ISABEL MARIA DE JESUS
BIBLIOTECA NA EDUCAÇÃO:
Prazer ou Castigo
SINOP
2007
ISABEL MARIA DE JESUS
BIBLIOTECA NA EDUCAÇÃO:
Prazer ou Castigo
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado àBanca Examinadora do Departamento dePedagogia - UNEMAT, Campus Universitário deSinop como requisito para obtenção do titulo deLicenciada em Pedagogia.
SINOP
2007
Orientadora:
Ms. Neusa Inês Philippsen
ISABEL MARIA DE JESUS
BIBLIOTECA NA EDUCAÇÃO: prazer ou castigo
BANCA EXAMINADORA:
Trabalho de Conclusão de Curso apresentadoà Banca Examinadora do Departamento dePedagogia - UNEMAT, Campus Universitáriode Sinop como requisito para obtenção dotitulo de Licenciada cm Pedagogia.
Ms. Neusa Inês" PhilippsenProfessora Orientadora
UNEMAT - Campus Universitário de Sinop
Ms. Sara Maradei MottaProfessora Avaliadora
UNEMAT - Campus Universitário de Sinop
Adélia Stédile de MatosProfessora Avaliadora
UNEMAT - Campus Universitário de Sinop/MT
MS. Irene Carrilho Romero BeberPresidente de Banca Examinadora
UNEMAT - Campus Universitário de Sinop/MT
SINOP
de de 2007
Aos meus familiares que me estimularam a
lutar pelos meus ideais, crendo em minhas
possibilidades, ajudando-me a enfrentar e
superar minhas lutas e fraquezas, conseguindo
extrair esperança de pequenas coisas quando a
derrota parecia iminente.
Isabel
AGRADECIMENTOS
A Deus que, na sua infinita plenitude, concedeu-me oportunidade para que eu
realizasse este trabalho.
Aos mestres e amigos, enfim, a todos que não mediram esforços em ajudar-me nesta
longa caminhada, forçando-me a crescer como ser humano.
Estendendo um agradecimento àqueles professores que, em cuja prática docente
ensinar é uma aventura criadora, e que, por isso, temos a possibilidade de influenciar no
processo de superação da realidade presente.
A todos, o meu apreço e sinceros agradecimentos.
ISABEL
RESUMO
JESUS, Isabel Maria de. A BIBLIOTECA NA EDUCAÇÃO: Prazer ou Castigo. Trabalhode Conclusão de Curso (Graduação em Pedagogia) - Faculdade de Educação. UniversidadedoEstado de Mato Grosso - Campus Universitário de Sinop. Sinop, MT, 2007.
Apesquisa em pauta trata-se da temática Biblioteca na Educação: prazer ou castigo.com o objetivo de analisar até que ponto a biblioteca tem participação no desenvolvimentoensino/aprendizagem na Educação Fundamental. Para elucidar este assunto foram aplicadosquestionários em duas importantes Escolas Estaduais do Município de Sinop/MT. Foramdistribuídos questionários aleatórios para os professores e alunos das 4a séries do períodovespertino nas escolas 1e 2, apresentadas no corpo do trabalho. Os resultados da pesquisaaplicada, tanto a professores e alunos, mostram que a Biblioteca na Educação é defundamental importância para o desenvolvimento do ensino/aprendizagem. Foi analisada aopinião dos professores em relação ao uso da biblioteca, onde todos afirmaram que abiblioteca tem papel primordial no enriquecimento dos conteúdos aplicados em sala de aula.Do ponto de vista dos alunos, apesquisa confirma aproblemática em questão, aBiblioteca naEducação: prazer ou castigo, de forma positiva, ou seja, com oestudo quebra se omito de quea biblioteca na vida do estudante pode ser um castigo, pois os alunos pesquisados
responderam que a biblioteca da escola é interessante, mesmo com as deficiênciasapresentadas, 13% disseram que lêem pelo menos 30 livros por bimestre, confirmando que abiblioteca é essencial no ensino/aprendizagem educacional da população.
Palavras Chave: Biblioteca, literatura, alunos e professores.
RESUMEN
JESUS Isabel Maria de. LA BIBLIOTECA EN LA EDUCAÇION: Placer o Castigo.Trabajo de Conclusión de Curso (Graduación en Pedagogia) - Facultald de Educacion.Universidad dei Estado de MT - Pólo Universitário de Sinop. Sinop, MT, 2007.
La investigación en Ia ordes dei dia se trata de Ia temática: Biblioteca en Ia Educacion:placer ocastigo, com el objetivo de analizar hasta que punto Ia biblioteca tiene participaciónen Io desarrollo emséno/apendizaje en Ia educacion en Ia educacion fundamental. Para esto,fueron aplicados cuestionários en dos importantes Escuelas dei município deSinopMT.-.Fueron aplicados cuestionários aleatórios para los professores para los alumnos deIo 4o grado dei período de Ia tarde em Ia escuelas 1e2. Los resultados de Ia investigaciónaplicada tanto para profesores, yalumnos muestra que ia Biblioteca en Ia Educacion es deFundamental importância para el desarrollo de Io enséno/aprendizaje. Fue analizado Iaopinion de los profesores en relación ai uso de Ia biblioteca, donde todos firmaron que Iabiblioteca tiene papel primordial en Io enriquecimiento de los contenidos aplicados en sala declase. Del punto de vista de los alumnos, confirma Ia problemática en cuestión, Ia bibliotecaen Ia Educacion: placer ocastigo, de manera positiva, osea, con el estúdio se rompi el mito deque lá biblioteca en Ia vida de los estudiantes puede ser un castigo. Pues, los alumnos,investigados , que Ia biblioteca de Ia escuela es muy interesante, mismo con Ias dificienciaspresentadas, 13% dijeron que lêem pó Io menos 30 libro por bimestre, confirmando que Iabiblioteca ês esencial en Io enseno/aprendizaje educativo de Ia población.
Palabras Chave: Biblioteca, literatura, alumnos y profesores.
