Gestão de Projectos de SoftwareLicenciatura em Engenharia Informática e Computação
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
Projecto SAPIENSProjecto SAPIENSSistema de Avaliação Assistida por ComputadorSistema de Avaliação Assistida por Computador
MMANUALANUAL DEDE Q QUALIDADEUALIDADE 2000/10/232000/10/23
Projecto SAPIENS Manual de Qualidade
GGRUPORUPO DEDE P PROJECTOROJECTO
Chefe (Gestor de Projecto)
Rui Pereira
Secretária
Sandra Oliveira
Controlo da Qualidade/Auditor
Miguel Teixeira
Analistas/Arquitectos
Artur Matos
Nuno Costa
Programadores
João Pires
Luís Almeida
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Projecto SAPIENS Manual de Qualidade
ÍÍNDICENDICE
1. INTRODUÇÃO 6
2. AS NORMAS ISO 9000 7
2.1. ISO 9001 7
2.2. ISO 9000-3 8
2.3. ISO 9004-2 9
2.4. Aplicação as normas 10
3. GESTÃO DO PROJECTO 11
3.1. Modelo do Processo de Software 11
3.2. Organização do Grupo de Projecto 113.2.1. Descrição das funções 113.2.2. Definição de funções 12
4. DOCUMENTAÇÃO 13
4.1. Documentos a produzir 134.1.1. Actas de Reunião 134.1.2. Relatório de Progresso 134.1.3. Relatório de Avaliação do Produto Recebido 134.1.4. Relatório de Planeamento do Projecto 134.1.5. Manual da qualidade 144.1.6. Relatório de Especificação de Requisitos 144.1.7. Relatório de Projecto 144.1.8. Relatório de Especificação do Trabalho para Fora 144.1.9. Relatório Intermédio de Gestão do Projecto 144.1.10. 1º Relatório de Auditoria 144.1.11. Relatório de Desenvolvimento do Trabalho Encomendado 154.1.12. Relatório de Avaliação do Trabalho para Fora 154.1.13. Relatório Final de Gestão do Projecto 154.1.14. Manual do utilizador 154.1.15. Manual de Instalação 154.1.16. Relatório de Desenvolvimento 154.1.17. 2º Relatório de Auditoria 15
4.2. Escrita de documentos 16
4.3. Revisão de documentos 16
4.4. Versões de Documentos 16
4.5. Armazenamento de Documentos 16
5. ESPECIFICAÇÃO DE REQUISITOS E DESIGN 18
6. CODIFICAÇÃO/IMPLEMENTAÇÃO 19
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7. TESTES E CONTROLO DE QUALIDADE 20
8. AUDITORIAS 21
8.1. Auditoria Interna 21
8.2. Auditoria Externa 21
9. Bibliografia 22
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Projecto SAPIENS Manual de Qualidade
Resumo
Este manual apresenta as linhas que regem a garantia de qualidade oferecida pela equipa do
projecto SAPIENS para com o cliente e os seus utilizadores em geral. Pretende-se detalhar a
organização interna da equipa do projecto, os métodos de trabalho seguidos pelos seus membros, a
documentação produzida e as regras para a sua elaboração.
Para uma descrição do objectivo do projecto, aconselha-se a consulta do Relatório de Especificação
de Requisitos.
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Projecto SAPIENS Manual de Qualidade
1.1. IntroduçãoIntrodução
A importância de um Manual de Qualidade verifica-se não só quando o produto é apresentado ao
cliente, mas também durante todo o seu ciclo de vida. É um suporte de informação de grande utilidade
para as mais variadas entidades - novos funcionários, clientes, auditores de instituições de certificação
independentes e os próprios membros da equipa de projecto - e que apresenta essencialmente um
objectivo base – diz-nos extensivamente o quê, quando, por quem e como foi produzido. É revisto e
reavaliado frequentemente. Como tal, poderão eventualmente existir várias versões.
A definição da ISO para qualidade é “a totalidade das funcionalidades e características de um
produto ou serviço que assentam na sua habilidade de cumprir necessidades explícitas ou implícitas”. Nos
dias de hoje, em termos informáticos e da industria em geral, a palavra “Qualidade” está directamente
ligada a “Certificação”. Uma ferramenta ou aplicação para ser creditada no mercado terá que cumprir
certas normas, nomeadamente as ISO 9000. O programa de qualidade de um projecto é vital para a sua
certificação e toda a imagem deste programa é reflectida no Manual de Qualidade.
