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GERENCIAMENTO VERDE DA CADEIA DE SUPRIMENTOS: UMA REVISÃO
SISTEMÁTICA DA LITERATURA
Iaslin Nostório da Silva¹
Isabele Rocha da Silva²
Luciano Souza Espindola³
RESUMO: Este artigo tem como objetivo apresentar as práticas de Green Supply Chain
Management (GSCM) de um ponto de vista abrangente, bem como analisar o comportamento
do tema nos últimos dez anos. A partir do desdobramento da pesquisa em dois macros
estudos, i) um Research Profiling (Perfil da Pesquisa) e ii) uma revisão sistemática da
literatura sobre GSCM em artigos publicados de 2006 a 2016, tem-se que (i) os contextos
mais utilizados foram os de “impacto financeiro do GSCM” e “motivações à implementação
do GSCM”, (ii) os setores automotivo, têxtil/manufatura e eletrônico/eletroeletrônico foram os
mais abordados, (iii) os métodos mais utilizados pelos autores foram aqueles em que
envolviam procedimentos empíricos, iv) duas das principais bases de dados juntas (WOS e
Scopus) reuniram 96,7% dos artigos utilizados na presente análise e (v) as pesquisas se
concentram em países já estabelecidos academicamente, porém, países em desenvolvimento
(como o Brasil), aparecem entre os mais produtivos nesse campo. Ademais, são feitas
considerações sobre os resultados da análise bibliométrica, bem como dos conteúdos
abordados na revisão de literatura, buscando estender a compreensão do cenário onde o
GSCM está inserido atualmente e auxiliando na identificação de oportunidades de estudos por
parte de pesquisadores interessados no tema analisado.
Palavras-chave: Gerenciamento Verde da Cadeia de Suprimentos; GSCM; Revisão de
Literatura; Research Profiling; Bibliometria.
1. INTRODUÇÃO
A Gestão Verde da Cadeia de Suprimentos ou Green Supply Chain Management
(GSCM) torna-se um desafio progressivamente mais complexo para as organizações no
cenário atual. Fornecedores, clientes, governo, regulamentações, instituições e grupos de
defesa estão se posicionando de forma exigente para com as empresas que, devido à suas
atividades transformadoras, geram impactos ambientais significativos em todas as fases do
seu ciclo de produção (JABBOUR et al. 2014). As empresas estão procurando evoluir de uma
estratégia reativa para proativa, desenvolvendo e implementando um novo conceito de gestão
que incorpora às suas estratégias e processos produtivos as práticas de desenvolvimento
sustentável, que deverão ser enraizadas na cultura empresarial por meio de políticas internas
ou algum outro meio mais conveniente.
Os resultados obtidos com a adoção de práticas de GSCM extrapolam o campo do
meio ambiente, uma vez que uma boa imagem empresarial repercute em maiores lucros,
redução de custos e, consequentemente, à geração de valor nos negócios (SRIVASTAVA,
2007). Ainda, de acordo com Chan et al. (2012), as práticas verdes como compras verdes,
atividades de GSCM e recuperação de investimentos, aumentam significativamente o
desempenho corporativo. O autor também corrobora quando reforça a importância do
incentivo à criação de uma cultura pró-ambiental nas organizações, e que a mesma considere
as necessidades e exigências de seus stakeholders, melhorando, consequentemente, a gestão
verde integrada da cadeia de suprimentos.
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Diante da relevância do tema, Srivastava (2007) desenvolveu a pesquisa “Green
Supply Chain Management: A state-of-the-art literature review”, que respondeu às seguintes
questões, dentro do período analisado (1990-2006): i) quais foram os contextos dos problemas
abordados pela literatura de GSCM? ii) quais foram os procedimentos metodológicos que os
autores utilizaram para desenvolver suas pesquisas na área de GSCM? Para responder tais
questões, o autor realizou uma pesquisa bibliogáfica com o objetivo geral de apresentar uma
visão vasta e integrada da literatura publicada.
Após dez anos do trabalho de Srivastava, a presente pesquisa procura responder, de
forma contemporânea, a essas mesmas questões, acrescentando à pesquisa original do autor
respostas aos seguintes questionamentos: iii) quais foram os setores da economia que os
autores utilizaram para desenvolver seus trabalhos? iv) qual o perfil bibliométrico do tema? v)
como se comportou o campo de pesquisa nos últimos dez anos?
Em função dos questionamentos levantados, esse artigo possui como objetivo
principal apresentar as práticas de GSCM sob um ponto de vista mais abrangente do que o
realizado em Srivastava (2007), analisando o comportamento do tema durante o período
abordado e possibilitando a construção de um panorama atual e multidisciplinar. Para tanto, a
pesquisa desenvolve um Research Profiling, com auxílio do software VantagePoint® e,
fundamentalmente, uma revisão sistemática da literatura sobre Green Supply Chain
Management em artigos publicados de 2006 a 2016, em cinco diferentes bases de dados, entre
elas a “Web of Science” e a “Scopus”. Justifica-se a inclusão dos artigos publicados em 2006,
ano também considerado na pesquisa de Srivastava, devido ao fato dos artigos do referido
ano, abordados pelo autor, não versarem sobre GSCM, mas sim sobre logística reversa.
Ademais, o trabalho de Srivastava, por ter sido publicado em fevereiro de 2007, pode não ter
incluído alguns artigos de 2006, uma vez que possivelmente o autor finalizou e submeteu a
pesquisa antes do ano em questão findar.
A relevância deste trabalho está pautada em três aspectos, a saber: i) GSCM é um
campo com diversas vertentes, mas possui foco limitado e perspectiva estreita
(SRIVASTAVA, 2007) ii) Pesquisas sobre GSCM estão crescendo gradativamente,
juntamente com a importancia de sua implementação (LEE, 2008; TIAN et al. 2014) iii) Há
pressões de todas as partes interessadas para que o tema seja amplamente abordado e aplicado
(HUANG; TAN e DING, 2015; KUEI et al. 2015; MATHIYAZHAGAN e HAQ, 2013; LEE
e KLASSEN, 2008; DIABAT e GOVIDAN, 2011; CHIOU et al. 2011; LUTHRA; GARG e
HALEEM, 2016).
Quanto à estrutura desse trabalho, o mesmo está estruturado como se segue: na seção
2, é apresentado o método utilizado na pesquisa; a seção 3 aborda os Indicadores
Bibliométricos provenientes do método Research Profiling; a seção 4 aborda a Revisão de
Literatura; a seção 5 constrói uma análise sobre a evolução histórica dos assuntos abordados
pelos principais artigos sobre GSCM e faz uma discussão dos resultados, além de abordar
perspectivas futuras de pesquisa no campo em questão; a seção 6 apresenta as principais
considerações finais, seguidas das Referências Bibliográficas.
2. ASPECTOS METODOLÓGICOS DA PESQUISA
Para a consecução do presente trabalho, a pesquisa se desdobrou em dois macros
estudos, sendo um deles o Perfil de Pesquisa (Research Profiling) e o outro a Revisão
Sistemática da Literatura (Systematic Literature Review, ou SLR). O Research Profiling tem
como finalidade mapear o campo de pesquisas na área de GSCM, ampliando a revisão da
literatura na medida em que examina as publicações de forma a responder questões como, por
exemplo: Quem são os autores mais citados em determinada área? O que é mais estudado
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dentro desse tema? Onde os artigos são mais produzidos? Quando cada tópico aparece na
literatura? Justifica-se a escolha do método Research Profiling por ele ampliar o escopo de
uma pesquisa bibliométrica (PORTER, KONGTON E LU, 2002), ou seja, além do incorporar
o método da análise bibliométrica, ele vai além, examinando as publicações de forma mais
completa. Já a Revisão Sistemática da Literatura tem como função organizar os
conhecimentos difundidos ao longo dos últimos dez anos sobre GSCM, aumentando a
visibilidade desse assunto e contribuindo para o processo investigativo do tema, além de
fornecer uma perspectiva histórica e a consolidação dos esforços de pesquisas individuais
dessa área do conhecimento (MEREDITH, 1993; EASTERBY-SMITH et al. 2002). A
pesquisa desdobrou-se conforme as etapas apresentadas na Figura 1 a seguir:
Figura 1: Aspectos metodológicos da pesquisa.
Fonte: Elaboração Própria.
A primeira etapa da pesquisa identificou todos os artigos publicados a partir de 01 de
janeiro de 2006 até 30 de novembro de 2016, sendo a busca realizada por meio de “pesquisa
avançada” em cada uma das cinco bases de dados selecionadas. Como argumento de pesquisa,
os termos “Green Supply Chain Management” e “GSCM” foram buscados nos títulos,
resumos e palavras-chave de todos os artigos. Aplicaram-se, então, alguns critérios de
refinamento, sendo estes: i) artigos publicados a partir de 2006, ii) artigos publicados em
periódicos e iii) artigos de língua inglesa. Como limitação dessa primeira etapa da pesquisa,
tem-se que os artigos que não utilizaram nenhum dos argumentos da pesquisa no título,
resumo ou palavras-chave ao menos uma vez, não tiveram seus trabalhos relacionados para o
presente estudo. O número de artigos encontrados para cada base de dados encontra-se no
Quadro 1 a seguir:
Primeira Etapa: Identificar as
publicações sobre GSCM nas bases de
dados Scopus, Web of Science, Taylor &
Francis, Science Direct e IngentaConnect.
Segunda Etapa: Realizar uma limpeza
nos artigos encontrados para eliminar
resultados repetitivos entre as bases.
Terceira Etapa: Leitura dos artigos,
classificando-os nas categorias da SLR,
eliminando ainda qualquer publicação
não relacionada à GSCM.
Quarta Etapa: Inserir os dados no
VantagePoint® para desenvolver o
Research Profiling, eliminando qualquer
duplicidade remanescente.
Quinta Etapa: Análise dos artigos mais
citados por período, discussão dos
resultados, identificação de gaps e
perspectivas futuras sobre GSCM.
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Quadro 1: Número de artigos por base de dados:
Base de Dados Número de Artigos Web of Science 261
Scopus 226
Taylor & Francis 77
Science Direct 32
Ingenta Connect 7
TOTAL 603
Fonte: Elaboração Própria.
A segunda etapa analisou as redundâncias (duplicidades) em relação à base com o
maior número de resultados iniciais (Web of Science), uma vez que, em várias ocasiões, um
artigo estava presente em mais de uma base de dados. Após essa “limpeza”, chegou-se aos
seguintes resultados, apresentados no Quadro 2, para cada base:
Quadro 2: Número de artigos não duplicados na base Web of Science
Base de Dados Número de artigos não duplicados na Web of
Science
Scopus 108
Taylor & Francis 32
Science Direct 4
Ingenta Connect 2
TOTAL 146
Fonte: Elaboração Própria.
As etapas apresentadas a seguir, apesar de seus nomes denotarem uma sequência
(terceira e quarta etapas), ocorreram concomitantemente. Na terceira etapa da pesquisa, foi
realizada a leitura dos artigos resultantes da segunda etapa, onde estes foram tabulados em
uma planilha, visando separá-los entre as categorias e subcategorias da pesquisa. Durante a
leitura, os artigos foram classificados quanto: i) contexto utilizado: a) Importância do GSCM,
b) Operações Verdes ou c) Outros contextos; ii) setor em que a pesquisa foi desenvolvida: a)
Setores Industriais e b) Outros Setores; iii) métodos empregados: a) Estudo Empírico, b)
Modelo Matemático ou c) Revisão de Literatura. A seguir, cada subcategoria foi aberta em
subdivisões (apresentadas na seção 4 – Revisão Sistemática da Literatura), buscando
discriminar os artigos da revisão com mais detalhes quanto ao conteúdo de suas pesquisas.
Esta etapa é referente ao primeiro macro estudo, ou seja, a Revisão Sistemática de Literatura.
Durante a leitura dos artigos, foi identificado que as bases trouxeram alguns resultados
que não tinham relação com o Gerenciamento Verde da Cadeia de Suprimentos. Esta
ocorrência se justifica pelo uso da sigla “GSCM” que, além de significar Green Supply Chain
Management, também possui outros significados como, por exemplo, Geometry-based
Stochastic Channel Models, que não interessam à pesquisa, sendo, portanto, excluídos da
análise. Outra observação deve-se ao fato do artigo ser classificado em mais de uma
subcategoria e/ou subdivisão, sendo então, neste caso, e para efeito de tabulação, classificado
em apenas um grupo dentro de cada uma das categorias principais. Por exemplo, um autor
desenvolve um modelo matemático que, por sua vez, auxilia em um estudo empírico, tem-se
então que este artigo será classificado, em relação aos procedimentos metodológicos, como
“Estudo Empírico”, visto que tal método teve um impacto maior nos resultados desse
trabalho.
