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Brasília, 02 de fevereiro de 2016.
Plantão DN: Mário Jr, Vinicius e Neusa.
DN em Brasília: Rogério, Gibran e Garofolo.
INFORME NACIONAL
Segue ofício que a FASUBRA Sindical (temendo pela vida dos estudantes que hoje ocupam as
escolas públicas em Goiás e temendo pela vida das apoiadoras e apoiadores desse importante
movimento) enviou para diversas Instituições e órgãos do Estado (Anistia Internacional, para a Casa
Civil e o Ministério da Educação do Governo Federal, para a Ordem dos Advogados do Brasil, para o
Ministério Público do Estado de Goiás, para o Comando da Polícia Militar do Estado de Goiás, para o
Governo Estadual de Goiás e para a Prefeitura Municipal de Goiânia) para informar que essas
irregularidades são de conhecimento de órgãos nacionais e internacionais, e informar que o justo e
importante movimento dos estudantes secundaristas em Goiás conta com o apoio da FASUBRA e de
outras entidades da sociedade civil.
OFCIRC. 001/16-SEC Brasília-DF, 01 de fevereiro de 2016.
No dia 13 de dezembro de 2015, a Plenária Nacional da FASUBRA, representada por 34 entidades
sindicais e 141 trabalhadores, expressou por meio de nota, total apoio aos estudantes secundaristas
do Estado de Goiás, que iniciavam uma justa e necessária ocupação de escolas estaduais. Essas
instituições neste momento têm seu caráter público e estatal ameaçados pela política do Governo
Estadual de Marconi Ferreira Perillo Júnior (PSDB) de transferir a gestão de unidades escolares para
a Polícia Militar (PM) e para Organizações Sociais (OS).
A FASUBRA Sindical expressa total apoio e solidariedade ao importante movimento que luta contra a
privatização e a militarização do Ensino Básico, ocupando desde Dezembro de 2015, mais de 20
escolas.
Ao contrário das notícias veiculadas nos grandes meios de comunicação do Estado de Goiás, esse
importante movimento, construído pelos (as) estudantes secundaristas - a exemplo do que ocorreu
em São Paulo - conta com diversos apoiadores (as) da sociedade civil, vinculados (as) à educação
e profissionais que atuam em outras esferas. O movimento luta simultaneamente contra as
Organizações Sociais e a Militarização da gestão escolar uma vez que, no Estado Democrático de
Direito, cabe ao Estado garantir, de forma direta, à população o direito constitucional a Educação
Pública e Estatal.
Além disso, cabe destacar que tanto sob a tutela das OS quanto da Polícia Militar, estão feridos de
morte os princípios constitucionais da gestão democrática, pluralismo de ideias e concepções
pedagógicas, liberdade de aprender e ensinar e igualdade de condições de acesso, sem falar na
possibilidade de abolir a gratuidade nos estabelecimentos oficiais.
Com a gestão escolar sob a tutela das OS, o Estado de Goiás caminha em direção à privatização da
educação pública oficial, consolidando a falta de responsabilidade do Estado pela manutenção desse
direito. Aceitar a cessão de escolas públicas para as OS significa, dentre outras coisas, aceitar a
extinção de concursos públicos para profissionais da educação, efetivando a corrosão de direitos
trabalhistas, intensificar a precarização das condições de trabalho e a responsabilização dos
professores pelo fracasso do sistema, que não oferece as devidas condições para uma educação de
qualidade.
FEV-01
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Ceder à Polícia Militar a gestão das escolas é, dentre outras coisas, inserir num ambiente que deve
ser de liberdade, educação e criação, a obediência, o treinamento e a reprodução de ideologias
conservadoras e autoritárias. Longe de ser solução para os problemas da violência e da má
educação oferecida pelo Estado, essa política indica a falência do modelo atual, baseado no
subfinanciamento para promover o sucateamento e a privatização.
Outro elemento preocupante desse processo é a imposição de dificuldades para a organização
política dos profissionais da educação, que se mobilizam sempre que se deparam contra as medidas
políticas e econômicas que atacam a estrutura da educação pública, ou se mobilizam para defender
melhores condições de trabalho, de salário e consequentemente de vida. Contratados
precariamente, sem estabilidade, ou sob o comando de policiais militares os profissionais estarão
mais sujeitos ao assédio moral e terão tolhida sua liberdade de ensinar e de se organizar.
Esse processo de ataque ao Ensino Básico Público e Estatal em Goiás, ocorre com total carência do
necessário debate com a comunidade escolar e com os setores interessados da sociedade civil. É de
se questionar o fato da própria Secretaria Estadual de Educação de Goiás, não enviar representantes
legais para debater a proposta de transferir a gestões escolares para as Organizações Sociais, em
Audiência Pública agendada pela própria Secretaria, com o objetivo de debater esse tema. As
ocupações que ocorrem hoje nas escolas em Goiás, também são respostas a essa truculência por
parte do Governo de Marconi Perillo (PSDB) na imposição dessas políticas que corroem o direito
constitucional da população de Goiás de acesso à educação pública e gratuita.
Por todo o exposto, a FASUBRA se coloca frontalmente contrária à militarização da educação e à
cessão de escolas às organizações sociais, reafirmando total apoio aos estudantes secundaristas e a
toda comunidade escolar e setores da sociedade civil que resistem a esse ataque à Educação Pública
Gratuita e Estatal em Goiás.
Após 43 dias da publicação da nota, a FASUBRA é surpreendida com a informação de que os
estudantes secundaristas (em sua maioria do Ensino Fundamental II) do Colégio Estadual Ismael
Silva de Jesus, na região noroeste de Goiânia, na madrugada do dia 25 de janeiro de 2016, foram
expulsos dessa Escola à força por policiais militares que pularam o muro e invadiram o colégio sem
qualquer ordem judicial. Além desse desrespeito com as premissas do Estado Democrático de
Direito, o diretor da escola acompanhado por algumas pessoas, pressionaram os estudantes a
desocupar a escola. Com toda essa pressão, os estudantes desocuparam esse colégio.
Outra arbitrariedade que ocorreu durante a manhã do dia 25/01/2016 teve como alvo Mariana de
Oliveira Lopes Barbosa (técnica-administrativa da Universidade Federal de Goiás/UFG e
doutoranda na Universidade Federal de Uberlândia), Aline do Carmo Costa Barbosa (professora
substituta do Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada à Educação da UFG), Rafael Saddi
Teixeira (professor efetivo da Faculdade de História UFG) e Diane Rocha Miranda (professora da
rede estadual de ensino), que compareceram para prestar auxílio aos estudantes que desocupavam
o colégio.
