Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação XXXIX Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – São Paulo - SP – 05 a 09/09/2016
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O Jornalismo Esportivo na mídia regional: predominâncias no
globoesporte.com/tocantins1
Ana Luiza da Silva DIAS2
Liana Vidigal ROCHA3
Universidade Federal do Tocantins, Palmas, TO
Resumo
O objetivo deste artigo é analisar o globoesporte.com/to, identificando as predominâncias
presentes no jornalismo esportivo regional. Para tanto, foram selecionadas 38 publicações
durante oito dias consecutivos a fim de identificar os critérios de noticiabilidade
preponderantes nas postagens. Em seguida, foram listados os esportes que mais se
destacaram na amostra, utilizando a técnica de análise de conteúdo em uma pesquisa do tipo
descritiva. Os resultados são apresentados em tabelas ilustrativas que mostram o
predomínio dos critérios de rivalidade e de proximidade assim como a incontestável
presença do futebol como principal tema das pautas esportivas.
Palavras-chave: jornalismo esportivo; mídia regional; globoesporte.com; Tocantins.
Introdução
Um homem arremessando pedrinha na água. De acordo com Alcoba (2005 apud
SILVEIRA, 2009, p. 41), esse foi o princípio do esporte. Essa atividade logo foi
compartilhada com outras pessoas, se tornou lazer e passou a ser também competição.
Entretanto, para difundir a ideia de jogo, foi necessário utilizar a linguagem ou, no caso, a
comunicação. Com a propagação da prática, nascia, então, o esporte.
Uma peculiaridade do esporte é que ele consegue fazer com que pessoas de
diferentes lugares, religiões, idades e raças se unam com um só propósito: competir. Um
exemplo são os Jogos Olímpicos, que celebram a união das nações envolvidas no evento e,
apesar do clima de disputa, os atletas envolvidos apresentam, em sua maioria, um espírito
de cordialidade e de solidariedade. Em outros momentos, como no caso da Copa do Mundo
realizada no Brasil, o megaevento provocou mudanças políticas, sociais e econômicas no
país.
Para informar sobre os principais acontecimentos envolvendo os personagens e
elementos desse segmento, entra em cena o jornalismo esportivo, área de atividade cujo
1 Trabalho apresentado na Divisão Temática Jornalismo, da Intercom Júnior – XII Jornada de Iniciação Científica em
Comunicação, evento componente do XXXIX Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação. 2 Estudante de Graduação 6º semestre do Curso de Jornalismo da Universidade Federal do Tocantins, e-mail:
[email protected]. 3 Orientador do trabalho. Professora-adjunta do Curso de Jornalismo da Universidade Federal do Tocantins, e-mail:
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interesse está voltado para os esportes e suas modalidades. Com o objetivo de levar a
informação jornalística para públicos específicos, foram criados também os veículos
regionais especializados.
O globoesporte.com chegou a todos os estados brasileiros com seções regionais
quando lançou o globoesporte.com/to, em junho de 2013. Dessa forma, além da cobertura
esportiva nacional, os internautas também passaram a ter acesso à cobertura local. O
globoesporte.com/to segue a linha editorial do nacional, mas com conteúdos voltados para o
regional, deixando o público mais próximo do que acontece a sua volta no que se refere a
esporte.
O primeiro passo para esta investigação foi fazer uma pesquisa bibliográfica sobre
jornalismo esportivo, mídia regional e critérios de noticiabilidade, que baseou-se nos
seguintes autores: Coelho (2003, 2004); Silveira (2009); Stycer (2009); Peruzzo (2005),
Erbolato (1991) e Lage (2001). A partir dessa construção teórica foi possível fazer a análise
de conteúdo em função do fato de que esta técnica permite a descrição sistemática, objetiva
e quantitativa das informações. Portanto, pode-se dizer que este trabalho trata-se de uma
pesquisa descritiva cujo objetivo é analisar as postagens do globoesporte.com/to a fim de
descobrir quais critérios de noticiabilidade e modalidades esportivas são mais presentes nas
publicações.
Esporte e História
O esporte pode ser considerado bem mais do que uma simples partida ou uma
disputa entre pessoas ou equipes. Ele é passatempo, mas é saúde; é referência quanto a
exemplo de vida; é profissão, mas é política; é espetáculo e também é negócio. Da prática
amadora ao de alto rendimento, o esporte tem mostrado a sua força através dos tempos,
sobretudo, quando associado ao capital e aos eventos de grande porte, como campeonatos
internacionais de futebol ou mundiais de diferentes modalidades esportivas.
