Rebecca Tavares Puetter
Professor Orientador: Roberto Peixoto Nogueira
Objetivo
Apresentar a complexidade da indstria aeronutica,para que seja possvel superar o gargalo logsticoexistente hoje.
Alm disso, deve-se tomar conhecimento dasdificuldades que devem ser enfrentadas no curtoprazo.
Tpicos Abordados Principais Aeroportos Brasileiros Hubs Areos Conexo com Centros Urbanos Pistas de Pouso e Decolagem Controle do Trfego Areo Terminal Logstico de Cargas Hangares de Apoio Slots e Fingers Manipulao e Transporte de Bagagem Problemas Ambientais Manuteno e Abastecimento de Aeronaves
Principais Aeroportos Brasileiros
Superintendncias Aeronaves Passageiros
So Paulo 730.367 54.941.609
Rio de Janeiro 418.661 24.099.216
Centro-Oeste 368.987 22.805.248
Sul 363.487 22.372.005
Norte 162.152 6.712.622
Noroeste 127.947 4.987.616
TOTAL 2.893.323 179.949.252
Movimento Operacional da INFRAERO em 2011
Principais Aeroportos Brasileiros 14/20 aeroportos operam acima de capacidade hoje
Investimento de R$ 5,6 bi do Governo Federal
Necessrio aumento de 57,4% da capacidade de 13aeroportos para suprir Copa e Olimpadas (IPEA Instituto de Pesquisa Econmica Aplicada)
Prazo mdio de execuo de obras no Brasil: 92 meses 9/13 aeroportos no ficaro prontos a tempo
Investimentos de R$ 20 bi at 2022 para atenuargargalos e evitar colapso (FIESP Federao dasIndstrias do Estado de So Paulo)
Principais Aeroportos Brasileiros 10/13 aeroportos recebem 252 pedidos de pouso e
decolagem, mas s atendem 193 no perodo de pico
Brasil: 2 maior rede aeroporturia do mundo, com4.263 aeroportos e aerdromos (IPEA) e 7 mercado deaviao civil em 2010 (ANAC Agncia Nacional deAviao Civil)
fluxo de passageiros, cargas e aeronaves no esto nem entreos 10 maiores mundiais
EUA: 1 maior rede do mundo, com 14.497 aeroportos eaerdromos
Hubs Areos Centros aeroporturios que so os principais pontos de
encontro de vos, com fluxo intenso de aeronaves epassageiros
Sistemas Ponto-a-Ponto x Hub
Vantagens: Maior nmero de vos diretos
Menor tempo de conexo para vos de pouca durao
Menor porcentagem de bagagens extraviadas
Facilita transferncia entre vos
Hubs Areos Desvantagens:
Atrasos
Trfego areo e infraestrutura congestionados
Risco de colises nas reas de trnsito
Demora do vo, espera em aeroportos e perda de conexes
Classificao de Hubs, em nmero de passageiros emconexes por ano (FAA Federal AviationAdministration):
Grande: maior que 7.102.993
Mdio: de 7.102.992 a 1.775.748
Pequeno: de 1.775.747 a 355.150
Hubs Areos Principal Hub do Brasil e da Amrica Latina:
So Paulo, com ~25% trfego total (Guarulhos, Congonhas,Viracopos), seguido do Rio de Janeiro (Galeo, SantosDumont) e Minas Gerais (Confins, Pampulha)
Tabela McKinsey&Company de utilizao deaeroportos na hora-pico para pista/ptio e no ano paraTerminal de Passageiros e necessidade deinvestimentos at 2030
Tabela de comparao entre principais aeroportos queso e que deveriam ser hubs, de acordo com 300especialistas do setor de transporte areo, cadastradosna lista da SBTA (Sociedade Brasileira de Pesquisa emTransporte Areo)
Hubs Areos
Hubs Areos
Conexo com Centros Urbanos de grande importncia, j que muitas vezes os
aeroportos so afastados das reas urbanas.
Deficincia justamente no Rio de Janeiro e So Paulo,principais metrpoles brasileiras.
Alguns problemas: falta de linhas de metr e trem
trnsito catico, causado principalmente pela movimentaode caminhes de cargas
obras em ritmo lento nas periferias de ambas as cidades
Conexo com Centros Urbanos Rio de Janeiro: construo dos corredores expressos
Transolmpica, Transoeste e Transcarioca Transolmpica: ligar Deodoro Barra da Tijuca, com 26km
(previso 2015)
Transoeste: ligar Barra da Tijuca Santa Cruz, com 56km(previso 2012)
Transcarioca: ligar Barra da Tijuca ao Galeo, com 41km(previso 2014)
Infogrficos da infraestrutura de transporte hoje epreviso para 2015 no Rio de Janeiro
Conexo com Centros Urbanos
Conexo com Centros Urbanos
Conexo com Centros Urbanos So Paulo: planejamento de construo da linha 17 do
metr dentro do saguo do Aeroporto de Congonhas.