Segundo os colaboradores, coincidentemente ao saírem de carro do colégio e passar por uma rua
um pouco mais afastada da escola e bem vazia, foram abordados por três carros sem nenhum tipo
de identificação policial, nem nos veículos e muito menos uniformes ou distintivos. Esses indivíduos
não identificados saíram dos carros com armas em punho e práticas de abordagens restritas às
autoridades policiais, ordenaram a Mariana, Aline, Rafael e Diane para saírem do carro e colocar as
mãos na cabeça. Não contentes os indivíduos proibiram durante a abordagem ilegal, a utilização de
celulares para contato com outras pessoas; revistaram os carros, revistaram as bolsas e mochilas,
jogaram diversos objetos no asfalto, fizeram perguntas intimidatórias e alegando que houve
denúncia de furto e depredação da escola, e que, portanto, os apoiadores abordados seriam
acusados por isso.
É nítido que o Governo de Marconi Perillo, utilizou métodos ilegais (não possui nem mesmo ordem
judicial para efetivar reintegração de posse) para iniciar o processo de desocupação das escolas,
além de métodos de intimidação através de pessoas armadas sem identificação, presentes nas
manifestações e nas portas das escolas. O Governo do Estado de Goiás está disposto inclusive a
criminalizar as apoiadoras e apoiadores desse justo e necessário movimento de ocupações
protagonizado pelos estudantes secundaristas que lutam em defesa da Educação Pública no Estado
de Goiás, que está sob ameaça frente à imposição das OS.
A FASUBRA Sindical teme pela vida dos estudantes que hoje ocupam as escolas públicas em Goiás e
teme pela vida das apoiadoras e apoiadores desse importante movimento. Enviaremos esta nota
para a Anistia Internacional, para a Casa Civil e o Ministério da Educação do Governo Federal, para a
Ordem dos Advogados do Brasil, para o Ministério Público do Estado de Goiás, para o Comando da
Polícia Militar do Estado de Goiás, para o Governo Estadual de Goiás e para a Prefeitura Municipal de
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Goiânia; para informar que essas irregularidades são de conhecimento de órgãos nacionais e
internacionais, e informar que o justo e importante movimento dos estudantes secundaristas em
Goiás conta com o apoio da FASUBRA e de outras entidades da sociedade civil.
Respeitosamente,
DIREÇÃO NACIONAL
Análise de conjuntura no Seminário de Planejamento da Direção Nacional da
FASUBRA Sindical
Na manhã de sexta-feira, 29 de janeiro, a Direção Nacional da FASUBRA Sindical se reuniu no
Pavilhão Multiuso I, da Universidade Federal de Brasília (UnB), para discutir o planejamento da
federação para o período de 2016 a 2017.
O evento, iniciado por um seminário, contou com a presença da palestrante Maria Lúcia Fattorelli da
Auditoria Cidadã da Dívida Pública, o analista político e assessor parlamentar André Luís dos Santos,
do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP) e o economista Tiago Oliveira, do
Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que apresentaram a
conjuntura política e socioeconômica para o ano de 2016.
Foram três dias (29, 30 e 31 de janeiro) em que os coordenadores de cada pasta apresentaram as
demandas e projetos de cada setor da federação.
Ataques aos trabalhadores
André Luís falou sobre a conjuntura política em 2016, principalmente na Câmara dos Deputados,
onde serão definidos novos líderes de partidos, eleições de presidentes das comissões, tramitação
do impeachment da presidente Dilma Rousseff, o processo de cassação do presidente da Câmara,
Eduardo Cunha e outros. Também neste ano acontece as eleições municipais.
Trouxe os principais elementos da Agenda Brasil, cuja pauta de projetos ameaçam os direitos sociais
dos brasileiros. “Essa comissão vai acumular todos os temas que Renan (presidente do Senado)
acha conveniente, acelerando alguns processos como a terceirização”. Também foi citado o PLS
555/15 que trata da transformação de empresas estatais e de economia mista em sociedades
anônimas (S/A), o projeto de negociação coletiva que ainda não foi aprovado na Câmara que, de
acordo com Santos, “deve ser avaliado se atende aos interesses dos trabalhadores”. O projeto sobre
o direito de greve, que prevê 80% dos trabalhadores em atividade durante o período, para o
analista “se isso acontecer, não existe greve e há uma forte intenção em ser aprovado”. Também o
projeto sobre terceirização, movimentado por entidades patronais, aguarda decisão de veto ou não
da presidente.
Na ocasião, Santos falou sobre o ataque midiático que criminaliza o movimento sindical, resultando
em descrédito por parte da sociedade. Apontou a ressalva retirada pelo Senado, do projeto de
terrorismo, que pode enquadrar o movimento sindical como terrorismo.
Movimento Sindical
Para o analista, os trabalhadores podem fazer uma unidade de ação do movimento como um todo
para atuar frente às ameaças que surgem no Congresso Nacional. O movimento sindical tem uma
capilaridade muito grande e pode atuar tanto na base onde o parlamentar recebe o voto como
também no próprio congresso com as entidades de grau superior cada um realizando sua tarefa
Congresso Nacional
Santos afirma que a composição do congresso está pulverizada de partidos políticos, apresenta uma
característica econômica liberal, socialmente conservador e atrasado nos direitos humanos. “Há uma
série de ações no legislativo que, se concretizarem será um retrocesso não só para os
trabalhadores, mas também retrocesso social em direitos”.
Crise x ajuste fiscal
Para Tiago Oliveira, a atual crise brasileira tem raízes no âmbito interno e externo. No campo
interno Oliveira destacou a desaceleração da economia mundial, citou a China com um papel
importante, “isso ocasionou a diminuição do preço das commodities, reduzindo o espaço fiscal para
atuação do Estado brasileiro, com diminuição do crescimento econômico brasileiro, acompanhando a
economia mundial”. Já no campo externo tomou como exemplo a operação “Lava Jato”. De acordo
com Oliveira, “esta questão que tem travado os investimentos realizados nas cadeias de petróleo,
gás e da construção”.
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Segundo o economista, a política econômica foi excessivamente baseada em desonerações fiscais
em detrimento do investimento público, “e aí se insere a questão do ajuste fiscal que tem
penalizado o crescimento econômico”, dificultando uma saída que considere a gestão da dívida
pública e evite a sua aceleração. São elementos que somados diminuem o crescimento econômico,
“uma estimativa de 3,5% para 2015 mais 3% para 2016 de encolhimento do Produto Interno Bruto
(PIB)”.
Crise seletiva – o lucro dos bancos
Para Maria Lúcia, a crise colocada não atinge todos os setores da economia de forma igual. Como
exemplo mencionou o lucro dos bancos brasileiros que “em 2014 arrecadaram mais de R$ 80
bilhões, ao mesmo tempo em que a indústria enfrentou um processo de queda”. Mesmo diante da
crise no comércio, desemprego, processo de desindustrialização, redução e congelamento salarial e
redução do PIB, o lucro dos bancos continuou subindo. De acordo com Maria Lúcia, isso acontece
devido a uma transferência enorme de recursos do setor público e do conjunto da sociedade para o
setor financeiro por meio da Dívida Pública. Um dos mecanismos para que isso aconteça são as
taxas de juros abusivas, “não há justificativa para as taxas de juros aplicadas no Brasil, elas
amarram e impedem o desenvolvimento da indústria, do comércio e geração de empregos”.
