TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO - TCC
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO
EM PSICOPEDAGOGIA
FRANCIELE NUNES WILLIMANN
CASCAVEL – PARANÁ
2018
FRANCIELE NUNES WILLIMANN
PRÁTICA DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO
EM PSICOPEDAGOGIA
Este trabalho descreve a Prática de Estágio
Supervisionado do Curso de Pós Graduação em
Psicopedagogia, requisito para concluir a
formação em Psicopedagoga, sob a orientação
da professora Ms.: Selete Maria Schäfer
Schmidt e Ms.: Veralice Aparecida Moreira dos
Santos, na Faculdade Assis Gurgacz – FAG
Campus Cascavel.
CASCAVEL - PARANÁ
2018
TERMO DE AVALIAÇÃO DO RELATÓRIO DE ESTÁGIO FACULDADE ASSIS GURGACZ CAMPUS CASCAVEL
1 – PARECER DE AVALIAÇÃO DA ACADÊMICA APÓS A REALIZAÇÃO DA PRÁTICA
DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM PSICOPEDAGOGIA, COM ALUNOS DA
EDUCAÇÃO INFANTL, ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO OU SUPERIOR, OU NA
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTO.
CURSO: Psicopedagogia. TURMA: 2017.
ACADÊMICA: Franciele Nunes Willimann.
ORIENTADORA: Selete Maria Schäfer Schmidt e Veralice Aparecida Moreira dos Santos.
PARECER
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NOTA/CONCEITO________________________________________________
DATA,________de ___________________de 2018.
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Professora orientadora
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 4
2. IDENTIFICAÇÃO DO ESTAGIÁRIA ............................................................................. 7
3. CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO DE REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO ......... 8
3.1. Identificação do Estabelecimento ........................................................................................ 6
3.2. O PPP da instituição e sua relação com a Psicopedagogia ................................................ 10
4. A PSICOPEDAGOGIA E SUA RELAÇÃO COM A APRENDIZAGEM .................. 12
4.1. Caminhos da Psicopedagogia: Percurso histórico e Aspectos da formação
profissional...............................................................................................................................14
4.2. Dificuldades de Aprendizagem: Disortografia .................................................................. 18
5. DIAGNÓSTICO - CASO I................................................................................................ 22
5.1. Dados de Identificação ...................................................................................................... 22
5.2. Motivo do encaminhamento .............................................................................................. 22
5.3. História e contexto evolutivo ............................................................................................ 22
5.4. Síntese das áreas avaliadas ................................................................................................ 23
5.5. Conclusão diagnóstica ....................................................................................................... 25
5.6. Medidas de Intervenção ..................................................................................................... 25
5.7. Encaminhamentos ............................................................................................................. 27
6. DIAGNÓSTICO - CASO II .............................................................................................. 28
6.1. Dados de Identificação ...................................................................................................... 28
6.2. Motivo do encaminhamento .............................................................................................. 28
6.3. História e contexto evolutivo ............................................................................................ 28
6.4. Síntese das áreas avaliadas ................................................................................................ 29
6.5. Conclusão diagnóstica ....................................................................................................... 31
6.6. Medidas de Intervenção ..................................................................................................... 31
6.7. Encaminhamentos ............................................................................................................. 32
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................ 34
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 35
ANEXOS ................................................................................................................................. 37
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1 INTRODUÇÃO
O Estágio Supervisionado é atividade obrigatória curricular para conclusão do Curso de
Pós-Graduação em Psicopedagogia, conforme Decreto nº 87.497 de 18 de agosto de 1982 que
determina a prática de Estágio Supervisionado como parte integrante da grade curricular dos
cursos de Pós-graduação em Psicopedagogia, a fim de articular os conhecimentos teóricos
aprendidos durante o curso com a prática psicopedagógica. O mesmo é de suma importância
para o universo acadêmico, pois assim é possível perceber sua realidade e sua rotina diária,
assim enriquecendo nossa formação acadêmica, e é no momento do Estágio que o acadêmico
tem como ponto de partida a reflexão sobre sua própria prática, com a finalidade de promover
ações reflexivas que o ajudam a construir e reconstruir a sua identidade profissional. Estagiar é
conhecer de forma concreta todas as teorias adquiridas durante a formação acadêmica, uma vez
que só a teoria não é suficiente para preparar o aluno em sua atuação profissional.
De acordo com Visca, a Psicopedagogia foi inicialmente uma ação subsidiada da
Medicina e da Psicologia, perfilando-se posteriormente como um conhecimento independente
e complementar, possuída de um objeto de estudo, denominado de processo de aprendizagem,
e de recursos diagnósticos, corretores e preventivos próprios (VISCA apud BOSSA, 2000, p.
21).
Com esta visão de uma formação independente, porém complementar, destas duas áreas,
o Brasil recebeu contribuições, para o desenvolvimento da área psicopedagógica, de
profissionais argentinos tais como: Sara Paín, Jacob Feldmann, Ana Maria Muniz, Jorge Visca,
dentre outros.
O objetivo do Estágio é oferecer ao acadêmico os recursos para atuar no campo
profissional, a experiência e o domínio de conhecimentos. É necessária para a Educação
Profissional, pois vai além do cumprimento de exigências acadêmicas. Ela é uma oportunidade
de crescimento tanto profissional quanto pessoal.
Será realizado no Colégio Vicentino Imaculado Coração de Maria (INCOMAR), será
realizado atendimentos com duas crianças, uma menor de nove e outra acima desta idade.
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2 IDENTIFICAÇÃO DA ESTAGIÁRIA
2.1 Nome: Franciele Nunes Willimann.
2.2 Professora orientadora: Selete Maria Schäfer Schmidt.
2.3 Instituição de realização do estágio: Colégio Vicentino Imaculado Coração de Maria
(Incomar).
2.4 Modalidade de Ensino: Iniciativa Privada – Filantrópica Ensino Infantil, Ensino
Fundamental e Ensino Médio.
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3 CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO DE REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO
3.1 Identificação do Estabelecimento
O Colégio Vicentino Imaculado Coração de Maria está há 70 anos em Toledo e tem
como a modalidade de ensino Iniciativa Privada – Filantrópica.
Entidade mantenedora, Província Brasileira da Congregação das Irmãs Filhas da
Caridade de São Vicente de Paulo – Província de Curitiba, o Colégio Vicentino Imaculado
Coração de Maria, atende crianças de 04 meses a 5 anos na Educação Infantil, 6 anos a 14 anos,
no Ensino Fundamental e 15 anos a 17 anos Ensino Médio. Atualmente são em média 1.570
alunos e uma média de 250 entre funcionários, professores e estagiários.
Segundo o Projeto Político Pedagógico, cita que somos uma Escola Católica e
Vicentina. Isso significa dizer que o modo como assumimos a missão educativa encontra seu
fundamento e inspiração no carisma religioso que nos é próprio. No centro do mesmo está o
projeto do Reino de Deus, vivido e pregado por Jesus de Nazaré, e igualmente assumido por
nossos Fundadores, Vicente de Paulo e Luísa de Marillac. O carisma vicentino brotou do modo
como eles, em seu tempo histórico, testemunharam sua experiência de fé, particularmente pelo
amor-serviço afetivo e efetivo aos mais pobres. Hoje, buscamos atualizar esse carisma,
promovendo uma educação integral e de qualidade.
A educação esteve presente desde as origens da Companhia das Filhas da Caridade, a
qual se deu em Paris/França, no dia 29 de novembro de 1633. Nesta data, Luísa de Marillac
reúne em sua casa um grupo de jovens camponesas, desejosas de dedicar suas vidas, seu tempo,
seus dons para o serviço dos mais pobres. Entre as tarefas assumidas, está ao ensino às crianças,
particularmente as meninas e os pobres. Considerando que, para a época, o acesso à cultura era
privilégio das classes abastadas, as Escolas Vicentinas oportunizavam o ensino básico e gratuito
aos mais desfavorecidos, conectado com um ativo processo de evangelização.
Ao longo dos séculos, a Educação Vicentina acompanhou o desenvolvimento da
educação, contextualizando sua proposta e prática pedagógicas às diferentes realidades. O ano
de 1849 assistiu à chegada das primeiras Filhas da Caridade no Brasil, vindas da França.
Instalando-se na cidade de Mariana /MG, deram início à primeira obra educativa em terras
brasileiras: o Colégio da Providência. Em 1904, chegaram ao Paraná, mais precisamente à
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Colônia Polonesa de Abranches, próximo a Curitiba, três Irmãs vindas da Polônia. Nasce,
assim, a Escola Polonesa São José – hoje Colégio Vicentino São José, sendo esta a primeira
obra da Província de Curitiba. Na esteira desta, outras obras educativas foram abertas, muitas
das quais permanecem ativas até hoje.
Pela interferência do Pe. Antônio Patui, foi possível a vinda de três Irmãs da
Congregação Vicentina para Toledo, Ir. Verônica Sawtczuk, Ir. Lúcia Mikosz e Ir. Elia Bassani.
