IEL ampLIa atuação E muda focoAo completar 45 anos, instituição busca novos
desafios na Bahia
Realizado no dia 18 de setembro de 2014, o 11º Prêmio FIEB deDesempenho Socioambiental premiou as empresas que sedestacaram na implementação de atividades voltadas à melhoriacontínua do desempenho socioambiental, extensivas à cadeia de valor.
A iniciativa é uma ação conjunta dos Conselhos de Meio Ambiente (Coman) e de ResponsabilidadeSocial (Cores) da FIEB. As empresas vencedoras foram contempladas com um prêmio de cinco mil reais.
Parabéns às empresas participantes.
EdItoRIaL
IEL se renova ao completar 45 anos Quando se pensa em desenvolvimento de carreiras
e em estágio supervisionado, vem à mente imediata-
mente o nome do Instituto Euvaldo Lodi – IEL. Criado
há 45 anos, o IEL Bahia já alocou mais de 200 mil es-
tagiários e capacitou mais de 30 mil estudantes, resul-
tados que ajudaram a consolidar a marca de uma ins-
tituição criada com o desafio de promover a interação
entre universidade e indústria.
Sem descuidar desse aspecto, que é de suma impor-
tância, mas está consolidado, o desafio do IEL Bahia
é outro: fortalecer a atuação na área de desenvolvi-
mento empresarial, especialmente com uma presença
mais forte no interior da Bahia. Com a diversificação
de investimentos em curso no interior baiano, abran-
gendo áreas tão diversas quanto mineração, energia
eólica, alimentos e infraestrutura, foi colocado ao Sis-
tema FIEB, do qual o IEL faz parte, o desafio de colabo-
rar para que indústrias que demandam maior conheci-
mento em gestão possam competir em pé de igualdade
com empresas de outras regiões do país.
Com quase 10 anos de experiência em desenvolvi-
mento empresarial, o instituto auxilia micro, peque-
nas e médias empresas baianas a solucionar seus
gargalos de gestão, por meio de ações como o Projeto
Extensão Industrial Exportadora (Peiex), o Programa
de Apoio à Competitividade das Micro e Pequenas In-
dústrias (Procompi) e o Programa de Qualificação de
Fornecedores (PQF).
Desde 2006, o IEL capacitou mais de 7.600 líderes
de empresas locais, que passaram a ter gestão melhor
estruturada. Esse avanço lhes permite, dentre outras
coisas, enxergar melhor o potencial do negócio.
Instituição que se renova, o IEL percebeu lá atrás a
necessidade de se readequar às necessidades do mer-
cado. E agora planeja oferecer uma nova linha de so-
luções em educação empresarial, nas áreas de gestão
empresarial e liderança. Serão ofertados, por exem-
plo, cursos com 40 horas de duração; programas de
educação empresarial, com carga de 40 a 180 horas;
cursos online com carga horária de 20 a 80 horas, de-
senvolvidos em parceria com a CrossKnowlegde, lí-
der europeia em soluções de e-learning; e o programa
O desafio do IEL Bahia é fortalecer a atuação na área de desenvolvimento empresarial, especialmente com uma presença mais forte no interior da Bahia
Estagiário da J.J.
Inspeções: empresa
é cliente do IEL
desde 2006
mArcEL
O G
AndrA/c
OpEr
phO
tO/s
IstE
mA f
IEB
de educação executiva, formatado
em parceria com universidades re-
nomadas.
Além disso, o IEL já virou sinô-
nimo de apoio à inovação, tendo
como ferramentas o Join (Jogo da
Inovação), desenvolvido com re-
cursos da Finep, e o Inova Talen-
tos, iniciativa realizada em parce-
ria com o CNPq.
Nessa mudança, o IEL Bahia
tem a seu favor a experiência acu-
mulada e o conhecimento das de-
mandas do mercado. Todo o plane-
jamento de conteúdo dos cursos,
por exemplo, leva em conta o perfil
da indústria baiana e foca em uma
abordagem mais próxima da reali-
dade das empresas.
Aos 45 anos, o IEL Bahia se re-
nova, ampliando portfólio e esten-
dendo sua atuação a um maior nú-
mero de municípios baianos.
4 Bahia Indústria
SindicatoS filiadoS à fiEBSindicato da indúStria do açúcar e do Álcool no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de Fiação
e tecelagem no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria do taBaco no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria do curtimento de couroS e PeleS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da
indúStria do VeStuÁrio de SalVador, lauro de FreitaS, SimõeS Filho, candeiaS, camaçari, diaS d’ÁVila e Santo amaro, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS grÁFicaS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de extração de
ÓleoS VegetaiS e animaiS e de ProdutoS de cacau e BalaS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria da
cerVeja e de BeBidaS em geral no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS do PaPel, celuloSe, PaPelão,
PaSta de madeira Para PaPel e arteFatoS de PaPel e PaPelão no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúS-
triaS do trigo, milho, mandioca e de maSSaS alimentíciaS e de BiScoitoS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato
da indúStria de mineração de calcÁrio, cal e geSSo do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria da conS-
trução do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de calçadoS, SeuS comPonenteS e arteFatoS
no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS metalúrgicaS, mecânicaS e de material elétrico do eS-
tado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de cerâmica e olaria do eStado da Bahia, [email protected] /
Sindicato daS indúStriaS de SaBõeS, detergenteS e ProdutoS de limPeza em geral e VelaS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de SerrariaS, carPintariaS, tanoariaS e marcenariaS de SalVador, SimõeS Filho, lauro
de FreitaS, camaçari, diaS d’ÁVila, Sto. antônio de jeSuS, Feira de Santana e Valença, [email protected] / Sindicato daS
indúStriaS de FiBraS VegetaiS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de PaniFicação e conFei-
taria da cidade do SalVador, [email protected] / Sindicato da indúStria de ProdutoS QuímicoS, PetroQuímicoS e reSinaS
SintéticaS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de material PlÁStico do eStado da Bahia,
[email protected] / Sindicato da indúStria de ProdutoS de cimento no eStado da Bahia, [email protected] /
Sindicato da indúStria de mineração de Pedra Britada do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de
ProdutoS QuímicoS Para FinS induStriaiS e de ProdutoS FarmacêuticoS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato
da indúStria de mÁrmoreS, granitoS e SimilareS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria alimen-
tar de congeladoS, SorVeteS, SucoS, concentradoS e lioFilizadoS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato
da indúStria de carneS e deriVadoS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria do VeStuÁrio da região
de Feira de Santana, [email protected] / Sindicato da indúStria do moBiliÁrio do eStado da Bahia, [email protected] /
Sindicato da indúStria de reFrigeração, aQuecimento e tratamento de ar do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato
daS indúStriaS de conStrução ciVil de itaBuna e ilhéuS, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de caFé do eStado da
Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de laticínioS e ProdutoS deriVadoS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de aParelhoS elétricoS, eletrônicoS, comPutadoreS, inFormÁtica e SimilareS doS municíPioS
de ilhéuS e itaBuna, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de conStrução de SiStemaS de telecomunicaçõeS do eSta-
do da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS metalúrgicaS, mecânicaS e de material elétrico de Feira
de Santana, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de reParação de VeículoS e aceSSÓrioS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato nacional da indúStria de comPonenteS Para VeículoS automotoreS, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de FiBraS VegetaiS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS in-
dúStriaS de coSméticoS e de PerFumaria do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de arteFatoS de
PlÁSticoS, BorrachaS, têxteiS, ProdutoS médicoS hoSPitalareS, [email protected] / Sindicato Patronal daS indúStriaS de
cerâmicaS VermelhaS e BrancaS Para conStrução e olariaS da região SudoeSte e oeSte da Bahia [email protected] Sindicato
da indúStria de aduBoS e corretiVoS agrícolaS do nordeSte (Siacan) [email protected] / Sindicato nacional da indúStria
da conStrução e reParação naVal e oFFShore (SinaVal) [email protected]
filiada à
Bahia
fiEBPrEsIdEntE carlos Gilberto cavalcante farias. 1° VI-
cE-PrEsIdEntE Antonio ricardo Alvarez Alban. VIcE-
-PrEsIdEntEs carlos henrique Jorge Gantois; Josair
santos Bastos; mário Augusto rocha pithon; Edi-
son Virginio nogueira correia. dIrEtorEs tItuLarEs
Eduardo catharino Gordilho; Alberto cánovas ruiz;
Eduardo meirelles Valente; renata Lomanto carnei-
ro müller; Leovegildo Oliveira de sousa; fernando
Luiz fernandes; Juan Jose rosario Lorenzo; theofilo
de menezes neto; José carlos telles soares; Angelo
calmon de sá Junior; Jefferson noya costa Lima;
fernando Alberto fraga; Alexi pelagio Gonçalves
portela Junior; Luiz fernando Kunrath. dIrEtorEs
suPLEntEs João schaun schnitman; mauricio to-
ledo de freitas; Guilherme moura costa e costa;
Gladston José dantas campêlo; Waldomiro Vidal de
Araújo filho; cleber Guimarães Bastos; Jorge catha-
rino Gordilho; marcelo passos de Araújo; Antonio
Geraldo moraes pires; roberto mário dantas farias
conSElhoSconsELho da MIcro E PEquEna EMPrEsa Indus-
trIaL carlos henrique Jorge Gantois; consELho dE
assuntos FIscaIs E trIbutárIos mário Augusto
rocha pithon; consELho dE coMércIo ExtErIor
Angelo calmon de sá Junior; consELho dE Econo-
MIa E dEsEnVoLVIMEnto IndustrIaL Antonio ser-
gio Alipio; consELho dE InFraEstrutura marcos
Galindo pereira Lopes; consELho dE InoVação
E tEcnoLogIa José Luis Gonçalves de Almeida;
consELho dE MEIo aMbIEntE Jorge Emanuel reis
cajazeira; consELho dE rELaçõEs trabaLhIstas
homero ruben rocha Arandas; consELho dE
rEsPonsabILIdadE socIaL EMPrEsarIaL marconi
Andraos Oliveira; coMItê dE JoVEns LIdEranças
IndustrIaIs Eduardo faria daltro; coMItê dE PE-
tróLEo E gás humberto campos rangel; coMItê
dE Portos sérgio fraga santos faria
ciEBPrEsIdEntE carlos Gilberto cavalcante farias. 1º
VIcE- prEsIdEntE reginaldo rossi. 2º VIcE- PrEsI-
dEntE Jorge Emanuel reis cajazeira. 3º VIcE- PrEsI-
dEntE carlos Antonio Borges cohim da silva. dIrE-
torEs tItuLarEs Arlene Aparecida Vilpert; Benedito
Almeida carneiro filho; cleber Guimarães Bastos;
Luiz da costa neto; Luis fernando Galvão de Almei-
da; marcelo passos de Araújo; mauricio Lassmann;
paula cristina cánovas Amorin; roberto fiamen-
ghi; thomas campagna Kunrath; Walter José papi;
Wesley Kelly felix carvalho; dIrEtorEs suPLEntEs
Antonio fernando suzart Almeida; carlos Antônio
Unterberger cerentini; décio Alves Barreto Junior;
fernando Elias salamoni cassis; hilton moraes
Lima; Jorge robledo de Oliveira chiachio; José Luiz
poças Leitão filho; mauricio carvalho campos; su-
dário martins da costa; consELho FIscaL – EFEtIVos
Luiz Augusto Gantois de carvalho; rafael cardoso
Valente; roberto Ibrahim Uehbe; consELho FIscaL –
suPLEntEs felipe pôrto dos Anjos; rodolpho caribé
de Araújo pinho neto; thiago motta da costa.
