INTRODUÇÃO
ORGULHOSAMENTE DIAGRAMADO
COM MUITO AÇAÍ E AMOR POR:
THIAGO LEMOS
ARTE DO CARTAZ: ATEL IÊ15
Fala , ga lera!
A Semana do/a Estudante desse ano chega com tudo em nossos grupos, na escolas e nas paróquias, do campo e da c idade, para nos conscientar e nos propor discussões sobre um tema de muita importância na v ida dos/as jovens estudantes.
Nesse atual cenár io de instabi l idade inst i -tuc ional e pol í t ica que v ive o Bras i l , cada vez mais avançam no Congresso Nacional pautas que atentam contra a dignidade da população, pr inc ipalmente os mais jovens, como a reforma da Previdência ou as refor-mas t rabalhistas.
A lém desses projetos – que já foram cr i -t icados por diversas ent idades da soc ie-dade c iv i l , inc lus ive pela própr ia CNBB – , há o avançar de outro terr íve l pro jeto: o PLS 193/2016, conhecido vulgarmente como “Escola sem part ido”, sob o qual convida-mos a todos/as a se debruçarem para estu-da- lo . O projeto em questão – que será debat ido nos encontros deste subsíd io – aparenta ser “ inocente”, que v isa apenas garant i r a “neutra l idade pol í t ica , ideoló-g ica e re l ig iosa do Estado” (art igo 2°) , mas nada mais representa do que um verda-deiro retrocesso para a formação de uma educação cr í t ica e consciente, a lém de atentar contra as l iberdades de expressão e pensamento.
2 SEMANA DO ESTUDANTE 2017
E S C O L A D E M O C R Á T I C A : S E M L A D O N Ã O D Á
Em 2017, a Semana do/a Estudante tem como lema “Escola democrá-t ica : sem lado não dá”, e quer discut i r justamente sobre a impossib i -l idade de sermos “ imparc ia l” , “sem lado”, a inda mais neste cenár io de incertezas e inseguranças, em que o pobre, o jovem e o opr imido pagam a conta de um sistema “cada vez mais insustentável” (LS , 61) . Ar is tóte les já nos lembrava que o ser humano é um ser pol í t ico por natureza; por isso, não há uma ação humana, uma escolha ou fa la que não seja considerada uma at i tude pol í t ica . O papa Francisco nos envia à ação: “Não nos façamos de dist ra ídos”! Desdmond Tutu, que fo i arce-bispo da Igre ja Angl icana e laureado com o Prêmio Nobel da Paz, d iz ia que “Se você é neutro em si tuações de in just iça, você escolhe o lado do opressor”. E , justamente por isso, não podemos ser indi ferentes, sem “lados” ou “part idos”: se somos cr is tãos, temos lado! O lado do Reino, da esperança, da just iça e da l ibertação.
Todos nós temos um lado (ou se não temos, devemos assumÍ-- lo) , sendo “quente” ou sendo “fr io”, o que não podemos é sermos “mornos”, “parados” (Ap 3, 16) . A construção de uma educação cr í t ica e de qual idade passa, necessar iamente, pela capaci tação consciente e c idadã dos/as estudantes.
Na i luminação bíb l ica desta at iv idade “Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da just iça” (Mt 5 , 10a) , Jesus – F i lho de Deus, servo dos servos e márt i r dos márt i res – já nos lembra que a tarefa de quest ionar e promover a just iça não será fác i l ; pelo contrár io , gerará perseguição, mas a Sua recompensa “não é deste mundo” ( Jo 18, 36) .
Por isso, ga lera, mãos na massa! Vamos estudar e fazer acontecer essa bonita Semana.
Que, conscientes, possamos lutar e fazer construi r uma Civ i l ização do Amor cada vez mais presente em nossas v idas.
Abraço f raterno, e boa celebração!
Pastora l da Juventude (PJ) Pastora l da Juventude Estudant i l (P JE) Pastora l da Juventude do Meio Popular (P JMP) Pastora l da Juventude Rural (P JR)
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E S C O L A D E M O C R Á T I C A : S E M L A D O N Ã O D Á
materialnecessário
Escola democrática #PartiuEncontro
Canetas;
Cadernos e l ivros;
Tar jetas com o nome de
cada part ic ipante;
F i ta adesiva;
“Teste” impresso para
todos;
Computador, som e pro-
jetor (caso optem em
usar v ídeo) ;
B íb l ia ;
Cartaz da Semana do
Estudante;
Bandeira de sua
Pastora l ;
Rote i ro e Anexos.
OBJETIVO: COMPREENDER A ESCOLA COMO UM ESPAÇO
DEMOCRÁTICO DE PARTIC IPAÇÃO E CONSTRUÇÃO DA CIDADANIA
TENDO EM VISTA A (TRANS)FORMAÇÃO DOS SUJE ITOS E DA SOCIEDADE.
ACOLHIDA: A INDA FORA DO ESPAÇO DO ENCONTRO (PODE SER NUMA
OUTRA SALA OU EM LOCAL ABERTO COMO UM PÁTIO) , OS/AS PARTIC I -
PANTES SÃO ACOLHIDOS/AS COM A MÚSICA “CORAÇÃO DE ESTUDANTE”
(MILTON NASCIMENTO/WAGNER T ISO) , QUE PODE SER CANTADA OU
RECITADA COMO POEMA, A CRITÉRIO DA COORDENAÇÃO DO ENCONTRO.