A chegada foi em 01 de fevereiro de 1948 e em 01 de março, deste mesmo ano, iniciou o
funcionamento da Escola Imaculado Coração de Maria, no prédio da Igreja, na rua 7 de
setembro.
O início das atividades escolares foi muito comemorado pelos moradores de Toledo, e
hoje, o Colégio Incomar é visto e respeitado pelos toledanos como um dos maiores
colaboradores do desenvolvimento sócio-cultural educacional do município.
Se no início as crianças estudavam sentadas nos bancos da igreja, ajeitando-se como era
possível, hoje, dispondo das mais modernas instalações. De 1948 até 1960 a escolinha de
madeira foi o terreno fértil, onde os primeiros toledanos puderam adentrar ao mundo dos
saberes constituídos. Em 14 de novembro de 1961, pelo Decreto Presidencial nº 50.280/61 e
Ato nº 11, passou a funcionar o Ginásio Imaculado Coração de Maria; agora, abrigado nas
instalações de alvenaria, com amplas salas de aula, biblioteca, laboratório de ciências.
A partir de 1965 entra em funcionamento o 1º curso normal colegial do município,
visando a preparação dos futuros professores. E nova conquista deu-se 1972 com a abertura de
turmas para o Pré-Escolar.
Tão logo, a ampliação das instalações, a partir de 1997 devido ao aumento da demanda
de matrículas para o recém criado curso do Ensino Médio. A conclusão das obras de ampliação
deu-se no início de 2000, colocando à disposição da comunidade toledana instalações
construídas visando atender as necessidades didáticas, pedagógicas e humanas, de uma
"Educação para todos" conforme prevê a LDBEN 9394/96.
Num último retrospecto, vale lembrar que a primeira turma do curso primário se formou
em 1949, a do ginásio em 1965, os primeiros professores do curso normal em 1968 e, em 1998
a primeira turma do Ensino Médio. Do início até hoje são mais de 50 anos de amor e dedicação
à Educação e à formação do cidadão do oeste do Paraná. O Carisma Vicentino nasce da fé e do
testemunho de um homem e de uma mulher, apaixonados por Deus e pela humanidade, cuja
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vida e missão significam para a França de século XVII uma “boa-nova”, sementes do
Evangelho que germinaram e produziram abundante frutos.
Mesmo com origens e personalidades tão diferentes, Luísa e Vicente encontram um
mesmo ponto de convergência: “os pobres em Cristo e Cristo nos pobres! “ A essa opção
radical de vivência do Evangelho consagraram suas vidas. Pouco a pouco, outras pessoas se
encantaram com esse projeto de vida e se dispuseram a assumi-lo.
Assim, surge a Companhia das Filhas da Caridade, da qual a Educação Vicentina
herda suas intuições fundamentais. Portanto, o carisma, nasce da diversidade que gera
comunhão e transformação, e no qual a educação ocupa uma tarefa intransferível e
indispensável.
A Pedagogia Progressista assumida pela Educação Vicentina visa a apropriação do
conhecimento acumulado historicamente pela humanidade que, ao ser mediado pelo/a
educador/a, promove a construção do conhecimento por meio de uma prática pedagógica
competente e socialmente comprometida. A instituição educacional é vista como um local onde
o conhecimento é sistematizado, socializado e mediado de forma não fragmentada, vinculado à
realidade, proporcionando a ampliação das possibilidades culturais dos/as educandos/as. A ação
pedagógica, por conseguinte, busca promover a prática de investigação, pesquisa, ensino e
engajamento social, num processo criativo e dinâmico.
Entendemos que todo conhecimento tem como objetivo despertar e potencializar o que
há de melhor no ser humano e, a partir dele, contribuir para uma existência de sentido, em
sintonia com a comunidade humana e com o planeta. Consequente a isso, opta-se pela utilização
da Metodologia Interacionista, na qual o/a educando/a é sujeito de seu processo de
aprendizagem, de forma a problematizar, questionar e construir as relações entre educando/a,
educador/a e o meio. Tem-se como ponto de partida estimular o/a educando/a para que realize
suas descobertas pessoais e científicas, organize o seu pensamento, estabelecendo relações entre
os conhecimentos que já possui e os novos, com a implementação de ações concretas e de
conteúdos conceituais em cada área do conhecimento.
A aprendizagem escolar, nesta perspectiva, aparece como o resultado de uma interação
entre três elementos: o/a educando/a, que constrói os significados; os conteúdos de
aprendizagem pelos quais o/a educando/a constrói tais significados; e o/a educador/a, que atua
como mediador/a entre o conteúdo e o aprender do/a educando/a.
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Preocupação constante por parte da equipe diretiva é o acesso a informação e
comunicação, criando condições de utilização dos equipamentos e meios de informação por
todos, com ou sem auxílio de um mediador. Outrossim, tem proporcionado a existência de
práticas pedagógicas adequadas e inovadoras que deixem de ocasionar dificuldades escolares e
consequentemente a exclusão de estudantes por meio de reprovações e evasão escolar.
Segundo a Constituição Brasileira, a escola para todos e para garantir o acesso físico de
estudantes e visitantes, o Colégio INCOMAR tem se preparado para tanto, construindo rampas
de acesso, corrimão nas escadas existentes, bem como banheiros apropriados para cadeirantes,
classes e cadeiras adequados às necessidades dos estudantes.
Desse modo, a apropriação do conhecimento científico, tecnológico, humano e
espiritual acontece através de um ambiente de união, corresponsabilidade, diálogo, autonomia,
liberdade e amor, em que se trabalham conjuntamente os valores do Carisma Vicentino –
Educação Humana e Cristã, o Diálogo e Respeito e a Sustentabilidade.
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3.2 O PPP da instituição e sua relação com a Psicopedagogia
O Projeto político pedagógico, expõe que a psicopedagogia dentro do âmbito escolar
tem como missão, auxiliar a equipe docente da escola na identificação das causas do fracasso1
na aprendizagem e nas dificuldades da escola com o aluno. Ofertando atendimentos
psicopedagógicos às crianças que apresentarem obstáculos funcionais ou interacionais na
aprendizagem. Fornecer recursos teóricos e práticos que possibilitem a conquista da eficácia no
ensino e na aprendizagem.
Ainda no que propõe o Projeto Político Pedagógico, a clientela a ser atendida é a
instituição como um todo, alunos individualmente, professores e pais de alunos. E a forma de
atuação da psicopedagogia dentro da escola, será por ação investigativa (buscar o máximo de
informações sobre o meio onde o indivíduo está inserido), pela ação diagnóstica (por meio de
entrevistas e de instrumentos de pesquisas embasados cientificamente nos princípios da
epistemologia convergente). E por meio da ação de intervenção (prever ações que serão
realizadas pelo psicopedagogo, pelo professor, pelos pais e pela escola como um todo).
Então para que o processo de intervenção ocorra de forma satisfatória, o psicopedagogo
irá atuar de forma prática nos âmbitos gerais da instituição. Realizando trabalhos com os
docentes, participando e promovendo estudos na hora atividade, fazendo orientações e
atendimentos aos professores quando necessário e participando apenas como observador
quando se fizer necessário. Manter uma relação próxima aos professores, para identificar
juntamente com estes, as informações sobre o desempenho acadêmico, interesses e resistências
da criança a respeito do estudo. E poder realizar orientações, quando necessário, para uma
adaptação do conteúdo curricular, material didático e encaminhamento metodológico.
Assim também, o psicopedagogo irá envolver a família por meio de participação ativa
dentro da escola, realizando atividades que proporcionem trabalhar temas específicos das
dificuldades dos pais em relação à educação dos filhos. Durante o processo de investigação e
diagnóstico, o psicopedagogo irá realizar uma investigação sobre a saúde e o desenvolvimento
da criança, juntamente com os pais (anamnese). Fazendo observação sobre o vínculo e a
1 Identificando as dificuldades individuais de cada criança na escola.
11
valorização do aluno com os estudos. Realizando orientação e intervenção direta com os pais
sobre a criança.
Já no que diz respeito ao atendimento direto á criança, os procedimentos para o
diagnóstico ocorrem com observação em sala de aula, observação na hora do recreio,
desenvolvimento de atividades de investigação utilizando-se de instrumentos específicos para
este fim, como por exemplo, a entrevista operacional centralizada na aprendizagem (E.O.C.A),
diagnóstico operatório, testes projetivos, atividades lúdicas, conceituação, jogos e etc.
Após analisar todos os dados levantados, o psicopedagogo irá realizar orientações e
intervenções necessárias, para auxiliar a eficácia da criança no processo de aprendizagem.
Lembrando que o profissional realizará devolutivas sobre os dados para o professor e para os
pais. Além disso, se for necessário, o psicopedagogo irá fazer encaminhamentos para outros
profissionais.
Enfim, o serviço da Psicopedagogia é o responsável pelo acompanhamento das crianças
com dificuldades de aprendizado e relacionamento. Tem como premissa a prevenção das
dificuldades de aprendizagem e a busca de uma ação integrada entre a Psicologia e a Pedagogia
buscando interagir com os grupos: estudantes, educadores e família para prevenir e
compreender de forma global os processos emocionais, sociais e orgânico que interferem na
aprendizagem do estudante.
