Influência da base na resistência de aderência à tração da argamassa de revestimento em alvenarias
de bloco cerâmico e de concreto dezembro/2015 1
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Influência da base na resistência de aderência à tração da
argamassa de revestimento em alvenarias de bloco cerâmico e de
concreto
André Vieira dos Santos – [email protected]
MBA Gerenciamento de Obras, Tecnologia e Qualidade da Construção
Instituto de Pós-Graduação - IPOG
Uberlândia, MG, 05 de Janeiro de 2015
Resumo
A utilização de argamassa com cimento portland no revestimento de alvenarias é uma técnica
tradicional que vem se aprimorando e evoluindo cada vez mais, consequente do aumento do
número de obras executadas no país. O desenvolvimento de projetos e técnicas vem sendo
cada vez mais usado, a fim de se evitar futuras patologias e buscando uma maior vida útil dos
revestimentos. Dentro dos processos de execução, tem-se uma grande preocupação quanto à
aderência da argamassa com a superfície a qual estará em contato. Para um melhor
entendimento de alguns fatores que exercem influência na resistência de aderência à tração
entre a camada de revestimento de argamassa e a alvenaria, o presente trabalho irá mostrar os
resultados de ensaios de aderência segundo a NBR 13528:2010, feitos em painéis de alvenaria
de bloco cerâmico e de bloco estrutural, com e sem a utilização de chapisco, resultando em
quatro variáveis a serem analisadas. Os ensaios realizados foram feitos em um mesmo
ambiente de laboratório, a fim de minimizar as interferencias das intempéries, sendo cada
etapa feita de acordo com a norma específica. Concluiu-se que a condição da superfície do
substrato exerce influência na resistência de aderência à tração do revestimento.
Palavras-chave: Aderência. Argamassa. Substrato. Chapisco
1. Introdução
O uso de argamassa no sistema de revestimento é uma técnica tradicional que vem se
aprimorando e evoluindo cada vez mais, com o grande aumento do número de obras
executadas no país. O desenvolvimento de projetos e técnicas, buscando melhorar a qualidade
final nos revestimentos de argamassa, vem sendo cada vez mais usado nos últimos anos, a fim
de se evitar futuras patologias e buscando uma maior vida útil dos revestimentos. Dentro dos
processos de execução, tem se uma grande preocupação quanto à aderência da argamassa com
a superfície a qual estará em contato.
Segundo Kazmierczak, Brezezinski e Collatto (2007): [...] a incidência de problemas relacionados com a perda ou a falta de aderência de
argamassas tem se acentuado, tornando-se hoje uma grande preocupação para as
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empresas construtoras e aumentando o passivo ambiental da construção civil, em
função da diminuição da vida útil dos revestimentos. [...].
A aderência se caracteriza como a resistência de arrancamento da argamassa no
estado endurecido. É um fenômeno de contato entre as superfícies, proveniente das interações
químicas e mecânicas que ocorrem na interface entre estas camadas.
São vários os fatores que interferem na resistência final da aderência, sendo
influenciados pelas características da argamassa, da base, do substrato e até mesmo do modo
de execução do revestimento. Este último vem se desenvolvendo e empregando novas
tecnologias como por exemplo o lançamento de argamassa em forma de projeção. De forma
mais específica, dentro destes fatores, esta principalmente a condição do substrato, quanto à
existência ou não de um elemento como o chapisco e a porosidade da superfície do substrato.
Segundo teorias de Carasek, Cascudo e Scartezini (2001), a resistência entre as
camadas de argamassa e substrato é um fenômeno mecânico, consequente da rugosidade das
bases e também da penetração de água nos poros deste substrato. Apresentam também
fenômenos de micro aderência, que se caracterizam pelo preenchimento dos poros do
substrato através da absorção da pasta de argamassa, resultando em uma fixação mecânica
entre estes dois elementos; e da macro aderência que resulta no enchimento das saliências da
rugosidade da superfície da base com a porção de argamassa, garantindo que a camada de
argamassa fique presa à superfície.