SUMARIO
1 INTRODUÇÃO 09
2 REFERENCIALTEÓRICO 11
2.1 ENSINO/APRENDIZAGEM - UM BREVE HISTÓRICO 11
2.1.1 Dificuldades do ensino/aprendizagem 12
2.1.2 Como se realiza a aprendizagem 14
2.2 BIBLIOTECA NA ESCOLA 15
2.3 O PERFIL DOS PROFISSIONAIS DESIGNADOS PELA ESCOLA
PARA TRABALHAR NA BIBLIOTECA 17
3 CUNHO METODOLÓGICO 18
3.1 A PESQUISA 18
4 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS 20
4.1 ANÁLISE DOS DADOS - BIBLIOTECA NA ESCOLA: PRAZER OU
CASTIGO 20
4.1.1Análise do ponto de vista dos professores 20
4.1.2 Análise do ponto de vista dos alunos 21
7 CONCLUSÃO 38
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS UTILIZADAS 40
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CONSULTADAS 41
ANEXOS 42
1 INTRODUÇÃO
Deve-se compreenderque a mudança de paradigmas ou conceitos de um determinado
comportamento, que geralmente visa a reagir contra outro(s) existente(s), deve ser entendida
dentro de seu contexto social. Os métodos e abordagens do ensino utilizando a biblioteca
como transformação dos conceitos de aprendizagem, descobrindo um mundo novo, além
daquele limitado no espaço da sala de aula, é o desafio pelo qual esta pesquisa se propõe,
pois, sabe-se que a maioria dos professores, que são mediadores do conhecimento, não está
satisfeita apenas com livros didáticos, para proporcionar aos seus alunos uma melhoria do
ensino aprendizagem; também os estudantes necessitam a cada dia de novos caminhos para
melhorarem seus conhecimentos, apresentando, assim, necessidade de recorrer à biblioteca.
Mesmo diante dessa necessidade para os educandos e educadores, a biblioteca não tem
se constituído num espaço propício para ser usado como recurso para incentivo e contato
entre aluno e a leitura. Não sabemos se por desinteresse ou por desconhecimento da
importância e da riqueza que é a biblioteca. Assim, perdem a oportunidade que ela oferece
para melhorare desenvolverseus conhecimentos e seu intelecto.
Entretanto, ao longo da história um denominador sempre parece ter sido comum: o
insucesso da escola para transformar os alunos em usuários competentes da biblioteca.
Normalmente apenas se consegue que eles usem a biblioteca para leitura de seus próprios
livros didáticos, ou são encaminhados pelo (a) professor (a), porque não querem estudar,
incomodando os demais alunos. Ao insucesso se sobrepõe à necessidade de despertá-los, para
a busca do conhecimento através da leitura e a busca do prazer que a mesma poderá
proporcionar-lhes.
Com o objetivo de esclarecer se é por desconhecimento ou por desinteresse que o
aluno não usa a biblioteca e qual a implicação que isso traz para sua vida escolar, bem como
para os professores, desenvolveu-se pesquisa de cunho qualitativo, como instrumento de
observação, levantamento das obras que tratam do assunto, bem como pesquisa quantitativa
com aplicação de questionário semi-aberto com alunos e professores de duas 4a séries que
freqüentam a bibliotecade suas respectivas escolas estaduais do Município de Sinop/MT.
Este estudo procura trazer uma pequena contribuição para o complexo universo do
ensino, utilizando a biblioteca como algo prazeroso, bem com o desenvolvimento cognitivo
10
do aluno. Pois se trata de uma análise da relação existente aluno/professor/biblioteca e o uso
que fazem da mesma, ou seja, como prazer oucastigo.
No primeiro capítulo apresentamos as teorias que fundamentam o trabalho. Tomamos
por base osconceitos deSilveira, Viana, Kleiman, Barufentre outros.
No segundo capítulo está a metodologia da pesquisa, a trajetória que percorremos na
coleta e análise dos dados, bem como a abordagem da pesquisa.
No terceiro capítulo analisamos os dados coletados e, nas considerações finais,
fizemos uma reflexão sobre a relevância da participação da biblioteca na escola e da
participação na vida dos alunos da educação infantil.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
A presente pesquisa se propõe a analisar qual a relevância da biblioteca na escola e
sua relação ensino/aprendizagem com alunos da educação fundamental e sua percepção em
sala de aula, ou seja, seu fazer pedagógico - alunos pesquisados - 4a séries.
Para compreender o que significa este fazer pedagógico é necessário ressaltar alguns
elementos que norteiam este trabalho, bem como destacar alguns fatos históricos que
contribuíram para o desenvolvimento do ensino/aprendizagem e sua relação biblioteca/escola.
Em primeiro lugar será apresentado um breve histórico do ensino/aprendizagem, como se
realiza e suas dificuldades e, por último, será abordada a temática importância da biblioteca
na escola.
2.1 ENSINO/APRENDIZAGEM - UM BREVE HISTÓRICO
É preciso recuar-se um pouco na história e acompanhar alguns fatos relevantes que
foram decisivos para delinearem o ensino/aprendizagem e sua dinâmica nos moldes atuais.
Muitos foram os que contribuíram desde educadores como os jesuítas, governantes e
pesquisadores. Embora, muitas vezes houvesse controvérsias entre os mesmos, mas, o
importante foi à contribuição de cada um neste processo evolutivo e inacabado. O
ensino/aprendizagem jamais poderá ser um processo acabado, pois, é criativo, dinâmico e
deverá evoluir de acordo com o desenvolvimento das sociedades. De acordo com Jardim
(2001, p. 17), a educação acompanha a evolução das sociedades e estas são eternas e
inconstantes neste processo evolutivo:
Existem controvérsias em relação a pesquisa das dificuldades deaprendizagem quanto ao controle e compreensão de suas causas econseqüências. Historicamente, a problemática se equaciona paralelamenteao desenvolvimento das sociedades:
• nos séculos XIII e XIV a entrada para a escola se dava por volta dos13 anos;
• no século XVI, os jesuítas estabeleceram a idade de 7 anos;• no século XVII, nos reinados de Luís XIII e Luís XIV. a iniciação naescola dava-se aos 9 anos e aos 5 anos, respectivamente;
12
• no século XVIII, com as mudanças de atitudes decorrentes da filosofiade Rosseau e Diderot, o ensino era levado a todos e na base da diversidade;• nos séculos XIX e XX, as idéias de Montessori, Froibel, Mendel eoutros reforçaram a necessidade de a escola estar aberta à vida, ao mesmotempo em que devia ser obrigatória para todos e não só para os filhos dosfavorecidos ou privilegiados.