SESiPrEsIdEntE do consELho E dIrEtor rEgIonaL
carlos Gilberto farias.
suPErIntEndEntE Armando da costa neto
SEnaiPrEsIdEntE do consELho carlos Gilberto farias.
dIrEtor rEgIonaL Leone peter Andrade
iElPrEsIdEntE do consELho E dIrEtor rEgIonaL
carlos Gilberto farias.
suPErIntEndEntE Evandro mazo
dIrEtor ExEcutIVo do sIstEMa FIEb
Vladson menezes
Para informações sobre a atuação e os serviços oferecidos pelas entidades do Sistema FIEB, entre em contato
Unidades do Sistema FIEB
sEsI – sErVIço socIaL da IndústrIa
sede: 3343-1301@Educação de Jovens e Adultos – RMS: (71) 3343-1429 @Responsabilidade Social: (71) 3343-1490@Camaçari: (71) 3205 1801 / 3205 1805@Candeias: (71) 3601-2013 / 3601-1513@Itapagipe: (71) 3254-9930@Itaigara: (71) 3444-4250 / 4251 / 4253@Lucaia: (71) 3205-1801@Piatã: (71) 3503 7401@Retiro: (71) 3234 8200 / 3234 8221@Rio Vermelho: (71) 3616 7080 / 3616 7081@Simões Filho: (71) 3296-9300 / 3296-9330@Eunápolis: (73) 8822-1125@Feira de Santana: (75) 3602 9762@Sul: (73) 3639 9331 / 3639 9326@Jequié: (73) 3526-5518@Norte: (74) 2102-7114 / 2102 7133@Valença: (75) 3641 3040@Sudoeste: (77) 3422-2939 @Oeste: (77) 3628-2080
sEnaI – sErVIço nacIonaL dE aPrEndIzagEM IndustrIaL
sede: 71 3534-8090@Cimatec: (71) 3534-8090@Dendezeiros: (71) 3534-8090 @Cetind: (71) 3534-8090@Feira de Santana: (75) 3229-9100 @Ilhéus: (73) 3639-9300 @Luís Eduardo Magalhães: (77) 3628-5609@Barreiras: (77) 3612-2188
IEL – InstItuto EuVaLdo LodI
sede: 71 3343-1384/1328/1256@Barreiras: (77) 3611-6136@Camaçari: (71) 3621- 0774@Eunápolis: (73) 3281- 7954@Feira de Santana: (75) 3229- 9150@Ilhéus: (73) 3639-1720@Itabuna: 3613-5805@Jacobina: (74) 3621-3502@Juazeiro: (74) 2102-7114@Teixeira de Freitas: (73) 3291-0621@Vitória da Conquista: (77) 3424-2558
cIEb - cEntro das IndústrIas do Estado da bahIa
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sistema fieb nas mídias sociais
Editada pela superintendência de comunicação Institucional
do sistema fieb
consELho EdItorIaL mônica mello, cleber Borges e patrícia moreira. coordEnação EdIto-
rIaL cleber Borges. EdItora
patrícia moreira. rEPortagEM
patrícia moreira, carolina men-donça, marta Erhardt, Luciane Vivas e surenã dias (estagiá-rio). ProJEto gráFIco E dIagra-
Mação Ana clélia rebouças. FotograFIa coperphoto. ILus-
tração E InFograFIa Bamboo Editora. IMPrEssão Gráfica trio.
FEdEração das IndústrIas
do Estado da bahIa
rua Edístio pondé, 342 – stiep, cEp.: 41770-395 / fone:
71 3343-1280 www.fieb.org.br/bahia_indus-
tria_online
As opiniões contidas em artigos assinados não refletem necessa-riamente o pensamento da fIEB.
Isabela Pereira, do
SESI, teve seu
projeto de lei
aprovado na
plenária final
Parlamentar Jovem
O SENAI levou para a quarta edição do
evento o Body Scanner, equipamento
que permite mapear até cem medidas do
corpo humano. A programação incluiu
desfiles, palestras e exposição
Bahia moda design reúne moda e tecnologia
Sistema FIEB vai investir em unidade
integrada na região. Anúncio foi feito
pelo presidente. Na ocasião, foi
realizado encontro com empresários
em parceria com o Sebrae
Programa de interiorização chega a Juazeiro
Pequenas e
médias indústrias
contam com
solução integrada
do Sistema FIEB
Pdi é lançado
Momento é de
rever programas
e definir novas
estratégias de
atuação
iel comPleta 45 anos
sumáRIo set/out 2014
20
roque cambuí, em
foto de Marcelo
gandra
14
16
12 24
mArcELO GAndrA/cOpErphOtO/sIstEmA fIEB
mArcEL
O G
AndrA/c
OpEr
phO
tO
mArcEL
O G
AndrA/c
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phO
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IVAn c
rUz/
cOpEr
phO
tO
mArcEL
O G
AndrA/c
OpEr
phO
tO
6 Bahia Indústria
Por Carolina Mendonça
“A terceirização é uma forma moderna de organizar as atividades econômicas”com experiência de 25 anos na área de relações trabalhistas, o representante da cnI defende a atualização da legislação
EntREvIsta Alexandre Furlan, vice-presidente da CNI
na sua visão, como está a discus-
são sobre possíveis mudanças nas
leis trabalhistas?
alexandre Furlan - Durante muito
tempo, não se deu valor às ques-
tões da área de trabalho. As em-
presas se preocupavam mais em
fazer um bom produto e vendê-lo.
Isso vem mudando por conta dos
passivos trabalhistas que foram se
criando. Hoje, há mais de sete mi-
lhões de processos só na Justiça do
Trabalho. No entanto, o nível de
participação do empresariado nas
negociações trabalhistas ainda é
baixo. Nós (CNI) defendemos que
a melhor forma de se modernizar
as relações de trabalho é privile-
giar a negociação coletiva, em vez
de ficar esperando mudanças na
legislação. Isso porque, se apro-
ximando dos funcionários para
conversar, você consegue privile-
giar as especificidades da sua re-
alidade de produção. Temos uma
legislação trabalhista de 72 anos,
que trata igualmente os desiguais.
A mesma CLT vale para jornalistas
e metalúrgicos, por exemplo, mas
em Salvador para a 4ª Reu-
nião Ordinária do Conse-
lho Temático Permanente
de Relações do Trabalho e
Desenvolvimento Social da CNI,
realizada no dia 4 de setembro, na
sede da FIEB, Alexandre Furlan,
presidente do Conselho, concedeu
entrevista à Revista Bahia Indús-
tria. O empresário, que também
é vice-presidente da CNI e diretor
da Organização Internacional dos
Empregadores (OIE) e represen-
tante da CNI na Organização In-
ternacional do Trabalho (OIT), fa-
lou sobre as relações de trabalho
no Brasil moderno, a necessidade
de se modernizar a legislação tra-
balhista e ainda de se aprovar um
marco legal para as questões re-
lativas à terceirização. Enquanto
essas mudanças não são realiza-
das, se é que serão, pois o assunto
foi transformado numa “batalha
de cunho ideológico”, opina ele,
a CNI incentiva o empresariado a
dialogar com seus funcionários, a
fim de fechar acordos favoráveis
às duas partes.
a realidade desses profissionais é
muito diversa. A melhor forma de
salvaguardar o interesse do em-
pregado e do empregador é nego-
ciando próximo ao seu ambiente
de trabalho. O problema é que
nem sempre os acordos coletivos
são respeitados...
Por quê?
Porque instituições como o Mi-
nistério Público consideram que
estamos descumprindo as leis, e
que a CLT é o melhor para o traba-
lhador. Desnatura-se a convenção
coletiva, algo que deveria ser legal
e está previsto na Constituição.
Por conta disso, há uma insegu-
rança jurídica muito grande. Pre-
domina uma visão paternalista
em relação aos trabalhadores, que
está desatualizada. Há 72 anos, o
conceito de hipossuficiência do
trabalhador era muito mais pre-
sente, tínhamos 80% da popu-
lação no campo e sem meios de
comunicação adequados. Esta re-
alidade mudou, os trabalhadores
estão muito mais informados, têm
Bahia Indústria 7
logística e transporte. Para quem?
Para outra empresa, com seus em-
pregados. No caso de tecnologia
da informação, por exemplo, se
você precisa de manutenção du-
rante alguns dias no mês, justifica
ter um empregado full time? Ima-
gine se os condomínios não pu-
dessem contratar o serviço de ma-
nutenção de elevadores e fossem
obrigados a ter um empregado só
para isso? A terceirização é uma
forma moderna de organizar as
atividades econômicas. Mas a dis-
cussão fica parada na indefinição
do que é atividade-fim.
quais as consequências disso tu-
do na prática?
Muitas vezes, o que se negocia
com o trabalhador acaba não va-
lendo. Há uma indução ao confli-
to. A gente judicializa tudo. Por
isso os empresários estão a favor
do PL 4330, de 2003, que está em
trâmite no Congresso há mais de
10 anos. Apesar de ainda não aten-
der totalmente o que almejamos,
traz mais segurança para o traba-
lhador, respalda seus direitos. E
também para as empresas, porque
define limites para a terceirização.
Atualmente, quando essas ques-
tões chegam à justiça, a gente não
sabe o que pode acontecer, é o Ju-
diciário que está legislando. A CNI
está buscando o marco legal por-
que a terceirização é um fenômeno
inexorável, que acontece inclusive
em órgãos públicos. E neste con-
texto, são as pequenas empresas
as que mais sofrem. Se se restrin-
ge a possibilidade de negociação
para a prestação de serviço, ela
passa a ter um custo maior do que
a sua capacidade de sobreviver no
mercado. Muitas empresas aca-
bam migrando para a ilegalidade,
a informalidade. [bi]
AnGELO pOntEs/cOpErphOtO/sIstEmA fIEB
instrução, mas essas mudanças não foram acompa-
nhadas pela legislação. Quando pedimos mudanças
na legislação trabalhista, não queremos a perda de
direitos, mas uma adequação às peculiaridades de
cada categoria e o respeito às negociações coletivas.
Quer dizer, nós temos agentes externos interferindo
em algo que eles não conhecem, dizendo-se proteto-
res da legislação e contrariando o que foi acordado
também pelos trabalhadores.
quais os limites da negociação na legislação vigente?
Hoje, o que se pode negociar é jornada de trabalho e
salário, mais nada. Há uma série de pontos que po-
deriam ser flexibilizados. Em relação às férias, por
exemplo. O que impede que, num segmento onde
há sazonalidade, se negocie dividir as férias (15 e 15
dias), no que isso fere o direito do trabalhador se for
bom pra ele? Nada, a meu ver. Se ele conscientemen-
te concordar, não vejo problema nenhum. Um acordo
deste tipo não suprime o direito,
apenas o flexibiliza.
outra polêmica é a questão da ter-
ceirização...
Um viés ideológico está pautando
essas discussões. Quem está pau-
tando essas discussões não é o tra-
balhador, é o MP, as centrais sin-
dicais e o Judiciário, dentro desta
premissa ideológica o capital é o
vilão e o trabalhador, uma vítima.
Quando falo em terceirização, não
estou falando diretamente do seu
João, que vai lá prestar serviços de
forma terceirizada. Estou falando
que não vou mais ter 40 cami-
nhões dentro da minha empresa
e vou terceirizar a minha área de
8 Bahia Indústria
Reunir profissionais, empresá-
rios e estudantes da área mo-
veleira para apresentar novi-
dades e promover interação entre
os integrantes da cadeia produtiva
foi o objetivo da I Expomob, rea-
lizada pela gerência de Madeira e
Mobiliário do SENAI Dendezeiros,
no dia 26 de setembro. Além de ex-
posição de produtos, o evento con-
tou com palestras, oficinas, cursos
e rodadas de negócios.
“Foi positiva a primeira edição
da ExpoMob, pois houve interação
entre alunos, empresários, profis-
sionais do ramo e principais for-
necedores do segmento moveleiro,
o que contribuiu para difundir
novas tecnologias e tendências,
sEnAI dendezeiros promove I Expomob
rOBErtO ABrEU/cOpErphOtO/sIstEmA fIEB
Mostra de
equipamentos
fez parte
de evento
que reuniu
estudantes,
fornecedores e
empresários no
sEnaI
além de apresentar trabalhos rea-
lizados por alunos, evidenciando
a qualidade da mão de obra forma-
da pelo SENAI para a indústria”,
afirmou o coordenador da área,
Lucas Pereira.
Para Andressa Rigotti, executi-
va de Relacionamento da Promob
Software Solutions, o evento foi
uma oportunidade de a empresa
perceber as necessidades do mer-
cado local, já que o mesmo possi-
bilitou o contato direto com os três
principais públicos do segmento.
“Foi muito oportuno, pois tivemos
contato com estudantes, profissio-
nais e fornecedores. Esta junção
de públicos foi muito benéfica.”
Durante o evento, negociou-
-se com expositores participantes
a compra de produtos a preço de
custo, para que estes sejam utili-
zados pelos alunos do SENAI em
processo de formação. Com isto, os
estudantes terão acesso às novida-
des do segmento e, os fornecedo-
res, seus produtos divulgados.
“Fiquei bem impressionado
com o interesse dos meninos, mui-
tos deles deixaram seus contatos
a fim de conhecer nossas instala-
ções. Eventos como este deveriam
acontecer com mais frequência”,
elogiou o consultor da Rehau, fa-
bricante de fitas de borda e tapa-fu-
ros para móveis, Nilton Rebolças.
Os organizadores do evento
também levantaram a discussão
sobre a importância da produção
mais limpa no segmento. Em um
mercado que cresce com o aque-
cimento da construção civil e, por
consequência, maior busca por
móveis planejados ou seriados,
o debate é fundamental para os
protagonistas desta indústria,
uma das mais pressionadas pelos
órgãos ambientais quanto ao cum-
primento das exigências legais.
“Para mudar padrões de pro-
dução, é preciso investir em tec-
nologias mais limpas, redução e
reaproveitamento de resíduos, uso
eficiente de energia, realizar aná-
lises de ciclo de vida e embalagens
de produtos, entre outras práti-
cas”, pontuou Lucas Pereira. [bi]
Empresários e futuros profissionais do ramo se reuniram em evento que discutiu tendências para o segmento moveleiro
circuito
Bahia Indústria 9
Por cleBer Borges
"A indústriA brAsileirA mAnifestA A confiAnçA de que o diálogo entre o setor público e A iniciAtivA privAdA não só continuArá, mAs será AprofundAdo, em fAvor dA Adoção dAs medidAs pArA A melhorA dA competitividAde, o estímulo Ao crescimento consistente e A mAnutenção
dos AvAnços sociAis.”robson braga de andrade, presidente da Confederação Nacional da Indústria
“nossa empresa perde mais de r$ 60 milhões por ano com veículos roubados. além disso, temos um gasto enorme com segurança privada e circuitos internos de tv. muita gente
vê isso como um custo natural, mas não gasto dinheiro com isso, nas minhas lojas do chile e do uruguai.”Eugênio Mattar, presidente da Localiza, empresa de aluguel de veículos.