Quem paga a conta?
“É fundamental esclarecer para a sociedade os mecanismos que geram a crise, porque somos nós
que pagamos essa dívida por meio da redução dos nossos salários, dos tributos que pagamos
embutidos em tudo que consumimos e pagamos também com a ausência dos serviços públicos a
que temos direito (educação, saúde, transporte, segurança e etc.) ”, disse Maria Lúcia.
De acordo com a pesquisadora, não devemos aceitar que a crise seja algo inevitável, que sujeite o
trabalhador ao ajuste fiscal e às reformas que retiram direitos. “Essa crise foi programada para
acontecer, para amarrar o nosso gigante Brasil e possibilitar a contínua entrega do nosso patrimônio
por meio das privatizações e entrega das nossas riquezas minerais e agrícolas a preços ridículos,
estabelecidos nas bolsas de Chicago (EUA) E Londres (Inglaterra) ”.
Maria Lúcia convidou todos a questionar de onde vem a crise, quais os fatores que a condicionaram
e por que o Banco Central não utiliza os mecanismos que foram utilizados nos EUA para enfrentar a
crise?
Na ocasião, a pesquisadora explicou que o Banco Central Norte Americano emitiu R$ 16 trilhões de
dólares e injetou dinheiro na economia, acelerando investimentos. “Dentro de pouco tempo EUA
está crescendo novamente”.
O que o Banco Central está fazendo?
Para Maria Lúcia, além de não emitir moeda, “o BC enxuga a moeda, que ultrapassa a reduzida base
monetária de apenas 5% do PIB, esterilizando a moeda, gerando dívida pública, porque na medida
em que ele retira as moedas dos bancos, entrega títulos da dívida”. Seria necessário reduzir os juros
para retomar o investimento, para que o Estado seja a locomotiva que puxa o investimento e o
desenvolvimento socioeconômico do país. “Já basta, são 500 anos de exploração, e não podemos
deixar que essa crise justifique ainda mais o aprofundamento dessa exploração”.
A pesquisadora convidou a FASUBRA à participação na campanha pela derrubada do veto sobre a
auditoria da dívida pública, com participação das entidades da sociedade civil. “Temos que derrubar
esse veto porque, esse pode ser um passo importante de participação cidadã na direção da
economia no nosso país! ”
Reforma da previdência e desmonte do Estado são destaques na reunião
dos SPF
Nesta segunda-feira, (1), representantes que compõe o Fórum Nacional das Entidades do Serviço
Público Federal se reuniram na sede do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino
Superior (ANDES-SN) para organizar a próxima Reunião Ampliada nos dias 27 e 28 de janeiro em
Brasília-DF. Presentes 13 entidades nacionais e centrais sindicais.
Após os informes das entidades, foi construída a programação e o eixo central da próxima Reunião
Ampliada do Fórum dos Servidores Públicos Federais com evidência à luta contra a reforma da
previdência e os projetos direcionados ao desmonte do Estado.
A próxima reunião tem como objetivo sistematizar a pauta da Campanha Salarial do Funcionalismo
Público em 2016, portanto é preciso que as entidades nacionais promovam um intenso debate com
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os trabalhadores de suas respectivas categorias, como também é fundamental incentivar a
participação da base nessa próxima Reunião Ampliada do Fórum.
Confira a programação!
Cronograma e Metodologia:
Dia 27/02/16 – Sábado
Manhã
9h – Credenciamento
10 – Abertura – Mesa sobre Reforma da Previdência e Desmonte do Estado.
Convidar palestrantes (Professora da UFRJ: Sara Graneman e Assessor Jurídico: Luiz Fernando).
Cada palestrante realizará o debate sobre um tema.
13h – Almoço
Dia 27/02/16 – Sábado
Tarde
15h - Grupos de Trabalho
17h - Sistematização
Dia 28/02/16 – Domingo
Manhã
9h – Apresentação das Sistematizações
Tarde
14h – Plenária dos SPF
18h – Encerramento
A reunião será realizada no Hotel Brasília Imperial nos dias 27 e 28 de fevereiro de 2016 em
Brasília/DF. Posteriormente seguirá a ficha de inscrição e demais orientações.
A FASUBRA sindical convida todos seus sindicatos filiados a realizar o debate na base, como também
enviar representações à esta importante reunião para armar o funcionalismo e construir uma forte
campanha contra a reforma da previdência e responder à altura dos desafios que teremos pela
frente em 2016.
Relatório completo seguirá no próximo Informe de Direção (ID).
Direção Nacional avalia propostas de planejamento das Coordenações
Nos dias 30 e 31/1, a Direção Nacional da FASUBRA Sindical realiza reuniões para definir o
planejamento estratégico da instituição. Na manhã de sábado, 30, foram realizadas apresentações
do plano de gestão dos coordenadores de cada pasta.
As propostas serão avaliadas e referendadas para o ano de 2016 e 2017. Os temas apresentados
variam desde a reestruturação de cada coordenação, gestão, projetos de ação e desafios para
melhorar a vida do trabalhador técnico-administrativo nas instituições federais de ensino. As
reuniões se encerram no domingo.
Coordenações
Coordenação Geral
Coordenação de Administração e Finanças
Coordenação de Formação e Imprensa Sindical
Coordenação de Educação
Coordenação de Aposentados e Assuntos de Aposentadoria
Coordenação de Políticas Sociais e Gênero
Coordenação de Organização Sindical
Coordenação Jurídica e de Relações de Trabalho
Coordenação das Estaduais e Municipais
Coordenação da Mulher Trabalhadora
Coordenação de Raça e Etnia
Coordenação da Seguridade Social
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FASUBRA participa do Seminário contra o PLS 555/15
A representação da FASUBRA Sindical participou na manhã de quarta-feira, 27, do Seminário sobre
o Projeto de Lei do Senado nº 555 de 2015, que visa privatizar empresas estatais. Realizado no
Hotel San Marco – Setor Hoteleiro Sul, quadra 5, em Brasília-DF, o evento sob organização do
Comitê em Defesa das Estatais formado por centrais e entidades sindicais discutiu ações para que
o projeto não seja aprovado. A previsão de votação no Senado Federal é para o dia três de
fevereiro, logo após o retorno dos parlamentares do recesso.
