Boletim Informativo - #3
NOV 2011
CONTEÚDO
1. ATUALIDADES: AGENDA DE EVENTOS
2. PROJETOS APOIADOS EM 2011 PELA
FUNDAÇÃO ECOCERT
3. BREVES
4. 17o. CONGRESSO MUNDIAL IFOAM DE
AGRICULTURA ORGÂNICA 5. 10 ANOS DA ECOCERT BRASIL
6. INSTRUÇÕES NORMATIVAS PUBLICADAS NO
BRASIL EM 2011 7. ECOCERT NO DISTRITO FEDERAL
8. AGRICULTURA ORGÂNICA INTERNACIONAL
9. COSMÉTICOS
10. TÊXTEIS
11. TINTAS 12. COMÉRCIO JUSTO
13. BEM-ESTAR ANIMAL
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NOV 2011
1. AGENDA DE EVENTOS
NOVEMBRO 28-30: França, Paris – Sustainable Cosmetics Summit, Europe
– Ecocert Greenlife DEZEMBRO 5-6: Turquia, Istambul – Spa Meeting Europe – Ecocert Greenlife 29-1: França, Paris – Food Ingredients – Serviço Comércio Justo 29-2: França, Paris – Buy & Care – Ecocert Environnement
JANEIRO 2012 17-18: Estados Unidos, São Francisco – Sustainable Foods Summit – Ecocert Inc
FEVEREIRO 2012 13-14: Alemanha, Nuremberg – Global Organic Market Access – Intervenção de Michel Reynaud, Vice Presidente da Ecocert 15-18: Alemanha, Nuremberg – Biofach – Grupo Ecocert
2. PROJETOS APOIADOS EM 2011 PELA FUNDAÇÃO ECOCERT
Criada em 2010, a Fundação Ecocert tem por objetivo apoiar, tanto na França como no exterior, ações orientadas à proteção do meio ambiente, à melhoria das condições sociais das populações e à manutenção do patrimônio
cultural.
Em 2011, a Fundação Ecocert apoiou projetos de educação sobre o meio ambiente
em escolas de ensino fundamental e ensino médio tanto em escala local
como nacional. Também desenvolveu projetos de educação sobre agricultura
em Madagascar, de solidariedade no Equador ou de proteção de sementes
crioulas no Brasil.
Atualmente, a Fundação está envolvida em um projeto no noroeste da Índia, em
parceria com duas organizações:
- SOLIDARITE (Solidariedade): Organização de Solidariedade Internacional
que apóia programas alternativos aos mais necessitados, buscando ajudá-los a
adquirir autonomia.
- Navdanya: ONG indiana que promove a agricultura respeitosa aos direitos
humanos e ao meio ambiente, baseada sobre a autonomia dos pequenos
agricultores e garantindo a segurança alimentar para as populações rurais.
Este projeto, batizado « Les Graines de l’Espoir » (« Grãos de Esperança »), tem
duração prevista de 3 anos. Consiste em implementar políticas de conservação
da biodiversidade e de promoção da agricultura orgânica a fim de criar uma
agricultura sustentável em 13 vilarejos (representando 200 agricultores e suas
famílias). O objetivo é a melhoria dos meios de subsistência sustentável de
pequenas comunidades agrícolas, permitindo a conservação da biodiversidade
e de sementes crioulas. Está prevista a criação de treze hortas comunitárias
que alimentarão o banco de sementes e um centro de embalagem que
permitirá a estocagem e a venda da produção gerada por estas hortas.
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3. BREVES
Ecocert Brasil
A certificação de produtos orgânicos para o mercado brasileiro.
A Ecocert Brasil está acreditada para a certificação de produtos segundo o
regulamento brasileiro para a agricultura orgânica (Lei N° 10.831/03)
que impõe, para todos os produtos orgânicos comercializados em território
brasileiro, a auditoria e certificação segundo regras específicas por um organismo
de controle acreditado pelo INMETRO e credenciado no Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (MAPA).
