A l v a r A a l t o V i l l a M a i r e a
FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA DISCIPLINA ARQ027 - HISTORIA II / PROFESSORA MARCIA SANTANNA ALUNAS: BRUNA MARTINS E GABRIELA OTREMBA SEMINARIO III UNIDADE - VILLA MAIREA, ALVAR AALTO
Alvar Aalto (1898-1976)
Breve biografia:
• Nasceu em 1898, em Kuortane, sudoeste da Finlândia;
• Formou-se na Escola Politécnica da Helsinki em 1921;
• Em 1929 participa do segundo congresso dos CIAM, em
Frankfurt;
• 1928/29 – ganhou o primeiro prêmio no concurso para o
Sanatório para Tuberculosos de Paimio;
• (MIT)
• (Yale)
• 1976 – morte em Helsinki;
Principais aspectos da carreira de Aalto:
• Pertenceu à geração que, após a Primeira Guerra Mundial,
se propôs a criar um mundo novo e melhor (período em que a
Finlândia encontrava-se diante da tarefa de reconstruir o
país);
• Constitui o ápice da conciliação entre padronização e
irracionalidade;
• Ousou saltar do racionalismo funcional para o irracionalismo
orgânico;
• Viagem como oportunidade de formação;
• Interesse pelo antigo;
“A arquitetura deve estar a
serviço do homem”, Alvar
Aalto
Alvar Aalto
A arquitetura de Alvar Aalto
•Ao lado da estrutura de ferro e do concreto armado,
a madeira ganhou novamente proeminência;
• Reconhece a arte moderna como um grande
reservatório que, embora geralmente invisível,
fornece a chave para sua própria criatividade;
• Um edifício não poderia ser tratado como um
objeto de arte isolado, mas antes formar parte de um
complexo maior;
• Desejava criar uma continuidade entre espaço
interno e externo;
• Não está atrelado nem ao ângulo reto nem ao
cubo;
• Síntese entre fatos contrapostos e transparece
uma personalidade complexa e às vezes
contraditória;
• O interesse pela natureza, independentemente da
escala de intervenção e do tema;
• Transformar e englobar a natureza dentro dos
edifícios;
• Interesse pelo antigo;
Alvar Aalto
Obras de destaque
• A vasta produção arquitetônica de Aalto compreende em
grande parte edifícios públicos, edifícios para o trabalho e
complexos residenciais;
• A Aalto são atribuídos quatro edifícios de destaque: o
Sanatório em Paimio, a Casa Mairea em Noormarkku, o
edifício da Junta de Freguesia em Säynätsalo e a
Biblioteca Municipal de Viipuri, na Rússia;
• Sanatório de Paimio
• No período decisivo do final dos anos 20, três
edifícios ganharam proeminência: a Bauhaus de
Walter Gropius, o projeto de Le Corbusier para a
Liga das Nações e o sanatório para tuberculosos em
Paimio, de Alvar Aalto.
• É a obra que leva Aalto à fama internacional;
• Para esse edifício, Aalto se encarrega do projeto
de cada ambiente;
Alvar Aalto Obras de destaque
• Projetos urbanísticos
•Aalto trabalhou todas as possíveis gamas de
planejamento urbano, desde a ordenação
regional até o desenho de zonas residenciais.
No ordenamento regional de grandes áreas,
ele trabalhava unindo os aspectos
geográficos, culturais e econômicos,
organizando o uso da terra para as diversas
funções e fatores, como a indústria, as
comunidades, a comunicação, a agricultura a
natureza. • Mobiliário
• Os móveis nascem sempre para um
edifício específico, como objetos pensados
em função dos espaços a que se destinam;
• Representam um fragmento de uma
visão arquitetônica total;
• Peças de madeira curvada, partindo da
tradição finlandesa;
• Busca limitar ao mínimo a contribuição
tecnológica e desfruta ao máximo as
características de elasticidade e
ductilidade intrínsecas ao material;
Villa Mairea Noormarkku, Finlândia, 1938-39
Villa Mairea
Villa Mairea
Dados do edifício
• Nome: Villa Mairea;
• Localização: Noormarkku, Finlândia;
• Classificação: residencial;
• Datas:
• Projeto: 1937-38 / Construção: 1938-39;
• Sobre o cliente:
• Casa construída para um casal de amigos,
Gullichsen e Marie;
• Os clientes e o arquiteto tinham as mesmas
inclinações;
• Sobre o período da construção:
• Aalto estava com 39 anos e já no auge de sua
maturidade profissional;
• Não havia muita oportunidade de se construir
casas unifamiliares e villas luxuosas;
• Aalto pôde colocar em prática soluções espaciais e
materiais aparentemente sem limites;
Villa Mairea
Villa Mairea
Villa Mairea
Implantação no lote
• É um território de contrastes aparentes que se resolvem em uma composição orgânica entre as