Tendo em vista a importância desse fator no resultado final do processo de
revestimento, o presente trabalho busca analisar, de forma técnica, perante normas específicas
do assunto, a resistência de aderência da argamassa aplicada em bases e substratos de
diferentes materiais, sendo: o tipo de substrato (bloco de concreto e bloco cerâmico de
vedação) e a condição da superfície do substrato (com e sem chapisco), tendo assim quatro
variáveis diferentes a serem ensaiadas.
O conhecimento dos resultados se torna importante para uma melhor decisão no
processo de escolha e preparação da base a ser usada na construção da obra. Este assunto vem
sendo tratado com mais seriedade pelos profissionais da área, devido a acidentes ocorridos em
obras, com o desplacamento da camada de reboco por falta de aderência, causando risco a
população e, dependendo do tamanho da peça, podendo provocar até mortes.
2. Desenvolvimento
Foram analisadas as alterações dos valores de resistência à aderência da argamassa
quando aplicada em superfícies distintas, sendo estudada quatro tipos de variáveis diferentes,
sendo: o tipo de substrato (bloco cerâmico de vedação e bloco de concreto) e a condição da
superfície (com e sem chapisco). O ensaio foi feito em painéis de alvenaria para cada tipo de
bloco, com dimensões de 1,20 x 1,00 metros (comprimento x altura), sendo aplicado chapisco
em um lado dos painéis.
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2.1 Substratos
As propriedades mecânicas dos substratos são de uma extrema importância, uma vez
que estas influenciam nas características de união e ancoragem com a camada de
revestimento. Quanto às características superficiais dos substratos, a porosidade pode
influenciar no transporte de água (argamassa no estado fresco) nos instantes após aplicação. A
rugosidade da superfície do substrato também é fundamental no desenvolvimento da
aderência, pois são pontos onde haverá ancoragem da camada de argamassa aplicada.
Superfícies rugosas têm uma maior área de contato com a argamassa, resultando
teoricamente, em uma resistência de aderência maior. Substratos cujas superfícies são mais
lisas e fechadas tendem a apresentar valores de aderência menores.
Os blocos cerâmicos de vedação e os blocos de concreto utilizados para a construção
das paredes feitas neste estudo foram coletados em uma casa de materiais de construção e em
uma fábrica de blocos, respectivamente. Ambos os materiais foram selecionados de um
mesmo lote produzido.
Os materiais coletados foram caracterizados através de ensaios, que estão
apresentados na Tabela 1 abaixo.
TIPO DE SUBSTRATO
DIMENSÕES (comp X alt X larg) (mm)
PLANEZA DAS FACES
(mm)
RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO
(MPa)
ABSORÇÃO DE ÁGUA
(%)
Bloco de Concreto
390 x 190 x 140 0 4,1 14
Bloco Cerâmico 290 x 180 x 140 0,9 3,1 20,1
Tabela 1: Caracterização dos substratos utilizados
Fonte: Elaborado pelo autor
A Figura 1 mostra os painéis de alvenaria que foram montados para a realização da
execução do revestimento.
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Figura 1: Painéis de alvenaria cerâmica e estrutural, respectivamente
Fonte: Acervo do autor
Quando se utiliza chapisco na alvenaria, os valores de aderência tendem a serem
maiores, desde que seja bem executado. Substratos com superfícies menos rugosas (lisas)
apresentam uma área menor de contado entre a argamassa e o substrato, levando
teoricamente, a valores de aderência menores.
A capacidade de sucção de água do substrato é
fundamental para promover um caminho fácil
do transporte dos compostos encontrados para
hidratação no cimento. Os substratos com
capacidade de sucção muito baixa apresentam,
teoricamente, valores baixos de aderência com
o revestimento.
Foram feitas imagens das condições
superficiais dos substratos analisados, com e
sem a utilização de chapisco, apresentados
abaixo nas Figuras 2 e 3.
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Figura 2: Imagem aproximada das superfícies do bloco cerâmico e de concreto, respectivamente, sem aplicação
de chapisco
Fonte: Acervo do autor.
Figura 3: Imagem aproximada da superfície dos chapiscos sobre os blocos. (a) bloco cerâmico; (b) bloco de
concreto
Fonte: Acervo do autor.