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4 A PSICOPEDAGOGIA E SUA RELAÇÃO COM A APRENDIZAGEM
Bastos (2015, p. 21) menciona que “o psicopedagogo é aquele profissional que busca
intensamente despertar o desejo de saber do sujeito e, como um espelho, poder realçar suas
potencialidades escondidas até então não reveladas”.
Ao lidar com o desejo do sujeito, é preciso investigar o que move o aluno a aprender a
aprender ou o que está barrando este desejo voltado ao conhecimento, quais são os obstáculos
que se fazem presentes nessa aprendizagem.
O aluno quando apresenta algum tipo de dificuldade em sua aprendizagem acaba
apresentando comportamentos como irritabilidade, agressividade, desinteresse pelas aulas,
desatenção, baixa auto estima, etc. Assim, nenhum aluno apresenta baixo rendimento escolar e
acaba sofrendo com isso por vontade própria, se assim fosse, não seria necessário envolver a
família, a escola e a sociedade na avaliação psicopedagógica. Se acaso o problema estivesse
relacionado apenas à família, não era preciso avaliar o aluno de forma isolada.
Nesse sentido, a Psicopedagogia tem seu
[...] campo de atuação diretamente articulado com as diferentes dificuldades de
aprendizagem dos sujeitos. Essas dificuldades precisam ser investigadas em seus
diversos contextos, como o familiar, o sociocultural e o educacional. É necessário
também pesquisar os aspectos afetivos, cognitivos, pedagógicos e motores capazes de
interferir na problemática apresentada pela família, pela escola e pelo próprio sujeito
(BASTOS, 2015, p. 23).
Desta forma, o trabalho de investigação do psicopedagogo, torna-se fundamental para
que possa ser dado um diagnóstico preciso, a fim de poder vir a desenvolver atividades que
melhorem ou minimizem os obstáculos à aprendizagem.
A psicopedagogia é área do conhecimento que estuda o processo e o modo que o
indivíduo se apropria do conhecimento. Propõe identificar pontos que possam estar travando
essa aprendizagem, atuando de maneira preventiva e propiciando estratégias e ferramentas que
possibilitam esse aprendizado. Segundo Alicia Fernández (1991), todo sujeito tem a sua
modalidade de aprendizagem, ou seja, meios, condições e limites para conhecer. Modalidade
de aprendizagem significa uma maneira pessoal para aproximar-se do conhecimento e construir
o saber. (BOSSA, 2011, P.37).
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A aprendizagem é vista como uma mudança de comportamento por meio de
experiências construídas, sendo influenciadas por fatores emocionais, neurológicos, relacionais
e ambientais resultantes da interação entre estruturas mentais e o meio ambiente em que vive
na construção de um indivíduo como um todo.
Conforme BOSSA, (2011):
O conceito de aprendizagem com o qual trabalha a Psicopedagogia remete a uma visão
de homem como sujeito ativo em um processo de interação com o meio físico e social.
Nesse processo, interferem o seu equipamento biológico, as suas condições afetivo-
emocionais e as suas condições intelectuais.
Para Visca (1987, apud Barbosa, 2006):
(...) a presença de um obstáculo no processo de aprendizagem não indica a existência
de dificuldades permanentes, mas sim, a forma que o sujeito encontrou de auto-regular
seus esquemas de aprendizagem. Neste sentido, a busca da superação desses
obstáculos deve acontecer não como uma proposta de cura, mas como um encontro
para a ampliação de recursos a serem utilizados neste movimento de busca de
equilíbrio e de auto-regulação.
Entendendo que a Psicopedagogia tem seu objeto de estudo à aprendizagem, destaca
que todo indivíduo é capaz de aprender, entende-se que é de suma importância o estudo e a
pesquisa de fatores que afetam a aprendizagem, por isso como o caso da disortografia.
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4.1 Caminhos da Psicopedagogia: Percurso histórico e Aspectos da formação profissional
Com a revolução industrial, surgiu a preocupação com a produtividade, desse modo, a
educação como responsabilidade do Estado, oferecida de maneira universal, pública e gratuita,
se incumbiria de preparar a população para o mercado de trabalho e para se adequar ao
capitalismo.
A intensificação do capitalismo industrial trouxe novas exigências educacionais. A
economia brasileira submeteu-se a adaptações significativas devido aos países estrangeiros
interromperem os investimentos no Brasil, fato que provocou o abandono da exportação de suas
produções, em especial o café, e significou uma queda do poder latifundiário, com a crise da
década de trinta.
Nesta época, com a manifestação das classes mais baixas por uma mudança política que
superasse a crise, o capitalismo industrial se instalou como uma proposta de aproveitamento
dos recursos nacionais, com o intuito de fortalecer a economia brasileira, assim, as importações
tornaram-se desnecessárias e a produção interna tomou proporção.
Mesmo com a economia brasileira reagindo positivamente, surgiram muitos fatores que
prejudicavam a possibilidade de produção almejada pela sociedade da época, um deles eram as
dificuldades de aprendizagem, as quais passaram a ser foco de atenção, sendo estudadas pela
medicina, com o objetivo de identificar suas causas e possíveis correções. Como nesta mesma
época ocorria a primeira guerra mundial, havia a oportunidade de descobrir, no cérebro dos
guerrilheiros atingidos, a relação das áreas cerebrais danificadas com as funções que apareciam
prejudicadas do corpo acometido pela tragédia. Para tanto, as áreas específicas da medicina que
se ocupavam com estes estudos eram, principalmente, a Oftalmologia, Neurologia e a
Psiquiatria.
Ao final do século XIX, educadores, psiquiatras e neuro-psiquiatras começaram a se
preocupar com os aspectos que interferiam na aprendizagem e a organizar métodos para auxiliar
na aquisição da educação. Alguns estudiosos da época podem ser destacados pelas
contribuições significativas que efetivaram como Séguin, Esquirol, Montessori e Decroly.
Mesmo com muitos métodos sendo criados e aplicados na educação as dificuldades de
aprendizagem continuavam aparentes nos espaços escolares, assim, de acordo com Janine Mery
(1985) em 1946 foram fundados e chefiados por J. Boutonier e George Mauco os primeiros
centros psicopedagógicos, nos quais se buscava unir conhecimentos da psicologia, da
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psicanálise e da pedagogia para tratar comportamentos socialmente inadequados de crianças,
tanto na escola como no lar, objetivando a sua readaptação. (Apud Bossa, 2008).
Dessa forma, estes centros objetivavam, a partir da integração de conhecimentos
pedagógicos e psicanalíticos, atender pessoas que apresentavam dificuldades para aprender
apesar de serem inteligentes, em geral muitas definições foram elaboradas para diferenciar
estes, daqueles que apresentavam deficiências mentais, físicas e/ou sensoriais.
Este movimento acontecia, paralelamente, nos Estados Unidos, enfatizando mais os
conhecimentos médicos e dando um caráter mais organicista a esta preocupação com as
dificuldades de aprendizagem.
Os esforços de investigadores americanos, como Samuel Orton, segundo Gearhart
(1978), resultaram em processos de tratamento altamente desenvolvidos dessas dificuldades,
que incluíam, além de médicos, também psicólogos, foniatras, pedagogos e professores, que
atendiam em clínicas, seguindo um modelo multidisciplinar.
O movimento europeu acabou por originar a Psicopedagogia, enquanto que o
movimento americano proliferou a crença de que os problemas de aprendizagem possuíam
causas orgânicas e precisavam de atendimento especializado, influenciando parte do
movimento da psicologia escolar que, até bem pouco tempo, segundo Bossa (1994), determinou
a forma de tratamento dado ao fracasso escolar.
A corrente européia influenciou a Argentina, que passou a cuidar das pessoas com
dificuldades de aprendizagem, há mais de trinta anos, realizando um trabalho de reeducação.
Mais tarde, este acabou sendo o objeto de estudo que contava com os conhecimentos da
Psicanálise e da Psicologia Genética, além de todo o conhecimento de linguagem e de
psicomotricidade, que eram acionados para melhorar a compreensão das referidas dificuldades.
A psicopedagogia surgiu no Brasil ao final da década de setenta, recebendo influências
tanto americanas, quanto européias, via Argentina objetivando identificar as possíveis causas
da não aprendizagem, sendo efetivada em clínicas, através do trabalho terapêutico.
No sul do país, os conhecimentos de renomados profissionais argentinos, que muito
contribuíram para a construção do conhecimento psicopedagógico, foram considerados,
podendo mencionar entre eles: Sara Pain, Alícia Fernandez, Ana Maria Muñiz e principalmente
Jorge Visca.