Tramitação urgente
De acordo com Luiz Alberto dos Santos, advogado, especialista em Políticas Públicas e Gestão
Governamental e doutor em Ciências Sociais, a retomada de discussões do projeto na Câmara dos
Deputados segue em regime de urgência. Se aprovado, retorna para a comissão emitir parecer. O
relator da comissão na Câmara dos Deputados tem atuação no PL da Terceirização, já no Senado
Federal o relator é Tasso Jereissati, um dos autores do PLS 555. Para Santos, há uma atuação
discreta para aprovação do projeto e concordância do executivo, diante do contexto pró-
privatização, reforçado pela mídia, devido à crise fiscal e escândalos envolvendo estatais
(Petrolão/Eletrolão).
O especialista trouxe à luz os principais problemas e alternativas de solução para o substitutivo ao
PLS 555, com parecer de dezembro de 2015. Na ocasião, Santos apontou que cabe à união criar
leis que regulam normas gerais de licitação e contratação em todas as modalidades da
administração pública, de acordo com o artigo nº 22 da Constituição Federal, parágrafo XXVII.
Segundo o advogado, o PLS 555 abrange toda e qualquer empresa pública e sociedade de
economia mista, da União, dos Estados, do DF e dos Municípios, que exploram atividade
econômica, inclusive as que prestam serviços públicos e as que exploram atividade econômica
sujeita ao regime de monopólio da União, ignorando a diferença entre as empresas existentes e
sua complexidade.
O PLS 555/15, é o resultado de dois projetos de lei propostos pelos senadores Tasso Jereissati
(PLS 167) e Aécio Neves (PLS 343), ambos do PSDB. O objetivo é mudar o estatuto jurídico de
empresas públicas e de sociedades de economia mista para sociedade anônima (S/A).
Relatório da Plenária Sindical e Popular convocada pelo Espaço
de Unidade de Ação
São Paulo – 22 de janeiro de 2016
Assinaram as listas de presença representantes de 78 (setenta e oito) entidades,
organizações e movimentos dos estados de SP, RJ, MG, ES, SC, PR, RS, PA, RR, BA, SE,
PB, PE, PI, CE, PI, MA e do Distrito Federal.
Admap – Associação Democrática dos Metalúrgicos Aposentados São José dos Campos, Aduneb,
Andes-SN, ANEL – Assembleia Nacional de Estudantes Livre, Apruma, APS/PSOL, CEDS – Centro
de Estudos e Debates Socialistas, Cobap – Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas,
Coletivo Construção, Combate Classista e Pela Base, CSP-Conlutas, CST/PSOL, Espaço
Socialista/Renovar pela Luta, FASUBRA (Ouvinte), Federação Nacional dos Gráficos, Federação
Sindical e Democrática dos Metalúrgicos/MG, Fenajufe, Fenasps, Fentect, FLTI/Comitê por Síria,
FNP – Federação Nacional dos Petroleiros, Juventude Vamos à Luta, LBI-QI, Minoria Sinte/SC, MML
– Movimento Mulheres em Luta, MNOB – Movimento Nacional de Oposição Bancária, Movimento
Luta Popular, Movimento Nacional Quilombo Raça e Classe, Movimento Resistência Popular,
Oposição Alternativa Apeoesp, Oposição Bancária/RJ, Oposição Bancária/SP, Oposição de
Esquerda/UNE, Oposição Sindical dos Correios/SP, Oposição Sindipetro/SP, Oposição Sintep/PB,
Pastoral Operária, PCB, PSTU, Rizoma, SEPE/RJ, Sesduff-RR, Simpa/RS, Simpeem/SP, Simpere/PE,
Sinasefe, Sindconir/RJ, Sindicato dos Comerciários de Nova Iguaçu/RJ, Sindicato dos Metalúrgicos
de Pirapora/MG, Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Sindicato dos Metroviários de
São Paulo, Sindicato dos Químicos de Vinhedo/SP, Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de
Alimentação de São José dos Campos/SP, Sindicato Metabase Inconfidentes/MG, Sindifpi,
Sindipetro AL/SE, Sindipetro/RJ Sindisprev/RS, Sinditest/PR, Sindppd/RS, Sindprev/ES, Sind-
Rede/BH, Sindsalem/MA, Sindsaude/RN, Sindscope/RJ, Sindsef/SP, Sindserm/Teresina,
Sinsprev/SP, Sintect/SC, Sintepp/PA, Sintrajud/SP, Sintuff/RJ, Sintuperj, Sintusp, Sitraemg, SOS
Empregos Comperj, Unidade Classista e UST – União Sindical dos Trabalhadores.
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Declaração política da plenária sindical e popular do Espaço de Unidade de Ação
As perspectivas para o ano de 2016 são de continuidade e aprofundamento das crises econômica e
política, e, nessa esteira, do aumento da polarização social que tem marcado a sociedade brasileira
e a permanência, na superestrutura política, da polarização entre os dois blocos burgueses, um
capitaneado pelo PT e outro pelo PSDB. Esse cenário mantém o nosso desafio de, nas mobilizações
da classe, construir uma alternativa dos trabalhadores.
O novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, assume a pasta no dia 21 de dezembro e, não só
mantém o essencial da política econômica que Joaquim Levy vinha implementando, mas anuncia,
com as benções da presidenta Dilma Roussef, uma nova reforma da previdência, que elevaria mais
uma vez a idade mínima e igualaria a idade de homens e mulheres para se aposentar.
Mas essa é só a ponta da política econômica que permanece e será aprofundada, com mais ajuste
fiscal, ampliação da DRU, a proposta de retorno da CPMF, o arrocho nos salários, desemprego,
ampliação da terceirização e da desregulamentação dos direitos trabalhistas, carestia, aumento de
tarifas, recessão e aprofundamento da política de privatizações e das terceirizações, como está
ocorrendo na Petrobras, nos Correios, nos hospitais universitários, rodovias e aeroportos, dentre
outros.
O PLC 030 (antigo PL 4330 das terceirizações) tramita no Congresso Nacional e, representará, se
aprovado, um brutal ataque à classe trabalhadora e um retrocesso sem precedentes. Esse PL tem
como objetivo a retirada de direitos e a precarização nos locais de trabalho, a migração de vagas
para empresas terceirizadas e sobretudo a garantia dos lucros através da mão de obra barata.
Sendo assim, o Espaço Unidade de Ação reafirma sua posição contrária ao PLC 030 e sua
disposição de, junto com outras organizações, derrubar esse nefasto projeto.
O veto presidencial à auditoria da dívida, proposta na Lei Orçamentária, é mais uma demonstração
da subserviência do governo aos interesses dos banqueiros. A geração de economia para
pagamento dos juros da dívida aos banqueiros segue no centro da política econômica, penalizando
a maioria da população em detrimento dos ricos e especuladores.
O aprofundamento da crise econômica internacional, em particular com a desaceleração chinesa e
seus reflexos nas exportações brasileiras, a queda nos preços do petróleo e das commodities,
tende a dar o tom de um ano de muitos ataques aos direitos da classe trabalhadora.
