A Formação do Reino de Portugal
A história do nosso país começa com D. Afonso VI, rei de Leão e Castela, sucessor dos primeiros reis cristãos que iniciaram a RECONQUISTA CRISTÃ das terras ocupadas pelos muçulmanos.
O Condado Portucalense e a Reconquista Quando o rei de Leão e Castela, Afonso VI, teve
dificuldades na luta contra os Muçulmanos, pediu ajuda aos cavaleiros cristãos da Europa (cruzados).
Entre os cruzados, destacaram-se dois primos D. Raimundo e D. Henrique.
Como recompensa dos serviços prestados:
- D. Raimundo casou com a filha legítima do rei Afonso VI e recebeu o condado da Galiza.
O Condado Portucalense• D. Henrique de
Borgonha, um nobre de origem franca (francesa) foi um dos primeiros Cruzados a chegar à Península Ibérica na época da Reconquista Cristã e, rapidamente, se destacou no combate aos mouros.
.
Na época, era costume os reis cristãos recompensarem estes cavaleiros, atribuindo-lhes, sob certas condições, o governo de extensos territórios. Deste costume beneficiou também o Conde D. Henrique.
• D. Henrique recebeu de D. Afonso VI, rei de Leão uma parte do seu reino – o Condado Portucalense – casando com uma filha ilegítima (que quer dizer : nascida fora do casamento) do REI, D. Teresa.
O novo Conde tinha a seu cargo o governo, a defesa, o desenvolvimento e o alargamento para o sul do Condado Portucalense. Senhor do seu território, D. Henrique era, no entanto, um súbdito, obrigado a prestar lealdade, auxílio e vassalagem ao seu legítimo rei, D. Afonso VI.
A prestação de vassalagem de um nobre ao rei.
D. Afonso VI
D. Urraca
D. Afonso Henriques
D.Teresa
D. Afonso VII
D. Raimundo D. Henrique
O Condado portucalense• O Condado situava-se entre os rios Minho e
Mondego. O conde D. Henrique, continuava dependente de D. Afonso VI, devendo-lhe obediência, lealdade e auxílio militar.
Com a morte de D. Henrique, ficou a governar D. Teresa. Com 16 anos, D. Afonso Henriques, arma-se, a si próprio, cavaleiro, ato próprio só de reis.
• Quando D. Henrique morre em 1112, o seu filho Afonso tem apenas 4 anos.
• O governo do Condado passa, então, para as mãos de D. Teresa, sua mulher.
Desde sempre ligada à nobreza galega e leonesa, D. Teresa cedo se constitui como obstáculo às aspirações de independência de parte da sociedade portucalense.
O País divide-se em dois…• D. Teresa, um joguete
nas mãos do seu conselheiro ,Fernão Peres de Trava ,com quem virá a casar , representa a nobreza mais antiga de origem Galega e Leonesa e pretende que o condado continue ligado ao Reino de Leão e Castela.
• D. Afonso Henriques, que com 16 anos arma -se a si próprio Cavaleiro, na catedral de Zamora, é apoiado pelo povo e pela nobreza portucalense de formação mais recente e nível mais baixo, na luta pela independência.
A Batalha de S. Mamede Em 1128,D. Afonso Henriques, apoiado por nobres do
condado portucalense, derrotou o exército de sua mãe. Objectivos: alcançar a independência e alargar o
território.
Egas Moniz, o aio de D. Afonso Henriques, apresenta--se com a família perante o rei de Leão, uma vez que tinha dado a
sua palavra de honra ao rei de castela que D. Afonso Henriques prestaria vassalagem e este não o fez.
• A partir de 1128, com a vitória dos seus partidários sobre os de sua mãe, D. Teresa, no campo de S. Mamede perto de Guimarães, D. Afonso Henriques passa a governar de facto o Condado Portucalense.
• Depois de pôr em causa a autoridade de seu primo e soberano, o auto-proclamado , Imperador Afonso VII, D. Afonso Henriques vai mais longe desafiando o Papa, ao nomear para Bispo de Coimbra, Pires Çoleima, um moçárabe.
• Esta atitude atitude custou-lhe O CASTIGO DO papa que o PROIBIU de ser cristão, ou seja excomungou-o.
Batalha de S. Mamede
A luta pela independência foi feita com avanços e recuos.
D. Afonso Henriques, tendo que dar resposta aos ataques dos muçulmanos que tentavam reconquistar os territórios a sul, foi obrigado a assinar a Paz de Tui (1137) com o seu primo, o rei D. Afonso VII, rei de Leão e Castela.