“o modal mais eficiente é o ferroviário. não no Brasil. aqui os trens são mais lentos e o frete é igual ao custo rodoviário. uma opção seriam as hidrovias, mas não investimos nelas. no fim, meu custo de logística chega a 20% do faturamento. o dos concorrentes globais fica entre 10% e 12%.”José carlos grubisich, presidente da Eldorado, que produz 1,5 milhão de toneladas/ano de celulose
“o Brasil se tornou um país caro antes de ficar rico. o resultado é que tudo é caro, mas boa parte da população ainda é pobre. Para resolver isso, é preciso
investir em educação.”Marco stefanini, presidente da Stefanini, empresa provedora de soluções em tecnologia e inovação
“as ineficiências do governo para licitar obras e para liberar licenças (ambientais) já entram como elemento normal na viabilização de um projeto, mas com o tempo isso faz com que as empresas percam competitividade.”
Walter schalka, presidente da Suzano, segunda maior produtora global de celulose de eucalipto
“as legislações tributárias estaduais e federal geram burocracia e custos. é como se nossas empresas participassem de uma maratona carregando uma mochila de 40 quilos; e os
competidores, não.” Jorge gerdau, presidente do conselho de administração da Gerdau, indústria siderúrgica, líder na produção de aços longos nas Américas
10 Bahia Indústria
sindicatos
mAUrO frAssOn/fIEp/dIVULGAçãO
Líderes sindicais de todo o país estiveram em Curitiba, dia 29 de
setembro, para um Intercâmbio de Lideranças Sindicais, que reuniu
presidentes de sindicatos do segmento da Construção Civil. Os
participantes conheceram as boas práticas de gestão do Sinduscon-PR
e trocaram experiências. O presidente do Sindicato da Indústria da
Construção da Bahia (Sinduscon-BA), Carlos Henrique Passos,
destacou a importância da iniciativa. “Fomos apresentados a práticas
exitosas e também tivemos a oportunidade de conhecer melhor o
relacionamento do Sinduscon-PR com a FIEP, que favorece o
desenvolvimento das atividades sindicais”, avaliou.
representantes
de diversos
estados
participaram
do encontro,
no Paraná
intercâmbio setorial reúne sindicatos da construçã0
sindicer representa a bahia em PernambucoNo dia 29 de agosto a CNI reuniu,
em Pernambuco, lideranças do
segmento de cerâmica. “A
interação e a troca de informações
entre os presidentes de sindicatos
foi produtiva. Esperamos que a
iniciativa seja repetida e
ampliada”, afirmou o presidente
do sindicato o Sindicato
Intermunicipal das Indústrias de
Cerâmica para Construção e
Olaria do Estado da Bahia
(Sindicer), Manuel Ventin, que
representou a Bahia. O
intercâmbio é uma ação do
Programa de Desenvolvimento
Associativo da CNI e Federações.
A proposta é fortalecer a rede de
relacionamentos e discutir temas
como negociação coletiva, defesa
de interesses e prestação de
serviços. Até o final do ano, serão
realizados encontros para os
segmentos metalmecânico,
químico e farmacêutico e de
panificação.
sInEc debatelogística reversa A logística reversa dos
equipamentos elétricos e
eletrônicos foi tema de palestra
promovida pelo Sindicato das
Indústrias de Aparelhos
Elétricos, Eletrônicos,
Computadores, Informática e
Similares de Ilhéus e Itabuna
(SINEC), e pela Abinee, dia 4 de
setembro, em Ilhéus. O encontro
debateu a Política Nacional de
Resíduos Sólidos e a implantação
do acordo setorial no Estado.
“Orientamos as empresas a dar o
destino correto aos resíduos”,
afirmou o presidente do SINEC,
William de Araújo.
sIgEb promove ciclo de palestrasEmpreendedorismo na indústria
gráfica, controle de cores na
impressão digital, fluxo de
pré-impressão e controle de
variáveis na impressão off set
foram alguns dos temas
abordados no ciclo de palestras
promovido pelo Sindicato das
Indústrias Gráficas do Estado da
Bahia (Sigeb), em parceria com o
SENAI e apoio do Sebrae. Além
de Salvador, os encontros já
foram realizados em Bom Jesus
da Lapa, Guanambi, Caetité,
Valença, Juazeiro, Camaçari e
Alagoinhas.
sinditabaco discute rota turística do charutoCom o objetivo de discutir estratégias para
incrementar a Rota do Charuto, representantes
do Sindicato das Indústrias de Tabaco
(Sinditabaco) se reuniram com o Secretário de
Turismo do Estado, Pedro Galvão. O roteiro
turístico passa por municípios do Recôncavo
Baiano e prevê visitas a empresas da região.
Durante a visita, os turistas conhecerão todas as
etapas da fabricação do charuto, desde o cultivo
do tabaco, colheita, secagem, classificação das
folhas de fumo e fabricação do produto final.
“Os estrangeiros ficam entusiasmados em
conhecer uma atividade econômica mantida em
região tão rica em história, cultura e
gastronomia”, explicou o presidente do
sindicato, Odacir Strada.
Bahia Indústria 11
Combate à clandestinidade e à fraude no leite, melhorias de infraestrutura na
produção e a situação tributária para o setor lácteo foram alguns dos assuntos
discutidos durante o 5º Encontro Baiano dos Laticinistas, nos dias 26 e 27 de
setembro, em Salvador. Realizado pelo Sindicato das Indústrias de Laticínios e
Produtos Derivados do Leite do Estado da Bahia (Sindileite-BA), o evento reuniu
empresários do setor e representantes de instituições relacionadas à cadeia do leite.
O encontro contou com a presença do secretário estadual da Agricultura, Jairo
Carneiro, dentre outras autoridades. “Saímos do evento com uma agenda positiva
junto a vários dirigentes de órgãos que participaram do painel final do encontro”,
avaliou o presidente do Sindileite-BA, Paulo Cintra.
Federação tem dois novos sindicatosDois novos sindicatos passaram a
integrar, em setembro, o quadro
de entidades filiadas à Federação
das Indústrias do Estado da
Bahia. O Sindicato da Indústria
de Adubos e Corretivos Agrícolas
do Nordeste (Siacan), com base
territorial interestadual, solicitou
a filiação com vistas à
representação das indústrias de
adubos e fertilizantes agrícolas,
localizadas em grande número na
região de Camaçari. Já a filiação
do Sindicato Nacional da
Indústria da Construção e
Reparação Naval e Offshore
(Sinaval), com base nacional,
atende ao crescimento do polo
naval no estado, com tradição no
reparo e construção naval. Agora
a FIEB passa a contar com 43
sindicatos.
simagran promove visita à cachoeiro stone FairO Sindicato da Indústria e
Mármores, Granitos e Similares
(Simagran-BA) participou da
Cachoeiro Stone Fair 2014, uma
das maiores feiras do setor no
país, entre os dias 26 e 29 de
agosto, em Cachoeiro do
Itapemirim/ES. A missão técnica
teve como objetivo estimular os
empresários a conhecer novas
tecnologias em maquinários,
insumos e tendências de mercado.
"As atividades do dia a dia fazem
com que eventos importantes
como este passem despercebidos.
A divulgação e o subsídio
conseguido pelo sindicato
estimulam o empresário a
participar”, afirmou Marcos
Régis, presidente do Simagran. A
missão teve o apoio da FIEB.
óleo queimado é tema de seminário Com o objetivo de alertar sobre os riscos causados
pelo descarte inadequado dos óleos lubrificantes
usados e apresentar as principais normas e
exigências ambientais no descarte do resíduo para a
renovação do alvará de funcionamento, o Sindicato
da Indústria da Reparação de Veículos e Acessórios
(Sindirepa-BA), o CIEB e o Sebrae, em parceria com a
FIEB, promoveram, dia 20 de agosto, em Feira de
Santana, o seminário Óleo Queimado e Licenciamento
Ambiental: Entenda os Impactos no seu Negócio. O
evento contou com palestra do diretor do Sindirepa
Nacional e membro do Ministério do Meio Ambiente,
Antonio Gaspar. A ação buscou mobilizar as
empresas e a sociedade sobre os cuidados com o meio
ambiente. “O descarte adequado do óleo queimado é
uma responsabilidade de todos. A proposta é que
eventos assim aconteçam em todo o estado, alertando
as empresas sobre o tema”, destacou o presidente do
Sindirepa, Reginaldo Rossi.
ceramistas discutem fiscalizaçãoCeramistas baianos
participaram, dia 23 de
setembro, em Jacobina, de
encontro promovido pelo
Sindicato das Indústrias de
Cerâmica, em parceria com
FIEB e Sebrae. A reunião
discutiu as dificuldades
enfrentadas no atendimento à
fiscalização do trabalho e
abordou a responsabilidade
ambiental das empresas.
laticinistas discutem desafios
Errata: Na ed. 232, a foto de
Claudio Moitinho foi publicada no
lugar da do presidente do
Sinprocim, José C. Soares.
AnGELO pOntEs/cOpErphOtO/sIstEmA fIEB
Inovação, combate às fraudes e à clandestinidade foram debatidos no evento
12 Bahia Indústria
Por Marta erhardt
solução integrada para pequenas indústriassistema fIEB lança o pdI, que dá suporte aos micro, pequenos e médios empreendimentos que buscam competitividade e mercados
Com o objetivo de apoiar as micro, pequenas
e médias empresas industriais baianas, pro-
porcionando condições para que possam au-
mentar a competitividade e conquistar novos
mercados, foi lançado no dia 22 de outubro, no audi-
tório da Federação das Indústrias do Estado da Bahia
(FIEB), o Programa de Desenvolvimento das MPMEs
Industriais (PDI), uma iniciativa do Sistema FIEB e do
Sebrae Bahia.
“O desenvolvimento das empresas de menor porte e
o fortalecimento das cadeias produtivas estão entre as
principais metas do Sistema FIEB”, pontuou o 1º vice-
-presidente da FIEB, Ricardo Alban, na abertura do
evento. Com o programa, as duas instituições vão atu-
ar de forma integrada, identificando as demandas das
indústrias em várias regiões do estado. Ao ofertar, de
forma articulada, produtos e serviços das instituições
Bahia Indústria 13
mArcELO GAndrA/cOpErphOtO/sIstEmA fIEB
Evento reuniu
empresários
e autoridades
na FIEb
que integram o Sistema FIEB – SESI, SENAI e IEL – e
também do Sebrae, o novo programa pretende facilitar
o acesso a soluções que atendam também empreendi-
mentos de menor porte do interior do estado.
“Esse tipo de ação se torna mais premente quan-
do se observa uma desaceleração da economia. Esta
sinergia da FIEB e do Sebrae é em prol de uma Bahia
mais justa e mais equânime”, ressaltou o vice-presi-
dente da FIEB, Carlos Henrique Gantois, que apresen-
tou o programa.
Duas regiões foram escolhidas para sediar o pro-
jeto piloto do PDI: a Central, polarizada por Feira de
Santana, que inclui 118 municípios, dentre eles Ala-
goinhas, Serrinha e Santo Antônio de Jesus; e a RMS/
Litoral Norte, polarizada por Salvador, a qual inclui
38 municípios, entre eles, cidades de porte como Ca-
maçari, Lauro de Freitas e Simões Filho.
Na Região Central da Bahia existem 2.840 MP-
ME, com mais de 41 mil trabalhadores contratados.
A RMS/Litoral Norte, por sua vez, sedia 8.421 em-
presas, que empregam quase 162 mil trabalhadores.
Até o final de 2014, a meta é atingir 822 empresas e
quase 38 mil trabalhadores nas duas regiões do esta-
do. Após estas duas regiões, o programa será levado
para a Região Sul (Ilhéus/Itabuna), Região Sudoeste
(Vitória da Conquista); Região Oeste (Barreiras/Luiz
Eduardo Magalhães), e Região Norte (Juazeiro).
“Um diferencial deste programa é que as duas ins-
tituições estão unindo suas competências para atuar
de forma articulada na identificação das demandas”,
destacou o superintendente do Sebrae, Edival Passos.
AssociAtivismoOutro objetivo do PDI é fomentar o associativismo,
estimulando a adesão de novas indústrias aos sindi-
catos que as representam no Sistema FIEB, fortale-
cendo, assim, a representatividade sindical. “Vamos
estreitar ainda mais a relação com os empresários do
setor produtivo industrial, para que possamos dire-
cionar os investimentos de forma mais assertiva”,
explicou o diretor técnico do Sebrae, Lauro Ramos,
destacando que os sindicatos passam a ser porta-vo-
zes dos programas e soluções oferecidas pelas duas
instituições.