Jorge Visca foi um dos maiores contribuintes para a difusão da Psicopedagogia no
Brasil, criando uma linha teórica chamada Epistemologia Convergente, que abrange a
Psicogenética de Jean Piaget, a Psicanálise de Freud e a Psicologia Social de Enrique Pichon
16
Riviére, propondo o trabalho com aprendizagem utilizando-se de uma confluência dos achados
teóricos da escola de Genebra2, em que o principal objetivo de estudo é os níveis de
inteligência, com as teorizações da psicanálise sobre as manifestações emocionais que
representam seu interesse predominante. A esta confluência, junta, também, as preposições da
psicologia social de Pichon Riviére, normalmente porque a aprendizagem escolar, além de lidar
com o cognitivo e com o emocional, lida também com relações interpessoais vivenciadas em
grupos sociais específicos. (França, 2002, p.101)
Deste modo, a psicopedagogia nasceu da necessidade de uma melhor compreensão e
significação da complexidade do processo de aprendizagem tornando-se uma área de estudo
específica que busca conhecimento em outros campos e cria seu próprio objeto de estudo,
mantendo, no decorrer da história, seu foco de estudo nas várias áreas do conhecimento
desenvolvidas no ser humano, as habilidades cognitivas, emocionais e sociais.
Atualmente a Psicopedagogia contribui na busca de intervenções e mediações
adequadas para as dificuldades de aprendizagem, identificando se estão relacionados aos
Transtornos Específicos do Comportamento, do Desenvolvimento e/ou das Habilidades
Escolares, investigando e compreendendo a complexa rede de fatores que interferem no
processo de ensino-aprendizagem, contribuindo para uma relação positiva do educando com o
conhecimento, atuando clínica ou institucionalmente no âmbito da instituição.
Para tanto, torna-se imprescindível a compreensão acerca do objeto de estudos da
Psicopedagogia, sendo que há um consenso entre os psicopedagogos brasileiros quanto ao fato
de que a Psicopedagogia deve se ocupar e estudar a aprendizagem humana, mas isso não
significa um mesmo caminho a seguir, pois, o tema da aprendizagem apresenta grande
complexidade, tanto quanto à dimensão humana, sendo que a concepção de aprendizagem é
resultado da visão de homem e, é através desta que ocorre a práxis psicopedagógica.
O psicopedagogo necessita recorrer a teorias que permitam reconhecer de que modo se
dá o aprendizado e as leis que regem este aprendizado, influências afetivas, inconsciente,
sabendo o que é ensinar, o que é aprender, como interferem os métodos e sistemas educativos,
os problemas estruturais que intervêm no surgimento dos transtornos de aprendizagem e no
processo escolar, como também buscar entender como o outro aprende e também como ele
próprio aprende enquanto profissional e ser humano.
Escola de teoria literária nascida na Universidade de Genebra, sob inspiração da fenomenologia de Husserl, cujos membros são também conhecidos por “críticos da consciência”
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Conhecer a Psicopedagogia implica refletir sobre as teorias que embasam o trabalho,
envolvendo os aspectos do sujeito, tanto o juízo de social como individual, abrangendo aspectos
físicos (observável) e psíquicos (a consciência), como também recorrendo a outras áreas do
conhecimento como a Filosofia, Neurologia, Sociologia, Linguística e a Psicanálise, para
nortear a prática do psicopedagogo e compreender o processo de aprendizagem, pois o objetivo
do atendimento psicopedagógico é o desaparecimento do sintoma e a possibilidade do sujeito
aprender normalmente em condições melhores, enfatizando a relação que ele possa ter com a
aprendizagem, ou seja, que o sujeito seja o agente da sua própria aprendizagem e que se aproprie
do conhecimento.
Os sentidos conferidos à Psicopedagogia demonstram um novo todo que se está
estruturando, cuja identidade se encontra ainda em processo de desenvolvimento e, de acordo
com o que é afirmado pelo professor Lino Macedo: A Psicopedagogia é uma (nova) área de
atuação profissional que busca uma identidade e que requer uma formação de nível
interdisciplinar (o que já é sugerido no próprio termo psicopedagogia). (Macedo, 1992, p. VIII)
Pode-se pensar na prática pedagógica, voltada aos educandos, público-alvo do Serviço
da Psicopedagogia, que apresentam Transtornos Específicos do Comportamento, do
Desenvolvimento e/ou das Habilidades Escolares3 a partir de adequações necessárias, visando
o enriquecimento do ambiente em que estão inseridos, proporcionando desta maneira, trocas de
experiências saudáveis e que contribuam de modo significativo para a formação de um ser
cognoscente.
Considerando as condições diversas dos educandos público-alvo do Serviço da
Psicopedagogia, sua interação terá especificidades e particularidades no estabelecimento de
vínculos, assim, através da interação com o meio e com seus pares, alcançará autonomia e
conhecimento para construir sua identidade e desenvolver seu potencial.
Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade - TDAH, dislexia, discalculia, disgrafia, Transtorno Obsessivo Compulsivo - TOC, Transtorno Opositor do Desenvolvimento - TOD, atraso neuropsicomotor, distúrbios de aprendizagem, entre outros, comprometimentos de ordem emocional que estejam afetando a aprendizagem, e também déficits provocados pela dinâmica familiar.
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4.2 Dificuldades de Aprendizagem: Disortografia
Entendendo que a Psicopedagogia tem seu objeto de estudo à aprendizagem, destaca
que todo indivíduo é capaz de aprender, entende-se que é de suma importância o estudo e a
pesquisa de fatores que afetam a aprendizagem, por isso como o caso da disortografia.
A psicopedagogia estuda os processos e as dificuldades de aprendizagem, tanto de
crianças e adolescentes como dos adultos, fazendo o uso das áreas da pedagogia, psicanálise,
psicologia e antropologia.
O papel do psicopedagogo é atuar para prevenir e trabalhar para tentar compreender o
que está acontecendo, qual é a falha no processo de aprendizagem de determinada pessoa. O
profissional está preparado para a prevenção, diagnóstico e tratamento dos problemas.
O interessante, é que uma profissão que atualmente é de extrema importância para as
escolas, e muitas vezes exigida, até dezembro de 2009, não era uma profissão regularizada. Foi
apenas depois de realizado o Projeto de Lei 7855/10, do deputado Neilton Mulim (PR-RJ), que
regulamenta a atividade de psicopedagogo, em conjunto com um manifesto de aprovação,
feito pela a ABPP - Associação Brasileira de Psicopedagogia, que em dezembro de 2009 o
projeto foi aprovado. Nos últimos anos houve um grande crescimento na área de
psicopedagogia. Pode-se trabalhar em diversas áreas como: área clínica, educação continuada,
orientação pedagógica, recursos humanos, entre outros.
A psicopedagogia é a área do conhecimento que estuda como ocorre o processo de
construção do conhecimento de cada indivíduo, sendo assim, ajuda a identificar as dificuldades
no processo da aprendizagem e apurar de forma preventiva, propiciando estratégias para
facilitar o aprendizado.
O atendimento psicopedagógico está voltado para a construção do conhecimento, onde
são utilizados diversos materiais: Jogos, desenhos, leituras, livros, dramatizações, registros,
computador, onde tem a finalidade de descobrir os estilos de aprendizagem de cada indivíduo
e trabalhando seus conflitos com a aprendizagem.
A expressão “dificuldades de aprendizagem” surgiu somente em 1962 com a definição
de Kirk, que centrava estas dificuldades nos processos implicados na linguagem e no
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rendimento académico, apontando como causas uma disfunção cerebral ou uma alteração
emocional ou comportamental.
Luís de Miranda Correia (2008) apresenta-nos uma proposta que vai ao encontro das
duas definições anteriormente referidas
“As dificuldades de aprendizagem específicas dizem respeito à forma como um
indivíduo processa a informação – a recebe, a integra, a retém e a exprime –, tendo
em conta as suas capacidades e o conjunto das suas realizações. As dificuldades de
aprendizagem específicas podem, assim, manifestar-se nas áreas da fala, da leitura, da
escrita, da matemática e/ou da resolução de problemas, envolvendo défices que
implicam problemas de memória, preceptivos, motores, de linguagem, de pensamento
e/ou metacognitivos. Estas dificuldades, que não resultam de privações sensoriais,
deficiência mental, problemas motores, défice de atenção, perturbações emocionais
ou sociais, embora exista a possibilidade de estes ocorrerem em concomitância com
elas, podem, ainda, alterar o modo como o indivíduo interage com o meio
envolvente.” (Correia, 2008, p. 46).
A definição Etimologicamente, disortográfica deriva dos conceitos “dis” (desvio) +
“orto” (correto) + “grafia” (escrita), ou seja, é uma dificuldade manifestada por “um conjunto
de erros da escrita que afetam a palavra, mas não o seu traçado ou grafia” (Vidal, 1989, cit. por
Torres & Fernández, 2001, p. 76), pois uma criança disortográfica não é, forçosamente,
disgráfica.
“Perturbação que afeta as aptidões da escrita e que se traduz por dificuldades
persistentes e recorrentes na capacidade da criança em compor textos escritos. As dificuldades
centram-se na organização, estruturação e composição de textos escritos; a construção frásica
é pobre e geralmente curta, observa-se a presença de múltiplos erros ortográficos e [por vezes]
má qualidade gráfica.” (Pereira, 2009, p. 9).