Na cronologia do tempo, a escola foi impondo exigências na mesma proporção em
que mais e mais crianças tinham acesso à mesma, aumentando as taxas de escolarização e na
mesma dimensão o processo de inadaptação. Neste contexto, de tantas divergências e
contradições. Jardim (ibid, p. 18), afirma:
Os métodos utilizados podem ser eficazes para a maioria das crianças, mastambém podem segregar outras. A escola pode humilhar, ameaçar,desencorajar, mais que reforçar o eu, libertar ou encorajar a criança.Entende-se que as crianças vão à escola para aprender; entretanto o que sefaz, na maioria das vezes, é ensiná-la a pensar erradamente, pondo a perdersua espontaneidade e curiosidade.
Na interação ensino/ aprendizagem a relação das condições internas (relação com a
escola, professor) e externas da aprendizagem da criança, ou seja, aqueles inerentes à escola,
ao professor, que pode ser a herança cultural do meio social em que vive, (família, religião
etc), há um processo de adaptação, que muitas vezes a escola não está preparada para atender.
O que em determinadas situações leva à segregação de algumas crianças, influenciando
diretamente no resultado da aprendizagem. Nesta conjuntura, descobrem-se as dificuldades da
relação ensino/aprendizagem e tenta-se buscar a melhor maneira de ensinar objetivando
melhores resultados, aplicando novas teorias, inovando metodologias, criando alternativas de
ensino/aprendizagem, mesmo diante de todas as dificuldades encontradas e diversidades de
problemas relacionados a educadores e educandos.
2.1.1 Dificuldades do ensino/aprendizagem
A temática dificuldades do ensino/aprendizagem vem sendo discutida ao longo do
curso da história da educação, porém é um assunto inesgotável. Mesmo com todo arsenal de
pesquisas, métodos e processos desenvolvidos na área são relegados em alguns momentos a
segundo plano. No entanto, é indispensável tratar-se dessa relação entre seres humanos. E
13
uma troca de experiências entre pessoas com conceitos epreconceitos concebidos através deuma carga cultural desenvolvida ao longo de suas vidas e é preciso saber lidar com asdiferenças culturais, étnicas, religiosas, além da pré-disposição do educando em aprender.Neste sentido, por mais que se desenvolvam técnicas emétodos de aprendizagem, sempre seráuma busca constante para vencer as dificuldades no ensino/aprendizagem.
Para a escola como para o professor é importante identificar as crianças comdificuldades de aprendizagem ebuscar as causas de forma que se eliminem as probabilidadesnegativas do insucesso escolar. Mas, para que isto ocorra, oprofessor precisa dos meios edosrecursos necessários para atender essa criança, não apenas como mais um, mas como alguémcom limitações que precisam ser superadas. Segundo Jardim (2001, p. 24), os estudos dasdificuldades de aprendizagem têm se baseado em:
• metodologias reeducativas de Fernald Orton eGillinghan;• processo de informação de Kirk, Chalfant, Scheffelin;• processos escolares de Larsen, Bateman e Ademan;. Metodologias sofisticadas de Mc Carthi, Engelman, Gentry eHar.ng;. processos neuropsicológicos de Geschwind, Frield, Bakker eMasland.
Jardim (p. 24, op. cit), "também afirma que essas teorias têm característicasunidimensionais, além de haver divergências intra e interpessoais". Ou seja, tem uma visãolimitada, não se considerando todos os fatores que levam à dificuldade doensino/aprendizagem. Ao mesmo tempo em que observa acriança em seu mundo interiorentram em conflito as relações interpessoais. As teorias mais representativas dessa concepção,unidimensional, segundo Jardim (2001, p. 21), são: "Teoria de organização neurológica -Doman eDelacato, 1954, eZucman, 1960; Teoria de dominância hemisférica - Orton, 1931;Teorias perceptivas - Bender, 1957; Frostig; Cruickshank, 1931 11972; Wepman, 1969".
Cabe ressaltar que este estudo não tem como objetivo explicar cada uma dessasteorias, mas apenas citá-las como esclarecimento do que vêm sendo pesquisado edesenvolvido no processo de ensino/aprendizagem. Por outro lado, alguns estudos evidenciamaheterogeneidade da população das crianças com dificuldades de aprendizagem. Entre elespodem ser citados os estudos de Gerson M. Falcão (2003, p. 201).
Éimportante identificar oestágio em que se encontra apessoa. Feito isso, éprecisomuni-la de material adequado, farto em quantidade e variedade para que ela possamais facilmente fazer funcionar as estruturas mentais próprias do nível em que seencontra. Ao mesmo tempo, devem ser colocadas em situações problemas quedesafiem a inteligência. Só dessa forma se estará dando oportunidade para queocorram assimilações e acomodações.
14
Materiais condizentes com o nível de cada criança devem ser oferecidos emquantidade ediversidade para que elas sejam desafiadas através dos problemas que lhe sãoapresentados, para que seja oportunizada maior assimilação de novos conhecimentos.
2.1.2 Como se realiza a aprendizagem
De acordo com Jardim (2001, p. 65), "O homem adulto é capaz de conduzir-seconvenientemente dentro de uma sociedade complexa". Sabe-se que é através daaprendizagem que se desenvolve no homem habilidades, apreciações, raciocínios, aspiraçõese atitudes. Desde os primeiros dias de vida da criança começa a construção doensino/aprendizagem. Primeiro precisa aprender apedir alimento, ou seja, descobre que paraisso quando está com fome, se chorar receberá alimento, conforme se desenvolve ecresceoutros desafios lhe surgem, tais como aprender os primeiros passos, as primeiras palavras.Sucessivamente omundo vai descortinando em sua vida. Ao chegar àescola lhe éapresentadauma nova realidade, na qual se inserem novos amigos, professores, num ambiente diferente,iniciando-se uma nova etapa de sua aprendizagem. Desta vez surge um ensino sistematizado,com regras a serem cumpridas com informações diversificadas, organizadas através dedisciplinas como matemática, português, ciências, história, entre muitas outras.
