UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO E ASSUNTOS COMUNITÁRIOS
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO
PROJETO PRÁTICAS INTEGRAIS DA NUTRIÇÃO NA ATENÇÃO BÁSICA EM
SAÚDE
ANA KAROLINA GONZALEZ
THAISE ANATALY
THAISY GARCIA
GRUPO OPERATIVO: ESCOLA I
João Pessoa
2009
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ANA KAROLINA GONZALEZ
THAISY GARCIA
THAISE ANATALY
GRUPO OPERATIVO: ESCOLA I
Relatório do Grupo da Escola I do Projeto de
Extensão Práticas Integrais da Nutrição na
Atenção Básica em Saúde (PINAB),
coordenado pela professora Ana Cláudia
Cavalcanti Peixoto de Vasconcelos, do
Departamento de Nutrição da Universidade
Federal da Paraíba, apresentado a PRAC, CCS
e DN/UFPB.
João Pessoa
2009
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................ 04
2 OBJETIVOS............................................................................................................. 06
2.1Objetivo Geral ......................................................................................................... 06
2.2 Objetivos Específicos.............................................................................................. 06
3 METODOLOGIA.................................................................................................... 07
4 ATIVIDADES REALIZADAS............................................................................... 09
4.1 Visitas Domiciliares................................................................................................ 09
4.2 Planejamento Escolar do Ano Letivo..................................................................... 09
4.2.1 Planejamento do Grupo....................................................................................... 09
4.2.2 Planejamento da EMAA...................................................................................... 10
4.3 Aconselhamento Dietético Individual..................................................................... 11
4.4 Atividades na Escola............................................................................................... 13
5 DISCUSSÃO, REFLEXÃO E ENCAMINHAMENTOS..................................... 17
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................. 21
REFERÊNCIAS.......................................................................................................... 22
APÊNDICES................................................................................................................ 23
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1 INTRODUÇÃO
Visando contribuir com a promoção da saúde e da Segurança Alimentar e
Nutricional (SAN), estudantes do curso de graduação em Nutrição da Universidade
Federal da Paraíba(UFPB) participam do PINAB (Práticas Integrais da Nutrição na
Atenção Básica em Saúde), projeto de extensão vinculado ao Departamento de
Nutrição/UFPB, o qual desde Agosto de 2007,vem realizando atividades na Unidade
de Saúde da Família (USF) Vila Saúde na Escola Municipal Augusto dos Anjos
(EMAA) e nas comunidades Jardim Itabaiana, Pedra Branca e Boa Esperança, no
bairro do Cristo Redentor (João Pessoa – PB). Desenvolvido segundo o referencial
teórico-metodológico da Educação Popular, o PINAB realiza suas atividades com
cinco grupos operativos: Gestantes, MP (Mobilização Popular), PBF (Programa Bolsa
Família), Escola I (direcionado às crianças da EMAA) e Escola II (direcionado aos
adolescentes da EMAA).
Além dos grupos supracitados, o projeto em pauta realiza visitas domiciliares,
as quais acontecem quinzenalmente, nas sextas-feiras à tarde, e os participantes
reúnem-se em duplas ou trios, acompanhando – cada um deles – duas casas, no intuito
da conquista de um maior vínculo com as pessoas do território de atuação.
Os aconselhamentos dietéticos também fazem parte das atribuições dos
estudantes que compõem o PINAB. Mensalmente, cada grupo se dispõe a realizar
troca de saberes com usuários da USF, conferindo uma conotação diferenciada da
nutrição, neste espaço. Ou seja, utiliza-se o diálogo e enxerga-se a pessoa em
atendimento de maneira holística, levando-se em consideração o que a permeia, como
cultura, condições sócio-econômicas, entre outros. Desta forma, a condutas dietéticas
são baseadas, de fato, na individualidade e estilo de vida do sujeito. Ressalta-se, ainda,
que esta ação é uma oportunidade dos graduandos em nutrição explorarem o binômio
teoria-prática, relacionando o que veem em sala de aula à realidade daquela população.
O Grupo Operativo Escola I, como explanado anteriormente, é um dos eixos de
atuação do projeto, tendo-se optado pela participação neste espaço, porque ele é
privilegiado, no que diz respeito ao desenvolvimento de ações educativas, sendo o
programa de alimentação escolar excelente ferramenta para a promoção de hábitos
alimentares saudáveis, uma vez que além de fornecer uma parcela dos nutrientes que
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os alunos necessitam diariamente, deve possibilitar a construção de espaços
educativos, ao
estimular a integração de temas relativos à nutrição ao currículo escolar (CARVALHO
et al, 2008). Neste sentido, a Portaria Interministerial nº. 1010/2006, a qual institui as
diretrizes para a Promoção da Alimentação Saudável nas Escolas de educação infantil,
fundamental e nível médio das redes públicas e privadas, em âmbito nacional, ainda,
corrobora que “a alimentação não se reduz à questão puramente nutricional, mas é um
ato social, inserido em um contexto cultural”, afirmando, também, que a “alimentação
no ambiente escolar pode e deve ter função pedagógica, devendo estar inserida no
contexto curricular”.
Nos diz a SAN que em escolas, serviços sociais, empresas de refeições coletivas
e serviços de orientação ao consumidor podem desenvolver atividades de educação
nutricional no sentido de influenciar um exemplo de consumo, promovendo assim a
segurança alimentar e as práticas alimentares saudáveis. Muitos aspectos da
alimentação podem ser trabalhados: revalorizar comidas artesanais, incentivar a
culinária típica, explorar a biodiversidade, evitar o desperdício, dentre outros. Através
de atividades lúdicas, as praticas de alimentação saudável se tornam mais facilmente
absorvida pelas crianças e adolescentes que ali estudam (BOOG, 2004).