De uma forma geral, a caraterística mais comum nas crianças com disortografia é, sem
dúvida, a ocorrência de erros ortográficos, sejam estes de caráter linguístico-percetivo, viso
espacial, visoanalítico, de conteúdo ou referentes às regras de ortografia. No entanto, quando
intervimos junto destes indivíduos, devemos ter a noção de que outros aspectos estão
envolvidos no ato da escrita e, consequentemente, importa trabalhá-los.
A intervenção junto de alunos com disortografia não deve obedecer a um único modelo
em concreto, mas sim a uma variedade de técnicas que tenham em conta não apenas a correção
dos erros ortográficos, mas também a perceção auditiva, visual e espáco temporal, bem como a
memória auditiva e visual.
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Torres & Fernández (2001) salientam duas áreas importantes na reeducação da
disortografia: a intervenção sobre os fatores associados ao fracasso ortográfico e a correção dos
erros ortográficos específicos. As características de organização e estruturação espacial
(exercícios de distinção de noções espaciais básicas, como direita/esquerda, cima/baixo,
frente/trás); a perceção linguístico-auditiva (exercícios de consciencialização do fonema
isolado, sílaba, soletração, formação de famílias de palavras, análise de frases); e também
exercícios que enriqueçam o léxico e vocabulário da criança. Quanto à intervenção específica
sobre os erros ortográficos, atente-se particularmente nos de ortografia natural (exercícios de
substituição de um fonema por outro, letras semelhantes, omissões/adições, inversões/rotações,
uniões/separações); de ortografia visual (exercícios de fonemas com dupla grafia, diferenciação
de sílabas, reforço da aprendizagem);
Importa acrescentar que qualquer que seja o procedimento a adotar, é importante que o
educador (seja ele o professor, o psicólogo, o pai, o tio ou o irmão) tenha em conta as reais
habilidades e dificuldades da criança e seja capaz de planear um conjunto de atividades que vão
ao encontro dessas (in)capacidades específicas. Tal como afirma Micaelo (2005, p. 59) “o
trabalho a desenvolver (…) passa, acima de tudo, por conhecer as características individuais de
cada aluno e o seu modo de funcionamento, de forma a encontrar as respostas pedagógicas
adequadas”.
Destacamos que existem sete tipos de disortografia. O autor fragmenta a sintomatologia
e etiologia do distúrbio, pautado nos estudos de Tsvetkova (1977) e Luria (1980), Torres e
Fernández (2001, p. 86). A disortografia temporal: relevada pela incapacidade de percepção,
ordenação e separação no aspecto fonético da cadeia falada, a disortografia percetivo-
cinestética: sua característica é a inaptidão cinestética (percepção corporal) que interfere na
articulação, causando substituições no modo de articulações dos fonemas, disortografia
cinética: a inabilidade de sequenciar os fonemas acerca do discurso, provocando erros de
separação e junção, disortografia visuo-espacial: distinta pela alteração de imagem dos
grafemas e de conjuntos de grafemas, havendo rotações e inversões por causa da posição no
espaço, como exemplo, as trocas de [p] por [d] e [d] por [q], ainda como se não bastasse, as
substituições gráficas por elementos semelhantes, exemplo [m] por [n], e [o] por [a], e por
último a confusão dos fonemas com duas grafias, como [ch] por [x] e [s] por [z], disortografia
dinâmica/disgramatismo: definida pela alteração da expressão escrita e também pela
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estruturação sintática, ambas pautadas nas ideias, disortografia semântica: caracterizada pela
alteração da análise conceptual, os elementos diacríticos ou recurso a sinais ortográficos,
segundo Casal (2013, p.46).
O erro visuo-espacial, por sua vez, refere-se à semelhança dos grafemas que criam uma
dificuldade de diferenciação em sua posição espacial, como [d] por [p], [p] por [q]; a
semelhança das letras em sua características visuais como [m] por [n], [o] por [a] e [ i ] por [ j
]. Ocorre a incidência de letra espelhada; confusão de fonemas com palavras que aderem dupla
grafia [ch] por [x] e [s] por [z]; e confusão de fonemas que admitem dupla grafia por causa das
vogais como [g] e [c]; de acordo com Torres e Fernández (apud CASAL, 2013, p.43).
No processo da alfabetização os erros são relativos a trocas de letras, inversões, escrita
em espelho, erros ortográficos de organização textual, ocorrem de forma cultural, de acordo
com Casal (2013, p.50). Neste sentido faz-se necessário conhecer as características individuais
de cada aluno e o seu modo de funcionamento, de forma a encontrar as respostas pedagógicas
adequadas, principalmente quando a criança ainda se encontra na fase do processo de
alfabetização da leitura e escrita.
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5 DIAGNÓSTICO - CASO I
AVALIAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA NO CONTEXTO ESCOLAR
5.1 Dados de Identificação
Nome do Aluno: A. B.
Data de nascimento: 20/02/2010 Idade: 8 anos e 9 meses
Pai: E. B. Mãe: C. R. S.
Responsáveis: Pai e Mãe
Instituição: I.N.C.O.M.A.R.
Ano Escolar: 3º ano. Turno: Matutino. Repetência(s): Não.
Professor(es): A. F. P. M.
Data de início da avaliação: 29 de Agosto de 2018.
Data de término da avaliação: 20 de Setembro de 2018.
5.2 Motivo do encaminhamento
Apresenta dificuldades de aprendizagem – Disortografia.
5.3 História e contexto evolutivo
Através da entrevista de anamnese realizada com mãe de A.B., pode-se investigar a vida
pregressa do mesmo. De acordo com a mãe, o casal adotou três crianças, uma com idade de 13
anos, outra de 11 anos, e A.B. o qual tinha dois anos de idade, o mesmo já andava e se adaptara
muito bem à nova família.
Até onde sabe-se engatinhou, sentou, andou, falou e obteve controle dos esfíncteres
dentro do esperado para o desenvolvimento infantil.
Os pais percebem A.B. como um filho inteligente, prestativo, amoroso, brincalhão,
tornando o ambiente mais alegre, pois percebem que A.B. é hiperativo e faz troca de letras.
Tem as suas responsabilidades em casa as quais gosta de ficar envolvido, do que ficar fazendo
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tarefa escolar. O mesmo brinca e conversa com diferentes pessoas da sua faixa etária e de outras
faixas etárias.
Afirmam que o filho apresenta-se uma criança independente, gosta de vestir-se sozinho
e arrumar o próprio cabelo, e que realiza tais tarefas de forma satisfatória. Auxilia em atividades
domésticas, com tarefas realizadas exclusivamente por ele, sob supervisão dos pais: arruma o
seu quarto, rega as plantas e ajuda na organização da casa.
Segundo a mãe, A.B. pede ajuda nas tarefas por se sentir inseguro e não querendo
pensar, solicitando as respostas das atividades. Segundo a mãe, está fazendo o processo do filho
fazer sozinho as atividades primeiramente, para depois ela supervisionar as mesmas, fazendo
com que adquira a sua autonomia no desenvolvimento da sua aprendizagem.
O relacionamento familiar revela-se com harmonia. Brincam em família, fazem bastante
passeios familiares, se divertem e se respeitam.
A mãe percebe que o filho dorme bem é bastante ativo e apresenta normalidade na área
auditiva e visual.
Quanto à área orgânica apresenta boa saúde e se alimenta bem, porém tem
comportamento inquieto e faz tratamento para asma.
No que tange a escolaridade sabe-se que realizou o Pré Escolar e agora está matriculado
no terceiro ano nesta mesma instituição.
Os pais percebem que o filho é inteligente, mas que o mesmo necessita de intervenção
no processo de ensino e aprendizagem.
5.4 Síntese das áreas avaliadas
Durante a sondagem e observação em sala de aula, A.B. se mostrou uma criança
tranquila, que fica no lugar, levanta a mão para perguntar e responder, interagindo com o
conteúdo, responde o que o professor pergunta e faz o que lhe foi solicitado. Logo que a
professora encaminhou os trabalhos situando à página da apostila para realizarem a atividade,
já foi apanhando o lápis para desempenhar a mesma. Respeita a fila, os colegas e a professora.
No momento da observação em sala de aula, a turma do 3º ano teve uma atividade com a
nutricionista, onde realizaram a elaboração da pirâmide alimentar. A.B. se saiu muito bem na
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atividade proposta, se envolveu na tarefa, com os colegas e a professora demonstrando bom
vínculo com os mesmos.
Com relação aos aspectos gerais do material escolar, demonstrou habilidade para
organizar-se nos cadernos e bom cuidado com seus pertences. Demonstrando maior afetividade
por todas as disciplinas, com exceção na área de geografia e matemática.
Durante os atendimentos, para a avaliação psicopedagógica, A.B. mostrou-se uma
criança ativa, bastante concentrado nos momentos destinados às atividades, fazendo-as com
zelo e capricho. Demonstra muito interesse na realização das tarefas propostas e consegue
manter-se atento durante a realização das mesmas. Revela bom autocontrole de suas emoções,
pois, mesmo quando apresenta dificuldades nos desafios propostos durante os atendimentos,
conseguiu fazer uso de estratégias para alcançar seu objetivo. A.B. relata que gosta de ler livros,
não tem nada que não gosta na escola, falou geografia é a disciplina mais difícil, gosta de ajudar
em casa, brincar, fazer as tarefas, brincar com as irmãs, gosta de assistir DPA, meu amigão,
filmes, brincar com bola, de pular corda.