As grandes empresas, que lucraram como nunca no período anterior e, em alguns casos, seguem
lucrando bastante, anunciam ou ameaçam com demissões massivas. É o caso da Usiminas, CSN,
Namisa, empreiteiras da construção civil e pesada, dos jornais Hoje em Dia e Estado de Minas, em
Belo Horizonte.
E os governos municipais e estaduais também tentam jogar nas costas dos servidores públicos o
ajuste das contas, atrasando e parcelando o pagamento de salários, rescindindo contratos, além de
muitos que não pagaram o 13.º dentro do prazo. A CELG – companhia elétrica de Goiás – está sob
ameaça de privatização e demitiu milhares de trabalhadores também. A Caixa Econômica e outras
estatais também estão ameaçadas. Devemos nos somar às lutas contra o PL 555, que favorece as
parcerias público-privadas, e lutar pelo seu arquivamento no Congresso.
Mas há um elemento também bastante dinâmico da realidade que é a resistência dos
trabalhadores a esses ataques. Um recente estudo divulgado pelo Dieese confirma um aumento
importante das greves entre os trabalhadores, ultrapassando todas as estatísticas anteriores, tanto
em número de greves (2050 em 2013) quanto em horas paradas e tempo das paralisações.
Apesar do cenário econômico desfavorável e da política da maioria das direções sindicais, como a
CUT e Força Sindical, que estão apresentando propostas para que o governo dê mais dinheiro às
empresas, assinando acordos de PPE e fazendo lobby pelas empreiteiras da Lava Jato, muitas lutas
em defesa do emprego e dos direitos, contra o ajuste fiscal nos estados e municípios estão
ocorrendo. A elas se somam as mobilizações, principalmente da juventude, contra os aumentos
abusivos das tarifas nas principais capitais do pais. Nesse momento, os operários da GM de São
José dos Campos estão em greve reivindicando o pagamento de uma PLR (Participação nos Lucros
e Resultados) maior e colocam em xeque a política de demissões da montadora.
Ou seja, apesar do quadro que aponta para o agravamento das demissões e da recessão
econômica no país, a classe trabalhadora e a juventude não se sentem derrotadas e demonstram
potencial para lutar e seguir resistindo aos ataques contra a nossa classe.
Em muitas dessas mobilizações também se expressam uma disposição para a ação e radicalidade
dos manifestantes, que já vinham de lutas anteriores e podem seguir aumentando, como nas
greves e como vimos no espetacular exemplo dos secundaristas de SP.
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Muitas dessas mobilizações, greves e manifestações, e outras lutas como as retomadas de
territórios indígenas nas aldeias do Mato Grosso do Sul e na Bahia, se enfrentam com a truculência
e repressão das polícias militares e outros órgãos de repressão doe estado, o que também exige
uma política de denúncia dos governos, de exigência de desmilitarização e fim das PMs e a
manutenção de uma forte campanha contra a criminalização dos movimentos sociais, dos ativistas
e da população pobre, em sua maioria negra, nas periferias.
A urgência da construção de uma alternativa política
A crise política e a disputa inter-burguesa no país exigem a construção de uma alternativa classista
e de luta, que expresse os interesses da classe trabalhadora e da juventude desse país. Não
podemos ser reféns nem do bloco governista, encabeçado pelo PT, nem da oposição burguesa de
direita, que tem o PSDB à frente. Os trabalhadores e a juventude não estão representados
politicamente por nenhum desses blocos, ambos compostos por setores burgueses de peso.
Nesse sentido foi absolutamente correta a posição das organizações que compõem o Espaço de
Unidade de Ação em não participar dos atos dos dias 13 e 16 de dezembro passado.
No dia 13 foram às ruas movimentos e partidos da oposição burguesa de direita, que defendem o
impeachment como saída política para a crise, capitaneados pelo PSDB, DEM, PPS e amplos
setores do PMDB ligados a Eduardo Cunha e outros reacionários.
Já no dia 16 as entidades e partidos que compõem a “Frente Brasil Popular” (CUT, UNE, CTB, MST,
PT, PCdoB etc.) e também organizações da esquerda combativa como o MTST e a
Intersindical/Central da Classe Trabalhadora, fizeram manifestações com centro na luta contra o
impeachment, o que nessa conjuntura significa a defesa do mandato de Dilma.
As manifestações capitaneadas pela oposição burguesa de direita, que defendem o impeachment
como saída política da crise e a substituição de Dilma por Temer ou Aécio, por óbvio, não poderiam
contar com nenhum apoio de nossas entidades.
Mas, da mesma forma não é correto para a defesa dos interesses de nossa classe aplicar uma
política de engano, alardeando um suposto golpe contra Dilma, como forma de camuflar a defesa
da continuidade de um governo que ataca os direitos, segue privatizando e submisso aos
interesses da banca internacional. Um governo conivente com o aumento da piora nas condições
de vida do povo, com a criminalização das lutas e do povo pobre das periferias, negro em sua
maioria, vítimas de um verdadeiro genocídio. Um governo que deixa a população LGBT refém do
preconceito e da violência. Um governo que cada vez mais anti-operário e anti-popular.
Estamos vivendo um processo de ruptura de amplos segmentos dos trabalhadores e da juventude
com o governo, com o PT e as direções burocráticas que defendem o governo, um processo
histórico e muito positivo. Esses setores governistas ainda impõem sua dinâmica a parcelas
expressivas do movimento de massas e buscam intervir no sentido de tentar impedir a criação de
um polo classista, claramente delimitado do governo e da oposição burguesa de direita. Cabe aos
setores consequentes da esquerda disputar os rumos políticos e apontar uma alternativa aos que
rompem com o governo Dilma.
Não devem os trabalhadores e a juventude escolherem, portanto, entre os senhores da casa
grande e os seus capatazes. A necessidade que temos é a de criar uma alternativa independente,
que expresse os interesse da nossa classe trabalhadora e demais setores explorados.
As organizações de esquerda não podem defender o governo Dilma, responsável direto pelos
principais ataques que estamos sofrendo, mesmo que com críticas à sua política econômica. Isso é
parte de uma política de engano e de blindagem dessa coalizão com grandes setores da burguesia,
que já governa o país há treze anos.
E também não podem se confundir com a oposição burguesa, que defende o impeachment,
entregando a esse Congresso, corrupto, reacionário e financiado pelas empreiteiras, a solução da
crise, pois isso significa entregar o poder ao atual vice, Michel Temer, do PMDB, partido fisiológico,
expressão de caciques e oligarquias regionais, e que tem entre seus quadros figuras como Renan,
Cunha, Sarney e tantos outros corruptos e aproveitadores.