Por todos esses fatores, pode-se afirmar que o esporte é um segmento altamente
rentável. Um atleta que tem um bom desempenho nas competições atrai a atenção da mídia
e fica em evidência. Dessa forma clubes e patrocinadores também aproveitam para explorar
esse fenômeno, criando situações e, até mesmo produtos, para obter vantagens. Esses
episódios podem ser associados, por exemplo, ao esporte espetáculo, cujo principal objetivo
é o lucro. Para Nathalia Ely da Silveira:
[...] é necessário distinguir esse tipo de esporte com a faceta educativa e
social do esporte, pois o atleta deixa de ser apenas o profissional da sua
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atividade, para seguir aquilo que o pagante pede, transmitindo a imagem
desejada pelo patrocinador (SILVEIRA, 2009, p.40).
Portanto, o registro das informações envolvendo os fatos e os personagens dessa
área é feito pelo Jornalismo ou mais especificamente do jornalismo esportivo. O jornalismo
esportivo é uma das vertentes do jornalismo especializado, que divide os vários assuntos
existentes e passa a ter um só tema como foco. No nosso caso o esporte é o tema principal,
mas que também pode ter outras ramificações como especialização em futebol, vôlei e
tênis, por exemplo.
Os primeiros jornais esportivos que circularam no mundo surgiram na Europa. São
eles: Journal des Haras (França - 1828), Sportman (Inglaterra -1852) e a revista El Cazador
(Espanha -1856). Em 1895, foi a vez dos norte-americanos darem atenção ao esporte com a
inclusão de páginas sobre o assunto no The New York Journal. O sucesso foi tão
significativo que os demais jornais se sentiram obrigados a cobrir também o tema. “Em
1926, o The New York Times publicou na primeira página e em colunas, com direito à
fotografia do boxeador Gene Tunney e um carro, recebendo homenagens dos torcedores
que festejavam a vitória dele” (SILVEIRA, 2009, p. 20).
No Brasil, a cobertura esportiva teve início com o futebol. Segundo Ribeiro (2007,
p. 20), Charles Miller “conheceu o jornalista que se tornaria nas duas décadas iniciais do
século XX a principal figura da imprensa esportiva brasileira: Mário Cardim, um jovem de
apenas 18 anos, que trabalhava no jornal O Estado de S. Paulo”. Os veículos impressos da
época publicavam mais informações sobre política local e nacional. O espaço para o esporte
era praticamente nulo, mas com o tempo o futebol, conquistou o interesse dos jornais.
De acordo com Paulo Vinicius Coelho (2004b, p. 08) os primeiros relatos esportivos
foram feitos em 1910, pelo jornal Fanfulla. O jornal se dedicava a descrever as partidas de
futebol amador dos imigrantes italianos que moravam na cidade de São Paulo. Um fato
curioso sobre o jornal é que ele não era escrito em Português, mas em italiano em função da
colônia a qual era dirigido (MESSINA, 2004, p. 5).
A prática cresceu ao ponto do periódico sugerir a criação de um clube de futebol.
Nascia assim o Palestra Itália que, anos mais tarde, se transformaria no Palmeiras. O jornal
ainda registrou momentos históricos do esporte brasileiro, como o surgimento do futebol no
Flamengo e os primeiros registros sobre basquete e vôlei no Brasil.
Não existia o que se pode chamar hoje de jornalismo esportivo. Mas não
fossem aqueles relatos e ninguém jamais saberia, por exemplo, quando e
qual foi o primeiro jogo do velho Palestra. Nem do velho Corinthians,
nem do Santos, nem que o futebol do Flamengo só nasceu em 1911,
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apesar de o clube ter sido fundado para a prática do remo 16 anos antes. A
primeira cesta no Brasil, o primeiro saque. Tudo foi registrado. Tudo meio
a contragosto. Porque nas redações do passado – e isso se verifica também
hoje em dia – havia sempre alguém disposto a cortar uma linha a mais
dedicada ao esporte (COELHO, 2003, p. 08)
A década de 1920 foi importante para o esporte, pois, ao publicar informações sobre
o segmento no jornal A Gazeta, Casper Líbero abriu as portas para os suplementos
destinados a divulgar os eventos da área. Em dezembro de 1928, nasce então A Gazeta –
Edição Esportiva, que mais tarde se transformaria em A Gazeta Esportiva, tornando-se
referência na crônica esportiva paulistana.