Ao ser avaliado o vínculo da criança com o conhecimento, percebeu-se motivação para
lidar com o novo e desconhecido, disponibilidade para realizar as tarefas, e para estabelecer
bom relacionamento.
Na aplicação da avaliação de Matemática realizou operações simples, porém
demonstrou insegurança e dificuldades nas questões mais complexas, fazendo uso do material
de apoio para a realização das operações e resoluções do raciocínio lógico matemático.
Apresentando assim, poucas habilidades para recodificar a informação e chegar aos resultados.
Demonstrou adequada capacidade para manter o equilíbrio do corpo e na coordenação
dos movimentos amplos e finos.
Apresentou conhecimento da direita e esquerda, distinguindo em si, no outro e nos
objetos.
Demonstrou domínio das noções básicas relacionadas a espaço e tempo.
Identifica cores, formas e tamanhos geométricos, números, unidade, dezena, centena.
Quanto às atividades de leitura com graduação dos fonemas segundo as relações
fonológicas-ortográficas, apresentou leitura com entonação, observando pontuação, porém
apresentou dificuldades ao escrever fazendo trocas das letras X, SS, S, CH.
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Na atividade, De olho na Ortografia, apresentou um pouco de dificuldades na leitura,
nas figuras ficava pensando na letra que faltava, quando colocava uma letra errada, e quando
questionado perguntava se estava certa, confundindo assim as letras x,ss,s,ch.
Fez a leitura do texto silenciosamente, prontamente foi realizando as atividades.
Ao realizar narrativas escritas observou-se adequada sequência lógica temporal e boa
articulação de ideias, porém demonstrou omissão de organizar paragrafação, no uso da letra
maiúscula, junção de palavras, falta de pontuação, troca das letras SS por S, C por G e S por Ç,
S por Z e N por M, demonstrando pouco conhecimento de um texto.
Necessita de estimulação e intervenção adequada para que supere as dificuldades que
ora apresenta.
5.5 Conclusão diagnóstica
Diante das atividades realizadas com o A. B., percebe-se que neste momento apresenta
dificuldades na leitura e na escrita, e também significativas dificuldades no raciocínio lógico
matemático, necessitando de estimulação adequada pela escola e pela família para que obtenha
maior desempenho no processo de ensino e de aprendizagem.
5.6 Medidas de Intervenção
Proporcionar momentos de atividades que desenvolvam e aumentam sua rapidez de
pensamento, atenção, concentração, observação;
Facilitar a evocação das letras e palavras, ajudando a criança a lembrar,
parcialmente, e depois totalmente das palavras. Soletrar palavras em voz alta,
enquanto escreve;
Apresentar conjunto de frases, para que ele complete o que está faltando;
Promover a conscientização dos erros, fazendo com que A.B. escreva sentenças que
lê em voz alta, pronunciando corretamente. Quando ele identificar um erro
auditivamente, as correções são feitas no papel, pois assim A.B. vê a posição exata
da palavra errada, ou omitida;
Escrever sentenças que contenham um ou dois erros, ler como seria correto e pedir
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que observe se a sentença que ouve é igual a que vê;
Trabalhar as trocas fonéticas (sons da fala), levando o aluno a observar o ponto de
articulação correto de cada fonema (posição de lábios, língua), sua emissão sem
vogais, em sílabas e em palavras. Posteriormente o aluno deve fazer a transcrição
dos sons na escrita de palavras significativas.
Trabalhar com projetos específicos com discriminação auditiva, consciência
fonológica.
Desenvolver o raciocínio matemático;
Utilizar materiais concretos ou desenhos para ilustrar as operações
Selecionar atividades ou resolução de problemas que instruem os alunos para
resolvê-los;
Selecionar palavras-chave que guiem na resolução de problemas, pois é importante
que o aluno saiba encontrar a ideia que está por trás do problema, não ficando preso
somente ao mero cálculo.
Assegurar que o aluno sabe resolver as operações antes de introduzir num
problema; Trabalhar com leituras e produções de texto orais e escritos; Escrever
textos e fazer correções;
Incentivar o uso do dicionário, como fonte de pesquisa para auxiliá-lo na fixação
correta da grafia de palavras e de novos termos;
Sugere-se leitura infanto-juvenil, de revistas que falam sobre animais, carros,
máquinas agrícolas, futebol, músicas e assuntos de seu interesse.
Ensinar o aluno a resumir, extrair as palavras-chave da frase, do parágrafo, do texto.
Ensinar o aluno a parafrasear, isto é, dizer com suas palavras o que entendeu,
passando para a escrita.
Ensinar o aluno a ler, parar e avaliar se compreendeu. Não permitir que leia toda a
página para chegar à conclusão, no final, de que não entendeu nada.
Sempre procurar literatura especializada, orientação e metodologia adequadas.
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5.7 Encaminhamentos
Faz-se necessário a continuação de atendimento psicopedagógico com a finalidade
de dar prosseguimento ao desenvolvimento da intervenção das dificuldades de
aprendizado;
Intervenção da professora de sala;
Orientação Familiar com solicitação de compreensão e participação dos pais nas
atividades com a filho;
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6 DIAGNÓSTICO - CASO II
AVALIAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA NO CONTEXTO ESCOLAR
6.1 Dados de Identificação
Nome do Aluno: A.G.A.
Data de nascimento: 11/03/2008. Idade: 10 anos e 8 meses
Pai: D.A. Mãe: M.A.G.A.
Responsáveis: Pai e Mãe.
Instituição: I.N.C.O.M.A.R.
Ano/Série: 5º ano. Turno: Matutino. Repetência(s): Não
Professora: E.G.
Data de início da avaliação: 04 de Setembro de 2018.
Data de término da avaliação: 04 de Outubro de 2018.
6.2 Motivo do encaminhamento
Dificuldades na aprendizagem necessitando intervenção – Altas Habilidades.
6.3 História e contexto evolutivo
Através da entrevista de anamnese, realizada com a mãe do aluno pode-se investigar a
vida pregressa do mesmo.
Segundo informações da mãe de A., relatou que a gravidez aconteceu de forma
inesperada, alegando que no primeiro momento foi de susto, porque já tinha um filho quando
descobriu que estava grávida com 3 meses e meio, mas a notícia foi uma alegria muito grande
para o casal. Durante o período gestacional a mãe fez acompanhamento pré-natal se sentindo
muito bem.
O parto ocorreu através de cesariana, tudo ocorrera de forma tranquila e o filho nasceu
saudável.
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Quanto à amamentação, sabe-se que recebeu aleitamento materno até um ano de idade,
na oportunidade foi introduzida a mamadeira e também alimentação pastosa.
Engatinhou, sentou, andou, falou e obteve controle de esfíncteres dentro do esperado
para o desenvolvimento infantil.
A mãe percebe que o filho dorme bem, é bastante ativo, apresenta normalidade na área
auditiva e visual.
Quanto à área orgânica apresenta boa saúde e se alimenta bem.
O relacionamento familiar revela-se com harmonia.
Os pais relatam que o filho é muito tranquilo, bem resolvido, que possui facilidade para
se socializar, como também para comunicar-se com crianças da sua idade, menores do que ele,
e maiores do que ele.
No que tange a escolaridade sabe-se que realizou o Pré-Escolar em outra, e boa
adaptação escolar, e hoje está matriculado no quinto ano do ensino fundamental neste
estabelecimento de ensino.
Os pais não percebem as dificuldades/habilidades do filho, e não relatam que precisa
ainda maior estímulo por parte da escola. Apenas relataram que A.G.A é muito esperto e
curioso.
6.4 Síntese das áreas avaliadas
Durante a sondagem em sala de aula, observou-se que A. é um menino tranquilo,
comportado, presta atenção, segue as orientações, executou as tarefas, dentro de um ritmo
adequado, pergunta sobre o conteúdo, levanta a mão para perguntar respeitando as regras da
sala de aula. Notou-se boa concentração, e atenção, apresentando bom vínculo com os colegas
e professores.
Com relação aos aspectos gerais do material escolar, demonstrou habilidade para
organizar-se nos cadernos e bom cuidado com seus pertences. Demonstrando maior afetividade
no raciocínio lógico matemático.
Observou-se pressão forte do lápis e boa qualidade no traçado gráfico.
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Ao ser avaliado o vínculo do aluno com o conhecimento, percebeu-se motivação para
lidar com o novo e desconhecido, disponibilidade para realizar as tarefas, e estabelecer bom
relacionamento.
No que se refere à estrutura de pensamento, através da aplicação da Entrevista Operativa
na Aprendizagem – EOCA (Jorge Visca), revelou boa articulação de ideias, conteúdo
compatível com a idade e ano escolar em que se encontra, boa criatividade e percepção de
detalhes, tempo de reação adequada entre a apresentação do estímulo e a verbalização.