Em seguida, a coordenação anuncia o tema a ser t rabalhado e con-
v ida os/as part ic ipantes apart i lhar os sent imentos que t razem para
o encontro, especia lmente a part i r da sua rot ina e v ida como estu-
dantes. Após a part i lha de todos, a coordenação mot iva para o lhar
cada fa la , cada sent imento part i lhado, como um dom que neste
momento ofertamos ao grupo. Então, agradecendo e pedindo bên-
çãos pela presença de cada um/a, f inal izar o momento rezando
uma Ave Mar ia , conf iando na intercessão daquela que fo i/é grande
referência como educadora.
Após a oração, convidar todos/as para entrarem na sala/espaço
do encontro e tomarem os seus respect ivos lugares (que estão
ident i f icados) .
AMBIENTAÇÃO: PREPARAR UMA SALA OU ESPAÇO REPRESENTANDO
UM AMBIENTE DE SALA DE AULA TRADICIONAL – CADEIRAS ENFILE IRA-
DAS, QUADRO, MESA DO/A PROFESSOR/A, MATERIAL (CADERNO, CANETA
E TESTE) SOBRE AS CADEIRAS, ETC. Colocar a tar jeta com o nome
de cada um/a nas cadeiras, com o cuidado de deixar separadas as
pessoas que são mais próx imas. A ideia é mesmo provocar a iden-
t i f icação da escola convencional e o estranhamento em re lação ao
ambiente normal de encontro do grupo.
4 SEMANA DO ESTUDANTE 2017
E S C O L A D E M O C R Á T I C A : S E M L A D O N Ã O D Á
VER ENXERGAR A REALIDADE.
Na sala , a coordenação or ienta a pr imeira at iv idade a ser fe i ta , na qual cada part ic ipante res-
ponderá a um “teste” escr i to , com as seguintes questões: O que é escola? O que é democrac ia?
Minha escola é democrát ica? Como, de que forma? Dar um tempo para que todos respondam.
Em seguida, a coordenação recolhe todos os “testes” e depois redist r ibui a leator iamente entre
os part ic ipantes. Então, cada um/a faz a le i tura e deve apresentar as respostas ao grupo.
A part i r das respostas apresentadas, a coordenação promove a ref lexão em torno das repre-
sentações e concei tos atr ibuídos a “escola” e a “democrac ia”, aprofundando e esc larecendo a
compreensão sobre essas ideias e sobre as re lações estabelec idas entre e las .
No intui to de provocar o grupo a repensar o modo como nos vemos e nos re lac ionamos no/
com o ambiente escolar, fazer a le i tura ref lex iva do texto “Eu sei , mas não devia”, de Mar ina
Colasant i . Ou a inda, pode-se ut i l izar o v ídeo de mesmo t í tu lo com a narração de Antônio Abu-
jamra(disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Ax7T IU9pmc4&t=56s) . A part i r do texto,
provocar o grupo: Como tem sido a nossa postura na escola? Estamos incomodados
ou acostumados? Nossas at i tudes vão na di reção da mera formação, costume, ou de uma
(t rans)formação?
Mot ivar que todos/as possamos romper com a lóg ica natura l izada do comodismo mal-acostu-
mado, a começar pelo espaço presente. A organização e disposição de tudo está democrát ica?
Part ic ipamos dessa construção? Se não, por que não mudamos? Neste momento, convida-se a
modi f icar a organização da sala , t ransformando-a colet ivamente num espaço mais democrát ico
e s igni f icat ivo para o grupo.
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JULGAR COMPREENDER A REALIDADE.
Além de ver o que está em jogo, ou seja , perceber do que estamos fa lando quando tratamos de
Escola Democrát ica, é necessár io também compreender como se dá (ou não) a democrat ização
da escola na nossa real idade. Para tanto, é fundamental aprofundar o nosso pensamento sobre
essas questões. Provocando o grupo neste sent ido, fazer a le i tura ref lex iva do texto “Pensar é
t ransgredir” , de Lya Luft .
Part indo da provocação do texto, a coordenação deve mot ivar o debate no grupo, a part i r das
questões: Por que nossas escolas não são mais democrát icas? Por que os/as estudantes não
estão envolv idos/asnas decisões importantes das escolas? Há necess idade de mudanças? Quais
e por quê? O caminho para melhorar está em propostas como o “Escola sem part ido”? Por quê?
A coordenação deve deixar que os/as part ic ipantes fa lem espontaneamente e então fazer inter-
venções que dia loguem com suas fa las e provoquem o real entendimento sobre as questões
centra is , estrutura is que estão por t rás da real idade (modelo de educação t radic ional , per f i l da
gestão, projetos pol í t ico-pedagógicos, questões ideológicas, d isputa de poder, aspectos f ís ico-
-estrutura is , contexto soc ioeconômico, ausência de art iculação estudant i l , carência de part ic i -
pação da comunidade) .
À LUZ DA PALAVRA: A Palavra de Deus nos a juda a i luminar e discerni r tudo que discu-
t imos e construímos até aqui . Acolhê- la com o canto “Buscai pr imeiro o Reino de Deus”.
Le i tura do Evangelho – Mateus 5, 1-12.
Após a le i tura, entoar novamente o canto de ac lamação.
Guardar um momento de s i lêncio e ref lexão,
deixando a Palavra ressoar. . .
Em seguida, ref let i r que, com Jesus, apren-
demos o verdadeiro sent ido da fe l ic idade,
compreendida em sua pleni tude na v ida que
se doa ao outro, na luta pela just iça e pelos
di re i tos de todos, no compromisso em trans-
formar o mundo em expressão concreta do
Reino.
