ANAIS I ENCONTRO DE GEOGRAFIA DA EDUCAO A
DISTNCIA DA UFPI
Ensino, Pesquisa e Extenso: Desafios da Geografia no Piau
Dias 28 E 29 de novembro de 2015 - CCHL/UFPI Coordenao do Curso de Geografia CEAD/UFPI
TERESINA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAU
2015
Expediente
Periodicidade do Evento: Anual
Promoo: Universidade Federal do Piau - UFPI Universidade Aberta do Piau - UAPI
Centro de Educao Aberta e a Distncia Reitor: Prof. Dr. Jos Arimatia Dantas Lopes
Comisso Organizadora: Comisso Geral
Prof. Dr. Raimundo Wilson Pereira dos Santos (Coordenador do Curso)
Prof. Me. Cicero Rodrigues de Sousa (Coordenador de Tutoria)
Tailson Francisco Soares da Silva Roneide dos Santos Sousa
Patrocnio e Logstica Claudene Chaves de Oliveira
Joo Correia da Silva Geovane da Silva Abreu Elisgela de Sousa Alves
Vilobaldo Adelidio de Carvalho Daniela Mara Leal Ferreira de Carvalho
Maria Bernadete de Carvalho Bezerra Comisso Cientfica
Geovane Alves Rodrigues Borges Aline de Arajo Lima
Sidineyde Soares de Lima Costa Antenor Fortes de Bustamante
Comisso de Comunicao Maria Deusiane Cardoso Silva
Tyago Santos de Carvalho Joelson do Espirito Santo da Silva
Ana Celia Sousa Resende Apoio
Maria Francisca de Abreu Rocha Nathalya Maria de Sousa Soares
Eurpedes Siqueira Neto Tiago de Sousa Silva Marinho
Plos de Atuao Geografia UAB-UFPI: BURITI DOS LOPES CASTELO DO PIAU - CAMPO MAIOR
ESPERANTINA PIRACURUCA LUZILNDIA URUU - BOM JESUS OEIRAS PICOS - SO JOO DO PIAU - LUS CORREIA -
TERESINA - CANTO DO BURITI - GILBUS
Apresentao O Curso de Licenciatura em Geografia, do Centro de Cincias
Humanas e Letras da Universidade Federal do Piau, na modalidade
distncia, constitui-se de uma base alicerada em temas que possibilitam e
interrelacionam-se com o fenmeno educativo, compreendendo assim, o espao
como uma ferramenta de comunicao e de participao social, promovendo o
desenvolvimento de cidados crticos e reflexivos. Espera-se, dessa forma, poder
trabalhar questes educacionais de acordo com a realidade do Estado do Piau,
a fim de oferecer meios para qualificar o futuro professor de geografia com
novas formas de intervenes no ambiente escolar, bem como na utilizao de
ferramentas metodolgicas inovadoras.
O Curso de Licenciatura em Geografia oferecido pela Universidade
Federal do Piau desde 1971, ano da implantao desta instituio de ensino
superior. Contudo, apesar de ter mais de quarenta anos de existncia, a oferta
desse curso, ocorre apenas em Teresina (capital). Diante disso, tem-se a
necessidade de expandir a oportunidade para outros municpios e,
consequentemente, espera-se formar profissionais com condies de
desempenharem o papel de professor e educador com relevante competncia.
Deste modo, a Primeira edio do Encontro de Geografia da Educao
a Distncia da UFPI, que tem como tema central: Ensino, Pesquisa e Extenso:
Desafios da Geografia no Piau discutir abordagens tericas e metodolgicas
empreendidas nos diferentes ramos/segmentos do Ensino de Geografia, bem
como vislumbrar, a partir de conferncias e apresentaes de trabalhos, o
fomento da pesquisa cientifica.
Comisso Organizadora!
Sumrio
1- GEOLOGIA APLICADA GEOGRAFIA: ELABORAO DE MATERIAL DIDTICO
Andra Lourdes Monteiro Scabello
Francisco Otvio de Mascarenhas Menezes
Mara Machado Cunha
2- ABORDAGEM DO SETOR MINERAL DO ESTADO DO PIAUI, O CASO DOS MUNICPIOS: SO JULIO, FRONTEIRAS E PIO IX
Joaquim Gonalves Neto
Glcia Lopes Arajo
3- O USO DE MTODOS LDICOS NO ENSINO DE GEOGRAFIA NAS DISCUSSES SOBRE
RESDUOS SOLIDOS
Bartira Arajo da Silva Viana
Sergio Carlos dos Santos Viana
4- COMPLEXO ELICO PARQUE DO ARARIPE: O PIAU EM DESTAQUE NA PRODUO DE ENERGIA PROVENIENTE DOS VENTOS
Mnica Sebastiana Brito de S
Lyella Arajo Buenos Aires Alencar
5- ASSOREAMENTO: CAUSAS E CONSEQUNCIAS DESSE IMPACTO AMBIENTAL NO RIO PARNAIBA LUZILNDIA- PI
Edson Ferreira Lima
Antonio Carlos Almeida Dias
Francisca das chagas Ferreira
Cristiano Gleison Almeida Marques
6- A INSERO TECNLGICA NA EDUCAO: CONCEPES E POSTURAS DE DOCENTES DO ENSINO FUNDAMENTAL EM PARNABA (PI)
zio Jos Silva de Souza.
Fernanda Arajo Roque Siqueira.
Luciana Ferreira Costa
Maria Bernadete de Carvalho Bezerra
7- O USO DAS NOVAS TECNOLOGIAS NO ENSINO DE GEOGRAFIA NAS SRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL EM PARNABA (PI)
Fernanda Arajo Roque Siqueira
Ezio Jos Silva Souza;
Luciana Ferreira da Costa.
Maria Bernadete de Carvalho Bezerra
8- PERFIL MIGRATRIO E SOCIECONMICO DOS ALUNOS DO CURSO LICENCIATURA EM GEOGRAFIA DISTNCIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAU-UFPI
Ana Caroline Chaves
Tatiele Evangelista Martins
Antnia Rosa de Oliveira Pereira.
Lusineide Maria de Sousa.
9- AVALIAO E PROPOSTA DE UTILIZAO DA CIDADE DE PEDRAS, COMO LOCAL POTENCIADOR DE ATIVIDADES LIGADAS A EDUCAO AMBIENTAL E AO GEOTURISMO
Jos Francisco de Arajo Silva
10 - A RENDA DO BILRO DE ILHA GRANDE/PI UMA FORMA CULTURAL DA COMUNIDADE.
Juliete Parente Arajo
11- NOVAS TECNOLOGIAS INOVANDO AS PRTICAS DOCENTES, GERANDO UMA NOVA EDUCAO
Luciana Ferreira da Costa
Fernanda Arajo Roque Siqueira
Ezio Jos Silva Souza
12- A SITUAO DO ENSINO DE GEOGRAFIA NO CONTEXTO DA EDUCAO BSICA: UM ESTUDO SOBRE AS CONCEPES DE NETO & BARBOSA.
Wallisson da Silva Nascimento
13- O ENSINO DE GEOGRAFIA PARA O DEFICIENTE AUDITIVO: O CASO DA UNIDADE ESCOLAR CORONEL FRANCISCO SANTOS, PICOS/PIAU
Paulo Henrique Luz Rocha
Tyago Santos de Carvalho
14- ABORDAGEM TERICA E PRTICA DO ENSINO DE GEOGRAFIA
Joaquim Gonalves Neto
Eva Graa Maria de Brito
Tyago Santos de Carvalho
15- PERCEPO DOS ALUNOS DO 1 ANO DO ENSINO MDIO DA UNIDADE ESCOLAR GABRIEL FERREIRA SOBRE A ATIVIDADE TURSTICA NO PIAU E EM TERESINA
Nbia Arajo Sena
Irene Bezerra Batista
16- MIGRAO NO NORDESTE: FATORES E CONSEQUNCIAS DA MIGRAO DE PESSOAS DA COMUNIDADE SERRA NOVA I MUNICPIO DE CAMPO GRANDE DO PIAU PI
Afonso Gilberto Galvo
Jos Francisco de Arajo Silva
17- MAPAS CONCEITUAIS: CONSOLIDANDO CONCEITOS NO ENSINO DE GEOGRAFIA
Aline Camilo Barbosa
Mnica Saraiva de Sousa
Lus Fabiano de Aguiar Silva
18- POLITCAS PBLICAS DE REFORMA AGRRIA NOS ASSENTAMENTOS RURAIS DO MUNICPIO DE TERESINA/PI
Antnia da Cruz Rosa Arajo
Prof. Dr. Raimundo Wilson Pereira dos Santos
19- POLTICAS DE REFORMA AGRRIA DO/NO BRASIL 2010 A 2014
Andra Gino de Sousa
Prof. Dr. Raimundo Wilson Pereira dos Santos
20- UM OLHAR REFLEXIVO SOBRE O CLIMA URBANO NA PERSPECTIVA DA CLIMATOLOGIA GEOGRFICA
Aureliano Francisco de Oliveira Neto
Diego Silva de Oliveira
Francisco Pereira da Silva Filho
Luiz Alves de Souza Jnior
21- ENSINO DE GEOGRAFIA E MEIO AMBIENTE: CONSIDERAES E PROCEDIMENTOS ACERCA DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL.
Rafael Jos Marques
Katrine Katiusse de Andrade
22- GEOTURISMO E GEOCONSERVAO NA APA DO DELTA DO PARNABA: CONCEITOS, REFLEXO E PESPECTIVAS
Diego Silva de Oliveira
Edvania Gomes de Assis Silva
Francisco Pereira da Silva Filho
Aureliano Francisco de Oliveira Neto
23 - O USO DE RECURSOS DIDTICOS NO ENSINO DE CLIMATOLOGIA DO ENSINO
FUNDAMENTAL - UM ESTUDO DE CASO NAS ESCOLAS ESTADUAIS DA GRANDE
TERESINA
Tyago Santos de Carvalho
24 EXPERINCIA EXITOSA DE FORMAO PARA PROFESSORES A DISTNCIA EM
EDUCAO AMBIENTAL E ESCOLAS SUSTENTVEIS COM VIDAS NO PLO DE CASTELO
DO PIAU PI
Andra Gino de Sousa
Maria Majaci Moura da Silva
I ENCONTRO DE GEOGRAFIA DA EDUCAO A DISTNCIA DA UFPI
Ensino, Pesquisa e Extenso: Desafios da Geografia no Piau
GEOLOGIA APLICADA GEOGRAFIA: ELABORAO DE MATERIAL
DIDTICO
Andra Lourdes Monteiro Scabello Francisco Otvio de Mascarenhas Menezes
Mara Machado Cunha Universidade Federal do Piau UFPI/DGH/PPGGEO
[email protected] [email protected]
RESUMO: Na Universidade Federal do Piau o Programa Monitoria regulado pela Resoluo n 076/15 do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extenso CEPEX. A monitoria caracteriza-se por ser uma atividade de ensino e
aprendizagem com vista a fortalecer a formao dos discentes. Os Departamentos e Coordenaes de Cursos,
responsveis pela elaborao do Projeto de Monitoria estabelece, em consulta ao colegiado/assembleia, quais as
disciplinas e docentes interessados em participar. No segundo semestre de 2014, a Geologia Aplicada Geografia foi
contemplada com um monitor remunerado que realizou, entre outras atividades, o estgio de observao e a
elaborao de atividades pedaggicas. Esta ltima contou, tambm, com a participao de um monitor voluntrio. A
atividade em tela trata da teoria das placas tectnicas e o vulcanismo, com a elaborao de uma maquete de um
vulco com vista a subsidiar as aulas do Ensino Fundamental II. A preparao da atividade foi previamente discutida
com o professor-orientador luz do planejamento de ensino. A maquete foi construda em sala de aula com a
participao dos discentes matriculados na disciplina. A atividade em questo permitiu associar teoria prtica
educativa, propiciando maior interao entre os discentes e os monitores. Alm disso, propiciou o estmulo a
criatividade e o interesse na construo de materiais pedaggicos. Palavras-chave: Geologia Aplicada Geografia, Monitoria, Teoria da Tectnica de Placas, Vulcanismo, Maquete.