Salvador: em andamento o projeto de corredorexpresso do Aeroporto Internacional de Salvador Zona Norte da cidade, financiado pela CAIXA em R$570 mi, com previso para concluso em 2014.
Curitiba: investimentos de R$ 137,5 mi em acessosvirios ao Aeroporto Internacional Afonso Pena atravsdo PAC (Programa de Acelerao do Crescimento) daCopa.
Pistas de Pouso e Decolagem reas que possibilitam o rolamento e corrida de
aeronaves para a decolagem, pouso e frenagem, at aparada das mesmas.
Alguns problemas: nmero limitado de pistas, que pode causar interrupo da
pista quando da ocorrncia de panes de aeronaves, entrada deaves em turbinas, pousos de emergncia, etc.
acmulo de borracha, que podem causar reduo do atrito dopneu com o solo e talvez perda de controle da aeronave
abortivas de decolagem e pouso, que torna necessria umapista com extenso suficiente para que no haja acidentes
Pistas de Pouso e Decolagem Dimensionamento de pistas:
o comprimento real de uma pista deve ser maior que ocomprimento bsico (em condies padro: nvel do mar,plano, vento nulo, etc.) e tambm corrigido por fatores dealtitude, temperatura, e declividade, gerando o comprimentocorrigido (ou necessrio) da pista de pouso.
Conceitos importantes: Stopway: zona de parada, logo aps o final da pista
Clearway: zona livre de obstculos, aps o fim da pista, comuma leve inclinao
RSA (Runway Safety Area): superfcie ao redor da pista
RESA (Runway End Safety Area): rea simtrica adjacente aofinal da pista
Pistas de Pouso e Decolagem Distncias Declaradas:
TORA (Take-Off Run Available): pista disponvel para corridade decolagem
TODA (Take-Off Distance Available): distncia disponvelpara decolagem (TORA + Clearway)
ASDA (Accelerate-Stop Distance Available): distnciadisponvel para acelerao e parada (TORA + Stopway)
LDA (Landing Distance Available): distncia disponvel parapouso.
Pistas de Pouso e Decolagem
Pistas de Pouso e Decolagem Pavimento de pistas: a mistura asfltica ideal para esse
tipo de pavimento o SMA (Stone Matrix Asphalt),composto de agregados grados e mstique asfltico(ligante asfltico, fler, finos minerais e fibras)
Principais benefcios: Boa estabilidade a altas temperaturas
Boa flexibilidade a baixas temperaturas
Alta resistncia ao desgaste
Alta resistncia a derrapagem
Reduo do nvel de rudo
Pistas de Pouso e Decolagem
Pistas de Pouso e Decolagem Grooving: mtodo de estriamento de pavimentos de
aeroportos por fresagem, para melhorar caractersticasde drenagem superficial e resistncia derrapagem,muito utilizado no Brasil.
Pistas de Pouso e Decolagem Sadas a 30 e 45: chamadas de sadas rpidas de pista,
permitem que as aeronaves possam sair a at 93km/h e 65km/h, respectivamente.
Pistas de Pouso e Decolagem Sada a 90: utilizada quando o trfego nas horas-pico
for menor que 30 operaes por hora, quando pode-se sair a uma velocidade pequena.
Pistas de Pouso e Decolagem Tipos de sinalizao na pista:
Vertical: painis com instrues e informaes (figuras abaixo)
Horizontal: pintura de faixas e smbolos no pavimento
Luminosa: luzes aeronuticas
Controle do Trfego Areo O controle do trfego areo no Brasil feito pelas 4
unidades de CINDACTA (Centros Integrados deDefesa Area e Controle do Espao Areo)
Controle do Trfego Areo Cada unidade possui uma rede de radares e estaes de
telecomunicao, que detectam aeronaves quesobrevoam a rea de cobertura.
Todas so subordinadas ao SISCEAB (Sistema deControle do Espao Areo Brasileiro) e ao COMDABRA(Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro).
Os principais servios que elas executam so:gerenciamento do trfego areo, defesa area,fornecimento de informaes aeronuticas,meteorologia aeronutica, telecomunicaesaeronuticas, busca e salvamento.
Controle do Trfego Areo Sistema de Pouso por Instrumento (ILS Instrument
Landing System): tecnologia para auxlio de pouso, composta de equipamentos
radiotransmissores em terra com antenas com propriedadesdirecionais e receptores prprios para o sistema a bordo dasaeronaves.