6 SEMANA DO ESTUDANTE 2017
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AGIR COMPROMETER-SE NA REALIDADE.
Diante de tudo que fo i debat ido e rezado, somos chamados a assumir concretamente a missão
de t ransformar a real idade. Como jovens e estudantes, devemos assumir a causa de fazer de
nossas escolas espaços democrát icos, onde possamos de fato exercer nossa l iberdade, autono-
mia e part ic ipação.
Neste sent ido, o grupo deve ser d iv id ido em 4 subgrupos, os quais i rão, respect ivamente,
t ratar de 4 estratégias/meios gera is de part ic ipação na escola , a saber : Movimento Estudant i l
( l íderes, grêmios, centros acadêmicos, etc . ) ; Mobi l izações soc ia is (mani festações de rua, ocu-
pações, intervenções cul tura is , etc . ) ; Gestão democrát ica (conselho escolar, reuniões gera is ,
etc . ) ; Ações Format ivas (rodas de conversa, seminár ios, aulões temát icos, etc . ) .
Cada grupo deverá in ic ia lmente discut i r sobre a estratégia em questão, formulando um posic io-
namento consensual sobre a mesma. E , na sequência , propor compromissos a serem assumidos
por todos a part i r da estratégia discut ida. Depois disso, os grupos part i lham suas conclusões e
propostas no grupão. A coordenação deve mediar esse momento, buscando evidenciar o papel
e lugar de cada estratégia t rabalhada, bem como a sua importância e também dos compromis-
sos a serem assumidos no âmbito de cada uma.
DESPEDIDA: Agradecer a presença e part ic ipação de todos/as. Encerrar o encontro rezando
pelo conhecimento construído e pelos compromissos gerados. Cantar a música “Eu quero ver”
(Zé Vicente) e rezar a oração do Pai Nosso.
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E S C O L A D E M O C R Á T I C A : S E M L A D O N Ã O D Á
01. Música: Coração de Estudante (Mi l ton Nasc imento/Wagner Tiso) Quero fa lar de uma coisa,Adiv inha onde ela anda?Deve estar dentro do pei to .Ou caminha pelo ar,Pode estar aqui do lado.Bem mais perto que pensamos.A fo lha da juventude.É o nome certo desse amor.Já podaram seus momentos,Desviaram seu dest ino,Seu sorr iso de menino,Quantas vezes se escondeu.Mas renova-se a esperança,Nova aurora a cada dia ,E há que se cuidar do broto,Pra que a v ida nos dê f lor e f ruto.Coração de estudante.Há que se cuidar da v ida,Há que se cuidar do mundo,Tomar conta da amizade.Alegr ia e muito sonho,Espalhados no caminho.Verdes: p lanta e sent imento,Folhas, coração, juventude e fé .
02. Texto: Eu sei , mas não devia (Mi l ton Nasc imento/Wagner Tiso) Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia .A gente se acostuma a morar em aparta-mentos de fundos e a não ter outra v is-taque não as janelas ao redor. E , porque não tem vista , logo se acostuma a não olhar para fora. E , porque não olha para fora, logo se acostuma a não abr i r de todo as cort inas. E , porque nãoabre as cort inas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E , à medida que se acostu-ma,esquece o sol , esquece o ar, esquece a ampl idão.A gente se acostuma a acordar de manhã sobressal tado porque está na hora. Atomar o café correndo porque está atra-sado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder otempo da v iagem. A comer sanduíche porque não dá para a lmoçar. A sa i r do t rabalho porquejá é noi te . A cochi -lar no ônibus porque está cansado. A dei tar cedo e dormir pesado sem terv iv ido o dia .A gente se acostuma a abr i r o jornal e a ler sobre a guerra. E , acei tando a guer-ra ,acei ta os mortos e que haja números para os mortos. E , acei tando os números, acei ta nãoacredi tar nas negociações de paz. E , não acredi tando nas negociações de paz, acei ta ler tododia da guerra, dos números, da longa duração.A gente se acostuma a esperar o dia inte i ro e ouvir no te lefone: hoje não posso i r. Asorr i r para as pessoas sem receber um sorr iso de vol ta . A ser igno-rado quando prec isavatanto ser v isto.
anexos
8 SEMANA DO ESTUDANTE 2017
E S C O L A D E M O C R Á T I C A : S E M L A D O N Ã O D Á
03. Texto: Pensar é t ransgredir (Lya Luft) Não lembro em que momento percebi que v iver dever ia ser uma permanente re invenção de nós mesmos — para não morrermos soterrados na poeira da bana-l idade embora pareça que a inda estamos v ivos.Mas compreendi , num lam-pejo: então é isso, então é ass im. Apesar dos medos, convém não ser demais fút i l nem demaisacomodada. A lgumas vezes é prec iso pegar o touro pelos chi -f res , mergulhar para depois ver o que acontece: porque a v ida não tem de ser sorv ida como uma taça que se esvazia , mas como o jarro que se renova a cada gole bebido.
