temporal das rochas numa
determinada região.
PRINCÍPIOS
HORIZONTALIDADE SOBREPOSIÇÃOIDENTIDADE
PALEONTOLÓGICAINCLUSÃO INTERSECÇÃO
Definido por Nicolau Steno, que
refere que a deposição dos
sedimentos ocorre numa posição
horizontal ou perto desta.
Qualquer fenómeno que altere a horizontalidade das camadas é
sempre posterior à sedimentação.
Um estrato sedimentar, que não tenha sofrido alterações na
sua posição, será mais recente que o estrato inferior e mais
antigo que o estrato superior. Este pressuposto permite
analisar um perfil vertical de camadas como uma linha de
tempo vertical.
Os fósseis são também
importantes no estabele-
cimento das relações entre
os diferentes estratos,
permitindo a atribuição de
uma datação relativa.
Impressão de uma planta; Insecto em âmbar
Turritelas;
Fóssil do dinossauro Coelophysis;
Impressão de uma planta; Insecto em âmbar
Turritelas;
Fóssil do dinossauro Coelophysis;
A palavra fóssil deriva do termo latino fossilis que quer dizer
“tirado da terra”.
Os fósseis são os restos materiais (ossos, dentes, chifres,
conchas, troncos, etc) de antigos organismos ou vestígios da
sua actividade que ficaram conservados nas rochas.
Estratos de diferentes locais têm a mesma idade, desde que
possuam o mesmo conteúdo fóssil.
1 – Curto período de duração
(pequena distribuição estratigráfica)
2 – Ampla distribuição geográfica
3 – Capacidade de reprodução
4 – Estruturas fossilizáveis
Nem todos os fósseis possuem as características ideais para datações
relativas dos estratos
Trilobites – viveram no Paleozóico
Amonites – viveram no Mesozóico
Um fragmento incorporado num outro, é mais antigo que este.
Conglomerado
Estruturas geológicas que intersectam outras (como as
fracturas, as falhas e as intrusões magmáticas), são mais
recentes que estas.
A idade radiométrica ou absoluta determina-se com recurso a
estudos laboratoriais e requer meios técnicos específicos.
Com a descoberta da radioactividade, soube-se que os isótopos
com propriedades radioactivas se transformam ao longo do tempo
noutros cada vez mais estáveis, independentemente das condições
ambientais.
Isótopos – átomos que têm o mesmo número atómico (mesmo nº
de protões no núcleo) mas que diferem no número de massa (nº
diferente de neutrões).
Uma rocha, quando se forma, adquire sempre uma certa quantidade
de isótopos radioactivos, que são formas instáveis de elementos químicos
(U, K, C, etc). Com o passar do tempo, estes isótopos vão-se
desintegrando, transformando-se em átomos estáveis.
Os isótopos instáveis são chamados isótopos pai.
Os átomos que resultam da desintegração são designados isótopos
filho.
Sabendo o tempo que demora, cada isótopo pai a dar lugar ao
filho, é possível determinar a idade da rochas e quantificarmos a
quantidade de ambos.
O tempo necessário para que metade dos átomos-pai se
transforme em átomos-filho é chamado de Tempo de Semi-Vida,
Período de Semitransformação ou ainda Meia Vida do Elemento
(T½)
Quando se pretende determinar a idade de uma rocha ou de um
mineral, deve-se começar por determinar a quantidade de
átomos-pai e de átomos-filho presente nessa rocha ou mineral.
Conhecendo o tempo de semi-vida do isótopo radioactivo, átomo-
pai que está a ser usado, chegar-se-á a um valor para a idade
dessa rocha.
Pode ser usado em datações das rochas magmáticas
(quando o magma inicia o processo de cristalização, transfere
para os seus cristais uma certa quantidade de isótopos
radioactivos; a quantidade de átomos-filho é nula).
Relativamente às rochas metamórficas e sedimentares, não
fornece a idade da sua génese, pois os seus constituintes
minerais provêm de rochas pré-existentes.
1. Sabendo que o período de semivida é de 4 M.a, calcula a idade
da rocha (D)?
2. Qual a percentagem de isótopos pai e filho, numa amostra com
8 M.a.?
FIM
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