Em atividades de leitura com graduação dos fonemas segundo as relações fonológicas-
ortográficas, apresentou leitura com entonação, observando pontuação, pleno domínio.
Durante os atendimentos, para a avaliação psicopedagógica, A. mostrou-se uma criança
ativa, bastante concentrado nos momentos destinados às atividades, fazendo-as com zelo e
capricho. Demonstrando muito interesse na realização das tarefas propostas, conseguindo
manter-se atento durante a realização das mesmas.
Relaciona-se muito bem com os colegas de classe, permanece tranquilo e estabelece boa
relação com as pessoas de seu convívio. A., alega que gosta de estudar, de ler, frequenta a
biblioteca, gosta do ambiente escolar de assistir televisão, jogar Xbox, assistir auto esporte,
fórmula 1, dizendo que também já jogou tênis e de principalmente falar sempre a verdade para
os pais. Falou que a matéria que acha que tem mais dificuldade é história.
Apresentou domínio da linguagem para dar conta de situações simples e complexas da
comunicação.
Com relação à linguagem receptiva compreendeu adequadamente ordens e instruções
simples e complexas.
Ao realizar narrativas escritas observou-se adequada sequência lógico temporal e boa
articulação das ideias, porém demonstrou omissão de organizar paragrafação, pontuação,
escrita de nomes próprios com letra minúscula, expressando pouco conhecimento da
organização na elaboração de um texto.
No raciocínio matemático composto por cálculos com graus de dificuldades crescentes
no nível do ano escolar em que se encontra, realizou as quatro operações, demonstrando
facilidade no mecanismo e na concretização das mesmas.
Resolveu situações problemas demonstrando habilidade para recodificar a informação
e chegar aos resultados. Faz cálculos mentais, com uso de estratégias.
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Demonstrou adequada capacidade para manter o equilíbrio do corpo e na coordenação
motora dos movimentos finos.
Apresentou conhecimento da direita e esquerda, distinguindo em si, no outro e nos
objetos.
Demonstrou domínio das noções básicas relacionadas a espaço e tempo.
6.5 Conclusão diagnóstica
Diante das atividades realizadas com A., percebe-se que neste momento o mesmo
apresenta grande afetividade pelo raciocínio lógico matemático e pelos conteúdos acadêmicos,
porém apresenta dificuldades de aprendizagem vinculadas à escrita, revelando omissão de
organizar paragrafação, pontuação, escrita de nomes próprios com letra minúscula, expressando
pouco conhecimento da organização na elaboração de um texto. A., necessita de estimulação
adequada pela escola e família para que obtenha maior desempenho no processo de ensino e
aprendizagem.
6.6 Medidas de Intervenção
Motivar a independência de estudo, ensinando-o a ser eficiente e efetivo, nas
tarefas. É interessante que o Professor sugira momentos de leitura, de pesquisa, da
busca de novas informações em material extra-classe, de forma que ele aprenda a
estudar pesquisando.
Favorecer a utilização dos processos cognitivos complexos, tais como o
pensamento criativo, a análise crítica, análise de prós e contras, entre outros.
Utilizar métodos, materiais e técnicas instrucionais que contribuem no
desenvolvimento de níveis superiores de processos de pensamento (analisar,
sintetizar e avaliar), de habilidades criativas e críticas, nas habilidades de pesquisa
(por exemplo, como conduzir uma entrevista, analisar dados e elaborar um
relatório), de busca de referências bibliográficas e processos relacionados ao
desenvolvimento pessoal e social (habilidades de liderança, comunicação e
autoconceito positivo).
32
Proporcionar ampliação e aprofundamento dos conteúdos através de atividades
exploratórias de temas que extrapolem o currículo regular, favorecendo a
participação em experiências de aprendizagem diversa das quais o currículo
apresenta.
Proporcionar atividades que favoreçam o desenvolvimento intelectual e cognitivo
por meio de jogos que aumentem a atenção, concentração, rapidez de pensamento,
onde possa participar ativamente observando, discutindo, refletindo, operando,
transformando, argumentando e elaborando hipóteses.
Desenvolver a escrita espontânea prazerosa em atividades contextualizadas e de
interesse do aluno, levando-o a refletir sobre sua escrita, analisando-a através do
desenvolvimento da consciência fonológica.
Trabalhar o pensamento lógico através da organização de sequencias de histórias.
Trabalhar a reestruturação de textos em grupo, individual e coletivamente, de forma
a explorar os aspectos da construção textual.
Propiciar momentos de escrita espontânea levando o aluno a analisar sua escrita,
criar novas hipóteses e comparar com o modelo correto, favorecendo sua
aprendizagem do repertório de letras a apropriação de conceitos.
Levar o aluno a escrever de forma prazerosa, objetivando trabalhar o emprego das
dificuldades ortográficas, acentuação, pontuação e outros aspectos da língua escrita
em palavras, frases e textos significativos.
Trabalhar a elaboração e correção de textos de forma coletiva para que
gradativamente aperfeiçoe sua escrita, desenvolvendo sua segurança e
independência para a atividade. Levá-lo a refletir sobre suas produções corrigindo-
se automaticamente.
Incentivar o uso do dicionário, ampliando assim seu vocabulário, lendo livros,
revistas, gibis, jornais e ouvindo e contando histórias.
Oportunizar espaços na escola e em casa para o desenvolvimento da criatividade e
estimular a elaboração de projetos próprios.
Participar de programa de apoio especializado, de natureza pedagógica, para
suplementar o atendimento educacional em classe comum
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6.7 Encaminhamentos
Classe comum.
Atendimento Psicopedagógico
Orientação familiar
Participação em Projeto de pesquisa que explore o raciocínio lógico matemático.
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7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O processo de estágio foi de grande importância para poder compreender de forma
objetiva e clara, que o trabalho de avaliação psicopedagógico é difícil e precisa de dedicação e
estudo para ser concluído.
A escola, entretanto, se mostrou receptiva e aberta para receber à estagiária e disposta a
ajudar da melhor forma possível a conclusão dos atendimentos. O processo de estágio foi
enriquecedor na minha vida pessoal, pois foi de suma importância para a compreensão da teoria
sendo vivenciada na prática.
O curso de psicopedagogia para mim ajudou a diferenciar e saber identificar as
dificuldades de aprendizagem.
35
REFERÊNCIAS
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Educação). Escola Superior de Educação de Frassineti Paula, Portugal.
BATISTA, A. O. Desempenho ortográfico de escolares do 2º ao 5º ano: proposta de
elaboração de um protocolo de avaliação da ortografia. 2011. Dissertação (Mestrado em
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2004.
37
ANEXOS
CASO I
ENTREVISTA COM OS PAIS
O casal adotou três crianças, uma com idade de 13 anos, outra de 11 anos, e Alexandre, o qual
tinha dois anos de idade, o mesmo já andava e se adaptara muito bem à nova família.
Até onde sabe-se engatinhou, sentou, andou, falou e obteve controle dos esfíncteres
dentro do esperado para o desenvolvimento infantil.
* LINGUAGEM:
1. Tem boa compreensão do que falam? Sim. Faz troca de palavras.
* SONO:
. Dorme bem? Sim ( X ) Não ( )
. Dorme em quarto separado? Sim ( X ) Não ( )
* SAÚDE:
1. Consulta o médico regularmente ou somente quando necessário?
Sim.
. Teve: ( sarampo, coqueluche, febre alta, vermes, varicela, asma, caxumba,
traumatismo, alergia, bronquite).
Tem bronquite.
2. Visão:
. Inclina a cabeça para olhar: Não.
. Aproxima os objetos: Não.
. Afasta os objetos: Sim.
. Franze a testa para diminuir o campo visual: Não.
. Lacrimejamento excessivo dos alunos: Não.
. Vermelhidão constante nos olhos: Não.
. Coceira excessiva e constante nos olhos: Não.
. Assiste televisão a menos de 2,50m de distância: Sim.
. Movimento excessivo dos olhos: Não.
. Reclama, constantemente, que a visão é turva: Não.
. Dores de cabeça constantes, principalmente na região fronto-temporal: Não.
. Amarelamento do branco do olho: Não.
6. Garganta: Boa.
7. Audição: Boa.
8. Problema Físico: Não.
* SOCIABILIDADE:
1. O que faz quando não está na escola? Binca e ajuda em casa.
2. Tem companheiros? Sim.
3. Prefere brincar sozinha ou acompanhada? Acompanhado.
4. É retraída ou extrovertida? Extrovertido.
5. Faz amizade facilmente? Sim.
6. Briga facilmente? Não.
7. Como reage às brincadeiras feitas com ela? Bem.
8. Prefere companheiros mais novos ou mais velhos? Os 2.
9. Que tipo de brincadeira prefere? Futebol, mas brinca de outras também.
10. Demonstra ciúme em relação a algum amigo? Não.
* VESTUÁRIO E HIGIENE:
1. Veste-se sozinha? Sim.
2. Toma banho, lava as mãos, penteia-se sozinha? Sim.
3. Calça meias e sapatos adequadamente? Sim.
4. Faz nó e laço? Sim.
* RELACIONAMENTO FAMILIAR:
1. Existem conflitos? Não.
2. A criança é protegida por quem? Ninguém.
3. É rejeitada? Não. Por quem ?