Diante desse novo mundo, como fica a cabeça dessa criança? Será que ela às vezesnão aprende por dificuldades cognitivas próprias, ou por falta de adaptação ao novo ambiente,ou ainda será que édificuldade de ensino proveniente do despreparo ou falta de condições doprofessor de ensinar. Este trabalho não se propõe aesclarecer todas essas problemáticas, masépreciso levantar determinadas questões, pelo motivo que apesquisa se refere às dificuldadesdo ensino/aprendizagem e tem a biblioteca como ferramenta principal no apoio aoensi no/aprendizagem.
Aaprendizagem éuma modificação na capacidade do homem emanifesta-se comouma alteração do comportamento. Por esta razão, pode-se afirmar que ohomem de hoje nãoserá omesmo amanhã, pois avida édinâmica eeste indivíduo será influenciado por ações quenortearão seu comportamento. Estas influências provocarão modificações em sua vida,trazendo-lhe uma nova visão de mundo.
15
Para Jardim (2001, p. 66), existem elementos que podem ser destacados como tendoalguma relação com a aprendizagem:
• pessoa que aprende: nela os aspectos mais importantes são ossentidos, o sistema nervoso central e os músculos. Aatividade nervosatransformada em ação, dentro de certas seqüências e padrões que alterama natureza do próprio processo organizador, se manifesta comoaprendizagem;
• situação estimuladora: éasoma dos fatores que estimulam os órgãos dossentidos da pessoa que aprende ou estímulo (apenas um único fator);
• Resposta: ação que resulta da estimulação e da atividade nervosasubseqüente. Recebe onome de performance, pois édescrita em funçãodos efeitos que apresenta e não de sua aparência.
Oprocesso de aprendizagem se realiza quando o indivíduo é estimulado de talmaneira que aperformance por ele apresentada antes de entrar em contato com essa situaçãose modifica depois de ser nela colocado.
2.2 BIBLIOTECA NA ESCOLA
Abiblioteca éessencial em nossas vidas de aprendizes. Para a sociedade abibliotecanão só é importante, mas necessária para a atualização de seus conhecimentos, sendoconsiderada uma ferramenta de uso fundamental ao que quiser viver em uma sociedade ondese cobra e valoriza a formação de caráter e do intelecto do mesmo.
Aleitura, além de despertar ogosto pelos bons livros, faz também com que oalunoconstrua novos conhecimentos, necessários à sua vida sócio-econômica e cultural,estimulando-o a darprogressão as seus estudos.
Aleitura é de suma importância para a aprendizagem do aluno. Ela pode ocorrer edeve ocorrer em vários espaços dentro do horário escolar, principalmente na biblioteca. Aleitura é imprescindível ao indivíduo em formação, pois, serve de suporte e apoio na suaqualificação e re(construção) dos conhecimentos obtidos em sala de aula. Apesar de suaimportância no desenvolvimento ensino/aprendizagem, o que se tem observado é que abiblioteca não tem sido valorizada como espaço que proporciona e motiva a leitura, porém,caracteriza-se como ferramenta pedagógica necessária a professores ealunos.
Para Silveira (1993, p.75).
u>
A biblioteca é uma das forças educativas mais poderosas que dispõe osestudantes, professores e pesquisadores. Os alunos devem investigar e abiblioteca é o centro de investigação tanto como o é um laboratório. 0desejo de descobrir o que há nos livros realmente existe nas crianças. Aescola deve desenvolvê-lo, utilizandoos espaços da biblioteca.
Pode-se concordar quando o autor fala da força poderosa que tem a biblioteca noensino/aprendizagem, bem como da sua importância; acreditamos que é preciso ensinar aoseducandos como usá-la, despertando a vontade, a curiosidade para ler os livros que lá se
encontram prontos para a descoberta de um novo mundo.Segundo Viana (1993, p. 56),
Ouso adequado do livro e da biblioteca é imprescindível para a realizaçãode uma pesquisa satisfatória, cuja prática e incentivo contribui para que oestudante busque, também, respostas para indagações pessoais, amplie seuconhecimento, forme sua própria opinião, gerando seu espaço na sociedade.
Quando oautor diz uso adequado, lembramos que, até hoje, vemos alunos que nãosabem pesquisar nem ler os livros que precisam para dar respostas para seus anseios. Para queencontrem o caminho certo é preciso que alguém os incentive como fazê-lo. "Ausentar oestímulo do (livro) do mundo vivido pelas pessoas significa retirar a possibilidade delasexecutarem uma resposta (ler livros), isto é, movimentar a consciência para o objeto".
(Bardini, 1983, p. 63)
Na busca da compreensão de como instigar esse mundo maravilhoso da leitura,professores epedagogos tentam encontrar afórmula para adescoberta desse mundo mágico.Sendo assim, pesquisas, oficinas, projetos têm sido desenvolvidos na busca de resultadossatisfatórios. Pode-se dizer que muito se tem feito, mas muito ainda há por fazer. "Procurou-se então uma pesquisa onde ficou comprovado que diminuindo aquantidade de conteúdos, etrabalhando mais com qualidade real, surtiu então ótimos resultados, no ensino aprendizagem,isso desde adécada de 70 - em alguns países da América Latina". (Trivino, (1993, p.12).
Trivino vem nos lembrar do início da revolução que teve o ensino educacionalescolar nos anos 70, mas que, mesmo assim, os órgãos responsáveis não têm dado condiçõesde trabalho aos educadores que se empenham muito dando complemento aos trabalhos,buscando, juntamente com os alunos, trabalhos diversificados, como, pesquisas embibliotecas eoutros, para se ter resultados positivos no ensino aprendizagem.
17
De acordo com Kleiman (1993, p. 12), acredita-se que o objetivo do aluno e do
professor seja a formação de um leitor de leitura eficiente que permitam ao aprendiz acompreensão da palavra escrita, afim de competir plenamente na sociedade que impõe acadadia mais exigências de tratamento, isto é, contato e familiaridade com aescrita.
Aautora acredita que o objetivo do professor e do aluno é de construir bons leitores,compreendendo o que se lê para o seu melhor aprendizado, ficando, assim, preparado paraexercer suas funções enquanto profissional, bem como ser cidadão capaz de sobreviver àsexigências do meio social e trabalhista.