Nós estamos pela saída de Dilma, pela mobilização dos trabalhadores, e também pela saída do
Cunha. E não queremos que Temer ou Aécio assumam. Por isso defendemos a necessidade de uma
alternativa classista, de esquerda, dos trabalhadores. Essa é hoje uma necessidade da classe
trabalhadora, frente ao conjunto de ataques que este governo vem desferindo.
Propostas de mobilização, organização das lutas e de uma alternativa classista
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A plenária sindical e popular convocada pelo Espaço de Unidade de Ação adota os
seguintes encaminhamentos:
1. Todo apoio às lutas em curso: derrotar o ajuste fiscal em todas as esferas de governo,
impedir as demissões e que os efeitos da crise recaiam sobre os trabalhadores e o povo
pobre
Orientamos a todas as entidades, movimentos e organizações que participam do Espaço de
Unidade de Ação a seguirem fortalecendo e encabeçando as lutas de resistência em todos os
estados e regiões, nos somando e organizando as mobilizações contra as medidas de ajuste fiscal
dos governos de todas as esferas (municípios, estados e União), em defesa do emprego, contra as
demissões, contra as privatizações (como as da CELG, Agespisa, metrô de São Paulo, Petrobras,
correios e outras estatais), contra o reajuste das passagens, contra os ataques ao funcionalismo
público e aos serviços públicos, pela apuração e punição do crime cometido pela
Samarco/Vale/BHP em Mariana e na região do Rio Doce, em apoio às ocupações urbanas, à
retomada das terras indígenas e quilombolas, contra o genocídio da população da periferia, dentre
outras..
2. Chamamos à unidade para lutar e enfrentar os ataques dos patrões e dos governos
Nessas mobilizações devemos buscar construir a mais ampla unidade possível, como forma de
buscar derrotar os patrões e os governos em seus intentos de jogar a conta da crise nas costas dos
trabalhadores e da juventude. Reiteramos a disposição das nossas entidades e organizações em
construir a unidade de ação ampla, mesmo com setores com os quais temos desacordo ou
divergências frente ao cenário político do país. Se houver um ponto de acordo que permita a
mobilização unitária, estamos dispostos a realiza-la, sem qualquer pré-condição, por um ponto em
comum que seja, em defesa dos direitos e interesses do trabalhadores.
3. Organizar plenárias unitárias para fortalecer as lutas e buscar a sua unificação
Os inúmeros processos de luta em curso não podem seguir dispersos. As entidades e movimentos
que participam do Espaço de Unidade de Ação devem organizar plenárias unitárias em todos os
estados e também nas regiões em que for possível, para fazer o debate político, dar seguimento e
fortalecer as lutas em curso.
4. Por uma campanha nacional para barrar as reformas da previdência e trabalhista
A Plenária Sindical e Popular reafirma as campanhas definidas nos encontros anteriores do Espaço
de Unidade de Ação, mas, nesse momento, em particular, aprova desenvolver uma forte campanha
contra a nova reforma da previdência anunciada pelo governo, com iniciativas desse campo que se
reúne no Espaço de Unidade de Ação, como um seminário nacional e outras atividades.
Exigimos das centrais sindicais e organizações que estão na base de sustentação do governo que
rompam com sua política de apoio a esse governo e se somem à luta em defesa dos direitos dos
trabalhadores e contra a nova reforma da previdência anunciada e também contra a reforma
trabalhista que foi ventilada pelo novo Ministro. Precisamos construir as condições para uma greve
geral nesse país, que possa unificar as lutas e enfrentar os governos, a patronal e seus ataques.
5. Avançar na organização de uma alternativa classista e de luta, frente ao governo
Dilma e à oposição burguesa de direita
Precisamos seguir dando passos na organização de uma alternativa classista e de luta, frente ao
governo Dilma e à oposição burguesa de direita. Nesse sentido a Plenária Sindical e Popular aponta
a necessidade de realização de uma nova manifestação nacional, buscando ampliar a presença dos
setores sindicais e populares e da esquerda socialista, ainda no primeiro semestre desse ano. A
data e local serão definidos à luz dos desdobramentos da realidade política e econômica do país.
Com esse objetivo, nos dirigimos aos companheiros das Intersindicais e do MTST buscando
construir as condições para a unidade nessa iniciativa, bem como aos partidos da esquerda
socialista (PCB, PSTU e PSOL) para que se somem, de conjunto, a essa atividade.
6. Organizar as manifestações do 8 de março, Dia Internacional da Mulher
As mulheres tem estado na vanguarda de diversas mobilizações dos trabalhadores e da juventude
em nosso país. Devemos construir e intervir nas manifestações do dia 8 de março, o Dia
Internacional da Mulher Trabalhadora, fortalecendo as ações contra o machismo, a violência, em
defesa da legalização do aborto e dos direitos das mulheres ameaçados por Dilma, Cunha e o
Congresso corrupto.
7. Por um 1.º de Maio classista
A Plenária Sindical e Popular propõe abrir um debate junto às organizações sindicais, populares e
da juventude sobre a organização de um ato nacional no dia 1.º de maio, alternativo aos atos
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tradicionalmente organizados pela CUT e Força Sindical, com seus aliados, na cidade de São Paulo.
Esses atos (da CUT, FS e aliados) vão expressar os dois blocos políticos, o de apoio e o de oposição
de direita ao governo Dilma. Essa manifestação classista no 1.º de maio, se aprovada, não se
contrapõe à realização da manifestação nacional apontada no item 5 dessa resolução.
8. Desenvolver uma agitação de massas junto aos trabalhadores e à juventude
A Plenária Sindical e Popular delibera pela edição de um jornal nacional, com tiragem a mais ampla
possível, assinado pelas organizações do Espaço de Unidade de Ação, como forma de
propagandear as posições comuns construídas entre as nossas entidades, disputar a consciência
dos trabalhadores e da juventude, ampliando a nossa ação comum e construindo nos estados, nas
regiões e categorias esse polo alternativo aos dois campos burgueses que polarizam o pais.
Esse material deve apresentar um programa alternativo, que enfrente os grandes dilemas do país
e de defesa dos direitos e interesses da classe trabalhadora, que tanto o governo quanto a
oposição de direita não tem condições de enfrentar. Nesse sentido, deve apresentar as propostas
comuns desse campo que, colocando-se contra os dois blocos burgueses, enfrentem a questão da
dívida pública, do sistema financeiro, da estatização das empresas privatizadas, da estabilidade no
emprego, da defesa dos serviços públicos, da previdência social, dos direitos trabalhistas e das
condições de vida da nossa classe e da juventude, dos direitos das mulheres, negros e negras,
LGBTs, das populações originárias, dentre outras.
