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GESTÃO DE ARMAZENAGEM E
TRANSPORTES
Professores:
Glauco Vale
Yuri Simão
ARAXÁ-2014
PEOPLE FORMAÇÃO COMPLETA
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INTRODUÇÃO
A gestão de armazenamento , basicamente, é o ato de administrar recursos
ociosos possuidores de valor econômico e destinado ao suprimento das
necessidades futuras de material , em uma organização.
Os investimentos não são dirigidos por uma organização somente para
aplicações diretas que produzam lucros, tais como os investimentos em máquinas e
em equipamentos destinados ao aumento da produção e, consequentemente, das
vendas.
Outros tipos de investimentos, aparentemente, não produzem lucros. Entre
estes estão às inversões de capital destinadas a cobrir fatores de risco em
circunstâncias imprevisíveis e de solução imediata. É o caso dos investimentos em
estoque, que evitam que se perca dinheiro em situação potencial de risco presente.
Por exemplo, na falta de materiais ou de produtos que levam a não realização de
vendas, a paralisação de fabricação, a descontinuidade das operações ou serviços
etc., além dos custos adicionais e excessivos que, a partir destes fatores, igualam,
em importância estratégica e econômica, os investimentos em estoque aos
investimentos ditos diretos.
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1- O QUE É ESTOQUE?
São itens tangíveis em poder da empresa, imobilizados ou não, que se encontram em
alguma etapa do processo ou armazenados aguardando o encaminhamento ao cliente final.
1.1- Tipos de Estoque:
a) Matérias primas;
b) Mercadorias comerciais;
c) Produtos em processo;
d) Produtos acabados aguardando expedição;
e) Materiais de aplicação;
f.) Embalagens industriais (tambores, fardos, recipientes plásticos, paletes, caixas, etc).
1.2- Funções do estoque
a) Função operacional: garantir os itens necessários no momento que houver necessidade;
b) Função precaucional: segurança contra atrasos, falta de produtos, falta de matérias
primas para abastecer o sistema.
1.3- Justificativa para o uso de estoques
Internas:
- Itens sobressalentes para caso de Quebra de equipamentos (proteção contra paradas);
- Risco de não atendimento dos prazos de entrega;
- Fragilidade dos processos gerenciais, em especial o processo de planejamento.
Externas:
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- Condições climáticas;
- Mudanças macroeconômicas;
- Variação da demanda;
- Manobras dos concorrentes (preços, campanhas publicitárias, dentre outras ações que
possam afetar as vendas)
2- ARMAZENAGEM
É a atividade que compreende o planejamento, coordenação, controle e desenvolvimento
das operações destinadas a abrigar, manter adequadamente estocado e em condições de
uso, bem como expedir no momento oportuno os materiais necessários à empresa.
2.1- Objetivos da Armazenagem:
Maximizar o uso dos espaços;
Facilitar o acesso aos itens do Depósito;
Proteger e abrigar os materiais;
Facilitar a movimentação interna do Depósito;
Maximizar a utilização de mão - de - obra e equipamentos.
2.2- Vantagens:
Diminui os Custos com Transportes;
Aproxima a empresa de seus clientes e fornecedores;
Agiliza o processo de entrega;
Compensa defasagens de produção.
2.3- Desvantagens:
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Imobilização de capital;
Envelhecimento das mercadorias;
Aumento dos Custos com movimentação;
Necessidade de mais controles e gerenciamento;
3- CENTROS DE DISTRIBUIÇÃO
O Centro de Distribuição, também conhecido como “CD” constitui-se em um dos mais
importantes elos da cadeia de suprimentos, capaz de disponibilizar produtos com a
velocidade desejada e a flexibilidade exigida pelo consumidor. O CD é uma configuração
regional de armazém onde são recebidas cargas de diversos fornecedores. Sua missão
consiste em gerenciar o fluxo de materiais e informações, consolidando estoques e
processando pedidos para a distribuição física.
O CD não pode ser comparado aos tradicionais depósitos, galpões ou almoxarifados, uma
vez que suas funções não se adequam completamente ao sistema logístico. Para
especialistas, a principal diferença entre uma estrutura e outra, está no fato dos depósitos
apenas armazenarem produtos para ofertar aos seus clientes, enquanto que os CD´s sãO
instalações preparadas com o objetivo de receber produtos just-in-time, de modo a atender às
necessidades dos clientes.
São estruturas projetadas para colocar produtos em movimento e não apenas armazená-
los, mantendo o estoque necessário para controlar e equilibrar as variações entre produção e
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demanda. Pode também acumular e consolidar produtos de vários fabricantes, combinando
com o carregamento para clientes ou destinos comuns, além de servir de local para
customização desses produtos incluindo embalagem, etiquetagem e precificação.
Essas estruturas, como qualquer elo de uma cadeia de suprimentos, possuem vantagens
e desvantagens. Para Reinaldo Moura, em sua obra “Sistemas e técnicas de movimentação e
armazenagem de materiais”, as principais vantagens e desvantagens dos Centros de
Distribuição são:
Vantagens:
- Melhoria nos níveis de serviço em função de reduções no tempo das entregas ao
cliente/usuário;
- Redução nos gastos com transporte de distribuição;
- Facilita a gestão de materiais;
- Tende a melhorar o nível de serviço e o atendimento de pedidos completos isentos de
danos, avarias e não conformidades;
- Reduz a burocracia;
- Reduz custos de armazenagem;
- Reduz custos de inventários;
- Reduz custos de controle;
- Reduz custos de comunicação;
- Aumenta a produtividade.