Os produtores orgânicos baseados no Brasil ou que desejem exportar seus
produtos para este mercado podem contar com os serviços desta filial do
Grupo Ecocert para realizar inspeções nos quatro cantos do planeta segundo o
regulamento brasileiro para a agricultura orgânica. A Ecocert Brasil já certificou
produtos em diversos países tais como Portugal, Espanha, Itália, França, Chade,
Bolívia, Filipinas e Turquia.
> Se você deseja exportar ao Brasil, entre em contato com a Ecocert Brasil:
Ecocert Tunísia
Apesar dos acontecimentos do início deste ano, a Ecocert Tunísia mantém o seu
papel como organismo de certificação. Em 2011, aumentou o número de
operadores, três novas inspetoras foram recrutadas e a filial se mudou para
um novo endereço. Em maio de 2011 a Ecocert Tunísia participou da feira Bio
Expo Tunísia de agricultura orgânica e indústrias alimentares. Esta participação
chamou a atenção de inúmeros clientes e representou uma ótima plataforma
de trocas e cooperação entre os expositores.
A Ecocert Tunísia também se abriu ao mercado internacional permitindo a
entrada de um produto tunisiano, o azeite de oliva, no mercado japonês. O
produto foi, portanto, controlado e certificado pelas equipes tunisianas segundo o
regulamento JAS.
Ecocert Colômbia
Com mais de 3000 produtores certificados, a Ecocert Colômbia é o primeiro
organismo de certificação de cafés orgânicos do país. Após workshop organizado
de 19 a 22 de setembro de 2011 para as comunidades indígenas produtoras de
café do norte da Colômbia, a Ecocert Colômbia e os comitês regionais da
Federação Nacional dos produtores de café estabeleceram sua agenda de trabalho
para 2012. O objetivo é otimizar o serviço de certificação proposto pela
Ecocert Colômbia, e melhorar os instrumentos de gestão documental e de
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4. 17o. CONGRESSO MUNDIAL IFOAM DE
AGRICULTURA ORGÂNICA DE 28/09 a 01/10 DE 2011, Coréia do Sul
De renome internacional e reconhecido por todos os profissionais do
setor, o congresso da IFOAM (International Federation of Organic Agriculture
Movements) tem por objetivo a promoção da prática da agricultura orgânica em
defesa da preservação dos ecossistemas agrícolas.
Durante o congresso, Xavier Hatchondo, responsável pelo departamento de
Carbono na Ecocert, apresentou o experimento francês do « Cálculo do
impacto ambiental dos produtos orgânicos ». A Ecocert, com a sua
participação neste projeto nacional, fortalece o seu compromisso no
reconhecimento de práticas responsáveis e busca sensibilizar os consumidores
sobre os impactos ambientais dos produtos que consomem. Michel Reynaud,
vice-presidente da Ecocert, fez uma intervenção apresentando os desafios da
agricultura orgânica nos próximos dez anos durante um workshop organizado
pela IFOAM/FAO/UNCTAD.
Após diversas apresentações sobre as mudanças climáticas, a Ecocert
constatou seu avanço em termos de serviços em matéria de carbono. Além do
serviço de Rotulagem ambiental, o Grupo realiza a avaliação da pegada de
carbono e compensação das emissões de CO2 em sistemas agroflorestais.
Este evento permitiu a Ecocert a troca de experiências com vários líderes de
projetos agroflorestais e divulgar seu compromisso em escala internacional.
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5. 10 ANOS DA ECOCERT BRASIL
Em 2011 a Ecocert Brasil está completando 10 anos de funcionamento!
Atualmente, a Ecocert no Brasil desfruta de uma reputação de confiança e solidez
e a marca é amplamente reconhecida nas gôndolas dos supermercados Brasil
afora. Aproveitamos para reforçar nosso compromisso com todos nossos clientes
e consumidores, visando sempre prestar um serviço com rapidez, transparência e
zelo.
Veja abaixo trechos da entrevista com João Augusto de
Oliveira, sócio-fundador e ex-Diretor da filial brasileira
do Grupo Ecocert.
