UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP
CURSO DE SERVIÇO SOCIAL – EAD 4ª FASE
ATPS – FUNDAMENTOS HISTORICOS E TEORICOS –
METODOLOGICOS DO SERVIÇO SOCIAL III
JOINVILLE – outubro /2013
Sumario:
1. Introdução.......................................................................................................
2. Objetivo...........................................................................................................
3.O mercado de trabalho.....................................................................................
4. Conclusão.........................................................................................................
5.Referencial Bibliográfico.....................................................................................
A IMPORTANCIA DO ASSISTENTE SOCIAL NOS DIAS DE HOJE
1. INTRODUÇÃO
O assistente social é fundamental nos dias de hoje ele pode ser inserido em hospitais,
ONGs, postos de saúde, presídios, asilos, empresas e órgãos públicos. Sua principal
função é auxiliar conflitos e questões sociais com as famílias e ainda podem elaborar
projetos para melhorar a qualidade de vida da comunidade trabalhando com desigualdade
social e ainda promovendo campanhas de saúde, alimentação, drogas, recreação, educação
e implantar projetos sociais. Quem escolhe essa carreira deve estar preparado para encarar
a dura realidade de um país com tantas desigualdade como o nosso Brasil. crianças
abandonadas, mendigos no relento, doentes em busca de um leito hospitalar idosos na fila
do INSS , consumo de drogas , alcoolismo.
Contudo, nem sempre foi assim. No passado, o Serviço Social era completamente
influenciado pela doutrina social da Igreja Católica, pode-se perceber que outras correntes
influenciaram o processo da profissionalização, cujas bases possuem um forte
relacionamento com o monopolista absorvendo os princípios da filantropia, Para muitas
pessoas assistência social é sinônimo de filantropia e Filantropia é algo emotivo e pessoal,
significa amor a humanidade , ao contrário do amor próprio ,quer dizer caridade. Ela é pura
doação não escolhe causas, podendo essa doação ser por dinheiro ou outros bens a favor de
instituições que desenvolvam atividades de grande valor social. O assistencialismo não
ajuda uma comunidade a crescer não deixa os indivíduos a transformar- se em cidadãos,
mas não podemos esquecer de suprir as necessidades momentâneas como alimentação,
encaminhar para cursos profissionalizantes para que o cidadãos tenham um bom emprego
melhorando sua qualidade de vida e assim obedecendo a lei orgânica de assistência social
da constituição federal de 1988.
2. OBJETIVO
Entender o perfil pedagógico da ajuda, ligado ações do serviço social, e o perfil que o
assistente possui na atualidade com uma soma de experiências que é observada, há pouco
mais de meio século e vincula ao processo onde organização da cultura dominante que se
funde em uma visão psicologista da questão social, que no âmbito do serviço social a
compreensão da pedagogia da “ajuda” é algo muito importante, pois proporciona a
apreensão de fatos ligados a padrões de atuação na profissão, encontrados até os dias atuais,
esse entendimento unifica a “ajuda”. E o seu desenvolvimento do processo de ajuda
psicossocial individualizada no serviço social parte do ponto de vista de que as questões
sociais constituem-se um problema moral. Esta noção justifica uma intervenção via
assistência social individualizada de cunho moralizador direcionado para reforma moral e
reintegração social. (ABREU)
3. O MERCADO DE TRABALHO
Estável, mas com boas perspectivas, o mercado para esse profissional oferece a maioria das
vagas no eixo Rio - São Paulo. Segundo o Conselho Federal de Serviço Social, o setor que
mais emprega é o de saúde. Com a implantação, pelo governo federal, do Sistema Único de
Assistência Social (Suas) em nível nacional deve ampliar as vagas no setor público, assim
como nas organizações privadas e entidades do terceiro setor, que atuam nos projetos de
responsabilidade e desenvolvimento social. "As áreas voltadas para a formulação de políticas
sociais e gestão social são as mais promissoras. "Elas requerem que o profissional alie
conhecimentos teóricos e instrumentais para compreender as demandas sociais e fornecer
respostas a elas." Os programas governamentais, como a Bolsa Família e o Programa de
Erradicação do Trabalho Infantil (PETI), abrem oportunidades de contratação. Neles, o
bacharel desenvolve projetos e atua na seleção de famílias e comunidades atendidas. Nas
ONGs, ele faz um trabalho similar, com a diferença que as contratações são realizadas sem a
necessidade de concurso público. Há procura também nas áreas de educação, apoio às
minorias e combate às desigualdades sociais. O graduado é requisitado ainda por
penitenciárias e centros de Ressocialização , Fundações, Hospitais e Centros Comunitários
para exercer atividades de planejamento, execução, monitoramento e avaliação de projetos
voltados para os públicos atendidos por essas organizações.