1. Introduo
O Programa de Monitoria da Universidade Federal do Piau UFPI regulado pela Resoluo n
076/15 do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extenso CEPEX. Trata-se de uma atividade de ensino e
aprendizagem na qual o discente tem a possiblidade de desenvolver aes que contribuam para despertar o
interesse pela carreira docente (artigo 1).
Os Departamentos e Coordenaes de Curso participam do Programa de Monitoria elaborando um
projeto que contemplem a disciplinas e professores interessados (artigo 5). O Projeto de Monitoria deve
obedecer alguns critrios: [...] I estar articulado com o Projeto Pedaggico do Curso; II Ter atividades
bem definidas e voltadas para o apoio pedaggico e ao desenvolvimento dos componentes curriculares
vinculados ao projeto de monitoria; III apresentar os objetivos a serem alcanados e as estratgias a
serem utilizadas [...] (artigo 6).
Entre as finalidades do Programa de Monitoria (artigo 2) pode-se assinalar:
I contribuir para a melhoria do desempenho acadmico nos cursos de graduao;
II criar as condies para que os alunos possam contribuir com o desenvolvimento de
atividades didticas, agindo como colaboradores da produo acadmica;
III incentivar a carreira docente;
IV promover a cooperao acadmica entre discentes e docentes.
O Projeto de Monitoria da disciplina de Geologia Aplicada visou desenvolver atividades educativas
que articulassem a teoria prtica educativa. Entre os objetivos ressaltam-se: I - proporcionar a
oportunidade de aprofundar o conhecimento de alguns conceitos bsicos da geologia; II - criar condies
para que o monitor alunos pudesse desenvolver pensamento e comportamento cientficos independentes,
agindo como colaboradores na produo acadmica; III - promover a cooperao acadmica entre discentes
e docente.
Ao longo do semestre o plano de trabalho do monitor permitiu que ele colaborasse com as
atividades programadas desenvolvendo pesquisa e aes pedaggicas de acordo com o contedo
ministrado, entre elas destacam-se: o auxlio na preparao das aulas; a orientao dos alunos nas aulas
prticas; a realizao de grupo de estudo com os discentes e o desenvolvimento de atividades pedaggicas
de elaborao de material didtico.
Este trabalho tem por foco a elaborao de material pedaggico envolvendo a discusso sobre a
Teoria das Placas Tectnicas e vulcanismo com a elaborao de uma maquete de vulco.
2. Pressupostos Tericos
Durante a dcada de 1960 evidncias da expanso do assoalho ocenico contriburam para a
formulao da Teoria das Placas Tectnicas. Esta teoria afirma que a Litosfera ou Crosta Terrestre
constituda pela crosta continental (predominantemente formada por rochas granticas) e pela crosta
ocenica (que contm as rochas baslticas). A litosfera compartimentada em Placas Tectnicas limitadas
por falhas e fraturas (TASSINARI, 2000).
Segundo o citado autor, os limites entre as placas podem ser de trs tipos:
a) Limites divergentes: marcados pelas dorsais meso-ocencias, onde as placas tectnicas afastam-se uma das outras, com a formao de nova crosta;
b) Limites convergentes: onde as placas tectnicas colidem, com a mais densa mergulhando sob a outra, gerando uma zona de magmatismo a partir de processo de
fuso parcial da crosta que mergulhou. Nesses limites ocorrem fossas e provncias
vulcnicas, a exemplo da Placa Pacfica;
c) Limites Conservativos: onde as placas tectnicas deslizam lateralmente uma em relao outra, sem destruio ou gerao de crostas, ao longo das fraturas
denominadas de Falhas Transformantes [...]
...................................................................................................................
em torno destes limites de placas que se concentra a mais intensa atividade geolgica do planeta como sismos, vulcanismo e orognese [...] (TASSINARI, 2000,
p.103).
Os processos de vulcanismo podem estar associados a estruturas denominadas vulces definido
como [...] uma elevao ou uma montanha construda pela acumulao de lavas e de outros materiais
eruptivos. (GROTZINGER et al, 2006, p. 144).
Adotou-se o conceito de geossistema vulcnico, de acordo com os autores citados ressaltando a sua
importncia para a Terra, pois [...] o vulcanismo um processo tectnico fundamental para a formao da
crosta terrestre; as erupes vulcnicas constituem enormes riscos naturais para as sociedades humanas; as
lavas dos vulces fornecem amostras a partir das quais podem ser feitas inferncias sobre [...] o interior da
Terra (GROTZINGER et al, 2006, p. 144)
3 Metodologia do Trabalho
A observao das aulas possibilitou uma reflexo acerca da metodologia de ensino e permitiu
verificar quais os interesses e dificuldades dos discentes com relao aos temas abordados. Aps as aulas
tericas e a apresentao de mini aulas, ministradas pelos discentes versando sobre as temticas inclusas
expressas no plano de ensino, os monitores refletiram sobre a possibilidade de elaborao de atividade
pedaggica que pudesse exemplificar os processos geolgicos estudados. Aps pesquisa bibliogrfica e
discusso com o professor orientador escolheu-se a elaborao de uma maquete que pudesse simular uma
erupo vulcnica. A atividade pedaggica desenvolvida nos moldes de oficina permitiu a construo
coletiva do modelo possibilitando a integrao entre discentes e monitores
4. Resultados e Discusso
Entre os resultados pode-se mencionar o maior interesse e vnculo dos discentes com o processo da
aula. A produo do material didtico permitiu trabalhar com determinadas habilidades relacionadas com o
saber fazer (Figura 1).
Figura 1- Oficina Pedaggica Confeco de Maquete
Fonte: Scabello (2014)
A atividade pedaggica constituiu-se numa ao ldica e permitiu que os discentes reconhecessem a
importncia de associar a teoria pratica e de refletir sobre a elaborao de material didtico, minimizando
o uso do livro didtico em sala de aula.
5. Concluses
Esta atividade contribuiu para que os discentes percebessem a importncia da geologia para a
compreenso de conceitos relativos Geografia Fsica. Permitiu ainda a articulao entre o conhecer e o
saber fazer.
Referncias
GROTZINGER et al. Para entender a Terra.4 ed. Bookman, 2006.
TEIXEIRA, W. et al. (org.). Decifrando a Terra. So Paulo: Companhia Editora Nacional, 2009.
I ENCONTRO DE GEOGRAFIA DA EDUCAO A DISTNCIA DA UFPI
Ensino, Pesquisa e Extenso: Desafios da Geografia no Piau
ABORDAGEM DO SETOR MINERAL DO ESTADO DO PIAUI, O CASO DOS
MUNICPIOS: SO JULIO, FRONTEIRAS E PIO IX
Joaquim Gonalves Neto
Universidade Federal do Piau- UFPI
Orientadora: Glcia Lopes Arajo
RESUMO: O presente trabalho consiste em abordar um quadro diagnstico do setor mineral piauiense, com nfase
em algumas ocorrncias minerais e a geomorfologia do Estado, estimulando a disposio de investigar o potencial
mineral que o Estado do Piau possui em seu territrio e em particular explorar o campo mineralgico dos
municpios de So Julio, Fronteiras e Pio IX. Este trabalho baseado em pesquisas bibliogrficas e estudo de
campo. Apontando o Piau como uma nova fronteira do minrio, principalmente pela diversidade da riqueza mineral,
uma vez que no h apenas um minrio especfico em destaque, mas vrios tipos como ferro, fsforo, nquel,
mrmore, calcrio, argila, opala e outros. E tendo como base estes pressupostos da diversidade mineralgica, busca-
se desencadear vrios conhecimentos sobre esse setor, considerados importantes para o desenvolvimento econmico
do Piau. E que apesar de todo investimento que o governo j fez nessa rea, notrio que ainda precisamos avanar
muito em pesquisas cientficas e tecnolgicas com o propsito de ampliar e garantir melhores aproveitamentos dos
nossos recursos minerais. Assim, com esta pesquisa espera-se contribui de forma positiva na construo de
conhecimentos mais slidos, dando nfase para o desenvolvimento tecnolgico, pois a explorao dos minrios ainda
utiliza-se mtodos rsticos, principalmente na pequena minerao, uma vez que no dispe de recursos e de
conhecimentos para a introduo de tcnicas adequadas e tecnologias inovadoras.
Palavras chave: Geomorfologia, Potencial Mineralgico, Piau e Tecnologia.
1. Introduo
Considerando as reas mineralgicas presente no Estado do Piau, este trabalho tem como
finalidade abordar algumas caractersticas peculiares sobre os aspectos geomorfolgicos e dos recursos
minerais, especificamente nos municpios de So Julio, Fronteiras e Pio IX, e de forma sucinta apresentar
algumas jazidas de minrios que se distribuem por todo o Estado, colocando-o como um dos mais
destacados no setor mineral, principalmente no Nordeste.
Desta forma o presente trabalho, volta-se para um levantamento de dados, a respeito de vrias
ocorrncias de minerais e sobre os processos geolgicos piauienses. Assim foi elaborado este projeto com o
enfoque voltado para o aproveitamento dos recursos minerais no territrio piauiense, destacando suas
potencialidades presentes nas provncias geolgicas, alm de destacar diversas jazidas minerais.