Com base no que foi exposto, o presente relatório descreve e reflete sobre as
atividades realizadas no semestre 2009.1, as quais objetivaram a promoção de práticas
alimentares saudáveis, através da construção coletiva do conhecimento com os
estudantes do 2° ano do ensino fundamental Escola Municipal Augusto dos Anjos.
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2 OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral
Desenvolver atividades de promoção da alimentação saudável junto aos
estudantes do segundo ano da Escola Municipal Augusto dos Anjos.
2.2 Objetivos Específicos
Participar de reuniões que envolvam os pais dos alunos da EMAA;
observar a alimentação oferecida pela escola;
construir um mural informativo sobre questões relacionadas à alimentação e a
comunidade escolar;
realizar aconselhamentos dietéticos junto ao nutricionista ou estagiário;
participar das atividades escolares, como o planejamento pedagógico anual;
realizar ações educativas relativas à temática da Segurança Alimentar e
Nutricional (SAN) com os estudantes.
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3 METODOLOGIA
Educação Popular (EP), sistematizada por Paulo Freire, é uma metodologia que
visa proporcionar transformação dos envolvidos, por isso é comprometida e
participativa. É uma estratégia de construção da participação popular para o
redirecionamento da vida social, na qual o diálogo é incentivado, logo, nos espaços em
que se faz presente, as conversas acontecem de maneira horizontalizada, uma vez que
se atribui importância ao que o outro traz consigo de conhecimentos e, ao haver o
compartilhar deles, ou seja, a troca desses saberes, todos constroem juntos uma nova
realidade. Segundo Vasconcelos (2004):
Educação Popular é o saber que orienta nos difíceis caminhos,
cheios de armadilhas, da ação pedagógica voltada para a
apuração do sentir/pensar/agir dos setores subalternos para a
construção de uma sociedade fundada na solidariedade, justiça
e participação de todos.
Baseando-se no eixo teórico-metodológico exposto, os integrantes do grupo
Escola I, desenvolveram aconselhamentos nutricionais na Unidade de Saúde da
Família Vila Saúde, visitas domiciliares nas áreas de abrangência da referida unidade e
atividades coletivas com a comunidade escolar da EMAA.
Os aconselhamentos dietéticos (ADs), abordagem escolhida pelo PINAB para
nortear os atendimentos clínicos individuais realizados na USF em questão, não visa
apenas a adesão do usuário à dieta, e sim, em conjunto com este, criar estratégias para
solucionar os problemas relativos às suas práticas alimentares inadequadas. Nessa
abordagem, é relevante a sensibilidade do profissional para a escuta, a sua disposição
para o diálogo e a predisposição à formação de vínculo. É importante destacar, ainda,
que a forma do nutricionista desenvolver as atividades educativas não é neutra, pois
recebe influências do contexto social, político e econômico em que ele atua (COSTA,
RIBEIRO & RIBEIRO, 2001).
Nos ADs as extensionistas procuraram agir em conformidade com as etapas
preconizadas para este processo, por dessa forma, realizaram: descoberta inicial, na
qual se observou o comportamento de cada usuário, considerando-se a forma como se
expressava, a postura e as emoções passadas pelo mesmo; exploração em
profundidade, em que se desenvolveu um processo de anamnese com o paciente,
colhendo informações acerca de suas preferências alimentares, aversões,
disponibilidades de alterações em seus hábitos alimentares; doenças pré-existentes,
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entre outros fatores; e, preparação para ação, na qual extensionistas e usuários,
construíram juntos uma nova conduta alimentar, a qual visava a reeducação alimentar
de maneira gradativa, além de acordar metas, cujo objetivo era a melhoria da qualidade
de vida (RODRIGUES, 2005).
As visitas domiciliares, por sua vez, praticadas quinzenalmente, é um eixo de
atuação essencial no que diz respeito à intenção do projeto em buscar um crescente
vínculo com a comunidade. Neste campo de atuação, casas pré-estabelecidas foram
visitadas durante todo o semestre por grupos de dois ou três extensionistas,
propiciando a estes, um melhor conhecimento da situação em que cada componente da
família se encontra e, a partir disto, buscou-se contribuir na construção de possíveis
soluções, seja como ponte de ligação entre as famílias e a USF, ou mesmo como
participantes de momentos especiais com conversas informais com integrantes da
comunidade em questão.
Semanalmente, utilizando-se do espaço conferido ao PINAB pela EMAA,
desenvolveram-se atividades lúdicas com os estudantes do 2° ano C, turma
inicialmente selecionada devido ao apoio expresso, logo em um primeiro contato, da
respectiva professora, a qual se disponibilizou para auxiliar o grupo na elaboração e
execução das atividades. As ações desenvolvidas com este público fundamentaram-se
na promoção de informações acerca de uma alimentação saudável relacionadas à
aplicação de conteúdos vistos em sala de aula por eles.