Como surgiu a idéia de abrir o escritório no Brasil? A decisão de constituir a ECOCERT BRASIL foi tomada numa reunião na UNITEC-
Cooperativa de Técnicos em Três de Maio, Rio Grande do Sul, no final do ano de
2000, com participação de Jean Claude Pons, representando a ECOCERT SA. A
decisão foi fruto da necessidade de uma certificação internacional para a soja
orgânica produzida pelos associados da COTRIMAIO, que negociavam uma venda
direta com agricultores franceses interessados no produto.
Em janeiro de 2001 a certificadora foi formalmente constituída como associação
civil sem fins lucrativos, em assembléia realizada na sede da OCERGS, em Porto
Alegre, com um sócio francês, representado na ocasião por Valerie Martignolle, e
um sócio brasileiro. O primeiro endereço da ECOCERT BRASIL foi na Rua
Comendador Rheingantz 65, Porto Alegre. A sede foi posteriormente transferida
para Florianópolis, visando a racionalização do trabalho e, em 2005 foi
transformada em sociedade limitada.
Como era o mercado de orgânicos brasileiro na época
(regulamento, demanda, consciência, publicidade, vendas, etc...)? O mercado doméstico era incipiente, fruto dos movimentos da sociedade civil,
consubstanciados especialmente nos chamados EBAs - Encontros de Agricultura
Alternativa, que ocorriam em praticamente todas as regiões brasileiras. A
produção, processamento e comercialização eram regulados pela Instrução
Normativa 07 / 99, um texto bastante enxuto que não dava conta da
complexidade do setor. A ECOCERT BRASIL iniciou suas atividades certificando
três projetos no Brasil: Gama (Paraná, soja orgânica), Duas Rodas (Santa
Catarina, aromas) e Amazônia SA (Amapá, palmito). A maior parte da produção
brasileira de orgânicos era então destinada à exportação.
Na sua opinião, quais os fatores preponderantes para que o
consumo de orgânicos cresça no Brasil? Destaco dois fatores, a meu ver, importantes:
a) O aumento da preocupação, em todos os níveis (governos e sociedade civil),
com a questão ambiental, motivado de forma especial pelo aquecimento global e
suas conseqüências que já se fazem sentir em todos os continentes.
b) A preocupação crescente da população com a saúde, o que implica se
perguntar o que estamos comendo, de onde vêm os alimentos e como são
produzidos.
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Qual o maior diferencial que você destacaria no serviço prestado
pela Ecocert Brasil e que no seu ponto de vista, influenciou
positivamente no crescimento da Ecocert no Brasil?
Acredito que o maior diferencial da Ecocert Brasil é o fato de ter e praticar valores
sólidos que são necessários e apreciados pelos produtores e consumidores: ética,
transparência nas relações internas e externas, coerência entre palavra e ação.
Além naturalmente de uma bela equipe, comprometida e competente.
Dada a Lei brasileira que entrou em vigor em janeiro de 2011,
quais as maiores dificuldades e/ou entraves que podem
prejudicar o crescimento do setor?
A Lei 10831/2003 foi intensamente discutida em fóruns com participação do
governo e da sociedade civil. Talvez nunca antes na história do Brasil uma lei foi
tão esmiuçada e submetida à crítica antes de sua aprovação e implementação.
Um longo caminho deverá, entretanto, ser percorrido até que tudo esteja bem
ajustado. Essa adaptação demanda trabalho e freqüentemente gera dificuldades.
Acredito que uma das dificuldades que deverá ser superada é a harmonização das
regras brasileiras com as regras internacionais, de formas a facilitar as trocas
entre produtores e empresas brasileiras e internacionais.