A solenidade de lançamento do PDI contou, ainda
com explanação do vice-presidente do Centro das In-
dústrias da Bahia (CIEB), Reginaldo Rossi, que expli-
cou a atuação da entidade com as micro, pequenas e
médias empresas no interior da Bahia.
outrAs iniciAtivAsFIEB e Sebrae mantém outras iniciativas con-
juntas. Uma delas é o programa Quinta do Crédito,
criado para facilitar o acesso das MPME ao crédito,
de forma ágil e diferenciada. O programa, que con-
ta com o apoio da Caixa Econômica Federal, oferece
orientação aos empreendedores e os encaminha para
identificar soluções de crédito para seus negócios.
O atendimento, feito por consultores do Sebrae,
aponta o passo a passo para a contratação de crédito.
Após essa etapa, o empresário é direcionado para a
Caixa, que apresenta as opções de linhas de crédito
disponíveis e a documentação necessária para fechar
negócio. O atendimento acontece todas as quintas-
-feiras, das 9 às 17 horas. O agendamento deve ser
feito no site www.fieb.org.br/Quinta-do-credito. [bi]
14 Bahia Indústria
mArcELO GAndrA/cOpErphOtO/sIstEmA fIEB
Fábio Jesus dos Reis, Isabela de
Souza Pereira, Pedro Paulo
Ribeiro Silva e Sara Freitas
Santos, estudantes do ensino mé-
dio da Escola Djalma Pessoa, do
SESI Piatã, viveram durante uma
semana uma experiência trans-
formadora. Eles integraram, ao
lado de Marcelo Santana Júnior,
aluno do Instituto Federal de Edu-
cação da Bahia (Ifba) de Santo
Amaro e da estudante do Colégio
Estadual Lomanto Júnior, Larissa
Santos Viana, a bancada que re-
presentou a Bahia no Parlamento
Jovem Brasileiro.
Foi no período de 22 a 26 de se-
tembro que 78 jovens de todo o pa-
ís conheceram a rotina de trabalho
do Congresso Nacional e participa-
ram de uma jornada parlamentar,
Exercício democráticoEstudantes da Escola djalma pessoa integraram a bancada baiana no parlamento Jovem 2014
Fabrício,
sara, Isabela
e Pedro,
durante visita
à secretaria de
Educação do
Estado
argumentos e dados. Valeu a pe-
na pelo exercício da argumenta-
ção, mas principalmente porque
o projeto despertou o interesse de
deputados. A experiência serviu
também para mostrar um lado
bem diferente da política. “Eu te-
nho hoje uma nova visão da políti-
ca, pois pude conhecer o trabalho
do deputado e percebi o quanto é
árduo o caminho para garantir a
aprovação de um projeto de lei”,
avalia Isabela.
Para Fabrício Jesus dos Reis,
que propôs tornar o ensino da
Constituição Federal disciplina
obrigatória nas escolas, a experiên-
cia também deixou lições. “Éramos
tão diferentes e ao mesmo tempo
tão iguais com relação ao que en-
frentamos na nossa realidade co-
tidiana”, explicou. Pedro Paulo
Ribeiro Silva Cunha pode perceber
que o mais importante foi identifi-
car o grande potencial dos jovens,
que têm muito a contribuir.
Pedro defendeu como projeto
no Parlamento Jovem a constru-
ção de centros esportivos para
estudantes de escolas públicas
do Ensino Fundamental ao Ensi-
no Médio. A quarta aluna do SESI
selecionada foi Sara Freitas San-
tos Vasconcelos, autora do projeto
que dispõe sobre a obrigatorieda-
de da adoção da disciplina ciência
política aplicada no ensino fun-
damental e médio. Ela conta que
ficou impressionada ao conhecer
melhor a rotina dos deputados, o
trabalho nas comissões e a experi-
ência enriquecedora do debate. No
dia 30 de setembro os estudantes
do SESI foram recebidos pelo se-
cretário da Educação do Estado da
Bahia, Osvaldo Barreto, acompa-
nhados da coordenadora pedagó-
gica Karla Andrade e do professor
Luiz Luz. [bi]
durante a qual fizeram a defesa de
seus projetos de lei. O projeto apre-
sentado por Isabela Pereira foi um
dos cinco de todo o Brasil aprova-
dos na plenária final do Parlamen-
to Jovem. Ela propôs a inclusão de
dados indispensáveis no cartão do
Sistema Único de Saúde, tais como
tipo sanguíneo, uso de fármacos
cotidianos, patologias cardiovas-
culares, doenças precedentes, au-
torização de órgãos e transfusões
de sangue. Isabela havia sentido
na pele o problema da falta de in-
formação entre médico e paciente
quando foi atendida em um posto
de saúde e lhe foi receitado um
analgésico ao qual é alérgica.
A aprovação do projeto não foi
fácil e Isabela teve que se dedicar
para defender sua proposta com
Bahia Indústria 15
dIVULGAçãO/sIndIVEst
o desafio de internacionalizar empresas vai
além de promover abertura de mercado para
atividades de importação e exportação. Per-
mitir a interação com diferentes mercados, o inter-
câmbio tecnológico entre empresas mais desenvolvi-
das do mesmo setor faz parte dos objetivos quando
a meta é abrir novos mercados. É neste sentido que
trabalha o Centro Internacional de Negócios (CIN), da
Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB).
“Internacionalizar é fazer com que as empresas pas-
sem a ter como referência o mundo e não somente o
mercado onde atuam”, explica Patrícia Orrico, geren-
te do CIN, que desenvolve o Programa de Internacio-
nalização de Empresas.
Em parceria com entidades nacionais e internacio-
nais, o CIN promoveu missões empresariais, rodadas
de negócios e viabilizou a participação de empresas
baianas em feiras setoriais em diversos países. Foram
envolvidos nestas iniciativas os segmentos de cosmé-
tica, automação, tecnologia da informação, petróleo
e gás e alimentos e, mais recentemente, as indústrias
de vestuário, laticínios e de charutos.
No período de 31 de agosto a 7 de setembro, oito
empresários, consultores e técnicos da indústria de
laticínios da Bahia participaram da Missão Empre-
sarial do Setor de Leite e Derivados à Holanda. Pro-
movida em parceria com o Sindicato das Indústrias
de Laticínios e Produtos Derivados do Leite do Estado
da Bahia (Sindileite) e a Confederação Nacional da
Indústria (CNI), a missão foi realizada no âmbito do
Enterprise Europe Network (EEN), rede de negócios
da Comissão Europeia, que disponibiliza serviços de
apoio à inovação e internacionalização de empresas,
proporcionando acesso a mercados internacionais
com vistas a estimular a competitividade.
Durante a missão, o grupo participou de encontros
e visitas técnicas a empresas, fazendas, centros tec-
nológicos, centros de pesquisa, clusters e entidades
prospecção internacionalmissões aproximam empresários das indústrias de laticínios e de moda dos mercados internacionais
de classes representativas do setor de leite e deriva-
dos da Holanda.
Também com o objetivo de conhecer o modelo da
cadeia de valor da moda na Itália e de permitir a pros-
pecção de oportunidades, transferência de tecnolo-
gia e distribuição cruzada, aconteceu de 8 a 12 de se-
tembro a Missão Moda Itália - Bahia. A programação
incluiu visitas a instituições de organização setorial
e de apoio à pesquisa, como o Material Connexion,
design e desenvolvimento de produtos, recursos de
inovação tecnológica e mercadológica de Milão, que
tem uma indústria de moda de referência mundial.
A missão reuniu 42 (quarenta e dois) participantes
da Bahia, Paraná e Rio Grande do Sul, entre os quais
empresários associados do Sindicato do Vestuário
(Sindivest) de Feira de Santana e de Salvador.
Outra iniciativa articulada pelo CIN/FIEB, a pe-
dido do Sindicato da Indústria do Tabaco do Estado
da Bahia (Sinditabaco), foi a participação dos empre-
sários do segmento na Feira Inter-Tabac Dortmund
2014, de 19 a 21 de setembro, na Alemanha. [bi]
delegação
baiana visitou
o Material
connexion,
maior centro
de pesquisa
sobre materiais
inovadores e
sustentáveis
16 Bahia Indústria
om cerca de 200 mil estagiários
alocados e mais de 30 mil estu-
dantes capacitados desde 1996, o
Instituto Euvaldo Lodi (IEL) tem
atuação consolidada na área de
desenvolvimento de carreiras em
toda a Bahia. A instituição –cria-
da em 1969 para promover a in-
teração entre a universidade e a
indústria, por meio do estágio supervisionado –, co-
memora 45 anos em 2014 e tem como principal desa-
fio fortalecer a atuação na linha de Desenvolvimento
Empresarial, principalmente no interior do estado.
“Esse desafio está alinhado com o crescimento
das empresas no interior. Não só o crescimento em
números, mas o desenvolvimento das empresas,
que demandam maior conhecimento em gestão para
competir com empresas de outras regiões do país”,
destaca o superintendente do IEL, Evandro Mazo,
ressaltando que a instituição está desenvolvendo
novas soluções, e diversificando o portfólio para que
este esteja mais aderente à demanda das empresas de
cada região do estado.
Por Marta erhardt
IEL comemora 45 anos com desafio de ampliar atuação na área de capacitação empresarial
mArcEL
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empresas e pessoas
DesenvolvenDoIelO instituto tem quase 10 anos de experiência em desenvolvimento
empresarial, desde a criação da Gerência de Capacitação Empresarial,
em 2005, para auxiliar micro, pequenas e médias empresas baianas a
solucionar seus gargalos de gestão, por meio de ações como o Programa
de Qualificação de Fornecedores (PQF) ou o Projeto Extensão Industrial
Exportadora (Peiex), ou ainda o Programa de Apoio à Competitividade
das Micro e Pequenas Indústrias (Procompi).
De 2006 a setembro de 2014, o IEL capacitou mais de 7.600 líderes de
empresas baianas. Um deles é Roque Cambuí, diretor da JJ Inspeções Téc-
nicas em Equipamentos Industriais, empresa que atua desde 1982 na área
de inspeção de equipamentos e em instrumentação. Participante do PQF
desde 2006, a empresa passou por consultorias e oficinas que ajudaram a
melhorar sua gestão. “Quando você tem uma gestão estruturada, passa a
ver melhor o seu potencial. O IEL me proporcionou uma visão melhor de
mercado, que me abriu oportunidades”, afirma Roque Cambuí.
Segundo ele, desde o início da parceria com o IEL, a JJ Inspeções au-
mentou o faturamento em 800%. “Mantenho o certificado diamante há
alguns anos e não pretendo deixar o programa, pois as consultorias são
importantes para nos manter atualizados”, avalia, acrescentando que o
programa também promove networking com ações de relacionamento
com o mercado. A satisfação com os serviços do IEL também se estende
ao convênio de estágio. Hoje a empresa conta com cinco estagiários se-
lecionados pela instituição.
Bahia Indústria 17
empresas e pessoas
18 Bahia Indústria
Com essa expertise, a instituição identificou a ne-
cessidade de se readequar às demandas do mercado.
Com isso, o IEL vai oferecer uma linha de soluções de
educação empresarial, nas áreas de gestão empresa-
rial e liderança.
A linha será composta por quatro modalidades de
atendimento ao empresário. Serão oferecidos cursos
rápidos, com carga horária de até 40 horas; os pro-
gramas de educação empresarial, com duração de 40
a 180 horas; os cursos online, utilizando tecnologia
EAD, desenvolvidos em parceria com a CrossKnow-
legde, líder europeia em solução de e-learning, com
carga horária de 20 a 80 horas; e o programa de edu-
cação executiva, desenvolvido em parceria com uni-
versidades e outros parceiros na área de educação,
que podem ser realizados no Brasil e no exterior. A
previsão é que os cursos rápidos, os programas de
educação empresarial e os cursos online já estejam
atuando no início de 2015. Já o programa de educação
executiva deve ter início em 2016.
Com esta mudança, o IEL tem como objetivo ocu-
par uma posição de referência na promoção de cursos
nas áreas de gestão empresarial e liderança. “Temos
a nosso favor a experiência e o conhecimento das
demandas do mercado. Por isso, o planejamento do
conteúdo tem levado em conta o perfil da indústria
baiana e foca numa abordagem mais próxima da rea-
lidade do mercado”, explica o gerente de Capacitação
Empresarial do IEL, André Pinto.
inovAçãoPara apresentar soluções cada vez mais aderentes
às necessidades de cada região, o IEL aposta na cap-
tação de recursos junto a fontes nacionais de fomen-
to, a exemplo do que acontece com projetos como o
Sistema Brasileiro de Tecnologia (Sibratec), financia-
do pelo Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT) e o
Jogo da Inovação (Join), desenvolvido com recursos
do Fundo Verde e Amarelo da Financiadora de Estu-
dos e Projetos (Finep).
Mais de 40 empresas já adotaram a solução Join,
elaborada para sistematizar a gestão da inovação em
micro, pequenas e médias empresas. Uma prova do
sucesso do Join é que a metodologia está sendo repli-
cada no IEL de Pernambuco.
A inovação tem recebido atenção especial no IEL.