Sem prejuízo da autonomia das entidades, reafirmamos como balizador geral da nossa orientação
as bandeiras construídas no Encontro Nacional de Lutadores e Lutadoras de setembro de 2015, que
partem de uma consigna que afirma a nossa oposição aos dois blocos: “Contra Dilma-PT, Cunha,
Temer e Renan-PMDB; Aécio/PSDB! Derrotar o ajuste fiscal! Que os ricos paguem pela crise! Por
uma alternativa classista dos trabalhadores, da juventude e do povo pobre!”
Plenária Sindical e Popular do Espaço de Unidade de Ação
São Paulo, 22 de janeiro de 2016.
Moções aprovadas
Moção de apoio à Plenária do Movimento Unificado dos Servidores Públicos do Estado do
Rio de Janeiro
Os servidores públicos do Rio de Janeiro, assim como nos demais estados do Brasil, estão sofrendo
ataques diversos do govenador Pezão/PMDB. Além de parcelar e atrasar salários, de anunciar uma
nova reforma da previdência, não pagar os terceirizados, avança no desmonte dos serviços
públicos, gerando um caos na saúde, por exemplo, onde o governo aponta para a falsa solução das
OSs.
Diante disso, diversas entidades e trabalhadores tem-se reunido na Plenária do Movimento
Unificado dos Servidores Públicos do Estado do Rio de Janeiro, articulando uma forte resistência,
com um ato unificado no dia 3 de fevereiro, apontando a construção de uma gree geral.
O Espaço de Unidade de Ação, reunido em plenária nacional neste dia 22 de janeiro, em São Paulo,
aprova moção de apoio à iniciativa dos servidores públicos do Rio de Janeiro e convida a todos
para uma articulação nacional em defesa dos serviços públicos e contra o ajuste fiscal.
Moção de repúdio ao reitor da UFF e à direção do Hospital da UFF
As entidades reunidas na plenária nacional sindical e popular, convocada pelo Espaço de Unidade
de Ação, neste dia 22 de janeiro de 2016, declaram:
Vimos à público nos solidarizarmos à luta contra a entrega do Hospital da UFF à EBSERH.
Também vimos repudiar o reitor da UFF e diretor do hospital, que estão, nesta data, realizando
votação on-line entre companheiros do hospital para privatizar a saúde.
Moção de apoio à greve dos profissionais da educação do Município de Cabo Frio/RJ
As entidades presentes na plenária sindical e popular convocada pelo Espaço de Unidade de Ação,
no dia 22 de janeiro de 2016, em São Paulo, se solidarizam com a luta dos profissionais da
educação do município de Cabo Frio/RJ, coordenada pelo SEPE Lagos, que continuam em greve.
O prefeito Alair Correia não pagou o salário de dezembro para todos(as) os(as) profissionais da
educação, parcelou em cinco vezes o 13.º salário e não pagou o adicional de 1/3 de férias.
O Espaço de Unidade de ação se soma a essa luta pelo imediato pagamento de todos os direitos
negados, bem como se solidariza som a ocupação em que se transformou o acampamento na
praça em frente à Prefeitura de Cabo Frio.
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Moção de apoio aos trabalhadores da Usiminas
As entidades reunidas na plenária nacional sindical e popular, convocada pelo Espaço de Unidade de Ação, neste dia 22 de janeiro de 2016, aprovam a presente Moção de apoio aos trabalhadores da Usiminas e se solidarizam à luta justa contra as demissões nesta empresa.
Moção de apoio aos trabalhadores da CSN e da Namisa
As entidades reunidas na plenária nacional sindical e popular, convocada pelo Espaço de Unidade de Ação, neste dia 22 de janeiro de 2016, aprovam a presente Moção de apoio aos trabalhadores da CSN e da
Namisa e se solidarizam à luta justa contra as demissões nestas empresas.
Moção de apoio aos trabalhadores da GM de São José dos Campos
As entidades reunidas na plenária nacional sindical e popular, convocada pelo Espaço de Unidade de Ação, neste dia 22 de janeiro de 2016, em São Paulo, aprovam a presente Moção de apoio aos trabalhadores da GM de São José dos Campos e se solidarizam à luta justa pela PLR. Todo apoio à greve dos metalúrgicos!
Moção de apoio aos trabalhadores do Comperj e à Campanha SOS Emprego
As entidades reunidas na plenária nacional sindical e popular, convocada pelo Espaço de Unidade de Ação,
neste dia 22 de janeiro de 2016, em São Paulo, aprovam a presente Moção de apoio aos trabalhadores do Comperj e à Campanha SOS Emprego se solidarizam à luta em defesa do emprego e contra as demissões.
Moção de apoio à luta do MRP e contra a criminalização dos ativistas do Movimento
As entidades reunidas na plenária nacional sindical e popular, convocada pelo Espaço de Unidade de Ação, neste dia 22 de janeiro de 2016, em São Paulo, aprovam a presente Moção de apoio à luta do MRP,
Movimento Resistência Popular pelo Direito à Cidade, que atua em Brasília, no Distrito Federal, com destacada atuação na defesa dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras sem teto.
Denunciamos a criminalização que este movimento vem sofrendo e que levou à prisão arbitrária de 9 (nove) ativistas, recentemente. Os companheiros e companheiras conseguiram a liberação da prisão, mas o inquérito segue aberto e eles/elas podem ser presos/as novamente, a qualquer momento.
Todo apoio à luta justa do MRP por moradia! Não à criminalização dos ativistas!
Moção de apoio ao companheiro Gílson Vieira, do Sintect SC
As entidades reunidas na plenária nacional sindical e popular, convocada pelo Espaço de Unidade de Ação,
neste dia 22 de janeiro de 2016, em São Paulo, aprovam a presente Moção de apoio ao companheiro Gílson Vieira, do Sintect SC, trabalhador dos Correios e secretário geral do Sindicato dos Trabalhadores da ECT em Santa Catarina.
O companheiro vem sofrendo processos administrativos que visam a sua demissão.
Exigimos a retirada de todos os processos que visam a demissão do dirigente e o fim, por parte da direção dos Correios, de todas as práticas antissindicais e perseguições às lutas da categoria e aos sindicalistas do
Sintect SC.
Encaminhamento sobre Campanha da Síria
Os ativistas do Comitê Pró Síria apresentaram uma série de propostas e iniciativas da campanha que esse Comitê vem desenvolvendo. Algumas propostas são direcionadas à Rede Sindical Internacional de Solidariedade e Lutas e serão encaminhadas a essa REDE. O material apresentado será enviado a todas as entidades participantes da plenária com o endereço para contato.
INFORME INTERNACIONAL
15 años de Foro Social Mundial
17 a 23 de Enero,2016. Porto Alegre, Brasil.
En el año 2001, en Porto Alegre, Brasil, tuvo lugar la primera edición del FSM en donde se
afirmaba: “Otro mundo es posible”.
Han transcurrido 15 años y desde entonces muchas cosas han cambiado.