2.2 Chapisco
A aplicação do chapisco foi feita em um dos lados de cada painel, sendo ele
produzido com cimento Portland tipo CP II E 40 e mistura de areia média e grossa, com
proporção de 50% de cada. O traço utilizado foi 1:3, em massa, sendo feita a mistura de forma
mecânica (betoneira) e a aplicação feita de forma manual, com colher de pedreiro.
Após a superfície do chapisco adquirir uma certa resistência, foi iniciado o processo
de cura, feito durante um período de três dias, garantindo a resistência e aderência entre
chapisco e substrato. Respeitando a idade mínima de três dias após a aplicação do chapisco,
foi feita a execução do revestimento de argamassa.
2.3 Revestimento
A argamassa pronta estabilizada dosada em central, utilizada no revestimento dos
painéis de alvenaria feitos neste trabalho, é composta por uma mesclagem de areias lavadas
de rio, cimento Portland tipo CP II E 40, água e aditivos. A produção é feita na central
dosadora e misturada em caminhão betoneira.
Após 14 dias de espera da execução das paredes, conforme NBR 7200:1998, as
superfícies passaram por uma limpeza para remoção de poeira, para logo após ser realizado o
revestimento das mesmas.
Fonte: Acervo da pesquisa (a) (b)
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2.3.1 Dados dos Materiais Componentes da Argamassa
As características de cada material podem interferir em algumas propriedades da
argamassa, alterando algumas de suas características. Os materiais compostos na argamassa
utilizada para o revestimento dos painéis foram caracterizados e estão apresentados nas
Tabelas 2 e 3, a seguir.
Tabela 2: Características do cimento utilizado na composição da argamassa
Fonte: Elaborado pelo autor.
Tabela 3: Curva granulométrica das areias utilizadas na composição da argamassa
Fonte: Laboratório de materiais da empresa fornecedora da argamassa.
CIMENTO PORTLAND TIPO CP II E 40
CARACTERÍSTICA DETERMINADA REFERÊNCIA DE
ENSAIO RESULTADO
Massa Específica NBR 9676:1987 2,98 g/cm³
Finura NBR 11579:1991 0,5 %
Inicio de Pega NM 65 : 2003 2:30 horas
Resistência à compressão – 28 dias
NBR 7215:1996 42,7 MPa
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Além do cimento e areia, utiliza-se também a água para o amassamento, definida
como a água necessária utilizada na mistura da argamassa, para que esta tenha consistência
ideal de aplicação. Os aditivos utilizados são de características plastificantes e estabilizadores.
2.3.2 Características da Argamassa no Estado Fresco
Foram realizados ensaios na argamassa utilizada, para conhecimento de suas
características reológicas. A caracterização no estado fresco foi feita logo após a produção da
argamassa, com a mesma consistência utilizada na execução dos revestimentos. A
apresentação dos resultados destes ensaios é apresentada na Tabela 4, abaixo.
CARACTERÍSTICAS DA ARGAMASSA DE REVESTIMENTO – ESTADO FRESCO
ENSAIO REFERÊNCIA DE
ENSAIO RESULTADO CLASSIFICAÇÃO
Índice de Consistência – Flow Table
NBR 13276:2004 276 mm -
Densidade de Massa no Estado Fresco
NBR 13278:1995 1784 Kg/m³ D4
Teor de Ar Incorporado NBR 13278:1995 15 % -
Retenção de Água NBR 13277:2005 75 % U1
Tabela 4: Caracterização da argamassa no estado fresco
Fonte: Elaborado pelo autor.
2.3.3 Características da Argamassa no Estado Endurecido
Os ensaios de caracterização da argamassa endurecida foram feitos com idade maior
ou igual á 28 dias após a produção da mesma. A Tabela 5 apresenta os resultados encontrados
nos ensaios.
CARACTERÍSTICAS DA ARGAMASSA DE REVESTIMENTO - ESTADO ENDURECIDO
ENSAIO REFERÊNCIA DO ENSAIO RESULTADO CLASSIFICAÇÃO
Resistência á compressão - 28 dias
NBR 7215:1997 5,6 MPa P4
Densidade de massa no Estado Endurecido
NBR 13280:2005 1704,2 Kg/m³ M4
Absorção de água NBR 9778:2009 12,4 % -
Tabela 5: Caracterização da argamassa no estado endurecido
Fonte: Elaborado pelo autor
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2.3.4 Aplicação do Revestimento
A aplicação do revestimento foi feita de forma manual, com colher de pedreiro.