Neste caso concreto, visto ser um projecto de desenvolvimento de um produto de software, as
seguintes normas serão levadas em consideração:
ISO 9001 – o standard internacional para sistemas de qualidade que contenham componentes de
design e desenvolvimento
ISO 9000-3 – fornece as linhas mestre para a aplicação da norma ISO 9001 para o
desenvolvimento, fornecimento e manutenção de produtos de software
ISO 9004-2 – oferece guias para serviços em geral, sendo facilmente aplicáveis a serviços de
apoio e manutenção do software
Existem vários standards, que de uma forma ou outra seriam aplicáveis a um projecto desta natureza,
mas a opção de escolha por estes aqui apresentados justifica-se plenamente por serem os mais usados e
largamente aceites a nível mundial. A escrita em si deste manual tem a orientação da ISO 10013.
O programa de qualidade de um projecto de software é essencial para o sucesso e sobrevivência do
produto e a prova disso é o destaque que cada vez mais as grandes casas de software demonstram não só
internamente, mas principalmente no marketing do produto. Um produto sem qualidade é um produto
sem futuro.
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Projecto SAPIENS Manual de Qualidade
2.2. As Normas ISO 9000As Normas ISO 9000
Como já foi referido, para a elaboração de um plano de qualidade para este projecto, serão seguidas
um conjunto de normas que estão incluídas nas ISO 9000. Antes de detalhar as normas a usar, faz-se
apenas uma breve referência à Definição das Características de Qualidade, presentes na norma ISO 9126:
Funcionalidade – um conjunto de atributos que assentam na existência de um conjunto de
funções a das suas propriedades especificadas. As funções são aquelas que satisfazem as
necessidades explícitas ou implícitas.
Robustez – um conjunto de atributos que assentam na capacidade do software de manter o seu
nível de performance debaixo de condições especificadas e durante um determinado período de
tempo.
“Usabilidade” – um conjunto de atributos que assentam no esforço necessário para o uso e no
reconhecimento individual desse uso por um conjunto especificado ou implícito de utilizadores.
Eficiência – um conjunto de atributos que assentam na relação entre o nível de performance do
software e a quantidade de recursos usados dentro de condições determinadas.
Manutenção – um conjunto de atributos que assentam no esforço necessário para fazer alterações
especificadas.
Portabilidade – um conjunto de atributos que assentam na habilidade do software de ser
transferido de um ambiente para outro.
A definição e compreensão destas características é absolutamente essencial, pois ao apresentarem
uma meta clara de como o produto deve ser, permitem fazer uma avaliação objectiva do seu sucesso. Para
atingir estes objectivos, seguem-se então as linhas de orientação especificadas nas normas ISO 9000.
2.1.2.1. ISO 9001ISO 9001
Como já foi referido, a norma ISO 9001 apresenta uma lista de requisitos a serem cumpridos por um
sistema de qualidade quando é necessário assegurar a conformidade com um padrão durante várias etapas,
que podem incluir o design, desenvolvimento, produção, instalação e manutenção. O documento está
bastante orientado para indústrias de manufactura, mas é possível interpretar os requisitos presentes de
forma a que se tornem adequados para o desenvolvimento de software – isto é precisamente o que faz a
norma ISO 9000-3. Estes requisitos estão agrupados em vinte conjuntos:
- responsabilidade de gestão
- sistema de qualidade
- revisão de contracto
- controlo de design
- controlo de documentação
- compras
- produto fornecido pelo comprador
- identificação e rastreio do produto
- controlo do processo
- inspecção e teste
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Projecto SAPIENS Manual de Qualidade
- medições de teste e equipamento de
teste
- situação corrente de inspecção e teste
- controlo de produto não em
conformidade
- acção correctiva
- manuseamento, armazenamento,
embalagem e entrega
- registos da qualidade
- auditorias internas
- treino
- serviço pós-venda
- técnicas estatísticas
Como é óbvio, algumas destas características não são muito apropriadas para a produção de software.
Por essa razão houve a necessidade de apresentar uma norma mais apropriadas para este tipo específico
de projectos.