Funcionamento: interseo de dois ponteiros, verticale horizontal, que devem ser mantidos cruzados ecentrados. Se eles no estiverem dispostos dessaforma, deve-se manobrar a aeronave de forma quevolte a essa configurao.
Controle do Trfego Areo Torres de Controle: reas responsveis pelo controle do
trfego areo, que devem proporcionar ao controlador visibilidade total do circuito do trfego e das pistas.
Tipos de aerdromo: No controlado: no possui torre nem servio ATS (Servio de
Trfego Areo)
No controlado com servio FIS (Flight Information Service): no possui torre, mas possui o Servio de Informao de Vo
Controlado: possui torre mas no possui servios ATS.
Controle do Trfego Areo Controladores de Vo: pessoas responsveis por
diversas aes dentro do ambiente do controle detrfego areo em um aeroporto.
Algumas tarefas: coordenam movimentos de aeronaves
monitoram aerovias
direcionam avies para evitar atrasos
regulam o fluxo de pouso e decolagem de um aeroporto
H muito desgaste na profisso, pois himpossibilidade de erro
Terminal Logstico de Carga So edificaes e ptios para recebimento, tratamento,
armazenamento e transferncia de cargas.
INFRAERO: 34 TECAs, sendo que 30 operam comimportao, 25 com exportao, 17 com carga nacionale 4 com courier (carga expressa)
Sistema TecaPlus: controla cargas e gerencia o curso dalogstica da carga dentro dos terminais
Cargas recebem etiquetas com cdigo de barras (no exterior, jse v RFID Radio Frequency Identification), paraautomatizar e atualizar o endereamento de cargas
Terminal Logstico de Carga Equipamentos de ltima gerao: transpaleteiras,
balanas com capacidade para at 80t, instalaes paracarga viva, cmaras frigorficas, empilhadeiras,medidores de radiao, etc.
Sistema Carga Area Online: clientes cadastrados tmacesso s informaes das cargas armazenadas nosterminais, acompanhando o percurso da mercadoriaem tempo real.
Cdigo de Natureza de Carga (NC): facilita e dinamizao manuseio e armazenagem da carga. Institudo peloSISCOMEX (Sistema Integrado de Comrcio Exterior)e inspirado no cdigo da IATA (International AirTransport Association)
Terminal Logstico de Carga Resultados em 2011:
Processamento de 1,19milhes de toneladas
Crescimento de 3,58%em relao a 2010
Hangares de Apoio So galpes, normalmente localizados prximos a
aeroportos, destinados permanncia, proteo,manuteno e reparo das aeronaves e englobam ptios,edificaes, oficinas, escritrios, etc.
Para se dimensionar um hangar, precisa-se identificar: Tipo de aeronave que ir ocupar o hangar e conjunto e
combinaes de aeronaves que iro ocupar o hangar
Funes de manuteno de aeronaves que sero realizadas nasinstalaes
Tipo e quantidade de rea necessrio para realizar funes eesforo de manuteno
Espao necessrio para escritrio, administrao, etc.
Hangares de Apoio Maior hangar da Amrica Latina
instalado na rea industrial da TAP M&E Brasil, junto aoGaleo
rea total: 250 mil m2
180 mil m2 de rea construda
14,5 mil m2 de hangar
Capacidade: 4 avies simultaneamente
Slots e Fingers Slots so instalaes e partilha de tempo nos
aeroportos reservados s companhias areas.
So muito disputados, pois permitem a operao daempresa area no aeroporto em questo.
So alocados por bloco de hora, onde cada hora possui4 blocos de 15 minutos.
Slots e Fingers Fingers so terminais ou passagens telescpicas que
ligam o aeroporto aeronave, permitindo a entrada e sada de passageiros das aeronaves.
Tipos de terminais: Estacionamento aberto
Terminal pier finger
Terminal pier satlite
Terminal com satlites remotos
Estacionamento remoto
Terminal unitrio
Terminal com fingers remotos
Slots e Fingers Estacionamento aberto: concepo mais centralizada, um
nico terminal, acesso direto do passageiro aeronave Terminal pier finger: salas de embarque nos fingers Terminal pier satlite: reas de espera e embarque nos
satlites Terminal com satlites remotos: acesso por sistemas
mecanizados de transporte, sob o ptio ou sobre eles Estacionamento remoto: sala de espera mvel ou nibus Terminal unitrio: dois ou mais edifcios terminais
separados com acesso direto ao sistema de transporte terrestre
Terminal com fingers remotos: terminal central ligado a fingers por baixo do ptio
Slots e Fingers
Slots e Fingers
Manipulao e Transporte de Bagagem O transporte areo tem como caracterstica a
separao do passageiro de sua bagagem, o queaumenta a complexidade da logstica, tanto debagagens quanto do terminal de passageiros.