Figura 01: À esquerda, o primeiro registro sobre a formação do Palestra Itália no jornal Fanfulla
(agosto de 1914) e, à direita, a capa da edição esportiva do jornal A Gazeta em janeiro de 1929
Fontes: <http://www.jornalfanfulla.com> e <http://gazetapress.com> Acesso em 07 jul 2016
No Rio de Janeiro, ao contrário de hoje, o esporte mais popular da época era o remo,
e a partir dele começaram a surgir os times de futebol, como Flamengo e Vasco. O futebol
só começou a se popularizar depois que o Clube de Regatas Vasco da Gama aceitou
jogadores negros em seu elenco e foi campeão da segunda divisão carioca. Em 1933, com a
profissionalização do futebol, o jornalista Mário Filho viu a oportunidade de publicar um
jornal especializado em esportes (SILVEIRA, 2009, p. 22).
Os jornais do Rio de Janeiro foram os que mais deram espaço para os
acontecimentos esportivos. Em 1926, Mário Filho começou a escrever sobre esportes no
jornal A Manhã e em 1936 comprou o Jornal dos Sports (KONDER, 2008, p. 27). Foi
também nessa época que surgiram os primeiros “cadernos exclusivamente dedicados ao
esporte” (MESSINA, 2008, p. 5). O Estadão foi um dos últimos a dedicar um espaço
exclusivo para o esporte, só em 1960, após a Seleção Brasileira ter ganhado a Copa de
1958. Estava criada então a imprensa esportiva com jornalistas especializados no assunto.
A partir daí, as outras mídias perceberam quão vantajoso seria investir no jornalismo
esportivo para conquistar audiência. No rádio, a primeira partida de futebol foi transmitida,
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em 1931, por Nicolau Tuma, da Rádio Educadora Paulista. Até aquele momento, havia
apenas a transmissão de boletins informativos que divulgavam os eventos esportivos
(SOARES, 1994, p. 18). Já a Rádio Clube do Brasil, no Rio de Janeiro, foi a responsável
por transmitir o jogo entre Brasil e Polônia, na Copa do Mundo da França, em 1938, um dos
maiores eventos esportivos da época.
A primeira transmissão esportiva que os brasileiros puderam acompanhar pela
televisão foi um clássico paulista. A partida entre São Paulo e Palmeiras foi transmitida pela
TV Tupi, em 1950. Ainda na mesma década a TV Record começou a realizar transmissões
externas e logo passou a ser referência em cobertura esportiva.
Segundo Stycer (2009, p. 175), durante as décadas de 1940, 1950 e 1960, o
jornalismo brasileiro vai passar por importantes transformações técnicas, fazendo com que
jornais considerados com prestígio se distanciem dos mais populares ao adotar dois valores
consagrados na imprensa norte-americana. “Dois valores formam a espinha dorsal desse
modelo: liberdade de imprensa e objetividade” (STYCER, 2009, p. 175). Nessa época, A
Gazeta Esportiva (SP) e o Jornal dos Sports (RJ) se consolidam na área.
Devido ao aumento da popularidade desse segmento, o jornalismo esportivo passou
enfim a ser uma especialidade. O jornalismo esportivo, assim como o policial, era uma
editoria que não era valorizada no meio jornalístico. Isso porque as matérias eram escritas
de forma passional, cheias de emoção e sentimento.
Em todas as publicações, o que se faz é uma crônica esportiva. O futebol é
retratado com dramaticidade, há uma idolatria aos jogadores e um escrito
que tem por finalidade motivar o torcedor. Impreciso, sem muito
comprometimento com a realidade, com a objetividade e a imparcialidade,
questiona-se se tais vínculos podem ser considerados jornalísticos
(SILVEIRA, 2009, p. 22-23)
Para Coelho (2003, p. 09), era muito difícil conduzir uma redação esportiva no
século passado. O principal problema era o preconceito em relação ao público-leitor dos
diários esportivos. “O preconceito não era infundado, o que tornava a luta ainda mais
inglória. De fato, menor poder aquisitivo significava também menor poder cultural e,
consequentemente, ler não constava de nenhuma lista de prioridades”. Inclusive, o autor
aponta também essa questão para justificar o surgimento e o desaparecimento de jornais e
revistas sobre esportes ao longo dos anos.