Nas sextas-feiras, pela manhã, a partir da exposição de alguns temas didáticos
propostos pela professora, e aliados à nossa visão de necessários assuntos a serem
trabalhados com as crianças, buscou-se a aplicação de criativas atividades que
despertassem a motivação e o conseqüente aprendizado das crianças. Para isso, foram
utilizados recursos pedagógicos diversificados como dinâmicas, gincanas, atividades
com músicas, exercícios lúdicos envolvidos por objetivos como a socialização, o
incentivo à leitura e à aquisição do conhecimento como um todo. Á medida do
possível, fez-se também entregas de prêmios como instrumentos de estímulo ao
alunado em momentos que componentes deste, respondiam com sucesso ao serem
questionados acerca de assuntos trabalhados em sala.
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4 ATIVIDADES REALIZADAS
4.1 Visitas domiciliares
22 de Maio; 05 de Junho; 19 de Junho; 03 de Julho; 17 de Julho; 31 de Julho;
14 de Agosto, de 2009
Tendo em vista que novas integrantes foram incorporadas ao grupo, fez-se um
reconhecimento da área de atuação e fomos divididas em duplas ou trios para a
realização das visitas. Diferentemente de outros períodos, pudemos ter um contato
maior com as famílias, pois nossos encontros passaram a ocorrer quinzenalmente.
Passamos, também, a concretizar as visitas sozinhas, sem o acompanhamento dos
ACSs. Ressalta-se que cada dupla ou trio visitava duas casas, o que, possivelmente,
possibilitou a criação de um vinculo maior com cada família. Após as visitas eram
realizadas as reflexões teóricas, em que eram lidos textos sobre educação popular e se
refletia sobre os aspectos mais relevantes que vivenciávamos nas visitas. Eram
colocados na “roda” nossos medos e receios e assim também podíamos fazer um auto-
questionamento (estávamos agindo realmente como educadores populares?).
4.2 PLANEJAMENTOS ESCOLAR DO ANO LETIVO
4.2.1 Planejamento do Grupo
08 de maio; 26 de junho, de 2009
Nesta reunião os estudantes integrantes do grupo escola se reuniram com a
coordenadora do projeto PINAB, objetivando programar a atuação do grupo para o
semestre. Fizemos uma leitura do relatório do grupo Escola I do período passado e,
posteriormente, traçamos alguns direcionamentos: a) procurar participar de reuniões
com os pais de alunos da escola; b) observar a alimentação escolar, a qual se tornou
terceirizada; c) construir um mural, cedido pela escola, para anexar as atividades
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realizadas pelos alunos, dentre outros possíveis materiais; d) conversar com a direção
da escola sobre a veiculação de uma rádio-escola no intervalo.
Quando a escola entrou de férias nos reunimos no departamento para avaliarmos o
que já havíamos feito e quais as atividades poderiam ser desenvolvidas com o reinício
do ano letivo. Esquematizamos, ainda, o que poderíamos levar de idéias para o
planejamento pedagógico da escola, que iria ocorrer no dia 3 de julho, ficando
acordado o seguinte:
1) Analisar quais professores estariam interessado em nossas atividades, qual
turma se iria trabalhar;
2) utilizar uma rádio-escola, focando alimentação saudável, dentre outros temas,
dependendo da escolha da turma;
3) realizar teatro de fantoche, uma vez que este é um artifício bem lúdico e que
consegue a atenção do público alvo;
4) propor uma oficina com os professores, uma vez que eles são agentes
multiplicadores, mostrando o quanto eles são influenciadores nos hábitos alimentares
dos estudantes; além disso, incentivar a interdisciplinaridade, discutindo a questão da
alimentação como assunto a ser inserido no contexto das aulas;
5) explicar o mural, indagando como poderíamos integrar as turmas e o que
poderia estar sendo exposto no mesmo (articulação). Discutir a idéia, objetivos do
mural.
4.2.2 Planejamento da EMAA
03 de julho; 31 de julho; 14 de agosto, de 2009
A primeira reunião que participamos da EMAA ocorreu no dia 03 de julho, a qual
foi uma reunião pedagógica envolvendo professores e funcionários da mesma.
Pensávamos que se tratava de uma reunião para planejamento de aulas e atividades que
seriam realizadas no retorno das férias, mas se tratava de uma reunião de motivação.
No primeiro momento todos ficaram em uma mesma sala reunidos, para a abertura da
reunião. Logo depois o grupo de professores permaneceu na sala e os funcionários
foram levados para uma sala ao lado. Nós do grupo nos dividimos: duas de nós foram
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para o grupo dos funcionários e a outra integrante participou do grupo de professores
junto com a coordenadora do projeto.
No dia 31 de julho, houve a reunião com os professores, pais de alunos,
coordenadores pedagógicos e direção. Começou com uma música e depois uma
reflexão muito boa sobre dez passos para que os pais os sigam em casa com seus
filhos. Os professores e coordenadores explicaram cada passo. Falaram da importância
dos pais de conhecerem e sempre estarem em contato com os professores de seus
filhos. Uma das professoras nos chamou para nos apresentarmos aos pais. Falamos do
PINAB e das atividades que fazíamos com eles. Daniela e Simony – estagiárias do 8°
período e integrantes do PINAB - também puderam explanar sobre o projeto e
enfocaram os aconselhamentos dietéticos que ocorrem na USF Vila Saúde.
No dia 14 de agosto, participamos da reunião de planejamento com os professores.
Na reunião foi discutido como seria o desfile do dia 07 de setembro em comemoração
à independência do Brasil. O segundo ano (turma com a qual fazíamos as atividades)
iria desfilar representando a temática da alimentação saudável. Nessa reunião as
professoras puderam falar da sua profissão, como se sentem, os desafios. Houve
também agradecimentos a colaboração de Dora e Verônica (orientadoras), que se
dedicam muito a escola. Diane (diretora geral da manhã) também participou da reunião
e falou da dificuldade de lidar com os alunos que possuem famílias tão diferentes e
com uma realidade tão difícil. Foi avisado também da semana do folclore.