Foram determinados os mesmos critérios de lançamento para todos os painéis, sendo alguns
itens controlados para que não se tenha variáveis entre as aplicações, como: consistência da
argamassa, mão de obra e aperto da argamassa. O acabamento foi feito através de régua de
sarrafeamento e desempenadeira. Foi realizada a cura dos revestimentos durante um período
de 3 dias, com início após a superfície do revestimento apresentar uma certa resistência á
água, garantindo a regularidade do acabamento.
2.4 Ensaio de Aderência
Para a execução do arrancamento dos corpos de prova dos painéis de alvenaria, foi
utilizado aderímetro digital da marca Contenco. O equipamento é cuidadosamente encaixado
nas placas, evitando pequenos golpes que possam afetar a integridade do corpo de prova.
O esforço de tração é feito manualmente pela manivela do aderímetro até o corpo de
prova se destacar. O valor da força de arrancamento é gravado no visor digital que acompanha
o equipamento.
2.4.1 Mapeamento dos locais de ensaio
Os locais para a realização do ensaio foram determinados de modo a garantir uma
igualdade nos espaçamentos entre os corpos de prova, sendo distribuídos de tal forma que
contemplem ensaios feitos sobre as juntas de assentamento e sobre a superfície dos blocos.
Cada painel foi composto por 12 corpos de prova apresentando as mesmas
características (tipo e preparo do substrato e da argamassa, forma de aplicação da argamassa,
idade do revestimento). A quantidade de ensaios feitos sobre a junta de assentamento da
alvenaria foram de 5 corpos de prova, em todos os painéis ensaiados.
A localização dos corpos de prova nos painéis podem ser observadas na Figura 04.
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2.4.2 Cálculo da resistência de aderência
Para o cálculo da resistência de
aderência à tração, o valor da carga para a
ruptura é dividido pela área do corpo de prova.
Estes valores devem ser colocados na
expressão em números inteiros. O resultado de
resistência de aderência deve ser expresso com
duas casas decimais.
A equação utilizada para o cálculo é a
seguinte:
Ra = , onde:
F é a força usada para a ruptura, em N (newtons).
A é a área do corpo de prova, em mm² (milímetros quadrados).
3 Resultados
Os ensaios para o conhecimento das resistências de aderência a tração foram feitos
após a idade de 28 dias da aplicação do revestimento. Os resultados estão apresentados nas
tabelas a seguir.
3.1 Bloco de Concreto com Chapisco
A Tabela 6 apresenta os valores de resistência de aderência encontrados no ensaio
realizado no painel de bloco de concreto com a aplicação do chapisco.
PAREDE DE BLOCO DE CONCRETO COM CHAPISCO
Data: 30 /08 /2012 Temperatura Ambiente: 28°C
Idade do Revestimento: 30 dias
Local C.P (nº)
Carga de Ruptura
(Kgf)
Área (mm²
)
Resistência de
Aderência (MPa)
Forma de Ruptura (%)
A B C D E F G
Arrancamento sobre a Junta
1 69 1885 > 0,36 100
2 116 1963 > 0,59 40 60
Figura 4 – Posição dos corpos de prova nos painéis de bloco de concreto e cerâmico, respectivamente.
Fonte: Acervo do autor
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3 87 1924 0,45 70 30
4 72 1963 0,36 10 60 30
5 66 1963 > 0,33 100
Arrancamento sobre o Bloco
6 90 1924 > 0,46 40 60
7 76 1885 > 0,40 20 80
8 81 1924 > 0,42 90 10
9 86 1924 > 0,44 10 90
10 73 1963 > 0,37 90 10
11 109 1924 ≥ 0,56 50 50
12 86 1963 > 0,43 5 95 Tabela 6 – Resultados de aderência no painel de bloco de concreto com chapisco
Fonte: Elaborado pelo autor
Os resultados de aderência obtidos no painel de bloco de concreto com a utilização
de chapisco atendeu os valores especificados pela norma, onde o valor máximo de aderência é
de 0,3 MPa. A média dos resultados neste painel foi de 0,43 MPa. Porém, observa-se que, os
ensaios feitos sobre a junta de assentamento apresentaram uma média menor que a dos
ensaios feitos sobre os blocos, sendo 0,41 MPa a média sobre as juntas de assentamento e
0,44 MPa a média dos resultados de aderência sobre o bloco.