Contudo, em outubro de 1997, é lançado o jornal Lance! que, de acordo com Stycer
(2009), trata-se de um experimento empresarial e jornalístico com características ímpares
na natureza da imprensa brasileira. Em formato tabloide e redações no Rio de Janeiro e em
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São Paulo, o diário esportivo foi o primeiro a ser lançado totalmente em cores no Brasil
além de apresentar textos para leitura curta e rápida. Ao criar o Lance!, Walter de Mattos
procura encarnar publicamente a “figura do novo homem de imprensa”. O empresário
associa-se a investidores do mercado financeiro e “dá como velhos e ultrapassados os dois
jornais que reinaram no mercado por mais de meio século, Gazeta Esportiva e Jornal dos
Sports” (STYCER, 2009, p. 307).
É também a partir dos anos de 1990 que muitos jornalistas esportivos migram para
os sites. Foi nessa época que Paulo Vinicius Coelho e outros colegas começaram no website
Lance!, mais conhecido como Lancenet!, que hoje é considerado uma das principais
referências de cobertura esportiva do Brasil. Com ênfase no futebol, o veículo procura
oferecer ao público informações sobre outros esportes que estejam em evidência, como
basquete, vôlei, Fórmula 1 e lutas.
Em abril de 2005, as Organizações Globo entram na briga pela audiência do
webjornalismo esportivo e lançam o globoesporte.com. Focado na convergência de
conteúdo dos programas esportivos produzidos pelos canais de TV do grupo, o site
aproveita e compartilha o material do Globo Esporte, Auto Esporte, Esporte Espetacular
(Rede Globo) além de SporTV e GloboNews (Globosat). “O conteúdo on-line funciona
como complemento da versão tradicional, não há uma competição, pelo contrário, ele serve
como mecanismo de fidelização da edição televisiva, como no caso do globoesporte.com”
(BORZILO, 2008, p. 03). Com a consolidação do site, foram lançadas as versões regionais
do veículo que, em pouco tempo, ajudaram-no a se transformar em um portal de jornalismo
esportivo.
Jornalismo esportivo regional: o globoesporte.com no Tocantins
De acordo com Cicília Peruzzo, o jornalismo local é “aquele que retrata a realidade
regional ou local, trabalhando, portanto, a informação de proximidade” (PERUZZO, 2005,
p.78). A mídia local segue características da mídia nacional e até aborda assuntos
semelhantes, mas procura manter proximidade com seu público. Ainda de acordo com a
autora, informação de proximidade é “aquela que expressa as especificidades de uma dada
localidade” (PERUZZO, 2005, p.81).
Contudo, a pesquisadora ressalta que há três fatores que prejudicam a mídia local:
primeiro, o tempo muito limitado pelas redes. Segundo, o horário disponibilizado para
exibição costuma ser muito cedo ou muito tarde. E terceiro, o padrão de enquadramento
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imposto pelas redes (PERUZZO, 2005, p. 72). Esse padrão faz com que a mídia local perca
um pouco da sua característica regional, por exemplo.
Uma característica observada é que a mídia local costuma utilizar fontes oficiais, o
que acaba por formar um jornalismo de aspas. Grande parte do conteúdo veiculado por ela é
gerado por assessorias de imprensa privadas e, principalmente, públicas. Essa ligação e
dependência do poder público podem deturpar e tirar a credibilidade da informação que vai
chegar ao público.
A mídia local tem também, no mínimo dois fatores que cooperam com a sua
expansão: crise financeira e globalização. Os assuntos nacionais e internacionais são
abordados pelo que se pode chamar de grande mídia e os assunto regionais são abordados
pela mídia local. É importante lembrar que até mesmo a grande mídia faz jornalismo
regional, como o Estado de S. Paulo, que também trata de assuntos da cidade onde o jornal
está instalado. Peruzzo considera que:
[...] a mídia de proximidade se constitui numa demanda regional e local.
Há interesse das pessoas em ver os temas de suas localidades retratados na
mídia, como também há interesse por parte da mídia em ocupar o espaço
regional com vistas a atingir seus objetivos mercadológicos (PERUZZO,
2005, p.83).
