Introdução às Leis de Ifá.
Novembro 27, 2013 por Da Ilha
Ifá é a voz de Deus revelada por Òrúnmìlá através do oráculo, ela está guardada em 256 compartimentos chamados
Odù, estes Odù podem ser maiores ou menores, o jogo de búzios utiliza apenas os Odù méjì (os maiores que
chamamos Olódù), somente um Bàbáláwo pode revelar o que os outros 240 estão trazendo como mensagem
através do Òpèlè Ifá (corrente divinatória) ou dos Ikin (sementes de dendê).
Dentre os Odù maiores estão os méjì, ou seja, Éjì Ogbè (Éjì Onilé), Ìwòrì méjì (Éjìlàseborá), Òbàrà méjì, Òsá méjì e
entre os Odù menores (podemos chama-los de Omó Odù) está Ìká’fún (Ìká Òfún), guardião de uma parte dos
ensinamentos das Leis Sagradas de nossa religião. Neste compartimento encontraremos as Leis Sagradas do
comportamento humano dentro da religiosidade e vida social.
Introdução às Leis de Ifá.
Os conceitos constantes do presente documento representam a herança moral que nos foi legada por nossos
ancestrais, consistindo em 16 Mandamentos de Ifá, transmitidos oralmente no dialeto original e traduzidos para o
castelhano, idioma em que se encontram escritos nos antigos livros sagrados das seculares sociedades de Ifá de
Cuba e que devem agora chegar ao conhecimento de todos aqueles que, de alguma forma, se interessem por nossa
religião. É necessário que, de posse destes conhecimentos, possam todos aqueles que adotaram uma postura
desonesta, corrompendo os ditames de Ifá e usando a religião tão somente para usufruírem vantagens financeiras,
possam refletir e, retomando a senda do bem, exaltar o sagrado nome de Òrúnmìlá, divulgando-o dentro do respeito
e religiosidade esperados de um verdadeiro sacerdote. Os mandamentos de Ifá nascem no Odù Ìká’fún e ninguém
pode gabar-se de sua autoria. A tradução do documento originalmente escrito em Yorùbá e transcrito para o
espanhol, a interpretação dos mandamentos, assim como tudo aquilo que não consta do documento original é de
responsabilidade do autor desta obra (saudoso), Adilson de Oxalá, Bàbáláwo de Òrúnmìlá, Omó Odù Ogbè’bàrà.
O autor, entretanto, não exige exclusividade de seus colaboradores e autoriza a reprodução e divulgação desta
matéria desde que devidamente citada a sua origem.
Itan do Odù Ìká’fún:
Quando os Maiores (os Irunmolé) chegaram a Terra, fizeram todos os tipos de coisas erradas que foram avisados
que não fizessem. Então, começaram a morrer um atrás do outro e, desesperados, puseram-se a gritar e a acusar
Òrúnmìlá de está-los assassinando. Òrúnmìlá então se defendeu dizendo que não era ele que os estava matando.
Òrúnmìlá disse que os maiores estavam morrendo porque não cumpriam os mandamentos de Ifá.
Então Ifá disse:
A habilidade de comportar-se com honra é obedecer aos mandamentos de Ifá, o que é de sua inteira
responsabilidade. A habilidade de comportar-se com honra e obedecer aos mandamentos de Ifá são minhas
responsabilidades também.
Os 16 mandamentos de Ifá. (Os mandamentos de Ifá nascem no Odù Ìká’fún).
1º Mandamento:
Eles, os 16 Maiores, caminhavam em busca da Terra Prometida, Ilè Ifé, a Terra do Amor, para pedirem Ire Ariku (o
bem da longevidade) ao Deus Supremo, Olódùmarè.
Então perguntaram a Òrúnmìlá:
“Viveremos vida longa como foi prometido por Olódùmarè quando foi feita a consulta através do oráculo de Ifá?”
E eles (os adivinhos), responderam:
“Aquele que pretende vida longa, que não chame esúrú”.
(Tipo de inhame parecido com pequenas batatas. Chamar esúrú significa falar do que não se sabe).
Significado do 1º mandamento:
O sacerdote não deve enganar ao seu semelhante acenando com conhecimentos que não possui.
Interpretação:
O sacerdote não deve dizer o que não sabe, ou seja, passar ensinamentos incorretos ou que não tenham sido
transmitidos pelos seus mestres e mais velhos. É necessário o conhecimento verdadeiro para a prática da
verdadeira religião.