6. INSTRUÇÕES NORMATIVAS PUBLICADAS
NO BRASIL EM 2011
Principais Instruções Normativas publicadas em 2011
Ao longo do ano de 2011, várias Instruções Normativas associadas ao
Regulamento Brasileiro de Orgânicos foram publicadas:
IN Conjunta SDA/SDC/ANVISA/IBAMA. n° 1, de 24/05/2011
(Fitossanitários)
IN n° 23, de 01/06/2011 (Têxteis)
IN n° 24, de 01/06/2011, que acresce e altera a IN 18/2009
(Processamento, Armazenamento e Transporte)
IN n° 28, de 09/06/2011 de Junho de 2011 (Aquicultura)
IN n° 37, de 02/08/2011 (Cogumelos)
IN n° 38, de 02/08/2011 (Sementes e Mudas )
IN n° 46, de 06/10, que altera e revoga a IN 64/2008 (Produção
Animal e Vegetal)
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Destas Instruções Normativas publicadas, uma das principais foi a IN 46, que alterou e/ou acrescentou alguns pontos relevantes à IN 64, que foi revogada. As
principais mudanças dizem respeito à produção animal, incluindo a apicultura e a
lista de produtos permitidos (lista de anexos). Alguns pontos relevantes:
- adicionados aspectos da promoção da saúde animal e manejo; período de
conversão de áreas onde são criados os animais; comunicação formal sobre a
aquisição de animais; aspectos de tratamento humanitário dos animais; aspectos
da alimentação dos animais (áreas de pastagens e condições); densidades
máximas permitidas;
- mel: aspectos de conversão das colméias; diminuição de 5 para 3km a área de
distância dos apiários em relação a potenciais fontes contaminantes;
- produção vegetal: proibição da utilização de sementes e mudas não obtidas em
sistemas orgânicos de produção a partir de 19 de dezembro de 2013;
- adição de alguns produtos e substâncias à lista permitida para animais em
sistemas orgânicos de produção, bem como para manejo e controle de pragas.
Todos estes regulamentos estão disponíveis no site da Ecocert Brasil
www.ecocert.com.br. Recomenda-se a todos os produtores e empresas certificadas
a leitura de todos os regulamentos e alterações associados ao seu sistema orgânico
de produção.
7. ECOCERT NO DISTRITO FEDERAL
Ecocert ganha licitação do Sebrae para certificação de produtores
no DF
No dia 14 de julho de 2011, O SEBRAE DF promoveu em Brasília um processo licitatório objetivando a contratação de uma certificadora credenciada pelo MAPA e
acreditada pelo INMETRO para atender a demanda por certificação de um grupo de produtores rurais localizados no Distrito Federal e entorno. A Ecocert Brasil participou e ganhou esta licitação. Firmou-se então uma parceria entre o SEBRAE DF e a Ecocert Brasil para certificar uma série de produtores rurais, em sua maioria pequenos agricultores familiares. O primeiro Certificado de Conformidade foi emitido no dia 02 de setembro de 2011
e até o presente momento mais de 30 inspeções já foram realizadas na região, sendo que para o ano seguinte o número de inspeções deve dobrar. O mercado de orgânicos no Distrito Federal é muito expressivo em termos de
consumo no cenário nacional, concentrando vários produtores locais que atendem
as grandes redes de supermercado e isso deve se fortalecer ainda mais por conta
de Brasília ser uma das cidades sede da copa do Mundo de 2014.
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8. AGRICULTURA ORGÂNICA INTERNACIONAL
Aditivo autorizado: adição de extrato de alecrim orgânico
Após a publicação do Regulamento (UE) n°344/2011 de 08/04/2011 modificando o Regulamento (CE) n°889/2008, o extrato de alecrim E392 foi incluído no anexo VIII A. Pode ser utilizado para qualquer tipo de produto alimentício (de origem animal ou vegetal), mas deve ser orgânico e somente o etanol pode ser
utilizado para a sua extração. Além disso, este aditivo antioxidante está
marcado com um asterisco e, portanto, deve ser considerado como um ingrediente de origem totalmente agrícola para o cálculo do percentual orgânico do produto acabado (como deverá ser obrigatoriamente orgânico, sua utilização terá um impacto positivo no percentual).
Importações: Equivalências e países terceiros
CANADÁ:
No dia 20 de junho de 2011, a Comissão Européia publicou o Regulamento (UE)
n°590/2011 modificando o Regulamento (CE) n°1235/2008 para agregar o Canadá entre os países listados no anexo III e cujo sistema de produção orgânica apresenta as garantias equivalentes àquelas do Regulamento (CE) n°834/2007. Uma nova modificação do Regulamento (CE) n°1235/2008 foi publicada no JOCE
no dia 28 de outubro de 2011. Trata-se do Regulamento (UE) n°1084/2011
trazendo modificações a respeito da Tunísia e do Canadá.