Sistema de transporte e manuseio de bagagens BCSSistemas Porturios: despacho de bagagemautomatizado, esteiras de check-in, esteiras coletoras,esteiras extra-grandes, carrossis, esteirastransportadoras, esteiras de enfileiramento, esteirascurvas, unidade de triagem vertical, sistema de seleode bagagem, desviadores e integrao com raio-X.
Manipulao e Transporte de Bagagem
Manipulao e Transporte de Bagagem Fluxo de passageiros e bagagens:
Embarque: saguo principal, check-in, salas de pr-embarque, controle alfandegrio (para vosinternacionais), salas de espera final junto ao porto deembarque e controle de passaportes
Desembarque: controle sanitrio, de imigrao einspeo aduaneira(para vos internacionais),recolhimento de bagagens, saguo principal
Manipulao e Transporte de Bagagem
Problemas Ambientais Principais causas de impactos ambientais:
Decorrentes de aeronaves: emisso de gases e rudos aeronuticos, resduos slidos e lquidos
Decorrentes de aeroportos: danos flora e fauna, interferncia nos recursos naturais, alm de resduos slidos e lquidos
Rudo aeronutico: Causas: pouso de decolagem de aeronaves, teste de motores e
de veculos de apoio
Possveis consequncias: diminuio da capacidade auditiva de pessoas envolvidas e s vezes, danos sade mental
Problemas Ambientais Emisso de gases:
Causas: sistema virio local e de servios de apoio de solo eincineradores de lixo, alm das aeronaves, que emitemmonxido de carbono e xido de nitrognio
Possveis consequncias: doenas do sistema respiratrio,oftalmolgico e nervoso, formao de chuvas cidas,destruio da camada de oznio, causando o efeito estufa
Resduos slidos e lquidos: Causas: fumigao (tratamento qumico de controle de
pragas)de cargas e pallets, utilizao e descarte de graxas,solventes e outros derivados de petrleo, resduos domsticose industriais, esgotos sanitrios, industriais
Possveis consequncias: contaminao do solo, lenolfretico e de rios
Problemas Ambientais Fauna:
Causas: destruio do ecossistema natural durante aconstruo do aeroporto, alimentao disponvel em lixos eresduos
Possveis consequncias: desaparecimento de espcies nativas,atrao de espcies no nativas, causando transmisso dedoenas, coliso com aeronaves
Manuteno e Abastecimento de Aeronaves Para realizar a manuteno de uma aeronave, so
necessrios diversos equipamentos, como: Equipamentos eltricos Caminho tanque de oxignio Furgo de limpeza da cabine Caminho tanque de gua potvel Caminho de servios de reparos Ar condicionado (se no for utilizado o de bordo) Caminho tanque de combustvel Caminho de bagagens Caminho de servio de limpeza Caminho de lubrificantes para motores e equipamentos de
bordo Equipamentos de partida (se no for utilizado o de bordo)
Manuteno e Abastecimento de Aeronaves
Manuteno e Abastecimento de Aeronaves
Abastecimento: todas as aeronaves so abastecidascom querosene de aviao
A quantidade necessria para cada vo calculadaatravs da distncia a ser percorrida, peso da aeronave,nmero de passageiros, peso total das cargas, etc.
Para abastecer as aeronaves, so utilizadosequipamentos chamados de Unidades deAbastecimento de Aeronaves (UAA), que podem ser dotipo CTA ou SRV.
Manuteno e Abastecimento de Aeronaves
CTA (Caminho Tanque Abastecedor): so veculos deautopropulso com um tanque com capacidade dearmazenamento que filtram, medem e transferem aquantidade de combustvel definida.
SRV (Servidor de Hidrantes): so veculos dotados demdulos de abastecimento com equipamentos paratransferir, filtrar e medir quantidades de combustvelentre a rede de hidrantes e a aeronave.
Manuteno e Abastecimento de Aeronaves
Concluso Evidenciou-se a essencialidade de diversas
providncias ligadas infraestrutura aeronuticabrasileira.
As providncias abrangem a construo e ampliao deedificaes, pavimentao e tratamento de pistas depouso, modernizao de sistemas de controle de vo,pouso por instrumentos e outros dispositivos queincorporam inovaes tecnolgicas que esto sendousadas no exterior. Por outro lado, o transporte areode cargas exige providncias logsticas e de instalaesde apoio de tal forma que se reduzam os tempos dearmazenagem e espera.
Concluso
Por fim, julga-se que este documento propiciar aoDepartamento de Engenharia Industrial da PUC-Riouma fonte de consulta para posteriores estudos queaprofundaro os temas que aqui foram abordadossuperficialmente.
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