Nesta perspectiva o trabalho se organizar como sequncia dos seguintes tpicos: A geomorfologia
do estado do Piau, aspectos gerais da geologia do Estado do Piau e suas potencialidades minerais e
principais ocorrncias de minerais nos municpios: So Julio, Pio IX e Fronteiras, metodologia do
trabalho, consideraes finais e referncias bibliogrficas.
mailto:[email protected]
2. Metodologia do trabalho
Para realizao deste trabalho foram utilizadas pesquisas bibliogrficas relativas ao setor mineral do
Piau e com nfase nos respectivos municpios, So Julio, Fronteiras e Pio IX baseado no material
Diagnostico e Diretrizes para o Setor Mineral do Piau. Alm de pesquisa de campo para registro atravs de
fotos sobre as minas nos respectivos municpios especficos citados no trabalho, sendo fundamental na
realizao do estudo.
3. Resultados e discusso
3.1. A geomorfologia do estado do Piau.
De acordo com o material Diagnstico e Diretrizes para o Setor Mineral do Estado do Piau (2004).
A estrutura geolgica do Piau deriva da influencia dos fatores litoestruturais dos processos
morfodinmicos e variaes climticas responsveis pela dinmica pretrita e atual do seu modelado. As
caractersticas geomorfolgicas se esboam em bases geolgicos assentadas no embasamento Cristalino
Pr-cambrianos sedimentos Paleozoicos da Bacia sedimentar do Maranho Piau, sedimentos tercirios da
Formao de barreiras e Sedimentos costeiros Quartenrios.
O padro do relevo piauiense de fundamental importncia para a compreenso das paisagens
configuradas e para a definio de polticas de planejamento e gesto do territrio. A caracterizao das
principais unidades geomorfolgicas do Estado apresentada por Lima (1987) compreende uma
compartimentao regional classificadas em seis tipos: Depresses Perifricas, Chapades do Alto Mdio
Parnaba, Planalto Oriental da Bacia Maranho- Piau, Baixo Planalto do Mdio Baixo Parnaba,
tabuleiros pr- litorneos e Plancie costeira.
3.2. Aspectos Gerais da Geologia do estado do Piau e de suas potencialidades minerais.
De acordo com o gelogo Nunes (1966) de maneira geral o estado do Piau constitudo por duas
provncias geolgicas bem distintas. A primeira, abrangendo pouco menos de 20% do territrio piauiense,
representada por um complexo de rochas gneas e metamrficas, de baixo a alto grau de metamorfismo,
cujas idades vo Pr- Cambriano Indiviso ao Eo Paleozoico.
Diversos so os tipos de rocha que ali se apresentam, especialmente formados por rochas cristalinas
como granitos, granito-gnaisse, magmticos, xistos, quartzitos, mrmores e calcrio, filitos e ardsias,
sutes intrusivas de rochas ultrabsicos, bsicas, intermedirias e acidas. Algumas jazidas minerais
relacionadas a essa primeira provncia geolgica destaca-se conforme mostra a tabela: o mineral e o
municpio de ocorrncia:
MINERAIS (JAZIDAS) MUNICPIO DE OCORRNCIAS
I. Mrmore Pio IX
II. Calcrios Fronteiras e Pio IX, que fornecem a matria prima
para fabricao de cimento.
III. Os calcrios So Julio para a fabricao de cal.
IV. As argilas refratrias Jaics.
V. As Gipsitas Simes e Betnia do Piau
VI. A vermiculita Queimada nova
VII. A Jazida de fosfato Caracol
VIII. De Talco Dirceu Arco verde
IX. Nquel Capito Gervsio Oliveira
X. O calcrio cristalino So Raimundo Nonato, coronel Jos Dias, So
Loureno, Don Inocncio, caracol e Curimat.
XI. Ajazida de Magans So Raimundo Nonato e em outros municpios.
Fonte: Diagnostico e Diretrizes do Setor Mineral do Estado do Piau, 2004.
A segunda provncia representada, em quase sua totalidade pela grande Bacia sedimentar do Piau
Maranho. Tambm conhecida como Meio Norte ou do Parnaba. E tambm pela pequena parte da
borda Ocidental da Chapada do Araripe e Faixa marginal atlntica de rochas Tercio Quartanrios. A
Bacia sedimentar do Parnaba constituda por formaes geolgicas cujas idades vo do Paleozoico
inferior (siluriano) ao Mesozoico (cretceo). Formando o conjunto de um pacote de sedimentos com
aproximadamente trs mil metros de espessura. A coluna estratigrfica formada, predominante, por
sedimentos clsticos com alternncia espessos estratos de clsticos finos e grosseiros. So comuns os
espessos leitos de arenitos e conglomerados, os quais normalmente guardam para arenitos finos, siltitos e
folhelhos. Algumas camadas de calcrio esto presentes e representam uma sedimentao qumica.
Tambm esto presentes, na ordem estratigrfica, alguns leitos de material arenoso originados por
sedimento elico.
Vale ressaltar que na segunda provncia so encontradas as expressivas reservas de gua mineral,
gua potvel e de gua subterrnea para os mais diversos fins. E conforme as estruturas geolgicas
presentes no Piau, o estado possui potencialidades diversificadas em que se incluem substancias minerais
metlicos e no metlicas ferrosas e no ferrosas. Alm de minrios gemolgicos de valor industrial, alm
do grande potencial de gua subterrnea que pode e deve ser utilizada de modo racional, sustentvel como
desenvolvimento econmico e social do estado.
3.3. Principais ocorrncias de minerais nos municpios: So Julio, Fronteiras e Pio IX.
Os municpios de Pio IX, Fronteiras e So Julio esto localizados na poro leste do estado, tendo
como estrutura geolgica o embasamento cristalino bem prximo da bacia sedimentar do Araripe. No qual
poderamos denominar como Tringulo Calctico, devido s reservas de calcrio existente nos trs
municpios. E as principais ocorrncias de minerais em destaque encontrados so:
Mrmore: Grandes jazidas de mrmore esto localizadas no municpio de Pio IX na parte leste do
estado, mais precisamente s a jazida de Quixaba. Conforme dados do Ministrio de Minas e Energia-
MME (2003) apresenta uma reserva mdia de quase 40 milhes de metros cbicos. Os estudos iniciais
foram realizados pela COMDEPI (Companhia de Desenvolvimento do Piau) concluram a existncia
de reservas de mrmore de excelente qualidade. Hoje os direitos detentores para explorao da mina
da empresa Granistone Ltda. De acordo com as sondagens realizadas pela Granistone Ltda. O mrmore
na mina de Quixaba (mina do municpio de Pio IX) constata-se: mrmore calctico de granulao fina,
mrmore calctico de granulao mdia e mrmore calctico de granulao grossa; quanto a variaes
de colorao: branco, branco acinzentado, nix, cinza claro, cinza escuro, cinza mdio, cinza claro e
mdio, cinza mdia a escuro, cinza e negro e cinza acastanhado.
Foto: no interior da mina Quixaba Pio IX, mrmore branco j recortado pela indstria, 2015.
Calcrio calctico: empregado na fabricao de cimento. Existe em abundancia em fronteiras e Pio IX.
Segundo o Ministrio de Minas e Energia-MME (2003) constituindo uma reserva na ordem de mais de
50 milhes de metros cbico, em fronteiras, est sendo explorado pelo grupo Joo Santos Empresa
(ITAPISSUMA) instalado no municpio em 2001.
Os calcrios: em So Julio explorado para a fabricao de cal, com base na pesquisa de
campo no existe uma empresa para a explorao do minrio, a explorao feita de forma artesanal,
manual. No momento a mina no est funcionando porque est impedido pelo ministrio pblico
devido s condies de trabalho referentes s questes de segurana.
Foto:rocha calcrio na mina de So Julio, 2015.
Desta forma destacamos como feito o processo produtivo: I etapa, extrao manual da rocha e com
uso de explosivos para a retirada da rocha calcaria. II etapa vem preparao manual do forno para a
demolio da rocha, III etapa, arrumao das caeiras. IV etapa, a queima (calcinao) onde as rochas so
queimadas por 3 dias e 2 noites consecutivas. V etapa a retirada das rochas aps a queima (calcinao). VI
etapa aguao popularmente conhecido com (aguamento), VII etapa, peneiramento da cal. Alm de outros
fatores como a lenha utilizadas na queima das rochas e os transportes de caminhes para a comercializao
da cal produzida.
4. Consideraes finais
A pesquisa realizada sobre o setor mineralgico piauiense possibilitou de maneira positiva na
construo de conhecimentos voltados para o aspecto geolgico e mineralgico, abrindo um enorme leque
de informaes a respeito do potencial de minrios que o Piau possui, alm de abordar as principais reas
de ocorrncias dos minerais e especificamente conhecer as provncias geolgicas. Chamando-nos a ateno
para diversidade da riqueza mineral que detemo-nos, que apesar de todo investimento do governo no setor
de pesquisas voltadas a setor mineral, esse potencial pode ainda ser muito mais explorado e aproveitado
pela a sociedade Piauiense futuramente.
5. Referncias bibliogrficas
DIAGNSTICO e diretrizes para o setor mineral do Piau. Governo do Estado do Piau. 2004.
LIMA, Iracilda Maria Moura Fe. Relevo piauiense uma proposta de classificao. Carta Cepro, Teresina.
12, n, 2p. 1-151.agosto/dez. 1987.
NUNES. Ossian Otavio, Geologia in: Caracterizao do Quadro Natural do Piau, Fundao Cepro,
Teresina, PI. 1966.
MINISTRIO DE MINAS E ENERGIA MME. 2003.
I ENCONTRO DE GEOGRAFIA DA EDUCAO A DISTNCIA DA UFPI Ensino, Pesquisa e Extenso: Desafios da Geografia no Piau
O USO DE MTODOS LDICOS NO ENSINO DE GEOGRAFIA NAS DISCUSSES SOBRE
RESDUOS SOLIDOS
Bartira Arajo da Silva Viana
Sergio Carlos dos Santos Viana
1Universidade Federal do Piau UFPI/CCGO
2 Universidade Norte do Paran (UNOPAR)
RESUMO: Devido a necessidade da promoo de um ambiente sustentvel faz-se necessrio o
envolvimento da sociedade e da escola. Dessa forma, o objetivo deste trabalho mostrar algumas
orientaes terico-metodolgicas referentes ao ensino de Geografia com uso de mtodos ldicos, visando
contribuir para discusso sobre os problemas gerados pelos resduos slidos na natureza com vistas
sustentabilidade ambiental. A Geografia uma das poucas cincias que possui essa flexibilidade. Com o
intuito de demonstrar essa possibilidade, o presente artigo utilizou, como metodologia, pesquisas
bibliogrficas, visando subsidiar uma arguio e reflexo analtica dos resduos slidos e do ensino
geogrfico. Percebe-se que a insero da temtica ambiental no ensino de Geografia atravs de aulas
prticas com uso de mtodos ldicos para discusso de resduos slidos atravs de uma parceria dos
professores juntamente com os alunos contribui para desenvolver uma conscincia ambiental nos discentes,
para que eles compreendam os processos naturais e socioeconmicos que afetam o meio ambiente e
assumam posies responsveis para solucionar estes problemas.
