O Processo de Independência do Brasil
Profª Isabel Aguiar
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Principais fatores que motivaram o processo de independência do Brasil: Ideais iluministas; Revolução Francesa; Independência do Estados Unidos;
Tais ideais influenciaram também a Independência
da América Espanhola.
Interesses da elites agrárias (cana-de-açúcar) e mercantis (minérios) da América Portuguesa (Brasil);
Regras do pacto colonial.
No decorrer do século XVIII, Portugal conheceu uma situação econômica muito difícil. Mantinha alto índice de exportação
comprando produtos principalmente da Inglaterra, que já se afirmava como potência industrial.
Para pagar suas dívidas com os ingleses e com outros países europeus,
Portugal contava basicamente com OURO explorado no Brasil.
Conseguia esse ouro por meio da cobrança de altas taxas e tributos.
No final do Ciclo do Ouro no Brasil (Século XVIII)
D. José I, rei de Portugal, procurou recuperar a economia portuguesa, para isso Marquês de
Pombal, 1º Ministro de Portugal promoveu uma série de medidas para
manter o controle sobre o comércio na América
Portuguesa.
José I, rei de Portugal (1750-1777) Marquês de Pombal
Durante a administração do Primeiro Ministro de Portugal (Marques de Pombal) foram tomadas várias medidas em relação ao Brasil que aumentaram ainda mais a pressão portuguesa: Houve maior fiscalização dos órgãos
administrativos; Foi extinto definitivamente o sistema de capitanias
hereditárias; Os jesuítas foram expulsos do Brasil e de
Portugal; A capital do Brasil, em 1763, foi transferida de
Salvador para o Rio de Janeiro, com o objetivo de controlar melhor a saída de ouro de diamantes.
Com a morte do rei D. José I, em 1777, o poder passou para D. Maria I e Marquês de Pombal foi destituído do
cargo.
A política adotada pela rainha foi ainda mais
restritiva. Ela expediu, em 1785, uma alvará que proibia instalação
de indústrias manufatureiras no Brasil, permitindo
apenas a fabricação de tecidos grosseiros para
vestir os escravos.
CONJURAÇÃO MINEIRA (INCONFIDÊNCIA MINEIRA)
Surgem, então, na colônia as primeiras tentativas de separar o Brasil de Portugal, as
rebeliões pela independência.
CONJURAÇÃO BAIANA
CONJURAÇÃO MINEIRA (INCONFIDÊNCIA MINEIRA)Minas Gerais (Vila Rica) - 1789
A elite mineira
A Conjuração Mineira é considera
uma revolta das elites, sem a
participação do povo.
MOTIVAÇÃO DA REVOLTA:Cobrança da derrama (impostos atrasados).
PLANOS DOS REVOLTOSOS: Iniciar a rebelião no dia da derrama de 1789; Independência e o fim da dominação
portuguesa; República Federativa em Vila Rica; Instituir o serviço militar obrigatório; Criar uma Universidade em vila Rica; Liberdade comercial e para produzir
manufaturas; Perdão da dívidas com Portugal.
Contudo, o movimento foi delatado às autoridades, o que resultou na suspensão da derrama e na prisão dos
participantes.
Prisão do rebeldes mineiros.
Por ordem da rainha Maria I ocorreu a Devassa contra a Inconfidência Mineira. Os réus foram acusados, mas muitos
dos conspirados, especialmente os mais poderosos, fizeram acordos e livraram-se das acusações. Outros tiveram penas mais
duras transformadas em prisões temporárias ou prisão perpétua, como o exílio na África (degredo).
Claúdio Manuel da Costa teria sido assassinado na prisão, embora sua morte
conste nos autos como suicídio.
O único condenado a morte foi Tiradentes, o mais pobre dos rebeldes. Ele foi enforcado em praça pública e teve seu corpo
esquartejado. Seus restos mortais foram pendurados em postes e exibidos nas ruas das cidades mineiras.
CONJURAÇÃO BAIANA (REVOLTA DOS ALFAIATES)Salvador - 1798
.
O movimento teve um caráter popular e dele participaram artesãos, alfaiates, soldados,
trabalhadores negros e mulatos, além de
alguns escravos.
Gradativamente a revolta foi
ampliando a participação da gente do povo, dos pretos e dos
mulatos, o que lhe tornaria um
movimento de cunho popular.
Inicialmente ela também foi uma revolta das
elites.
MOTIVAÇÕES DA REVOLTA:A retração da economia baiana, provocada
pela perda da condição de capital do Brasil;
Aumento dos tributos e dos preços dos produtos.
Salvador tornou-se uma cidade politicamente decadente.
As revoltas pela independência nas
Antilhas (Cuba e entre outros países em
formação) queimaram canaviais,
encarecendo o preço do açúcar .
Em consequência, a cana-de-açúcar ocupou o espaço das terras férteis e faltaram
alimentos em Salvador. O povo passava fome.