No setor público , oferece serviços de atendimento á população carente e minorias e de
reintegração social de detentos. Esse profissional se emprega sobretudo no setor público.
Também cabe a ele elaborar programas de saúde para prevenir doenças e o uso de drogas e
assistir pacientes e seus familiares.Ele ainda acompanha processos jurídicos de abusos contra
menores e de adoção e guarda. Os órgãos públicos são os maiores contratantes , em função
das políticas sociais aplicadas ao governo.
Para ingressar nesses postos é preciso prestar concurso público. A maior parte das vagas se
encontra no eixo Rio – São Paulo , tanto em órgãos do governo como em centros
comunitários , empresas , escolas ,ONGS, penitenciárias. O profissional é mais requisitado
nas áreas de educação , saúde, de proteção ás minorias e de combate ás desigualdades
sociais, atuando em apoio aos indígenas , as mulheres, aos negros e aos sem terra.O termo
“terceiro setor” tem sido utilizado com freqüência crescente e, por mais que, no contexto do
Serviço Social, tenha sido recebida com ressalvas, cuidados e indiferenças. “Não há “como
negar a evidência social, econômica e política que esse setor tem alcançado no cenário
internacional e nacional. Portanto, o Terceiro Setor é formado por instituições (associações
ou fundações privadas) não governamentais, que expressam a sociedade civil organizada,
com participação de voluntários, para atendimentos de interesse público em diferentes áreas
e segmentos. Avança da perspectiva filantrópica e caritativa para uma atuação profissional e
técnica, na qual os usuários são sujeitos de direitos, tendo em vista o alcance de um trabalho
qualitativamente diferenciado daquele que sempre marcou a história dessas organizações: o
assistencialismo e a filantropia
4. CONCLUSÃO
Diante dos estudos concluímos que o trabalho do Assistente Social consiste em transformar
o cotidiano para proporcionar os resultados concretos onde a profissão se consolida e se
materializa, permitindo a união das dimensões instrumental, técnica, política, pedagógica e
intelectual da intervenção profissional. Tendo visão integrada entre os diversos elementos a
importância de agir metodologicamente, com base no conhecimento do objeto sobre o qual
se trabalha, a fim de estabelecer as estratégias da ação profissional com vistas à construção
de uma instrumentalidade eficiente e ética para o contexto político atual, Através da
intervenção o Assistente Social provocará o desenvolvimento de uma consciência teórica de
modo a assegurar participação e que permitem identificar um descompasso entre teoria,
prática e imagem profissional. Fica claro que a prática demanda instrumentos e técnicas e o
que infelizmente se identifica é que o fazer profissional atual remonta aos primórdios da
profissão.
Na sociedade contemporânea temos que a desigualdade social é fruto de um contexto de
expropriação do trabalho e dos direitos sociais; que a sociabilidade entre os homens
estabeleceram que as relações fossem determinadas e essa imposição social provocou
divisão entre os próprios homens, legitimou a divisão social de classes e elucidou a questão
social. A desigualdade social apresentada hoje é a metamorfose das características do modo
capitalista de produção, e a questão social se apresenta nos dizeres de Iamamoto, com uma
nova roupagem, evidenciando a naturalização dessa questão social e a banalização do
homem.
A questão social é o eixo central do trabalho do assistente social, que as demandas da
população exigem respostas políticas à luz do projeto ético-político do Serviço Social.
Apresentada por suas manifestações tais como a miséria, o trabalho escravo e infantil, a falta
de acesso à saúde, educação, a violência e suas multiformas, entre outras mais, representa a
fragilidade na legitimação política, na intervenção do Estado com propostas aludidas nos
mínimos sociais, na ausência da sociedade civil na efetivação de direitos e na ideologia
capitalista/burguesa.
Na contemporaneidade há crise no mundo do trabalho, e tal crise potencializa a questão
social, pois segundo Iamamoto (2008, p. 140), “o trabalho encontra-se no centro da questão
social: tanto as formas de trabalho, quanto a apologia do trabalho, ou seja, sua louvação ou
beatificação expressa na ética do trabalho’”.