A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necess i ta . E a lutarpara ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que prec isa. E a fazer f i la parapagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagar mais . E a procurarmais t rabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas f i las em que se cobra.A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abr i r as rev istas e ver anúncios.A l igar a te lev isão e ass ist i r a comerc ia is . A i r ao c inema e engo-l i r publ ic idade. A ser inst igado,conduzido, desnorteado, lançado na inf indável catarata dos produtos.A gente se acostuma à poluição. Às sa las fechadas de ar condic ionado e cheiro decigarro. À luz art i f ic ia l de l ige i ro t remor. Ao choque que os o lhos levam na luz natura l . Àsbactér ias da água potável . À contaminação da água do mar. À lenta morte dos r ios . Seacostuma a não ouvir passar inho, a não ter ga lo de madrugada, a temer a hidrofobia doscães, a não colher f ruta no pé, a não ter sequer uma planta.A gente se acostuma a coisas demais , para não sofrer. Em doses pequenas, ten-tandonão perceber, va i afastando uma dor aqui , um ressent imento a l i , uma revol ta acolá . Se oc inema está cheio, a gente senta na pr imeira f i la e torce um pouco o pescoço. Se a pra ia estácontaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o t rabalho está duro, agente se consola pensando no f im de semana. E se no f im de semana não há muito o que fazera gente vai dormir cedo e a inda f ica sat is fe i to porque tem sempre sono atrasado.A gente se acostuma para não se ra lar na aspereza, para preservar a pele . Sea-costuma para evi tar fer idas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, parapoupar o pei to . A gente se acostuma para poupar a v ida. Que aos poucos se gasta, e que,gasta de tanto acostumar, se perde de s i mesma.
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Para re inventar-se é prec iso pensar : isso aprendi muito cedo. Apalpar, no nevo-ei ro de quem somos, a lgo que pareça uma essência : isso, mais ou menos, sou eu. Isso é o que eu quer ia ser, acredi to ser, quero me tornar ou já fu i . Muita inquietação por baixo das águas do cot id iano. Mais cômodo ser ia f icar com o t ravessei ro sobre a cabeça e adotar o lema reconfortante: "Parar pra pensar, nem pensar !"O problema é que quando menos se espera e le chega, o sorrate i ro pensamento que nos faz parar. Pode ser no meio do shopping, no t rânsi to , na f rente da tevê ou do computador. S implesmente escovando os dentes. Ou na hora da droga, do sexo sem afeto, do desafeto, do rancor, da lamúria , da hesi tação e da res igna-ção.Sem ter programado, a gente para pra pensar. Pode ser um susto: como espiar de um berçár io confortável para um corredor com mi l poss ib i l idades. Cada porta , uma escolha. Muitas vão se abr i r para um nada ou para a lgum absurdo. Outras, para um jardim de promessas. A lguma, para a noi te a lém da cerca. Hora de t i rar os dis farces, aposentar as máscaras e reaval iar : reaval iar-se.Pensar pede audácia , pois ref let i r é t ransgredir a ordem do superf ic ia l que nos press iona tanto. Somos demasiado f r ívo los: buscamos o atordoamento das mi l d ist rações, cor-remos de um lado a outro achando que somos grandes cumpridores de tare-fas . Quando o pr imeiro dever ser ia de vez em quando parar e anal isar : quem a gente é, o que fazemos com a nossa v ida, o tempo, os amores. E com as obr i -gações também, é c laro, pois não temos sempre c inco anos de idade, quando a pr ior idade absoluta é dormir abraçado no urso de pelúc ia e prosseguir, no sono, o sonho que af inal nessa idade a inda é a v ida. Mas pensar não é apenas a ameaça de enfrentar a a lma no espelho: é sa i r para as varandas de s i mesmo e olhar em torno, e quem sabe f inalmente respirar.Compreender : somos inqui l inos de a lgo bem maior do que o nosso pequeno segredo indiv idual . É o poderoso c ic lo da ex istência . Nele todos os desastres e toda a beleza têm signi f icado como fases de um processo. Se nos escondermos num canto escuro abafando nossos quest ionamentos, não escutaremos o rumor do vento nas árvores do mundo. Nem compreendere-mos que o prato das inevi táveis perdas pode pesar menos do que o dos pos-s íve is ganhos.Os ganhos ou os danos dependem da perspect iva e possib i l ida-des de quem vai tecendo a sua histór ia . O mundo em si não tem sent ido sem o nosso olhar que lhe atr ibui ident idade, sem o nosso pensamento que lhe con-fere a lguma ordem. Viver, como ta lvez morrer, é recr iar-se: a v ida não está a í apenas para ser
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suportada nem viv ida, mas e laborada. Eventualmente reprogramada. Conscien-temente executada. Muitas vezes, ousada.Parece fác i l : "escrever a respei to das coisas é fác i l " , já me disseram. Eu sei . Mas não é prec iso real izar nada de espetacular, nem desejar nada excepcio-nal . Não é prec iso nem mesmo ser br i lhante, importante, admirado. Para v iver de verdade, pensando e repensando a ex istência , para que e la valha a pena, é prec iso ser amado; e amar; e amar-se. Ter esperança; qualquer esperança. Quest ionar o que nos é imposto, sem rebeldias insensatas mas sem demasiada sensatez. Saborear o bom, mas aqui e a l i enfrentar o ru im. Suportar sem se submeter, acei tar sem se humilhar, entregar-se sem renunciar a s i mesmo e à possível d ignidade. Sonhar, porque se desist imos disso apaga-se a úl t ima c lar idade e nada mais valerá a pena. Escapar, na l iberdade do pensamento, desse espír i to de manada que trabalha obst inadamente para nos enquadrar, se ja lá no que for. E que o mínimo que a gente faça seja , a cada momento, o melhor que af inal se conse-guiu fazer.