Desvantagens:
- Aumento nos custos de manutenção de estoques em função de aumentos nos níveis de
estoque de segurança necessários para proteger cada armazém contra incertezas da
demanda;
- Aumento nos gastos com transporte de suprimento;
- Menor segurança física dos materiais;
- Menor flexibilidade de rotas;
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- Diminui a proximidade com o cliente;
- Aumenta custos de inventário.
No entanto, é necessário realizar um estudo de viabilidade para cada local onde se deseja
implantar um centro de distribuição, a fim de se avaliar o valor agregado do CD a cada
segmento da empresa.
A trajetória de um produto em um centro de distribuição segue basicamente
cinco etapas:
Recebimento – Essa é a primeira etapa do produto no CD. O recebimento envolve o
descarregamento das cargas e a conferência dos produtos quanto às suas quantidades e
qualidades. Após realizarem todos os procedimentos para registro do produto, o sistema
de gerenciamento indica a área de armazenagem que este produto deverá ser alocado.
Movimentação – Essa etapa reflete o transporte do produto dentro do armazém. Essa
etapa tem um custo muito alto para a estrutura, uma vez que absorve uma grande
quantidade de tempo, mão de obra e dinheiro. Atualmente, já existem novas tecnologias
que permitem reduzir substancialmente esse custo com movimentação e manuseio de
produtos.
Armazenagem – Nessa etapa, o produto é colocado em determinado local, indicado
pelo sistema de gerenciamento, onde permanece para posterior distribuição. Apesar de o
estoque ser necessário para atingir o ponto de equilíbrio entre demanda e oferta, as
empresas procuram trabalhar com baixos níveis de estoques, a fim de reduzir os custos
elevados, gerados por ele. Esta área é composta por estruturas como páletes, drive-in,
estanterias e racks que são separados por corredores sinalizados.
Separação de Pedidos – Consiste em coletar o mix correto de produtos, na área de
armazenagem com o objetivo de atender as necessidades do consumidor. É uma etapa
que consome uma grande parte dos custos operacionais, uma vez que para ser realizada,
implica em grandes deslocamentos dos operadores dentro do CD. No entanto, com um
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layout bem planejado, esse gasto com deslocamentos pode ser minimizado, reduzindo
com isso os custos da operação.
Expedição – Essa é a última etapa a ser realizada em um CD. É a verificação e o
carregamento do produto no veículo de transporte. Nesta etapa, poderão ocorrer
algumas atividades como conferência do pedido, preparação dos documentos de
expedição e pesagem da carga para determinação do custo de transporte.
Dentro dessas cinco etapas, podemos destacar ainda o chamado Crossdocking.
Trata-se de uma operação do sistema de distribuição na qual os produtos são recebidos,
separados e encaminhados para outro veículo, sem passar pela etapa de armazenagem,
cruzando o armazém direto ao ponto de venda. Geralmente, são produtos com alto
índice de giro e ou perecibilidade, que não vale a pena serem estocados. Neste sentido,
podemos destacar que para haver uma operação eficiente, se faz necessário uma
sincronização entre o recebimento e a expedição de mercadorias.
4- LAYOUT
Separar os pedidos e enviá-los à expedição, pode ser Um processo extremamente
complexo, demorado e caro. Tal processo se torna mais eficiente e econômico, se a empresa
conseguir implantar um layout, ou seja, uma organização física e estrutural no CD, que
harmonize e integre os equipamentos, mão de obra, materiais, áreas de movimentação, áreas
de estocagem, administração e demais itens que façam parte desse universo.
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Um bom Layout aumenta o grau de acessibilidade ao material, facilita o fluxo de
materiais, diminuem os locais de áreas obstruídas, aumenta a eficiência da mão-de-
obra, a segurança do pessoal e do armazém.
Para se atingir esse resultado harmônico, o layout deve obedecer aos seguintes princípios
gerais descritos abaixo:
Integração: Todos os fatores diretos e indiretos ligados à produção devem estar integrados,
uma vez que a falha em qualquer um deles resultará numa ineficiência total do sistema.
Todos os detalhes devem ser avaliados na montagem do layout, desde a posição dos
bebedouros até a saída do pessoal.
Distância Mínima: Distâncias nada acrescentam ao produto ou serviço, a não ser custo.
Portanto, deve-se analisar todas as maneiras de conseguir reduzir ao mínimo as distâncias
entre as operações de forma a evitar esforços inúteis, confusões e mais custos. Obediência
ao fluxo de operações: Toda a estrutura deve obedecer às exigências das operações de
maneira que homens, equipamentos e materiais se movam em um fluxo contínuo, organizado
e de acordo com a sequência lógica do processo de manufatura. Com isso, evita-se
interferências e congestionamentos.
Racionalização de espaço: Os espaços devem ser utilizados de forma inteligente e de
preferência, em sua totalidade.
Satisfação e segurança: Trabalhar em um local saudável e seguro é fator de motivação
para qualquer profissional. Além de elevar o moral do trabalhador, reduz o risco de acidentes
do trabalho.
Flexibilidade: Este é um princípio que realmente deve ser levado em conta ao desenvolver
um layout de um Centro de Distribuição. Com as constantes inovações tecnológicas é comum
o layout sofrer alterações em função de mudanças nos projetos dos produtos. O CD que não
se prepara para mudanças de layout, pode abrir espaço para empresas concorrentes.
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Cada Centro de Distribuição pode adotar seu próprio layout, conforme suas
características. No entanto, destacamos dois tipos de layout que costumam ser utilizados pela
maioria dos CD´s. O primeiro baseado no fluxo de produtos e o segundo baseado no giro de
produtos.