4.3 ACONSELHAMENTO DIETÉTICO
15 de maio de 2009
a USF, nós nos dividimos em dois grupos orientados, um por Jossana e outro por
Renata, que eram as estagiárias do Estágio Supervisionado em Nutrição em Saúde
Pública da UFPB, nesse período.
Neste dia atendemos um paciente de 17 anos, que se achava muito magro e que
gostaria de ganhar peso. Ele foi acompanhado por sua mãe que também o achava
muito magro para sua altura. O grande problema desse paciente eram os horários das
refeições que ele fazia. Por se tratar de uma primeira consulta, fez-se uma anamnese
alimentar e uma posterior intervenção nutricional com o objetivo de obter um maior
peso para o mesmo, se alimentando de forma correta e nos horários corretos.
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12 de junho de 2009
Este aconselhamento contou com a orientação da nutricionista e professora
Ana Claudia, a paciente era eutrófica e se achava gorda e nos procurou para conseguir
emagrecer, pois trabalha com estética e acha muito importante se alimentar bem e
corretamente. Por se tratar da primeira consulta realizada com esta, fez-se uma
anamnese alimentar e uma posterior intervenção nutricional com o objetivo de
melhorar a sua alimentação e assim de sua família, que consumia muita gordura e
alimentos que não eram muito saudáveis, como refrigerantes.
10 de julho de 2009
Este aconselhamento foi o retorno de uma paciente. Ela estava receosa, porque não
acompanhou a dieta com os devidos cuidados, Ela não conseguiu baixar o seu peso,
mas falou que estava se sentindo bem melhor. Conseguiu diminuir da sua alimentação:
refrigerante, alimentos com muita massa (que consumia antes de dormir) e a lingüiça,
cujo consumo tinha alta freqüência. As suas dificuldades foram os lanches antes das
refeições, os quais não conseguia realizar, o baixo consumo de verduras, além da água,
que bebia restritamente, também. Aconselhamos a ingestão de verdura e da água com
mais freqüência e procurar fazer os lanches antes das refeições, para que não sinta
tanta fome antes das mesmas.
07 de agosto de 2009
Estavam agendados três retornos e três primeiras consultas para esse dia, no
entanto, apesar de terem sido avisados pelos ACS, nenhum dos pacientes marcados
compareceu. Eles foram avisados pelos mesmos, mas por terem outras atividades no
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mesmo horário não puderam comparecer Como não houve aconselhamento, nos
reunimos para fecharmos as atividades da próxima sexta-feira na escola.
4.4 ATIVIDADES NA ESCOLA
24 de abril de 2009
Neste dia não pudemos fazer a atividade, porque as escolas municipais de João
pessoa entraram em paralisação.
01 de maio de 2009
Não foi realizada a atividade na EMAA, por conta do feriado do dia do
trabalho.
08 de maio de 2009
Por conta, ainda, da paralisação não houve atividade. Reunimo-nos, assim, no
departamento de nutrição, para uma leitura do relatório feito pelo o grupo escola I -
do período passado. A coordenadora do projeto nos esclareceu sobre a portaria Nº
1010.
22 de maio de 2009:
Foi o nosso primeiro contato com a escola. Na parte da manhã existem 11
turmas (do primeiro ao quinto ano). Possui uma sala de computação com muitos
computadores e uma área que é utilizada como quadra, porém não é coberta e o
piso é de barro. A área que seria destinada a horta é bem grande. A escola conta
com um programa do governo federal chamado MAIS EDUCAÇÃO, uma
proposta em que os alunos praticam outras atividades no horário oposto aos que
assistem aulas. Esses estudantes contam com oficinas e outras atividades.
Atualmente a coordenação desse programa é da professora Ana Maria, que tivemos
oportunidade de conversar.
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Na área destinada à alimentação escolar foram colocadas mais mesas. A escola
ainda conta com três estagiárias de pedagogia da UFPB contratadas através da
Prefeitura Municipal João Pessoa.
Ao conversarmos com alguns professores decidimos fazer atividades com a
turma do segundo ano C, a qual possui como professora Luciene. A escolha por
esta turma partiu do fato desta professora demonstrar maior interesse no que
estávamos nos propondo a realizar. Além disso, algumas professoras não tinham
como ceder espaço em sua aula, pois alegavam que - por conta da paralização das
atividades que houvera anteriormente – o conteúdo programático estava atrasado.
Ainda, optamos em trabalhar com apenas uma turma, no intuito de criarmos
vínculo com os estudantes.
29 de maio de 2009
Ao chegarmos à escola, fomos para a sala dos diretores e conversamos com
Miza (diretora da manhã) e Verônica (orientadora pedagógica). Não pudemos
enfeitar o mural que seria destinado para anexar as atividades feitas com os
meninos.
Após o intervalo entramos na sala de aula, nos apresentamos e fizemos a
dinâmica do ECO. Pudemos perceber a agitação dos alunos. Começamos a
atividade, distribuindo folhas, para que fizessem desenhos relacionados à festa
junina e os cinco melhores iriam ser colocados no mural. Falamos com a
professora para que o mural fosse sempre alimentado com as suas atividades.