Importação na União Européia proveniente do Canadá
A partir de agora, alguns produtos certificados segundo a « Organic Products
Regulation » canadense podem ser importados na União Européia sem serem
certificados segundo o regulamento CE 834/2007. Já não estão mais sujeitos às
autorizações de importação emitidas pelos Estados membros (um certificado de
inspeção por lote, porém, ainda é necessário). Entretanto, esta nova disposição
se refere somente aos produtos que respeitem estritamente as condições
descritas no anexo III deste regulamento.
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8. AGRICULTURA ORGÂNICA INTERNACIONAL (cont.)
Neste âmbito de aplicação estão incluídos: a) Produtos agrícolas vivos ou não transformados (de origem vegetal ou animal), material de reprodução vegetativa e sementes utilizadas para fins agrícolas.
b) Produtos agrícolas transformados utilizados para a alimentação humana e como alimentos para animais.
No que diz respeito às suas origens, os produtos agrícolas contemplados no ponto a) e os ingredientes orgânicos que entram na composição dos produtos previstos no ponto b) devem ter sido cultivados no Canadá e serem certificados segundo a norma canadense reconhecida por um dos organismos de controle enumerados no ponto 5 do anexo III, do qual faz parte a Ecocert Canadá. Para os produtos provenientes do Canadá que não respeitem estas condições, ainda é necessária uma autorização de
importação. É o caso dos produtos fabricados no Canadá com matérias primas orgânicas produzidas fora do país.
Exportação da UE para o Canadá
A Agência Canadense de Inspeção de Alimentos (ACIA) confirmou que os produtos
orgânicos produzidos e transformados nos países da União Européia e
certificados segundo o Regulamento (CE) n°834/2007, são aceitos como produtos
orgânicos no Canadá sem certificação adicional. As matérias primas orgânicas
utilizadas nestes produtos não devem ser necessariamente cultivadas na União
Européia, podendo ser provenientes de países terceiros que tenham sido
importadas na União Européia.
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8. AGRICULTURA ORGÂNICA INTERNACIONAL (cont.)
OUTROS PAÍSES TERCEIROS IMPLICADOS:
No Regulamento (UE) n°590/2011, também foram introduzidas modificações referentes a outros países terceiros com regulamentação equivalente:
As autoridades da Costa Rica, do Japão, da Tunísia, da Índia e de Israel pediram à Comissão que inclua na lista novos organismos de controle e certificação que demonstrem respeitar as condições estabelecidas no artigo 8, parágrafo 2, do Regulamento (CE) n°1235/2008.
Nova Zelândia: modificações do caderno de normas equivalente e mudança da Autoridade Competente (fusão do Ministério da Agricultura e da silvicultura e da
autoridade neozelandesa da segurança alimentar).
A inscrição da Nova Zelândia e da Costa Rica na lista de países terceiros equivalentes se prolongou por tempo indeterminado. A lista com os números dos códigos dos organismos de certificação para os países terceiros com regulamentação equivalente foi atualizada e publicada no site da Comissão européia.
No Regulamento (UE) n° 1084/2011, foi estipulada a mudança da Autoridade Competente Tunisiana. A partir de agora se trata da « Direction générale de l’agriculture biologique » (Direção geral da agricultura orgânica).
Retomada das negociações sobre as regras de vinificação orgânica
O Regulamento (UE) n°344/2011 publicado no dia 8 de abril de 2011 indica que os vinhos produzidos, engarrafados e rotulados conforme o Regulamento
(CEE) n°2092/91 ou ao Regulamento (CE) n°834/2007 antes de 31 de julho de 2012, podem seguir sendo comercializados até que terminem os estoques. Isto parece confirmar que novas regras sobre vinificação orgânica estejam na agenda da Comissão Européia.
Lembrete sobre os próximos vencimentos
Ao final do ano 2011, finalizarão algumas derrogações do regulamento:
- Castração de leitões autorizada sem anestesia e/ou analgésicos (art. 95.4 do Regulamento (CE) n°889/08).