Na quarta etapa da pesquisa definiram-se como os dados seriam analisados de acordo
com as questões propostas pelo Research Profiling. Para tanto, foi escolhido o software
VantagePoint® (www.thevantagepoint.com), justificando sua escolha por este ser
reconhecido pela eficiência e praticidade no tratamento dos dados coletados (ELDRIGE,
2006; KIM et al. 2012). As bases Web of Science e Scopus geram arquivos que contém todas
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as informações necessárias para a condução do Research Profiling, bastando apenas inserir
esses arquivos no software em questão. As demais bases (Science Direct, Ingenta Connect e
Taylor & Francis) não disponibilizam essas informações de forma automática, demandando
uma coleta manual das informações necessárias.
Depois de inseridos os dados no VantagePoint®, estes foram organizados dentro do
próprio software, onde foram padronizados os nomes dos periódicos, autores, palavras-chave,
entre outros termos (essa padronização visa eliminar qualquer tipo de erro de leitura dentro do
software, evitando que o mesmo considere dois dados iguais como distintos). Após todos os
procedimentos de tratamento dos dados, análise dos artigos que estavam em duplicidade nas
outras bases que não a Web of Science e a eliminação dos artigos cujo acrônimo GSCM não se
refira a Green Supply Chain Management, chegou-se a 339 publicações a serem analisadas,
como apresenta o Quadro 3:
Quadro 3: Número de artigos final por base de dados:
Base de Dados Número de Artigos
Web of Science 220
Scopus 108
Taylor & Francis 10
IngentaConnect 1
Science Direct 0
TOTAL 339
Fonte: Elaboração Própria
Por fim, as informações pertinentes dos artigos em análise foram exportadas para uma
planilha, onde construiu-se gráficos e tabelas, buscando responder aos questionamentos do
Research Profiling. A revisão sistemática de literatura, os resultados da análise do perfil da
pesquisa, bem como as outras análises derivadas destes dois métodos, encontram-se nas
seções seguintes.
3. PERFIL DA PESQUISA
Esta seção apresenta os resultados da segunda análise feita pelo presente artigo, tendo
por finalidade responder às indagações propostas pelo Research Profiling sobre o campo de
pesquisa de GSCM. Todos os gráficos e quadros a seguir foram construídos com base em
informações extraídas do software VantagePoint®, sendo que este, por sua vez, apresenta
resultados baseados nos número de registros e número de instâncias. Para um melhor
entendimento da diferença dessas duas informações, é dado o seguinte exemplo: um único
artigo pode referenciar cinco trabalhos do mesmo autor, nesse caso, tem-se um registro e
cinco instâncias.
A primeira análise que será apresentada diz respeito ao número de publicações por
ano, dentro dos critérios da pesquisa sobre GSCM, representado pela Figura 2. Nota-se um
crescimento no número de publicações sobre o tema a partir do ano 2009, resultado da
importância crescente que as questões ambientais têm no contexto das cadeias de
suprimentos, como explicitado na primeira parte deste artigo.
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Figura 2: Publicações por ano
Fonte: Elaboração própria
O Quadros 4 apresenta as dez instituições que mais apresentaram publicações sobre
GSCM no intervalo de tempo analisado:
Quadro 4: Relação das 10 instituições que mais publicam sobre GSCM
Instituição Publicações
Dalian University of Technology 19
National Institute of Technology, India 18
University of Southern Denmark 11
Universidade Estadual de São Paulo 10
Clark University 8
University of Sheffield 8
Indian Institute of Technology Bhubaneswar 7
St. Vincent Pallotti College of Engineering and Technology 6
University of East Anglia 6
The Hong Kong Polytechnic University 5
Fonte: Elaboração própria.
O Quadro 5 apresenta os vinte autores que mais publicaram sobre GSCM:
Quadro 5: Relação dos 20 autores que mais publicam sobre GSCM
Autor Publicações
Sarkis, Joseph 22
Zhu, Qinghua 18
Govindan, Kannan 16
Lai, Kee-Hung 12
Lopes de Sousa Jabbour, Ana Beatriz 11
Chiappetta Jabbour, Charbel Jose 10
Koh, S C Lenny 9
Haleem, Abid 8
Luthra, Sunil 8
Barve, Akhilesh 7
Garg, Dixit 7
Geng, Yong 7
Kaliyan, Mathiyazhagan 7
Kannan, Devika 7
Muduli, Kamalakanta 7
Diabat, Ali 6
Bai, Chunguang 5
De Giovanni, Pietro 5
Hsu, Chia-Wei 5
Saen, Reza Farzipoor 5
Fonte: Elaboração própria
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O Quadro 6, por sua vez, apresenta os dez países que mais tiveram publicações sobre
GSCM no período analisado:
Quadro 6: Relação dos 10 países que mais publicam sobre GSCM
País Publicações
Estados Unidos 74
Índia 63
China 55
Taiwan 48
Reino Unido 40
Dinamarca 21
Irã 21
Malásia 17
Brasil 16
Austrália 13
Fonte: Elaboração própria
A análise dos Quadros 4, 5 e 6 de forma conjunta demonstra uma grande concentração
das pesquisas nos Estados Unidos e países da Ásia, como China e Índia, reconhecidos pelo
volume e qualidade de suas produções científicas em outras áreas afins à GSCM.
O Quadro 7 apresenta os autores mais citados entre os artigos analisados. Vale
ressaltar que os vinte autores mais citados foram ordenados pelo número de registros, sendo o
motivo explicado no início desta análise.
Quadro 7: Relação dos 20 autores mais citados.
Autor Registros Instâncias
Zhu, Q.H. 255 1025
Sarkis, J. 249 1014
Rao, P.H. 169 254
Srivastava, S.K. 155 165
Vachon, S. 150 251
Lai, K.H. 137 356
Handfield, R.B. 134 205
Klassen, R.D. 131 290
Carter, C.R. 119 216
Min, H. 114 133
Seuring, S. 113 190
Holt, D. 107 127
Walton, S.V. 103 126
Govindan, K. 102 281
Green, K.W. 100 135
Hervani, A.A. 93 96
Geng, Y. 88 152
Bowen, F.E. 83 98
Hsu, C.W. 82 118
Lamming, R.C. 78 107
Fonte: Elaboração própria
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Complementando o Quadro 7, a Figura 3 apresenta a evolução no número de citações
ao longo dos últimos 30 anos (1986 até 2016)
Figura 3: Análise do ano das publicações citadas nas pesquisas sobre GSCM ao longo de 30 anos.
Fonte: Elaboração própria
Traçando um paralelo entre o Quadro 5 e o Quadro 7, tem-se que apenas seis autores
que aparecem entre os mais produtivos, também estão na relação dos mais citados, visto que,
pelo fato do conceito de GSCM ser construído a partir de diversos outros conceitos
relacionados tanto ao Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos (Supply Chain Management)
quanto a conceitos ligados ao desenvolvimento sustentável, os autores dos artigos sobre
GSCM buscam construir uma base teórica citando pesquisas de diversas áreas do
conhecimento, não se concentrando somente em citações específicas sobre GSCM.
No que diz respeito aos periódicos, tem-se que o “Journal of Cleaner Production” é o
periódico que mais publica sobre GSCM, confirmando sua importância para o atual cenário de
pesquisas nessa área, como pode ser visto no Quadro 8.
Quadro 8: Relação dos 20 periódicos que mais publicam sobre GSCM.
Periódico Publicações
Journal of Cleaner Production 36
International Journal of Production Economics 21
International Journal of Production Research 17
International Journal of Logistics Systems and Management 12
Transportation Research Part E: Logistics and Transportation Review 12
Supply Chain Management 11
Resources, Conservation and Recycling 9
Production Planning and Control 8
Expert Systems with Applications 7
Benchmarking: An International Journal 6
International Journal of Operations and Production Management 6
International Journal of Physical Distribution and Logistics Management 6
International Journal of Procurement Management 6
International Journal of Services and Operations Management 6
Journal of Manufacturing Technology Management 6
Management Research Review 6
Business Strategy and the Environment 5
Journal of Industrial Engineering and Management 5
The International Journal of Advanced Manufacturing Technology 4
International Journal of Environmental Science and Technology 4
Fonte: Elaboração própria
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No que se refere aos periódicos mais citados, tem-se que o “Journal of Cleaner
Production” figura como o mais referenciado pelos autores de GSCM, com 271 registros,
seguido pelo “International Journal of Production Economics” e o “Journal of Operation
Management”, com 251 e 225 citações, respectivamente. Ainda a partir do Quadro 9,
observa-se que, juntos, esses três periódicos são responsáveis por 26% do total de citações dos
20 mais referenciados, se consolidando como as principais fontes de referências para o campo
de GSCM.
Quadro 9: Relação dos 20 periódicos mais citados.
Periódico Registros Instâncias
Journal of Cleaner Production 271 1282
International Journal of Production Economics 251 978
Journal of Operation Management 225 699
International Journal of Production Research 211 560
International Journal of Operation & Production Management 187 569
European Journal of Operation Research 168 413
International Journal of Management Review 161 166
Omega 144 250
Production and Operation Management 141 263
Transportation Research Part E-Logistics and Transportation Review 126 228
Supply Chain Management 126 228
Greener Management International 113 254
International Journal of Physical Distribution & Logistics Management 106 160
Harvard Business Review 106 219
Supply Chain Management An International Journal 105 166
Strategic Management Journal 103 243
Benchmarking: An International Journal 95 203
Industrial Management Data System 93 131
Business Strategy and the Environmental 93 143
Computer and Industrial Engineering 88 208
Computer and Industrial Engineering 84 116
Fonte: Elaboração própria
Por fim, a última análise será construída através do Quadro 10, que apresenta as vinte
palavras-chave mais utilizadas. Essa análise é de grande valia para o pesquisador que tiver
interesse em pesquisar sobre GSCM, pois buscará, em um primeiro momento, pelas palavras-
chave pertinentes ao assunto ou diretamente nos periódicos da área. Portanto, tem-se que as
três mais usadas para representar as pesquisas são “green supply chain management”,
“supply chain management” e “Green Supply chain”, mostrando que estes termos
representam bem os artigos analisados no espaço de tempo da presente pesquisa. Porém, nota-
se o uso de palavras-chave de temas mais abrangentes como, por exemplo, “Sustainability”,
“Reverse Logistics” e “Supplier selection”, reforçando a discussão feita em relação à
utilização de referências de outros campos de pesquisa.
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Quadro 10: Relação das 20 palavras-chave mais utilizadas.
Palavras Chave Registros
"green supply chain management" 161
"supply chain management" 50
"Green supply chain" 35
"GSCM" 29
"Sustainability" 29
"Environmental management" 28
"Green Supply Chain Management (GSCM)" 24
"environmental performance" 19
"Reverse logistics" 16
"Supply chain" 13
"Sustainable development" 12
"Supplier selection" 11
"Environment" 10
"China" 9
"Fuzzy set theory" 9
"India" 9
"Interpretive structural modelling" 9
"Barriers" 8
"Environmental sustainability" 8
"Case study" 7
Fonte: Elaboração própria
4. REVISÃO SISTEMÁTICA DA LITERATURA
4.1 Apresentação das Categorias
A literatura sob análise no presente artigo foi classificada em três grandes categorias:
Categoria Contexto da Pesquisa, Categoria Área da Pesquisa e Categoria Método da Pesquisa.
Cada categoria classificada possui seu contexto e destina-se a facilitar o processo de
entendimento do cenário em que o GSCM está inserido, bem como sua importância e
vertentes diversas. É importante salientar que as classificações aqui listadas não são rígidas e
podem haver diversas sobreposições em pesquisas complementares, uma vez que a visão é
simplista e sem abordagem de aspectos que requeiram detalhes, pois não fazem parte da
pesquisa. A partir das categorias classificadas, serão apresentadas literaturas pertinentes a
cada uma delas, dentro da quantidade de artigos especificados na seção 2 - Aspectos
Metodológicos.