O desemprego potencializa a desigualdade social, leva o sujeito à margem da sociedade,
provoca a esta parcela da população a mais humilhante das condições humanas, esta parcela
está banalizada, pois perante a sociedade capitalista as políticas sociais já são suficientes, e
tal fato (o desemprego) é natural, conseqüência lógica e necessária à permanência do
capital. Iamamoto parafraseando Octavio Ianni nos diz que:
No pensamento social brasileiro, a questão social recebe diferentes explicações e
denominações: coletividades anormais, sociedade civil incapaz, povo amorfo, sendo o tom
predominante a suspeita de que a vitima é culpada, e a pobreza, um estado da natureza
(IANNI apud IAMAMOTO, 2008, p. 140).
É neste contexto social de desigualdade, refrações políticas, perda dos direitos sociais, de
reprodução da rebeldia e da resistência que atua o assistente social. É com este panorama de
demandas que se desenvolvem as repostas profissionais, a partir do compromisso ético-
político, da competência técnico-operativo e do conhecimento teórico-metodológico.
A ação profissional está envolta em conflitos, articulações políticas e econômicas, e a
interesses individuais; o processo de trabalho do assistente social transita por todas as formas
de expressões da questão social, em todas as áreas e ou setores, e segmentos. Requerem
deste profissional resposta articulada às reais necessidades da população. A proposta do
projeto ético-político da profissão, que preza pela liberdade e democracia. Através de
estratégias construtivas de um trabalho social voltado à classe trabalhadora e a parcela
expropriada deste trabalho, vitimizada pelas relações sociais de produção e reprodução
capitalista.
A realidade exige do assistente social um profissional com conhecimento generalista crítico,
capaz de desenvolver caminhos para a emancipação política do sujeito. Para isso é
necessário articular forças coletivas, sejam elas dos setores institucionais e movimentos
sociais; tornar os espaços públicos realmente públicos; reorganizar os espaços
representativos da classe trabalhadora; efetivar ações sociais que conduzam ao planejamento,
e avaliação de políticas, programas e projetos sociais, tão como na gestão de recursos e de
pessoal; “a categoria dos assistentes sociais, articulada às forças sociais progressistas, vem
enviando esforços coletivos no reforço da esfera pública, de modo a inscrever os interesses
das maiorias das esferas de decisão política (IAMAMOTO, 2009, p. 366)”.
O trabalho coletivo dos assistentes sociais deve ser compreendido em todos os aspectos, na
articulação do profissional com seus usuários, com órgãos representativos de classe, com o
Estado e com classe capitalista.
Superar a intermediação e alcançar a mediação nesta relação se apresenta como desafio, pois
será a partir desta categoria mediação, que o trabalho do assistente social romperá as amarras
institucionais privadas e ou estatais, e potencializará a participação dos usuários na
construção de uma democracia participativa e transformar, assim, a realidade. O Estado,
frente à descentralização e a desresponsabilização das políticas públicas, cria estratégias de
ação que permite a desconcentração dos serviços sociais. Na esfera pública, as demandas
emanadas da população expressam as inflexões e injunções provocadas pela teia capitalista
de desigualdade e descaso com o ser humano. Aos assistentes sociais criam-se novos espaços
de lutas de enfrentamento a partir da Constituição Federal de 1988, como os Conselhos e a
Gestão Pública. Demandas históricas ou emergentes, ou como já citadas, com uma nova
roupagem, provocam ao assistente social o desvelar de estratégias para atendê-las. Exige-se
desses profissionais competências e habilidades além daquelas preconizadas pela Lei
8662/93 (Lei de Regulamentação da profissão); tais exigências provocam o despertar
profissional para o compromisso ético da profissão, a competência técnica e conhecimento
teórico-metodológico. Intrínseco ao processo de construção e legitimação do projeto Ético-
Político do Serviço Social, esta trio conduz à formação e capacitação contínua de
profissionais engajados com os movimentos sociais, com os espaços de lutas sociais e a
busca pelos princípios éticos, como liberdade, equidade, autonomia, democracia. Esse
caminho trilhado por desafios e conflitos torna-se o espaço legítimo de construção humano-
social e político-emancipatório.
“Não é a consciência do homem que lhe determina o ser, mas, ao contrário, o seu ser social
que lhe determina a consciência.”! Karl Marx
5. REFERENCIAL BIBLIOGRAFICO
Sites pesquisados dia 08/11/13. ABREU, Marina Macie. Serviço Social e a organização da cultura:
perfis pedagógicos da prática profissional/ ed.4º. São Paulo: Cortez, 2011.
http://www.leilobragacalhau.com.br
http://www.cress-sc.org.br/servicosocial/profissao.php
http://www.cfess.org.br
www.abepss.org.br
http://www.cfess.org.br/servicos_perguntas.php
www.unifoa.edu.br/cadernos/edicao/05/51.pdf
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