Pudimos observar la llegada por primera vez de los gobiernos denominados progresistas en
Latinoamérica-con diverso grado de éxito-, las relaciones entre los países cambiaron, intentando
generar un nuevo eje Sur-Sur y en este tiempo fueron dándose pasos en la construcción de un
nuevo orden mundial multilateral.
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Los sectores más conservadores han reaccionado a través de sus medios de comunicación
intentado desdibujar los avances de distinta entidad, en la búsqueda de otro MUNDO MÁS JUSTO..
Después de estos 15 años del Foro se volvió a reafirmar que “Otro mundo es posible y necesario” y
esto depende de las ideas, de la organización y de la unidad que se pueda alcanzar en todo el
mundo.
Frente a lo cuál deberá ejercerse también una autocrítica de nuestra propia práctica, que no sea
conformista y nos ubique también en la esfera del compromiso y la responsabilidad social, siendo
actores-autores y no solo "analistas" de la realidad.
El FSM se inició con una gran manifestación en la que participaron unas 15 mil personas en donde
ya se adelantaban los temas que serían abordados en los días del FSM en las más de 400
actividades que se desarrollaron durante esos días: educación, movimiento negro, indígena,
derechos humanos,distribución justa de la riqueza, etc…
“Estamos aquí, 15 años después, en una manifestación que congrega con el mismo espíritu de
lucha y con el mismo deseo: cambiar este planeta” afirmaba Salete Valesan Camba, directora de
Flacso Brasil. “Hacemos un contrapunto al sistema de la reunión que mantiene el capital, en Davos,
Suiza. Nuestra lucha es por un mundo más justo, mas fraterno, más humano, con menos guerra y
con menos diferencia entre las personas, bien sean, estas diferencias, políticas, sociales o
económicas” concluyó.
Quisiera destacar que en estos momentos hay un dato asolador: Por primera vez el 1% más rico
del mundo tiene más de la mitad de las riquezas producidas por el conjunto de la humanidad, lo
restante dividido de forma desigual, entre el 99% de la población restante.
Invitado a participar en uno de los debates : “Las Políticas neoliberales y la privatización de
la educación pública": integro la mesa con la Cra. Beatriu Carmona, del STEPV,
Fernando Rodal, Presidente de la Confederación de Educadores Americanos (CEA),
Uruguay; Gaudencio Frigotto, Universidad Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) Brasil;
Guillermo Scherping, Colegio Profesores,Chile; Cándida Beatriz, CNTE, Brasil y Helenir
Aguiar, Sindicato CPERS.
Gaudencio resaltó que hoy estamos en un momento a la defensiva, de luchas constantes para
asegurar los derechos y la calidad de la educación pública.
Scherping, relató lo que significó la municipalización y privatización durante la dictadura de
Pinochet y que ahora se han retomado las luchas por la educación pública como una nueva forma
de construcción del país.
Rodal destaco en su intervención que “la educación, tanto en América Latina como en Europa, es
vista con un fin lucrativo, en donde prevalece la idea del consumo y no de la transformación de la
sociedad, en un sentido moderno e incluyente. Es fundamental insistió: sustituir la vieja
racionalidad neoliberal por una racionalidad en la que el ser humano sea el principio y el fin, del
objetivo final de las políticas públicas”.
Por su parte Beatriu resaltó los movimientos que intentan cambiar totalmente la política actual en
Europa. “Estamos sufriendo la desvalorización de la educación, sanidad y servicios públicos con el
único objetivo de privatizar”, La lucha por la educación pública es de toda la sociedad y no
únicamente de los sindicatos, profesorado y padres y madres.
Comentó que “el profesorado tiene algo diferente a otras profesiones, y es que pueden crear un
mundo dentro de su aula y es el de dignificar el trabajo y el alumnado haciéndoles ver que ellos
pueden ser personas mejor que nosotros.” Y es por eso que vamos luchar por una educación
pública de calidad ya que nuestro alumnado lo merece”.
Reunión del comite internacional del Foro Mundial de Educación
Además de todos los actos del Foro Social Mundial, el Comité Internacional del Foro Mundial de
Educación, del que la CEA forma parte (representada por Tania Guerra), mantuvo una reunión para
hacer un balance y pensar el camino a seguir.
Después de un profundo cambio de impresiones y puntos de vista que hubo respecto al FME, se
expresaron las siguientes ideas fuerza:
-El FME no tiene sentido, como tal, en el contexto actual.
-Poca implicación de las organizaciones en el comité internacional.
-Hay quienes sostienen su viabilidad en el actual contexto, con mayor compromiso.
Y tras un largo debate se acordó:
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- la elaboración de un documento que será estudiado y discutido para su aprobación por el Comité
Internacional.
-el incremento de la comunicación entre los miembros así como mantener reuniones vía Skype.
- la elaboración de la sistematización de seminario del FME por Sheila del Instituto Paulo Freire.
El Foro social Mundial da para más pero, cerraremos el informe con una reflexión final:
En el 2001, se tomo la decisión de que el FSM no tomaría decisiones sobre cuestiones
mundiales, para no excluir a nadie en sus posiciones, hoy sin embargo estamos frente al
desafio de como seguir este movimiento para que sea todo lo más representativo posible
de nuestra sociedad, de las organizaciones de masas y no se diluya su representatividad,
en solo una acción cargada de buenas voluntades.
CALENDÁRIO DE ATIVIDADES
2016
FEVEREIRO
01 Reunião do FENTAS
02 Audiência sobre Trabalho Escravo no Senado (CDH)
02 e 03 277ª. Reunião Ordinária do CNS – Planejamento do CNS para 2016
03 Reunião do Fórum
04 Participar da Audiência Publica na CDH no Senado Federal
15 a 26 Reuniões/Seminários nos estados para discussão sobre a PROPOSTA de pauta aprovada na reunião ampliada
16 a 19 UNIVERSIDAD 2016 - Em Cuba
24 Paralisação Nacional nas IFES contra a EBSEH
24 e 25 Reunião do “Grupo de Trabalho Aprimoramento da Carreira” - MEC
27 e 28 Reunião Ampliada dos SPFs em Brasília para definir a pauta e ações da Campanha Unificada 2016.
MARÇO
03 e 04 72ª Reunião Ordinária da Mesa Nacional de Negociação Permanente do SUS
16 Evento ISP - Comitê Nacional Coordenador da ISP Brasil, em São Paulo
17 e 18 Evento ISP - SUBRAC Brasil / Cone Sul em Montevidéu, Uruguai.
SCS - Quadra 6, Bloco A, Lote 157 - 2º andar - Salas 205/207/208 – Edifício Bandeirantes - CEP 70.300-910 – Asa Sul – Brasília, DF. Fones: +55 (61) 3349-9151 / 3349.1772 / 3349.4420 / 3349.4811
Email: [email protected] Portal: www.fasubra.org.br
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