Diz Sanches Neto (1998, p. 47), que a "biblioteca é encarada como um anexo daescola, quando, na verdade, ela deveria ser asua alma". Oautor certamente teve convivênciadireta com a biblioteca e com oensino aprendizagem para poder fazer essa observação. Pois,em toda nossa vida educacional vimos que abiblioteca não évista como apoio educacional e,sim, como um pronto socorro, na hora do apuro, ou de um acidente, ou, ainda, como umaalternativa de emergência para socorrer ao professor no mau planejamento de aula. Sem saberoque fazer, recorre à biblioteca como forma de compensação.
2.3 OPERFIL DOS PROFISSIONAIS DESIGNADOS PELA ESCOLA PARA
TRABALHAR NA BIBLIOTECA.
As escolas enfrentam sérios problemas quanto aos profissionais designados para
trabalhar nas bibliotecas. Esses profissionais são poucos na área, não atendendo a demanda.Para suprir essas necessidades osistema remaneja professores efuncionários administrativoscom desvio de função. Recentemente, também os Profissionais Técnicos em MultimeiosDidáticos são aproveitados para a biblioteca, por falta de infra-estrutura no setor pelo qualforam concursados.
3 CUNHO METODOLÓGICO
3.1 A PESQUISA
Apesquisa consiste num estudo de abordagem qualitativa equantitativo-descritiva.Na pesquisa qualitativa há possibilidade do pesquisador ter contato direto e pessoal com ofenômeno pesquisado, podendo descobrir aspectos novos obtendo conhecimento dosignificado que a população pesquisada tem em relação àrealidade dos relatos da pesquisa.Segundo Chizzott (2003, 25), "a pesquisa qualitativa é feita por pessoas que elaboramconhecimentos e produzem práticas adequadas para intervir de forma atuante nos problemasque identificam".
Para verificar como os professores e alunos fazem uso da biblioteca e conhecer sua
estrutura eorganização, foi realizada uma observação in loco, que, segundo Lucke e André(1986, p. 77), "esta é obtida por meio do contato direto do pesquisador com o fenômenoobservado". E, segundo Triviftos (1987, p. 88), "a observação dirigida, estruturada écapaz deser útil para evidenciar, na prática, certos comportamentos que nos interessam colocar emalgumas perspectivas ou convencer-nos da sua ausência".
Apesquisa quantitativo-descritiva proporciona ao pesquisador uma análise maisobjetiva do fenômeno pesquisado, uma vez que pode ser aplicada por meio de questionáriosestruturados ou semi-estruturados, cujas informações podem ser quantificadas em númerospercentuais ou valores numéricos. Segundo Baruf (2001, p. 56), "a pesquisa quantitativo-descritiva tem como finalidade o delineamento ou análise das características de fatos oufenômenos, a avaliação de programas, ou o isolamento de variáveis principais". De acordocom o autor, a pesquisa quantitativo-descritiva ou pesquisa de campo tem por objetivodescrever, registrar, analisar, interpretar ecorrelacionar fatos ou fenômenos. Não manipulavariável, ou seja, toma os dados como se apresentam na natureza da pesquisa, procurandodescobrir, com precisão possível, a freqüência com que o fenômeno ocorre.
Neste trabalho, portanto, utilizou-se a pesquisa quantitativo-descritiva, uma vez queserão aplicados questionários semi-abertos, com perguntas estruturadas para alunos eprofessores das 4a séries, considerando a possibilidade da não presença do pesquisador, asquestões devem serclaras e objetivas.
1')
Oquestionário foi aplicado em uma pequena amostragem de 10% dos alunos das 4aséries, que foram escolhidos aleatoriamente.
A pesquisa teve como sujeitos alvo, professores e alunos das 4as séries das duasescolas estaduais mencionadas.
4 ANALISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS
4.1 ANALISE DOS DADOS - BIBLIOTECA NA ESCOLA: PRAZER OU
CASTIGO
A pesquisa em pauta trata-se da temática Biblioteca na escola: prazer ou castigo, tendo
como objetivo analisar a relação ensino/aprendizagem da sala aula e biblioteca. Para elucidar
este assunto foram aplicados questionários para professores e alunos da 4a série, de duas
escolas estaduais de Sinop/MT.,.
4.1.1 Análise do ponto de vista dos professores
Foram distribuídos dois (dois) questionários para professores das 4a séries do período
vespertino em duas escolas estaduais, com seis questões fechadas e doze.
Obra disponível na biblioteca
50% 50%
iSim «Não
Na questão n° 01, em que foram questionados se as obras disponíveis na biblioteca da
escola são suficientes para desenvolver atividades complementares aos conteúdos trabalhados
na sua disciplina, o professor da escola 01, respondeu que não, pois há carência de obras, e
não contempla todas as necessidades, acarretando dificuldades para o professor trabalhar
conteúdos diferenciados ou promovendo uma aula diferente na biblioteca. Já o professor da
escola 02 respondeu que sim, que sua escola dispõe de obras em quantidade suficiente.
Principais obras indicadas para os alunos
50% 50%
l Diversas obras da literatura infanto juvenil
iCecilia Meireles, Vinícius de Morais, Monteiro Lobato, José P. Pães, Ruth Rocha
21
Na questão n° 02 pergunta-se quais as principais obras que os professores indica para
seus alunos, no que diz respeito à literatura, apontando o gráfico que um dos professores
indica diversas obras da literatura infanto juvenil e outro professor indica obras de Cecília
Meireles, Vinícius de Morais, Monteiro Lobato, José P. Paes e Ruth Rocha.
Como vê a qualidade da leitura de seus alunos
100%
iSim
Na questão n° 03, foi questionado se enquanto educador, os professores vêem a
qualidadede leiturade seus alunos, em um nível bom.
Usa das aulas para trabalhar a importância da
leitura e da pesquisa
íC^HL-^L-— __-^
100%
• 1
22
Na questão n° 04, os dois professores responderam que fazem uso da biblioteca para
escolherem livros e para trabalharem a importância da leitura e da pesquisa.
Quantas leva os alunos à biblioteca
\
50% | mm— m) ou-*
I«Todos os dias • Uma vez por semana
Na questão n° 05,um professor respondeu queleva os alunos à biblioteca todos osdias
e outro uma vez por semana.