Outro programa que trabalha esta temática é o Inova
Talentos, iniciativa em parceria com o Conselho Na-
cional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
alana santos
e Patric Piton,
da startup
Maqhin
mArcELO GAndrA/cOpErphOtO/sIstEmA fIEB
casE Inova taLEntosStartup do setor de Tecnologia da Informação e Comunicação, a Maqhin Soluções Tecnológicas enxergou no Inova Talentos a possibilidade de colocar em prática projetos importantes para a empresa. “Vimos como oportunidade de alavancar prioridades que tínhamos, como estruturar e formalizar a gestão da inovação dentro da empresa”, explica o diretor Patric Piton. A empresa teve dois projetos aprovados logo na primeira chamada do programa. No total, a Maqhin conta com quatro projetos e sete bolsistas. Entre eles está Alana Santos, recém-formada em administração pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), que desenvolve um modelo de gestão da inovação na empresa.“Com o programa tenho a oportunidade de aliar o conhecimento acadêmico com a prática, a execução de um projeto. Aqui na empresa tenho oportunidade de inovar, trazendo o aprendizado adquirido na universidade para a realidade do mercado”, avalia. Alana também ressalta as capacitações ministradas ao longo do programa como atrativo para participar. Durante o período de desenvolvimento dos projetos, os profissionais selecionados contam com 126 horas de capacitação a distância, com conteúdo e certificação de escolas internacionais, a exemplo de Harvard Business School. Alguns dos temas dos treinamentos são: Criatividade e Inovação, Gestão de Projetos, Liderança e Empreendedorismo.
Bahia Indústria 19
Evandro Mazo,
superintendente
do IEL, quer
mais foco no
empresário
rAfAEL mArtIns/sIstEmA fIEB
(CNPq), que tem como objetivo ampliar o número de
profissionais qualificados em atividades de inovação
no setor empresarial brasileiro.
“Nosso principal desafio é contribuir para dissemi-
nar a cultura da inovação, além de estimular, difundir,
capacitar e assessorar as empresas para que possam
inovar cada vez mais”, pontua a gerente de Inovação e
Projetos Especiais do IEL, Fabiana Carvalho.
Com 79 projetos submetidos, a Bahia ocupa a 2ª
colocação no número de proposições do Programa
Inova Talentos, tendo São Paulo na liderança. A
Bahia foi recordista de submissões na primeira cha-
mada, com 45 projetos. Já na segunda chamada, fo-
ram submetidos 34 projetos de 28 empresas.
As inscrições para a terceira chamada do programa
estão abertas. Empresas baianas de todos os portes e
institutos privados de PD&I podem submeter projetos
de inovação até 5 de dezembro. Na Bahia, o IEL ofere-
ce assessoria para a elaboração do projeto. Os projetos
são avaliados e as empresas que tiverem propostas
aprovadas receberão bolsistas pagos pelo CNPQ. As
bolsas variam de R$ 2,5 mil (graduados até 5 anos) a
R$ 3 mil (mestres com até 5 anos de diplomação).
Estágio dE quAlidAdEO processo de recrutamento, seleção, capacitação
e acompanhamento dos profissionais do Inova Talen-
tos é realizado pelo IEL, que também atua na área de
Desenvolvimento de Carreiras. O principal serviço
desta linha de atuação é o estágio. Até setembro de
2014, mais de 22 mil estagiários foram alocados pelo
IEL em todo o estado. A expectativa é que o total de
estágios intermediados neste ano supere o de 2013,
quando 23 mil estudantes foram alocados.
E a perspectiva para os próximos anos também é
Programa fortalece cadeias produtivasHá nove anos, as empresas baianas fornecedoras de pro-
dutos e serviços industriais são capacitadas pelo IEL, por
meio do Programa de Qualificação de Fornecedores (PQF),
que tem como objetivo fortalecer a cadeia produtiva e pro-
mover o desenvolvimento local, com a capacitação de em-
presas de menor porte para atender às exigências de gran-
des empreendimentos implantados na Bahia.
Atualmente, cerca de 100 empresas fornecedoras de mi-
cro, pequeno e médio portes de todo o estado são beneficia-
das pelo programa, que é realizado em parceria com SESI,
SENAI e Sebrae.
Uma das empresas-âncora pioneiras na parceria com o
IEL foi a Deten Química. “Foi um casamento ideal para a De-
ten, pois o mercado baiano é carente de bons fornecedores.
As empresas de maior porte têm com o PQF a oportunidade
de contribuir para o desenvolvimento de toda a cadeia pro-
dutiva, pois sem os pequenos, não existimos”, avalia o coor-
denador de suprimentos da Deten, Thadeu Hamdan.
de crescimento, com novas parcerias, principalmente
com prefeituras no interior do estado. “Com a abertu-
ra de vagas de estágio a prefeitura aumenta as opor-
tunidades para os jovens e estimula outras empresas
a seguir o mesmo caminho”, avalia a gerente de Es-
tágio e Formação de Talentos do IEL, Edneide Lima.
Ela ressalta que, além do incremento quantitativo,
o IEL também se preocupa com a qualidade do está-
gio. Por isso, a instituição realiza feiras e workshops,
para conscientizar empresas e estudantes sobre o
principal papel do estágio, que é contribuir para a
formação profissional dos jovens. [bi]
20 Bahia Indústria
Criado em 2010 com o obje-
tivo de dar visibilidade à
moda baiana, aproximan-
do e fortalecendo toda a
cadeia do segmento, o Bahia Moda
Design (BMD) chegou à sua quarta
edição neste ano, consolidando-se
nacionalmente como um projeto
de valorização da produção local.
Realizado nos dias 23 e 24 de se-
tembro no SENAI Cimatec, o even-
to reuniu cerca de cinco mil parti-
cipantes entre estudantes, empre-
sários, criadores e fashionistas.
Promovido pelos Sindivest de
Salvador e Feira de Santana, com
a parceria do Sebrae e Senac e o
apoio do Shopping Barra e da As-
sociação Brasileira da Indústria
Têxtil e de Confecção (Abit), nesta
edição, o BMD apostou no inves-
timento em design para melhoria
de produtos, serviços e processos
e na aliança entre moda e susten-
tabilidade. A proposta se refletiu
na programação diversificada do
evento.
“A cada ano, avançamos. A
Por Carolina Mendonça e patríCia Moreira
Moda Bahia busca fortalecer identidadeEvento que discute desafios do segmento e avanços para a moda no estado se consolida no calendário nacional
Bahia tem um diferencial na cultu-
ra e levaremos isso também para a
moda produzida no estado”, disse
a presidente do Sindicato do Vestu-
ário de Salvador (Sindivest), Euni-
ce Habibe, que destacou o apoio re-
cebido do Sistema FIEB para o for-
talecimento da indústria da moda.
Já a presidente do Sindivest Feira,
Dilma Portugal, ressaltou que o su-
cesso do BMD é resultado também
da força do associativismo. “É a
lição que estamos aprendendo, da
importância de estarmos unidos,
tanto no nosso estado como nacio-
nalmente”, disse.
Para Marina Almeida, diretora
regional do Senac, o BMD signi-
fica a concretização de um sonho.
“Vamos continuar trabalhando,
fazendo uma moda mais bonita
e profissional, como a Bahia me-
rece”. Lauro Ramos, diretor téc-
nico do Sebrae, também falou da
importância de juntar esforços e
destacou as rodadas de negócios
realizadas durante o evento, com
a participação de 40 empresários
do segmento. As marcas que par-
ticiparam das rodadas expuseram
suas coleções para o público, re-
forçando a identidade local. Como
resultado, foram gerados R$ 1,1
milhão em vendas de curto prazo.
ProgrAmAçãoForam apresentados sete des-
files de marcas baianas de Salva-
dor e do interior da Bahia. Parti-
ciparam desta ação seis empre-
sas locais: Elementais, Mahalo,
AnaPort, Mito, Carol Brasil e Yes
Bahia, além da dupla vencedora
do concurso Novos Talentos do
Shopping Barra, com a equipe Vil-
lô Ateliê, numa integração entre a
universidade e a indústria.
Além de desfiles, rodadas de
negócios e showroom, o público
assistiu à palestra "Tendência e
Inovação: Novos consumidores de
moda", ministrada pela gerente de
Marketing e Relações Públicas da
WSGN Group, Clarissa Araújo, e a
um talk-show com o estilista Ale-
xandre Herchcovitch, além de po-
Bahia Indústria 21
fOtOs pAULO LImA/dIVULGAçãO
der fazer parte do estudo antropométrico do SENAI
Cetiqt, que utiliza um Body Scanner.
Clarissa destacou o perfil dos novos consumidores
de moda, dando dicas de como cativá-los, já que, pa-
ra ela, não existe mais fidelidade às marcas. "É preci-
so criar um envolvimento com o seu consumidor, pa-
ra que ele se mantenha engajado. É preciso oferecer
uma experiência", disse.
A especialista, que veio ao evento com apoio da
Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confec-
ção (Abit), ressaltou a necessidade das marcas inova-
rem, oferecendo serviços de conveniência, criando
um diferencial para o cliente, a exemplo de entregas
alexandre
herchcovitch
(E) e desfiles
do bMd
mArcELO GAndrA/cOpErphOtO/sIstEmA fIEB
22 Bahia Indústria
O Bahia Moda Design foi criado em 2010, fortale-
cendo toda a cadeia do setor, desde as indústrias
de confecção, designers, fornecedores e reven-
dedores até o incentivo à formação de mão de
obra, valorizando talentos em formação.
A primeira edição do evento foi uma das
ações do Programa de Fortalecimento da Ativi-
dade Empresarial do Estado da Bahia que tem
como um dos seus objetivos, apoiar o Projeto
Estruturante do APL de Confecções de Salvador
e Feira de Santana.
O Projeto Estruturante foi co-financiado pe-
lo Banco Interamericano de Desenvolvimento
(BID) e contou com o apoio da Secretaria de Ci-
ência e Tecnologia (Secti), Sebrae, IEL e SENAI.
Já o evento, teve a realização do Sebrae e Sind-
vest em parceria com o SENAI, SENAC e Unifacs,
com patrocínio do Shopping Barra.
O BMD 2010 atingiu a marca de mais de 1.800
visitantes nos três dias de evento, com a parti-
cipação de 20 empresas expondo seus produtos
durante a Rodada de Negócios, além da realiza-
ção de desfiles de empresas baianas e da exposi-
ção dos Novos Talentos.
A segunda edição do Bahia Moda Design,
realizada em 2012, teve a realização do Senac,
SENAI e Sebrae e Sindvest Salvador e Feira de
Santana com o apoio do Banco do Nordeste. Com
um formato reduzido, foi realizado na Casa do
Comércio, em dois dias, com a produção de qua-
tro desfiles, sendo dois em cada dia, realização
de duas palestras e exposição de um espaço com
editorial de moda com empresas sindicalizadas
de Salvador e Feira de Santana.
Em 2013, o Bahia Moda abriu as portas para
novas empresas do segmento de moda baiana
mostrarem o seu potencial competitivo frente à
forte concorrência do mercado asiático e de ou-
tras regiões do país, com atividades integradas,
seguindo a proposta da Arena Fonte Nova (onde
foi realizado) de forma que o público pudesse
interagir e participar efetivamente do evento em
toda a sua programação.
Quatro edições de sucesso
representantes
das instituições
parceiras na
abertura do
evento
personalizadas, sites de fácil navegação e compras e
embalagens caprichadas.
Herchcovitch contou um pouco a sua trajetória de
mais de 20 anos na moda, enfatizando a necessidade
de se aprender o "fazer" antes de pensar em lançar
uma marca. "Há uma glamourização da profissão do
estilista. As pessoas acham que basta saber desenhar
ou fazer uma graduação para ficar famoso em pouco
tempo. Isto é uma ficção", afirmou.
O estilista, que atualmente lança mais de mil pro-
dutos licenciados/ano, acredita que a moda feita na
Bahia pode ter elementos regionais sem cair no fol-
clore. "Quem está começando deve pensar em fazer
roupas que o mundo inteiro possa vestir", opinou.
Os participantes do BMD 2014 também puderam
participar do estudo antropométrico realizado pelo
Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil
(Senai/Cetiqt), que está traçando um diagnóstico
completo do corpo do brasileiro. O público foi “mape-
ado” pelo Body Scanner, um aparelho que tira mais
de cem medidas corporais. Em uma cabine, sensores
luminosos e câmeras são disparados. Em apenas 60
segundos, o equipamento capta as medidas e as re-
gistra num computador, formando imagens. As di-
mensões registradas integram a pesquisa, cujo obje-
tivo é desenvolver tabelas de padrões para dar mais
precisão à cadeia Têxtil e de Confecção no desenvol-
vimento de produtos e, assim, atender melhor o usu-
ário final, respeitando características regionais. [bi]
mArcELO GAndrA/cOpErphOtO/sIstEmA fIEB
Bahia Indústria 23
conselhos
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AnGELO pOntEs/cOpErphOtO/sIstEmA fIEB
rio oil & gas aponta os desafios da indústria navalO Comitê de Petróleo e Gás
representou a Federação das
Indústrias do Estado da Bahia na
Rio Oil & Gas, da qual participou
com o Governo do Estado da
Bahia, Sebrae, Redepetro e
Enseada Indústria Naval. Durante
o evento, foram realizados
atendimento técnico
especializado e prospecção de
negócios. A Rio Oil & Gas, o mais
importante evento da cadeia do
país, que aconteceu no Rio de
Janeiro, entre 15 e 18 de setembro,
é realizada a cada dois anos. Esta
edição teve como tema O Novo
Cenário Geopolítico: Superando os
Desafios. A Bahia, que atualmente
tem uma produção de R$ 4,5
bilhões por ano de gás e petróleo,
tem um montante de R$ 20
bilhões em investimentos
previstos para exploração e
produção, até 2022, daí a
importância de participar de
eventos como este.