O layout baseado no fluxo de produtos deve ser projetado em linha reta, de
maneira a evitar que haja riscos de congestionamentos em seus corredores. Assim, os
produtos são recebidos em uma ponta do CD, armazenados no meio quando houver
necessidade e despachados pela outra ponta. Em geral, esse é o layout ideal para
empresas que trabalham com operação de crossdocking. Podemos citar como exemplo
uma empresa de vestuário que recebe os produtos já “encabidados” e etiquetados,
passam pela área de separação e são encaminhados para a expedição, a fim de serem
enviados para as lojas.
Já o layout baseado no giro de produtos planeja a sua estrutura de forma a deixar
os produtos de maior giro, ou seja, os produtos que mais vendem, perto de áreas estratégicas
com a de separação. Os produtos de menor giro podem se concentrar mais distantes.
Aproveitando o mesmo exemplo da empresa de vestuário, neste caso, a empresa opera com
um estoque de quinze dias aonde o vestuário chega do fornecedor também “encabidado”, e é
encaminhado para o estoque. Quando for solicitado por um pedido, o produto será etiquetado
ainda no CD e enviado para a loja requisitante.
5- ESTRUTURAS DE ARMAZENAMENTO
Tanto um Centro de Distribuição e quanto um depósito não sobrevivem, se não houver
organização e velocidade durante a armazenagem e retirada de produtos de sua estrutura.
Para atingir esse objetivo, os CD´s contam com ferramentas como estruturas de
armazenagem que facilitam o uso racional do espaço e atendem os mais diversos tipos de
cargas e os equipamentos de movimentação que, motorizados ou não, são usados para
movimentar essas cargas em percursos variáveis, com superfícies e espaços apropriados de
forma rápida e segura.
5.1-Estruturas de armazenagem mais utilizadas:
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Empilhamento sobre o piso – Esta é a forma de empilhamento mais simples, no qual um
palete é colocado sobre o outro, a partir do chão. Importante salientar que o piso deve estar
nivelado e seco para que não haja riscos aos profissionais.
Porta Paletes – Essa é a estrutura mais utilizada em Centros de Distribuição. Geralmente, é
empregada em situações onde a carga é muito variada, facilitando a escolha de qualquer
carga, independente da posição na estrutura. Isso permite que o profissional possa transitar
pelos corredores, sem causar nenhum transtorno de congestionamento. Apesar de necessitar
de muita área para corredores, compensa por sua seletividade e rapidez na operação.
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Drive in / Drive Through – A estrutura do tipo Drive-in se caracteriza pelo aproveitamento do
espaço, uma vez que utiliza apenas corredores frontais. Sua utilização é voltada para cargas
não variadas e sem a necessidade de alta seletividade e velocidade. É também utilizada
quando o sistema de inventário é do tipo LIFO (Last in – First out, ou seja, último a entrar e
primeiro a sair). Sua estrutura exige paletes uniformes, devido à distância dos trilhos ser fixa e
mais resistentes porque serão apoiados apenas pelas bordas.
Já a estrutura do tipo Drive-Through se caracteriza pela alta densidade de armazenagem
de cargas iguais, propiciando ganho volumétrico substancial para os CD´s. Diferente do Drive-
in deve ser utilizado quando o sistema de inventário obrigue a adoção do tipo FIFO (First in –
First out, ou seja, primeiro a entrar e primeiro a sair). Sua estrutura é semelhante a do tipo
Drive-in com acessos pela frente e por trás, proporcionando corredores de armazenagem
mais longos, o que gera uma diminuição da velocidade da operação.
Cantilever – Trata-se de uma estrutura composta por colunas centrais, braços e balanço,
dando um formato de árvore metálica. É destinada a cargas de grande comprimento como
madeiras, barras, tubos, trefilados, pranchas, entre outros, que devem ser armazenadas pela
lateral, de preferência por empilhadeiras. Esse tipo de estrutura permite boa seletividade e
velocidade de armazenagem.
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Flowrack – É um sistema em que o produto é colocado num plano inclinado com trilhos que
possuem pequenos rodízios que fazem esse produto deslizar, por gravidade, até a outra
extremidade onde existe uma contenção. Geralmente são usadas para separação de
produtos de pequenos volumes e grande rotatividade, permitindo, naturalmente, o princípio
FIFO.
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5.2- Equipamentos de movimentação mais utilizados:
Transpalete – O transpalete, manual ou elétrico, é um equipamento indispensável para a
movimentação de cargas. É projetado para realizar transporte e locomoção de cargas
colocadas sobre paletes, de forma ágil e segura, evitando assim acidentes que podem ser
causados por desequilíbrios do equipamento.
Empilhadeira Frontal e Lateral – Empilhadeiras são pequenos veículos usados para
carregar e descarregar mercadorias. Utilizando-se do mesmo princípio dos transpáletes,
as empilhadeiras são utilizadas em pisos irregulares e com cargas mais pesadas em
percursos mais longos. As empilhadeiras laterais são utilizadas para movimentação de
cargas compridas em distâncias curtas e médias.
Podem ser movidas a bateria, gasolina, gás ou diesel, sendo a primeira utilizada
preferencialmente em ambientes internos, pois não poluem e não fazem barulho e as
demais, utilizadas em ambientes externos.
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Auto Guided Vehicle – Também conhecido como AGV, é uma espécie de robô (transrobot)
que se movimenta sobre uma trajetória fixa, percorrendo áreas previamente determinadas por
diferentes tipos de equipamentos eletrônicos e computacionais responsáveis por guiá-lo em
suas rotas. Muito usado hoje em dia em montadoras e grande empresas para movimentação
e armazenagem interna de produtos e mercadorias. Por realizar a movimentação sem a
necessidade de operadores, acaba por contribuir na redução de custos e no aumento da
segurança e eficiência.