Adentrando um pouco mais, a Categoria Contexto da Pesquisa aborda o conjunto de
circunstâncias em que se produzem os conteúdos a serem passados aos leitores, subdividindo-
se em: i) Importância do GSCM, ii) Operações Verdes e iii) Outros Contextos; a Categoria
Área da Pesquisa engloba o local ou cenário onde os estudos foram conduzidos: i) Setores
Industriais e ii) Outros Setores; já a Categoria Método da Pesquisa traz os tipos de escolhas de
procedimentos sistemáticos a serem aplicados para a descrição, análise e explicação de
fenômenos, considerando-se neste artigo os subgrupos que seguem: i) Estudos Empíricos, ii)
Modelos Matemáticos e iii) Revisão de Literatura. A partir destas categorias, subcategorias
foram criadas e serão apresentadas, detalhadamente, nesta seção, com o objetivo de
aprofundar as abordagens e conteúdos das grandes categorias: i) Contexto da Pesquisa e ii)
Área da Pesquisa. A Figura 4, disposta a seguir, sintetiza o que será abordado.
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Figura 4: Classificações da revisão sistemática de literatura
Revisão Sistemática de Literatura
Categoria Contexto da
Pesquisa
Categoria Área da Pesquisa
Categoria Metodologia da
Pesquisa
Importância do
GSCM
Operações
Verdes
Outros Contextos
Revisão de
Literatura
Estudos
Empíricos
Modelos
Matemáticos
Setor Industrial
Outros Setores
· Benefícios na
Implementação
do GSCM
· Motivações e
Pressões à
Implementação
do GSCM
· Impacto
Financeiro e
Econômico
· Barreiras à
Implementação
· GSCM X SSCM
· GSCM Setor
Público X
GSCM Setor
Privado
· Desempenho
Operacional
· Processos
Operacionais
· Redução de
Resíduos e
Impactos
Ambientais
· Seleção e/ou
Desenvolvimento
de Fornecedores
· GSCM
Considerando
Riscos e
Incertezas
· Gerenciamento do
Ciclo de Vida do
Produto
· Gestão de
Poluentes
· Localização de
Instalações
· Têxtil /
Manufatura
· Automobilística
· Múltiplos Setores
Industriais
· Eletrônica /
Eletroeletrônica
· Mineração
· Tecnologia da
Informação
· Alimentício
· Construção Civil
· Química /
Petróleo
· Geração de
Emergia
· Metalurgia
· Bens de
Consumo
· Saúde, Beleza e
Higiene
· Medicina
· Sem
Especificação
· Múltiplos Setores
· Simulação
· Logística
· Serviços
· Transporte
· Varejo
· Reciclagem
· Compras
· Educação
· Comércio
Eletrônico
· Eletrônico
· Restaurante
· Saúde
· Programação
FUZZY
· Análise
Estatística
ANOVA /
Regressão
· Modelagem de
Equações
Estruturais
· ANP
· Programação
Linear
· DEMATEL
· AHP
· Teoria dos Jogos
· TOPSIS
· MCDM
· DEA
· Gestão
Ambiental
· Inovação e
Treinamento
Verde
· Práticas
Sustentáveis
· Gestão da
Qualidade
· Design Verde
· Perspectivas
Futuras do
GSCM
· Questionário
· Entrevista
· Estudo de Caso
· Experimento
Laboratorial
Fonte: Elaboração Própria.
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4.2 Categoria Contexto da Pesquisa
4.2.1 Importância do GSCM
Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos Sustentável ainda é um tema em
crescimento nos meios acadêmicos e profissionais, visto que surge da necessidade de
aprimorar os processos, reduzir os desperdícios e aumentar a qualidade do ciclo de vida do
produto (SRIVASTAVA, 2007). Neste contexto, diversas pesquisas estão sendo realizadas
com o intuito de explorar o tema, e esta seção se destina a evidenciar os artigos que tratam
sobre a importância e os benefícios do GSCM, as barreiras e pressões à adoção deste novo
método de gestão, além de seus impactos econômicos. Sendo assim, 40% dos artigos
analisados no presente estudo se enquadraram nesta categoria.
Há diferenças no que diz respeito a dois conceitos distintos na literatura: o de GSCM
(Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos Verde) e o de SSCM (Gerenciamento Sustentável
da Cadeia de Suprimentos). Os resultados da análise demonstram que o conceito de GSCM é
mais limitado, com uma ênfase maior em características ambientais. Já as definições de SSCM
apontam características econômicas, ambientais e sociais relacionadas aos Stakeholders,
sendo, portanto, SSCM uma extensão de GSCM. E ainda, o GSCM está intimamente
relacionado às práticas de gestão ambiental (SARKIS, 2012; AHI e SEARCY, 2013).
É possível identificar nos artigos analisados para a construção deste trabalho diversos
fatores que estimulam as empresas a adotarem práticas de Gestão da Cadeia de Suprimentos
Verde. Um exemplo seria a pressão dos Stakeholders de forma geral (MATHIYAZHAGAN e
HAQ, 2013; HUANG; TAN e DING, 2015; KUEI et al. 2015;), preocupação especificamente
com os clientes (LEE e KLASSEN, 2008; SARKIS; ZHU e LAI, 2011; HITCHCOCK, 2012;
MATHIYAZHAGAN; GOVINDAN e HAQ, 2014; HOEJMOSE; GROSVOLD e
MILLINGTON, 2014; CHAVEZ et al. 2016) e a preocupação ambiental interna à empresa
(LEE e KLASSEN, 2008; DIABAT e GOVINDAN, 2011; CHIOU et al. 2011; LUTHRA;
GARG e HALEEM, 2016).
Outros fatores também são explorados, como a influência de regulamentações e
normas ambientais (ZHU et al. 2008; ZHU; SARKIS e LAI, 2008a; CHEN e SHEU, 2009;
YANG et al. 2010; ZHU et al. 2011; SHEU e CHEN, 2012; WU; DING e CHEN, 2012;
MOSGAARD; RIISGAAR e HUULGAARD, 2013; XU et al. 2013), marketing verde (ZHU
et al. 2008), redução de custos (ZHU et al. 2008; KIM e RHEE, 2012; MOHANTY e
PRAKASH, 2014), concorrentes (NELSON, 2008), motivações éticas e/ou comerciais
(TESTA e IRALDO, 2010; WU; DING e CHEN, 2012) e ISO 14000 (GOMEZ e
RODRIGUEZ, 2011; ARIMURA; DARNALL e KATAYAMA, 2011). As práticas de
cooperação com os clientes também exercem impactos significativos no desempenho
organizacional, reforçando a intensidade competitiva da empresa (ZHU e SARKIS, 2007;
SOLER; SACHDEVA e GARG, 2010).
Entretanto, para que o GSCM seja implementada de forma eficaz, é necessário que
haja o apoio da alta administração e o comprometimento de todos os atores envolvidos com as
políticas ambientais (WU e CHANG 2015), além de um correto planejamento estratégico
(SIVAPRAKASAM et al. 2015). Ademais, as principais barreiras à implementação do GSCM
encontradas na literatura referem-se à falta de compreensão dos atores envolvidos
(MEHRABI et al. 2012; MATHIYAZHAGAN et al. 2013), falta de formação adequada
(GOVINDAN et al. 2014; WANG; CAI; FLORIG 2016), intervenções governamentais
(SHEU e CHEN, 2012), dependência dos parceiros de fornecimento (RAUER e
14
KAUFMANN, 2015), restrições financeiras e resistência à adoção de tecnologia avançada
(DUBE e GAWANDE, 2016).
O desempenho financeiro das empresas também é abordado, constatando-se que o
GSCM é uma estratégia eficaz e eficiente na redução dos impactos ambientais e traz
benefícios financeiros a longo prazo (ZHU; SARKIS e LAI, 2007a; CHIEN; SHI, 2007;
THUN; MULLER, 2010; LEE; KIM e CHOI, 2012; OLUGU e WONG, 2012; DE
GIOVANNI, 2012; MAVI et al. 2015; LAARI et al. 2016; KUSHWAHA e SHARMA, 2016;
WANG et al. 2016). O lado econômico é estudado e os autores afirmam que o GSCM
corrobora para que a empresa obtenha vantagem competitiva e aumento do valor de suas
ações (CEGIELSKI e HANNA, 2011; GREEN et al. 2012; HAZEN et al. 2012a).
Outro fator analisado foi o lucro obtido em uma cadeia de suprimentos verde. Um
modelo foi desenvolvido para maximizar o lucro obtido após o imposto (HASANI; ZEGODI
e NIKBAKHSH, 2015). Já Li et al. (2016) analisam a cadeia de suprimentos a fim de discutir
as melhores estratégias que equilibram os preços e a sustentabilidade. Para se obter melhores
desempenhos ambientais e econômicos, Zhu, Sarkis e Lai (2012b) relatam que é necessário
coordenar as práticas internas e externas do GSCM. Bojarski et al. (2009) também enfatiza
que um melhor planejamento e dimensionamento da cadeia de suprimentos podem gerar
impactos ambientais e econômicos positivos. Partindo desse princípio, Hazen et al. (2011),
Green et al. (2012) e Shi et al. (2012) desenvolvem modelos matemáticos para avaliar os
impactos das decisões tomadas por todos os elos da cadeia de suprimentos, bem como seu
desempenho operacional.
O Quadro 11 abaixo reflete mais detalhadamente os assuntos abordados pelos autores
dentro do contexto de Importância do GSCM, bem como o percentual de utilização, em ordem
decrescente. Tem-se, então, que a subdivisão mais utilizada foi “benefícios na implementação
do GSCM”, com 38%, englobando as etapas e considerações diversas acerca da implantação
das práticas verdes. Em seguida, as motivações e pressões à implementação do GSCM
aparece com 27% e o impacto financeiro e econômico com 24%. Os trabalhos que abordaram
o impacto financeiro que o GSCM proporciona elucidaram que ganhos são vislumbrados
somente a longo prazo e, inclusive, a implantação de práticas de GSCM costuma ser
dispendiosa no que diz respeito à custos, sendo também uma das barreiras mais citadas à sua
implementação.
Quadro 11: Subdivisões da Subcategoria Importância do GSCM Importância Do GSCM Absoluto %
Benefícios na Implementação do GSCM 52 38%
Motivações e Pressões à Implementação do GSCM 37 27%
Impacto Financeiro e Econômico 33 24%
Barreiras à Implementação 11 8%
GSCM X SSCM 2 1%
GSCM Setor Público X GSCM Setor Privado 1 1%
Total 136 100%
Fonte: Elaboração própria
4.2.2. Operações Verdes
Devido às crescentes pressões sofridas pelas organizações, as mesmas estão mais
predispostas a adotarem práticas de GSCM (LEE, 2008; TIAN; GOVINDAN; ZHU, 2014).
Esta seção representa 45% dos artigos englobados pelo presente estudo.
15
Zhu, Sarkis e Lai (2008b) e Soda, Sachdeva e Garg (2015) constataram em sua
pesquisa que os níveis de utilização de práticas verdes variam de acordo com o setor de
atuação da empresa. Neste sentido, Wang e Chan (2013), Tseng et al. (2014) e Malviya e
Kant (2016) desenvolveram modelos para avaliar as práticas mais eficientes a cada tipo de
negócio. Neste sentido, as práticas de GSCM mais citadas na literatura analisada pelo presente
artigo referem-se à eliminação de resíduos, gerenciamento de riscos relacionados à cadeia de
suprimentos (GOVINDAN et al. 2014; WONG; WONG; BOON-ITT, 2015), parcerias com
clientes e fornecedores e gerenciamento do ciclo de vida do produto (CARVALHO;
MACHADO, 2011; LUTHRA; GARG; HALEEM, 2015; AZEVEDO).
Já as pesquisas em empresas logísticas foram conduzidas por Perotti et al. (2012) e
Govindan, Khodaverdi e Vafadarnikjoo (2015), buscando analisar o processo de tomada de
decisão a respeito das práticas adotadas. Neste contexto, diversos mecanismos são
apresentados para que seja feito um melhor planejamento da rede logística (AZADI et al.,
2014; GORANE e KANT, 2016), para a redução dos impactos ambientais das atividades
realizadas (WANG e HSU, 2010a; PELTON e SMITH, 2015; SAVINO; MANZINI;
MAZZA, 2015) e para orientar a tomada de decisão a respeito da seleção de fábricas e modos
de transporte (SADAGHEIH et al. 2010). Colicchia et al. (2016) realizam seus estudos em
empresas logísticas e verificaram que a otimização da rede ocasiona impactos ambientais
positivos, apesar do aumento nos custos envolvidos na operação.
Ao tratar da questão da pegada de carbono durante a cadeia de suprimentos,
Sundarakani et al. (2010), Martí, Tancrez e Seifert (2015) e Liou (2015) propõem um modelo
para medir a emissão de carbono proveniente das atividades. Complementando, três métodos
são propostos para a redução da emissão de carbono (SHEU, 2008; ZHAO et al. 2012;
SUZUKI, 2016) e um outro para utilização ótima dos recursos disponíveis (MUDULI et al.