A PAZ de TUI era um acordo, uma trégua quase uma rendição para conseguir ganhar tempo. Aí reconheceu novamente, por pouco tempo como era seu costume, a soberania a D. Afonso VII, rei de Leão e Castela, prestando-lhe a devida vassalagem.
• Pelo “Tratado de Zamora , é pela 1ª vez reconhecida a independência do Condado Portucalense que, a partir de então, se passa a chamar Reino de Portugal, em 5 de Outubro de 1143.
O Reino de Portugal Depois de algumas batalhas (Cerneja e Arcos de Valdevez ),
é assinado o tratado de Zamora, em 1143. Neste tratado D. Afonso VII reconhece a independência do condado que passa a chamar-se Reino de Portugal, tendo D. Afonso Henriques como rei.
O “ MILAGRE DE OURIQUE “
O episódio do “ Bispo Negro “ , isolando ainda mais D. Afonso Henriques a nível externo , serviu, no entanto, para reforçar à volta do rei a coesão de um reino que nascia contra tudo e contra todos, mas com” Deus do seu lado”.
Em 1139, a lendária vitória na Batalha de Ourique , alcançada através da “milagrosa intervenção divina”, ajudará a consolidar o seu prestígio e autoridade.
O reconhecimento do PapaNaquele tempo era preciso que o Papa reconhecesse a
independência e confirmasse o título de rei. Em 1179 o Papa Alexandre III, reconhece D. Afonso Henriques
como rei, através de uma bula, Bula Manifestis Probatum.
Alargamento do território
Em 1139, vence os Mouros na batalha de Ourique..
Em 1147, D. Afonso Henriques
conquistou Santarém
e Lisboa, aos mouros.
Em 1158 conquista Alcácer do Sal e em 1159 conquista Évora e Beja.
Nestas batalhas destacaram-se figuras como Gonçalo Mendes da Maia, o Lidador, D. Fuas Roupinho e Geraldo Sem Pavor.
O Alargamento do Reino• Reconhecido como Rei a norte,
a acção de D. Afonso Henriques centra-se, agora, a sul. Atingir a linha do Tejo é, agora, o principal objetivo.
• As conquistas de Leiria, 1145, Santarém, 1147, e Lisboa, ainda no mesmo ano, são disto prova.
• Lisboa, foi tomada pelo cerco, por mar e por terra , com a ajuda dos Cruzados Normandos, Francos e Anglo-Saxões. Estes dirigiam-se à Terra Santa, na altura sob ocupação Muçulmana, para a reconquistar.
Morte de Martim Moniz
D. Fuas Roupinho
Geraldo Sem Pavor
Gonçalo, Mendes da Maia
• Em 1185, ano da morte de D. Afonso Henriques e depois de muitas conquistas no Alentejo, os muçulmanos já tinham reconquistado muitas terras. Os seus sucessores , D. Sancho I, D. Afonso II, D. Sancho II e D. Afonso III irão continuar a sua obra.
• D. Afonso Henriques ( O Conquistador ) morre em
1195, assistindo ainda à perda de quase todos os territórios do Alentejo.
A Reconquista Cristã e a formação do Reino de Portugal foram, de facto, feitos de avanços e recuos.
• Finalmente ,Em 1249, no reinado de D. Afonso III ( O Bolonhês ), são conquistadas as últimas e mais ricas cidades muçulmanas em território português – Faro e Silves.
Conquista de Silves
Conquista definitiva do Algarve Em 1249. com D. Afonso
III, conquista-se definitivamente o Algarve, terminando a Reconquista em território português.
Em 1279, é assinado, no reinado de D. Dinis, o tratado de Alcanizes, que definiu as fronteiras de Portugal, sendo um dos países mais antigos da Europa.
Participação da população Rei – Chefiava os exércitos, governava o reino, aplicava a
justiça, decidia da paz e da guerra. Senhores nobres e monges guerreiros – comandavam
os seus guerreiros e recebiam terras em paga dos serviços prestados.
Homens do povo – combatiam a pé , e eram a maior parte dos combatentes,
Reis da Dinastia Afonsina ou Borgonha
D. Afonso Henriques, O Conquistador D. Sancho I, O Povoador D. Afonso II, O Gordo D. Sancho II, O Capelo D. Afonso III, O Bolonhês D. Dinis, O Lavrador D. Afonso IV, O Bravo D. Pedro I, O Justiceiro D. Fernando, O Formoso
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