04. Música: Buscai pr i -meiro o Reino de Deus Buscai pr imeiro o Reino de DeusE a sua just iça.E tudo mais vos será acrescentado.Ale lu ia , A le lu ia . Ale lu ia , A le lu ia ,A le lu ia , A le lu ia , A le lu ia !Se vos perseguem por causa de mim,Não é o servo maior que o Senhor.A le lu ia , A le lu ia .
05. Música: Eu quero ver (Zé Vicente) Eu quero ver, Eu quero ver acontecer.Um sonho bom,Sonho de muitos acontecer. 1 . Nascendo da noi te escura, A manhã futura t ra-zendo amor.No vento da madrugadaA paz tão sonhada bro-tando em f lor.Nos braços da estre la guia , A a legr ia chegando da dor. 2 . Na sombra verde e f lor ida, Cr ianças em vida, br in-cando de i rmãos.No rosto da juventude,
Sorr iso e v i r tude v i rando canção.Alegre e fe l iz camponês,Entrando de vez na posse do chão. 3 . Um sorr iso em cada rosto,Uma f lor em cada mão.A certeza na estrada, O amor no coração. E uma semente nova, escondida, Em cada palmo deste chão. 4 . Sonho que se sonha sóPode ser pura i lusão.Sonho que sonha juntosÉ s inal de solução.Então vamos sonhar companheiros, Sonhar l ige i ro , sonhar em muti rão.
SEMANA DO ESTUDANTE 2017 1 1
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06. Sugestão de V ídeos: - V ídeo: Gestão Escolar 31 - O que caracter izauma escola democrát ica?Disponível em:<https://www.youtube.com/watch?v=pGG3Or2WhQ8>
- V ídeo: Gestão democrát ica e part ic ipação nas escolas - Jornal FuturaDisponível em:<https://www.youtube.com/watch?v=XALWep9CFZ8>
- V ídeo: O motivo da ocupação das escolasDisponível em: <https://youtu.be/WVLM30qtqV0>
- V ídeo: Escola Sem Part ido – Leandro Karnal no Roda VivaDisponível em: <https://youtu.be/mA4ZWzF0m0s>
- V ídeo: Escola Sem Part ido – Sala Debate Canal FuturaDisponível em: <https://youtu.be/ J2v7PA1RNqk>
1 2 SEMANA DO ESTUDANTE 2017
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Que ladoé esse?
OBJET IVO:
Promover a part ic ipação da
juventude na discussão e
apropr iação do tema para for-
ta lecer a luta contra a perda
de di re i tos.
AMBIENTAÇÃO:
Arrumar o ambiente com car-
tazes como um espaço de
protesto e de luta. De um
lado (A) A lguns cartazes ou
fa ixas que defende que deve
s im discut i r pol i t ica em sala
de aula e seus efe i tos. E do
lado (B) outros cartazes que
defende a escola sem part ido.
No meio dos dois , outro cartaz
centra l izado com o dizer : QUE
LADO É ESSE?
MÍST ICA INIC IAL :
Música de acolhimento e
boas-v indas.
IN IC IANDO O DEBATE:
Sugere-se in ic iar a roda de
conversa com a música “O
meu país”, de F lav io José.
(Disponível em: https://
www.letras.mus.br/
f lav io- jose/1297310/)
#BoraConversar
1 4 SEMANA DO ESTUDANTE 2017
E S C O L A D E M O C R Á T I C A : S E M L A D O N Ã O D Á
É no contexto do golpe pol í t ico em curso no Bras i l de 2016 que s i tuamos a anál ise do Projeto Escola
Sem Part ido (PLS 193/2016, PL 1411/2015 e PL 867/2015) . Esse projeto v isa e l iminar a discussão ideoló-
g ica no ambiente escolar, restr ingi r os conteúdos de ensino a part i r de uma pretensa ideia de neutra l i -
dade do conhecimento.
Trata-se de uma elaboração que contrar ia o pr inc íp io const i tuc ional do plura l ismo de ideias de concep-
ções pedagógicas, ass im como o da l iberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento,
a arte e o saber, considerando como vál idos determinados conteúdos que servem à manutenção do
status quo e como doutr inár ios aqueles que representam uma visão cr í t ica .
Em recente Nota Técnica, o Ministér io Públ ico considera que o PL Escola sem Part ido é inconst i tuc ional
porque “está na contramão dos objet ivos fundamentais da Repúbl ica Federat iva do Bras i l , especia lmente
os de ‘construi r uma sociedade l ivre , justa e sol idár ia ’ e de ‘promover o bem de todos, sem preconcei -
tos de or igem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discr iminação”.
É importante dizer que dois projetos idênt icos t ramitam na Câmara e no Senado Federal , de autor ia do
deputado Iza lc i (PSDB-DF) e do senador Magno Malta (PR-ES) , respect ivamente, que pretendem al terar a
Le i de Diretr izes e Bases da Educação para a inc lusão do “Programa Escola Sem Part ido”.
O complemento ao cerceamento da l iberdade de aprender e ensinar f ica por conta do PL de autor ia do
deputado Rogér io Mar inho (PSDB-RN), que pretende a l terar o Código Penal , para inc lusão de detenção de
t rês meses a um ano para professor, coordenador, educador, or ientador educacional ou psicólogo escolar
que prat icar o di to “assédio ideológico”.