Palavras-chave: Ensino de Geografia, Resduos Slidos, Mtodos Ldicos.
1 Introduo
Sabe-se que os impactos negativos sobre o meio fsico e social advm, sobretudo, do
comportamento das populaes, imbudas, em sua maioria, por interesses capitalistas insaciveis que
sobrecarregam o Planeta. Como resultados, percebe-se a crescente demanda por recursos naturais,
geralmente no renovveis; o esgotamento dos mananciais; poluio de vrios tipos; vtimas de danos
ambientais, pessoas outrora j condenadas pela desigualdade social e econmica, alm de outros
problemas.
Assim, devido a necessidade da promoo de um ambiente sustentvel faz-se necessrio o
envolvimento da sociedade e da escola. Nessas condies, constitui-se objetivo deste trabalho mostrar
algumas orientaes terico-metodolgicas referentes ao ensino de Geografia com uso de mtodos ldicos,
visando contribuir para discusso sobre os problemas gerados pelos resduos slidos na natureza com vistas
sustentabilidade ambiental. A Geografia uma das poucas cincias que possui essa flexibilidade. Com o
intuito de demonstrar essa possibilidade, o presente artigo utilizou, como metodologia, pesquisas
bibliogrficas em livros assim como em documentos e legislaes que tratam da temtica em questo,
visando subsidiar uma arguio e reflexo analtica sobre resduos slidos e o ensino geogrfico.
2. Pressupostos tericos
2.1 Resduos slidos e meio ambiente
Calderoni (2003 citado por RIBEIRO FILHO; SANTOS, 2008) considera que O conceito de lixo
e de resduo pode variar conforme a poca e o lugar. Depende de fatores jurdicos, econmicos, ambientais,
sociais e tecnolgicos. O fato que, de uma forma geral, lixo e resduo denotam termos com significao
muito prximas uma da outra, questes essas discutidas na Poltica Nacional de Resduos Slidos (PNRS).
notrio que a Lei n 12.305/10 (BRASIL, 2010), que institui a PNRS bastante atual e contm
instrumentos importantes para permitir o avano necessrio ao pas no enfrentamento dos principais
problemas ambientais, sociais e econmicos decorrentes do manejo inadequado dos resduos slidos, pois a
mesma prev a preveno e a reduo na gerao de resduos, a exemplo do lixo domstico entre outros
resduos, tendo como proposta a prtica de hbitos de consumo sustentvel e um conjunto de instrumentos
para propiciar o aumento da reciclagem e da reutilizao dos resduos slidos e a destinao
ambientalmente adequada dos rejeitos. Cumpre destacar que atualmente, cerca de 50% dos 5.565
municpios brasileiros ainda encaminham os resduos para lixes (TOLENTINO, 2013, p.1).
2.2 O ensino geogrfico e as questes ambientais
Segundo Pelicioni (2004), a educao ambiental serve para preparar o cidado para a reflexo
crtica e ao social corretiva ou transformadora do sistema. A Lei 9.795/99, que trata da Poltica Nacional
da Educao Ambiental (PNEA), estabelece a Educao Ambiental como sendo: [...] os processos por
meio dos quais o indivduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes
e competncias voltadas para a conservao do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial
sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade (BRASIL, 1999).
A educao geogrfica, tambm, patrocina essa ideia, quando faz em seus estudos a relao
sociedade meio ambiente. Considerando o ser humano como partcipe do meio ambiente, torna-se
indispensvel o conhecimento sobre suas relaes culturais e sociais com o intuito de promover uma
discusso mais cabal da Educao Ambiental. De fato, o processo formal de educao aglutinar o
aprendizado sociocultural quando o fenmeno educativo no ficar restrito a escola, mas a um processo
amplo de ensino (FREIRE, 1996).
A Cincia Geogrfica uma das poucas reas do conhecimento que consegue relacionar os
contedos tcnicos, como estudo das bases fsicas da Terra com a discusso das questes sociais e
ambientais. Portanto, o professor de Geografia deve desempenhar um papel fundamental de introduzir a
educao ambiental no cotidiano escolar, a partir de uma atividade reflexiva, renovadora e transformadora,
pois um conhecimento que induz a prtica e ultrapassa as barreiras fsicas da escola, desenvolvendo-se
por todos os lugares a que os multiplicadores tenham acesso.
Leff (2001) enfatiza sobre a impossibilidade de resolver os crescentes e complexos problemas
ambientais e reverter suas causas sem que ocorra uma mudana radical nos sistemas de conhecimento, dos
valores e dos comportamentos gerados pela dinmica de racionalidade existente, fundada no aspecto
econmico do desenvolvimento.
Conforme os Parmetros Curriculares Nacionais, a Geografia deve auxiliar na construo de uma
sociedade cada vez mais consciente de seus direitos e deveres, isso inclui a questo ambiental (BRASIL,
1998). Portanto, o professor deve nortear-se com a abordagem pedaggica mais adequada s realidades de
cada sala de aula, a fim de promover um melhor ensino- aprendizagem.
3 Resultados e discusso
3.1 Metodologias de ensino adequadas ao contexto geogrfico e temtica dos resduos slidos
Neste artigo sugere-se para anlise e reflexo da temtica ambiental algumas atividades didticas a
serem utilizadas pelo professor no Ensino Fundamental no intuito de desenvolver em seus alunos
habilidades e competncias relativas cincia geogrfica e Educao Ambiental, enfatizando sobre
temtica dos resduos slidos. O interesse que o professor se utilize destas metodologias para criar e
recriar suas prprias atividades didticas de forma interativa e ldica.
Essas atividades so apresentadas com os possveis contedos que podem ser mobilizados,
adaptando-os realidade concreta da situao de ensino, ou seja, ser a realidade da sua escola que
determinar as possibilidades de mobilizao desses elementos do processo de ensino. Para tanto, agrupou-
se neste artigo a temtica lixo com sugestes de atividades para auxiliar a sua prtica docente.
As atividades prticas sugeridas so: Arte com sucatas; Montagem de painel; Criao de estrias
em quadrinhos sobre o respeito com a natureza; Criao de desenhos que demonstram os elementos
encontrados na natureza que so essenciais vida entre outras atividades; Criao de um dirio da natureza
para relato de experincias sobre agresses ao meio ambiente (GIRA SONHOS, 1997); (TERESINA,
1998a, 1998b, 1998c, 1998d, 1996).
Para a aplicao de mtodos ldicos no tratamento dos contedos da disciplina geografia
objetivando a vinculao com os problemas do meio ambiente, ser sugerida a seguinte atividade: Mural
livre sobre problemtica do lixo e arte com sucata, a saber:
1. Para execuo de uma aula com esta temtica o (a) professor (a) dever conhecer a
problemtica do lixo e algumas tcnicas de trabalhar com sucata. Deve explicar para os alunos sobre o lixo
e o cuidado que devemos ter com ele. Mostrar que o cuidado comea com o lugar onde ele guardado.
Orientar que em casa, o lixo deve ser colocado em latas com tampa ou sacos fechados para no atrair ratos,
moscas e baratas, animais transmissores de doenas.
2. Depois o docente deve explicar que s colocar o lixo na porta de casa, perto da hora do
caminho de coleta passar. Assim, o discente ser conscientizado que essa atitude evita que a gua, os
animais ou o vento, espalhem o lixo na rua. Deve orientar tambm que aonde no existir servio de coleta,
recomendado o enterramento do lixo.
3. O professor tambm informar que existem locais da cidade (municpio) que so destinados
para o depsito do lixo coletado diariamente nas ruas dos bairros. Assim como se deve identificar as reas
da cidade de acordo com o tipo de lixo que ela produz: reas residenciais, reas de comrcio, reas
industriais, reas hospitalares etc.
4. Em seguida o professor deve mostrar para os alunos a importncia de evitar jogar lixo ou
objetos estranhos na pia da cozinha, no vaso sanitrio, nos ralos, nas ruas e em outros lugares pblicos.
Tambm deve orientar sobre a reciclagem ou reutilizaes de alguns materiais que vo para a lixeira
diariamente.
5. O docente tambm deve explicar que o lixo pode ser reaproveitado pela indstria ou reutilizado
pela prpria dona-de-casa. A criana tambm deve ser orientada sobre as principais vantagens da
reciclagem, destacando-se a economia de matrias-primas e energia, o combate ao desperdcio e a reduo
da poluio ambiental.
6. Para efetivao da atividade em questo, o docente deve adquirir os seguintes materiais: textos
informativos sobre o lixo; revistas para recortar gravuras; cartolina ou papel madeira; isopor; cola branca
ou para isopor; materiais de sucata (garrafas plsticas, tampas, palitos de picol e fsforo, latas etc).
(EVANGELISTA et. al., 2012, p. 107-108).
Os procedimentos a serem desenvolvidos pelo (a) professor (a) so os seguintes: 1) Recorte
gravuras de revistas que retratem a problemtica da comunidade ou do mundo em relao ao lixo; 2)
Monte um painel com as gravuras das revistas, sucata, frases, desenhos etc.; 3) As crianas devero
caminhar e parar em frente do mural, em torno do que mais tocou, conversando sobre o que est retratado
sobre a questo do lixo; 4) Faa arte com sucata: monte porta retratos com palitos de picol, de fsforo ou
folhas de revistas enroladas; faa jarros ou porta lpis com folhas de revistas enroladas, garrafas plsticas
cortadas ou lata de leite, entre outros objetos; 5) Explique a importncia dos acontecimentos e objetos
mostrados no mural, estimulando as crianas a buscarem novas atitudes relacionadas ao lixo na ao do
dia-a-dia. 6) Depois pea aos discentes que criem estrias em quadrinhos retratando o respeito com a
natureza e/ou escrevam um dirio da natureza onde devem relatar experincias sobre agresses ao meio
ambiente.
4 Concluso
A partir do exposto deve destacar que o ensino de geografia com uso de mtodos ldicos pode
oportunizar ao aluno conhecimentos que contribuam para um pensamento autnomo, gil e crtico. O
professor deve estar atento a isso, contribuindo significativamente para o processo emancipatrio do
cidado em formao, criando as condies necessrias para assegurar o aprendizado significativo dos
saberes geogrficos pelos discentes do ensino fundamental.
Percebe-se, assim, que a insero da temtica ambiental no ensino de Geografia atravs de aulas
prticas com uso de mtodos ldicos para discusso de resduos slidos consiste, dentre outras
prerrogativas, da parceria entre os professores de Geografia e demais reas do conhecimento, juntamente
com os alunos, visando produzir a articulao socioambiental, sociocultural e pedaggica entre os
diferentes atores envolvidos.
Referncias
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Consulta Pblica. Braslia, 2011. Disponvel em:
http://www.mma.gov.br/estruturas/253/_publicacao/253_publicacao02022012041757.pdf. Acesso em: 28
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______. Lei n 12.305, de 2 de agosto de 2010. Institui a Poltica Nacional de Resduos Slidos; Altera a
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Acesso em: 28 abr. 2013.