05 de junho de 2009
O mural que Miza nos disponibilizou foi localizado ao lado da sala dos
professores. Enfeitamos o mesmo e o intitulamos “mural nutritivo: alimente essa
idéia”. Depois de enfeitado o mural, fomos para a sala de aula fazer a atividade.
Falamos do mural para os estudantes e o apresentamos. Na sala, fizemos uma roda
e a atividade era associar a gravura da comida típica junina com a sua escrita.
Separamos as sílabas e pedimos para eles juntarem as mesmas e formarem a
palavra correta. Percebemos que eles tiveram muita dificuldade. Depois da
atividade distribuímos paçocas e as que sobraram fizemos perguntas sobre como
escreviam as palavras e quem as acertassem as ganhavam.
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19 de junho de 2009
Nosso grupo participou da festinha de São João da EMAA. A turma ao qual
trabalhamos ficou responsável pela exposição de comidas típicas. A maioria das
crianças estava vestida a caráter, bem como nós. Cada turma fez uma apresentação
de dança. Distribuímos pequenos encartes com dicas sobre o milho. Entregamos a
alguns pais e crianças presentes. Depois da festa, fomos convidadas a um lanche
com os professores. A escola entrou de férias e assim só iríamos fazer atividades
depois do dia 16 de julho.
17 de julho de 2009
Neste dia fizemos nossa primeira atividade após as férias. A atividade que
fizemos foi “semáforo alimentar”. Começamos explicando como era o
funcionamento de um semáforo. Prendemos o mesmo junto com as figuras de
alimentos e chamamos um por um para colocar nas devidas cores os alimentos que
eles achassem corretos, vermelho (quase nunca comer), amarelo (comer de vez em
quando) e verde (comer sempre). Eles mesmos perceberam alguns erros e acertos
dos alimentos nas suas devidas cores.
24 de julho de 2009
Fizemos neste dia uma mini-gincana. De início, colocamos uma música que
falava de como, e o que comer. Depois refletimos do que se tratava a música.
Falamos das frutas, feijão e arroz. Após a reflexão, começamos a gincana.
Dividimos a turma em dois grupos: grupo I dos meninos e o grupo II das meninas.
Eles teriam que encher um balão entregue por nós e que continha um pequeno
papel com uma pergunta dentro, correr até uma cadeira colocada mais a frente
deles e sentar em cima da bexiga para estourá-la. Quem a estourasse primeiro
respondia a pergunta e se estivesse correta ganharia um ponto para o grupo. No
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final os vencedores foram os meninos. Eles foram premiados com medalhas feitas
por nós de papelão e papel laminado. As douradas para os meninos a as prateadas
para as meninas. No final conversamos com a professora Luciene que nos falou da
dificuldade dos estudantes na escrita.
31 de julho de 2009
Neste dia tínhamos planejado finalizar as atividades do período com a
massinha de modelar feita por eles mesmos. Não pudemos realizar, porque a escola
fez uma reunião com pais, professores e coordenadores. Após as visitas
domiciliares pudemos falar com Diane a respeito da rádio. Ela nos disse que a idéia
era muito boa e que iria falar com um senhor que faz a manutenção do som para
ele dar uma olhada. O equipamento central fica na sala da diretoria, mas Diane não
achou problemas em levar alguns alunos para lá.
21 de agosto de 2009
Como não pudemos finalizar as nossas atividades anteriormente, esse dia foi o
último contato com eles. Fizemos a atividade já planejada: da massinha. Eles
mesmos prepararam a massa e a transformaram nos alimentos que queriam. Diane
(a diretora) nos apresentou a nutricionista responsável pela alimentação escolar,
que se chama Alessandra e se mostrou disposta a nos ajudar no que precisássemos.
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5 DISCUSSÃO, REFLEXÃO E ENCAMINHAMENTOS
O período 2009.1, no que diz respeito ao Grupo Operativo Escola I, foi muito
proveitoso. Podemos, inicialmente, apontar como pontos fortes: a união dos
integrantes do grupo, bem como o nosso compromisso em relação ao PINAB, além da
autonomia concedida pela Escola em questão ao projeto e, em especial, o apoio dado
pela professora Luciene – responsável pelo 2° ano C, turma com a qual trabalhamos.
O subsídio fornecido pelos nossos planejamentos conferiu importância nos
resultados positivos que obtivemos no presente período, uma vez que, a partir deles,
associado ao delinear dos acontecimentos, optamos trabalhar com uma única turma, o
que culminou em uma criação de vínculo sólido com as crianças e no reconhecimento
dos que compõem a escola, o que pôde ser percebido em ações como a fala concedida
aos integrantes do PINAB no dia da reunião com os professores e pais, além da ala no
desfile de 7 de Setembro focando alimentação saudável, que estava sendo representada
pelos estudantes da turma com a qual realizamos as atividades. Essas são repercussões
importantes produzidas pelo trabalho do grupo.
No tocante a reunião da qual participamos e que foi voltada aos funcionários e
professores, tem-se que, após a divisão dos grupos, na reunião destinada ao primeiro
público e facilitada por uma psicóloga, pôde-se falar muito sobre a vida e sobre
comportamentos de uns com os outros na escola, tendo sido as reflexões realizadas,
muito proveitosas. Já a destinada ao segundo público citado, não alcançou - em sua
totalidade – o objetivo esperado, talvez por se tratar de espectadores mais críticos, de
falhas nos recursos audiovisuais e/ou do próprio planejamento da capacitação. Este
momento foi significativo e enriquecedor para o grupo, pelo fato da participação em si,
por percebermos que somos considerados parte daquela instituição e pelos
conhecimentos adquiridos nos dois espaços dos quais participamos. Ressaltamos que,
devido à conotação da reunião, não pudemos expor o que havíamos planejado (o que
foi citado em outra seção deste relatório) para discutirmos nela.