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Transelevadores – São equipamentos controlados por computadores, utilizados para
movimentação e armazenagem de cargas de alto giro, em corredores estreitos e a grandes
alturas. Geralmente possui capacidade para 5 a 7 toneladas e pode alcançar alturas entre 40
e 50 metros.
Roletes e Esteiras – Equipamentos utilizados para realizar a movimentação automática
de cargas de um local para outro, dentro do Centro de Distribuição.
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6- MODAIS DE TRANSPORTES
A administração dos meios de transportes de cargas pode ser considerada o braço
operacional de toda a atividade logística. Trata-se de um setor de extrema importância para a
economia, uma vez que cria um alto nível de atividade, gerando trabalho, facilidades e
recursos que movimentam todo o ramo de negócios.
A importância e uso dos modais, ou seja, alternativas para realizar o transporte de
produtos dependerão da carga a ser transportada e da vantagem oferecida pelo modal
escolhido.
Modo Ferroviário – Este é um modal que opera com uma maior capacidade de cargas,
tendo a vantagem de ser eficiente em termos de consumo de combustível e a
desvantagem de apresentar um custo fixo muito alto. Assim, a preferência é por
transporte de cargas grandes como os produtos a granel.
Modo Aéreo – Não apresenta muitas limitações quanto ao tipo de produto a ser
transportado. No entanto, por ter um custo de frete muito maior que os demais, é
utilizado apenas para o transporte de produtos que compensem esse custo. É o caso de
peças e equipamentos eletrônicos, instrumentos óticos, peças de máquinas e outros.
Modo Hidroviário – A característica desse modal é o transporte de produtos a granel
como carvão, minério, petróleo, ferro, entre outros. São produtos não perecíveis que
podem ser transportados de forma lenta e sazonal, com um baixo custo de frete.
No Brasil, podemos utilizar qualquer tipo de modal, mas, infelizmente, com
algumas restrições. As ferrovias não apresentam uma ampla cobertura no Brasil; o
transporte aéreo é destinado quase que sua totalidade para o transporte de passageiros,
tendo pouca expressão no transporte de cargas; o aquaviário, assim com o aéreo,
também possui pouca amplitude e o transporte rodoviário, por sua vez, encontra-se
refém da péssima qualidade das estradas brasileiras.
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No Brasil, podemos utilizar qualquer tipo de modal, mas, infelizmente, com algumas
restrições. As ferrovias não apresentam uma ampla cobertura no Brasil; o transporte aéreo é
destinado quase que sua totalidade para o transporte de passageiros, tendo pouca expressão
no transporte de cargas; o aquaviário, assim com o aéreo, também possui pouca amplitude e
o transporte rodoviário, por sua vez, encontra-se refém da péssima qualidade das estradas
brasileiras.
Abaixo, vamos tratar de cada um dos modais em sua amplitude, tanto em termos de
transportes nacionais quanto internacionais.
6.1- TRANSPORTE RODOVIÁRIO
O transporte rodoviário tem sido considerado o meio de transporte mais usual e eficiente
dentro de um território. É o modo de transporte ideal para cargas pequenas de alto valor
agregado ou perecível, com coleta ou entrega distantes de portos marítimos e em distâncias
curtas ou médias.
Se comparado aos demais, é o meio de transporte em que o custo de aquisição e
manutenção do veículo (caminhão) é o mais barato entre todos, podendo ser oferecido, por
empresas privadas, transportadoras ou até mesmo autônomos que recebem por transporte
realizado. Neste modelo, o espaço no veículo pode ser fretado em sua totalidade (carga
completa) ou apenas frações de sua totalidade (carga fracionada). O fracionamento do
espaço de carga do veículo possibilita a diversificação de embarcadores num mesmo
embarque, diluindo desta forma, o custo entre os clientes na fração de sua utilização.
Quanto à sua atuação internacional, o transporte rodoviário deu um salto enorme,
principalmente depois da criação do Mercosul, com uma conteinerização crescente. Por outro
lado, esse modo de transporte internacional, fica restrito aos países limítrofes do sul, mais
Bolívia, Chile e Peru. No caso de Chile, sua utilização dependerá das condições climáticas.
O órgão responsável por regulamentar e fiscalizar o transporte rodoviário é a ANTT
(Agência Nacional de Transportes Terrestres), que tem como atribuições, promover estudos e
levantamentos relativos às frotas de caminhões, empresas constituídas e operadores
autônomos, de transporte rodoviário de cargas. Também é função da ANTT organizar e
manter um registro nacional de transportadores rodoviários de carga.
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Principais Vantagens
Pode-se considerar como principais vantagens do transporte rodoviário:
1) O meio de transporte desloca-se até a mercadoria, enquanto nos outros modais a
mercadoria deve ir ao encontro do meio de transporte;
2) Frequência e disponibilidade dos serviços;
3) Velocidade e conveniência;
4) Simplicidade e praticidade na entrega da mercadoria, a qual poderá ser destinada
diretamente ao cliente, sem que este tenha que ir buscá-la;
5) Exigência de embalagens com custos menores;
6) Periodicidade determinada pelo cliente.
Principais Desvantagens
Pode-se considerar como principais desvantagens do transporte rodoviário:
1) Seu custo de fretamento é mais expressivo que os demais concorrentes com próximas
características;
2) Sua capacidade de tração de carga é bastante reduzida;
3) Os veículos utilizados para tração possuem um elevado grau de poluição ao meio
ambiente, como aumento no uso de combustíveis e trânsito;
4) A malha rodoviária deve estar constantemente em manutenção ou em construção, gerando
custos ao erário ou a contribuinte, visto que, existem estradas privatizadas que cobram
pedágio.