2.2.2.2. ISO 9000-3ISO 9000-3
A norma 9000-3 apresenta um conjunto de linhas orientadoras que facilitam a aplicação da ISO 9001
por parte de organizações que desenvolvem, fornecem e mantêm software. Ela separa a matéria em
questão em três grandes áreas genéricas que requerem atenção ao estabelecer um sistema de qualidade:
1) Janela de Trabalho
2) Actividades do Ciclo de Vida
3) Actividades de Suporte
A Janela de Trabalho lida com questões de responsabilidade da gestão, o sistema de qualidade, as
auditorias internas de qualidade e as acções correctivas. Estas questões definem-se da seguinte forma:
Responsabilidade da gestão – cobre a responsabilidade, por parte de quem desenvolve o
produto, pela política de qualidade, estabelecendo responsabilidades, autoridades e linhas de
comunicação muito claras, fornecendo recursos e pessoal adequados para as actividades de
verificação. Engloba a revisão periódica da aplicabilidade do sistema de qualidade. Inclui
também a responsabilidade do cliente em cooperar com o fornecedor e fazer parte de revisões
conjuntas.
Sistema de qualidade – engloba o estabelecimento e manutenção de um sistema que está
integrado em todos os aspectos do negócio, e zela pela sua qualidade.
Auditorias internas de qualidade – servem essencialmente de garantia de que o sistema
de qualidade é eficaz.
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Projecto SAPIENS Manual de Qualidade
Acções correctivas – definição de medidas concretas para lidar com defeitos e erros do
produto ou do processo.
A secção referente a “Actividades de Ciclo de Vida” refere que todos as fases deste ciclo devem ser
atendidas cuidadosamente. Especial ênfase é dado para as seguintes fases:
- revisão de contractos
- especificação de requisitos
- planeamento do desenvolvimento
- planeamento da qualidade
- design e implementação
- testes e validação
- procedimentos de aceitação
- procedimentos de manutenção
A secção de “Actividades de Suporte” faz referência para uma série de outras actividades
complementares que devem ser levadas em conta como essenciais. São referidas explicitamente:
- gestão de configurações ou versões
- controlo de documentação
- registos de qualidade
- medições
- regras, práticas e convenções
- ferramentas e técnicas
- compras
- inclusão de produtos externos de software
- treino
2.3.2.3. ISO 9004-2ISO 9004-2
Esta norma é um guia para estabelecer e implementar um sistema de qualidade numa organização
que forneça serviços a clientes, quer exista ou não um produto próprio. Logo, é aplicável a empresas que
oferecem o serviço de manutenção dos produtos que elas mesmas produzem. Ela identifica um conjunto
de princípios que devem estar incluídos no sistema de qualidade de forma a tornar isto possível:
a gestão é responsável pela política e objectivos de qualidade, por definir responsabilidades,
autoridades e linhas de comunicação, e pela revisão do próprio planeamento
a gestão deve planear o fornecimento de recursos suficientes para implementar o sistema de
qualidade e atingir os seus objectivos, incluindo para isso, pessoal treinado e recursos materiais
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Projecto SAPIENS Manual de Qualidade
o sistema de qualidade deve ser montado de forma a permitir controlo adequado sobre todas os
processos operacionais que afectam a qualidade, e devem enfatizar as acções preventivas sem
sacrificar a habilidade de responder e corrigir falhas à medida que elas aparecem
passos devem ser tomados para estabelecer uma interacção efectiva entre os clientes e o pessoal
da organização, o que é essencial para uma boa percepção por parte do cliente da qualidade do
serviço
Esta norma chama ainda a atenção para a qualidade do serviço que passa essencialmente pelos
seguintes tópicos:
- Processo de Marketing
- Processo de Design
- Processo de Oferta de Serviço
- Análise e melhoria da performance do Serviço
2.4.2.4. AAPLICAÇÃOPLICAÇÃO ASAS NORMASNORMAS
Este manual de qualidade procurará aplicar este conjunto de normas definidos nos três pontos
anteriores ao projecto SAPIENS, tendo sempre em conta a aplicabilidade de cada um dos tópicos ao caso
concreto, e suprimindo-os sempre que sejam considerados irrelevantes. É preferível descartar assuntos
que não se relacionam de forma alguma com a realidade em questão do que tentar artificialmente aplicá-
los.