______. Lei n 9795, de 27 de abril de 1999. Dispe sobre a educao ambiental, institui a Poltica
Nacional de Educao Ambiental e d outras providncias. Dirio Oficial da Repblica Federativa do
Brasil, Braslia, DF, 28 abr. 1999.
______. Ministrio da Educao. Secretaria de Educao Fundamental. Parmetros curriculares
nacionais: temas transversais. Braslia, 1998.
EVANGELISTA, A. ; ANDRADE, C. S. P. de; SILVA, J. S. e; VIANA, B. A. da S.; Fundamentos de
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FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessrios prtica educativa. So Paulo: Paz e Terra,
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TERESINA, Prefeitura Municipal. Cartilha Educao Ambiental e Sanitria: a casa, v. 1. Teresina:
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______. Manual de Dinmicas Ambientais. Teresina: Secretaria Municipal de Meio Ambiente, 1996.
TOLENTINO, Lucas. Novo modelo de gesto do lixo. InforMMA, 2013. Disponvel em:
http://www.mma.gov.br/informma/item/9272-novo-modelo-de-gest%C3%A3o-do-lixo. Acesso em: 28 abr.
2015.
I ENCONTRO DE GEOGRAFIA DA EDUCAO A DISTNCIA DA UFPI Ensino, Pesquisa e Extenso: Desafios da Geografia no Piau
COMPLEXO ELICO PARQUE DO ARARIPE: O PIAU EM DESTAQUE NA
PRODUO DE ENERGIA PROVENIENTE DOS VENTOS
Mnica Sebastiana Brito de S
Lyella Arajo Buenos Aires Alencar
1 Universidade Federal do Piau UFPI/CSHNB
2 Universidade Federal do Piau UFPI/CSHNB
RESUMO: O presente trabalho foi desenvolvido na finalidade de conhecer a contribuio da energia
elica na busca por um desenvolvimento sustentvel. Nos dias atuais notria a preocupao por um
futuro pautado na sustentabilidade, tendo em vista que obter energia atravs dos combustveis fsseis
acarreta grandes impactos ambientais, alterando inclusive a estrutura climtica do planeta. Foi a partir da
dcada de 80 que comeou a se verificar uma maior preocupao com as mudanas climticas,
preocupao esta que partiu tanto dos pases afetados, como tambm atravs de iniciativas de rgos
internacionais. Passou-se ento a buscar aes que contribussem para este desenvolvimento sustentvel,
foi a que se passou a buscar e consequentemente a crescer o uso de energias limpas na produo de
energia, sendo assim, a energia elica vem ganhando propores considerveis, j que uma soluo para
o problema citado, uma vez que se trata de uma energia limpa e renovvel. O Brasil est ganhando
destaque nesse segmento, uma vez que est investindo em projetos para o desenvolvimento dessa
modalidade energtica, e o Estado do Piau tambm vem se destacando, principalmente com a construo
do Complexo Elico Chapada do Araripe, que quando estiver concludo ir elevar o estado a 5 posio no
ranking dos estados brasileiros que mais produzem energia elica, uma vez que ser capaz de produzir
energia suficiente para o abastecimento por completo do estado, tendo capacidade at mesmo de exportar
energia. A metodologia aplicada foram pesquisas bibliogrficas, que tiveram o intuito de demonstrar o
importante papel que a energia elica possui na contribuio de um desenvolvimento sustentvel, focando
o Complexo Elico da Chapada do Araripe, que, quando concludo, ter capacidade energtica capaz de
atender toda a demanda do estado do Piau.
Palavras-chave: Desenvolvimento sustentvel; energia elica; Complexo Elico Chapada do Araripe.
1.Introduo
H algumas dcadas possvel verificar uma maior preocupao com os impactos ambientais,
buscando-se a construo de um futuro que se desenvolva de maneira sustentvel. Em 1997, no Japo, foi
assinado o Protocolo de Kyoto, onde vrios pases se comprometeram a reduzir a emisso de gases do
efeito estufa, se comprometendo a buscar maneiras de aliviar os impactos causados pelos gases poluentes
oriundos da queima de combustveis fsseis, responsveis pelo agravamento do efeito estufa. Foi a partir
de ento que se passou a se buscar o desenvolvimento e maior utilizao das energias limpas, essas
energias limpas so aquelas que no liberam, ou liberam poucos gases ou resduos que venham a
provocar impactos ambientais. Dentre os pases que ratificaram o protocolo supramencionado, os mais
desenvolvidos passaram ter metas de reduo dos impactos e os subdesenvolvidos se comprometeram a
desenvolver aes que contribussem para acalcar tal desenvolvimento sustentvel.
Essa preocupao ambiental e a busca de alternativas energticas que no fossem to agressivas para o
meio ambiente fizeram com que a energia elica ganhasse evidncia, e o Brasil no ficou de fora, na
Amrica Latina foi o pas pioneiro nesse setor, instalando o primeiro aerogerador, ainda na dcada de 90.
Apesar de o Brasil ter iniciado sua produo elica no pas ainda na dcada de 90, esta engatinhou at
a primeira dcada do sculo XXI, ms nos ltimos anos, aps investimentos governamentais significativos,
a produo aumentou consideravelmente. E a energia elica se tornou a energia limpa que mais tem
ganhado espao no seguimento energtico.
2. Metodologia de Trabalho
O presente trabalho foi desenvolvido na finalidade de conhecer a contribuio da energia elica na
busca por um desenvolvimento sustentvel. O mtodo terico apresentado foi uma pesquisa bibliogrfica,
sendo o lugar estudado a regio sudoeste do Estado do Piau, que fica a 400 km da capital do Estado. O
Complexo Elico Chapada do Araripe abrange os municpios piauienses de Caldeiro Grande,
Marcolndia, Padre Marcos, Simes, Curral Novo do Piau e Paulistana e dever ser concludo at o ano de
2017.
3. A Energia Elica e o Desenvolvimento Sustentvel
O seu humano necessita de energia eltrica para que possa se desenvolver e exercer suas
atividades, pois esta essencial para a manuteno dos servios utilizados pelas sociedades, e, portanto,
necessrio buscar formas de gerao de energia que no sejam to agressivas para o meio ambiente, tendo
em vista que o meio ambiente de suma importncia para a manuteno da vida humana.
Segundo Viana et al (2001):
A modernidade e o meio ambiente derivam de uma
dinmica: o ser humano como protagonista crescente em
sinergia s superestruturas e com uma centralizao
progressiva que absorve o fato de que preciso repensar as
relaes entre o homem e a natureza. Isto, porm, no
oposto ao fato de que, quando se preocupa com o meio
ambiente, h a obrigao de impor um questionamento
profundo perante a modernidade, o que culmina por inserir
efetivamente os fundamentos dentro de uma nova realidade
de desenvolvimento. (VIANA ET AL 2001, s/p).
Eis que a energia elica contribui para reduo dos impactos ambientais, pois se trata de uma
alternativa de fonte limpa e renovvel. uma energia que no polui o meio ambiente durante sua operao,
no gerando assim, considerveis danos ao meio ambiente.
Nota-se que a energia elica uma soluo para um desenvolvimento sustentvel, esta modalidade
de energia obtida atravs dos ventos contribui para alcanar o fim desejado pelos pases que se preocupam
com o futuro do planeta, j que os impactos provocados no ambiente so considerados mnimos.
Conforme Hartley (1990), apud DINCER (2000): "As tecnologias de energia renovveis podem
produzir energia comercializvel por meio de converso de fenmenos naturais em formas de energia til."
4. O Complexo Elico Chapada do Araripe
A regio nordeste uma regio de destaque quando se trata de energia elica, tendo em vista que esta
possui um grande potencial para a produo. no Piau, mais precisamente na regio sudeste do estado,
que est sendo construdo um complexo elico, na regio mais conhecida como chapada do Araripe. O
complexo abrange os municpios piauienses de Caldeiro Grande, Marcolndia, Padre Marcos, Simes,
Curral Novo do Piau e Paulistana.
Estima-se que quando concludo, o Parque Elico Ventos do Araripe passar a produzir 181% da
energia que foi consumida no ano de 2013 e poder ser exportador de energia, isto quer dizer que o estado
ser auto-suficiente na questo energtica. A produo piauiense de energia elica que no atinge nem 2%
da produo nacional, aps a concluso do Complexo Elico Chapada do Araripe saltar para mais de
10%.
Segundo o diretor executivo de uma das empresas atuantes na construo do complexo:
O Piau responde por 1,4% da energia elica produzida no
Brasil, em 2017 produzir 10,4% da energia elica do pas,
ficando atrs apenas da Bahia, Rio Grande do Norte, Cear e
Rio Grande do Sul. Isso representa que em 2017, o
crescimento do Piau nesse quesito ser maior que o do
Brasil (Clcio Eloy, 2015).
A construo do parque elico ainda uma fonte geradora de empregos, durante a construo do
referido complexo elico, houve pelo menos 4 mil (quatro mil) contrataes em carter temporrio. Aps a
concluso as oportunidades de emprego iro diminuir, mas ainda continuar havendo oportunidades de
empregos na operao e manuteno das usinas, nesse caso no so empregos de carter temporrio, mas
de longa durao.
Percebe-se que o Parque ser de suma importncia para o estado, devido a sua relevncia, alm de
contribuir economicamente e socialmente em nvel regional, contribuir tambm para o meio ambiente,
uma vez que se trata de uma energia sustentvel. Alm das contribuies sociais e ambientais.
4. Consideraes Finais
Com a verificao das mudanas anormais na estrutura climtica do planeta e a comprovao de
que essas mudanas eram provocadas principalmente pela queima de combustveis fsseis, os pases e
rgos internacionais passaram a ter uma maior preocupao na busca de um controle e possveis
alternativas para a diminuio dos gases que maximizam o efeito estufa.
O grande marco da busca por um futuro pautado em desenvolvimento sustentvel foi o Protocolo
de Kyoto, assinado em 1997, no Japo. O Brasil foi um dos pases que assinaram tal protocolo, por se tratar
de um pas ainda em desenvolvimento a este no foram impostas metas obrigatrias de reduo de gases,
mas o pas deveria realizar aes sustentveis que contribussem para a reduo dos efeitos estufa.
A energia elica uma das fontes consideradas limpas, se trata de uma energia renovvel, que
gera impactos mnimos ao meio ambiente. No Brasil a energia elica est tomando propores
considerveis nos ltimos anos, principalmente na regio nordeste, que uma regio brasileira que possui
grande potencial.
possvel verificar a evoluo da energia elica no Brasil atravs do grfico a seguir:
Figura 1 - Evoluo da Capacidade Elica Instalada no Brasil
Fonte: Elaborada por Naya Jayme Ringer, com base em AEElica (2014)
No estado do Piau foram feitos investimentos no setor e o mesmo ir alcanar uma posio de
destaque quando o Parque Elico Ventos do Araripe estiver concludo, tendo em vista que a energia
produzida no parque ser capaz de abastecer por completo o estado, e far com que o Piau seja
responsvel pela produo de mais de 10% da energia elica produzida no pas.