Tipos de veículos de transporte
Caminhões – São veículos fixos, monoblocos, constituídos em uma única parte que traz a
cabine junto com o motor e a unidade de carga (carroceria). Pode variar o tamanho e a
capacidade de tração, chegando a transportar até 23 toneladas.
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Carretas – São veículos articulados, que possuem unidades de tração e de carga separadas.
A parte encarregada da tração denomina-se cavalo mecânico e a de carga semirreboque. Os
semirreboques podem ser fechados (baús ou siders), abertos (carga seca), cegonheiros
(cargas de veículos), tanques (cargas liquidas) e plataformas (carregar maquinários).
Chassis – São as carretas de plataforma, antes citadas, apropriadas ao carregamento de
contêineres de 20 ou 40 pés. Este tipo de veiculo pode possuir acoplado um guincho
hidráulico que possibilita movimentar os contêineres por meios próprios.
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Bitrens – Assim como as carretas, os bitrens são veículos articulados e especiais, sendo
composto de um semirreboque e um reboque. Podem carregar até 50 toneladas de
mercadorias. No caso de veículo dotado de chassis para o carregamento de contêineres
poderá carregar de forma simultânea dois de 20 pés de forma mais segura.
Rodotrem – É uma combinação de veículos de carga (dois semirreboques) composta por um
total de 9 eixos que permite o transporte de um peso bruto total combinado de 74 toneladas.
Os dois semirreboques dessa combinação são interligados por um veículo denominado dolly,
que possui a característica de acoplar no semirreboque dianteiro por um engate do tipo A
(engate automático e com cambão) e fazer a ligação com o semirreboque traseiro através de
um engate do tipo B (quinta-roda).
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6.2- TRANSPORTE AÉREO
O Transporte aéreo é uma forma de transporte de cargas que ainda tem muito que se
desenvolver. É um modal que pode ser utilizado para qualquer tipo de produto, mas por
apresentar um custo muito maior que os demais modais, ainda é pouco requisitado.
Trata-se do modal ideal para movimentação de produtos de alto valor agregado e que
precisam ser entregues a longas distâncias, no menor tempo possível. Por ser o modal mais
rápido para entrega de produtos, é utilizado frequentemente para entrega de produtos
perecíveis, produtos sazonais e principalmente remessas de documentos urgentes.
Segundo um estudo da consultoria McKinsey estima-se que, em 2020, cerca de 80% de
todos os bens que cruzam as fronteiras internacionais serão transportados por aviões, ante os
atuais 20%. A projeção é baseada justamente no crescimento exponencial do comércio
eletrônico e na importância cada vez menor das fronteiras para o comércio internacional.
Pode-se destacar os órgãos que controlam e fiscalizam as operações em duas
categorias: órgão regulador internacional e órgão regulador nacional.
a) Órgão Internacional: A IATA (International Air Transport Association) é o órgão que
regulamenta e fiscaliza o transporte aéreo em todo o mundo. Trata-se de uma Associação das
empresas aéreas e dos agentes de carga com sedes em Genebra e Montreal.
Entre seus deveres estão:
1) Trabalhar pelo interesses de seus associados e dos usuários colocando em prática o
seu caráter comercial;
2) Zelar por um transporte, seguro, eficiente e rápido pelo benefício público em geral e
pela melhor rentabilidade das empresas;
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3) Definir tarifas para cargas e passageiros (como referência de tarifas máximas);
4) Tornar as rotas viáveis e promover o desenvolvimento do transporte aéreo regular;
5) Orientar a modernização dos aeroportos e dos instrumentos de navegação aérea;
6) Dividir o globo em 3 áreas: Américas (incluindo Hawaii, Groenlândia e demais Ilhas),
Europa + África + oeste da Ásia e Ásia + Oceania.
b) Órgãos Nacionais: Ministério da Defesa: Responsável máximo pelos transportes aéreos
dentro do território nacional.
Comando da Aeronáutica: Responsável pela navegação aérea e aeroportos, ditando as
normas a serem seguidas no país.
Departamento de Aviação Civil (DAC): Regulamenta e controla a aviação civil (nacional e
internacional) e instrumentaliza localmente as normas internacionais.
Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (INFRAERO): Empresa estatal
responsável pela construção e administração de aeroportos no Brasil e pelo controle e
administração dos Terminais de Carga (TECA) e de passageiros nestes aeroportos, tendo
neste caso o seu monopólio.
Principais vantagens do transporte aéreo:
1) Possibilita redução de inventários (menor quantidade de produto em trânsito, por menos
tempo e com mais frequência), possibilitando o “just in time” que auxilia tanto o importador
quanto o exportador;
2) Documento de transporte obtido com rapidez (conhecimento emitido antes do embarque);
3) Aeroportos em todos os grandes centros produtivos, em todo o mundo;
4) Fretes internos menores e com prazos mais curtos;
5) Maior segurança;
6) Frequência de embarques;
7) Redução dos custos de embalagem, que pode ser menos robusta;
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8) Redução do custo de seguro de 30 a 50% em relação aos outros modais.
Principais desvantagens do transporte aéreo :
1) Custo do frete alto em relação a todos os outros modais;
2) Capacidade de carga menor que o marítimo e ferroviário, ganhando apenas do rodoviário;
3) Custo elevado da infra-estrutura que se reflete nos custos operacionais (armazenagem,
manuseio, etc.);
4) Impossibilidade de transporte de carga a granel, como por exemplo, minérios, petróleo,
grãos e químicos;
5) Impossibilidade de absorção do alto valor das tarifas aéreas por produtos de baixo custo
unitário, como por exemplo, matéria-prima, produtos semifaturados e alguns manufaturados;
6) Existência de severas restrições quanto ao transporte de artigos perigosos.