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Projecto SAPIENS Manual de Qualidade
3.3. Gestão do ProjectoGestão do Projecto
Nesta secção especificam-se todos os aspectos referentes à gestão global do projecto.
3.1.3.1. MMODELOODELO DODO P PROCESSOROCESSO DEDE S SOFTWAREOFTWARE
Tendo em conta as características do projecto SAPIENS, o modelo do processo de software a utilizar
será o modelo em cascata ou incremental (waterfall model). Este mostra-se o mais adequado como guia
de orientação pois ajusta-se melhor ao escalonamento das várias fases do projecto previstas.
3.2.3.2. OORGANIZAÇÃORGANIZAÇÃO DODO G GRUPORUPO DEDE P PROJECTOROJECTO
Um aspecto essencial num bom sistema de qualidade é definir exactamente quais são os papéis
necessários para a execução do projecto, e atribuir responsabilidades concretas a pessoas por esses papéis.
3.2.1.3.2.1. DDESCRIÇÃOESCRIÇÃO DASDAS FUNÇÕESFUNÇÕES
Neste quadro estão definidas as várias funções necessárias para a execução do projecto.
Função Descrição
Chefe (Gestor de Projecto) Responsável por toda a planificação e coordenação do projecto. Este papel é desempenhado
por uma pessoa a tempo inteiro.
Secretário Responsável pela manutenção do sítio do projecto onde se armazena toda a documentação e
outros artefactos relativos ao projecto, pela elaboração de agendas e actas das reuniões
efectuadas pelos elementos do grupo, pela elaboração do folheto publicitário do produto
desenvolvido e pelo controlo de versões dos artefactos produzidos.
Analista Responsável pela elaboração do Relatório de Especificação de Requisitos.
Arquitecto Responsável pela elaboração do Relatório de Projecto.
Programador Responsável pela codificação/implementação, execução do trabalho para fora, elaboração do
Relatório de Desenvolvimento e realização de testes parcelares. Colabora na elaboração do
Manual do Utilizador.
Controlo de qualidade Responsável pela elaboração do manual de qualidade, que define as normas de qualidade, e
pela imposição dessas normas. Colabora com os analistas e arquitectos no planeamento dos
testes, e acompanha os programadores na execução dos testes finais.
Colabora com os programadores na elaboração do Manual do Utilizador.
Auditor Responsável por auditar o funcionamento doutros grupos.
Tabela 1 - Papéis do projecto
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3.2.2.3.2.2. DDEFINIÇÃOEFINIÇÃO DEDE FUNÇÕESFUNÇÕES
As funções foram atribuídas aos vários elementos do grupo de projecto da seguinte maneira:
Nome Funções
Rui Pereira Chefe
Sandra Oliveira Secretária
Miguel Teixeira Controlo da Qualidade/Auditor
Artur Matos Arquitecto/Analista
Nuno Costa Arquitecto/Analista
João Pires Programador
Luís Almeida Programador
Tabela 2 - Funções de cada elemento do grupo de Projecto
Salienta-se no entanto que, tendo em conta as circunstâncias específicas deste projecto, enquadrado
numa óptica académica, não se espera que a separação de funções seja estanque, e que haja cooperação de
vários elementos na realização de algumas tarefas. Algumas destas situações estão previstas no
planeamento inicial, e outras que ocasionalmente aconteçam serão também lá reflectidas.
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4.4. DocumentaçãoDocumentação
A documentação assume uma importância absolutamente crucial no processo de qualidade do
projecto. Nas secções seguintes descrevem-se os vários tipos de documentos a produzir e os responsáveis
pela sua elaboração. Descrevem-se igualmente algumas normas referentes à sua escrita, revisão e
armazenamento.
4.1.4.1. DDOCUMENTOSOCUMENTOS AA PRODUZIRPRODUZIR
4.1.1.4.1.1. AACTASCTAS DEDE R REUNIÃOEUNIÃO
Descrevem os actos ocorridos durante uma reunião de grupo. É da responsabilidade do secretário e é
feito sempre que se realiza uma reunião. Deverá vir indicada a data da realização da reunião e deverá
estar assinado por todos os seus intervenientes.