Com o objetivo de mobilizar as empresas da Bahia para discutir os
gargalos da Legislação Ambiental, que impede o crescimento da
indústria, foi realizada, no dia 19 de setembro, na sede da Federação
das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), reunião do Conselho
Regional de Meio Ambiente. Organizado pela Confederação Nacional
da Indústria (CNI), o encontro reuniu representantes de federações de
nove estados do Nordeste. Sob o comando do gerente executivo de Meio
Ambiente e Sustentabilidade da CNI, Shelley Carneiro, a 14ª reunião do
Conselho Temático de Meio Ambiente (Coema) discutiu a gestão
marinha da costa brasileira para exploração da indústria de pescado e
a nova Lei de Resíduos Sólidos.
shelley
carneiro
destacou a
importância
da defesa de
interesses
crt defende diálogo nas negociações coletivasO Conselho de Relações Trabalhistas (CRT) da FIEB reuniu
especialistas e empresários, no dia 4 de setembro, para o seminário
Negociações Coletivas de Trabalho. O consultor em Relações do
Trabalho da CNI, Marcelo Lomelino, falou da necessidade de se
transformar o cenário atual, em que boa parte das negociações são
“entregues” à representação sindical e, nem sempre, agradam as
partes. O especialista defende o diálogo direto com os funcionários.
O coordenador do CRT, Homero Arandas, pontuou que as leis
trabalhistas não acompanharam as mudanças do mundo do trabalho
no Brasil, daí a relevância das negociações coletivas. Em um
segundo momento do seminário, empresários industriais que
integram o Conselho de Relações Trabalhistas da FIEB apresentaram
dados sobre as últimas negociações coletivas nos segmentos da
Construção Civil, Têxteis; Metalúrgicos/Automotivos; Metalúrgicos
de Feira de Santana; Químico e Petroquímico.
coema discute gestão marinha e lei de resíduos
homero arandas e Lomelino, em evento do crt
24 Bahia Indústria
FIeB vai investir R$ 20 milhões em unidade em JuazeiroEquipamento vai funcionar no distrito Industrial de são francisco e vai reunir os serviços oferecidos por sEsI, sEnAI, IEL e cIEB
Por Marta erhardt
o Sistema FIEB vai investir
R$ 20 milhões na cons-
trução de uma unidade
integrada, no município
de Juazeiro, para atender deman-
das das indústrias da região Norte
do estado. O anúncio foi feito pelo
presidente da instituição, Carlos
Gilberto Farias, durante encontro
com empresários da região, no
dia 4 de setembro. “Precisamos
mudar o eixo de desenvolvimento
da indústria na Bahia e é com esse
propósito que estamos aqui”, pon-
tuou Farias.
A futura unidade integrada
funcionará no Distrito Industrial
de São Francisco. O superinten-
dente de Engenharia do Sistema
FIEB, Rodrigo Alves, detalhou o
projeto do complexo, que vai con-
tar com dois prédios do SESI para
atendimento nas áreas de Saúde,
Segurança no Trabalho e Educa-
ção. O edifício onde funcionará a
área de Saúde terá 11 consultórios
médicos, dois consultórios odon-
tológicos e Raio-X. Já a estrutura
voltada para os serviços de Educa-
ção terá 9 salas de aula e 4 labora-
tórios, além de ginásio esportivo.
A unidade integrada também
vai contar com um prédio do SE-
NAI, que vai prestar atendimento
na área de educação profissional.
A estrutura terá 11 salas de aula, 7
laboratórios e galpão para cursos
práticos. O empreendimento con-
ta, ainda, com portaria, central de
utilidades e central de resíduos,
além do clube do SESI, que será
requalificado.
De acordo com Alves, a obra
será licitada até o final de 2014 e
tem início previsto para o primeiro
semestre de 2015. O prazo de exe-
cução é de 15 meses. A nova unida-
de vai reforçar a atuação das casas
que integram o Sistema FIEB na
região. SESI, SENAI e IEL ofere-
cem serviços de educação e qua-
lificação profissional, capacitação
empresarial, apoio à inovação e
saúde/segurança do trabalhador.
O superintendente do Sebrae,
Edival Passos, destacou a parceria
da instituição com o Sistema FIEB
no apoio às micro, pequenas e mé-
dias empresas, especialmente no
interior do estado. “O programa
capitaneado pelo Sistema FIEB
também tem como objetivo tornar
a região mais atrativa para novos
empreendimentos”, ressaltou.
O prefeito de Juazeiro, Isaac
Carvalho, avaliou que a unidade
integrada chega em um momento
importante para a cidade. “Esta-
mos passando por uma nova fase
de desenvolvimento e precisamos
avançar, agregar valor ao agrone-
gócio e atrair novos investimen-
tos”, disse.
o programa capitaneado pelo sistema FieB tem como objetivo tornar a região mais atrativa para novos empreendimentos
“Edival Passos, superintendente do Sebrae
carlos gilberto
Farias (c)
confere projeto
da unidade
integrada da
região norte
Bahia Indústria 25
IVAn crUz/cOpErphOtO/sIstEmA fIEB
Até 2017 a região Norte da Bahia
terá investimentos privados da
ordem de R$ 1,9 bilhão em seg-
mentos industriais como Mi-
neração, Energia e Alimentos,
segundo dados da Secretaria da
Indústria Comércio e Mineração
(SICM) de julho este ano. O de-
senvolvimento industrial da re-
gião foi discutido no workshop
A Indústria na Região Norte da
Bahia, realizado em Juazeiro.
A iniciativa do Sistema FIEB,
em parceria com o Serviço de
Apoio às Micro e Pequenas Em-
presas (Sebrae), a Câmara de
Dirigentes Lojistas (CDL) de Jua-
Seminário discute desenvolvimento industrialzeiro, a prefeitura municipal e a Associação Comer-
cial, Industrial e Agrícola de Juazeiro (Aciaj) reuniu
empresários da região para debater as perspectivas
e desafios para o crescimento industrial.
“Estamos levantando as demandas da região,
para perceber as necessidades e contribuir para o
desenvolvimento da indústria, fazendo com que a
economia cresça”, ressaltou o vice-presidente da
FIEB, Edison Nogueira, destacando que a iniciativa
também teve como objetivo estreitar os laços com
os empresários locais.
PErsPEctivAs E dEsAfiosO analista da Superintendência de Desenvol-
vimento Industrial (SDI), Carlos Danilo Almeida,
traçou um cenário da indústria e destacou o grau
de escolaridade como um dos desafios a serem en-
frentados. Ele apresentou dados
do Ministério do Trabalho e Em-
prego (MTE/RAIS), que apontam
que 1,3% dos trabalhadores da
indústria da região são analfabe-
tos, 13,4% têm até o fundamental
incompleto e 5,9% têm o funda-
mental completo. Melhorias de
infraestrutura também foram
apontadas como fundamentais
para o crescimento da indústria
no norte baiano. A necessidade
de um aeroporto regional, me-
lhorias no distrito industrial e o
desassoreamento da hidrovia do
São Francisco foram alguns dos
pontos discutidos no evento. [bi]
26 Bahia Indústria
IndIcadoREs Números da Indústria
Queda na produção só é superada por são PauloEm agosto, a taxa anualizada da produção industrial apresentou retração de 3,5% na BA; só sp registrou queda maior, de 3,6%
A taxa anualizada da pro-
dução física da indús-
tria de transformação da
Bahia apresentou, em
agosto de 2014, queda de 3,5%,
superior à registrada em julho de
2014 (-2,3%). No ranking dos 14
estados que participam da Pesqui-
sa Industrial Mensal da Produção
Física-Reformulada*, seis esta-
dos apresentaram desempenho
positivo: Amazonas (4,8%), Mato
Grosso (4,3%), Goiás (3,4%), Ceará
(2,2%), Pará (2,1%) e Pernambuco
(1,2%). Os outros oito estados re-
gistraram resultados negativos:
São Paulo (-3,6%), Bahia (-3,5%),
Minas Gerais (-3,2%) Rio de Janei-
ro (-3,0%), Paraná (-2,3%), Espírito
Santo (-2,0%), Rio Grande do Sul
(-1%) e Santa Catarina (-0,8%).
Na Bahia, dos 11 segmentos
pesquisados, apenas quatro apre-
sentaram resultados positivos: Be-
bidas (5,6%); Refino de Petróleo e
Biocombustíveis (5,6%); Minerais
Não Metálicos (0,5%) e Alimentos
(0,3%). O segmento de Borracha
e Plástico permaneceu estável. Por outro lado, apre-
sentaram retração os segmentos de Veículos Automo-
tores (-31%); Equipamentos de Informática (-28,5%);
Couro e Calçados (-5,6%); Metalurgia (-2,8%); Celulo-
se e Papel (-2,1%) e Produtos Químicos (-0,3%).
Na comparação de agosto de 2014 com igual mês
do ano anterior, a produção física da indústria de
transformação baiana apresentou queda de 10,4%.
Quatro dos 11 segmentos pesquisados apresentaram
resultados positivos: Produtos Químicos (12,2%,
maior produção de polietileno de alta densidade,
amoníaco, etileno não-saturado, soda cáustica, ureia
e xilenos); Celulose e Papel (5,1%); Couro e Calçados
(2,1%) e Refino de Petróleo e Biocombustíveis (0,6%).
Apresentaram retração os segmentos: Veículos Auto-
motores (-69%, com redução na produção em mais
de 80% dos produtos investigados no segmento, com
destaque para a menor fabricação de automóveis),
Equipamentos de Informática (-44,6%, recuo na pro-
dução de computadores pessoais de mesa e computa-
dores pessoais portáteis); Metalurgia (-12,7%, devido
à redução da produção de barras, perfis e vergalhões
de cobre e de vergalhões de aço); Alimentos (-8,9%,
com queda na produção de farinha de trigo, manteiga
de cacau, cacau ou chocolate em pó, pasta de cacau
e de leite em pó); Bebidas (-8%); Minerais não Metáli-
cos (-6,2%) e Borracha e Plástico (-4,1%)
Tendo em conta o acumulado dos primeiros oito
meses deste ano, em comparação a igual período de
2013, verifica-se uma queda de 5,9% na produção da
indústria de transformação baiana. Tal desempenho
foi determinado pelo resultado dos seguintes segmen-
tos: Equipamentos de Informática (-40,5%, menor
produção de computadores pessoais de mesa e tam-
bém de portáteis - laptops, notebook, handhelds, ta-
blets e semelhantes); Veículos Automotores (-40,1%,
menor fabricação de automóveis); Couro e Calçados
(-6,9%, queda na produção de tênis de material sinté-
Bahia Indústria 27
tico e calçado de plástico moldado de uso feminino);
Metalurgia (-5,5%, menor produção de barras, perfis
e vergalhões de cobre e de ligas de cobre); Minerais
não Metálicos (-3,4%); Celulose e Papel (-1,1%) e Bor-
racha e Plástico (-0,4%). Por outro lado, houve expan-
são da produção nos segmentos de: Bebidas (9,7%,
aumento na fabricação de cervejas e chope); Produtos
Químicos (3,5%, devido a maior produção de ureia,
amônia, polietileno de alta densidade; misturas de
alquilbenzenos ou de alquilnaftalenos e hidróxido de
sódio); Refino de Petróleo e Biocombustíveis (2,8%,
com maior produção de óleo diesel, óleos combustí-
veis e gasolina automotiva) e Alimentos (0,4%).