No referente à alimentação escolar, é interessante comentar sobre o fato de
termos conhecido a nutricionista responsável por esta, que, no período em que atuamos
tornou-se terceirizada. Inicialmente, percebemos resistência e críticas de alguns
gestores da escola à terceirização da alimentação escolar, porque ouviam que nas
outras escolas o serviço prestado tinha uma qualidade regular. Além disso, questionava
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o porquê dos professores não mais poderem alimentar-se na escola. Nesse sentido, vale
lembrar o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), o qual é destinado,
apenas, aos alunos da Educação Infantil (creches e pré-escola) e do Ensino
Fundamental, inclusive os das escolas indígenas, matriculados em escolas públicas e
filantrópicas.
Ainda no concernente ao profissional da nutrição, percebemos, em nossas
atividades, a importância da aproximação deste com o público-alvo do programa, pois
ao questionarmos sobre “quais atividades o nutricionista desenvolve” – isto em
linguagem adaptada aos estudantes – nenhum soube nos responder fielmente o papel
do mesmo, o que pode ser atestado no seguinte depoimento: “o nutricionista é o
homem que cata as latinhas”.
Iniciamos as atividades educativas trabalhando o tema “comidas típicas
juninas”, uma vez que, a Portaria Interministerial N°1.010/2006, afirma que os
objetivos e dimensões do PNAE priorizam o respeito aos hábitos alimentares
regionais. Propomos, assim, que as crianças desenhassem o que entendiam sobre o
assunto. Posteriormente, expomos alguns dos desenhos no mural, o qual foi uma
conquista do projeto na Escola – o que foi anteriormente mencionado - e converge
com o preconizado pelos “Dez Passos para a Promoção Alimentação Saudável nas
Escolas” (2006), o qual, no oitavo passo, explana que a “criação de um espaço próprio
para divulgar informações relacionadas à alimentação e nutrição propicia o interesse
dos alunos e favorece a adesão da comunidade escolar”. No bojo desta ação,
percebemos o quão cautelosos temos de ser com este público-alvo, pois, ao expormos
apenas cinco desenhos, crianças mais sensíveis sentiram-se excluídas, o que não
condiz com o objetivo pretendido. Nosso segundo encontro, no qual levamos algumas
fotos de comidas típicas e sílabas que, juntas, formariam o nome destas e dividimos a
sala em grupos, destacamos o sentido de socialização incutido na atividade, bem como
o incentivo à leitura, aspectos importantes para o aprendizado daquelas crianças.
No âmbito das comemorações de Junho, ao participarmos da festa de São João
promovida pela escola em questão, tivemos a oportunidade de nos integrarmos mais
com o corpo docente e de prestigiarmos as apresentações, não só da turma com a qual
desenvolvemos atividades, mas das demais que compõem o turno da manhã. Ações
como esta visam intensificar o respaldo do projeto neste espaço, uma vez que firma,
ainda mais o vínculo existente entre os envolvidos.
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Utilizamos, em uma de nossas atividades, a dinâmica “Semáforo dos
Alimentos”, a qual trabalha os insumos alimentares analogamente ao funcionamento
do semáforo, interrelacionando com a freqüência de consumo dos alimentos. Após eles
escolherem em quais dos círculos (vermelho, amarelo e verde) cada alimento deveria
ficar, discutimos o tema, no intuito de compartilhar os saberes, contando com o auxílio
de estagiárias de nutrição do 8º período da UFPB. Ao término da conversa percebemos
o quanto ela foi produtiva e, na avaliação, entendemos que a atividade conseguiu
alcançar o intuito conferido a ela.
A gincana realizada teve por objetivo a avaliação dos conhecimentos
adquiridos durante as demais atividades desempenhadas e o resultado alcançado
superou nossas expectativas. Percebemos que eles haviam apreendido muito do que
discutimos e a motivação demonstrada por eles nos satisfez e estimulou na consecução
das demais atividades. Como forma de incentivo, distribuímos medalhas de ouro e
prata aos meninos e meninas participantes desta iniciativa, o que surtiu comentários
positivos em toda escola.
A última ação realizada foi a confecção da massa de modelar caseira, na
intenção de promover a saúde da criança, estimular atividades cognitivas e motoras e
gerar maior socialização. Eles poderiam modelar qualquer alimento de sua preferência
e foi muito variado o que compuseram. Com o término deste momento, discutiu-se
sobre o que eles tinham preparado, visando promover conceitos de alimentação
saudável, o que foi de grande valia aos atores naquela ocasião.
As atividades educativas foram encantadoras e estratégicas - quanto ao que o
projeto se propõe a realizar - uma vez que as crianças são agentes multiplicadores de
saberes seja na família, como na comunidade, o que pode ser confirmado no explanado
no seguinte trecho: “as atividades educativas em nutrição têm espaço próprio nas
escolas quando se fala em promoção da saúde e na possibilidade de virem a ser
produtoras de conhecimento” (COSTA, RIBEIRO & RIBEIRO, 2001). Percebemos,
também, que cada atividade foi compreendida e aproveitada por todos nós, apesar da
existência de algumas dificuldades, dentre as quais podemos explanar a questão do
como lidar com a inquietação das crianças.