____________________________________________
4. Com quem fica quando os pais saem? Leva junto.
5. Relacionamento entre os pais: Boa.
6. Entre a mãe e a criança? Boa.
7. Entre o pai e a criança? Boa.
8. Entre os irmãos? Boa.
9. Conversam com a criança? Sin. Quem?
____________________________________
10. A criança mostra-se dependente de alguém da família? Sim.
_______________________________________
Quem?
___________________________________________________________________________
__
______________________________________________________________________
_____________ 12. É comparado com algum irmão ou parente? Não.
________________________________________________________________
__________________
13. Os pais realizam alguma atividade juntamente com a criança ( brincar, criar,
trabalhar, assistir televisão, etc)? Sim.
14. A criança é responsável por atividade em casa? O que faz?
Sim, arrumar seu quarto, vare a casa, seca a louça.
* ESCOLARIDADE
1. Queixa principal da escola: Não.
2. Gosta de estudar? Sim. Gosta da professora? Sim.
3. Tem tempo para fazer as tarefas de casa? Sim, termina de almoçar e vai fazer a
tarefa para ter o resto da tarde livre.
4 . Quem ajuda nas tarefas de casa? Ninguém, as vezes pede ajuda.
4. O que a família faz quando a criança não vai bem na escola? Conversa com o filho.
6 . O que a família pensa da escola? acolhedora gostam muito do método utilizado, do
ensino, da estrutura.
7. Como a família pensa o trabalho da professora? Muito importante.
* OUTRAS INFORMAÇÕES:
Data 25/10/18.
CASO II
ENTREVISTA COM OS PAIS
IV) GESTAÇÃO:
1. Como a mãe reagiu à notícia da gravidez?( Explorar sensações psicológicas)
A gravidez aconteceu de forma inesperada, alegando que no primeiro momento foi de
susto, porque já tinha um filho quando descobriu que estava grávida com 3 meses e meio, mas
a notícia foi uma alegria muito grande para o casal. Durante o período gestacional a mãe fez
acompanhamento pré-natal se sentindo muito bem.
2. Fez tratamento pré-natal?
Sim.
3. Sofreu alguma queda durante a gravidez ( em que mês)? Qual a parte do corpo afetada?
Não.
4. Teve doenças durante a gestação? Quais?
Não.
* NASCIMENTO:
1. Onde foi realizado o parto:
( ) Em casa ( X ) Maternidade
_______________________________________________________
___________________________________________________________________
______________________
2. Como foi o parto? Especificar:
( ) Normal
( X ) Cesariana
( ) Fórceps
( ) Fez uso de anestesia
( ) Rápido
( ) Demorado
___________________________________________________________________
______________________
___________________________________________________________________
______________________
___________________________________________________________________
______________________
3. Após o nascimento, quanto tempo a criança levou para ir ao quarto?
Ficou um pouco até voltar a anestesia, mas assim que a mãe foi para o quarto a criança
foi junto.
4. A criança chorou logo ao nascer?
Sim.
5. A respiração foi espontânea? ( Nasceu cianótico)
Sim.
6. Houve algum problema na ocasião do nascimento que levou a criança a receber cuidados
especiais?
Não.
7. Necessitou de incubadora: ( ) Sim ( X ) Não
8. presentou icterícia: ( ) Sim ( X ) Não
Como foi tratado:
_________________________________________________________________________
_
* ALIMENTAÇÃO
1. Apresentou reflexo de sucção? ( X ) Sim ( ) Não
2. A criança recebeu aleitamento materno por quanto tempo?
Um ano.
3. Fez uso de mamadeira? Por quanto tempo?
Sim, não lembra.
4. Como se processa a alimentação da criança atualmente?
Normal.
* DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR:
1. Idade em que sustentou a cabeça? 6 meses.
2. Quando sentou sozinha? 9 meses.
3. Engatinhou? Sim. Quando? Não lembra.
4. Quando andou? Um ano. Anda adequadamente? Sim.
* LINGUAGEM:
1. Tem boa compreensão do que falam? Sim.
* SONO:
. Dorme bem? Sim ( X ) Não ( )
. Dorme em quarto separado? Sim ( ) Não ( X )
* SAÚDE:
3. Consulta o médico regularmente ou somente quando necessário?
Sim.
. A criança teve convulsões? Não. desmaios? Não.
. Em que idade?
. Teve: ( sarampo, coqueluche, febre alta, vermes, varicela, asma, caxumba,
traumatismo, alergia, bronquite).
4. Operações (do que, idade): Não.
5. Hospitalização (motivo, idade e duração): Não.
6. Atendimento e medicação em uso: Não.
7. Visão:
. Inclina a cabeça para olhar: Não.
. Aproxima os objetos: Não.
. Afasta os objetos: Sim.
. Franze a testa para diminuir o campo visual: Não.
. Lacrimejamento excessivo dos alunos: Não.
. Vermelhidão constante nos olhos: Não.
. Coceira excessiva e constante nos olhos: Não.
. Assiste televisão a menos de 2,50m de distância: Sim.
. Movimento excessivo dos olhos: Não.
. Reclama, constantemente, que a visão é turva: Não.
. Dores de cabeça constantes, principalmente na região fronto-temporal: Não.
. Amarelamento do branco do olho: Não.
9. Garganta: Boa.
10. Audição: Boa.
11. Problema Físico: Não.
* MANIPULAÇÃO E HÁBITOS:
1. Usou chupeta? Não. até quando? _____________________________ Ainda usa?
__________________________________
2. Chupou o dedo? Não. até quando? _________________ Ainda o faz?
_________________
3. Roeu unhas? Não. até quando? _________________ Ainda o faz?
_________________
4. Puxa a orelha? Não.
5. Puxa os cabelos? Não.
6. Morde os lábios? Não.
7. Teve ou tem tiques? Não. Quais? __________________________________
* SOCIABILIDADE:
11. O que faz quando não está na escola? Binca, faz aula de dança.
12. Tem companheiros? Sim.
13. Prefere brincar sozinha ou acompanhada? Acompanhado.
14. É retraída ou extrovertida? Extrovertido.
15. Faz amizade facilmente? Sim.
16. Briga facilmente? Não.
17. Como reage às brincadeiras feitas com ela? Bem.
18. Prefere companheiros mais novos ou mais velhos? Os 2.
19. Que tipo de brincadeira prefere? Futebol, mas brinca de outras também.
20. Demonstra ciúme em relação a algum amigo? Não.
* VESTUÁRIO E HIGIENE:
1. Veste-se sozinha? Sim.
2. Toma banho, lava as mãos, penteia-se sozinha? Sim.
3. Calça meias e sapatos adequadamente? Sim.
4. Faz nó e laço? Sim.
* ANTECEDENTES FAMILIARES: (relativos aos familiares até avós e tios-avós)
1. Deficiência física: Não.
2. Deficiência mental: Não.
3. Alguém nervoso na família? Não. Quem?
_____________________________________ Qual a reação quando nervoso?
_________________________________________________________
4. Alcoolismo: Não.
5. Asma: Não.
6. “Ataque”: Não.
7. Suicídio: Não.
8. Alergia: Não.
9. Dificuldade escolar: Não.
10. Morte não elaborada pela criança: Não.
* RELACIONAMENTO FAMILIAR:
1. Existem conflitos? Não.
2. A criança é protegida por quem? Ninguém.
3. É rejeitada? Não. Por quem ?
____________________________________________
4. Com quem fica quando os pais saem? Leva junto.
5. Relacionamento entre os pais: Boa.
6. Entre a mãe e a criança? Boa.
7. Entre o pai e a criança? Boa.
8. Entre os irmãos? Boa.
9. Conversam com a criança? Sin. Quem?
____________________________________
10. A criança mostra-se dependente de alguém da família? Sim.
_______________________________________
Quem?
11. É comparado com algum irmão ou parente? Não.
15. Os pais realizam alguma atividade juntamente com a criança ( brincar, criar,
trabalhar, assistir televisão, etc)? Sim.
16. A criança é responsável por atividade em casa? O que faz?
Sim, arrumar seu quarto.
* ESCOLARIDADE
5. Queixa principal da escola: Não.
6. Gosta de estudar? Sim. Gosta da professora? Sim.
7. Tem tempo para fazer as tarefas de casa? Sim, termina de almoçar e vai fazer a
tarefa para ter o resto da tarde livre.
8. Quem ajuda nas tarefas de casa? Ninguém, as vezes pede ajuda.
9. O que a família faz quando a criança não vai bem na escola? Conversa com o filho.
10. O que a família pensa da escola? acolhedora gostam muito do método
utilizado, do ensino, da estrutura.
11. Como a família pensa o trabalho da professora? Muito importante.
* OUTRAS INFORMAÇÕES:
Data 10/10/18.
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