- Utilização de 100% de alevinos da aqüicultura não orgânica ou do esperma de moluscos bivalves não orgânicos. Este percentual passa a 80 a partir de 01/12/2012 (art. 25, 3 e 25.1b do Regulamento (CE) n°889/08).
- Produção de ovos: utilização de frangas não orgânicas (mas que respeitam as exigências orgânicas relacionadas à alimentação e profilaxia) de menos e 18
semanas de idade (art. 42.b do Regulamento (CE) n°889/08).
- Utilização de 5% de alimentos de origem agrícola não orgânica (listados no
anexo V) na alimentação dos não herbívoros (art. 43.b do Regulamento
(CE) n°889/08).
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8. AGRICULTURA ORGÂNICA INTERNACIONAL (cont.)
Nota: Está prevista uma modificação do Regulamento (CE) n°889/08 relativa aos animais, em especial sobre as frangas não orgânicas e a utilização de matérias primas não orgânicas na alimentação.
Em 2012, terminará a derrogação sobre a rotulagem:
Art. 95.9 do Regulamento (CE) n°889/08: Comercialização até 01/07/2012 dos rótulos conformes ao Regulamento n°2092/91 ou ao Regulamento (CE) n°834/07,
mas que não respeitam as novas exigências (números de códigos do organismo de certificação, logotipo da União européia e indicação da origem das matérias primas agrícolas quando proceda…).
Lembramos que os estoques de produtos já embalados e rotulados antes de 01/07/2010 podem ser comercializados até o seu término (caso especial: vinhos a base de uvas orgânicas – ver acima).
Utilização de certos aditivos
Segundo o artigo 27.3 do Regulamento (CE) n°889/08, o re-exame da utilização de certos aditivos (a saber, o nitrito de sódio, o nitrato de potássio nos produtos cárneos e o SO2 nos vinhos de frutas (distintas da uva), a cidra de maçã, de pêra e o hidromel) estava previsto para antes de 31/12/2010. Como a comissão não voltou a questionar a sua utilização, estes aditivos podem ser utilizados
segundo as condições descritas no anexo VIII. Até nova ordem.
Novidades sobre o regulamento NOP
O manual NOP destinado a auxiliar no cumprimento do previsto pelo “National Organic Program” foi atualizado e publicado em julho de 2011 no site do USDA.
As atualizações impactam principalmente o extrativismo, os usuários de compostagem e de húmus de minhoca, os operadores têxteis e os usuários de produtos clorados, mas recomendamos a todos os operadores certificados NOP que estudem esta nova versão do handbook.
Todas as mudanças estão sintetizadas no documento: Summary of Changes.
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9. COSMÉTICOS
A regulamentação de cosméticos orgânicos no Brasil
A situação dos cosméticos orgânicos no Brasil está passando por um momento de
transição. A Lei 10.831/2003 que regula a cadeia produtiva e de comercialização de produtos orgânicos no território brasileiro entrou em vigor a partir de 1º de janeiro de 2011. Porém, nenhuma normativa específica sobre cosméticos orgânicos foi publicada até o momento.
A Ecocert faz parte do grupo de trabalho criado para a construção da Instrução Normativa de Cosméticos Orgânicos, liderado pela ABIHPEC e formado por empresas do ramo, ABC, ANVISA e MAPA. Este grupo está trabalhando na construção do texto legal que no futuro será o guia para a elaboração de cosméticos orgânicos a serem comercializados no território brasileiro. Não há um prazo definido para a publicação da nova IN, mas estimamos que isso não
ocorrerá antes do segundo semestre de 2012. Entretanto, se o produto em questão for produzido respeitando o determinado no conjunto de leis que atualmente regem o Sistema Brasileiro de Produção Orgânica, principalmente o art. 120 da IN 19/2009 (que determina o % de ingredientes orgânicos que um produto deve conter para poder ter na sua
embalagem o selo do SisOrg) e a IN 18 (que determina como deve ser o processamento de produtos orgânicos), ele já pode ser considerado conforme a Lei Brasileira, e pode portanto ser considerado ORGÂNICO ou COM INGREDIENTES ORGÂNICOS e, consequentemente, ter direito ao uso do selo do SisOrg. É importante lembrar também que enquanto a IN específica sobre Cosméticos
Orgânicos não for publicada, e o produto não cumprir o determinado no parágrafo anterior, existe o risco de que um cosmético comercializado em território brasileiro que seja certificado como orgânico por um referencial privado como o da ECOCERT venha a ser multado pelos órgãos reguladores. Por isso, para estes casos, recomendamos a certificação de COSMÉTICO NATURAL pela ECOCERT, que
não é regulada por leis nacionais e que, portanto, desde que o mesmo respeite todos os regulamentos aplicados a cosméticos em geral, poderá ser vendido em
território nacional sem problemas.