De modo geral, os segmentos industriais brasilei-
ro e baiano enfrentam um ano de grande dificuldade
com o desaquecimento dos mercados interno e exter-
no. Do ponto de vista estadual, o desempenho nega-
tivo da indústria reflete: (i) a enorme queda do seg-
mento de Automóveis (responsável por 8,3% do VTI
industrial, em 2012), por conta do mercado nacional
desaquecido, que gerou inclusive a necessidade de se
promover férias coletivas para ajuste dos estoques,
além do mercado externo em crise, especialmente na
Argentina, principal importador dos veículos brasi-
leiros; (ii) Metalurgia (responsável por 4,2% do VTI
industrial, em 2012), que enfrenta dificuldades com
a queda dos preços internacionais e o aumento dos
custos com a energia; (iii) segmento de Couro e Cal-
çados (responsável por 3,0% do VTI industrial, em
2012), que registra resultados negativos em virtude
do crescimento dos custos locais de produção e o au-
mento da concorrência com os importados. [bi]
JAN
JUL
FEV
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R
AB
R
MA
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OU
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DEZ
115
120
125
110
105
100
95
90
85
80
Fonte: IBGE; elaboração Fieb/SDI. Nota: Exclusive a indústria extrativa mineral; base = 100 (média 2012)
BAHIA - PRODUÇÃO FÍSICA DA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO (2012 - 2014)
2012
20142013
* A partir de maio de 2014 tem início a divulgação da nova série da PIM-PF. A reformulação teve como objetivos: atualizar a amostra de atividades, produtos e informantes; elaborar uma nova estrutura de ponderação dos índices com base em estatísticas industriais mais recentes; adotar, na PIM-PF, as novas classificações, de atividades e produtos, usadas pelas demais pesquisas da indústria a partir de 2007 (CNAE 2.0); e produzir indicadores para aquelas Unidades da Federação que no ano de 2010 responderam por, pelo menos, 1% do Valor da Transformação Industrial e, também, para a Região Nordeste. A série reformulada tem início em janeiro de 2012 e sua implantação não implicou em total ruptura das séries históricas iniciadas em 2002, uma vez que essas foram encadeadas à nova, em termos regionais, nas atividades em que houve uma relativa aderência entre as duas séries.
bahia: pim-pf de agosto de 2014
Indústria de Transformação -10,4 -5,9 -3,5
refino de petróleo e biocombustíveis 0,6 2,8 5,6
Produtos químicos 12,2 3,5 -0,3
veículos automotores -69,0 -40,1 -31,0
alimentos -8,9 0,4 0,3
celulose e papel 5,1 -1,1 -2,1
Borracha e plástico -4,1 -0,4 0,0
metalurgia -12,7 -5,5 -2,8
couro e calçados 2,1 -6,9 -5,6
minerais não metálicos -6,2 -3,4 0,5
equipamentos de informática -44,6 -40,5 -28,5
Bebidas -8,0 9,7 5,6
Extrativa Mineral -0,1 4,1 3,2
VArIAçãO (%)
sEtorEs ago14/ago13 Jan-ago14/ sEt13-ago14/ Jan-ago13 sEt12-ago13
Fonte IBGE; elaboração Fieb/SDI
28 Bahia Indústria
mArcEL
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AndrA/c
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FIeB premia práticas sustentáveis11º prêmio fIEB de desempenho socioambiental destacou projetos de tratamento de resíduos sólidos
Por Marta erhardt e Carolina Mendonça
Sou e quero ser um fornecedor verde. Este
prêmio é um estímulo, tira o paradigma
de que só as médias e grandes empresas
têm compromisso com o meio ambiente”, ressalta o
vencedor na categoria Micro e Pequenas Empresas, o
empresário Hari Hartmann, diretor da Camisas Polo
Indústria Comércio e Serviços Ltda. A empresa de con-
fecções teve um conjunto de boas práticas de sustenta-
bilidade reconhecido no 11º Prêmio FIEB de Desempe-
nho Socioambiental, entre elas, a redução no gasto de
água e energia, utilização de materiais recicláveis na
produção de camisas e embalagens, além do incentivo
ao uso de bicicletas no transporte de seus funcioná-
rios. Um exemplo para a indústria baiana.
Valorizar as empresas baianas que se destacam na
promoção de atividades que utilizam menos recursos
naturais no processo produtivo, proporcionando o
aumento da produtividade e da competitividade, com
menos impacto negativo no meio ambiente é justa-
mente o objetivo do prêmio, cujos vencedores foram
conhecidos no dia 18 de setembro, em cerimônia rea-
lizada na sede da Federação.
Nesta edição, micro, pequenas, médias e grandes
empresas baianas foram estimuladas a apresentar
projetos sobre a temática “Resíduos Sólidos: como
tratar o descarte de pneus, pilhas, plásticos e outros
objetos de uso comum”, conforme previsto na Política
Nacional de Resíduos Sólidos.
As empresas contempladas foram: Sindicato da
Indústria da Construção do Es-
tado da Bahia, na categoria Tec-
nologias Limpas; Companhia de
Eletricidade do Estado da Bahia
(Coelba), na modalidade Progra-
mas Socioambientais; SWD Ind.
de Plástico e Derivados - Refran,
na categoria Práticas Sustentáveis
Extensivas à Cadeia de Valor; e Ca-
misas Polo Indústria, Comércio e
Serviços Ltda., na categoria Micro
e Pequenas Empresas.
incEntivo“O prêmio traz um estímulo
para que as práticas aqui destaca-
das sirvam de exemplo e incentivo
para outras empresas”, destacou
o 1º vice-presidente da Federa-
ção das Indústrias do Estado da
Bahia, Antônio Ricardo Alban,
que também ressaltou a atuação
do Sistema FIEB com ações de mo-
bilização empresarial que estimu-
lam uma postura protagonista por
parte da indústria.
O 11º Prêmio FIEB de Desem-
penho Socioambiental é uma ação
conjunta dos Conselhos de Meio
Ambiente (Comam) e de Respon-
sabilidade Social (Cores) da FIEB.
“Esse trabalho em conjunto é im-
portante na busca da sustentabili-
dade. O prêmio é importante, pois
indica caminhos vitoriosos e ins-
pira atuações semelhantes”, pon-
tuou o coordenador do Comam,
Jorge Cajazeira.
O evento contou com a presen-
ça do secretário estadual do Meio
Ambiente, Eugênio Spengler. “O
sucesso obtido pelas empresas
vencedoras contribui para que
todos os setores identifiquem al-
ternativas para melhorar suas prá-
ticas, seja pela adoção de novas
tecnologias, seja pela redução de
desperdício”, frisou. Também par-
ticiparam o gerente executivo de
Meio Ambiente e Sustentabilidade
da CNI, Shelley Carneiro e o re-
presentante do Ministério do Meio
Ambiente, Ariel Pares.
Na oportunidade, também foi
realizado o Seminário Produção
e Consumo Sustentáveis, que de-
bateu temas como produção mais
limpa com eficiência de recursos;
Bahia Indústria 29
Confira a lista dos vencedores do Prêmio FIEB de Desempenho Ambiental
tEcnoLogIas LImpassindicato da Indústria da construção do Estado da bahia Projeto: Gestão Sustentável de Água e Energia
pRogRamas socIoambIEntaIscompanhia de Eletricidade do Estado da bahia (coelba) Projeto: Energia com Cidadania
pRátIcas sustEntávEIs ExtEnsIvas à cadEIa dE vaLoR
swd Ind. de Plásticos e derivados Ltda - refran Projeto: Reaproveitamento Sustentável
mIcRo E pEquEnas EmpREsas camisas Polo Indústria comércio e serviços Ltda. Projeto: Boas Práticas de Sustentabilidade na MPE do Vestuário
quem ganhou
construções sustentáveis; resídu-
os sólidos e logística reversa.
“O tema produção e consumo
sustentável é bastante abrangente
e envolve desde o produtor até o
cliente, o consumidor. O desafio é
conseguir discutir esses problemas
de uma forma mais horizontal”, ex-
plicou o gerente executivo de Meio
Ambiente e Sustentabilidade da
CNI, Shelley Carneiro. O seminá-
rio, realizado na Bahia pela FIEB,
em parceria com o Instituto Cida-
de Sustentável (ICS), contou com
o apoio do Ministério do Meio Am-
biente (MMA) e da Confederação
Nacional da Indústria (CNI).
O gerente da CNI explicou que,
além da Bahia, a temática já foi
debatida no Rio Grande do Sul e
em Brasília. Até o final do ano,
iniciativas semelhantes serão
realizadas em Minas Gerais e no
Amazonas. [bi]
hari hartmann, diretor da camisas Polo,
empresa vencedora na categoria Micro e Pequenas Empresas
30 Bahia Indústria
painel
Empresa alemã Lapp group investe r$ 50 milhões em unidade na bahia A multinacional alemã, Lapp Group, líder mundial no
fornecimento de cabos, fios, acessórios, conectores industriais
e tecnologias relacionadas, inaugurou, no dia 24 de outubro,
no Polo Industrial de Camaçari, a primeira fábrica do grupo
na América do Sul e a 18ª unidade de produção. A companhia
investiu R$ 50 milhões no estado e pretende ampliar ainda
mais os investimentos. A inauguração contou com a presença
do Secretário da Indústria, Comércio e Mineração do Estado
da Bahia, James Correia, do prefeito de Camaçari, Ademar
Delgado das Chagas e de representantes de classes
empresariais. O vice-presidente Edison Virgínio Nogueira
representou o presidente da FIEB, Carlos Gilberto Farias, na
solenidade de inauguração.
Executivos e James correia, na inauguração da Lapp group
dIVULGAçãO/LApp GrOUp
IEL realiza feiras de estágio no estadoPromovido pelo Fórum de
Estágio da Bahia, em
parceria com o Instituto
Euvaldo Lodi (IEL), foram
realizadas ao longo do mês
de setembro, feiras e
workshops de estágio em
Ilhéus, Itabuna, Vitória da
Conquista e Feira de
Santana. O evento teve como
objetivo promover no interior
a cultura de estágio de
qualidade, ações interativas
e preparação do jovem para o
mercado de trabalho,
estabelecendo uma
aproximação entre as
instituições de ensino,
estudantes e empresários. Os
eventos contaram com a
presença de mais de dois mil
estudantes e estagiários,
além de instituições
parceiras do IEL. Nos
workshops foram
apresentados cases de
sucesso com a participação
de estagiários, que
apresentaram os
projetos implantados por
eles nas empresas.
conexão Jovem forma novas turmasO Projeto Conexão Jovem
concluiu a formação das
novas turmas dos cursos de
capacitação em Manutenção
de Microcomputadores e
Formação de Liderança, com
a certificação de jovens da
região de Candeias. O projeto
é realizado pela Unidade de
Responsabilidade Social do
SESI, em parceria com a
DOW Brasil.
sEnaI cimatec terá centro independente de design da Intel A Intel anunciou que o SENAI Cimatec terá um dos dois primeiros centros independentes de
design no Brasil. O outro centro será o Instituto de Pesquisas Eldorado, com unidades no
Distrito Federal, São Paulo e Rio Grande do Sul. A criação de um programa para
capacitação dos centros independentes de design faz parte do plano de investimento de R$
300 milhões para pesquisa e desenvolvimento de tecnologias em áreas de interesse
nacional, anunciado no início de 2013. A intenção da iniciativa é inserir o Brasil no mapa
de produção de designs de referência de dispositivos de computação pessoal, já que o
domínio deste mercado é essencialmente dos países asiáticos, que desenvolvem mais de 95
% desses designs. A Intel também pretende auxiliar na evolução dos ecossistemas locais.
Empresários conhecem inovações do fisco Resultado de parceria entre a
Federação das Indústrias do
Estado da Bahia (FIEB) e
outras entidades de classe
com a Secretaria da Fazenda
do Estado, foram realizados
dois seminários, no mês de
setembro, com o objetivo de
atualizar os empresários e
profissionais sobre as novas
medidas nas áreas fiscal e
contábil. O primeiro
seminário foi realizado em
Salvador, no dia 15 de
setembro, e teve como alvo
as empresas industriais que
utilizam a Escrituração
Fiscal Digital (EFD). Foram
apresentadas duas novas
obrigações relacionadas a
essa área: o Registro de
Controle da Produção e
Estoque (RCPE), conhecido
como Bloco "K", que entrará
em vigor em 2016; e a
portaria 196/14, publicada
pela Secretaria da Fazenda
da Bahia (Sefaz-Ba), que
regulamenta as informações
sobre incentivos fiscais na
EFD. No dia 18 de setembro, o
evento ocorreu em Feira de
Santana e reuniu cerca de
300 participantes.
Bahia Indústria 31
Josiene mostra cupcakes com aveia, distribuídos no lançamento do cozinha brasil turminha
mArcELO GAndrA/cOpErphOtO/sIstEmA fIEB
representantes da nigéria, ao lado de gantois e rossi
nigéria e bahia reforçam laços comerciaisRepresentantes da Embaixada da Nigéria no Brasil e do
Centro de Negócios Nigéria-Brasil participaram, no dia 17 de
setembro, na Federação das Indústrias do Estado da Bahia, de
um encontro com dirigentes da casa, empresários e
estudantes. O objetivo foi apresentar as oportunidades de
negócios e investimentos no país africano. A primeira-
secretária da Embaixada da Nigéria no Brasil, Rosemary E.
Oseyi-Okosodo, acompanhada do presidente do Centro de
Negócios Nigéria-Brasil, Olúségum Michael Akinruli,
lembraram que a Nigéria é uma das economias que mais
crescem no continente africano e oferece possibilidades de
investimentos em áreas como infraestrutura, indústrias e
preparação de mão de obra.
mArcELO GAndrA / cOpErphOtO / sIstEmA fIEB
cozinha brasil turminha ensina crianças a se alimentar bemO Programa Cozinha Brasil está oferecendo mais uma ação na Bahia, o Cozinha Brasil
Turminha. A iniciativa visa estimular crianças de 6 a 14 anos a adotar uma alimentação
saudável. Sob a coordenação de Josiene Santana e o apoio da nutricionista Tatiana Fernandes,
os estudantes aprendem a preparar alimentos como o suco da horta (maracujá com abóbora) e
um cupcake de chocolate e aveia. O objetivo é mostrar que a alimentação pode ser mais
nutritiva e ao mesmo tempo ter sabor e aparência que agradam as crianças. Josiene diz que a
proposta é despertar os mais jovens para adotar hábitos saudáveis na alimentação, tudo isso
trabalhando de forma lúdica. O Cozinha Brasil Turminha, que está em busca de parceiros para
levar a iniciativa para as comunidades, vai começar as atividades pelas escolas do SESI de
Salvador e Região Metropolitana.