Tem conhecimento das obras literárias existentes
na biblioteca
100%
iSim
23
Na questão n° 06 os dois professores disseram ter pleno conhecimento das obras
existentes no acervo da biblioteca.
Obras literárias suficientes
50% 50%
lDisse ter obras em quantidade suficiente para a série que trabalha
l Disse nâo ter obras suficientes
Na questão n° 07 um professor respondeu que há obras literárias que atende a
necessidade da série que trabalha. Outra respondeu que sua série não tem obras suficientes
para atender seus alunos.
Na questão n° 08 onde foi abordado se há bibliotecário capacitado para facilitar o
atendimento, todos responderam que sim, não detalhando a qualidade do atendimento, visto
não ter-se questionado sobre o assunto.
Escola recebe obras literárias suficientes para
atender professores e alunos
100%
ISim
24
Na questão n° 09 osprofessores responderam quea escola recebe livros em quantidade
suficiente para atender os anseios e as necessidades do ensino/aprendizagem, contrariando a
resposta de um dos professores na questão n° 07.
Preocupação dos ógãos governamentais com oensino/aprendizegem
í£ ' JÉ̂J100%
uSim
Na questão n° 10 que aborda a preocupação dos órgãos governamentais educacionais
quanto ao ensino/aprendizagem escola, todos responderam que o governo se preocupa com o
ensino/aprendizagem, mas não atende plenamente osanseios da escola e dos educandos.
Melhora no ensino/aprendizagem através da
leitura
_mmmmm^
100%
• Sim
25
Na questão n° 11 que aborda a questão da melhora do ensino/aprendizagem após
leituras freqüentes, todos responderam que sempre que usam a biblioteca percebem melhorano rendimento de seus alunos e que a biblioteca é fundamental para os professores e os
alunos.
Na questão n° 12 que aborda o aperfeiçoamento dos professores, todos responderamque se preocupam com seus educandos no que se refere ao ensino/aprendizagem e por isso
procuram aperfeiçoar-se.
No inicio ou no final de carreira é importante
renovar os conhecimentos
f^^— —s100%
D Sim
26
Na questão n° 13 onde aborda a importância da renovação de conhecimentos no inicio
ou no final da carreira, todos responderam que é muito importante, pois o conhecimento deve
ser construído ao longo do tempo.
Uso da biblioteca na renovação dosconhecimentos
Na questão n° 14 onde se pergunta sobre a renovação dos conhecimentos no uso dabiblioteca, todos responderam que seus conhecimentos são renovados através de livros da
biblioteca, mas um respondeu que, além disso, compra seus próprios livros.
27
Que método usa para disciplinar seu aluno
50% 50%
• Leva paraa biblioteca para fazer leitura direcionada a Conversa com o aluno
Na questão n° 15 que aborda qual o método utilizado pelo professor para disciplinar
seu aluno, um respondeu que o leva para a biblioteca com leitura direcionada, outro que
conversa com o aluno.
Biblioteca como complemento de aprendizagemou desenvolvimento para o educando
100%
iSim
Na questão n° 16 que se pergunta se a biblioteca é complemento de aprendizagem ouse é fundamental para odesenvolvimento do aluno, todos disseram que ela é fundamental para
professores eeducandos, pois através dela os alunos tendem a render mais.
28
Livros que indica para os alunos
50% 50%
Id Literatura infantil a Literatura infanto juvenil
Na questão n° 17 onde se pergunta ao professor quais os livros que indica para seus
alunos, um respondeu que indica literatura infantil e outro, literatura infanto juvenil.
Espaço físico da biblioteca
^^^^^^^^Z^100%
• Sim
Na questão n° 18, ao serem questionados sobre o aspecto físico da biblioteca daescola, se é atraente e confortável para que os alunos desenvolvam seus trabalhos de leitura,todos responderam que não, afirmando com unanimidade que o espaço é pequeno edesconfortável, mas, mesmo assim, não impede o desenvolvimento de leitura e trabalho dos
alunos.
29
4.1.2 Análise do ponto de vista dos alunos
Foram distribuídos oito (08) questionários aleatórios para os alunos das 4a séries do
período vespertino em duas escolas estaduais, com dez questões fechadas e três abertas. A
primeira questão pergunta se eles têm o hábito de leitura, a maioria afirmou que sim, o quedemonstra que, através doexemplo de leitura de seus pais, osalunos são incentivados a lerem
também. Em relação ao item se oseducandos acham a biblioteca de sua escola interessante, é
válido observar que foi questionado se os mesmos conhecem ou têm acesso a outro biblioteca
que não seja a de sua escola.
Família tem hábito de leitura
25%
75%
I Sim • Não
Na abordagem que se refere ao hábito de leitura da família, 75% das crianças
entrevistadas disseram que sim e 25%, não, conforme mostra o gráfico acima. Nesta
problemática, observa-se uma incoerência nas respostas, pois, as estatísticas, tanto do IBGE,como tantas outras mostram que o brasileiro de modo geral não tem hábito de leitura. Sendo
assim, conclui-se que houve manipulação das informações por parte dos entrevistados, ou não
houve clareza no entendimento das perguntas.
Acesso da família aos livros
13% 0%
1aVo^-^^CI]" "^—^
o% I mj
74%
D Na biblioteca da escola • Na biblioteca pública
DCom amigos d Compra seus próprios livros
• Outros
30
De acordo com as respostas, 74% usam a biblioteca da escola como espaço para
leitura, o que demonstra a importância da escola para a sociedade, tanto em termos culturais
como sociais, 13% compram seus próprios livros, 13% utilizam livros de amigos, Nenhum
deles freqüenta a biblioteca pública ou busca outros meios para teracesso a livros.
Nesta resposta fica claro que as escolas possuem biblioteca.
31
Escola 1 Escola 2
A escola possui bibliotecário
38%
62%
iSim a Não
Nesta questão 62% dos entrevistados responderam que há um profissional na
biblioteca para auxiliá-los em suas atividades e 38% disseram que a biblioteca não possuiprofissional trabalhando na biblioteca de sua escola. No entanto, as respostas dos 38% sedevam ao fato de a escola possuir somente um profissional num determinado período.
32
Bibliotecário capacitado
25%
75%
iSim QNáo
De acordo com 75% dos entrevistados, o profissional que exerce as atividades da
biblioteca é capacitado e atende as necessidades e dúvidas dos mesmos, porém, 25%
responderam que o mesmo não é capacitado.