4.1.2.4.1.2. RRELATÓRIOELATÓRIO DEDE P PROGRESSOROGRESSO
Descreve o progresso semanal do grupo de projecto. É da responsabilidade do chefe e é feito
semanalmente. Deve referir sucintamente as tarefas realizadas, o estado das que se estão a realizar, os
replaneamentos efectuados e os documentos produzidos. Deverá conter um diagrama de Gantt actualizado
com um horizonte temporal que abranja a semana em questão.
4.1.3.4.1.3. RRELATÓRIOELATÓRIO DEDE A AVALIAÇÃOVALIAÇÃO DODO P PRODUTORODUTO R RECEBIDOECEBIDO
Este relatório faz a avaliação do produto legado. É executado pelos analistas no fim da análise do
produto recebido.
Deve cobrir os seguintes pontos de avaliação: qualidade dos requisitos, qualidade do projecto/design,
estado e qualidade da implementação, manuais e estruturação do código.
4.1.4.4.1.4. RRELATÓRIOELATÓRIO DEDE P PLANEAMENTOLANEAMENTO DODO P PROJECTOROJECTO
Escrito pelo gestor do projecto (chefe). Deve conter uma definição inicial das tarefas que irão ser
executadas, as suas datas de início e fim e a sua duração prevista. Deve também conter uma atribuição das
pessoas às tarefas e uma estimativa inicial de custos.
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4.1.5.4.1.5. MMANUALANUAL DADA QUALIDADEQUALIDADE
Define o trabalho a realizar para garantir a qualidade. É executado pelo controlador de qualidade do
processo e a segundo as suas normas que todo o processo deve ser desenvolvido.
4.1.6.4.1.6. RRELATÓRIOELATÓRIO DEDE E ESPECIFICAÇÃOSPECIFICAÇÃO DEDE R REQUISITOSEQUISITOS
Os requisitos do sistema a desenvolver tem que ser especificados por parte do cliente. Tem então o
analista a responsabilidade de os estudar e registar neste relatório. Este documento deverá cobrir todos os
aspectos a desenvolver no trabalho. Ou seja funcionalidades, restrições, ambiente onde irá ser
implementado e outros serviços associados ao projecto.
Devem-se descrever as funções a implementar em termos das necessidades a colmatar, sem
especificar directamente como o fazer.
4.1.7.4.1.7. RRELATÓRIOELATÓRIO DEDE P PROJECTOROJECTO
Construir o modelo lógico do produto final é uma obrigação do arquitecto. A sua visualização é feita
neste relatório, definindo componentes do sistema e as respectivas interfaces entre eles. Em suma, deve
conter todos os aspectos que caracterizam uma análise de alto nível.
4.1.8.4.1.8. RRELATÓRIOELATÓRIO DEDE E ESPECIFICAÇÃOSPECIFICAÇÃO DODO T TRABALHORABALHO PARAPARA F FORAORA
Especificação dos Requisitos de uma componente do projecto que será executada recorrendo a
Outsourcing. Deverá ser escrita pelos analistas/arquitectos, com a colaboração dos programadores e do
chefe.
4.1.9.4.1.9. RRELATÓRIOELATÓRIO I INTERMÉDIONTERMÉDIO DEDE G GESTÃOESTÃO DODO P PROJECTOROJECTO
Escrito pelo gestor do projecto (chefe). Deve consistir de uma revisão intermédia do planeamento
executado pelo Relatório de Projecto, reportando o estado actual da execução das tarefas, e ajustar o resto
do planeamento para adequar à realidade da altura.
4.1.10.4.1.10. 1º R1º RELATÓRIOELATÓRIO DEDE A AUDITORIAUDITORIA
Escrito pelo Auditor. Deve conter a sua avaliação dos métodos de trabalho e das decisões tomadas
por outro grupo de projecto
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4.1.11.4.1.11. RRELATÓRIOELATÓRIO DEDE D DESENVOLVIMENTOESENVOLVIMENTO DODO T TRABALHORABALHO E ENCOMENDADONCOMENDADO
Este relatório documenta o trabalho desenvolvido pelo grupo para fora, de forma a fornecer aos
clientes as informações que eles requerem para utilizá-lo com sucesso. Será da responsabilidade dos
programadores.