Tipos de veículos de transporte
A capacidade de carga desses aviões também pode variar bastante, dependendo da
configuração, potência, tamanho, entre outros detalhes.
FULL CARGO ou ALL CARGO – São “aviões cargueiros”, destinados exclusivamente para
transporte de cargas.
Antonov NA-225 – Considerado o maior transportador do mundo, possui uma capacidade de
carga de mais de 250 toneladas, podendo transportar até quatro tanques militares.
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Boeing 747 – Quando configurado como um avião de carga, o Boeing 747-400 pode
comportar aproximadamente 26 mil pés cúbicos (736 m3) de carga. Isso equivale capacidade
de transporte de cinco caminhões.
MD 11 - A versão cargueira do MD-11F, tinha capacidade de 91,68 toneladas de carga em
seus porões, distribuídos em seus 440 metros cúbicos de carga paletizada. São mais 158
metros cúbicos de carga em seus diversos compartimentos de cargas menores, totalizando
26 paletes nos porões e mais 10 paletes menores nos compartimentos menores.
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COMBI – Também conhecidos como “aviões mistos”, tem seu deck superior dividido entre
passageiros e cargas.
FULL PAX – Ou “avião de passageiros” em que o deck superior é exclusivo dos passageiros
e o inferior para bagagem. Apenas se sobrar espaço uma carga é embarcada.
6.3 - TRANSPORTE AQUAVIÁRIO
O Brasil, em vista de sua extensão territorial costeada pelo mar e rico em rios navegáveis,
possui uma das melhores malhas hidroviárias do mundo. São cerca de 48 mil quilômetros
navegáveis, mas que, infelizmente, são subutilizados. O grande entrave está na falta de
regulamentação, o que impede a realização de investimentos de forma ordenada e a longo
prazo.
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Por ter um custo de transporte muito menor entre todos os modais, a utilização de
hidrovias aumentaria significativamente a competitividade dos produtos transportados.
Podemos separar o transporte aquaviário em três tipos:
Transporte Marítimo – Também conhecido como transporte de longo curso, é o transporte
aquático que utiliza os mares abertos como vias de passagens para transporte de
mercadorias.
Transporte Fluvial – É o meio que se utiliza de rios e lagos para realizar esse tipo de
transporte. No Brasil, são oito bacias com 48 mil km de rios navegáveis, reunindo, pelo
menos, 16 hidrovias e 20 portos fluviais.
Transporte de Cabotagem – É um meio termo entre o fluvial e o marítimo, uma vez que
realiza a navegação entre dois portos da costa de um mesmo país ou entre um porto costeiro
e um fluvial.
Esse modal pode englobar qualquer tipo de carga, desde produtos líquidos, a granel e até
mesmo veículos prontos. Sua facilidade se dá pelo uso de contêineres que, em tamanhos
padronizados, permitem o transporte de forma segura e eficiente, facilitando a sua arrumação
dentro dos navios.
Controle e regulamentação
Assim como os transportes aéreos, podemos dividir os órgãos de controle e fiscalização
em duas categorias: órgão regulador internacional e órgão regulador nacional.
a) Órgão Regulamentador Internacional
IMO (International Maritime Organization) - é um órgão ligado à ONU (Organização das
Nações Unidas) cuja função é promover a segurança no mar e a eficiência da navegação. É
responsável também por tomar medidas preventivas para evitar ou reduzir ao máximo o risco
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de poluição marítima que pode ser causada pelos navios, através de acidentes com
vazamentos ou, até mesmo, más condições de conservação.
Este órgão é responsável pela criação do ISM Code - International Safety Management
Code (Código de Gerenciamento Ambiental), que se refere ao gerenciamento do meio
ambiente e de navios, devendo tornar a navegação mais segura e confiável.
Destaca-se ainda, a criação da SOLAS - Safety of Life at Sea (Segurança da Vida no
Mar), uma convenção internacional que estabelece um conjunto de regras, visando promover
e controlar a segurança no mar, quanto à proteção da vida humana envolvida de alguma
forma com a atividade de navegação marítima.
b) Órgãos Regulamentadores Nacionais:
Ministério dos Transportes – É o órgão máximo no país sobre todo tipo de transporte, tendo
como missão controlar e fiscalizar tudo o que diga respeito a esta atividade.
STA - Secretaria dos Transportes Aquaviários – Órgão do Ministério dos Transportes, com
o dever de executar a política para os transportes aquaviários no Brasil.
DMM - Departamento da Marinha Mercante – Este órgão está vinculado a STA, e responde
pelo controle dos registros de armadores, fretes, acordos bilaterais, conferências de fretes e
outros assuntos reguladores do transporte marítimo brasileiro.
DP - Departamento dos Portos – Também vinculado ao STA, responde pelo controle dos
portos, sendo que as Companhias Docas estão subordinadas ao mesmo.
TM - Tribunal Marítimo – Vinculado ao Ministério da Marinha, responde pela investigação e
pelo julgamento dos acidentes ocorridos na navegação marítima, podendo suas conclusões e
laudos técnicos serem usados pela justiça civil, quando necessário.
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Principais Vantagens
1) Apresenta elevada capacidade de carga;
2) Transporta toda a espécie de mercadorias;
3) É um transporte vantajoso para médias e longas distâncias, visto permitir a amortização
dos elevados custos operacionais, sendo o custo médio por unidade de carga/km
relativamente baixo;
4) Permite descongestionar as vias terrestres, sobretudo as rodoviárias.
Principais Desvantagens
1) É um potencial agente poluidor dos mares e áreas litorais;
2) O tempo gasto nas viagens não permite ainda o transporte de certos produtos mais
delicados;
3) Necessidade de transbordo nos portos;
4) Distância dos centros de produção;
5) Maior exigência de embalagens;
6) Menor flexibilidade nos serviços aliados a frequentes congestionamentos nos portos.