Mensagem:
Quem abusa da confiança do próximo, enganando-o e manipulando-o através da ignorância religiosa, sofrerá graves
consequências pelos seus atos. A natureza se incumbirá de cobrar os erros cometidos e isto se refletirá em sua
descendência consanguínea e espiritual.
2º Mandamento:
Eles avisaram aos Maiores que não chamassem a todos de esúrú. (Chamar a todos de “esúrú” é considerar todas as
coisas como contas sagradas).
Significado do 2º Mandamento:
O sacerdote deve saber distinguir entre o ser profano e o ser sagrado, o ato profano e o ato sagrado, o objeto
profano e o objeto sagrado.
Interpretação:
Não se pode proceder a ritual sem que se tenha investidura e conhecimento básico para realizá-los. Chamar a todos
de esúrú, é considerar a todos, indiscriminadamente, como seres talhados para a missão sacerdotal, o que é uma
inverdade ou, o que é pior, uma manipulação de interesses. Da mesma forma que nem todas as contas servem para
formar-se o eleké (colar) de um Òrìsà (como as contas sagradas), nem todos os seres humanos nasceram fadados
para a prática sacerdotal.
Mensagem:
Para ser um sacerdote de Ifá, são necessários inúmeros atributos morais, intelectuais, procedimentais e vocacionais.
A simples iniciação de um ser profano, desprovido destes atributos básicos e essenciais, não o habilita como um
sacerdote legítimo e legitimado. Da má interpretação e inobservância deste mandamento resulta a grande
quantidade de maus sacerdotes que proliferam hoje em dia dentro do Culto de Òrúnmìlá. Ai observa-se a diferença
entre “ser bàbáláwo” e “estar bàbáláwo”.
Aquele que se submete à iniciação visando tão somente o status de bàbáláwo, jamais será um verdadeiro sacerdote
de Òrúnmìlá. “Estará” bàbáláwo, cargo adquirido pela iniciação, mas jamais “será” bàbáláwo, condição imposta por
sua vocação, dedicação e desprendimento. Cabe ao sacerdote que procede a iniciação escolher, com muito critério,
aqueles que são realmente dignos do sacerdócio.
3º Mandamento:
Eles avisaram que não chamassem forças, da forma errada “ódidé”. (Uma referência às aves noturnas e
misteriosas, que se nutrem de sangue. Dar maus conselhos e orientações erradas é expor as pessoas aos perigos de
energias maléficas e sem controle).
Significado do 3º mandamento:
O sacerdote nunca deve desencaminhar as pessoas dando-lhes maus conselhos e orientações erradas.
Interpretação:
É inadmissível que um sacerdote se utilize do seu poder e do seu conhecimento religioso para, em proveito próprio,
induzir ao erro aqueles que o seguem. Ao agirem desta forma, assumem a postura das aves noturnas que, nas
trevas, saciam suas necessidades com o sacrifício e o sangue dos outros.
Mensagem:
Uma das mais importantes funções do sacerdote é orientar seu discípulo, conduzindo-o ao caminho correto, ao
encontro do “ire” (boa sorte), de acordo com os ditames estabelecidos por seu Odù pessoal e seus Òrìsà de cabeça.
Quem chega aos pés de Òrúnmìlá para consultar seu oráculo em busca de soluções, deve ser orientado pelo
sacerdote corretamente, independente do interesse deste como olhador. A pessoa que chega com um problema
deve ter seu problema solucionado e não vê-lo acrescentado de outros criados artificialmente com o fito de
proporcionar a quem a consulta, vantagens financeiras ou possibilidade de conquistas e abusos.
4º Mandamento:
Eles avisaram que não dissessem que as folhas sagradas do Àràbà (Ceiba Pethandra), são folhas da árvore “oriro”.
(Tudo deve ser feito de acordo com os ditames e os preceitos religiosos. A simples troca de uma simples folha pode
ocasionar consequências maléficas ou tornar sem efeito um grande ebó da mesma forma que as folhas do Àràbà
não são iguais às folhas de oriro).
Significado do 4º Mandamento:
O sacerdote não pode, em nenhuma condição, utilizar-se de falsos recursos, fornecendo coisas sem validade
religiosa como elementos de segurança ou de culto.