Grande parte dos rompimentos ocorreu na camada de revestimento, tendo a interface
entre argamassa/chapisco e chapisco/bloco um valor de aderência maior do que o encontrado.
A Figura 5 apresenta um rompimento total na camada de argamassa (c.p nº 05).
Figura 5: Corpo de prova com rupture total na argamassa
Fonte: Acervo do autor.
3.2 Bloco de Concreto sem Chapisco
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Os resultados apresentados na Tabela 07 a seguir foram encontrados através do
ensaio de aderência feito no painel de bloco de concreto sem a utilização do chapisco.
PAREDE DE BLOCO DE CONCRETO SEM CHAPISCO
Data: 05 /09 /2012
Temperatura Ambiente: 28°C
Idade do Revestimento: 36 dias
Local C.P (nº)
Carga de Ruptura
(Kgf)
Área (mm²)
Resistência de
Aderência (Mpa)
Forma de Ruptura (%)
A B C D E
Arrancamento sobre a Junta
13 85 1885 > 0,45
100
14 71 1847 > 0,38
100
15 46 1847 0,24
60 40
16 48 1886 0,25 5 60 35
17 60 1886 0,31
60 40
Arrancamento sobre o Bloco
18 91 1963 0,46
100
19 73 1847 > 0,39
100
20 52 1885 > 0,27
30 70
21 46 1924 0,23
100
22 80 1885 0,42
80 20
23 74 1924 0,38
60 40
24 59 1963 > 0,30
100
Tabela 7 – Resultados de aderência no painel de bloco de concreto sem chapisco
Fonte: Elaborado pelo autor.
A resistência de aderência à tração do revestimento no painel de bloco de concreto
sem chapisco apresentou, no geral, valores menores do que o mesmo painel com chapisco. A
porosidade do bloco ajuda no desenvolvimento da aderência, devido à sucção de água da
argamassa no decorrer do tempo após a aplicação, ocorrendo também a hidratação do cimento
e contribuição dos aglomerantes em geral, desenvolvendo a aderência entre as camadas. Sem
a utilização do chapisco, a rugosidade é bastante baixa, consequentemente a ancoragem da
argamassa com a superfície também é menor. Estas questões podem ser as principais causas
da diferença de resultados entre os painéis com e sem chapisco.
O valor médio de resistência de aderência neste painel foi de 0,34 MPa. Nas juntas
de assentamento, assim como no painel com chapisco, a média dos resultados foi menor em
relação ao ensaio feito sobre o bloco. Quanto à forma de ruptura dos corpos de prova, houve
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mais incidências de rupturas ocasionadas totalmente ou em maior porcentagem na interface
substrato/argamassa.
3.3 Bloco Cerâmico com Chapisco
A Tabela 8 a seguir apresenta os resultados encontrados nos ensaios realizados no
painel de alvenaria feito de bloco cerâmico com a utilização de chapisco.
PAREDE DE BLOCO CERÂMICO COM CHAPISCO
Data: 11 /09 /2012 Temperatura Ambiente: 30°C
Idade do Revestimento: 42 dias
Local C.P (nº)
Carga de
Ruptura (Kgf)
Área (mm²)
Resistência de
Aderência (Mpa)
Forma de Ruptura (%)
A B C D E F G
Arrancamento sobre a Junta
25 82 1924 ≥ 0,42
50 50
26 71 1885 > 0,37 30 40 30
27 65 1885 ≥ 0,34
50 50
28 94 1924 > 0,48
20 80
29 92 1963 > 0,46
15 85
Arrancamento sobre o Bloco
30 69 1924 0,35 100
31 100
1963 > 0,50
100
32 90 1963 > 0,45 60 40
33 62 1847 0,33
100
34 86 1963 > 0,43
40 60
35 58 1924 > 0,30 100
36 68 1924 > 0,35
10 90
Tabela 8: Resultado de aderência no painel de bloco cerâmico com chapisco
Fonte: Elaborado pelo autor.