Tipos de veículos de transporte
Navios de Carga Geral ou “cargueiros” – São os navios que transportam vários tipos de
cargas - sacarias, caixas, veículos encaixotados ou sobre rodas, bobinas de papel de
imprensa, vergalhões, barris, barricas etc. Tem aberturas retangulares no convés principal e
aberturas chamadas escotilhas, por onde a carga é embarcada para ser organizada nos
porões. A carga é içada ou arriada pelo equipamento do navio (chamados paus de carga) ou
pelos guindastes do porto.
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Navios Porta Contêineres – São os navios semelhantes aos de carga geral, mas
normalmente não possuem além de um ou dois mastros simples sem paus de carga. As
escotilhas de carga abrangem praticamente toda a área do convés e são providas de guias
para encaixar os contêineres nos porões. Alguns desses navios têm guindastes especiais.
São os mais modernos equipamentos de transporte marítimo do mundo e tendem a serem os
únicos a operar carga geral internacional no futuro, atuando somente nos grandes portos.
Navios Roll On / Roll Off (Rô-Rô) – Especialmente desenhados para transporte de cargas
“sobre rodas”, ou seja, automóveis, caminhões, carretas, etc., que se deslocam para entrar ou
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sair dos navios por seus próprios meios, através de rampas de acesso na proa, na popa ou
nas laterais dos navios.
Navios Graneleiros – São os grandes navios destinados ao transporte de grandes
quantidades de carga solta, ou seja, a granel: milho, trigo, soja, minério de ferro, etc. Se
caracterizam por um longo convés principal onde o único destaque são os porões. Como não
possuem guindastes, a carga é embarcada pelas esteiras rolantes do porto.
Navios Tanques – São grandes navios para transporte de petróleo bruto e produtos refinados
(álcool, gasolina, diesel, querosene, etc.). As cabines ficam na parte de trás (popa) e quase
sempre têm uma ponte no meio do navio, que vai até a frente (proa). É uma precaução de
segurança do pessoal, pois os navios tanques carregados ficam com uma pequena borda fora
da água, fazendo com que o convés seja "lavado" com frequência pelas ondas.
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Navios Reefers – Similares aos navios convencionais de carga geral, porém com porões
refrigerados com diferentes controles de temperatura para transporte de perecíveis como
carne, frutas, sucos, etc.
Navios Multi Purposes – Projetados para transportar simultaneamente diferentes tipos de
carga, como por exemplo, granéis líquidos e/ou sólidos junto com contêineres.
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6.4 - TRANSPORTE FERROVIÁRIO
No Brasil, apesar de sua grande extensão territorial, este modal de transporte, nunca teve
uma representatividade de destaque como em outros países de extensões parecidas.
Atualmente, este modal encontra-se capacitado para transportar qualquer tipo de
mercadoria, com destaque para vagões graneleiros, tanques, refrigerados e para contêineres.
No entanto, devido às péssimas condições da malha ferroviária, ficam restritos a curtas
distâncias, em que vantagens dos custos e serviços não são significativas.
Contudo, o crescimento econômico do país e o planejamento para desenvolvimento do
Norte e Nordeste brasileiro, estão acarretando estudos e projetos por parte do governo e
empresas privadas para reativar e melhorar a malha ferroviária do país.
Há planos para “conquistar” parte das cargas transportadas pelo modo rodoviário que,
apesar das péssimas condições de uso de uma parte das estradas, ainda é o modal mais
utilizado no país. Para ter êxito nessa empreitada, algumas concessionárias estão criando
trens expressos de contêineres e buscando saídas para eliminar os gargalos existentes na
malha ferroviária para aumentar a distância média de transporte e melhorar a velocidade dos
trens.
Segundo trabalho realizado pelo Departamento de Infra-Estrutura da FIESP/CIESP, os
principais entraves que serão necessários remover com a participação direta da ANTT e das
concessionárias são:
1) Falta de integração entre as malhas (Tráfego Mútuo de Passagem);
2) Gargalos operacionais herdados nas concessões quanto a: entorno dos grandes centros
urbanos, ocupação habitacional nas faixas de domínio e passagens de nível;
3) Recuperação e expansão da malha;
4) Falta de produção nacional de locomotivas, vagões e trilhos;
5) Pátios ferroviários desativados existentes na Grande São Paulo;
6) Transposição ferroviária da cidade de São Paulo, em particular a circulação na Estação da
Luz da CPTM.
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Controle e regulamentação
Assim como no Transporte Rodoviário, é a ANTT quem controla e fiscaliza os serviços
prestados pelas concessionárias de transportes ferroviários. Desenvolve um trabalho de
mapeamento dos usuários que dependem de ferrovia, mantendo um cadastro permanente
dos registros concedidos.
Principais Vantagens
1) Grande capacidade no transporte de cargas e passageiros;
2) É mais econômico que o rodoviário;
3) Possui diversas opções energéticas (vapor, diesel, eletricidade);
4) O material rodante é de longa duração;
5) Os trens modernos podem atingir grandes velocidades;
6) Estimula o desenvolvimento das indústrias de base.
Principais Desvantagens
1) Diferença na largura de bitolas;
2) Menor flexibilidade no trajeto;
3) Necessidade maior de transporto;
4) Percursos sujeitos às obstruções;
5) Transporte mais lento.
Tipos de veículos de transporte
Locomotiva – É o veículo responsável por fornecer energia para colocar um trem em
movimento, ou seja, é o carro que vai puxar os demais vagões de carga.