2013). Mangla, Kumar e Barua (2015), Sivaprakasam, Selladurai e Sasikumar (2015) e
Namegembe, Sridharan e Ryan (2016) mostram que há alguns riscos associados à
implementação das práticas de GSCM, sendo necessário à empresa trabalhar com orientações
ambientais internas e externas para se obter melhores resultados operacionais (CHAN et al.,
2012; LEE, 2015).
Algumas pesquisas foram conduzidas procurando analisar os impactos financeiros das
práticas ambientais, como a de Tognetti, Grosse-Ruyken e Wagner (2015) que investigaram
os impactos da emissão de gás carbono e, para minimizá-los, Martí et al. (2015)
desenvolveram um modelo que auxilia na tomada de decisão relacionada à emissão de gases
poluentes. Um modelo matemático que busca solucionar o problema da geração de impactos
ambientais negativos também foi construído, contudo, voltado à indústrias de cereais e de
borrachas, respectivamente (PELTON e SMITH, 2015; CHANCHAICHUIT et al. 2016).
Indicadores para mensuração do desempenho empresarial quanto à adoção das práticas
de GSCM também foram desenvolvidos, corroborando para a disseminação em todos os
níveis gerenciais, bem como em todas as empresas da cadeia de suprimentos (MARTINSEN e
ABRAHAMSON, 2012; WEI et al. 2014; MIRHEDAYATIAN; AZADI e SAEN, 2014;
LAN e DAÍ, 2015; SHARNA; CHANDANA e BHARDWAJ, 2015; BJORKLUND).
Modelos de análise gerencial voltados para a redução da poluição também foram
desenvolvidos, bem como uma abordagem para avaliar os riscos ambientais relacionados à
produção de aço (TSENG, 2011; GALLEAR; GHOBADIAN e HE, 2011; LAKE et al. 2015).
Segundo Mitra e Datta (2014) a colaboração dos fornecedores é crucial para a
eficiência das práticas verdes implementadas, uma vez que auxilia a empresa a obter melhores
16
desempenhos operacionais, em termos de flexibilidade, prazos de entrega, qualidade e custo
(YU et al. 2014; CHOI e HWANG, 2015; JI; MA; LI, 2015). E por se tratar de uma das
práticas de GSCM mais adotadas pelas empresas, diversos estudos foram conduzidos nesta
área com o intuito de desenvolver modelos que auxiliassem os gestores na seleção dos
fornecedores sustentáveis (LU; WU; KUO, 2007; HSU e HU, 2009; TSENG e CHIU, 2013;
CANIEL; GEHRSITZ; SEMEIJIN, 2013; DOU; ZHU; SARKIS, 2014; KUO; HSU; CHEN,
2015; MAHDILO; SAEM; LEE, 2015; GUO e TSAI, 2015; KANNAN; GOVINDAN;
RAJENDRAN, 2015; FREEMAN e CHEN, 2015; HASHEMI; KARIMI; TAVANA, 2015;
TRAPP e SARKIS, 2016; BHARDWAJ, 2016; WU e BARNES, 2016; SHAHRYARI et al.
2016).
Swami e Shah (2013) analisam a cooperação entre o fabricante e o varejista, e
afirmam ser determinante a cooperação entre as partes para obter melhores desempenhos. De
modo similar, Lo (2015) buscou identificar as estratégias utilizadas pelas empresas na relação
com os fornecedores e Wu, Cheng e Huang (2010) avaliaram em sua pesquisa como a troca
de informações entre os atores envolvidos no GSCM garante o sucesso do processo.
O Quadro 12 abaixo apresenta a subdivisão desempenho operacional como a mais
utilizada pelos artigos sob análise, com 33% do total de abordagens dentro da subcategoria. A
partir deste dado, é válido notar que o grande objetivo das empresas ao adotar práticas verdes
e realizar mudanças para que as mesmas sejam efetivas é a obtenção de um desempenho
operacional superior. Em contrapartida, a redução dos resíduos e impactos ambientais aparece
em somente 12% dos casos, denotando que o desempenho operacional superior ao ambiental
é um viés dos conceitos de gestão ambiental no contexto de GSCM, sendo que os resultados
financeiros e operacionais ainda prevalecem frente aos resultados ambientais. Processos
operacionais aparecem em 25% dos artigos, e significam o empenho das empresas em abordar
práticas verdes em seus processos diários.
Quadro 12: Subdivisões da Subcategoria Operações Verdes Operações Verdes Absoluto %
Desempenho Operacional 51 33%
Processos Operacionais 38 25%
Redução de Resíduos e Impactos Ambientais 19 12%
Seleção e/ou Desenvolvimento De Fornecedores 15 10%
GSCM Considerando Riscos/Incertezas 13 8%
Gerenciamento do Ciclo de Vida do Produto 8 5%
Gestão de Poluentes 6 4%
Localização de Instalações 4 3%
Total 154 100%
Fonte: Elaboração própria
A conjuntura do tema possui tendências futuras voltadas para implementação de
aspectos operacionais da gestão verde da cadeia de suprimentos, uma vez que a maioria dos
trabalhos analisados abordaram operações verdes. Em contrapartida, pouco se viu abordagens
direcionadas para aspectos puramente ambientais como preservação, conservação e redução
de recursos utilizados nas atividades pertinentes a cada segmento pesquisado. Portanto, a
perspectiva é que se continue adaptando as atividades operacionais às práticas ambientais,
atentando-se à diminuição dos impactos negativos que tais práticas ocasionam, assumindo-se
que essa filosofia integraria todos os elos da cadeia de suprimentos uniformemente.
17
4.2.3 Outros Contextos
Esta seção abordará o contexto da pesquisa definido como “Outros”, representando
apenas 14% do total de artigos analisados pelo presente estudo. Dai, Cantor e Montabon
(2015) avaliaram o quanto um concorrente e os fornecedores podem induzir a empresa a
promover inovações sustentáveis e, por meio de uma revisão de literatura, Tachizawa e Wong
(2015) avaliaram se os mecanismos de governança corporativa também exercem influência
sobre a inovação da empresa. Sendo assim, o processo de comunicação entre as partes
envolvidas se torna um importante mecanismo para a competitividade empresarial (WOO et
al. 2016). Wu (2013) e Jayaram e Avittathur (2015) conduziram suas pesquisas em relação à
inovação sustentável, verificando o quanto o cliente é capaz de estimular uma empresa a
adotar inovações verdes. Abordando o mesmo assunto, Zhu, Tian e Sarkis (2012) avaliam se
as empresas, ao adotar práticas sustentáveis, estão mais propensas a inovar ou imitar ações já
executadas com êxito por empresas.
Tseng, et al. (2013) analisam as práticas da cadeia de suprimentos, pautadas pelos
princípios da sustentabilidade (econômico, social e ambiental), identificando fatores de
destaque como tecnologia verde avançada, consumismo verde, inovações ecológicas e
modelos de negócios sustentáveis apropriados. Prajogo, Tang e Lai (2014) verificam o quanto
a gestão ambiental estimula a adoção de práticas de GSCM, concluindo que empresas que já
praticam a gestão ambiental estão mais propensas a produzirem produtos e processos verdes.
Porém, existem alguns fatores que podem impactar negativamente no desempenho ambiental
e, por isso, Liou et al. (2016) formula um modelo para conhecer a origem desses problemas e
poder atuar para minimizá-los.
Por outro lado, Liu et al. (2015) investigam se há correlação entre escolhas de
fornecedores e a complexidade da gestão ambiental empresarial, e Dubey, Gunasekaran e Ali
(2015) complementam, na medida em que realizam um estudo semelhante, levando o foco
para a indústria de borracha, onde o impacto do nível de gestão da qualidade total é avaliado
de forma complementar à gestão ambiental. Outro setor analisado foi o de indústria de
cimento, demonstrando forte correlação entre fornecedor verde e desenvolvimento de
inovação verde (KHAKSAR et al. 2016). Entretanto, Teixeira et al. (2016) afirmam que as
práticas de GSCM só são efetivas se um treinamento verde for previamente aplicado. Neste
contexto, Jabbour e Jabbour (2016) propõem uma nova abordagem de Gestão de Recursos
Humanos, onde a mesma insere mecanismos de incentivos ao gerenciamento verde da cadeia
de suprimentos.
O Quadro 13 abaixo apresenta o detalhamento da subcategoria Outros Contextos, e
possui como subdivisão mais recorrente a gestão ambiental, com 39%, seguidas por inovação
e treinamento verde, com 20%, práticas sustentáveis com 18% e gestão da qualidade, com
12%. A questão que mais se aproxima de ser proativa é a inovação e treinamento verde, que
propõe a geração de menores impactos ambientais e redução de recursos e custos, tudo de
maneira a anteceder e evitar os danos ao meio ambiente, resultando em benefícios
significantes (portanto, é interessante que as empresas passem a investir em inovações e
treinamentos verdes de maneira mais significativa). Ademais, poucos trabalhos buscaram
abordar as perspectivas futuras do GSCM, suas implicações nos contextos públicos e
privados, bem como abordar a questão do design verde. Tratam-se de gaps a serem
considerados para pesquisas futuras.
18
Quadro 13: Subdivisões da Subcategoria Outros Contextos Outros Contextos Absoluto %
Gestão Ambiental 19 39%
Inovação e Treinamento Verde 10 20%
Práticas Sustentáveis 9 18%
Gestão da Qualidade 6 12%
Design Verde 4 8%
Perspectivas Futuras do GSCM 1 2%
Total 49 100%
Fonte: Elaboração própria
4.3 Categoria Área da Pesquisa
4.3.1 Setor Industrial
Esta seção visa apresentar os autores que desenvolveram suas pesquisas em diversos
setores industriais da economia, e representa 57% do total de artigos sob análise pelo presente
trabalho. O detalhamento de cada segmento também será elucidado, com o objetivo de
proporcionar uma visão completa e abrangente da categoria.
O desenvolvimento da cadeia de suprimentos do setor automotivo se deu através da
diversificação dos relacionamentos entre os elos da cadeia, objetivando o acompanhamento
das mudanças econômicas e de mercado e adequando-se ao ambiente cada vez mais
competitivo. Gil e De La Fe (1999), enfatizam que o processo produtivo no setor de
automóveis acontece por economias de escala e por aprendizagem experiencial, o que acarreta
a redução de custos e desenvolvimento contínuo, uma vez que a racionalização da produção é
permitida e incentivada, minimizando as incertezas e as dificuldades em todo o processo.
Nesse sentido, evidenciou-se, por meio de estudos empíricos, que as empresas
(chinesas, portuguesas e alemãs) da cadeia de suprimentos automobilística estão efetivamente
experimentando crescentes pressões regulatórias e de mercado, concomitantemente à pressões
internas por melhores práticas (ZHU; SARKIS e LAI, 2007b; AZEVEDO; CARVALHO e
MACHADO, 2011; CANIELS; GEHRSITZ e SEMEJIN, 2013; TOMASIC; DUKIC e
SAFRAN, 2013; YU et al. 2014; YU e HOU, 2016). Govindan et al. (2014), mais
detalhadamente, propõem um modelo que destaca as práticas com maiores impactos na
sustentabilidade da cadeia de suprimentos automotiva como “eliminação de resíduos”,
“produção mais limpa” e “gerenciamento de riscos da cadeia de suprimentos”, salientando
aquelas que contrariamente não causam impactos significativos, como “transporte flexível”,
“fornecimento flexível” e “logística reversa”.
O GSCM também foi analisado através da percepção de um profissional do ramo
automobilístico, objetivando analisar os aspectos da gestão verde da cadeia automotiva, tais
como implementação, forças motrizes, objetivos e concretização (THUN e MULLER, 2010).
As emissões de carbono, uma das principais críticas ao setor automotivo, também foram
abordadas por Lee e Cheong (2011), e constataram que o desenvolvimento de um programa
de mensuração e avaliação da pegada de carbono na cadeia de suprimentos fornece um
amparo para que inovações possam ser desenvolvidas. Investigações acerca da interação entre
emissões de carbono e os custos relacionados na cadeia de suprimentos também foram
desenvolvidos (TOGNETTI; GROSSE-RUYKEN e WAGNER, 2015).