Nos resultados obtidos no revestimento sobre o painel de bloco cerâmico com
chapisco, observa-se que, assim como no painel de bloco de concreto com chapisco, a
argamassa apresenta uma boa aderência inicial e tem uma boa ancoragem devido a uma maior
área de contato entre as camadas.
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O valor médio deste pianél foi de 0,40 MPa. Nos arrancamentos feitos sobre a junta
de assentamento, o valor médio encontrado foi de 0,41 MPa, enquanto que sobre o bloco a
resistência média foi de 0,39 MPa.
Quanto à forma de ruptura, este painel apresentou uma maior variedade nas formas
de rompimento. De forma geral, os rompimentos ocorreram mais na camada de revestimento,
o que se pode levar a pensar que a aderência esperada da argamassa com a base está
satisfatória.
Em 41,6% dos corpos de provas ensaiados neste painel, a ruptura ocorreu em maior
porcentagem na argamassa. O c.p 34 é apresentado abaixo na Figura 6, como exemplo deste
tipo de rompimento, sendo sua ruptura classificada em 40% na interface chapisco/argamassa e
60% como ruptura na argamassa.
Figura 6: Corpo de prova abrangendo ruptura na interface chapisco/argamassa e na argamassa
Fonte: Acervo do autor.
O Gráfico 1 apresentado abaixo mostra a comparação das médias dos resultados
encontrados nos painéis onde foi utilizado chapisco. Nota-se que ambos apresentaram
resultados que atendem a especificaçõe máxima de 0,30 Mpa. A utilização de chapisco na
alvenaria, juntamente com a correta aplicação do revestimento, garante um bom resultado de
aderência da argamassa.
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0,430,40
0,1
0,15
0,2
0,25
0,3
0,35
0,4
0,45
0,5
Bloco de Concreto Bloco CerâmicoRES
IST
ÊNC
IA D
E A
DER
ÊNC
IA
TIPO DE ALVENARIA
Resultados nospainéis comchapisco
Grafico 1: Média dos resultados nos painéis com capisco
Fonte: Elaborado pelo autor.
3.4 Bloco Cerâmico sem Chapisco
Os resultados dos ensaios realizados no painel de alvenaria com bloco cerâmico sem
chapisco estão apresentados a seguir na Tabela 9.
PAREDE DE BLOCO CERÂMICO SEM CHAPISCO
Data: 14 /09 /2012
Temperatura Ambiente: 25°C
Idade do Revestimento: 45 dias
Local C.P (nº)
Carga de Ruptura
(Kgf)
Área (mm²)
Resistência de
Aderência (Mpa)
Forma de Ruptura (%)
A B C D E
Arrancamento sobre a Junta
37 43 1924 0,22 5 85 10
38 31 1924 0,16
95 5
39 38 1963 0,19
100
40 44 1963 0,22 30 65 5
41 26 1963 0,13 15 85
Arrancamento sobre o Bloco
42 - - -
43 42 1885 > 0,22 100
44 35 1924 0,18
95 5
45 28 1924 0,14
100
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46 46 1963 > 0,23 100
47 43 1885 0,22 40 60
48 56 1963 > 0,28
100
Tabela 9: Resultado de aderência no painel de bloco cerâmico sem chapisco
Fonte: Elaborado pelo autor.
Verifica-se que os valores de resistência encontrados não foram tão satisfatórios
quanto nos outros painéis. Estes resultados estão ligados à textura (rugosidade) e porosidade
da superfície do bloco, inadequadas para uma boa aderência com a argamassa.
O valor médio de resistência encontrado no painel foi de 0,20 MPa, tendo sobre a
junta de assentamento uma média de 0,18 MPa e de 0,21 MPa a média no arrancamento sobre
os blocos.