Interpretação:
Os procedimentos litúrgicos devem ser observados integralmente e a ninguém cabe o direito de fazer “isto” por
“aquilo” quando em “aquilo” é que está a solução.
Mensagem:
Aquele que utiliza de meios escusos e enganosos contra seus semelhantes será culpado do crime de abuso de
confiança. Usando de artifícios e mentiras contra as pessoas inocentes e de bom coração, o sacerdote provoca o
descontentamento de Òrúnmìlá e a consequente ira de Elégbará, e isto não é bom. Cada entidade espiritual possui
um nome individual, de acordo com a determinação de Olódùmarè (Deus). Da mesma forma, Èsù possui nome e
identidade própria, assim como atributos específicos. É inadmissível, portanto, que esta Entidade tão sagrada e
importante dentro do culto, seja assentada e entregue de maneira irresponsável, e que aqueles que a recebem
permaneçam ignorantes do seu nome, qualidade, forma de tratamento e especificidade de função.
Sentença:
Òrúnmìlá é aquele que nos olha com amor, não façamos com que ele nos olhe com desprezo.
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Na categoria Candomblé | 21 Comentários
21 Respostas
1. em Novembro 27, 2013 at 11:51 am Geraldo
Obrigado Da Ilha,
por dividir conosco um texto tão importante.
Ase!
2. em Novembro 27, 2013 at 4:58 pm YTHARIOBÉ
PARABÉNS ABOORU BOIE AS LEIS DE IFA E A VOCE MUITO ACHE
SABE GOSTARIA QUE TODOS INICIADOS SEGUISSE OU TENTASSE
APLICAR TUDO ISSO AOS NOSSOS GOSTUMES. ACHE-O
3. em Novembro 27, 2013 at 5:12 pm Da Ilha
Creio que faltou um detalhe ao seu comentário. Estas leis são sagradas, quem não as segue, com certeza prestará
contas.
Ire
4. em Novembro 27, 2013 at 10:52 pm Janaína Corrêa
Babá, que texto é esse???
Magnífico!!!
Já o deixei guardado para consulta e repassei a pessoas dignas de lê-lo no momento.
São 16 os Mandamentos de Ifá e tivemos uma base introdutória com 04 desses Mandamentos.
Pergunto:
Os outros 12 virão, certo?
Ire o.
5. em Novembro 27, 2013 at 11:30 pm Jose Dos Santos Costa
Prezado Senhor!
Muito prazer! O meu nome é José dos Santos Costa, sou Brasileiro de Tremembé, interior de SP. Tenho 48 anos e
moro e trabalho em Buenos Aires há 20 anos e estou muito interessado em me iniciar no Candomblé. Estarei em SP
do dia 26/01 a 01/02 de 2014 e gostaria de visitor um Terreiro.
Agradeço-lhe desde já toda a atenção!
Cordialmente,
6. em Novembro 28, 2013 at 1:20 am Da Ilha
Janaina o texto é muito longo, iremos postando aos poucos para que as pessoas copiem, leiam e pratiquem.
E o mais importante, DIVULGUEM!
Ire
7. em Novembro 28, 2013 at 1:20 am Da Ilha
Jose veja seu email.
Ire
8. em Novembro 28, 2013 at 1:56 am Janaína Corrêa
Babá, já me fora respondido.
De certo é longo, mas queria me certificar de que haveria continuidade.
Ire.
9. em Novembro 28, 2013 at 7:19 am nanjeby
ABORU ABOYE, É UM IMENSO PRAZER FAZER PARTE DESSA FAMÍLIA,,,SOU YALORISÁ, SOU INICIADA EM IFA-ORUMILÁ
E NAS MÃES,, AGRADEÇO A VC PELAS SUAS SÁBIAS PALAVRAS, GOSTARIA DE RECEBER EMAIL COM SEUS
COMENTARIOS GERAL,,,,,,,,,MOJUBA A TODOS IRE O ASÉ O
10. em Novembro 28, 2013 at 11:17 pm regio
Muito obrigado por esse texto muito significativo.Se todos na religião seguissem esses ensinamentos.Como faço
para ver a página do candombléwordpress no facebook?
11. em Novembro 28, 2013 at 11:32 pm Janaína Corrêa
Boa Noite Régio,
Você pode acessar através da URL:
https://www.facebook.com/CandombleOMundoDosOrixas?fref=ts
ou acessar sua página no facebook e na pesquisa digite:
Candomblé – O Mundo dos Orixás
Curta a página e receberá as postagens.