Nesse sentido, o globoesporte.com começou a criar páginas com conteúdo regional a
partir de 2011 com a ideia de integrar o conteúdo nacional com o local. Seguindo a mesma
proposta, em 2013, foi criado o globoesporte.com/to, que é uma página voltada para a
cobertura esportiva do estado do Tocantins.
O globoesporte.com/to segue a linha editorial do globoesporte.com nacional.
Embora haja espaço para todos os esportes, o foco do site é o futebol porque esse ainda é o
esporte de maior visibilidade. A equipe também procura optar por reportagens com
personagens de destaque no esporte ou algo curioso. Normalmente são feitas cerca de cinco
publicações por dia. O site publica material de assessorias de comunicação e também
vincula matérias de outras praças à sua página. No período de análise foram encontradas
publicações produzidas pelo globoesporte.com do Rio de Janeiro, Amazonas, São Paulo e
Roraima. É importante ressaltar que essas matérias possuem algum critério para estarem
vinculadas ao globoesporte.com/to.
Para ilustrar e complementar as publicações o globoesporte.com/to faz uso de
fotografias, vídeos, arte e às vezes infográficos. O site também utiliza hipertextos no meio
da matéria. Por exemplo, se uma notícia informa a contratação de um jogador de futebol
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pelo time X, então são incluídos dois links sobre notícias recentes do clube ou um link que
apresente a tabela do campeonato.
As publicações mais acessadas no site são sobre os campeonatos locais, tabelas e
matérias curiosas, principalmente as matérias que rendem repercussão no globoesporte.com
nacional. O globoesporte.com/to oferece espaço para participação do público, além de
enquetes, o internauta também pode enviar sugestão de pauta, fotos e vídeos no “VC no
Esporte”. A equipe do globoesporte.com/to é formada por dois estagiários e por uma
jornalista, que também é editora4.
Critérios de Noticiabilidade e Métodos
A matéria prima do trabalho do jornalista é a notícia, que pode ser entendida como o
“relato de uma série de fatos a partir do fato mais importante, e este, de seu aspecto mais
importante” (LAGE, 2001, p. 54). Pesquisar, trabalhar e vender as notícias é a função
básica dos veículos jornalísticos. Milhares de informações são oferecidas ao público todos
os dias e mesmo assim nenhuma empresa é capaz de publicar todos os fatos que acontecem.
Por outro lado, é importante dizer que nem todo fato que acontece se transforma em
notícia. É necessário que haja um elemento atraente. Para criar interesse no leitor, a notícia
deve ter algumas características, como: ser inédita, recente, verdadeira, objetiva e de
interesse público. Lage explica que a notícia é constituída por dois componentes básicos: a)
componente lógico (organização relativamente estável) e b) componente ideológico
(elementos escolhidos segundo critérios de valor mutáveis).
Esse segundo componente pode ser associado ao que se chamou de critérios de
noticiabilidade que seriam “critérios de avaliação formal, considerando constatações
empíricas, pressupostos ideológicos e fragmentos de conhecimento científico” (LAGE,
2001, p. 92). Segundo Silva (2005, p. 96), “é no percurso dessa longa cadeia produtiva da
notícia que devemos investigar a rede de critérios de noticiabilidade, compreendendo
noticiabilidade como todo e qualquer fator potencialmente capaz de agir no processo da
produção da notícia”.
Os critérios não são fixos. Eles vão variar conforme os interesses da empresa e
principalmente do público. De maneira abrangente, as notícias podem ser classificadas
como locais, nacionais e internacionais. O jornal Folha de S. Paulo acredita que as notícias
podem e devem ser hierarquizadas. Stycer (2009, p. 176) fala sobre esses quatro níveis de
4 Informações obtidas com a equipe do site.
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hierarquização definidos pelo jornal: 1) notícias de interesse geral, capazes de modificar
estruturas políticas, econômicas, culturais, de uma cidade, um país, o mundo; 2) notícias de
utilidade pública, que afetam a vida cotidiana (saúde, educação, ciência, economia,
legislação etc); 3) notícias que causam comoção pública, com as quais o público partilha a
dor, a emoção etc; 4) notícias que contêm análises originais.