Chien e Shih (2007) fizeram suas pesquisas em indústrias de eletroeletrônicos e
analisaram por meio de estudos empíricos a relação entre as práticas de GSCM e o
desempenho ambiental e financeiro do setor em questão. Jabbour et al. (2014) também
19
construíram suas pesquisas em indústrias de eletroeletrônicos, analisando a relação entre os
níveis de maturidade ambiental das empresas e a adoção de práticas de GSCM. Os resultados
indicaram que o nível de maturidade ambiental influencia a adoção de práticas de GSCM e tão
somente são diretamente proporcionais: quanto mais desenvolvida é a gestão ambiental da
empresa, mais complexas serão as práticas de GSCM implantadas. Além disso, práticas
internas tendem a ser mais aceitas comparativamente às externas.
Khor e Udin (2013) e Khor et al. (2016), salientam que a logística reversa e o design
de produtos é de suma importância para o setor eletroeletrônico. A geração dos resíduos
destes equipamentos levou à criação de diversas formas viáveis para a recuperação do produto
e acessibilidade a um conteúdo reutilizável. Os resultados, obtidos de forma empírica,
demonstram que o design do produto e sua disposição para a logística reversa estão inter-
relacionados, sendo preciso posturas proativas para geração de benefícios mútuos (empresa e
meio ambiente). Kuo (2010) colabora nessa linha de pensamento, uma vez que sua pesquisa
evidencia uma plataforma de design colaborativo para apoio na análise do processo de
reciclagem, onde todas as informações necessárias são coletadas, os recursos são planejados e
sistemas de gerenciamento do ciclo de vida do produto são desenvolvidos.
A manufatura é estudada por Laosirihongthong, Adebanjo e Tan (2013) com pesquisas
no contexto tailandês e contribui com resultados que indicam que as indústrias manufatureiras
certificadas com ISO 14001 no país agem de forma reativa no que diz respeito à adoção de
práticas de GSCM, cedendo a pressões da legislação e de regulamentações, além de explicitar
que práticas de logística reversa não tiveram impactos significativos no desempenho de
GSCM neste setor. Lee et al. (2014) conduziram seu trabalho em empresas manufatureiras na
Malásia, relacionando a inovação tecnológica com as práticas de GSCM, chegando à
conclusão que a abordagem de práticas verdes pode levar a um desenvolvimento tecnológico
mais efetivo.
Zhu, Sarkis e Lai (2008a) apresentam resultados de uma pesquisa transversal com
indústrias chinesas de geração de energia (química, petróleo, elétrica, etc.) onde as práticas de
GSCM foram avaliadas e forneceram insights acerca das capacidades e incentivos das
indústrias chinesas na adoção de ações verdes em diferentes contextos, sendo que estas ações
não foram equitativas em todas as empresas analisadas. Tsireme et al. (2013) complementa
que, em alguns casos, a legislação ambiental, bem como instrumentos mercadológicos e
incentivos regulatórios, podem desempenhar um papel crítico nas decisões dos gestores em
adotar práticas de GSCM, enquanto em outros casos, tais instrumentos nem sequer afetam as
decisões dos gestores. O setor de geração de energia é estudado por Stefanelli, Jabbour e
Jabbour (2014), apresentando os resultados de um levantamento feito em empresas
bioenergéticas brasileiras (produção de cana-de-açúcar e etanol), que indicam que as práticas
de GSCM reforçam o desempenho ambiental.
Kannan, Jabbour e Jabbour (2014), trazem a importância da seleção de fornecedores
verdes em uma empresa brasileira de eletrônicos e propõem uma estrutura que utiliza a
abordagem fuzzy TOPSIS para selecionar os melhores critérios de escolha de fornecedores,
também estudada em Arimura, Darnal e Katayama (2011), levando-se em consideração uma
estrutura baseada em práticas de GSCM. Os resultados apontaram que os critérios dominantes
na escolha de fornecedores foram: compromisso da alta gerência com o GSCM, projetos de
produtos que reciclam e reutilizam seus materiais, componentes ou energia, cumprimento da
legislação pertinente e dos programas de auditoria e, por fim, projetos que evitem ou
minimizam a utilização de materiais tóxicos ou danosos.
20
As indústrias de mineração são amplamente abordadas pelos autores Muduli et al.
(2013), que salientam a dependência de fatores nessa área que são facilmente influenciados
por comportamentos humanos e dinâmica da natureza. Os autores buscam identificar e
classificar estes fatores que influenciam na implementação do GSCM, objetivando um maior
controle, visto que o cenário em questão possui grandes mudanças, como também é apontado
por Kusi et al. (2015). Neste caso em específico, a modelagem estrutural interpretativa (ISM)
foi utilizada, visando extrair as inter-relações entre os fatores comportamentais anteriormente
identificados. Um estudo utilizando o método DEMATEL (modelo estrutural que analisa a
relação de influência entre critérios estabelecidos), realizada por Govindan et al. (2016) em
uma indústria de mineração na Índia obteve como resultado alguns fatores considerados
críticos para a implementação do GSCM como competitividade e compromisso da alta direção
e, como questão menos importante, a pressão interna estabelecida pelos empregados.
Fabricantes chineses também foram analisados nos contextos de desempenho versus
práticas de GSCM, bem como avaliação de implementação de tais práticas (ZHU e SARKIS,
2007; ZHU; SARKIS e LAI, 2008a). Lee e Klassen (2008), por sua vez, estudaram os
fornecedores e seus compradores dentro do contexto da cadeia de suprimentos, corroborando
para a conclusão de que relações sinérgicas e desenvolvimento de capacidades trazem como
consequência um melhor desempenho no que concerne à adesão de práticas ambientais, o que
também é reforçado por Yang et al. (2010).A adoção de um SGA (Sistema de Gestão
Integrada) também foi analisada como ponto crítico na iniciação e controle de práticas verdes
nas empresas, sendo que tal adoção contribui para a aprendizagem organizacional no que diz
respeito ao conhecimento pelos colaboradores sobre tais práticas (ZHU et al. 2008;
NAWROCKA, 2008).
O Quadro 14 abaixo apresenta os setores industriais utilizados pelos autores, sendo o
têxtil/manufatura o mais recorrente, com 23%, seguido pelo segmento automobilístico, com
20%. O setor automotivo é emblemático e interessante de ser abordado em trabalhos futuros,
uma vez que é pioneiro em ações inovadoras em seus processos produtivos. Em seguida,
aparecem os “múltiplos setores industriais”, com 15% que, para fins de tabulação, engloba as
pesquisas que foram desenvolvidas em mais de dois setores industriais, em sua maioria a fim
de avaliar e comparar o desempenho de diversos setores no que diz respeito à adoção e
práticas de GSCM. A indústria eletrônica/eletroeletrônica aparece em 14% dos artigos, sendo
um setor potencialmente interessante de ser estudado na medida em que é um grande
exportador e precisa levar em consideração as regulações e legislações dos países
compradores. Os setores de mineração, tecnologia da informação e alimentício aparecem em
8%, 4% e 4%, respectivamente, nos trabalhos abordados pela presente análise. O setor
químico/petróleo, representando apenas 3%, é um dos que mais precisam ser estudados no
que tange às práticas de GSCM, já que é constantemente associado à geração de impactos
ambientais significativos. Os segmentos de geração de energia, metalurgia, bens de consumo,
saúde, beleza e higiene e medicina estão sendo consideravelmente pouco abordados, sendo
passíveis de abordagens interessante no futuro.
21
Quadro 14: Subdivisões da Subcategoria Setores Industriais Setores Industriais Absoluto %
Têxtil / Manufatura 45 23%
Automobilística 39 20%
Múltiplos Setores Industriais 29 15%
Eletrônica / Eletroeletrônica 27 14%
Mineração 15 8%
Tecnologia da Informação 8 4%
Alimentício 7 4%
Química/Petróleo 6 3%
Construção Civil 5 3%
Geração de Energia 4 2%
Metalurgia 4 2%
Bens de Consumo 2 1%
Saúde, Beleza E Higiene 2 1%
Medicina 1 1%
Total 194 100%
Fonte: Elaboração própria
4.3.2 Outros Setores
Esta seção explicita os estudos que desenvolveram suas pesquisas no contexto da área
de pesquisa denominado “outros”, que representa 43% do total de artigos analisados pelo
presente trabalho. Bala et al. (2008) aborda em seu artigo a estratégia e os procedimentos
seguidos pela Universidade Autônoma de Barcelona (UAB) na difusão de práticas de compras
ecológicas ao longo da sua cadeia de administração e abastecimento. Já Dukic, Cesnik e
Opetuj (2010) trazem os armazéns como cenário de estudo, apresentando uma visão
abrangente dos métodos e técnicas de seleção de pedidos, e ainda, projetos potenciais para
melhorias no processo baseando-se em redução das distâncias de viagens. Projetos B2C e B2B
também foram abordados no contexto de GSCM por Hoejmose, Brammer e Millington
(2012), objetivando analisar as diferentes razões para as práticas verdes e quais são os níveis
de confiança para a adoção em comércios como estes no Reino Unido.
Lee, Kim e Choi (2011) exploraram as práticas de GSCM e sua relação com o
desempenho organizacional em pequenas e médias empresas, indicando que o desempenho do
negócio somente será melhorado quando o GSCM aumentar sua eficiência operacional. Por
outro lado, visando preencher a falta de estudos sobre o GSCM na área hospitalar, Wang et al.
(2013), por meio de um estudo empírico analisou as práticas verdes adotadas por restaurantes
hospitalares em Taiwan, onde pôde verificar que as principais práticas adotadas são:
ambientes e equipamentos de menor impacto ambiental, gestão sustentável e responsabilidade
social.
Lin (2013) afirma que empresas que possuem posturas proativas na adoção do
gerenciamento verde da cadeia de suprimentos trazem como consequência melhores
desempenho econômico e ambiental, abrangendo práticas, performance e pressões externas.
Dessa forma, a identificação de pressões para devidas providencias é essencial para
incorporações éticas e práticas ambientais mais rígidas nas organizações
(MATHIYAZHAGAN e HAQ, 2013).
Com a constante reestruturação das operações da cadeia de suprimentos, acabam que
muitas incertezas surgem para as empresas que desejam se reiterar no mercado. Como as
organizações lidam com pressões de curto prazo e se efetivamente se mantem
economicamente viáveis ao implementar as práticas de GSCM são questões abordadas por
22
Wu e Pagell (2011), onde analisam rentabilidade a curto prazo e desenvolvimento sustentável,
permeado por um ambiente mercadológico cada vez mais incerto. Tian, Govindan e Zhu
(2014) analisam tal perspectiva por meio de jogos de empresa, levando-se em consideração as
partes interessadas (governo, empresa e consumidores). A partir de então, espera-se que o
trabalho contribua na orientação de políticas de subsídios e incentivos para a difusão do
GSCM no país em que o estudo foi aplicado que, no caso, foi a China.
Os seguintes autores também fizeram suas pesquisas em outros setores, que não os
industriais, abordando principalmente a adoção de GSCM e suas implicações (CHEN e
SHEU, 2009; SUNDARAKANI et al. 2010; BAI E SARKIS, 2010; SADEGUEIH;
SRIBENJACHOT e DRAKE, 2010; HAZEN; CEGIELSKI e HANNA, 2011; KIM e RHEE,
2012; DE GIOVANNI e VINZI, 2012; ZAO et al. 2012; YANG et al. 2013; HASANI;
ZEGORDI e NIKBAKHSH, 2015; SHEU, 2016; TRAPP e SARKIS, 2016; COELHO et al.
2016). O Quadro 16 a seguir relaciona os autores (numerados, como pode ser observado nas
Referências Bibliográficas), o setor e o contexto de onde desenvolveram suas pesquisas.
O Quadro 15 abaixo apresenta as subdivisões da subcategoria Outros Setores, sendo
“Sem especificação”, a mais recorrente, com 30%. Utilizamos essa denominação para
tabulação dos artigos que utilizaram como metodologia a Revisão de Literatura, não
abordando um setor econômico específico em seus estudos. A subdivisão “Múltiplos
Setores”, com 19%, é a segunda mais utilizada, sendo essa denominação destinada a autores
que abordaram mais de dois setores em suas pesquisas, também com o objetivo de analisar e
comparar diversos setores em um único trabalho. A subdivisão “Simulação” representa os
trabalhos que não fizeram pesquisas empíricas, focando somente em elaboração e análise de
modelos matemáticos e/ou jogos de empresa, a fim de simular resultados esperados em um
ambiente controlado. O setor de logística aparece em 14% dos trabalhos desta categoria,
seguido pelo setor de serviços que, inclusive, possui potencial para futuros estudos, uma vez
que lida com produtos intangíveis, sendo interessante analisar como o contexto de GSCM se
enquadra em tal cenário.