Abraços e Ire.
12. em Novembro 29, 2013 at 1:14 pm Da Ilha
Regio está neste link
https://www.facebook.com/CandombleOMundoDosOrixas?fref=ts
Ire
13. em Novembro 29, 2013 at 1:21 pm Da Ilha
Ìyà a senhora pode marcar nosso fed e toda publicação será motivo de um email para sua caixa postal.
Ire
14. em Dezembro 4, 2013 at 9:02 pm Jéferson
Olá Da ilha!
Tempo q nao trocamos ideias rsrsrsrs. Meu irmão vai iniciar no próximo mês com um Babalawo do culto Esin Ibin…
alguma coisa assim em Uberlânfia/MG. Ele está mt feliz!
Asè!
15. em Dezembro 4, 2013 at 10:12 pm Da Ilha
Fico feliz Jeferson, será que ele é de Ode Remo, Nigéria?
Ire
16. em Janeiro 15, 2015 at 2:32 am Fernanda Reis
Olá! Gostaria de saber se já postaram os outros 12 mandamentos. E se sim, poderia me passar o link por aqui?
Me jogaram búzios no dia 31 e me foi dito para procurar o culto de Yfá. Estou faminta por mais textos mas são
difíceis de achar.
Asè!
17. em Janeiro 15, 2015 at 12:04 pm Da Ilha
Fernanda Ifá é muito extenso.
Levamos a vida inteira estudando e não aprendemos tudo.
Você deve começar pelo básico.
Comece pelos primeiros textos que eu postei, você vai conhecer a história de cada Olódù (Os mèjì, os 16 maiores).
Meu blog pessoal tem muita coisa para ser estudada e entendida e as 16 leis de Ifá que estão no Odù Ìká’fún.
http://www.orisaifa.blogspot.com
Ire
18. em Janeiro 15, 2015 at 7:40 pm Diego
O que Ifá ensina sobre sucesso “mundano”, carreira , dinheiro , posses etc. é uma escola espiritual que aceita o
mundo ou tem uma percepção de negar o ego e o mundo material como algumas escolas espirituais do oriente?
19. em Janeiro 15, 2015 at 9:12 pm Da Ilha
Diego o que seria sucesso mundano?
Ter carro, casa, sucesso profissional, dinheiro para viajar, comprar boas roupas, joias e etc…
Isto não é sucesso mundano, isto é recompensa pelo seu esforço, dedicação e você merece ser abençoado com as
benesses da vida.
Deus não nos enviou para sermos ‘duros’, ser sacerdote, ser espiritualista, ser adepto não é sinônimo de pobreza.
No Odù Òyèkú mèjì vamos encontrar uma relação entre a prosperidade e o ser humano:
Òrúnmìlá diz que é pai de algo grande;
Eu digo que Ifá será pai algo grande,
Ifá é pai de Fazenda.
Òrúnmìlá diz que é pai de algo grande;
Eu digo que Ifá será pai algo grande,
Ifá é pai de Mercado.
Òrúnmìlá diz que é pai de algo grande;
Eu digo que Ifá será pai algo grande,
Ifá é pai da Guerra.
Òrúnmìlá diz que é pai de algo grande;
Eu digo que Ifá será pai de algo grande,
Ifá e pai da Estrada.
Òrúnmìlá diz que é pai de algo grande;
Eu digo que Ifá será pai de algo grande,
Ifá e pai de Casa,
Ifá é pai do último, que é a Casa.
Depois de ter feito tudo isso, Òrúnmìlá partiu para a casa de Olokun, para ler Ifá, onde permaneceu por um total de
16 anos.
Em sua viagem de volta para casa, o primeiro filho que ele visitou foi Guerra, que recebeu seu pai com alimentos e
bebidas.
Então Òrúnmìlá desejava aliviar suas entranhas,
Guerra disse que ninguém poderia aliviar suas entranhas na casa de Guerra.
Òrúnmìlá visitou o segundo que era Mercado que recebeu seu pai com alimentos e bebidas.
Então Òrúnmìlá desejou aliviar suas entranhas,
Mercado, mas disse que ninguém poderia aliviar suas entranhas na casa de Mercado.