Vale ressaltar que cada veículo escolhe os seus próprios critérios para selecionar o
que é notícia. Portanto, foram elaborados alguns critérios de noticiabilidade para auxiliar na
compreensão da seleção das notícias. Para esta pesquisa, são utilizados os critérios
desenvolvidos por Mário L. Erbolato, jornalista, professor e pesquisador da PUC-
Campinas. No livro Técnicas de Codificação em Jornalismo, de 1991, Erbolato apresenta
24 critérios que, “embora não aceitos pela unanimidade”, são essenciais para chamar a
atenção do público. São eles: proximidade; marco geográfico; impacto; proeminência;
aventura e conflito; consequências; humor; raridade; progresso; sexo e idade; interesse
pessoal; interesse humano; importância; rivalidade; utilidade; política editorial do jornal;
oportunidade; dinheiro; expectativa ou suspense; originalidade; culto de herois; descoberta
e invenções; repercussão; confidências (ERBOLATO, 1991, p. 60).
Esses critérios são utilizados na análise feita no jornalismo praticado pelo
globoesporte.com/to. Para tanto, foram selecionadas 38 publicações do site veiculadas entre
os dias 29 de junho e 06 de julho. Esse período foi escolhido em função do término do
campeonato tocantinense de futebol para verificar justamente qual o tipo de notícia e os
critérios que predominam no site fora do período da realização da competição desse
esporte. Em seguida, é feita uma identificação e uma quantificação dos esportes mais
recorrentes nessas publicações com o intuito de aferir qual modalidade esportiva recebe
mais atenção por parte do veículo.
É possível afirmar que esta pesquisa teve como objetivos coletar, analisar e
interpretar dados referentes ao webjornalismo esportivo praticado no Tocantins por meio do
globoesporte.com a fim de sistematizar situações ainda pouco exploradas como os critérios
de noticiabilidade presentes no veículo regional. Por se tratar de uma pesquisa descritiva, o
artigo relata as principais características do site assim como procurou utilizar técnicas
padronizadas para a coleta de dados: oito dias em sequência; nos períodos da manhã, tarde e
noite; captura e armazenamento das imagens em arquivos separados por datas, print e
organização do material. Foi feita ainda uma pesquisa bibliográfica sobre jornalismo
esportivo, mídia regional e critérios de noticiabilidade com destaque para os seguintes
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autores: Coelho (2003, 2004); Silveira (2009); Stycer (2009); Peruzzo (2005), Erbolato
(1991) e Lage (2001). Para alcançar os objetivos, foi escolhida a análise de conteúdo como
técnica de pesquisa por entender que permite a descrição sistemática, objetiva e quantitativa
do conteúdo. Por fim, para ajudar na interpretação dos dados, foram elaboradas tabelas com
os dados coletados na tentativa de ilustrar os resultados.
Predominâncias no globoesporte.com/to
Conforme explicado anteriormente, foi feito o acompanhamento das publicações do
globoesporte.com/to durante oito dias consecutivos: de 29 de junho a seis de julho de 2016.
Nesse período foram captadas 38 publicações, seguindo uma média de cinco postagens por
dia (tabela 01).
Tabela 1 – Número de publicações captadas
Data Quantidade de Publicações
29 de junho 4
30 de junho 3
1 de julho 6
2 de julho 4
3 de julho 3
4 de julho 6
5 de julho 6
6 de julho 6
Total 38
Fonte: produção própria
De acordo com as informações obtidas junto à redação do globoesporte.com/to, por
dia, são feitas, em média, cinco postagens no site sobre assuntos relacionados a esporte.
Com base na tabela 01, é possível perceber que, no período analisado, essa informação se
confirmou, visto que, ao dividir o total de 38 publicações por oito dias, chega-se ao valor de
4,75 publicações/dia. O destaque fica para os dias 01, 04, 05 e 06 de julho com seis
postagens cada.
No caso do jornalismo esportivo, mesmo sendo uma área especializada, é possível
afirmar que a seleção das notícias obedece aos mesmos processos das demais editorias. De
acordo com Barbeiro e Rangel (2006, p. 14), o jornalismo esportivo deve seguir as regras
das outras especialidades, entre elas o tratamento com as fontes, a busca pela informação, a
perspicácia para identificar os diferentes ângulos da notícia e os critérios de noticiabilidade.
Opinião também compartilhada por Sousa (2005, p. 112) ao explicar que o jornalismo
esportivo trata-se de um segmento jornalístico como outro qualquer.