Salientamos, entretanto, que se seu interesse for o mercado externo, o selo Ecocert é, sem dúvida, uma importante referência para cosméticos orgânicos. Ele é reconhecido e respeitado pelo consumidor em diversos países, em especial na Europa, e pode ser um diferencial para o seu produto.
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9. COSMÉTICOS Renovação dos membros do Comitê de Supervisão da Certificação
O Comitê de supervisão da certificação, constituído por membros representantes da indústria de cosméticos, emite opiniões técnicas e sobre certificação. O mesmo pode ser acionado para garantir o bom funcionamento dos processos de certificação ou ainda para analisar de forma anônima os recursos em segunda instância. Os membros são designados por um período de dois anos.
Conforme previsto pelo nosso procedimento, o Comitê de supervisão da certificação foi renovado ao longo do primeiro semestre de 2011. Vários novos membros foram nomeados e a antiga Presidente Hélène Kergosien (no posto desde 2002) foi substituída por Laurence Mulon (nova presidente).
Sua rotulagem e documentos de comunicação
Desde setembro de 2011, as regras relacionadas à verificação da rotulagem e documentos de comunicação passaram por modificações. Foram enviados diversos
documentos e um email informativo neste sentido.
Converse com o seu encarregado de certificação.
Novidade: Serviços de verificação dos componentes de
embalagem
A partir do início de 2012, ofereceremos o serviço de inspeção de embalagens. Os fabricantes e fornecedores de embalagens que desejem verificar a conformidade dos seus artigos de embalagem com respeito aos referenciais de Cosméticos naturais e orgânicos poderão entrar em contato com a Ecocert Greenlife, facilitando assim a busca de embalagens apropriadas.
Esta verificação, sem inspeção, se baseará em uma análise documental das embalagens, que deverão responder aos critérios ambientais dos referenciais Ecocert e/ou COSMOS.
Um atestado garantindo a conformidade das embalagens validadas será
entregue e poderá ser consultado na lista de fornecedores de embalagens
apropriadas no nosso site clicando aqui.
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NOV 2011
9. COSMÉTICOS Lembrete sobre as nanopartículas
Desde 30 de junho de 2011, não se autoriza a fabricação de produtos Cosméticos certificados contendo dióxido de titânio (TiO2) ou óxido de zinco
(ZnO) identificados ou suscetíveis de serem identificados como nanopartículas. Para todos os outros ingredientes identificados ou suscetíveis de serem identificados como nanopartículas, a fórmulas já validadas poderão ser fabricadas até 31/12/2011.
Serviços de validação de matérias-primas para fornecedores
A Ecocert propõe aos fornecedores de matérias-primas naturais a validação da conformidade dos seus ingredientes aos referenciais Ecocert ou COSMOS.
A Ecocert acaba de publicar na internet a nova lista de matérias-primas validadas segundo o COSMOS, que completa a lista de quase 2500 matérias-primas já registradas por mais de 300 fornecedores.
Se você deseja fabricar produtos certificados segundo os referenciais Ecocert/COSMOS, você pode consultar esta base de dados.
Basta indicar ao seu encarregado de negócios as matérias primas que você vai utilizar nas suas fórmulas. Não será necessário apresentar nenhum outro documento.
10. TÊXTEIS Validação de insumos químicos GOTS
A Ecocert Greenlife é agora acreditada para a avaliação e o estabelecimento de listas positivas de insumos químicos GOTS (colorantes, pigmentos, tintas,
outros agentes têxteis…) destinados a serem utilizados na produção de produtos certificados GOTS.