O movimento pol í t ico de di re i ta na educação, “Escola Sem Part ido”, que dissemina concepções e prá-
t icas preconcei tuosas, d iscr iminatór ias e exc ludentes, fo i impuls ionado nacionalmente para propagar
ideia de que os estudantes são a lvo de doutr inação pol í t ica e de que os valores morais da famí l ia são
afrontados por uma ideologia de gênero na escola .
O projeto “Escola sem Part ido”, com seus propósi tos de e l iminação da pol í t ica como esfera de debate e
formação do pensamento l ivre , tornou-se um instrumento de disputa para respaldar os retrocessos no
campo dos Dire i tos Humanos que se efet ivam com o Golpe de 2016.
A estratégia do movimento chamado “Escola Sem part ido” é enfrentar o projeto pol í t ico educacional de
t ransformação que ex ig iu rupturas com a concepção de educação fundamentada na v isão e l i t is ta , con-
servadora, mer i tocrát ica, mercadológica e patr iarca l que se revelava discr iminatór ia , segregadora e
exc ludente.
SEMANA DO ESTUDANTE 2017 1 5
E S C O L A D E M O C R Á T I C A : S E M L A D O N Ã O D Á
Assista ao v ídeo “Escola sem part ido”, do grupo de humor “Porta dos fundos”, d isponível em: https://www.youtube.com/watch?v=qzokoJxa lEQ.
Circulo de opiniões (debate) . Quest ionamentos.
1 – A part i r do texto e da charge, quais os ref lexos que podemos ter em uma Escola que não provoca o
pensamento cr í t ico?
2 – Você acredi ta que há um interesse part idar ista , part idár io ou ideológico do autor do projeto?
3 – Se seja qual for a resposta anter ior, se s im ou se não, por que se pretende proib i r qualquer discus-
são sobre ideologias?
4 – Paulo Fre i re , um dos maiores estudiosos sobre “educação”, d iz : “Não ex iste imparc ia l idade. Todos
são or ientados por uma base ideológica. A questão é: sua base ideológica é inc lus iva ou exc ludente?”. A
part i r do que Paulo Fre i re , Anís io Te ixe i ra , Cec í l ia Meire les e demais autores-professores deixaram como
legado, como a gente vê o movimento do “Projeto escola sem part ido” recentemente? Será que tentam,
de fato, e l iminar quaisquer dist inções sobre os debates, ou impor apenas uma visão?
5 – Quais opiniões podemos levantar a cerca desse debate?
O t ranscurso das pol í t icas educacionais em constru-
ção sofreu vár ias invest idas de setores conservadores,
especia lmente de setores pr ivat is tas da educação que,
a l iados às bancadas fundamental is tas no Congresso
Nacional , a lcançaram força para aprovar retrocessos.
Os l imites do projeto de educação democrát ica em
curso para a superação de velhos paradigmas se evi -
denciavam em diversos momentos de sua implementa-
ção. ( . . . )
(Disponível em: https://goo.g l/V3r IQS, por C laudia
Dutra e Cami la Moreno – publ icado em 08/08/2016) .
1 6 SEMANA DO ESTUDANTE 2017
E S C O L A D E M O C R Á T I C A : S E M L A D O N Ã O D Á
Encerrando o debate.
Para encerrar o debate, sugere-se a música Meu país – Tim Maia.
(Disponível em: https://www.letras.mus.br/t im-maia/1374591/)
Neste momento, o animador deve propor uma ref lexão sobre a música, e intertex-
tual iza- la com o evangelho de Jesus Cr isto (Mt 23, 8) .
Encerrar a breve ref lexão com a oração do PAI NOSSO.
Mais um pouquinho.
Pra complementar a discussão, sugere-se o v ídeo:
“A corrente do bem”, disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=_2jqxYcUvb4
SEMANA DO ESTUDANTE 2017 1 7
E S C O L A D E M O C R Á T I C A : S E M L A D O N Ã O D Á
Planejamentode ações concretas#SaiDoSofá
A igualdade dos di re i tos para todas as pessoas é a base da democrac ia , e Jesus Cr isto veio ao
mundo para ensinar que todos somos iguais e temos os mesmos di re i tos. Seus ensinamentos
acabam sendo a prát ica da democrac ia , a igualdade entre todas as pessoas, como f i lhos de Deus
e habi tantes desse mundo.
O tema escolhido para este ano, fo i baseado na necess idade de se discut i r mais sobre a demo-
crac ia em nossos grupos, porque diar iamente vemos a democrac ia bras i le i ra sendo fer ida por
nossos representantes pol í t icos, que dizem ser a nossa voz. Será que é isso que queremos? E
qual o nosso lado nessa discussão?
Como nossas escolas são o palco da educação, é nelas que devemos ser or ientado sobre o posi -
c ionamento pol í t ico que tomaremos ao nos tornar e le i tores. Da nossa escola devemos sai r for-
mados como c idadãos, e não apenas como estudantes, ou meros a lunos. Nossa formação não
deve ser dada pelo educador, mas s im provocada, porque não é a opinião do professor que
temos de absorver, e s im formarmos a nossa própr ia a part i r da provocação. E ass im, tomaremos
o nosso lado, assumindo o papel de estudante - Aquele, que estude – que fo i capaz de formar a
própr ia opinião.
Como Ação Concreta da Semana do Estudante, ser ia interessante que os grupos t rabalhassem
com essa formação pol í t ica , mas de que forma?