Referncias Bibliogrficas
Ringer, Naya Jayme. Desafios do setor de energia elica no Brasil: uma abordagem sistmica. Ribeiro
Preto, 2014.
Honrio, Celina. Piau ser o 5 maior produtor de energia elica at 2017. Disponvel em:
. Acesso em 19 de setembro de 2015.
Hartley DL. Perspectives onrenewableenergyandthe environment. In: Tester JW, Wood DO, Ferrari NA,
editors. Energy and the environment in the 21st Century. Massachusetts: MIT, 1990.
VIANA, Silva e Diniz, O Desafio da Sustentabilidade. So Paulo: Fundao Perseu Abramo, 2001.
I ENCONTRO DE GEOGRAFIA DA EDUCAO A DISTNCIA DA UFPI Ensino, Pesquisa e Extenso: Desafios da Geografia no Piau
ASSOREAMENTO: CAUSAS E CONSEQUNCIAS DESSE IMPACTO
AMBIENTAL NO RIO PARNAIBA LUZILNDIA- PI
Autor: LIMA, Edson Ferreira
Co-autores: DIAS, Antonio Carlos Almeida
RODRIGUES, Francisca das chagas Ferreira
Orientador: MARQUES, Cristiano Gleison Almeida
Universidade Federal do Piau UFPI/EAD
cead.ufpi.br
RESUMO: O trabalho de pesquisa trata-se de uma anlise dos impactos ambientais, tendo como foco
principal o leito do Rio Parnaba, no municpio de Luzilndia-PI a partir da identificao e avaliao dos
impactos ambientais significativos neste ambiente, listando-os, conforme o tipo de degradao ambiental.
A abordagem da pesquisa ser realizada pelo tipo exploratrio com visita na rea pesquisada, descritivo e
bibliogrfico.
PALAVRAS CHAVE: Assoreamento. Impacto Ambiental. Rio Parnaba.
1. INTRODUO
Os cursos dgua na forma de rios formam um importante elo de relao entre o homem e o meio
ambiente, sendo responsvel por fornecer gua para suas necessidades bsicas e subsequentemente para
obteno de energia eltrica. Entretanto essa relao que a priori comeou harmoniosamente tornou-se um
dos principais fatores de desequilbrio do meio ambiente, pois com o passar dos tempos aes
desordenadas tornaram os rios palco de vrias formas de impactos ambientais, sendo o assoreamento, como
vemos na FIGURA 1, uma forma de eroso hdrica, um dos principais enfoques, sendo este causado
principalmente por meio do antropismo. Baseado em tal pressuposto faz-se necessrio um estudo detalhado
desse tipo de impacto, sendo o foco de analise o leito do rio Parnaba localizado no municpio de
Luzilndia distante da capital Teresina 280 km no Estado do Piau.
O processo de assoreamento do leito de um rio ocorre preponderantemente pela retirada da mata
ciliar presente nas margens dos rios. Atualmente, as matas ciliares tambm denominadas de rea de
Preservao Permanente so institudas legalmente, atravs do Cdigo Florestal e Resoluo CONAMA. O
fator assoreamento a obstruo, por sedimentos, terra, areia ou outro detrito de um esturio, rio, ou
canal. A reduo do fluxo nos aquferos do mundo uma das formas gerada pelo assoreamento, causando a
morte das nascentes. Esta provoca a diminuio de profundidade gradual dos rios, vindo de processos
erosivos, gerados principalmente pelas guas da chuva, alm de processos qumicos, antrpicos e fsicos,
que desagregam solos e rochas formando sedimentos que sero transportados (PENTEADO, 1983).
No entanto, na prtica existe a carncia de informaes por parte da comunidade sobre a
importncia e a funo das matas ciliares, necessitando mant-las preservadas. Tal desrespeito ao meio
ambiente ocorre principalmente para utilizao das margens para a pratica da agricultura e a ocupao
desordenada causada pela falta de planejamento urbano. O presente trabalho baseou-se no ideal de que
diante dos atuais impactos ambientais na rea pesquisada seu esgotamento ser inevitvel, impossibilitando
que as geraes futuras possam usufruir do mesmo, tendo como objetivo geral uma anlise das causas e as
consequncias do processo de assoreamento do rio Parnaba no municpio de Luzilndia-PI, apontando
fatores responsveis por tal situao, buscando estabelecer medidas capazes de conter essa degradao e
definindo estratgias para conter e reverter tal situao.
2. METODOLOGIA
O trabalho de pesquisa trata-se de uma anlise dos impactos ambientais, tendo como foco principal
o leito do Rio Parnaba, no municpio de Luzilndia-PI a partir da identificao e avaliao dos impactos
ambientais significativos neste ambiente, listando-os, conforme o tipo de degradao ambiental. A
abordagem da pesquisa ser realizada pelo tipo exploratrio com visita na rea pesquisada, descritivo e
bibliogrfico. Os dados primrios foram obtidos atravs da participao direta do pesquisador do resumo
na fase de elaborao do mesmo com uma visita ao local de pesquisa entre os dias 14/10/2015 a
16/10/2015 para obteno de registros fotogrficos e para vivencia na pratica do atual estado de degradao
da rea em estudo. Os dados secundrios foram levantados atravs de livros, internet e rgos
governamentais.
3. RESULTADOS E DISCUSSO
Baseado em uma anlise da rea em destaque a presente pesquisa evidencia que as principais causas
para o processo de eroso (assoreamento), est ligada a expanso urbana do municpio de Luzilndia
(FIGURA 2), sendo a margem direita do rio a mais afetada pelo desmatamento da mata ciliar, em
contrapartida a margem esquerda no povoado Porto Formoso So Bernardo (MA) encontra-se em sua
maioria ainda intactos havendo pequenas lacunas nas reas onde antigamente servia de atracagem para os
pontes (tipos de embarcao caracterstico para travessia de rios). Notoriamente a ocupao desordenada
da margem do rio em sua parte piauiense est ligada a instalao de estabelecimentos comerciais sem
respeitar os limites mnimos estabelecidos pelos rgos de devesa do meio ambiente. De acordo com a lei
nmero 4.771 de 15/ 09/1965 que estabelece os limites mnimos para a ocupao das margens de um curso
dgua o rio Parnaba nas proximidades de Luzilndia deveria ter suas margens preservadas num espao de
100 metros, pois a largura do mesmo e de aproximadamente 60 metros.
O intenso desrespeito s normas ambientais, sobretudo na forma como foi ocupada as margens do
rio Parnaba no municpio de Luzilndia torna a pblico um problema que pode no futuro ter consequncias
desastrosas, notrio a dependncia desse recurso natural pela populao dessa cidade tanto para atividade
pesqueira, agricultura, quanto para a obteno de gua para abastecer o reservatrio da cidade. Entretanto
perceptvel o descaso por parte do poder pblico municipal no tocante a preservao das matas ciliares e,
sobretudo na conscientizao da populao sobre os danos causados pela retirada de tal elemento. Diante
da situao analisada neste local, medidas de recuperao devero ser providenciadas de maneira efetiva e
imediata, sendo vivel que os gestores iniciassem uma campanha de reflorestamento dessas margens e,
sobretudo punissem os que infligissem as leis ambientais referentes ao tema.
4. CONCLUSO
O atual estgio de degradao ao rio Parnaba (FIGURA 3) causado pelo processo de eroso hdrica
(assoreamento), vem repercutindo de forma negativa em toda coletividade luzilandense, tal argumento
insere-se na temtica local pelo fato do rio ser uma fonte de riqueza da regio. De acordo com as
indagaes presentes na pesquisa constatou-se que as principais causas esto focadas na ao antrpica
como vemos na FIGURA 4, sobretudo na ocupao irregular das margens do rio e a consequente retirada
de sua mata ciliar, elemento responsvel por manter o equilbrio necessrio para a fluncia do rio, baseado
em tal anlise verificou-se que o estgio avanado de assoreamento (FIGURA 5) acarretar em futuro
prximo, se no houver medidas capazes de conter tal impacto negativo, um possvel interrompimento do
curso do rio causando irreparveis prejuzos no s para o municpio de Luzilndia e adjacente, mas para
todos que dependem do rio Parnaba, seja para obteno de energia eltrica e para suas necessidades
bsicas. As iniciativas por parte da comunidade luzilandense e a atuao do poder pblico podem ser um
fator preponderante para a restaurao do fluxo normal do rio Parnaba em Luzilndia atravs de medidas
de conscientizao sobre a importncia da mata ciliar e reflorestamento de suas margens, e um melhor
planejamento urbano.
5. IMAGENS FOTOGRFICAS
FIGURA 1 Efeitos do assoreamento no Rio Parnaba
FIGURA 2 Expanso urbana da cidade de Luzilndia-PI. (Imagem do Google Earth)
FIGURA 3 Leito seco do Rio Parnaba
FIGURA 4 Aes antrpicas do homem na natureza
FIGURA 5 - estgio avanado de assoreamento (razes expostas)
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
LUSTOSA, Suane Pereira; NEGREIROS, Larissa Azevedo; PEDROSA, Thays Cristina; SOUSA, Alana
Karine da Silva. A Ocorrncia do Assoreamento s Margens do Rio Pau Darco, na Regio Sul do
Estado do Par. Par.
MIGUEL, Ronaldo; SANTOS, Harlen Incio dos. Caracterizao do Assoreamento do Crrego
Capoeira, Municpio de Senador Canedo-GO. Goinia, Universidade Catlica de Gois UCG, 2007.
PENTEADO, M. Fundamentos de Geomorfologia. Rio de Janeiro, Fundao Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatstica, 1983.
I ENCONTRO DE GEOGRAFIA DA EDUCAO A DISTNCIA DA UFPI Ensino, Pesquisa e Extenso: Desafios da Geografia no Piau
A INSERO TECNLGICA NA EDUCAO: CONCEPES E POSTURAS DE
DOCENTES DO ENSINO FUNDAMENTAL EM PARNABA (PI).
Autor:E. J. S. SOUZA
1-Universidade Federal do Piau-UFPI/CEAD
Co-autor (es):F. A. R. SIQUEIRA
L.F. COSTA
Orientadora: M. B.C. BEZERRA
RESUMO: Considerando que atravs das tecnologias da informao e comunicao (TICs) a sociedade impe exigncias e propem novas experincias no mbito da educao escolar, o presente estudo pretende
investigar acerca das concepes e posturas de docentes do ensino fundamental diante das exigncias
tecnolgicas na educao. O objetivo identificar dificuldades e desafios a serem superados no espao
escolar, favorecer o uso de recursos tecnolgicos modernos e atualizados, tais como o computador e a
internet, como ferramentas que podem contribuir com o processo de ensino e aprendizagem.