13%
13%
Quantos livros lê no bimestre
13% 12%
"~
13% 12%
24%
D 3 livros a 5 livros a 10 livros a 20 livros • 30 livros d 30 a 33 livros • Não sabe
Referente à questão: quantos livros os entrevistados lêem por bimestre, 24%
responderam que lêem cinco livros, 13% três livros, 13% de trinta a trinta e três, 13% lê 30
livros, 13% 20 livros, 12% lê 10 e 12% disseram não saber quantos livros lêem por bimestre.
Isso caracterizaque os mesmos lêem em média 16 livros por bimestre, o que demonstra bom
nível de leitura.
ESCOLA 2
Leitura que mais agrada
13%
25%
62%
D História em quadrinho
• Literatura infantil e História em quadrinho
n Literatura infantil, revista, história em quadrinho e terror
33
Quanto ao tipo de livros que lêem, 25% disseram ler literatura infantil e história em
quadrinho, 13% literatura infantil, revista, história em quadrinho e terror e 62% responderamque lêem histórias em quadrinhos, caracterizando a preferência dos alunos pelas histórias em
quadrinhos.
Professora lê, pede para ler, quais
13% 24%
37%
13%
D A professora lê fábulas
• Lê para aprender beem
DA professora Ipede para ler livros de ação, história em quadrinho e literaturainfantil
• A professora pede para ler história infantil
mA professora pede para ler qualquer um
34
Neste gráfico 37% dos alunos responderam que a professora pede para ler história
infantil em sala de aula. 24% responderam queela lê fábulas, 13% queela pede para ler livros
de ação, história em quadrinho e literatura infantil, 13% responderam que lêem paraaprenderem, 13% disseram que a professora pede para lerem qualquer livro. Em relação àleitura ficou demonstrado que a professora incentiva osalunos a lerem histórias infantis.
Cobrança de leitura auxiliar
25%
75%
iSim «Não
Nesta questão, é importante observar que o educando nesta faixa etária de
aprendizagem não tem capacidade crítica de questionar com seu professor que o conteúdooferecido está ou não aquém do desejado, pois, como mostra o gráfico, 75% dos entrevistados
disseram não questionar o professor quanto ao conteúdo didático, sendo que 25%
35
responderam que questionam o professor e solicitam leituras extras para complemento de
conteúdos.
Percebe-se na análise deste gráfico que há certa despreocupação dos alunos com a
cobrança de leituras complementares.
Pais pedem leitura complementar
13%
87%
• Sim BNão
Esta questão demonstra que os pais se preocupam com o desenvolvimento do
aprendizado de seus filhos, uma vez que 87% dos entrevistados responderam que seus pais
solicitam dos professores livros de leituras extras, sendo que 13% dos alunos responderam
que seus pais não se preocupam com isso.
A análise deste gráfico demonstra que os pais são mais preocupados com a leitura
dos que os próprios alunos, se comparado à análise do gráfico anterior.
Pais compram livros literários
25%
I Sim • Não
36
Nesta questão 75% dos entrevistados responderam que seus pais adquirem livros
literários e outras obras para que leiam em casa. Desta forma, demonstra-se uma mudança de
comportamento, uma vez que, pelas estatísticas, poucas famílias têm hábito de comprar obras,
tendo 25% dos entrevistados respondido que seus pais não compram.
Livros paraa Biblioteca adquirir
13%
13%
• Gibis e revistas
D Poemas
• Terror
13% 12%
13% 12%
B Gibis e Contos D História em Quadnnhos
B Livros de Dinossauros D Nenhum
D Livros Didáticos
Nesta questão 13% dos entrevistados solicitaram que a biblioteca adquirisse livros
didáticos, 13% preferem livros de terror, 13% responderam que não tem preferência por
nenhum livro, 12% gostariam que adquirisse gibis e contos, 13% preferem livros de
dinossauros, 12% preferem gibis e revistas, 12% preferem poemas e 12% histórias em
quadrinhos. Analisando o gráfico acima, conclui-se que os entrevistados preferem leituras
diversificadas.
Espaço da biblioteca
13%
87%
iSim aNão
37
De acordo com questionamento 87% dos entrevistados responderam que a biblioteca
de sua escola tem espaço físico adequado, confortável e arejado, porém, 13% responderam
que acham oespaço da biblioteca de sua escola inadequado, levando-se em consideração que
foram entrevistados alunos de duas escolas estaduaisdo município de Sinop, MT.
5 CONCLUSÃO
Este trabalho teve como cunho metodológico trazer uma pequena contribuição para o
complexo universo do ensino, demonstrando que a biblioteca pode ser um espaço prazeroso e
que possa contribuir com o desenvolvimento cognitivo do aluno, bem como objetivando fazer
uma análise da relação existente aluno/biblioteca, e o uso que ele faz. da mesma, ou seja, como
prazer ou castigo.
Os resultados da pesquisa aplicada tanto a professores quanto aos alunos mostram que
a Biblioteca na Educação é de fundamental importância para o desenvolvimento do
ensino/aprendizagem. Na pesquisa foi analisada a opinião dos professores em relação ao uso
da biblioteca, onde todos afirmaram que a biblioteca tem papel primordial no enriquecimento
dos conteúdos aplicados em sala de aula.
Do ponto de vista dos alunos, a pesquisa confirma a problemática em questão, a
Biblioteca na Educação: prazer ou castigo, de forma positiva, ou seja, o estudo quebra o mito
de que a biblioteca na vida do estudante pode ser um castigo, pois, grande parte dos alunos
pesquisados respondeu achar a biblioteca da escola interessante, mesmo com as deficiências
apresentadas.
As informações apresentadas, portanto, quebram o paradigma de que as crianças não
gostam de ler. Assim, deixamos como reflexão o seguinte questionamento: se as crianças
gostam de ler, por que quando chegam à adolescência ou á idade adulta elas não têm o hábito
da leitura? Este poderá ser objeto de uma nova pesquisa, pois, nesta foram pesquisados apenas
alunos das 4a séries, confirmando de forma positiva os resultados da pesquisa, isto é, os
alunos não vêem a biblioteca como castigo, mas um espaço de prazer e aprendizado.