expectativas humanas e os limites impostos pelo ambiente natural;
• Foi construída sobre uma clareira aberta em meio a um pinheiral, sobre o cume de uma colina não
muito distante do litoral;
• Planta em ferradura que abre-se para a floresta, que forma o plano de fundo;
Villa Mairea
Villa Mairea
Villa Mairea
Fachadas
• A fachada é executada em elementos de
madeira verticais, que envolvem os
componentes construtivos de concepção
orgânica;
• As janelas amplas permitem a
interpenetração do espaço interno e externo;
a floresta parece adentrar a casa;
Villa Mairea
Villa Mairea
Villa Mairea
Villa Mairea
Espaço arquitetônico
• A sensação de um fluxo de espaço
ininterrupto por toda a casa está sempre
presente, e ainda assim a intimidade é
preservada, onde quer que se esteja;
• Entrelaçamento entre dois corpos em L
gerando uma espécie de pátio interno que
define as relações entre a natureza
circundante da floresta e o microcosmo do
jardim, para onde se voltam os ambientes
principais da casa;
• O sistema de caminhos e paisagens
representa a ossatura que sustenta a
composição: da entrada, o olhar se dilata no
amplo espaço da sala de estar e continua
para o jardim, guiado pelo corpo baixo do
pórtico lateral, que se conclui no pequeno
volume da sala;
• Com a Villa Mairea, Aalto criou um espaço
contínuo, totalmente de acordo com o espírito
do modernismo;
Villa Mairea
Villa Mairea
Villa Mairea
Villa Mairea
Villa Mairea
Villa Mairea
Villa Mairea
Villa Mairea
Organização espacial
• Dentro do vestíbulo, a parede ondulada com a qual se depara já dá uma
noção dos outros ambientes à direita;
• Quatro degraus conduzem ao nível da sala de estar principal, que se
desdobra e diferentes direções;
• No fundo, expande-se em diagonal a área da lareira, e depois se atrai à
grande sala de música, com colunas revestidas de vime e janelas de
dimensões generosas;
• Somente à biblioteca é conferida privacidade total;
• Ao nível da sala de estar principal, situam-se colunas delgadas,
dispostas em intervalos irregulares de ambos os lados da escada de
madeira;
• A sauna com a piscina fica ao lado oposto ao grande cômodo do térreo;
Villa Mairea
Materiais
• Lajes de ardósia negra sem polimento;
• Marrom das venezianas de madeira;
• Faixa amarela representada pelo parapeito;
• Textura delicada no interior;
• Vestíbulo pavimentado com ladrilhos marrom, dispostos diagonalmente;
• Ladrilhos cerâmicos vermelhos pavimentam a sala de visitas e continuam na sala de
jantar;
• Lareira finlandesa;
• Madeira nas escadas;
• Para indicar que as diferentes partes da sala de estar principal se mesclam entre si, as
zonas de ladrilho cerâmico se fundem ao piso de madeira numa curva ondulada;
• Justaposição sutil de materiais;
• Brilhantes colunas gêmeas das páreas de estar são de um preto cor de ébano;
• Pequenas faixas trabalhadas em vime situadas em altura variada ao redor das
colunas;
• Ampla lareira finlandesa com prateleiras de granito;
• Parede branca e suave;
• Tijolo rusticamente pintado;
• Uso de diferentes texturas com o sentido de ajudar a modular os espaços fluidos;
• Os parapeitos dos balcões e algumas partes das fachadas são revestidos de madeira teca;
• A ala da sauna é em pinho;
Villa Mairea
Villa Mairea
Villa Mairea
Villa Mairea • Nas palavras de Aalto, “uma casa aristocrática como essa foi um
experimento de laboratório para as construções normais dos operários e
um exemplo de como a mesma forma pode servir aos diferentes estratos
da sociedade e constituir uma espécie de tendência democrática da arte”;
Referências Bibliográficas
Fleig, Karl. Alvar Aalto. Editora Martins Fontes, São Paulo, 1994;
Giedion, Sigfried. Espaço, tempo e arquitetura. Editora Martins Fontes, São Paulo, 2004;
Gelmini, Gianluca. Coleção Folha Grandes Arquitetos – Alvar Aalto. Folha de São Paulo, São
Paulo, 2011. Volume 16.
Tietz, Jürgen. História da Arquitetura Contemporânea. Editora Ullmann, 2008;
Benevolo, Leonardo. História da Arquitetura Moderna. Editora Perspectiva, São Paulo, 2011.
Anderson, Stanford. A Ficção da Função. (tradução por Anete Araújo para uso exclusivo em
sala de aula), 2006.
Venturi, Robert. Complexidade e Contradição em Arquitetura. (?)
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