Tem-se, de uma maneira geral, que as pesquisas de GSCM tem sido conduzidas em
diversos campos. Entretanto, não foram realizados estudos em uma quantidade significativa
nas áreas de educação (como universidades e escolas), saúde, comércio eletrônico, compras, e
restaurantes. Ademais, a reciclagem, uma abordagem importante que também não está sendo
amplamente estudada, surge como um gap e oportunidade para estudos futuros no contexto de
GSCM, uma vez que auxilia significativamente na mitigação dos impactos ambientais.
23
Quadro 15: Subdivisões da Subcategoria Outros Setores Outros Setores Absoluto %
Sem Especificação 43 30%
Múltiplos Setores 28 19%
Simulação 25 17%
Logística 20 14%
Serviços 8 6%
Transporte 5 3%
Varejo 5 3%
Reciclagem 3 2%
Compras 2 1%
Educação 2 1%
Comércio Eletrônico 1 1%
Eletrônico 1 1%
Restaurante 1 1%
Saúde 1 1%
Total 145 100%
Fonte: Elaboração Própria.
O Quadro 16 abaixo representa os autores e as interseções (no que se refere a área e
contexto da pesquisa) utilizadas pelos mesmos em seus trabalhos. Todos os autores foram
numerados de acordo com a ordenação na seção Referências Bibliográficas, sendo que os
quadros 17, 18, 19, 20 e 21, apresentados mais a frente neste trabalho, também seguem tal
disposição, que foi escolhida para facilitar a compreensão do leitor e a construção dos quadros
devido ao alto volume de dados utilizados pelo presente artigo. Para exemplificar, tem-se que:
para a referência “Abdullah, R.; Mat Daud, M.S.; Ahmad, F.; Shukti, A.A.; Shah, M.Z.
Green logistics adoption among 3PL companies. International Journal of Supply Chain
Management, v. 5, n. 3, pp. 82-85. 2016.” foi atribuído o número 1, uma vez que é a primeira
referência elencada na seção Referências Bibliográficas, e assim sucessivamente. Portanto, o
número 1 do quadro abaixo representa tal pesquisador que desenvolveu sua pesquisa em
“Outros Setores” e discorreu acerca da “Importância do GSCM”.
24
Quadro 16: Autores por área da pesquisa e contexto da pesquisa Área da Pesquisa
Contexto da
Pesquisa Setor Industrial Outros Setores
Importância do
GSCM
2, 3, 8, 18, 19, 20, 26, 29, 34, 39, 43, 44,
49, 59, 61, 63, 65, 68, 70, 78, 84, 92, 93,
106, 125, 139, 141, 147, 154, 162, 165,
173, 177, 178, 179, 181, 182, 190, 191,
196, 204, 206, 207, 210, 213, 218, 219,
227, 228, 231, 239, 244, 248, 259, 264,
278, 281, 282, 304, 312, 317, 318, 321,
322, 324, 332, 333, 334, 337, 342, 339,
340
1, 5, 9, 13, 14, 16, 21, 22, 23, 27, 36, 41,
42, 60, 62, 69, 76, 77, 99, 100, 101, 109,
112, 116, 117, 120, 129, 133, 136, 142,
149, 159, 171, 195, 199, 202, 203, 211,
214, 222, 226, 232, 233, 241, 246, 252,
255, 256, 257, 258, 260, 261, 262, 283,
296, 298, 306, 313, 314, 315, 320
Operações Verdes
12, 25, 28, 30, 32, 33, 35, 40, 47, 58, 66,
79 81, 85, 87, 88, 89, 90, 94, 98, 104, 105,
107, 108, 111, 113, 119, 121, 122, 123,
132, 134, 137, 145, 146, 148, 151, 157,
158, 160, 164, 168, 172, 174, 175, 176,
183, 186, 192, 193, 194, 200, 208, 209,
212, 217, 230, 234, 235, 237, 242, 247,
249, 250, 252, 254, 263, 265, 268, 269,
271, 272, 273, 277, 279, 286, 288, 289,
295, 300, 305, 308, 309, 311, 319, 326,
327, 329, 330, 331, 335, 336, 338, 341
10, 11, 15, 24, 31, 37, 45, 46, 50, 51, 54,
57, 64, 67, 72, 73, 80, 83, 86, 97, 102, 103,
110, 114, 127, 130, 135, 144, 152, 155,
156, 166, 167, 187, 198, 201, 205, 216,
223, 236, 238, 240, 270, 284, 287, 291,
292, 294, 297, 299, 300, 302, 303, 307,
323, 328, 342
Outros Contextos
6, 16, 37, 70, 85, 90, 95, 113, 117, 125,
127, 137, 149, 160, 162, 168, 169, 180,
188, 215, 220, 221, 243, 245, 286
47, 51, 52, 54, 55, 94, 114, 123, 139, 142,
183, 188, 224, 228, 251, 265, 273, 274,
275, 279, 289, 292, 315, 324
Fonte: Elaboração Própria.
4.4 Categoria Método da Pesquisa
Nesta categoria serão apresentados os métodos utilizados nos artigos selecionados,
cuja divisão é: revisão de literatura, estudos empíricos e modelos matemáticos. A Revisão de
Literatura consiste em uma pesquisa teórica realizada por meio de levantamento de dados
bibliográficos com o objetivo de analisar um determinado tema (TABESH; BATT; BUTLER,
2016). Por sua vez, os Estudos Empíricos, também conhecidos como estudos de campo, são
utilizados para realizar comprovações práticas a respeito de uma situação. Este método inclui
entrevistas, questionários, pesquisas de campo, experimentos laboratoriais e simulações de
jogos (SRIVASTAVA, 2007). Apenas 15% dos artigos analisados para a presente pesquisa
utilizaram a revisão de literatura como método de pesquisa, e 49% utilizaram estudos
empíricos, representando a maioria escolhida pelos autores. Os autores, previamente
numerados, foram dispostos no Quadro 17 abaixo.
25
Quadro 17: Categoria Método da Pesquisa
Metodologia Artigos
Revisão de
Literatura
4, 13, 21, 22, 23, 30, 35, 47, 48, 60, 61, 63, 64, 71, 94, 114, 115, 116, 119, 135, 146,
150, 175, 181, 186, 188, 198, 210, 225, 230, 231, 238, 239, 240, 243, 245, 255, 256,
257, 262, 265, 266, 271, 274, 289, 295, 305, 306, 308, 319
Estudos empíricos
1, 2, 5, 7, 8, 11, 14, 15, 17, 18, 19, 20, 24, 26, 34, 36, 38, 42, 43, 45, 46, 50, 51, 53, 67,
72, 77, 79, 82, 83, 84, 85, 88, 89, 91, 97, 99, 100, 101, 102, 103, 104, 108, 109, 110,
111, 112, 113, 123, 124, 127, 128, 131, 133, 135, 136, 137, 138, 140, 142, 143, 149,
152, 153, 154, 155, 156, 157, 158, 159, 160, 161, 162, 163, 164, 165, 166, 168, 170,
171, 172, 177, 179, 183, 189, 190, 191, 192, 199, 200, 201, 202, 203, 205, 207, 208,
211, 212, 213, 214, 217, 219, 221, 222, 224, 227, 228, 230, 233, 234, 241, 242, 244,
248, 258, 259, 260, 263, 264, 267, 270, 272, 275, 277, 279, 280, 281, 282, 283, 284,
285, 288, 291, 292, 293, 296, 304, 307, 310, 311, 313, 315, 316, 320, 321, 322, 325,
326, 328, 329, 330, 331, 332, 333, 335, 336, 337, 338, 339, 341, 342
Fonte: Elaboração Própria.
O Quadro 18 abaixo categoriza os estudos empíricos realizados pelos autores. Pode-se
perceber que os mais utilizados pelos autores para a realização de seus estudos foram o
questionário e o estudo de caso.
Quadro 18: Especificações dos Estudos Empíricos utilizados pelos autores
Método Empírico Artigos
Questionário
2, 8, 15, 20, 26, 34, 36, 38, 42, 43, 46, 83, 89, 91, 101, 102, 103, 104, 108, 110, 113,
123, 124, 127, 128, 131, 136, 142, 152, 154, 155, 156, 157, 159, 161, 164, 165, 166,
177, 179, 190, 208, 211, 224, 227, 234, 260, 267, 270, 275, 279, 280, 291, 292, 307,
311, 322, 325, 326, 328, 329, 332, 333, 335, 336, 337, 338, 339, 341, 342
Entrevista 7, 17, 19, 72, 77, 79, 99, 109, 160, 170, 171, 191, 192, 199, 200, 202, 203, 212, 217,
221, 242, 281, 296, 330
Estudo de Caso
1, 5, 11, 14, 18, 24, 45, 50, 51, 53, 67, 82, 84, 85, 88, 100, 111, 112, 133, 135, 137, 138,
140, 143, 149, 153, 158, 163, 168, 172, 183, 189, 201, 205, 207, 213, 214, 222, 228,
230, 233, 241, 244, 248, 258, 259, 263, 264, 272, 277, 282, 283, 284, 285, 288, 293,
304, 310, 313, 315, 316, 320, 321, 331
Experimento
Laboratorial
97, 162, 219
Fonte: Elaboração Própria.
Os modelos matemáticos foram utilizados por 36% dos autores do presente trabalho,
sendo classificados em diversos tipos. Ao analisar o Quadro 19 abaixo, pode-se perceber que
a técnica mais utilizada foi a programação FUZZY que, segundo Brandenburg (2015), é capaz
de modelar o processo de tomada de decisão. Outras duas técnicas muito utilizadas foram a
Analytic Hierarchy Process (AHP) e a Analytic Network Process (ANP), ambas utilizadas
para seleção e priorização de projetos. Entretanto, a AHP considera os critérios como
independentes um do outro, já a ANP considera que os critérios estão interligados
(SRIVASTAVA, 2008; LAM; DAI, 2015).
26
Quadro 19: Técnicas matemáticas utilizadas
Método Empírico Artigos
Programação
FUZZY
9, 44, 56, 65, 68, 69, 95, 120, 122, 144, 147, 185, 193, 194, 206, 218, 232, 236, 246,
251, 276, 286, 287, 296, 299, 300
Análise Estatística
ANOVA/Regressão
28, 29, 54, 58, 70, 76, 98, 113, 129, 139, 155, 169, 175, 187, 220, 226, 253, 261, 318,
323, 324, 334
Modelagem de
Equações
Estruturais
3, 16, 25, 49, 52, 59, 90, 91, 125, 132, 141, 180, 204, 252, 269, 278, 294, 297, 342
ANP 32, 33, 39, 57, 66, 97, 106, 151, 195, 290
Programação
Linear
12, 37, 40, 62, 85, 216, 235, 247, 267, 309
DEMATEL 75, 86, 87, 93, 107, 167, 184, 312
AHP 80, 105, 173, 174, 215, 249, 250
Teoria dos Jogos 41, 118, 254, 314, 317, 327
TOPSIS 78, 121, 209, 303
MCDM 27, 31, 148
DEA 10, 182, 197
Fonte: Elaboração Própria.
O Quadro 20 a seguir relaciona quais autores utilizaram os métodos descritos por
contexto da pesquisa, de acordo com a numeração explicada anteriormente.