Ficou notória a necessidade de investimento na educação das crianças com as
quais atuamos. A vida de muitas delas remete à extrema precariedade social, as quais
convivem com situações de miséria, fome, violência e outros aspectos que permeiam
os grupos sociais em situação de pobreza . Essa violência procede, muitas vezes, da
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própria família, o que pode repercutir nas atitudes na escola, onde os mesmos
demonstram, em fatos isolados, agressividade com colegas e até mesmos professores.
A dificuldade de leitura, além de ser um ponto enfatizado pela professora, foi
percebida por nós, que tentamos aliar as atividades planejadas, com técnicas que
favorecessem este aprendizado.
Sobre as visitas domiciliares, afirmamos que foi uma experiência muito boa
para todas nós. Em cada família pudemos detectar problemas, necessidades e anseios,
e assim compreendemos bem a importância de cada visita. Houve, infelizmente, uma
perda para nós que foi a D. Luzia, uma senhora que visitávamos e que faleceu, mas
continuamos a acompanhar esta casa e oferecemos apoio ao companheiro dela,
percebendo que realmente havíamos criado vínculo.
Algo de extrema importância neste período foram as reuniões após as visitas,
nas quais, além de compartilharmos nossas experiências, pudemos ler sobre a
Educação Popular (Pacientes Impacientes: Paulo Freire, 2007) e refletir sobre nosso
papel neste contexto e nossas práticas no universo das visitas domiciliares.
É importante sugerir que, no planejamento do próximo período letivo, o grupo
analise aspectos referentes à: qual turma trabalhar, averiguando se permanecerá ou
não com o 2° ano C; quais temáticas serão abordadas, de acordo com a demanda da
turma escolhida; implantação da rádio, será um recurso adotado? quais assuntos
serão enfocados pela rádio? como envolveremos a comunidade escolar nesse
processo? isto, dentre outros aspectos que permeiam esta questão. A opção de realizar
trabalhos com fantoches, também, poderá ser uma metodologia interessante a ser
seguida. O grupo deverá, além disso, preocupar-se com a realização dos objetivos,
traçados pelo PINAB, para o projeto aprovado pelo Edital do Programa de Extensão
Universitária – PROEXT, vinculado ao Ministério da Educação e Cultura (MEC).
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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A parceria entre o PINAB e a Escola Municipal de Augusto dos Anjos é uma
dimensão de relevância do projeto, uma vez que, como sabemos, as crianças são
multiplicadoras de saberes em todos os espaços que as circundam e, dessa forma,
pretende-se estar contribuindo para o futuro destes cidadãos e, consequentemente, da
comunidade.
O grupo considerou as atividades desenvolvidas - no período relatado - muito
satisfatórias, pois atuamos em várias facetas da promoção da saúde, tentando
corroborar hábitos saudáveis, tanto alimentares, quanto de vida. A convivência nos fez
perceber o quanto aquelas crianças são afetivas e que, o incentivo a abordagens
diferentes da promoção de práticas alimentares saudáveis, articulando-se aos
conteúdos curriculares, além da interdisciplinaridade podem auxiliar o aprendizado
dos estudantes, prática que pode ser estendida as demais turmas da Escola.
A partir do exposto, reafirmamos a importância da alimentação escolar
enquanto um espaço importante para a promoção de práticas alimentares saudáveis.
No entanto, vale ressaltar que para resultados bem sucedidos, torna-se relevante o
envolvimento de toda a comunidade escolar nesse processo.
Nesta oportunidade, agradecemos aos que cooperaram conosco na realização
de todas as ações e esperamos que este grupo operativo continue prosperando e
ampliando a extensão das atividades desempenhadas.
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REFERÊNCIAS
CARVALHO, A.T. ET AL. Programa de alimentação escolar no município de João
Pessoa – PB, Brasil: as merendeiras em foco. Interface – Comunic., Saúde, Educ.,
2008. ISSN 1414-3283. ISSN online 1807-5762. 2008.
CECCIM, R. B. Pacientes impacientes: Paulo Freire. In: Ministério da Saúde. (Org.).
Caderno de Educação Popular e Saúde. Brasília - DF: 2007, v. , p. 32-45.
COSTA, E. Q.; RIBEIRO, V. C. B.; RIBEIRO, E. C. O. Programa de alimentação
escolar: espaço de aprendizagem e produção de conhecimento. Rev. Nutr. Set/Dez
2001, vol. 14, n. 3, pp. 225-229. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/rn/v14n3/7789.pdf>. Acesso em: 26 Set. 2009.
RODRIGUES, E. M.; SOARES, F. P. de T. P. and BOOG, M. C. F.. Resgate do
conceito de aconselhamento no contexto do atendimento nutricional. Rev. Nutr.
[online]. 2005, vol.18, n.1, pp. 119-128. ISSN 1415-5273. doi: 10.1590/S1415-
52732005000100011. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-
52732005000100011>. Acesso em: 26 Set 2009.
VASCONCELOS, E. M. Educação popular: de uma prática alternativa a ma estratégia
de gestão participativa das políticas de saúde. Physis [online]. 2004, vol.14, n.1, pp.
67-83. ISSN 0103-7331. doi: 10.1590/S0103-73312004000100005. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S010373312004000100005&script=sci_arttext
&tlng=e> . Acesso em: 26 Set. 2009.
