Sumário
• Introdução
• Objectivos
• Metodologia
• Resultados
• Discussão
• Limitações do Estudo
• Conclusão
• Perspectivas
Introdução
Vírus de influenza • Vírus de RNA simplesTipos : A, B, C • Glicoproteínas:
Hemaglutininas (HA) e Neuraminidases (NA).
• O vírus tipo A tem 17 subtipos de HA e 10 subtipos de NA.
• Vírus influenza A (H1, H2 e H5) e (N1,N2,N3) são os mais descritos em humanos.
Introdução
• A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, em todoo mundo, 20% a 30% das crianças são infectadas com o vírusda gripe a cada ano
• Causa 1 a 2 milhões de casos de infecções respiratórias agudagrave (SARI) e até 100.000 progridem para a morte a cadaano
• Destes, até 90% ocorrerem em países em desenvolvimento .
Introdução
• África Subsahariana continua a ser uma das regiões maisafectadas, representando quase 50% dos casos de IRA e 20%dos casos de Influenza em crianças no mundo
• Dados disponíveis ainda são insuficientes para criarestratégias/desenvolver medidas preventivas e de controle nocontinente e persistem lacunas em termos derepresentatividade.
Introdução
• A sazonalidade do vírus influenza é heterogênea em diferentes regiões em todo o mundo
• Na maioria dos países tropicais, os casos ocorrem, tanto na estação seca e chuvosa
• No clima temperado, a gripe ocorre principalmente no inverno.
• A falta de informação local sobre a epidemiologia da SARI associada à Influenza deixa barreiras:– Na definição e implementação de intervenções que visam
a redução do número de infecçoes (como vacinação e tratamento antiviral para grupos de alto risco)
Objectivo do estudo
• Descrever as características clínicas e epidemiológicas dasinfecções respiratórias agudas graves (SARI) associado àinfluenza em crianças na cidade de Maputo, Moçambique.
Material e métodos
Local e Partcipantes
• Este estudo foi realizado como parte do sistema nacional de vigilância sentinela para influenza em Moçambique.
• Realizado no Hospital Central de Maputo e Geral de Mavalane
• Crianças elegíveis de 0 ≥ 14 anos, admitidas na enfermarias de respiratórias do HCM e pediatria do HGM de Janeiro de 2014 a Dezembro de 2016.
Definição de Caso
• Segundo a OMS, um caso de SARI é definida como:
– Uma infecção respiratória aguda
– Febre referida ou febre medida (> 38 ºC)
– Tosse, com início nos últimos 10 dias
– Necessidade de hospitalização
• Um caso confirmado de influenza foi definido em pacientecom resultado positivo em tempo real-PCR para influenza.
Material e métodos
Selecção e Colheita de dados
• Todos os casos da SARI admitidos nas enfermarias pediátricas dos dois hospitais
• O número de crianças selecionadas diariamente foi definido com base:– Qualidade das amostras colhidas
– Capacidade de testagem laboratoriais
– Preenchimento adequado e eficiente dos formulários de investigação
Material e métodos
• Foi obtido um consentimento verbal aos responsáveis legais das crianças antes da colheita das amostras.
• Um formulário padronizado foi usado para colher os seguintes dados: – características demográficas, vacinações, motivo de internamento,
apresentação clínica, co-morbidades e o estado de HIV.
Material e métodos
Colheita de amostras e testes laboratoriais
• As amostras colhidas foram conservadas em frascos contendo 3mL de meio de transporte de vírus (VTM) e enviadas para o LIV (laboratório isolamento viral ).
• A RT-PCR foi realizada usando o painel de diagnóstico da Influenza Humana desenvolvido pelo Centro de Controlo de
Doenças (CDC) Atlanta.
Material e métodos
Análise de dados
• Todas as análises estatísticas foram realizadas usando o pacote de software Stata (College Station, Texas: StataCorp, USA, 2005).
Aprovação ética e consentimento
• O estudo foi aprovado pelo Comitê Nacional de Bioética de Moçambique
Material e métodos
Discussão
• A frequência encontrada de influenza foi de 3,6%, o que é consistente com relatórios de outros estudos realizados na África subsaariana.
• Nesse estudo a prevalência de influenza foi menor que a relatada em 2 estudos realizados no Hospital Distrital de Manhiça (prevalência 15% e 8% entre Fev 1999 a Maio 2000).
Discussão
• A frequência de casos positivos para influenza foi maior em crianças com menos de 5 anos de idade, o que é semelhante aos achados relatados em outros estudos.
• O estudo mostrou que a tosse, febre foram associados à positividade da influenza, corroborando com achados de estudos prévios doutros países.
Discussão
• Os dados demonstraram que o vírus influenza ocorreu durante todo o ano, tanto na estação seca assim como na estação chuvosa, sendo consistentes com dados de outros países da África Subsaariana.
• Isto sugere que a vacinação deveria ser considerada para prevenção da gripe.
Discussão
• Durante a revisão de processos clínicos de crianças falecidas, verificou se que os resultados do HIV não estavam disponíveis, mas 2 nasceram de mães HIV(+), preocupação séria, porque a prevalência do HIV em Moçambique é muito alta.
• Estudos recentes de África do Sul e Malawi, mostraram que o HIV estava significativamente associado à progressão para doença grave.
• Recomendam-se mais estudos para avaliar essa associação em Moçambique.
Discussão
• As mortes ocorreram em crianças menores de 5 anos que apresentavam um quadro de broncopneumonia, destacando-se atenção especial a esta faixa etária.
• Os subtipos (A / H3N2) como o (A / H1N1pdm 09) são prevalentes em Moçambique.
Limitações do Estudo
• Nem todas as crianças que frequentaram estes dois hospitais durante o período de recrutamento foram inscritas.
• Não estavam disponíveis informações sobre a presença de infecções bacterianas concomitantes, o que tornou difícil avaliar a eficácia do uso de antibióticos observado neste estudo.
• Informações sobre o estado de HIV da mãe de cada criança não estava disponível para todos os participantes.
Conclusão
• Estes resultados mostram que o vírus influenza é prevalenteem crianças com SARI que vivem nas áreas urbana/sub-urbana em Moçambique, apesar da menor frequênciarelatada na maioria dos estudos realizados na região.
• Os casos de gripe ocorreram ao longo do ano.
Perspectivas
• Os resultados deste estudo impulsionarão os esforçosnacionais para prevenir e melhorar o diagnóstico da infecçãopor influenza.
• Treinamento de profissionais de saúde para melhorar odiagnóstico e manejo clínico de casos potenciais de influenza,vacinação contra influenza e uso de antivirais em grupos dealto risco.
• Expansão da vigilância de rotina da SARI para outras regiõesdo país também são necessárias para uma melhor
compreensão das diferenças geográficas.
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