A ruptura total ou em maior porcentagem na interface substrato/argamassa
predominou em 72,7% dos corpos de prova deste painel. Isso mostra que, o local mais frágil
do conjunto é a interface entre o substrato e argamassa. Esta fragilidade pode ser observada
no momento do arrancamento do c.p 42, apresentado na Figura 7, que se descolou da parede
entre a camada de revestimento e o substrato, durante o posicionamento do aparelho de
ensaio.
Figura 7: exemplo de ruptura na interface substrato/argamassa
Fonte: Acervo do autor.
Para os resultados do ensaio de aderência feito nos painéis sem chapisco, é
apresentado a seguir o Gráfico 2, mostrando a grande diferença encontrada nos dois tipos de
substratos, sendo de 58,8% maior no painel feito de bloco de concreto. Os valores
apresentados no gráfico são a média dos doze valores encontrados em cada painel.
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Gráfico 2: Média dos resultados nos painéis sem aplicação de chapisco
Fonte: Elaborado pelo autor.
Observa-se através do Gráfico 3 que, os ensaios realizados sobre a junta de
assentamento apresentaram valores menores do que sobre a superfície do bloco, exceto para o
painel de bloco cerâmico com chapisco. Este último teve comportamento similar com estudo
feito por Scartezini; Carasek (1999), onde apresentam valores maiores nas juntas de
assentamento feito em alvenaria de bloco cerâmico. Isso demonstra que o local de ensaio na
parede exerce influência nos resultados obtidos.
Gráfico 3: Média dos resultados de aderânica na junta de assentamento e superficie dos blocos
Fonte: Elaborado pelo autor.
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O Gráfico 4 apresenta uma visão geral dos resultados médios encontrados nos quatro
painéis de ensaio. O bloco cerâmico sem a aplicação de chapisco apresentou resultado médio
menor entre as condições estudadas.
Gráfico 4: Valores médios da resistência de aderência nos painéis
Fonte: Elaborado pelo autor.
4 Conclusão
No painel de bloco de concreto, normalmente utilizado em alvenarias estruturais, as
resistências de aderência à tração no painel com chapisco e no painel sem chapisco
apresentaram valores de 0,43 MPa e 0,34 Mpa, respectivamente, e ambos atendem o maior
especificado pela norma, que é de 0,30 MPa. Porém, a média dos valores encontrados nos
ensaios feito no painel com aplicação de chapisco foi maior do que o painel sem chapisco.
Essa diferença está ligada a ancoragem inicial da argamassa no momento após a aplicação.
Isso pode ser comprovado também no painel de bloco cerâmico onde se utilizou chapisco,
pois o valor médio de 0,40 MPa se apresentou aproximado ao valor encontrado no primeiro
painel de bloco de concreto onde também se utilizou chapisco.
Para o ensaio feito no painel de bloco de concreto sem chapisco, já era esperado um
valor de resultado que atendesse a norma. Devido a sua porosidade, o bloco influencia no
desenvolvimento da aderência, pois ocorre uma maior sucção da água da argamassa nos
instantes após a aplicação, ocorrendo também a hidratação do cimento, desenvolvendo a
aderência entre as camadas.
O resultado de aderência no bloco cerâmico sem a aplicação de chapisco não se
mostrou satisfatório, pois além de apresentar grande parte da forma de rompimento na
interface substrato/argamassa, os resultados de resistência à tração foram baixos. Portanto, o
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valor médio para o arrancamento neste painel que foi de 0,2 MPa, atenderia no limite, apenas
para revestimentos internos com acabamento em pintura e revestimentos de tetos.
Portanto, a condição da superfície do substrato exerce influência na resistência de
aderência à tração do revestimento. Cabe então ressaltar a importância do conhecimento dos
comportamentos dos materiais durante a execução de um serviço de revestimento, buscando
garantir sempre a qualidade do resultado final e a segurança.
A continuidade de futuras pesquisas poderá mostrar comportamentos mais
detalhados dos materiais quanto ao sistema de revestimento e, serem estudadas mais variáveis
que causam influência direta ou indireta na resistência de aderência à tração do revestimento
sobre o substrato no qual estará sendo aplicada.
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