1 8 SEMANA DO ESTUDANTE 2017
E S C O L A D E M O C R Á T I C A : S E M L A D O N Ã O D Á
MESA REDONDA
Através de uma mesa redonda, com componentes que tenham opi-
n iões pol í t icas di ferentes, e que tenham exper iência (Representan-
tes de movimentos soc ia is , professores de Ciências Pol í t icas, Pol í t i -
cas públ icas, Representante de ent idades estudant is , Representante
do grêmio, etc) e conhecimento sobre a s i tuação atual da democrac ia
bras i le i ra , promovendo discussões que sejam construt ivas aos jovens,
para que tudo seja uma contr ibuição para a formação da opinião pol í -
t ica de cada um.
RODA DE CONVERSA
Outra forma de t rabalhar isso ser ia através de uma roda de conversa
entre os estudantes, cr iando um espaço de discussão e debate, em
que todos os part ic ipantes do grupo pudessem opinar. Tudo part indo
de um ponto: “Na escola , qual é a voz do estudante?“, Se ex iste
a lgum espaço na escola em algum momento, para que os estudantes
possam expor as opiniões sobre o s istema educacional , fa lar e ava-
l iar os professores e as matér ias que veem durante anos da v ida. Para
que a part i r d isso, se na escola não ex ist i r nada, que seja cr iado a lgum
ambiente “Escola versus Estudante”, e as vozes sejam ouvidas.
ENCONTRO DE FORMAÇÃO
Promover um encontro de formação e estudo a respei to do projeto
conhecido como “Escola sem part ido”. Acesse o projeto de le i (d ispo-
nível em: https://goo.g l/Ec7SZ8) e, também, o parecer técnico- jur íd ico
e laborado pela Procurador ia dos Dire i tos do Cidadão, órgão do Minis-
tér io Públ ico Federa l , sobre o assunto (disponível em https://goo.
g l/8wLNBV). É importante conhecer e debater.
SEMANA DO ESTUDANTE 2017 1 9
E S C O L A D E M O C R Á T I C A : S E M L A D O N Ã O D Á
ofÍcio divino dajuventude#VEMCELEBRAR AMBIENTAÇÃO E CHEGADA
Ter espalhado pelo local vár ios e le-
mentos que re lembrem a Semana do/a
Estudante, como os cartazes produzi -
dos nos encontros passados; fotos de
estudantes em passeatas; a bandeira
de sua Pastora l , o cartaz da SdE e um
outro escr i to “Sem lado não dá!” .
ABERTURA
Estes lábios meus vem abr i r, Senhor (b is)
Cante esta minha boca sempre o teu
louvor ! (b is)
Dia após dia , cantem sua v i tór ia , (b is)
Proc lamem entre os povos todos sua
g lór ia ! (b is)
Nada São os grandes, tudo é i lusão,(b is
Quem fez os céus merece nossa
louvação!(b is)
Céus e terra dancem de tanta a legr ia , (b is
Deus com sua Just iça nos governa e
guia!(b is)
G lór ia ao Pai e ao F i lho e ao Santo
Espír i to ! (b is)
G lór ia a Tr indade Santa, g lór ia ao Deus
bendito!(b is)
A le lu ia , i rmãs, a le lu ia i rmãos!(b is)
Com todo universo a Deus louvação! (b is) 2 0 SEMANA DO ESTUDANTE 2017
E S C O L A D E M O C R Á T I C A : S E M L A D O N Ã O D Á
Recordamos os tempos v iv idos, as lutas pela l iberdade de pensar, de dizer,expressar-se de maneira que escolhermos, tomar nossa própr ia posição. . . É bom re lembrar per íodos di tator ia is v iv idos pelo Bras i l , em que essas l iberdades – hoje, que nos são tão básicas – eram tolh idas da população diar iamente.
Recordar quanto sangue derramado nos conf l i tos da pol ic ia com estudantes em nosso pais , pessoas que contr ibuíram e contr ibuem para as melhor ias na educação em nossa c idade, estado, país .
HINO - SE CALAREM A VOZ DOS PROFETAS Se ca larem a voz dos profeta as pedras fa larão. Se fecharem uns poucos caminhos mi l t r i -lhas nascerão. Muito tempo não dura a verdade, nestas margens estre i tas demais . Deus cr iou o inf in i to pra v ida ser sempre mais .
É JESUS ESTE PÃO DA IGUALDADE, V IEMOS PRA COMUNGAR. COM A LUTA SOFRIDA DE UM POVO QUE QUER TER VOZ, TER VEZ LUGAR. COMUNGAR É TORNAR-SE UM PERIGO, V IEMOS PRA INCO-MODAR. COM A FÉ E UNIÃO NOSSOS PASSOS UM DIA VÃO CHEGAR.
O espír i to é vento incessante, que nada há de temer. E le sopra até no absurdo que a gente não quer ver. Muito tempo não dura a verdade, nestas margens estre i tas demais . Deus cr iou o inf in i to pra v ida ser sempre mais .
É JESUS ESTE PÃO DA IGUALDADE, V IEMOS PRA COMUNGAR. COM A LUTA SOFRIDA DE UM POVO QUE QUER TER VOZ, TER VEZ LUGAR. COMUNGAR É TORNAR-SE UM PERIGO, V IEMOS PRA INCO-MODAR. COM A FÉ E UNIÃO NOSSOS PASSOS UM DIA VÃO CHEGAR.
No banquete da mesa de uns poucos, só r ico se sentou. Nosso Deus f ica ao lado dos pobres, co lhendo o que sobrou. Muito tempo não dura a verdade, nestas margens estre i -tas demais . Deus cr iou o inf in i to pra v ida ser sempre mais .