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APÊNDICES
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APÊNDICE 1- Relato de experiência por Ana Karolina Gonzalez de Melo
Para mim foi uma experiência muito boa entrar pra essa família tão linda que é o
PINAB. O projeto pôde me proporcionar momentos maravilhosos em que eu pude dar
o melhor de mim e aprender muito. Como é bom estar naquela comunidade. Como nós
aprendemos com eles. Pude participar do grupo Escola I que faz atividades com as
crianças da Escola Municipal Augusto dos Anjos (EMAA). E como foi prazeroso estar
ali. A cada atividade era uma expectativa de como eles iriam nos receber, mas a
preocupação logo acabava ao vermos em cada rostinho a alegria e a vontade de
participar. É quando paramos para pensar e percebemos que tudo vale à pena, o quanto
é bom e o quanto aprendemos com eles. É uma grande troca de experiências. E como
eles nos ensinam. No final éramos muito recompensadas com muitos beijos e abraços
sem esquecer as cartinhas que recebíamos e que demonstravam muito carinho.
E o que dizer das visitas?Nossa como é bom sairmos do nosso “mundinho” e
embarcarmos na vida daquelas pessoas que só tem a nos acrescentar. Tudo era novo
para mim. Sair de casa para entrar em casas com uma realidade tão diferente...
Realidade esta que veem em conjunto muitas vezes com violências e crimes. O medo
muitas vezes queria se tornar um companheiro, mas a vontade de interagir com aquelas
pessoas era muito maior e o medo assim ficava para trás. O que eu aprendi visitando
seu Bento e Sandra não tem universidade que ensine. Eles são minha universidade!
Pude criar um vínculo muito bom e tive que enfrentar uma perda que foi a morte de
Dona Luzia, a esposa do senhor Bento. Meu Deus que amor lindo que pude perceber
pelos dois. Os cuidados que ele tinha por ela me fazia enxergar o carinho e amor
verdadeiro que existia ali. Foi muito bom conversar com eles. Como eu aprendi!
A cada visita era uma nova experiência, uma nova visão que se formava a de que
as pessoas da comunidade têm muito a nos ensinar, e como tem!Educação popular é
isso!São trocas de experiências, eu aprendo com você e você aprende comigo e juntos
pensamos em melhorias, soluções e descobertas. Ser popular é cada pessoa daquela
comunidade, é dar e receber um bom dia quando desço do ônibus a caminho da
Unidade de Saúde das mulheres que varrem as calçadas de manhã bem cedinho, é
entrar no mundinho de cada casa visitada e conversar como se fosse amigo a muito
tempo daquelas pessoas, é poder ver o sorriso de cada criança que se diverte com as
atividades propostas. Eu só tenho a agradecer!Amo o meu curso de nutrição, e o
PINAB só veio a acrescentar ainda mais amor. Amor este que a cada dia me fez
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crescer e me sentir ainda mais feliz e orgulhosa por ser PINABIANA. Amo demais
esse projeto que me fez e faz aprender mais e mais a sermos mais humanos e
verdadeiros educadores populares. A sermos inquietos, curiosos e transformantes.
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APÊNDICE 2- Relato de experiência por Thaisy Garcia de Oliveira
Após um semestre de convivência com essa família, posso afirmar o que antes era
incompreensível a mim: o PINAB é, realmente, um divisor de águas na vida
acadêmica de um estudante de nutrição.
O compartilhar de experiências com integrantes de diferentes períodos do curso, a
possibilidade de atuar com específicos grupos a cada semestre, o vínculo adquirido
com as famílias através das visitas domiciliares, o modelo de aconselhamento dietético
baseado na troca de informações entre pacientes e extensionistas, assim como o
exemplar compromisso dos coordenadores do projeto, fazendo-se verdadeiros
motivadores no que diz respeito às atividades realizadas pelos extensionistas, fazem do
PINAB um projeto verdadeiramente efetivo, tendo por diferencial a autonomia
conferida aos respectivos integrantes, no intuito de adquirir o constante crescimento do
trabalho realizado.
Inicialmente, atuando no Grupo Escola I, com crianças, o PINAB trouxe-me
aprendizado no que diz respeito à importância do trabalho em grupo; à divisão de
tarefas; à superação das possíveis diferenças existentes entre os integrantes; à busca
pelo trabalhar em cima de próprios defeitos quando se deseja contribuir para um
melhor rendimento dos demais; à corrida por formas criativas de ensino, adaptadas à
faixa etária em questão; ao desenvolvimento de materiais atrativos aos olhos do
alunado, quando a falta de recurso parecia ser um empecilho para a realização da
atividade desejada; à cobrança, através da prática, do saber improvisar quando a
situação deslocava-se um pouco do que anteriormente havia sido imaginado; enfim,
conquistas que, como se vê, só foram possíveis com a singular oportunidade da
prática, do além da sala de aula”.
A marcante experiência com a extensão popular, fez-se fundamental no
crescimento como ser humano em si, despertando um senso maior de responsabilidade
para com as vidas que encontram-se em volta; consciência que, faz-se essencial na
formação de qualquer profissional da área de saúde.
Como vítima dessa fantástica convivência, afirmo que, hoje, os dias de atuação no
PINAB representam os melhores momentos das atividades fornecidas pela UFPB. E
que, proporcional à minha alegria por participar deste grupo, é a minha torcida
referente ao crescimento e solidificação do mesmo, ponto fundamental para que outros
acadêmicos também venham a ter o privilégio de integrar-se a essa família. Deixo, por
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fim, registrado o meu anseio em continuar contribuindo para a conquista de frutos
decorrentes dessa história que, devo afirmar, está apenas no início.
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ANEXO 4- Fotos das atividades com os alunos da EMAA.
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