4.1.12.4.1.12. RRELATÓRIOELATÓRIO DEDE A AVALIAÇÃOVALIAÇÃO DODO T TRABALHORABALHO PARAPARA F FORAORA
Avalia o grau de conformidade do produto recebido em relação àquilo que foi especificado. É escrito
pelo controlador de qualidade em conjunto com os programadores.
4.1.13.4.1.13. RRELATÓRIOELATÓRIO F FINALINAL DEDE G GESTÃOESTÃO DODO P PROJECTOROJECTO
Descrição final e revista do planeamento feito e da sua conformidade com realidade. Deve fornecer
os indicadores do projecto: horas despendidas, custos, etc. É escrito pelo chefe.
4.1.14.4.1.14. MMANUALANUAL DODO UTILIZADORUTILIZADOR
Explica como usar todas as funcionalidades do sistema. Está sob a tutela do programador e do
responsável da qualidade e é feito no fim da construção do sistema. É essencialmente para o cliente,
portanto deve conter uma linguagem corrente e não muito técnica.
4.1.15.4.1.15. MMANUALANUAL DEDE I INSTALAÇÃONSTALAÇÃO
Deve ser uma descrição bastante simples mas completa dos procedimentos a tomar para instalar o
produto.
4.1.16.4.1.16. RRELATÓRIOELATÓRIO DEDE D DESENVOLVIMENTOESENVOLVIMENTO
O relatório final referente ao projecto. Deve ser escrito em colaboração com todos os intervenientes.
Aborda a totalidade dos tópicos de uma forma conclusiva, desde a revisão final de arquitectura, até aos
teste de qualidade executados, passando pelas questões de implementação.
4.1.17.4.1.17. 2º R2º RELATÓRIOELATÓRIO DEDE A AUDITORIAUDITORIA
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Projecto SAPIENS Manual de Qualidade
Deve ser essencialmente uma repetição do 1º Relatório de Auditoria, mas num tempo posterior, de
forma a que se possam proceder a algumas comparações.
4.2.4.2. EESCRITASCRITA DEDE DOCUMENTOSDOCUMENTOS
Todos os documentos serão escritos em português. O nível de linguagem terá em conta a audiência
esperada, sendo natural esperar que, por exemplo, relatórios de programação contenham linguagem mais
técnica que outros documentos.
Para criar um aspecto mais uniforme da documentação, serão usados determinados templates, criados
propositadamente para este projecto, e que têm como principal preocupação a organização da informação
e uma apresentação clara e de fácil compreensão das ideias.
Todos os documentos deverão ser escritos em Microsoft Word, e serão sempre disponibilizados no
formato original em Postscript. Eventualmente poderão ser usados formatos complementares, se tal for
visto como útil.
4.3.4.3. RREVISÃOEVISÃO DEDE DOCUMENTOSDOCUMENTOS
Todos os documentos são revistos pelo chefe e secretária antes da sua apresentação final. Eventuais
erros detectados serão corrigidos pelos próprios em casos simples, ou em casos que o justifiquem, será
notificado o autor para que proceda à reparação.
4.4.4.4. VVERSÕESERSÕES DEDE D DOCUMENTOSOCUMENTOS
Qualquer documento pode ser revisto e actualizado em qualquer altura, gerando assim uma nova
versão. Estas novas versões serão submetidas à mesma revisão e processo de armazenagem que as
originais. A secretária será responsável pela gestão das novas versões.
4.5.4.5. AARMAZENAMENTORMAZENAMENTO DEDE D DOCUMENTOSOCUMENTOS
O armazenamento é da responsabilidade da secretária do projecto. Estes documentos serão colocados
num repositório central, o que os tornará automaticamente acessíveis pela Internet. Cabe a este elemento
certificar-se da acessibilidade a estes documentos, organizando-os de forma a tornar o mais fácil o
possível o processo de consulta de documentação. A documentação deverá estar organizada de acordo
com a natureza dos documentos. Será suficiente a existência de versões electrónicas da documentação,
dispensando-se as versões em papel, tendo em conta dois aspectos:
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Projecto SAPIENS Manual de Qualidade
- uma genuína preocupação ecológica
- as revisões constantes dos documentos tornarem obsoletas as versões impressas
Esta forma de repositório central fornece uma excelente linha de comunicação entre os elementos do
grupo do projecto e os clientes, sendo complementada pelo uso de e-mail. O local física para a
armazenagem será o dos servidores do CICA, através de uma conta criada para esse efeito.