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Como em qualquer produto jornalístico, a seleção da notícia esportiva é
um processo norteado pelos critérios de notícia pelos critérios de
noticiabilidade universais à atividade de produção e transformação de
acontecimentos em fatos noticiáveis. Também no noticiário esportivo tem
mais chances de se tornar notícia o que é factual, que desperta o interesse
do público, que atinge o maior número de pessoas, que seja inusitado ou
curioso, que seja novidade e que apresente bons personagens (SOUSA,
2005, p. 112).
Por outro lado, Quaresma (2013) defende que o grau de noticiabilidade de uma
notícia de esporte apresenta discrepâncias quando comparado com o noticiário generalista.
Para o autor, “o tratamento que é dado a um determinado assunto pode variar tanto no
aprofundamento que é conferido a uma notícia como no ângulo que é privilegiado”
(QUARESMA, 2013, p. 61). Isso porque o jornalismo esportivo, em sua maioria, é regido
pela emoção e pela paixão, sobretudo, por parte do público consumidor. Nesse caso, a
notícia esportiva tenderia mais para o entretenimento, para a espetacularização do fato que
para a utilidade pública.
Na impossibilidade de montar um quadro composto pelos 24 critérios de
noticiabilidade propostos por Erbolato, decidiu-se apresentar no formato de tabela somente
os critérios identificados nas publicações com a sua respectiva quantificação. Durante a
descrição dos dados, esses critérios são melhor explicados para ajudar no entendimento da
pesquisa.
Tabela 2 – Critérios de Noticiabilidade nas publicações
Critério Nº de publicações Porcentagem
Rivalidade 12 31,57%
Proximidade 12 31,57%
Utilidade 04 10,52%
Interesse Humano 02 5,26%
Raridade 02 5,26%
Oportunidade 02 5,26%
Marco Geográfico 02 5,26%
Consequência 02 5,26%
Total 38 100%
Fonte: produção própria
Durante o período de análise do globoesporte.com/to, dos 24 critérios de
noticiabilidade propostos por Erbolato (1991), foram identificados apenas oito nas
publicações. São eles: i) rivalidade; ii) proximidade; iii) utilidade; iv) interesse humano; v)
raridade; vi) oportunidade; vii) marco geográfico e viii) consequência. Das 38 publicações
coletadas, 12 tinham como principal característica a rivalidade ou a proximidade,
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12
totalizando 24 postagens. Na sequência, o critério nomeado como utilidade aparece quatro
vezes. Já os critérios interesse humano, raridade, oportunidade, marco geográfico e
consequência aparecem com duas ocorrências cada.
A partir dessa quatificação, é possível perceber que os critérios de rivalidade
(31,57%) e proximidade (31,57%) são os mais utilizados pelo globoesporte.com/to,
representando um total de 63,14% no período pesquisado. Vale ressaltar que o critério de
rivalidade diz respeito aos campeonatos esportivos e à disputa de títulos, formando um
clima de antagonismo entre os participantes. Já o critério de proximidade é referente às
notícias locais e suas características, divulgando fatos que ocorrem “perto do leitor e a ele
ligado” (ERBOLATO, 1991, p. 61 e 63). Abaixo segue um exemplo de publicação
relacionado a cada critério (figura 02):
Figura 02: À esquerda, um exemplo de rivalidade; à direita, um exemplo de proximidade
Fonte: < http://globoesporte.globo.com/to/>. Acesso em 14 jul 2016.
Por outro lado, vale destacar que as notícias envolvendo utilidade, e que geralmente
são referentes à prestação de serviço e/ou informações úteis, ocuparam apenas 10,52% do
noticiário no período coletado. Os demais critérios – interesse humano, raridade,
oportunidade, marco geográfico e consequência – juntos ocuparam 26,3% das publicações.
Essas informações reforçam o interesse do veículo em apostar nas notícias ligadas à
disputa, um dos principais conceitos ligados aos esportes, assim como nas pautas que
abordem fatos que estejam ocorrendo (ou que ocorram) próximo ao público alvo. Apesar do
veículo afirmar que existe uma tendência em publicar histórias voltadas para o interesse
humano e/ou curiosidade (raridade), fica evidente que esses assuntos não são tão
recorrentes.