Quadro 20: Métodos utilizados e contexto da Pesquisa
Contexto da Pesquisa
Método
utilizado Importância do GSCM Operações Verdes Outros Contextos
Revisão de
Literatura
4,13, 21, 22, 35, 48, 60, 61,
65, 115, 116, 119, 146, 181,
197, 209, 225, 230, 237, 239,
242, 244, 254, 255, 256, 294,
304, 318
23, 30, 63, 71, 86, 150, 174, 238,
261, 270, 305, 307
47, 55, 94, 114, 187, 264,
272, 273, 288
Estudos
Empíricos
1, 7, 8, 15, 17, 20, 26, 38, 42,
43, 67, 77, 83, 91, 99, 100,
108, 111, 123, 124, 128, 135,
137, 140, 154, 158, 161, 164,
170, 175, 178, 188, 189, 200,
201, 205, 211, 212, 217, 221,
226, 257, 258, 259, 263, 277,
279, 280, 281, 310, 312, 315,
319, 320, 331, 332, 335, 338,
340
5, 11, 14, 34, 36, 45, 46, 50, 53,
72, 79, 82, 84, 85, 96, 101, 102,
103, 104, 109, 110, 112, 113,
127, 130, 131, 136, 143, 145,
152, 154, 156, 157, 159, 163,
165, 166, 171, 172, 190, 191,
198, 229, 232, 234, 248, 270,
292, 329
6, 51, 117, 127, 138, 142,
149, 160, 162, 168, 179,
183, 214, 219, 223, 228,
242, 244, 274, 278, 283,
291, 314
Modelos
Matemáticos
12, 25, 28, 33, 40, 41, 58, 59,
69, 76, 92, 98, 105, 116, 141,
148, 175, 176, 180, 184, 193,
194, 203, 204, 208, 216, 225,
231, 246, 250, 253, 260, 296,
299, 311, 313, 316, 322
3, 9, 16, 27, 29, 31, 32, 39, 44,
49, 56, 57, 66, 80, 88, 89, 93, 97,
106, 107, 120, 121, 122, 132,
144, 151, 155, 168, 173, 182,
184, 192, 196, 214, 215, 234,
235, 236, 245, 248, 249, 252,
266, 268, 275, 277, 285, 286,
289, 293, 295, 298, 299, 300,
308, 317, 331, 341
37, 52, 54, 70, 85, 90, 95,
113, 139, 167, 186, 219,
251, 323
Fonte: Elaboração Própria.
27
Já o Quadro 21 apresenta a relação entre os métodos apresentados com a área da
economia que o artigo analisado foi desenvolvido:
Quadro 21: Métodos utilizados e área da pesquisa
Área da Pesquisa
Contexto da
Pesquisa Setor Industrial Outros Setores
Revisão de
Literatura
48, 60, 64, 115, 116, 135, 146, 150, 174,
177, 229, 237, 238, 242, 261, 270, 272,
274, 307
4, 13, 21, 22, 23, 30, 35, 47, 61, 63, 71,
94, 114, 119, 197, 209, 224, 230, 239,
244, 254, 255, 287, 294, 304, 305, 318
Estudos Empíricos
5, 6, 7, 17, 24, 38, 42, 44, 46, 67, 77, 83,
84, 89, 91, 99, 103, 104, 110, 112, 117,
124, 127, 131, 136, 138, 140, 145, 149,
152, 156, 157, 161, 162, 163, 164, 168,
171, 172, 175, 178, 179, 188, 189, 198,
205, 206, 207, 210, 211, 214, 217, 219,
226, 229, 232, 234, 240, 242, 244, 248,
263, 267, 270, 271, 277, 279, 288, 292,
303, 310, 319, 320, 325, 327, 328, 331,
332, 335, 336, 337, 338, 339, 340
1, 15, 20, 23, 51, 82, 128, 142, 156, 165,
166, 170, 183, 199, 200, 201, 202, 212,
221, 223, 228, 258, 259, 274, 278, 281,
282, 290, 291, 301, 312, 314, 315, 321
Modelos
Matemáticos
3, 16, 25, 27, 28, 29, 31, 32, 33, 37, 39, 57,
58, 65, 69, 70, 78, 80, 85, 87, 89, 90, 91,
93, 95, 97, 105, 106, 107, 113, 118, 120,
122, 125, 144, 147, 167, 169, 173, 176,
177, 180, 184, 186, 192, 194, 203, 204,
208, 214, 216, 219, 225, 235, 236, 245,
246, 248, 249, 252, 266, 275, 277, 286,
293, 302, 308, 316, 317, 322, 333
9, 12, 13, 40, 41, 44, 49, 52, 54, 56, 59,
66, 76, 98, 132, 139, 141, 151, 155, 175,
193, 196, 215, 231, 234, 250, 253, 260,
268, 285, 289, 295, 296, 297, 298, 299,
300, 311, 313, 323, 326, 341
Fonte: Elaboração própria.
5. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS E PERSPECTIVAS FUTURAS
Nesta seção, os artigos analisados foram separados em quatro fases para que, dessa
forma, fosse possível analisar o comportamento do tema ao longo dos triênios dentro do
período analisado pelo presente artigo. Para tanto, os anos foram organizados como se segue:
a primeira fase corresponde ao triênio 2006 até 2008; a segunda fase ao triênio 2009 até 2011;
a terceira fase ao triênio 2012 até 2014 e; a quarta fase representa os últimos dois anos (2015
e 2016). Depois de separados os artigos e, com base em informações fornecidas pelo
VantagePoint®, foi aplicado um diagrama de pareto em cada uma das fases, visando
identificar os 20% artigos mais citados de cada período, para que estes representem os demais
de seus respectivos grupos. Os artigos mais citados do primeiro triênio, bem como o que estes
trabalhos abordam se encontram no Quadro 22:
Quadro 22: Os 20% dos artigos mais citados do Triênio 2006-2008
Artigo Pesquisa desenvolvida
Walker; Di Sisto;
McBain (2008)
Desenvolve um revisão de literatura objetivando identificar motivadores e barreiras para
implementação do GSCM tanto no setor público quanto no privado.
Srivastava (2008) Busca auxiliar na construção de uma rede de logística reversa de resíduos.
Darnall; Jolley;
Handfield (2008)
Analisa as pressões sofridas pelas empresas para implementarem práticas mais sustentáveis
em suas atividades.
Zhu; Sarkis; Lai
(2007)
Apresenta as pressões sofridas pelas empresas do setor automotivo chinês, relacionando-as
com as práticas e com o desempenho dessas empresas.
Zhu; Sarkis; Lai
(2008)
Investiga como se dá a avaliação da implementação das práticas de GSCM em indústrias
chinesas.
Fonte: Elaboração própria
28
O Quadro 23 refere-se aos artigos mais citados no segundo triênio da análise:
Quadro 23: Os 20% dos artigos mais citados do Triênio 2009-2011
Artigo Pesquisa desenvolvida
Hsu; Hu (2009) Estuda a hipótese de considerar a gestão de resíduos perigosos durante a seleção de
fornecedores.
Wu; Pagell
(2011)
Apresenta o conflito entre aumentar a rentabilidade em curto prazo e reduzir os impactos
ambientais a longo prazo.
Sundarakani et al.
(2010)
Investiga as consequências das emissões de carbono pela cadeia de suprimentos.
Testa; Iraldo
(2010)
Busca avaliar a motivação das empresas em implementar as práticas de GSCM, podendo
essa motivação ser ética e/ou mercadológica.
Bai; Sarkis
(2010)
Procura desenvolver um modelo para auxiliar no desenvolvimento de fornecedores mais
ecológicos.
Holt; Ghobadian
(2009)
Estuda como está acontecendo a transição das fábricas no Reino Unido para práticas mais
verdes.
Azevedo;
Carvalho;
Machado (2011)
Apresenta a relação entre a adoção de práticas verdes com o desempenho da cadeia de
suprimentos
Luthra et al.
(2011)
Analisa as barreiras para a implementação das práticas de GSCM na indústria
automobilística da Índia.
Fonte: Elaboração própria
Os artigos analisados no terceiro triênio são explicitados no Quadro 24:
Quadro 24: Os 20% dos artigos mais citados do Triênio 2012-2014
Artigo Pesquisa desenvolvida
Buyukozkan;
Cifci (2012)
Utiliza modelos matemáticos para auxiliar na escolha de fornecedores verdes.
Ahi; Searcy
(2013)
Realiza uma revisão de literatura visando conceituar Gerenciamento Verde da Cadeia de
Suprimentos e Gerenciamento Sustentável da Cadeia de Suprimentos.
Lin (2013) Analisa as pressões, práticas e performance do GSCM por meio de modelos matemáticos.
Mathiyazhagan;
Govindan; Haq
(2013)
Desenvolve um estudo sobre as barreiras da implementação das práticas de GSCM na
indústria automobilística indiana.
Govindan;
Kaliyan; Kannan
(2014)
Estuda as dificuldades de implantar as práticas verdes em cadeias de suprimentos industriais
na Índia.
Zhu; Sarkis; Lai
(2012)
Avalia as relações de equilíbrio entre as práticas externas e internas da GSCM em relação ao
desempenho ambiental, econômico e operacional.
Tseng; Chiu
(2013)
Auxilia na classificação e seleção de fornecedores verdes.
Green et al.
(2012)
Relaciona práticas de GSCM com o desempenho das organizações.
Dues; Tan; Lim
(2013)
Relaciona as práticas da gestão "enxuta" da cadeia de suprimentos com as práticas de
gerenciamento verde da cadeia.
Shi et al. (2012) Conceitualiza um modelo estrutural de gestão verde da cadeia de suprimentos baseada em
recursos naturais.
Kannan et al.
(2013)
Apresenta um modelo matemático que auxilia na seleção de fornecedores que estejam de
acordo com as práticas do GSCM.
Hsu et al (2013) Aborda a relação entre gestão de carbono e seleção de fornecedores verde.
Kannan; Jabbour;
Jabbour (2014)
Testa um modelo matemático que auxilia na seleção de fornecedores de uma indústria
brasileira de eletrônicos.
Tseng et al.
(2013)
Estuda as práticas do gerenciamento verde da cadeia de suprimentos na Ásia, relacionando
com conceitos de sustentabilidade.
Sarkis (2012) Investiga as relações de vários fatores que influenciam a implementação e prática do
gerenciamento verde da cadeia de suprimentos.
29
Continuação do Quadro 24
Zhu; Sarkis; Lai
(2013)
Testa empiricamente um modelo teórico que relaciona os diversos tipos de pressões que as
empresas sofrem para implementação das práticas de GSCM.
De Giovanni;
Vinzi (2012)
Utiliza modelos estatísticos para mensurar o desempenho das cadeias de suprimentos que
adotam práticas verdes.
Chan et al.
(2012)
Relaciona empiricamente orientação ambiental, atividades de GSCM e desempenho
corporativo.
Muduli et al
(2013)
Analisa as barreiras da implementação do gerenciamento verde da cadeia de suprimentos
em uma indústria mineradora indiana.
Shen et al. (2012) Desenvolve um modelo para avaliar o desempenho de fornecedores que adotam as práticas
de GSCM.
Zhu; Sarkis; Lai
(2012)
Explora a relação entre inovação e adoção de práticas verdes na cadeia de suprimentos sob
uma perspectiva ecológica.
Mirhedayatian et
al. (2014)
Relaciona desempenho ambiental com práticas de gerenciamento verde da cadeia de
suprimentos.
Wu; Ding; Chen
(2012)
Apresentam as pressões e os motivadores que as empresas da indústria têxtil de Taiwan
enfrentam em relação ao GSCM.
Koh;
Gunasekaram;
Tseng (2012)
Estuda a relação do impacto das questões ambientais no desenvolvimento e operações em
uma cadeia de suprimentos do ramo de TI em Taiwan.
Cabral; Grilo;
Cruz-Machado
(2012)
Desenvolve um modelo de apoio à decisão em cadeias de suprimentos que adotam práticas
verdes.
Bose; Pal (2012) Relaciona iniciativas verdes com os impactos nos custos de estoque das empresas.
De Giovanni
(2012)
Considera o conceito do "triple bottom line" da sustentabilidade ao analisar as práticas de
gestão ambiental na cadeia de suprimentos verdes.
Fonte: Elaboração própria.
Por fim, os artigos mais citados referente ao último período da evolução histórica são
analisados no Quadro 25:
Quadro 25: Os 20% dos artigos mais citados no Período 2015 e 2016.
Artigo Pesquisa desenvolvida
Hashemi; Karimi;
Tavana (2015)
Apresenta um modelo matemático, considerando critérios econômicos e ambientais, para
seleção de fornecedores verdes.
Rostamzadeh et
al. (2015)
Desenvolve um modelo de avaliação quantitativa, para medir as incertezas das atividades de
GSCM.
Dubey;
Gunasekaran; Ali
(2015)
Investiga os impactos da gestão de relacionamento com fornecedores e a gestão da
qualidade total sobre o desempenho ambiental, em uma indústria de borracha.
Kannan;
Govindan;
Rajendran (2015)
Desenvolve um modelo para selecionar o melhor fornecedor de verde para empresa
fabricação de plásticos em Cingapura
Govindan;
Khodaverdi;
Vafadarnikjoo
(2015)
Avaliar as principais práticas para melhorar o desempenho ambiental e econômico.
Savino; Manzini;
Mazza (2015)
Pesquisa em uma cadeia de suprimentos de indústrias fabricantes de castanhas frescas, com
avaliação simultânea de melhorias na sustentabilidade e de seu impacto econômico.
Luthra; Garg;
Haleem (2015a)
Analisa os fatores críticos de sucesso para a implantação da GSCM em indústrias indianas.