Vitória da conquista sedia I Fórum EmpresarialRepresentantes de
empresas de diversos
segmentos do sudoeste
baiano participaram do
primeiro encontro do
Fórum Empresarial do
Sudoeste, realizado no
Instituto Baiano de
Educação e Negócios
(IBEN/FGV), em Vitória da
Conquista, no dia 16 de
setembro. O objetivo da
reunião foi estruturar a
criação do fórum para
debater permanentemente
temas relevantes que
impactam nas empresas
da região, especialmente
nas indústrias, e elaborar
propostas que contribuam
para a melhoria da
competitividade. Com
reuniões bimensais, o
Fórum também será um
espaço para a troca de
experiências entre os
empresários da região.
32 Bahia Indústria
Arbitragem como meio de solução alternativa das lides
jurídico
Por leandro Mendonça
A arbitragem é uma modalida-
de extrajudicial de resolução de
conflito através de um árbitro es-
colhido pelas partes envolvidas
numa situação de discordância
de direitos patrimoniais disponí-
veis. Em suma, consiste em um
procedimento no qual as partes
estabelecem as regras de direito
a serem aplicadas, regido pela Lei
9.307/96.
Há que se observar a definição
do que pode ser objeto de arbi-
tragem. A Lei refere-se exclusi-
vamente a “direitos patrimoniais
disponíveis”, que são aqueles que
podem ser objeto de transação,
a exemplo de controvérsias refe-
rentes a pagamentos, obrigações
assumidas, multas, indenizações,
dentre outras.
Entretanto, determinados di-
reitos são sensíveis, a ponto de
poderem ser considerados como
verdadeiras exceções, a exemplo
de pedido de anulação de título de
patente e outras questões revesti-
das de interesse público, tais co-
mo, impostos, questões previden-
ciárias, delitos criminais, dentre
outras.
A arbitragem deve ser instituí-
da por cláusula compromissória,
contida no contrato firmado entre
as partes, ou por documento apar-
tado com referência ao instrumen-
to contratual pactuado, restando
expressa a submissão às regras
de órgão arbitral institucional ou
entidade especializada designada
para tal finalidade.
Como instituto de garantia da
lisura e da segurança do procedi-
mento, está previsto no art. 17 da
lei suso mencionada, que “os árbi-
tros, quando no exercício de suas
funções ou em razão delas, ficam
equiparados aos funcionários pú-
blicos, para os efeitos da legisla-
ção penal”.
Ademais, por força do art. 18 da
mesma Lei, o árbitro deve ser con-
siderado juiz de fato e de direito,
cuja sentença exarada não esta-
rá sujeita a recurso, nem mesmo
dependerá de homologação pelo
Poder Judiciário, possuindo ca-
ráter de título executivo judicial,
conforme preceitua o art. 475-N do
Código de Processo Civil.
Segundo dados divulgados re-
centemente pelo Conselho Nacio-
nal de Justiça, há 95,14 milhões
de processos em trâmite no país.
O judiciário está no limite de sua
produtividade, de modo que não
consegue acompanhar o crescente
número de novos casos, refletindo
no tempo de conclusão de cada
ação, que, dependendo da com-
plexidade, pode durar mais de 10
anos. Diante desse contexto, resta
evidente que uma possível saída
para evitar esse sistema vagaroso
e dispendioso é a adoção de mé-
todo alternativo de resolução de
conflitos pelas empresas.
Conclui-se por dizer que a utili-
zação da arbitragem deve ser esti-
mulada, por representar um meio
de solução mais célere e eficiente
dos litígios, sendo inclusive um
instrumento de resgate do poder
de decisão para as partes, além de
servir como verdadeiro auxiliar do
Poder Judiciário.
grandes geradores de resíduos sólidosFoi publicado no Diário
Oficial do Município (DOM)
do dia 15 de setembro de
2014, o Decreto nº 25.316 que
regulamentou os parágrafos
4º e 6º do art. 160 da Lei
7.186/2006 (Código
Tributário e de Rendas do
Município de Salvador -
CTRMS) determinando,
dentre outros pontos, que os
Grandes Geradores de
Resíduos Sólidos deverão
assumir a responsabilidade
pela coleta, transporte,
tratamento e destinação dos
respectivos resíduos sólidos
e disposição final dos
rejeitos por eles produzidos,
atribuindo-lhes, ainda, a
obrigatoriedade de realizar
seu cadastramento na sede
da Limpurb.
nova regulamentação do simplesA Resolução do Comitê
Gestor do Simples Nacional
(CGSN) nº 115, publicada no
Diário Oficial da União (DOU)
do dia 8 de setembro de 2014,
alterou a Resolução CGSN nº
94/2011, que trata sobre o
Simples Nacional,
regulamentando as novas
disposições trazidas pela Lei
Complementar nº 147/2014,
recentemente publicada, e
que, por sua vez, alterou a
Lei Complementar nº 123, de
15 de dezembro de 2006, a
qual instituiu o Estatuto
Nacional da Microempresa
- ME e da Empresa de
Pequeno Porte - EPP.
Leandro Mendonça integra a equipe da gerência Jurídica fiEB
Bahia Indústria 33
IdEIas
Por arMando Mendoza Yañez
O desafio da competitividade e da
internacionalização de micro, pe-
quenas e médias empresas indus-
triais em um mercado dinâmico
e globalizado requer aprofundar
o debate sobre a competitividade
industrial do estado e do Nordeste.
Competitividade está inter-
conectada à utilização eficaz de
recursos econômicos, materiais e
humanos. Melhorar permanente-
mente a competitividade indus-
trial pode ser o grande desafio
para um crescimento econômico-
-social saudável.
O mercado mundial oferece
oportunidades para empresas de
diversos setores e tamanhos que
são capazes de compreender as
mudanças, tendências de consu-
mo, para oferecer a cada cliente o
que ele demanda especificamente.
O Estado tem um papel central
na competitividade, sendo uma de
suas tarefas fundamentais manter
um ambiente macroeconômico
estável, infraestrutura, simplifica-
ção tributária, distribuição da ri-
queza, programas de apoio social,
educação e saúde.
O papel das empresas é mini-
mizar as possibilidades de insu-
cesso; desenvolver experiências
piloto; identificar oportunidades;
avaliar condições de mercado;
identificar possíveis clientes e lan-
çar mão das ferramentas de ma-
rketing.
Outro ponto é a necessidade
de capacitação continuada. Estar
atualizado em ferramentas de ges-
Competitividade: o debate em torno do Programa de Desenvolvimento Industrial
tão, assumir a qualidade como um
processo contínuo, conhecer es-
tratégias empresariais, identificar
possibilidades de alianças estra-
tégicas para sobreviver e crescer
são alguns dos focos para os em-
presários buscarem se capacitar e
desenvolver habilidades.
Acredito que o Programa de De-
senvolvimento Industrial (PDI) da
FIEB/SEBRAE pode levar a uma
importante reflexão sobre o futuro
da indústria em nosso estado.
Primeiro entendo necessário
um eixo principal em torno do
conceito de competitividade, por-
que ela é o motor das transforma-
ções e dos ajustes necessários para
manter e incrementar vantagens
sustentáveis para concorrer em
mercados dinâmicos e globaliza-
dos, mesmo atuando localmente.
A segunda questão é situar ine-
quivocamente o espaço geográfico
do problema. As mudanças tec-
nológicas, econômicas, políticas
transformaram de tal maneira o
emaranhado industrial que a loca-
lização e o nível de especialização
das empresas vêm determinado
cada vez mais por variáveis regio-
nais. O futuro da indústria baiana
poderá estar atrelada ao Nordeste.
A terceira consideração é que
não podemos esquecer o encur-
tamento dos ciclos de vida de
produtos, induzido pelo desenvol-
vimento e explosão tecnológica
que está motivando cada vez mais
a especialização em tecnologias
e a diversificação de produtos,
evitando nosso foco excessivo na
perspectiva de liderança de custos
armando
Mendoza Yañez é
Consultor FIEB/
Sebrae
competitividade está interconectada à utilização eficaz de recursos econômicos, materiais e humanos. melhorar a competitividade industrial pode ser o grande desafio para um crescimento saudável
“incompatível com nossas escalas
industriais.
Intensificar investimentos em
ativos intangíveis, em implemen-
tação de sistemas de informação e
gestão e dinamizar os modelos de
qualidade devem estar no centro
das soluções e projetos de desen-
volvimento industrial.
É importante, também, ter
presente que o protagonismo da
competitividade deve recair prin-
cipalmente sobre empresários e
trabalhadores.
Por último, devemos entender
que o objeto do debate não pode
reduzir-se à problemática de nos-
so futuro industrial a partir exclu-
sivamente de questões tecnológi-
cas, jurídicas e de mercado, que
são questões importantes. Mas
devemos refletir também sobre
problema de ordem cultural, coo-
peração, liderança, comprometi-
mento, por trás das quais muitas
vezes se escondem deficiências
que podem estar na raiz de todos
nossos problemas e dos desafios
de desenvolvimento para nossa
indústria, particularmente de mi-
cro e pequena indústria. [bi]
livros
leitura&entretenimento
cabeças inovadoras Walter Isaacson traz em seu novo livro a
história das cabeças inovadoras que
criaram o computador e a internet. Saltos
criativos, obstáculos, empreendedorismo
e ideias visionárias, tudo é debatido com
cuidado. Tim Berners-Lee, o criador da
web, e Larry Page e Sergey Brinn, os
fundadores do Google, fazem parte dos
personagens estudados pelo autor. Bill
Gates e Steve Jobs são retratados, por
exemplo, a partir da guerra travada pelos
dois durante anos.
globalização em pauta Em nove artigos, escritos por nomes como
Edgard Morin, Peter Sloterdijk e Michel
Rocard, que integram o Collegium
International, o livro traz um apelo sobre a
necessidade de que o mundo tome outros
rumos e que a globalização deve se guiar
por práticas, valores e ideias que não a
desumanizem, nem a façam instrumento
de mais desigualdade. O documento diz
que, diante da crise financeira,
institucional, moral e ecológica, é preciso
reafirmar os laços entre os países.
os Inovadores - uma biografia da revolução digitalWalter Isaacson Livraria Cultura, 415 p., 2014r$ 57
o mundo não tem mais tempo a perderVários autores - Le Collegium InternationalCivilização Brasileira,144 p., 2014r$ 25,90
Franz Post brasileiroO mineiro Pedro Guedes apresenta em Salvador a exposição
Múltiplos Olhares, inspirada na obra do artista holandês
Franz Post, que em visita ao Brasil Colonial, no século 17,
numa expedição com a comitiva de Mauricio de Nassau,
retratou em suas telas o Nordeste brasileiro. Guedes faz uma
releitura das paisagens de Post em 20 telas, produzindo, a
partir de interferências surrealistas ou do hiperrealismo, uma
nova interpretação para os desenhos clássicos do autor
holandês. As obras são apresentadas em técnicas como óleo
sobre linho sobre madeira originária dos pintores flamengos
do século 15, misturando hiperrealismo com detalhes da
técnica francesa trompe l'oeil, que proporciona truques de
perspectiva nas telas.
sAL mArInhO/dIVULGAçãO
Leminski revividoUma imersão multimediática nas mais diversas facetas de
Paulo Leminski é o que propõe a exposição Múltiplo
Leminski, em cartaz na Caixa Cultural, em Salvador. O poeta,
músico, compositor, romancista, tradutor e ensaísta, judoca e
publicitário se revelam em fragmentos do acervo do artista,
espalhados pelos dois andares do prédio dedicado à mostra
em que a interatividade é uma das marcas. Cerca de mil
objetos, entre fotos, livros, pinturas, poesias, vídeos e filmes
compõem um mosaico de possibilidades da personalidade do
artista que, ao lado dos Novos Baianos, construiu uma página
especial da música brasileira dos anos 1980.
Não perca Caixa Cultural, ter a dom, 9 às 18h. Até 7.12. Rua Carlos Gomes, nº 20 – Centro. Gratuito. Informações: (71) 3421-4200
Não perca Centro Cultural Correios, seg a sex, 10h às 18h. Até 02.11. Largo do Cruzeiro de São Francisco, nº 20. Gratuito. Informações: (71) 3321-6665
exposição
34 Bahia Indústria
rOBErtO ABrEU/cOpErphOtO/sIstEmA fIEB
Bahia Indústria 35
F AZER SUA EMPRESA
CRESCER FICOU MAIS FÁCIL.
Agora, toda quinta-feira, consultores da Caixa
e do SEBRAE estarão a sua disposição para
orientar sobre a melhor forma de ampliar
o acesso ao crédito, a capacidade produtiva e a
competitividade da micro ou pequena empresa.
O atendimento é especializado e individual.
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