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Vagões tipo fechado – São os vagões utilizados para granéis sólidos, ensacados, caixas,
cargas unitizadas e transporte de produtos em geral que não podem ser expostos ao tempo.
Vagões tipo gôndola – São vagões abertos destinados a granéis sólidos e produtos diversos
que podem ser expostos ao tempo.
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Vagões tipo hopper – São vagões fechados para granéis corrosivos e granéis sólidos que
não podem ser expostos ao tempo e abertos para os granéis que podem ser expostos ao
tempo.
Vagões tipo isotérmico – São vagões destinados a produtos congelados em geral.
Vagões tipo plataforma – Vagões típicos para transporte de contêineres, produtos
siderúrgicos, grandes volumes, madeira e peças de grandes dimensões.
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Vagões tipo tanque – Vagões para transporte de cimento a granel, derivados de petróleo
claros e líquidos não corrosivos em geral.
6.5 - TRANSPORTE INTERMODAL E MULTIMODAL
Consideramos interessante tratar a questão da multimodalidade e intermodalidade em
separado, uma vez que seus conceitos, muitas vezes, geram dúvidas em relação à sua
aplicabilidade. Observem abaixo:
Transporte Intermodal – É o tipo de transporte que requer tráfego misto ou múltiplo,
envolvendo mais de uma ou várias modalidades de transporte, sendo indicado para acesso a
locais mais difíceis ou distantes.
Transporte Multimodal – É o tipo de transporte que requer articulação entre vários modos de
transporte, de forma a tornar mais rápidas e eficazes as operações de transbordo. O
Transporte Multimodal é aquele em que serão necessários mais de um tipo de veículo para
conduzir a mercadoria até ao seu destino final.
Em uma rápida leitura dos conceitos acima, notamos que se trata da mesma coisa, ou
seja, as duas significam transportes de cargas com mais de um modal. Na prática, significa
transportar uma mercadoria do ponto de origem até o ponto de entrega por modais diferentes.
Exemplo: retira a carga de um navio, acondiciona-a em um caminhão que a leva até um
terminal ferroviário, que será descarregada em um grande centro onde será entregue ao
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consumidor final. Se observar, essa carga passou por um navio, depois por um caminhão e
por um trem de carga, até chegar ao seu destino final.
No entanto, é nesse momento que ocorre a confusão entre as duas modalidades. Apesar
de possuírem o mesmo conceito, são duas modalidades operacionais diferentes.
Assim, onde está essa diferença?
A intermodalidade significa a emissão de documentos de transportes independentes, um
de cada transportador e cada um assumindo a responsabilidade pelo seu transporte.
Já na multimodalidade, ocorre ao contrário, existe a emissão de apenas um documento
de transporte, emitido pelo OTM – Operador de Transporte Multimodal, de ponta a ponta,
responsabilizando-se integralmente pela carga, desde o ponto de partida até a entrega final
ao destinatário.
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) oferece uma explicação jurídica
para diferença entre uma modalidade e outra. Vejamos:
Qual a diferença entre transporte Intermodal e Multimodal?
Resposta - O conceito de Transporte Multimodal é o definido
pela Lei 9.611/98, já o termo Transporte Intermodal não possui
mais base jurídica, pois a legislação que o definiu, a Lei
6.288/75 (dispõe sobre a utilização, movimentação e transporte,
inclusive intermodal, de mercadorias em unidades de carga) foi
revogada. Embora a primeira Lei revogue esta última, o conceito
de Transporte Intermodal não foi substituído pelo de
Transporte Multimodal, pois há diferenças
conceituais entre os dois termos.
Em tempo: um Operador de Transporte Multimodal (OTM) é uma pessoa jurídica
contratada para realizar o Transporte Multimodal de Cargas da origem até o destino, por
meios próprios ou por intermédio de terceiros. Suas principais responsabilidades são:
- Pela execução do contrato multimodal;
- Pelos prejuízos resultantes de perda, por danos ou avaria as cargas sob sua custódia,
assim como por aqueles decorrentes de atraso em sua entrega, quando houver prazo
acordado.
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- Pelas ações ou omissões de seus empregados, agentes, prepostos ou terceiros
contratados ou subcontratados para execução dos serviços de Transporte Multimodal,
como se essas ações fossem próprias.
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7- BIBLIOGRAFIA
- ALVARENGA; Antonio Carlos, NOVAIS; Antonio Galvão N. Logística Aplicada:
Suprimento e distribuição Física. 3ª Edição. São Paulo: Editora Edigard Blucher
Ltda., 2000.
- BALLOU; Ronald H. Logística Empresarial: Transportes, Administração de
Materiais e Distribuição Física. 1ª Edição. São Paulo: Editora Atlas, 1993.
- MOURA, Reinaldo A. (1998) - Sistemas e técnicas de movimentação e
armazenagem de materiais. 4a ed. São Paulo: IMAM, 452 p. (Série manual de
logística; v. 1)
- Site Abepro.org, 2003, Centros de Distribuição: armazenagem estratégica. Disponível
em:< http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2003_TR0112_0473.pdf>. Acesso
em 04 de janeiro de 2010.
- FERNANDES, Kleber dos Santos, 2008, Logística: fundamentos e processos.
Disponível em: http://www2.videolivraria.com.br/pdfs/6109.pdf . Acesso em 04 de
janeiro de 2010.
- SANTOS, Anderson, 2009, Centros de distribuição como vantagem competitiva.
Disponível em:<
http://unianhanguera.edu.br/programasinst/Revistas/revistas2006/rev_ciencias/pag05.pd
f>. Acesso em 05 de janeiro de 2010.
- Site Ogerente.com. Disponível em:< http://www.ogerente.com.br>. Acesso em 05 de
janeiro de 2010.
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