Há a necessidade de despertá-los para a busca do conhecimento que deve ser
constante, através da leitura e do prazer que a mesma poderá proporcionar-lhes.
Nossas reflexões e conclusões, entretanto, contrastam com um denominador que
sempre parece ter sido comum: o insucesso da escola para transformar os alunos em usuários
competentes da biblioteca como ferramenta de apoio ao ensino/aprendizagem. No máximo se
conseguiu - e até hoje normalmente apenas se consegue - que eles façam uso da biblioteca
apenas para leitura dos próprios livros didáticos.
Ainda que alunos e professores mostraram-se, de maneira geral, 'conformados' com as
bibliotecas de suas escolas, o que presenciamos em nossas observações, foram: a falta de
39
estrutura física da biblioteca, a falta de livros atualizados, uma vez que os exemplares
existentes são antigos, e, também, a escassa variedade de assuntos, fator central que limita
professores que queiram realizar uma atividade diferente e desestimula alunos que freqüentam
a biblioteca.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABRAMOVIK, Fanny. Literatura infantil gostosuras e bobices. São Paulo: Spcione, 1987.
BARDINI, Maria da Glória; AGUIAR, Vera Teixeira de. Formação do leitor. Porto Alegre:Mercado Aberto Ltda. 1993.
BARUF, Helder. Metodologia da pesquisa: manual para elaboração da monografia. 2. ed.Dourados: HBedit, 2001.
CHIZZOTTI, Antônio. Pesquisa cm ciências humanase sociais. São Paulo: Cortez, 2000.
COLEÇÃO NA SALA DE AULA: Otexto na sala de aula. Editora Ática, 1997.
FALCÃO, Gerson Marinho. Psicologia da Aprendizagem. São Paulo: Ática, 2003.
JARDIM, de Souza Wagner Rogério. Dificuldades de aprendizagem no ensinofundamental. Edições Loyola, São Paulo, Brasil, 2001.
KLEIMAN, Ângela. Oficina de leitura: teoria e práticas. Campinas: Pontes, 1993.
VIANA, Maria Cecília Monteiro. Pesquisa escolar: uso do livro e da biblioteca. São Paulo:1993.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CONSULTADAS
GARCIA, Gabriel Garcia. A leitura na escola de Io grau. Edições Loiola, São Paulo, Brasil.1992.
JOSSETE, Jolibert. Formando crianças leituras. 1994
SILVA, Ezequiel Theodoro. Leitura na escola c na biblioteca. 2. ed. - Campinas, SP:Papirus, 1986.
WALDECK, Carneiro da. Miséria da biblioteca escolar. São Paulo: Cortez, 1995.
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ANEXO A: Questionário - Alunos
1. Sua família tem hábito de leitura?
2. Caso, quais os meios que a mesma utiliza para ter acesso a estes livros?
3. Em sua tem escola biblioteca?
4. Na biblioteca de sua escola tem um profissional para auxiliá-lo na escolha de livros e nas
pesquisas escolares?
5. Este profissional é capacitado para trabalhar como bibliotecário?
6. Você lê quantos livros por bimestre?
7. Que tipo de leitura mais lhe agrada?
8. Sua professora lê ou pede para você ler alguma história em sala de aula? Quais?
9. Você como aluno cobra de seu professor(a) quando sente que só os livros didáticos não são
suficientes para sua aprendizagem?
10. Seus pais vem à escola pedir para o professor(a) indicação de livros para leitura
complementar?
11. Seus pais compram livros literários ou outras obras para que leiam em casa?
12. Que tipo de livros gostaria que a biblioteca de sua escola adquirisse?
13. A biblioteca de sua escola tem espaço confortável, arejado e iluminado?
43
ANEXO B: Questionário (Professores)
1. Na biblioteca de sua escola há obras disponíveis para desenvolver atividades
complementares aos conteúdos aplicados aos seus alunos?
( ) sim ( ) não
2. Quais as principais obras indica para seus educandos no que diz respeito à literatura?
3. Enquanto educador, como vê a qualidade de leitura de seus alunos?
( ) ótimo ( ) bom ( ) regular ( ) ruim
4. Usa das suas aulas para trabalhar a importância da leitura e pesquisa na biblioteca?
( ) sim ( ) não
5. Quantasvezes por bimestre leva seus alunos na biblioteca de sua escola para escolher livros
para ler?
6. Tem conhecimento das obras que sua biblioteca possui?
( ) sim ( ) não
7. Se sim, quais existem? Possui quantidade suficiente para que cada aluno leia a mesma
obra?
8. Há um funcionário capacitado na biblioteca de sua escola que possa ajudaros educandos a
saciar seus anseios de como fazer uma pesquisa de qualidade?
( ) sim ( ) não
9. Sua escola tem recebidodo órgão governamental livrosc obras suficientespara atenderseu
quadro de alunos e professores?
( ) sim ( ) não
44
10. Na sua visão o órgão responsável pela educação escolar tem se preocupado em atender
aos anseios e necessidades no ensino aprendizagem dos educandos?
( ) sim ( ) não
11. Você tem observado se foi a partir das leituras freqüentes de seus alunos houve melhora
no rendimento do ensino aprendizagem dos mesmos?
( ) sim ( ) não
12. Como profissional da educação tem aperfeiçoado seus conhecimentos com oi intuito de
melhorar a qualidade e desenvolvimento de suas atividades escolares?
( ) sim ( ) não
Caso sua resposta seja não, justifique.
13. Você estando no início ou no final de carreira acha importante renovar seus
conhecimentos?
( ) sim ( ) não Justifique:
14. Para renovação de seu conhecimento você faz uso da biblioteca ou adquire seus próprios
livros?
15. Quando o aluno começa a incomodar em sala de aula qual metodologia você utiliza?
( ) encaminha para a biblioteca como forma de castigo.
( ) encaminha para a biblioteca com leitura direcionada.
( ) manda para a coordenação.
( ) outro
16. A biblioteca é para você um complemento do ensino aprendizagem ou é fundamental para
o desenvolvimento do educando? Explique:
17. Que livros costuma indicar para seus alunos?
45
18. A biblioteca de sua escola é atraente e confortável para que os alunos desenvolvam seus
trabalhos de pesquisa e leitura?
( ) sim ( ) não
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