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5.5. Especificação de Requisitos e DesignEspecificação de Requisitos e Design
O trabalho de especificação de requisitos design cabe essencialmente aos arquitectos. A apresentação
dos seus relatórios deve seguir as linhas gerais apresentadas para a documentação. Nesta caso específico,
também é necessário definir uma linguagem para a modelização do sistema. Pela sua aceitação e
familiaridade será usado o UML (Unified Modelling Language) para esta tarefa.
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6.6. Codificação/ImplementaçãoCodificação/Implementação
As normas a usar na criação do código fonte é ainda uma questão em aberto. De momento é possível
definir que todo os ficheiros de código fonte devem conter um cabeçalho indicando o(s) autor(es), a data
de início da codificação, a versão actual e um registo sumário das alterações em cada uma das versões
anteriores. Além disso, todo o código deve ser muito bem comentado.
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Projecto SAPIENS Manual de Qualidade
7.7. Testes e Controlo de QualidadeTestes e Controlo de Qualidade
Testes serão efectuados em cada módulo de software para ser dado como concluído. A definição
concreta de quais os testes a efectuar deverá ser estabelecida pelo programador e pelo controlador de
qualidade do software. Os testes procurarão comprovar a satisfação dos requisitos preestabelecidos,
segundo o que está estritamente estipulado no Relatório de Especificação de Requisitos. Sempre que
possível, ou seja, sempre que existir um protótipo funcional, procurar-se-á fazer a validação junto do
cliente.
Figura 1 - Ciclo de teste do código
Como se pode observar, existem duas situações distintas, que correspondem a uma avaliação interna
e outra externa. Existe ainda a hipótese de extrema de, devido a circunstâncias completamente
imprevistas, ter de haver uma alteração a um módulo já considerado concluído. O grau de complexidade e
esforço exigido por cada uma destas três situações é progressivamente maior, portanto deve ser evitado a
todo o custo que se cheguem a esses extremos.
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Sim
Não
Sim
Sim
Sim
Não
Escrita de Código
Testes(Especificação)
Não
Escrita de Código
Testes(Especificação)
Não
Escrita de Código
Testes(Especificação)
Criação de um
protótipo
Testes(Especificaç
ãoe
Cliente)
Finalizações
Projecto SAPIENS Manual de Qualidade
8.8. AuditoriasAuditorias
Existem dois tipos de auditorias neste projecto: as internas e as externas. A sua execução responsável
é essencial como medida de controlo do sistema de qualidade que se pretende implementar.
8.1.8.1. AAUDITORIAUDITORIA I INTERNANTERNA
A auditoria interna é na realidade mais um processo de monitorização contínuo e constante. Este
processo de monitorização é feito a dois níveis distintos:
- a revisão de todos os documentos apresentados e os testes de qualidade do produto, em suma,
avaliação de todos os artefactos que vão sendo produzidos, tendo em conta as normas de
qualidade
- utilização das reuniões semanais do grupo de projecto para a verificação do ponto de situação de
cada elemento relativamente às tarefas que lhe tinham sido atribuídas
A auditoria interna é um instrumento de controlo interno e é responsabilidade do controlador de
qualidade, com a assistência do chefe.
8.2.8.2. AAUDITORIAUDITORIA E EXTERNAXTERNA
Ao contrário do ponto anterior, as auditorias externas são situações relativamente pontuais no tempo,
onde outro grupo de projecto é avaliado segundo um conjunto determinado de critérios:
- modelo de desenvolvimento adoptado
- métodos de trabalho
- normas utilizadas
- comunicação interna
- grau de cumprimento de metas
- documentação produzida
Esta tarefa é da exclusiva responsabilidade do auditor do grupo, e espera-se a total cooperação por
parte da empresa auditada.
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Projecto SAPIENS Manual de Qualidade
9.9. BibliografiaBibliografia
fotocópias da disciplina de Engenharia de Software do 4º ano da Licenciatura em Engenharia Informática e Computação
"Software Quality – A Framework for Success in Software Development and Support", Joc Sanders, Eugene Curran, Addison-Wesley, 1994
“The Quality Manual”, Terence J. Hall, John Willey & Sons, 1992
“Software Engineering”, Ian Sommerville, 1995
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