Após identificar os critérios de noticiabilidade que predominam no
globoesporte.com/to, foi feito o levantamento, a quantificação e a proporcionalidade
(porcentagem) sobre qual modalidade esportiva recebe mais atenção e consequentemente
ocupa mais espaço no site. Para ilustrar as informações, foi elaborada a tabela 03 (ver
abaixo).
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Tabela 3 – Esportes predominantes nas publicações
Esporte Quantidade de matéria %
Futebol 31 81,57%
Judô 1 2,63%
Ciclismo/ Mountain Bike 2 5,26%
Corrida 3 7,89%
Vôlei 1 2,63%
Total 38 100%
Fonte: produção própria
No período de análise das postagens do globoesporte.com/to, foi possível identificar
que o futebol é o esporte predominante no site, pois, das 38 publicações analisadas, 31
(81,57%) têm relação com o futebol. Em seguida, vem a corrida com três publicações
(7,89%), ciclismo com duas (5,26%), vôlei com uma (2,63%) e judô também com uma
(2,63%). Números poucos expressivos para uma diversidade de modalidades esportivas que
existente atualmente (figura 03).
Figura 03: Exemplos de publicações sobre outros esportes: judô, vôlei, ciclismo e corrida
Fonte: < http://globoesporte.globo.com/to/>. Acesso em 14 jul 2016.
O fato do futebol ocupar 81,57% das publicações não é uma surpresa, visto que o
próprio veículo afirma que a modalidade é o principal foco das pautas, “pois é o público (o
assunto) que mais dá audiência”. Contudo, mesmo com essa informação em mãos, havia a
possibilidade do futebol ter menos espaço no site em função do término do campeonato
tocantinense. Hipótese totalmente não comprovada neste estudo. Essas informações
revelam ainda a falta de investimento na diversificação das pautas, visto que poucas
modalidades foram abordadas. Em 38 publicações, apenas cinco esportes foram
contemplados.
Portanto, é possível afirmar que, mesmo em épocas fora da realização do
campeonato tocantinense de futebol, esse esporte ainda é o mais explorado pelo
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globoesporte.com/to, configurando-se em uma das predominâncias no site. Sobre a escolha
das notícias, ficou evidente a escolha dos critérios de noticiabilidade relacionados à
rivalidade e à proximidade, representando outra importante predominância no veículo.
Considerações finais
O esporte que começou como uma atividade de entretenimento entre as pessoas
passou a ser associado a sinal de boa saúde também, isso por causa dos benefícios que essa
atividade traz para o corpo. Outra característica que o esporte tem é a competitividade, e
dessa forma consegue atrair espectadores que são movidos pela emoção e pela paixão.
Diante dessa grande capacidade que o esporte tem em despertar interesse no público, a
imprensa começou a se mobilizar para acompanhar as competições esportivas. Dessa forma
nasceu o que hoje chamamos de jornalismo esportivo. Apesar de pouco valorizada nas
redações, o jornalismo esportivo ganhou espaço conforme os jornalistas foram se
profissionalizando nessa área.
Hoje, os eventos esportivos recebem uma grande cobertura midiática, como as
Olimpíadas e os campeonatos mundiais. Só que a grande mídia não consegue fazer a
cobertura de todos os eventos esportivos. E aí então que entra a mídia local para suprir a
necessidade que o público tem de acompanhar o esporte da região. Nesse sentido, o
globoesporte.com, de âmbito nacional, criou seções regionais de todos os estados, sendo o
globoesporte.com/to uma delas.
Durante a análise feita no globoesporte.com/to foi possível perceber que o site
realmente está voltado para a cobertura esportiva local. A equipe do site informou que eles
costumam fazer uma média de cinco publicações por dia e que o assunto principal é o
futebol. Essas informações foram confirmadas durante a análise das 38 publicações feitas
entre 29 de junho e seis de julho, sendo que 31 (81,57%) delas tinham relação com o
futebol.
No que tange aos critérios de noticiabilidade encontrados nas postagens, foi possível
perceber a predominância dos assuntos ligados à proximidade e à rivalidade, somando um
total de 63,14%. Essa predominância se justifica pelo site ser local e porque os esportes
envolvem disputa. Apesar da equipe do globoesporte.com/to informar que o site preza por
matérias de interesse humano, percebemos que essa prática não é muito comum, pois esse
critério foi encontrado em apenas duas publicações (5,26%) durante os oito dias de análise.
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