PLANOS DOS REVOLTOSOS: Instituição de República; Liberdade comercial; Fim dos privilégios; Igualdade de cor e raça; Fim da escravidão; Queriam acabar com poder da Igreja Católica e criar uma Igreja na Bahia.
Logo em seguida os rebeldes foram presos, julgados e condenados, em menos de um ano.
Em 12 de agosto de 1798, a cidade amanheceu repleta de boletins revolucionários que anunciavam a eclosão da
revolta.
A metrópole conseguiu dominar o
movimento, foi decretada a devassa, os
líderes foram presos e os
quatro líderes negros e pobres foram enforcados.
Durante uma semana seus
corpos ficaram expostos na
cidade.
BLOQUEIO CONTINETAL Napoleão Bonaparte (França - 1806)
Vinda da Família Real Portuguesa para o Brasil em 1808
Abertura dos portos brasileiros às nações amigas.
24 de janeiro de 1808.
Com a Inglaterra foram assinados tratados muitos vantajosos para os ingleses: o Tratado de
Comércio e Navegação, de 1810, no qual a Inglaterra conseguiu tarifas alfandegárias
privilegiadas, e o Tratado de Paz, Aliança e Amizade, também em 1810, no qual Portugal se
obrigou a limitar o tráfico de escravos negros.
Brasil foi elevado a categoria de Reino Unido a Portugal e Algarves, em 1815.
Pelo ato de 1º de abril de 1808, foi revogado o alvará que proibia a
existência de manufaturas industriais o Brasil.
Com a vinda da Família Real Portuguesa várias inovações aconteceram no Brasil, entre elas citam-se: Criação:
•Imprensa (do 1º Jornal - Gazeta do Rio de Janeiro); •Banco do Brasil;•Curso de Medicina em Salvador;•Arquivo Real; •Arsenal da Marinha;•Casa da Moeda;•Fábrica de Pólvora;•Jardim Botânico.
Fundação da Biblioteca Real; Inauguração do Real Teatro de São João;
Em 1815, Napoleão Bonaparte, derrotado, foi exilado na ilha de Santa Helena em 1818, com a morte da rainha D. Maria I, D. João é coroado rei como D. João VI.
Em 1820, começa em Portugal a REVOLUÇÃO LIBERAL DO PORTO.
A família real volta para Portugal, em 25 de abril de
1821.
No reino Unido do Brasil permanece D. Pedro, como príncipe regente.
REVOLUÇÃO PERNAMBUCANAPernambuco - 1817
MOTIVAÇÕES DA REVOLTA:Declínio econômico da capitania; O alto custo de vida e o aumento dos
alimentos.
Os principais participantes
foram Domingos José Martins,
Antônio Gonçalves Cruz,
padre João Ribeiro, padre
Miguelino, capitão Teotônio
Jorge e entre outros.
PLANOS DOS REVOLTOSOS: Proclamaram a República, organizaram um
governo com representantes de diversas camadas sociais;
Aboliram os monopólios, os títulos de nobreza e os impostos mais recentes.
Houve adesões do Ceará, do Rio Grande do Norte, da Paraíba e de Alagoas.
O governo português dominou o movimento e os principais líderes foram
condenados à morte.
D. Pedro governou o Brasil como príncipe regente de 1821 a 1822. A aristocracia rural brasileira aproximou-se do príncipe para não perder os privilégios que possuía. As Cortes
Portuguesas (governo de Portugal) tomaram várias medidas em relação ao Brasil. Exigiram obediência dos
governos provinciais às suas ordens diretas, sem passar por D. Pedro, e retorno imediato de D.
Pedro para Portugal.
Começou então no Brasil a reação que levaria à independência: foram criados clubes de
independência e D. Pedro nomeou José Bonifácio para o cargo de ministro da Justiça.
José Bonifácio
Como ministro, José Bonifácio:Elaborou o decreto
Cumpra-se (toda ordem de Portugal só poderia ser cumprida no Brasil com a autorização de D. Pedro, o seu “cumpra-se”);
Concedeu a D. Pedro o título de Defensor Perpétuo do Brasil;
Convocou a Primeira Assembleia Constituinte;
Proibiu a entrada de portugueses no Brasil.
As pressões das Cortes sobre D. Pedro aumentaram. Em 7 de setembro de 1822, D. Pedro proclamou a INDEPENDÊNCIA DO
BRASIL.
Independência ou Morte do pintor paraibano Pedro Américo (óleo sobre tela,
1888
Uma leitura do quadro de Pedro Américo.
Nessa mesma noite, em São
Paulo, D. Pedro foi aclamado o soberano do
Brasil. Ele partiu para o Rio de
Janeiro e, no dia 12 de outubro,
numa cerimônia, foi aclamado Imperador
Constitucional e Perpétuo
Defensor do Brasil, com o título de D.
Pedro I.
No dia 1º de dezembro de 1823, em uma cerimônia solene e privada, sem a participação
popular, D. Pedro I foi coroado.
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