O terceiro filho foi visitado por Òrúnmìlá foi Fazenda que recebeu seu pai com alimentos e bebidas.
Então Òrúnmìlá desejou aliviar suas entranhas,
Fazenda disse que ninguém poderia aliviar suas entranhas na casa da Fazenda.
O quarto filho visitado por Òrúnmìlá foi Estrada, que recebeu de seu pai com alimentos e bebidas.
Então Òrúnmìlá desejava aliviar suas entranhas, mas Estrada disse que ninguém poderia aliviar suas entranhas na
casa de Estrada.
O último filho que Òrúnmìlá visitou foi seu filho mais novo, Casa, que assim que viu seu pai, abateu um bode,
cozinharam grandes quantidades de alimento, delicioso purê de inhame e convidou todos seus amigos, para
entreter seu pai que retornava.
Quando Òrúnmìlá comeu e bebeu à sua satisfação, ele quis aliviar suas entranhas e Casa abriu uma sala e disse:
Minha casa é sua. Meu pai pode aliviar suas entranhas em qualquer lugar que ele quiser nesta sala.
Depois que Òrúnmìlá aliviou suas entranhas ele fechou a porta do quarto atrás dele.
De novo não muito mais tarde Òrúnmìlá queria aliviar suas entranhas e Casa abriu outro quarto para Òrúnmìlá, após
ter aliviado as suas entranhas, também fechou a porta novamente.
Então Òrúnmìlá disse a Casa para abrir e limpar o primeiro quarto e quando entrou Casa encontrou a sala cheia de
dinheiro.
Então Casa abriu o segundo quarto e o encontrou lotado de pérolas valiosas.
Então Òrúnmìlá diante de todos falou que os lucros feitos por Fazenda, Mercado Estrada e Guerra, seriam em
benefício de Casa.
O Odù Òtúrá’Ogbè fala da perseverança e das recompensas de um sacerdote (Ou qualquer outro ser humano)
O jovem estuda Ifá com trabalho e sofrimento.
Quando crescer.
Ele vai colher todos os frutos
Esta foi a declaração de Ifá para Òtúrá
Quando ele ia mergulhar a mão para o barco do sucesso.
Eu mergulhei minhas mãos no barco.
E peguei todas as coisas boas da vida
Quando Òtúrá mergulhou a mão no barco
Ele se tornou o sucesso de sua permanência na casa
Eu mergulhei minhas mãos no barco
E peguei todas as coisas boas da vida.
Nossa escola não só aceita o mundo como participa ativamente dele, não proibimos ninguém de nada (exceto seus
tabus), não existe pecado em nossa religião, somos livres para fazer o que bem entendermos. Devemos sim, ter
noção do que é certo/errado, do que excesso, do que é perversão e outras formas de agredir as Leis de Ifá
(Olódùmarè/Deus), lutamos para corrigir e ensinar o que é um bom caráter, o que é um destino bem desenhado
pela pessoa.
Nosso ego é uma mola que pode nos fazer saltar para frente ou para traz, ou ficar quicando no mesmo lugar.
Vamos colidir com o egoismo, com a inveja, com a mentira, a falsidade, os maus pensamentos, o julgamento de
terceiros e etc.
É este Ego que vai fazer com que você não evolua, não cresça espiritualmente, não conheça a palavra divina, que
pede apenas para você ser um bom ser humano.
A Sociedade Ogboni (Nigeriana) preza pela verdade acima de qualquer coisa, a traição é paga com a própria vida,
pois, o juramente diz:
Que eu morra se eu trair!
A morte pode ser, morte social (terminar a vida sozinho), morte financeira, morte amorosa e afins. Existem muitas
formas de morte neste mundo, inclusive passando desta vida para outra.
Eu sou Ogboni. E não faço nenhum esforço para ser um boa pessoa é natural em mim. Acredito que quem tem medo
de ser Ogboni é por que não consegue controlar seus impulsos negativos.
Quanto ao mundo material, fazemos parte dele, Ògún Lakaye ooo, é ele quem faz a roda das grandes descobertas
girar, é ele quem impulsiona o progresso, as máquinas, os aparelhos eletrônicos e toda vanguarda tecnológica da
sociedade.
Isto nos pertence e não abrimos mão do conforto que a vida nos proporciona.
Somos severos na avaliação e formação de nossos sacerdotes:
O Odù Òtúrá’Ògúndá diz:
Os honestos neste mundo
São poucos que não chegam a 20.