Para mais informações, clicar aqui.
Novo referencial « Ecotextile standard »
Em função da crescente demanda por têxteis ecológicos, recicláveis ou a base de materiais renováveis, a Ecocert Greenlife lançará em breve seu novo referencial
« Ecotextile standard ».
Se você está interessado em participar das fases de testes prévias ao
lançamento entre em contato conosco pelo endereço [email protected]
A Ecocert presente nas feiras internacionais
Visando melhor informar os agentes da indústria têxtil e da moda, a Ecocert
intensificou sua presença nos maiores eventos profissionais e participou de
diversas feiras em 2011: Ethical Fashion Show e Première Vision em Paris,
BioFach na Alemanha e Intertextile em Shanghai.
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11. TINTAS Tintas e produtos de revestimento ecológico de origem natural
A Ecocert Greenlife, especialista em ecoprodutos, desenvolveu um novo referencial dedicado às tintas e produtos de revestimento ecológico de
origem natural, em colaboração com os fabricantes, fornecedores, distribuidores, aplicadores, decoradores e responsáveis pela saúde pública.
Este referencial estabelece critérios exigentes, principalmente sobre o plano ambiental e sanitário, favorecendo a utilização de matérias primas naturais e de origem natural além de garantir a utilização de procedimentos que respeitem o meio ambiente em toda a cadeia de produção.
« O referencial Ecocert é o primeiro a promover o máximo uso de ingredientes de origem natural na fabricação de tintas e revestimentos, impondo o nível mais elevado de exigências do mercado. » Valérie Lemaire, Diretora Geral da Ecocert Greenlife.
O lançamento oficial foi realizado no dia 29 de setembro de 2011 na feira Eurocoat em Paris.
Para maiores informações entre em contato com [email protected]
12. COMÉRCIO JUSTO
Sobre o referencial Ecocert de Comércio Justo
A notoriedade da iniciativa da Ecocert sobre Comércio Justo aumenta entre os consumidores como consequência da campanha informativa desenvolvida em 2012 e 2011, e o referencial goza de uma excelente reputação entre os profissionais do setor, especialmente a Plate Forme Française du Commerce Equitable.
« Atualmente atuamos em mais de 70 cadeias produtivas em 142 projetos que representam mais de 100.000 beneficiários, dos 95% são pequenos produtores. Operamos em 31 países produtores e 15 países distribuidores, para aproximadamente 800 referências de produtos.
Após 3 anos de atividade, podemos agora avaliar a eficácia das parcerias estabelecidas através das iniciativas « Ecocert Comércio Justo » sobre a sustentabilidade das cadeias produtivas e o desenvolvimento dos produtores »
Laurent Lefebvre, Responsável pelo referencial Ecocert Comércio Justo.
>> Para desenvolver sua linha de produtos consulte a lista atualizada de
produtos orgânicos e de comércio justo.
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Boletim Informativo - #3
NOV 2011
13. BEM-ESTAR ANIMAL Consciência no consumo animal responsável cresce no Brasil
Visando a saúde física e mental dos animais, bem como o convivo harmônico com o meio em que estão inseridos, a certificação de Bem-Estar Animal surge como uma alternativa para os consumidores que se preocupam com a forma com que os animais são criados, alimentados e até mesmo medicados ao longo de suas vidas até o abate propriamente dito.
Convergindo com a tendência de crescimento da consciência dos consumidores brasileiros sobre o tema, desde o ano de 2009, a Ecocert Brasil firmou uma
parceria com a Humane Farm Animal Care, entidade americana a qual concede a utilização do selo CERTIFIED HUMANE BRASIL, com adaptações pertinentes as normas do selo Certified Humane utilizadas nos Estados Unidos.
Dentre as normas do programa Humane Farm Animal Care, estão inclusas: nutrição equilibrada livre de antibióticos e hormônios, abrigos e áreas de repouso para os animais e espaço adequado para manifestação do comportamento natural
da espécie.
Pelo selo nas embalagens dos produtos, o consumidor tem a certeza de que o
animal em questão não foi alvo de maus tratos, desde seu nascimento até o
abate.
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