Metodologicamente, procedeu-se com uma abordagem de cunho exploratrio e qualitativo, tendo nessa
formulao metodolgica a possibilidade de reunir um campo amplo de informaes e conhecimentos que
podem nos impulsionar um conjunto de aes em prol da melhoria da prtica pedaggica docente e a
qualidade do ensino dos alunos. Determinou-se assim um estudo que contribui para ampliar as discusses e
reflexes a respeito das exigncias tecnolgicas nas prticas docentes, em consonncia com os ideais da
sociedade informatizada, que se torna cada vez mais automatizada e flexvel e que pode despertar nos
docentes e nos educandos uma formao escolar crtica e emancipatria. Propiciando tambm uma busca
de recursos para a prtica pedaggica e conseguinte para o melhoramento da aprendizagem.
Palavras-chave: Concepes e posturas Docentes; Prtica pedaggica; Tecnologias digitais na educao.
1. INTRODUO
As novas tecnologias da informao e comunicao esto por transformar os mais diversos
ambientes e cotidianos da vida social. Tendo vista que a globalizao1 une os mercados e ao clique de um
mouse podem-se acessar milhares de informaes oriundas de vrias partes do planeta, configurando as
inter-relaes entre tecnologia, informao e consumo, chegando a um nvel nunca antes visto que vem se
consolidando ao longo deste sculo XXI.
1 um fenmeno social que ocorre em escala global. Esse processo consiste em uma integrao em carter econmico, social,
cultural e poltico.
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Devido a isso inmeros acontecimentos propuseram um avano exorbitante nas demandas de produo
e de consumo, Libneo (2011) aponta que esses acontecimentos tomam forma como um circuito integrado,
pois provoca mudanas no processo de produo, no perfil dos trabalhadores e por sua vez na educao,
est ultima se tornando vital no desfecho para insero das pessoas na sociedade do conhecimento, pois,
demandas e situaes so exigidas a todo o momento e so impelidas ao universo escolar para que possam
responder s exigncias e abranger a relao entre tecnologia, conhecimento e prtica pedaggica.
As escolas esto indo de encontro com essas relaes e demandas e esto atrofiadas e, ao mesmo
tempo, repletas de incumbncias, pois no esto vivenciando as tecnologias de forma satisfatria e, por
conseguinte acabam por no conseguir totalizar uma relao de incluso em seu espao educacional,
caindo em uma apologia reprodutivista de desvalorizao do conhecimento, que se d de forma
inapropriada atravs de prticas pedaggicas defasadas.
A importncia das tecnologias para a melhoria da qualidade da prtica pedaggica do professor deve
ser acompanhada das necessidades de inclu-las nos currculos escolares, o que para Arroyo (2011, p. 150)
aos currculos cabe incorporar a variedade de experincias e de sujeitos sociais, polticos e culturais,
tnicos, raciais. Assim nessas incorporaes devem-se desenvolver competncias e habilidades para lidar
com as TICs2, pois o contexto de uma sociedade tecnolgica e informacional, faz do conhecimento seu
fulcro crucial de desenvolvimento, mudanas e especialidades. (DEMO, 2006, p.20). Deve proporcionar
intercmbio de informaes cientificas e culturais de diversa natureza, que permita um ambiente de
interao e autonomia dos alunos.
Est pesquisa que tem como finalidade investigar as concepes e posturas docentes sobre a insero
das tecnologias digitais na educao no contexto da escola pblica diante das novas exigncias que o
mundo do trabalho impe sobre a mesma e seus profissionais, buscando caracterizar o perfil dos
profissionais e suas apropriaes de conhecimento a partir das imposies sociais contemporneas, no
deslumbre diversificado de informaes que permeiam o espao escolar.
2. PRESSUPOSTOS TERICOS
Tendo como fundamento est perspectiva de estudo tomaremos como referencial terico em nosso
estudo Libneo (2011), Arroyo (2011), Castells (2006), Lemos (2003), Macedo (1997), entre outros autores
que nos permitirem uma viso crtica/reflexiva da sociedade, tecnolgica, concepes posturas docentes e
escola. Para tanto consideremos o contexto social vigente, permeado de avanos e exigncias tecnolgicas,
e vivncias da cibercultura, que para Lemos (2003, p. 11) Vivemos j a cibercultura. Ela no o futuro que vai
chegar, mas o nosso presente (homebanking, cartes inteligentes, celulares, palms, pages, voto eletrnico,
imposto de renda, entre outros). Assim sendo, uma forma da contemporaneidade de fugir do determinismo
que assola o contexto social.
2Tecnologias da Informao e Comunicao correspondem a todas as tecnologias que interferem e mediam os processos
informacionais e comunicativos dos seres.
No entanto esse vis proporciona mudanas na educao e no processamento dos currculos, pois com
o advento das TICs a formao profissional para uma sociedade automatizada e uma dinmica de
processamento produtivo que precisa ser remodelada a todo o momento se tornando fundamental no
interior das relaes educacionais na escola (MACEDO, 2008).
Ainda de acordo com Macedo (2008, p. 42) a tecnologia ao mesmo tempo em que permite ao homem
um maior domnio da natureza, tende a transformar a vida cotidiana em uma prtica cada dia mais
irrefletida. Assim os impactos das modernizaes esbarram nas concepes curriculares escolares,
concepes essas especficas e que no tomam por completo a formao para o mercado, assim a sociedade
atuaria nos enlaces e disfunes deixadas pela escola, vez que no propiciar uma viso crtica/reflexiva
sobre as prticas sociais.
O conhecimento deve ser pensado dentro do currculo como uma compreenso cultural, e no como
especificidades para generalizaes, porque pensar de forma natural neutra e sem objetivo implica pensar o
conhecimento como vis mercantil e sem fundamentaes, pois uma formao para uma sociedade mesmo
que seja automatizada e mercadolgica e sobre posta de tecnologia, deve ser proporcionada de forma
crtica e reflexiva. Uma vez que o papel fundamental de tratar o currculo como prtica social concreta,
seja no interior da escola, ou seja, para formao profissional. (ARROYO 2011).
Diante dessa concepo a ao docente essencial, pois os mesmos devero estar em pleno
acompanhamento e interligados com a cibercultura, a qual possui vis com as formas culturais e sociais, e
as novas tecnologias, tendo a ltima base na microeletrnica surgida com o aperfeioamento das
telecomunicaes. (LEMOS, 2003).
3. METODOLOGIA
Metodologicamente o estudo procedeu-se atravs de um estudo exploratrio de cunho qualitativo com
profissionais da educao em uma escola pblica em Parnaba-PI, atravs de observaes em sala de aula,
pautado em procedimentos estabelecidos para a concluso dos dados, enviesando sobre as posturas e
dificuldades relacionadas ao uso, manejo e praticidades dos recursos tecnolgicos como auxiliadores do
processo de ensino aprendizagem. Desta forma Minayo (2006, p.57) com relao pesquisa qualitativa
relata o seguinte:
Esse mtodo permite desvelar processos sociais ainda pouco conhecidos referentes a
grupos particulares, propicia a construo de novas abordagens reviso e criao de novos
conceitos e categorias durante a investigao tambm utilizado para a elaborao
de novas hipteses, construo de indicadores qualitativos, variveis e tipologias.
Esse tipo de estudo uma atividade da rea da cincia, que visa construo da realidade atravs da
compreenso dos fenmenos estudados, mas que se preocupa com as cincias sociais em um nvel de
realidade que no pode ser quantificado, pois trabalha com o universo de crenas, valores, e significados.
Desta forma apodera-se de uma metodologia exploratria que tem por embasamento confrontar ideias e
vises diferenciadas pela temtica e com isso propiciar um leque de informaes relevantes para o assunto
em questo e que levante discusses posteriores por quem vier a despertar o interesse pelo tema, Conforme
Andrade (1997, p. 21).
4. RESULTADOS E DISCUSSO
As prticas de ensino com recursos tecnolgicos observadas nas escolas nos remetem a professores
com dificuldade para lidar com novos recursos e novas prticas para o auxilio dos contedos das
disciplinas em sala de aula, uma vez que h barreiras s inovaes tecnolgicas por parte dos mesmos, e
por no terem tido uma formao inicial adequada que proporcionassem um ganho crtico e reflexivo de
modo que as novas tecnologias educacionais se desenvolveriam de forma ampla a partir de suas prticas
pedaggicas.
Essas evidncias no constituem um fator que impea a interao das TICs, mas que favorecem uma
constituio de fatos e fatores que devem proporcionar escola e seus docentes uma viso diferenciada que
venha proporcionar desafios novos e oferecer subsdios para uma educao tecnolgica.
Durante a pesquisa evidenciamos tambm, que no universo de professores da instituio pesquisada
existem professores que fazem dos recursos tecnolgicos, um auxiliador de suas aulas, padronizando
determinados contedos e proporcionando no educando uma viso mais completa e instigante para que haja
uma aprendizagem significativa. Dentro desse contexto, observamos uma sala de aula mais interativa, e
com clmax de curiosidade instigando o professor a uma situao de aprendizagem extremo para com seus
alunos.
O uso de recursos tecnolgicos como auxiliador da aprendizagem, deve ocorrer de forma sucinta e
direta para que se torne um auxiliador realmente do ensino, e no apenas reprodutor de imagens ou de
vdeos que no passa para o aluno nenhum significativo e nem um atrativo, pois sendo assim atravs dessa
conduta os recursos tecnolgicos sejam eles quais forem: Data Shows, Dvds, aparelhos sonoros entre
outros devem demonstrar e conter um vis pedaggico que viabilize tanto para o professor quanto para o
aluno uma prtica significativa e uma aprendizagem valorativa.
Outro ponto evidenciado durante algumas observaes foi o esforo por parte de alguns docentes da
escola em utilizar recursos, isso ocorreu devido uma parte dos professores usarem com frequncia data
show, aparelho de Dvd e instrumentos sonoros em suas aulas que acabou instigando esse interesse, mesmo
no tendo um vis pedaggico, mais de alguma forma se viram necessitados de usar tais recursos em suas
aulas, pois o contexto social tecnolgico, e o mesmo contexto est no dia a dia dos alunos e do prprio
docente.
5. CONSIDERAES FINAIS
Diante do contexto estudado e dos avanos tecnolgicos, em vrios setores da sociedade e
consecutivamente no mbito escolar, a insero tecnolgica realidade e causadora de aprendizagem
fazendo com que haja uma insero significativa por parte dos professores e utilizao em suas aulas e em
suas prticas de ensino.
No tocante do estudo evidenciamos docentes determinados por posturas tecnolgicas que usam
recursos e fazem dos mesmos um auxiliador de aprendizagem dentro de sua prpria prtica pedaggica em
sala de aula que proporciona ao aluno uma aprendizagem significativa para o seu contexto e suas vivncias.
