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1A condenação de Sócrates, de Jacques-Louis
Platão(470-399 a.C.)
Platão(470-399 a.C.)
“Homem”,
Cultura e
Sociedade
Prof. MsC. Hauley Silva Valim Faculdade Pitágoras
Santo
Agostinho
Instauração da Idade
Média
(193) Início do declínio do Império
Romano.
(313) O Édito de Milão
descriminaliza o cristianismo.
(391) O Édito de Tessalónica torna
o cristianismo a religião oficial
do Império Romano.
(476) Queda do Império Romano
do Ocidente
(529) A Academia de Platão, em
Atenas, foi fechada. E no mesmo
ano foi fundada a Ordem dos
Beneditinos, a primeira grande
ordem religiosa.
Império Romano
Império• Potencia Política
Declínio• Cristianização
Império • Cristianismo, religião oficial
Colapso do Império
Colapso • Estado
Religião • Potência
Igreja
• Deixa de ser Império Romano estatal
“Por Idade Média entende-se, na verdade, um período que se
estende entre duas outras épocas. A expressão Idade Média
surgiu no Renascimento. Para o „homem‟ renascentista, a Idade
Média tinha sido uma única e longa ―noite de mil anos, que
cobrira a Europa entre a Antigüidade e o Renascimento. Ainda
hoje empregamos a expressão medieval em sentido pejorativo
para nos referir a tudo que nos parece demasiado rígido e
autoritário. Mas também houve os que considerassem a Idade
Média um período de mil anos de crescimento. Foi na Idade
Média, por exemplo, que se constituiu o sistema escolar. Já nos
primórdios da Idade Média surgiram nos conventos as primeiras
escolas. No século XII, as escolas das catedrais vieram se juntar
às dos mosteiros. Por volta de 1200, aproximadamente,
começaram a ser fundadas as primeiras universidades. Ainda
hoje, os estudos das diferentes áreas do saber são divididos em
diferentes ―faculdades, exatamente como na Idade Média”
(Gaarder).
Aspectos biográficos de
Agostinho de Hipona
Nasceu em Tagaste (Numídia) em 354, filho
de um funcionário municipal e de Mônica,
fervorosa cristã.
Agostinho foi fortemente influenciado pelo
maniqueísmo e pelo neoplatonismo de
Plotino.
De 375 a 383 estabeleceu-se em Cartago,
como professor de eloqüência.
Em 390, perdeu o filho.
Em 395 foi sagrado bispo no pequeno porto
de Hipona.
Três concepções sobre como
definimos a essência das coisas, sua
conceituação
1. Platão
O conceito está contido no mundo
das Idéias em contraposição ao
mundo das Formas
Três concepções sobre como
definimos a essência das coisas, sua
conceituação
2. Aristóteles
Cada coisa é uma substancia
individual, contendo em si sua
matéria, forma e essência
Três concepções sobre como
definimos a essência das coisas, sua
conceituação
3. Santo Agostinho
Teoria da Iluminação Divina: a
essência está em nós e só é
perceptível com a Iluminação
Divina
“Para os filósofos da Idade Média, o fato de o
cristianismo significar a verdade era um dado
praticamente irrefutável. A questão era saber
se tínhamos que simplesmente acreditar na
revelação cristã, ou se também podíamos nos
aproximar das verdades cristãs com a ajuda de
nossa razão. Qual era a relação entre os filósofos
gregos e as doutrinas da Bíblia? Havia uma
contradição entre a Bíblia e a razão, ou será que
a fé e o conhecimento podiam conviver em
harmonia?” (Gaarder).
A razão teria importância
para a filosofia de Agostinho?
Sim claro, porém a fé é o
pilar da razão.
Isaias 7:8
“Se não credes, não entendereis”
Pensamento de Agostinho sobre a Sobre a Filosofia Clássica
“consiste em uma preparação da alma, útil para a compreensão da Verdade Revelada”, porém a sabedoria do mundo é limitada; sendo necessário, portanto, quanto aos ensinamentos religiosos, primeiro acreditar para depois compreender” (Danilo Marcondes)
Epistemologia
“Como pode a mente humana,
mutável e falível, atingir a verdade
eterna com certeza infalível”?
Noções relacionadas:
1. Imagem de Deus (Harmonia)
Epistemologia
“Como pode a mente humana,
mutável e falível, atingir a verdade
eterna com certeza infalível”?
Noções relacionadas:
2. Pecado (distanciamento da Verdade)
Epistemologia
“Como pode a mente humana,
mutável e falível, atingir a verdade
eterna com certeza infalível”?
Noções relacionadas:
3. Iluminação Divina (Graça de Deus)
– a mente humana contém uma
“centelha do intelecto divino”
No entanto, “o conhecimento não pode
ser derivado inteiramente da apreensão
sensível (ensinamento religioso) ou da
experiência concreta, necessitando um
elemento prévio que sirva de ponto
de partida para o próprio processo de
conhecer” Que Elemento Prévio?
Elemento prévio:
“É Cristo que habita, como foi
dito, o interior do homem. Quando,
pois, se trata das coisas que
percebemos pela mente, isto é,
através da intelecto e da razão,
estamos falando ainda em coisas que
vemos como presentes naquela luz
interior de verdade” (De Magistro)
Rompe com a concepção grega de tempo
histórico cíclico.
Em Santo Agostinho o tempo histórico tem:
Início Λ
Fim Ω
Teoria do conhecimento em Santo Agostinho (epistemologia)
1. Na alma se reflete a imagem de Deus
2. Lá surge o pensamento, que nada mais é que uma recordação de Deus.
3. É o conhecimento que nos encontra: a inteligência de Deus em nós.
4. É a alma que julga, com critérios imutáveis, perfeitos e racionais
Neste sentido, a Igreja guarda na terra as
chaves da Cidade de Deus, base
dogmática da supremacia do poder
espiritual e temporal da Idade Média
“Não é toda e qualquer alma que é apta,
mas somente aquela que é santa e pura,
ou seja, aquela que tem o olho santo,
puro e sereno com o qual pretende ver
as idéias. A pureza da alma torna-se uma
condição necessária para a visão da
Verdade, bem como para a sua fruição”
(Reale, 1990:440-444).
“Para Agostinho, nenhum homem merece a
redenção divina. Não obstante, Deus
teria escolhido alguns que seriam salvos
da condenação eterna. Para Ele, portanto,
não há qualquer mistério sobre quem
deve e quem não deve ser salvo.
Isto já está estabelecido
a priori” (Gaarder).
Concepção que legitima as
crenças calvinistas
histórico-contemporâneas.João Calvino
BIBLIOGRAFIA
AGOSTINHO, Santo. Confissões. São Paulo: Paulus 1984.
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires.
Filosofando: Introdução à Filosofia. São Paulo: Moderna, 1993.
CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: ed. Ártica, 1999.
GAARDER, Jostein. “O Mundo de Sofia: Romance da História da
Filosofia”. São Paulo: Cia. das Letras, 1998.
MARCONDES, Danilo. Iniciação à História da Filosofia: dos Pré-
Socráticos a Wittgenstein. Jorge Zahar Ed. Rio de Janeiro 2001.
REALE, Giovanni/ANTISERI, Dario. História da Filosofia: Antiguidade e
Idade Média. Ed. Paulinas, São Paulo 1990.
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