Hasani; Zegordi;
Nikbakhsh (2015)
Propõe um modelo para maximizar o lucro após impostos de uma cadeia de fornecimento
global de circuito fechado para os dispositivos médicos em condições de incerteza.
Luthra; Garg;
Haleem (2015b)
Analisa os principais fatores de sucesso por trás da conquista bem-sucedida da
sustentabilidade ambiental nas cadeias de suprimento da indústria automobilística indiana.
Li et al. (2016) Estuda a política de preços de uma empresa que possui praticas verdes em sua cadeia de
suprimentos.
30
Continuação do Quadro 25
Liou (2015) Apresenta um sistema de avaliação que permite que as empresas a reconhecer os fatores
relevantes de gerenciamento de carbono e desenvolver estratégias para redução de carbono.
Rauer; Kaufmann
(2015)
Analisa as barreiras para a implementação do GSCM.
Mathiyazhagan et
al. (2015)
Investigar as pressões para a adoção do GSCM em uma indústria de mineração.
Ji; Ma; Li (2015) Avalia a relação entre a empresa e o fornecedor em uma cadeia de suprimentos sustentável.
Lam; Daí (2015)
Propor um método, com métricas sistemáticas, para que os prestadores de serviços
logísticos desenvolvam seu desempenho de sustentabilidade ambiental no contexto da
GSCM.
Brandenburg
(2015)
Sugere-se uma abordagem de programação de objetivos para aperfeiçoar a configuração da
cadeia de suprimentos, visando um novo produto de consumo, considerando critérios
econômicos e ambientais.
Mangla; Kumar;
Barua (2015)
Analisa os riscos relevantes na implementação eficaz das práticas de GSCM, no ponto de
vista industrial.
Jabbour; Jabbour
(2016)
Objetiva propor um quadro integrativo para a relação entre Gestão de Recursos Humanos
(GHRM) e Gestão da cadeia de suprimentos verde.
Wu; Chang
(2015)
Identifica os fatores críticos de sucesso para a implantação do GSCM.
Montoya-Torres;
Gutierrez-Franco;
Blanco (2015)
Propõe uma estrutura conceitual para medir e analisar a pegada de carbono nas cadeias de
fornecimento.
Kuei et al. (2015) Identifica os fatores críticos que influenciam a adoção de práticas de cadeia de suprimento
verde em empresas chinesas.
Freeman; Chen
(2015)
Desenvolve um modelo matemático para seleção de fornecedores verdes.
Wong; Wong;
Boon-Itt (2015)
Constrói uma revisão de literatura acerca da integração do gerenciamento ambiental com as
cadeias de suprimentos.
Lee (2015) Relaciona o acumulo de capital social pela empresa com as práticas de gerenciamento verde
da cadeia de suprimentos.
Talaei et al.
(2016)
Apresenta um modelo matemático que auxilia na gestão do carbono em uma cadeia de
suprimentos.
Laari et al.
(2016)
Identifica as relações diretas e indiretas entre a prática de gestão (GSCM) de cadeia
fornecimento verde orientado ao cliente e o desempenho ambiental e financeiro em uma
empresa Logística.
Gurtu; Searcy;
Jaber (2015)
Analisa as palavras-chave usadas na literatura sobre GSCM.
Fonte: Elaboração própria
Percebe-se que no primeiro triênio abordado (2006 a 2008 – Quadro 22), as práticas
verdes mais citadas possuíam um caráter reativo, na medida em que foca as pressões sofridas
para a implementação, bem como as barreiras e motivadores da mesma, sendo que Srivastava
(2008) é o autor que propõe, dentro da amostra utilizada, a única medida proativa do grupo.
No segundo triênio (2009 a 2011 – Quadro 23), percebe-se uma alteração nas propostas dos
trabalhos mais citados, sendo que uma postura mais convencional pode ser identificada,
relatando que as empresas atendiam à legislação e produziam de maneira pouco inovadora.
Percebe-se esse comportamento na medida em que os autores começam a considerar a
redução dos impactos ambientais a longo prazo, investiga as consequências das emissões de
carbono, estuda a hipótese futura de se considerar uma gestão de resíduos no momento da
seleção de fornecedores, entre outros. É um avanço no que diz respeito ao primeiro triênio, e
complementa o entendimento da evolução do triênio seguinte.
O terceiro triênio (2012 a 2014 – Quadro 24) possui características que abordam “boas
práticas”, e parecem aplicar as melhores técnicas disponíveis para implementação, avaliação e
31
manutenção de práticas de GSCM, uma vez que os artigos analisados dentro desse contexto
apresentam posturas mais proativas, se antecedendo às regulamentações e pressões gerais.
Pode-se perceber tal comportamento quando os autores trazem em seus estudos temas como
relações de equilíbrio entre práticas de GSCM internas e externas, seleção de fornecedores
verdes por meio de modelos matemáticos, gestão de carbono, desenvolvimento de sistema de
apoio à decisão para cadeias de suprimentos que adotam práticas verdes, conceito do "triple
bottom line" no GSCM, entre outros. Contudo, também percebe-se que o desempenho
empresarial é pauta recorrente nos artigos mais citados, trazendo as relações de práticas de
GSCM com o desempenho ambiental, econômico e operacional, assim como a relação
empírica entre orientação ambiental, atividades de GSCM e desempenho corporativo. Analisa
também o desempenho (se melhor ou pior) dos fornecedores que adotam práticas de GSCM,
além de abordar a relação entre adoção de iniciativas verdes com impactos no estoque das
empresas.
Por último, o período de 2015 a 2016 (Quadro 25), se assemelha ao triênio de 2012 a
2014, na medida em que os autores mais citados abordam pesquisas, em sua maioria,
empíricas e que trazem soluções proativas para as questões de GSCM. Trazem a identificação
de fatores críticos de sucesso na implantação do GSCM, desenvolvem modelos matemáticos
para seleção de fornecedores verdes e gestão do carbono, entre outros. Ademais, percebe-se
que trabalhos teóricos também são expressivos neste período, corroborando para o avanço dos
conhecimentos acerca das práticas de GSCM, bem como a preocupação com o fator humano
dentro do contexto das práticas verdes, sendo que o trabalho de Jabbour e Jabbour (2016)
apresenta um quadro integrativo para a relação entre Gestão de Recursos Humanos e GSCM.
Entretanto, assim como no triênio de 2012 a 2014, pode-se perceber que a preocupação com
os resultados empresariais ainda se sobressaem, na medida em que os autores propõem
modelos para maximizar o lucro após os impostos, estuda a política de preços de empresas
verdes, analisa o impacto econômico das empresas que abordam o GSCM e relacionam o
acúmulo de capital social pelas empesas que adotam práticas verdes.
Ao analisar os triênios, percebe-se que o contingente de trabalhos ao longo dos
mesmos aumentou significativamente, corroborando para a disseminação das práticas de
GSCM, tanto empiricamente quanto academicamente (o que também pode ser observado na
Figura 2, seção 3 – Perfil da Pesquisa, deste trabalho). Seguindo a amostra de 20% utilizada,
tem-se que, no primeiro triênio, 5 trabalhos representaram a amostra, no segundo triênio
foram 8 trabalhos, no terceiro triênio aumentou significativamente para 27 trabalhos e, no
último período em análise, que abordou somente dois anos (2015 e 2016), o contingente de 27
trabalhos se manteve, mas em um período de tempo menor, o que também indica crescimento
no número de publicações sobre GSCM para os próximos anos.
Com a análise destas evoluções, pode-se dizer que o esperado para o futuro seja que os
autores tragam empresas referências em inovação no que diz respeito às práticas verdes, com
revoluções em processos, sistemas e tecnologias, com o intuito de incorporar efetivamente o
GSCM como estratégia empresarial, realizando ações proativas, com padrões de excelência
em suas práticas ao longo de toda a cadeia e preparando-se para novas pressões e
regulamentações, indo além da conformidade legal. Além disso, como a própria evolução
histórica coloca em pauta, espera-se que os volumes de trabalhos publicados que versem
sobre o GSCM aumentem exponencialmente, considerando-se o cenário competitivo e
exigente que se consolida a cada dia. Sabe-se, entretanto, que tais fatores dependem da
realidade de cada contexto, do avanço tecnológico e da disponibilidade de recursos.
32
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Para a consecução do presente trabalho foram analisadas 339 publicações sobre
GSCM, provenientes de pesquisas nas bases de dados “Web of Science”, “Scopus”, “Science
Direct”, “Emerald Insight” e “Ingenta Connect”, sendo tal pesquisa feita a partir da busca dos
termos “Green Supply Chain management” e “GSCM” no título, resumo e palavras-chave,
aplicando-se a restrição de serem artigos publicados entre 1 de janeiro de 2006 até 30 de
novembro de 2016 oriundos de periódicos de língua inglesa. Para a construção da Systematic
Literature Review, os artigos resultantes da pesquisa foram estudados e classificados em
categorias referentes aos procedimentos metodológicos utilizados, ao contexto e à área em
que a pesquisa ocorreu, enquanto que para o desenvolvimento do Research Profiling, as
informações dos artigos foram inseridas no software VantagePoint®, para então serem
organizadas em quadros e gráficos.
Com relação ao método do Research Profiling, ao responder às indagações: i) Como
se dá a evolução no volume de publicações por ano? ii) Quais são as instituições que mais
publicam? iii) Quem são os autores mais produtivos? iv) Quais países possuem maior volume
de publicações? v) Quem são os autores mais citados? vi) Quais os anos em que houveram
maior número de citações? vii) Quais são os periódicos que mais publicam? viii) Quais são os
periódicos mais referenciados? e ix) Quais as palavras-chave utilizadas? Este método atingiu
seu objetivo de contribuir para desenvolver um perfil do campo de pesquisa de GSCM ao
passo que, por exemplo:
· Sabendo-se que a instituição mais produtiva é a Dalian University of Technology,
pesquisadores podem procurar tal universidade buscando parcerias e/ou
desenvolverem pesquisas em suas dependências;
· Sabendo-se que os autores mais citados são Sarkis, J. e Zhu, Q., deve-se buscar
primeiro analisar seus trabalhos para fins de construção do referencial teórico da
pesquisa;
· Sabendo-se que o periódico que mais publica e o mais citado é o Journal of
Cleaner Production, interessados em pesquisar sobre o tema devem buscar
material de pesquisa em suas publicações;
· Sabendo-se que as palavras-chave mais usadas são “green supply chain
management”, “supply chain management” e “Green Supply chain” e que 96,7%
dos artigos publicados nos últimos 10 anos se encontram nas bases Web of Science
e Scopus, pesquisadores devem iniciar suas buscas utilizando tais informações.
No que se refere à Revisão Sistemática da Literatura, o artigo atingiu seu objetivo ao
classificar os artigos nas categorias propostas, bem como em conceituar essas categorias, visto
que: i) foi além do que o realizado em Srivastava (2007), apresentando o tema de forma ainda
mais abrangente, ii) apresentou o perfil bibliométrico do tema dentro do período analisado, iii)
criou-se um material que auxiliará acadêmicos e pesquisadores a entenderem os conceitos que
envolvem o gerenciamento verde da cadeia de suprimentos por uma perspectiva mais ampla e
iv) contribuiu para, a partir da classificação dos artigos em categorias, a identificação de gaps
que podem servir como futuras pesquisas na área de GSCM.
Como proposição para novos estudos, os autores poderão analisar artigos publicados a
partir da data-fim que o presente trabalho utilizou, incluindo mais categorias na revisão de
literatura, como objetivos da pesquisa, resultados das pesquisas e proposições para novos
33
estudos. Também poderão comparar os resultados da implantação do GSCM em diferentes
países, objetivando relacionar aspectos influenciadores e que diferem, como legislação
ambiental local, por exemplo, com tais resultados.
Ademais, recomenda-se o uso do presente artigo para pesquisadores e acadêmicos que
desejam iniciar suas pesquisas na área de GSCM, pois o mapa conceitual desenvolvido pelo
método da SLR, em concomitância com os resultados bibliométricos, criou um perfil para essa
área do conhecimento, auxiliando na identificação de futuras pesquisas e oportunidades para
pesquisadores aplicarem suas teorias. Como limitação deste estudo, tem-se que artigos que
não atenderam aos critérios de pesquisa não foram incluídos na análise. Há também uma
possível não abordagem de conceitos presentes nos trabalhos sobre GSCM, na medida em que
não é a intenção da presente análise esgotar a discussão sobre os conceitos que envolvem o
gerenciamento verde da cadeia de suprimentos.
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