O real determinante desse estudo foi trafegar pelo o quo o conhecimento importante, e diversifica
aes necessrias para que ocorra uma aprendizagem significativa e valorativa em tempos de modernizao
social. A escola deve est inserida nesse tocante juntamente com seus docentes, pois uma busca por
conhecimento e atualizao se faz necessria para que haja uma aprendizagem significativa.
REFERNCIAS
ARROYO, M. currculo, territrio em disputa. Petrpolis: Vozes, 2011.
DEMO. P. Formao permanente e tecnologias educacionais. Petrpolis: Vozes, 2006.
LEMOS, Andr; CUNHA, Paulo (orgs). Olhares sobre a Cibercultura. Sulina, Porto Alegre, 2003; pp.
11-23.
LIBNEO, J.C. Adeus professor adeus professora?.13 ed. So Paulo: Cortez, 2011.
MACEDO, E. Novas tecnologias e currculo In: MOREIRA, Antnio Flavio (org.). Currculo: questes
atuais. 14 ed. Campinas: Papirus, 2008. p. 195-239.
MINAYO, Maria Cecilia de Souza. O Desafio do Conhecimento: Pesquisa Qualitativa em Sade. 9 ed.
Revista Aprimorada. So Paulo:Hucitec,2006.
I ENCONTRO DE GEOGRAFIA DA EDUCAO A DISTNCIA DA UFPI Ensino, Pesquisa e Extenso: Desafios da Geografia no Piau
O USO DAS NOVAS TECNOLOGIAS NO ENSINO DE GEOGRAFIA NAS SRIES
INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL EM PARNABA (PI)
Autor: Fernanda Arajo Roque Siqueira
Co-Autor(es): Ezio Jos Silva Souza; Luciana Ferreira da Costa.
Universidade Federal do Piau UFPI
Orientadora: Maria Bernadete de Carvalho Bezerra
RESUMO: Neste artigo, apresentamos uma analise reflexiva a cerca das metodologias e das prticas pedaggicas, aplicadas ao Ensino de Geografia nas Sries Iniciais do Ensino Fundamental em uma Escola publica da cidade de
Parnaba-PI. Tem como objetivo geral Analisar o tipo de metodologia utilizada pelo professor. Como objetivos
especficos: Analisar a aplicao das novas tecnologias no ensino de Geografia; Analisar a relao professor/aluno
no processo de ensino/aprendizagem; verificar a aceitao das prticas pedaggicas pelos discentes; e por ltimo
avaliar o grau de motivao destes mediante aos contedos abordados em sala de aula. Esta pesquisa caracteriza-se
como um estudo exploratrio de cunho qualitativo, no qual utilizamos observaes no participantes e o estudo de
caso, o qual nos foi de grande valia no decorrer desta pesquisa tanto na sala de aula como de um modo geral. O
estudo acerca dessa temtica surgiu da necessidade de compreendermos o desinteresse dos alunos pelas aulas de
Geografia do ensino fundamental. Aps a coleta e anlise dos dados obtidos, observou-seque as metodologias
utilizadas pelos docentes so responsveis por causar a desmotivao dos discentes em relao s aulas de Geografia.
Dessa forma, compreende-se que extremamente necessrio que haja uma reformulao metodolgica, baseada na
utilizao de instrumentos tecnolgicos que ajudem a inovar a prtica docente.
PALAVRAS-CHAVE: Metodologias; Prticas Pedaggicas; Ensino/aprendizagem.
1. INTRODUO
Com o passar do tempo e com os avanos na rea educacional, o Ensino de Geografia comeou a ser
questionado fazendo com que houvesse um rompimento com os mtodos tradicionais onde o ensino era
baseado apenas na leitura de livros didticos e na cpia de exerccios extrados dos mesmos. A partir desse
rompimento, surgiram vrias mudanas na forma de ministrar aulas. No entanto, para Siqueira e Quirino
(2012) este ensino ainda permanece distante dos interesses dos alunos. Sendo necessrio, portanto, que
novas metodologias sejam adotadas, a fim de tornar as aulas mais dinmicas e significativas diante do
contexto atual em que os alunos esto inseridos.
O estudo acerca da temtica O Ensino de Geografia nas Sries Iniciais do Ensino Fundamental em
uma Escola publica da cidade de Parnaba-PI, surgiu da necessidade de compreendermos o desinteresse
dos alunos pelas aulas de Geografia nas escolas pblicas desta cidade. Para a realizao dessa pesquisa,
procuramos levar em considerao os tipos de metodologias, as estratgias utilizadas para expor os
contedos e as maneiras utilizadas pelos professores como formas de fixao dos assuntos estudados. Este
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estudo caracterizou-se por uma observao da prtica do professor mediante o desafio da utilizao das
novas tecnologias e o interesse dos alunos pelas aulas de Geografia. E tem por objetivo investigar o uso das
novas tecnologias como ferramenta metodolgica a ser utilizada pelos docentes no ensino de Geografia, a
fim de analisarmos sua importncia no processo de ensino/aprendizagem; verificar o grau de aceitao das
prticas metodolgicas pelos discentes e observar o grau de motivao destes mediante os contedos
abordados em sala de aula.
2. PRESSUPOSTOS TERICOS
Sabe-se que o mundo transforma-se rapidamente, e por conta dessas mudanas, surgiu a necessidade de
mudarmos tambm a forma de trabalharmos os contedos da disciplina de geografia em sala de aula. Fato
este, que se confirma tambm no pensamento de Rocha (2006) quando diz que [...] o mundo passa por
profundas transformaes e rpidos avanos no sentido econmico, social, poltico e tecnolgico, e a
escola precisa agilizar a sua caminhada para que a educao acompanhe esse permanente processo de
mutao.
Lacoste (2012) diz que com o passar dos tempos os alunos deixaram de se interessar pelas aulas
decorativas que enumeram, regies ou pases, relevo-clima-vegetao-populao-agricultura-cidades-
industrias, etc. Diante da viso de Lacoste, nota-se que necessrio que os professores saiam da zona de
conforto e busquem novas maneiras de trabalhar o ensino de geografia, no sentido de tornar suas aulas mais
atrativas e interessantes aos alunos.
Sendo assim, os docentes precisam adotar novas metodologias que sejam capazes de resgatar o
interesse e a ateno dos educandos, para que consequentemente haja uma mudana quanto sua viso
sobre o ensino de Geografia. Pois, muitas vezes, as metodologias adotadas no condizem com o contexto
atual em que a educao est inserida e acabam por desmotivar alunos em aprender os contedos
relacionados no s Geografia, mas tambm outras disciplinas.
Apesar das diversas mudanas ocorridas no campo educacional, os mtodos utilizados ensino de
geografia, continuam praticamente os mesmos. Para Cavalcante (1998, p.20):
[...] na prtica, se observa a predominncia dos antigos mtodos tradicionais, acrticos e fora da
realidade do aluno. Fazendo com que a geografia seja entendida como uma disciplina decorativa,
cansativa e desinteressante [...].Diante da viso dessa autora, entende-se que a mudana no ensino da
geografia aconteceu somente no papel, porque na prtica os professores continuam agindo da mesma
forma que antes, utilizando mtodos de ensino totalmente ultrapassados e fora da realidade dos
alunos.
Kaercher(2006, p.222) nessa mesma linha de raciocnio afirma que:
[...]no basta mudar os temas ou atualizar nossas aulas. No se trata de um problema de contedo.
preciso haver uma mudana metodolgica que altere a relao professor- aluno,[...] que, continua
fria, distante e burocrtica. preciso haver tambm uma postura renovada de maior dilogo, no s
entre professor e aluno, mas com o prprio conhecimento.
Assim entende-se, que alm de procurar melhorar sua metodologia de ensino, o professor tem que
adquirir conhecimentos sobre as novas tecnologias da informao e comunicao, para alm de ensinar,
possa tambm interagir com seus alunos no processo de ensino/aprendizagem.
Diante do cenrio atual em que a educao est inserida, compreende-se, que o conhecimento sobre as
novas tecnologias da informao e comunicao so de fundamental importncia para os professores. Pois,
ao contrrio do que muitos pensam, elas no so inimigas dos professores, mas sim, aliadas, e quando
inseridas corretamente no processo de ensino e aprendizagem, proporcionam inmeras vantagens tanto
para os docentes quanto para os discentes.
Conforme os Parmetros Curriculares Nacionais (1998): A tecnologia deve servir para enriquecer o
ambiente educacional, propiciando a construo de conhecimentos por meio de uma atuao ativa, crtica e
criativa por parte de alunos e professores.
Na viso de Vesentine (2011, p.228),Para que haja um ensino crtico de geografia fundamental a
adoo de novos procedimentos didticos: no mais apenas ou principalmente a aula expositiva, mas sim,
estudos do meio [...] trabalhos dirigidos, debates, uso de computadores (e suas redes) e outros recursos
tecnolgicos[..].
Diante da viso de Vesentine (2011) Cavalcante (1998); Kaercher (2006); Lacoste (2012) e Rocha
(2006), compreende-se que na busca de uma metodologia inovadora e interessante aos alunos, o professor
de Geografia, deve apropriar-se das novas tecnologias, a fim de tornar suas aulas instigantes, criativas e
consequentemente mais produtivas e eficiente no que se refere criao de novas condies de
aprendizagem. Porm, recomenda-se que estas no sejam vistas como um nico meio de ensino, mas sim,
como materiais de apoio na construo do conhecimento.
3. METODOLOGIA
Este estudo trata-se de uma pesquisa exploratria de carter qualitativo, haja vista, que durante a
mesma no levamos em conta a quantidade de sujeitos pesquisados e sim a qualidade dos dados obtidos.
Nesta pesquisa, realizamos observaes no participantes e tambm o estudo de caso.
Segundo MINAYO:
Os estudos de caso utilizam estratgias de investigao qualitativa para mapear, descrever e analisar
o contexto, as relaes e as percepes a respeito da situao, fenmeno ou episdio em questo. E
til para gerar conhecimento sobre caractersticas significativas de eventos vivenciados, tais como
intervenes e processos de mudana (2006, p.164).
Podemos dizer, ento, que o estudo de caso nos possibilitou uma aproximao significativa com os
sujeitos da pesquisa, facilitando as observaes, os dilogos e a coleta de informaes acerca das
metodologias utilizadas nas aulas de Geografia do Ensino Fundamental de uma Escola Pblica do
municpio de Parnaba.
A construo dessa anlise baseou-se na leitura das ideias de autores como: Siqueira (2012);
Cavalcante (1998); Kaercher (2006); Lacoste (2012);Rocha (2006); Vesentine (2011); Minayo (2006);
entre outros autores que tratam desta temtica, os quais foram de grande importncia para o
desenvolvimento da mesma. Posteriormente realizamos observaes no particip
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