É JESUS ESTE PÃO DA IGUALDADE, V IEMOS PRA COMUNGAR. COM A LUTA SOFRIDA DE UM POVO QUE QUER TER VOZ, TER VEZ LUGAR. COMUNGAR É TORNAR-SE UM PERIGO, V IEMOS PRA INCO-MODAR. COM A FÉ E UNIÃO NOSSOS PASSOS UM DIA VÃO CHEGAR.
O poder tem ra ízes na are ia , o tempo a faz ca i r. A união é rocha que o povo usou para construi r. Muito tempo não dura a verdade, nestas margens estre i tas demais . Deus cr iou o inf in i to pra v ida ser sempre mais .
salmo
– Repreendestes as nações, e
os maus perdestes, apagastes
o seu nome para sempre.
- O in imigo se arruinou eter-
namente, suas c idades foram
todas destruídas, e até sua
lembrança exterminastes.
– Mas Deus sentou-se para
sempre no seu t rono, prep-
arou o t r ibunal do ju lgamento;
– ju lgará o mundo inte i ro com
just iça, e as nações há de
ju lgar com equidade.
– O Senhor é o refúgio do
opr imido, seu abr igo nos
momentos de af l ição.
– Quem conhece o vosso
nome, em vós espera, porque
nunca abandonais quem vos
procura.
– Cantai h inos ao Senhor Deus
de S ião, ce lebra i seus grandes
fe i tos entre os povos!
– Pois não esquece o c lamor
dos infe l izes, deles se lembra
e pede conta do seu sangue.
- Tende pena e compaixão de
mim, Senhor! Vede o mal que
os in imigos me f izeram! E das
portas dos abismos ret i ra i -me,
- para que eu possa anun-
c iar vossos louvores junto às
portas da c idade de S ião, e
exul tar por vosso auxí l io e
sa lvação!
- Os maus caí ram no buraco
que cavaram, nos própr ios
laços foram presos os seus
pés.
- O Senhor mani festou seu
ju lgamento: f icou preso o
pecador em seu pecado.
– Que tombem no abismo os
pecadores
e toda gente que se esquece
do Senhor!
– Mas o pobre não será
sempre esquecido,
nem é vã a esperança dos
humildes.
– Senhor, erguei -vos, não
se ufanem esses homens!
Perante vós sejam ju lgados os
soberbos!
– Lançai , Senhor, em c ima
deles o terror, e sa ibam todos
que não passam de morta is !
– G lór ia ao Pai e ao F i lho e
ao Espír i to Santo. Como era
no pr inc íp io, agora e sempre.
Amém
Defendestes meu dire i to
e minha causa, ju iz justo
assentado em vosso t rono.
Ação de graças pela v i tór ia
De novo há de v i r em sua
g lór ia para ju lgar os v ivos e
os mortos
– Senhor, de coração vos
dare i graças, as vossas
maravi lhas cantare i !
– Em vós exul tare i de
a legr ia , cantare i ao vosso
nome, Deus Al t íss imo!
– Vol taram para t rás meus
in imigos, perante a vossa
face pereceram;
– defendestes meu dire i to
e minha causa, ju iz justo
assentado em vosso t rono.
Le i tura bíb l ica
O tema da SdE: As Bem Aventuranças Mateus 5, 1-12.
Meditação
Depois da le i tura, há um tempo para meditação. Este tempo é para deixar que a palavra ca ia mais profundamente no coração e se encon-tre com a nossa exper iência de v ida. Após um tempo de s i lêncio, pode haver part i lha de sent imentos, compromissos e apelos que a boa nova do Senhor fez surg i r em nós.
Cânt ico Evangél ico
CANTICO DE MARIA (Lc 1 ,46-55) .
O Senhor fez em mim maravi lhas, santo, santo, santo, é seu nome. A minha a lma engrandece o
Senhor e exul ta o meu espír i to em Deus, meu Salvador ; Porque olhou para a humildade de sua
serva, doravante as geraçõeshão de chamar-me de bendita . O Poderoso fez em mim maravi lhas, e
santo È o seu nome! Seu amor para sempre se estende sobre aqueles que o temem.
Mani festa o poder de seu braço, despede os r icos sem nada. Acolhe Israel , seu serv idor, f ie l ao
seu amor. Como havia promet ido a nossos pais , em favor de Abraão e de seus f i lhos para sempre.
Glór ia ao Pai e ao F i lho e ao Espir i to Santo. Como era no pr inc íp io, agora e sempre. Amém!
PRECES, PAI -NOSSO
Preces de maneira espontânea, no f inal das preces rezar o Pai Nosso.
Em seguida, entoar a música “Pai nosso dos márt i res”:
Oração
O Deus da v ida e da dignidade, conceda-nos rebeldia , ousadia, força e sabedor ia na luta contra os
que, querem destrui r nossas v idas, escolas, em f im nossa busca pelo conhecimento e l iberdade.
A lcançando neste mundo a exper iência de uma sociedade justa, f raterna e l ivre dos que querem
apr is ionar nossas mentes. Por teu espir i to concedamos a leveza e a legr ia do Espir i to para con-
quistarmos uma educação verdadeira e l ivre . Isso vos pedimos por meio do teu f i lho Jesus Cr isto.
Amém
Encerramento
Terminar o of ic io com um canto ou uma dança ou um abraço de paz, a equipe
poderá encontrar um refrão que funcione como “saidei ra”, um gr i to de ordem.SEMANA DO ESTUDANTE 2017 2 3
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