É cada vez menor que 20:
Os perversos entre todos
São mais de 1200
Tempo, principalmente quando o seu longo período de tempo.
Geralmente diminuir a dor de qualquer assunto
Neste Odù, Ifá diz que para cada 19 pessoas honestas, temos pelo menos 1200 mentirosos e perversos neste
mundo. Ele mostra que os seres humanos amam enganar e e fazer o mal, mais do que a verdade. Supomos que
este não seja o caso, mas, infelizmente, é assim que o mundo é hoje. Para efeitos da presente redação, vamos
discutir a honestidade de três amplas perspectivas:
A honestidade de pensamento (piedade), A honestidade na fala (a veracidade) e A honestidade da ação (justiça).
A honestidade de pensamento é o pai das três formas de honestidade acima enunciadas. Implica muita coragem e
temor de Òlódúmarè para ser honesto no pensamento. Você deve ter a mente aberta, racional e realista para os
outros e para Olódùmarè. Você não deve pensar mal de alguém ou situação, não importa a provocação ou
perseguição. Ifá diz que Òlódúmarè enviou seres humanos neste mundo para fazer bondade e nada mais. É com
base nisso que os seres humanos serão julgados no Òrún.
O Odù Èjì Ogbè (Èjì Onilè) diz:
Eu me comporto como o meu Deus me criou.
Eu sempre faço o bem e sou honesto também
Eu não faço o mal
Eu não abrigo maus pensamentos
Para que eu não morra miserável
O que nós iniciamos em nossa juventude irá persistir até a velhice.
Estas foram às declarações do oráculo para Òrúnmìlá e os 401 Irùnmolè
Quando vieram do Òrún para o Ayè
Òlódùmarè os instruiu a fazer o bem sempre.
Apenas Òrúnmìlá aplicou honestidade ao pensamento.
Para reverter todo o mal e as maquinações.
A estrofe acima é evidente que com bondade, todos os obstáculos podem ser superados. Somente com estes
sentimentos teremos paz de espírito sempre. Por outro lado, aqueles que fazem mal ou abrigam maus
pensamentos, certamente morreram pobre, a menos que se arrependam cedo e comecem a fazer o bem
É o que diz o Odù Ìká’Ìwòrì:
Serare, serare (ele prejudica a si mesmo).
Ele que sempre mostra que cinzas são seguidas por cinzas
Serare, serare
O mal arruína o próprio fazedor de maldades.
Foi jogado Ifá para Inúkògún que estava criando o caos
Ele foi avisado que sua destruição planejada
Recairia sobre ele e o prejudicaria
Ele foi aconselhado a oferecer sacrifícios
E abandonar a impiedade
É óbvio que precisamos ser transparentes em nossos pensamentos por todo mal que fazemos metade certamente
irá voltar para nós. Nenhuma quantidade de sacrifício poderá mudar isso. A nossa maneira de pensar, falar e agir
determina o tipo de espíritos que nos rodeiam. Se pensarmos o mal, os maus espíritos sempre serão nossos
companheiros e se somos transparentes e puros em nossos pensamentos, espíritos benevolentes sempre estarão
conosco.
Para seguidores de Ifá, honestidade e paciência são as palavras de ordem não importa a situação. Mesmo que
vejamos os outros se tornarem ‘prósperos’ com desonestidade, não devemos nos juntar a sua gangue. Tudo o que
se acumular através de meios fraudulentos irá da mesma maneira desaparecer.
Ninguém pode trazer tristeza a vida de outras pessoas e esperar a felicidade em sua própria vida. Por esta razão, Ifá
diz, um Bàbáláwo deve sempre pensar sobre prestação de contas especialmente no final da sua permanência na
terra.
Como você pode ver Ifá explica tudo, no plano físico e no plano espiritual. Somos a religião que prega e apregoa a
VERDADE (mesmo que outros não o façam) as consequências são seguras e certas. Cada um com sua
responsabilidade e senhor de seus atos.
Não somos tolos e não fazemos ninguém de tolo (Ìká’fún).
A importância de se dizer que o vermelho é vermelho é muito grande (Não devemos enganar).
Espero que você possa entender este recado e fazer dele um plataforma para esclarecer outras pessoas e mudar
seus próprios pensamentos sobre a religião.
Ire aláàfià.
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