___________________________OS LOUROS FALAM__________________________
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FICHA TÉCNICA:
Revista: “Os Louros Falam”
nº. 1 – Junho de 2008 Periodicidade: Anual
Direcção: Drª Gilberta Camacho
([email protected]) Coordenação e Redacção: Lurdes Perdigão ([email protected])
Revisão: Elsa Trindade [email protected]
Colaboradores: Lurdes Tomás, CEF Restaurante e Bar, Isabel Escaleira, Hugo
Afilhado, Ana Graça Capelo, Edite Gonçalves, José Figueira, Grupos EV, EVT, ET e Português, Clube Criarte, José Manuel Nunes, José Silva,
José João Pereira, equipa do projecto de promoção Saúde Mental, Edgar Ferreira,
Paulo Silva, Secundino Camacho, Percursos Curriculares Alternativos, Elsa Trindade,
Teresa Gouveia, Renata Fernandes e Clube Nutricionistas.
Edição: Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos dos Louros
Morada: Rua dos Louros, 9050‐164, Funchal
Telef.: (+351) 291 206 340 Fax: (+351) 291 231 659
Website: http://escolas.madeira‐edu.pt/eb23louros/Páginainicial/ta
bid/1698/Default.aspx Email: escbaslouros@madeira‐
edu.pt
Execução Gráfica: Miguel Sanches
Capa: Diamantino Jesus (diamante@netmadeira.
com) Gráfica : “O Liberal”
Exemplares: 300
ÍNDICE
Editorial ............................................... 2
Educação Sexual e Afectos (ESA)......... 3
CEF ‐ Restaurante e Bar....................... 5
Cuidado com o Sol!.............................. 7
CEF ‐ Jardinagem e 6º 3....................... 9
A Escola de Hoje .................................. 11
Mais Carga Não! .................................. 13
Prémios da Escola................................ 14
Promoção da Saúde Mental ................ 17
Reportagem sobre o Bullying .............. 19
Projecto Atlante .................................. 21
Da Varanda da minha Escola ............... 22
Obesidade ........................................... 23
Hiperactividade ................................... 24
Taichi ................................................... 25
CEF de Cabeleireiro ............................. 26
Trabalhos dos alunos do 5º A e 5º B ... 28
Voz e sua Saúde! ................................. 34
Clube Nutricionistas ............................ 36
Publicidade.......................................... 39
Editorial
Drª Gilberta Camacho
É com imenso prazer que vemos nascer o primeiro número da revista «OS LOUROS FALAM»… Esta publicação é o resultado da congregação de sinergias da comunidade educativa da Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos dos Louros e tem como objectivo principal a divulgação dos projectos desenvolvidos ao longo do presente ano lectivo e de artigos sobre temáticas que pretendem sensibilizar a comunidade escolar para problemáticas que constituem as nossas principais preocupações no âmbito do ensino, da educação e da saúde.
Pretende constituir‐se, igualmente, como um espaço privilegiado de reflexão, divulgação de projectos e iniciativas da nossa comunidade e contribuir para a promoção do nosso Projecto Educativo e da nossa cultura.
Neste número da revista, daremos especial atenção à divulgação dos projectos relacionados com os Cursos de Educação e Formação e Percursos Curriculares Alternativos, uma vez que este ano foi a grande aposta da nossa escola com o objectivo de preparar os nossos alunos para a aquisição de uma formação que lhes permita uma inserção na vida activa futura. Não poderemos deixar de agradecer toda a colaboração do meio empresarial que suportou algumas das despesas com a publicação desta revista.
Um agradecimento muito especial a todos os alunos, docentes, funcionários, pais e encarregados de educação e técnicos da Educação que através dos seus artigos deram o seu precioso contributo para a reflexão sobre temas que contribuem decisivamente para o sucesso educativo e pessoal da nossa comunidade educativa.
Aproveitamos a oportunidade para desejar a todos os elementos da nossa comunidade umas boas e merecidas férias! Bem hajam!
Os Louros Falam
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Educação Sexual e afectos (ESA)
o longo de toda a nossa existência, a
sexualidade assume um papel de
enorme importância, uma vez que
ela faz parte integrante da nossa personalidade,
sendo primordial viver uma sexualidade
saudável, sem angústias e inseguranças.
No entanto, nos diversos meios de
comunicação social, somos constantemente
bombardeados com notícias e relatos verídicos
baseados nas relações afectivas e sexuais
vivenciadas de forma negativa. Assim, o Projecto
de Educação para a Sexualidade e Afectos tem a
sua génese na urgência crescente da sociedade
contemporânea de dar resposta a distintas
situações problemáticas incessantemente
emergentes na sexualidade dos adolescentes.
Perante os variados problemas
diagnosticados, destacamos o Abuso Sexual, a
Gravidez Precoce, as Infecções de Transmissão
Sexual, a discriminação sexual e o
reconhecimento crescente da importância do
papel da escola na abordagem de assuntos
relacionados com a sexualidade e os afectos dos
adolescentes. Cabe à escola, com a cooperação
dos encarregados de educação, desenvolver
quer a sensibilização dos adolescentes para a
necessidade de adoptar comportamentos
sexuais
seguros e preventivos, culminando na melhoria
da qualidade dos hábitos sexuais, quer o
colmatar de alguns preconceitos e lacunas de
saberes afectivos e sexuais, muitas vezes
produto não só dos tabus familiares, mas
também da interpretação muitas vezes
deficiente, ou mesmo errónea, dada a estes
campos. Isto é, os principais indivíduos
receptivos e abertos a falar sobre a sexualidade,
geralmente procurados pelo adolescente,
revelam carências, tanto no conhecimento
científico como no conhecimento psicológico,
para realizar a elucidação fidedigna e ideal às
dúvidas da área afectiva e sexual. Dado que esta
fonte de informação, normalmente seleccionada
segundo a afinidade afectiva, está mal informada
sobre sexualidade, dificilmente é idónea para ↗
A Lurdes Tomás
Os Louros Falam
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Educação Sexual e afectos (ESA)
elucidar os outros sobre o mesmo assunto.
O projecto ESA tem não só a preocupação de
transmitir conhecimentos adequados ao campo
afectivo e sexual, promovendo sentimentos e
atitudes positivas no domínio da sexualidade,
bem como o desenvolvimento das capacidades
individuais, principalmente a assertividade.
Através da implementação das múltiplas
estratégias e metodologias, em contexto da sala
de aula, no âmbito da Formação Cívica, o
programa do Projecto de Educação para a
Sexualidade e Afectos apresenta, como seu
grande objectivo, o contribuir para uma vivência
mais informada, mais gratificante e mais
autónoma, logo mais responsável da
sexualidade. Os discentes usufruem de cerca de
dez sessões onde podem falar, esclarecer
dúvidas e, nomeadamente, reflectir sobre as
diversas temáticas/problemáticas abordadas
neste projecto. Sem dúvida que este espaço
criado na escola procura contribuir
positivamente para o desenvolvimento global
do aluno através da consciencialização e
mudanças nos conhecimentos, sentimentos e
comportamentos quanto à sexualidade humana,
de modo a promover hábitos saudáveis e de
prevenção.▪ L.T.
SATISFAÇÃO TOTAL
Dir. Técnica: Drª Anita Paula Sousa Camacho
Horário: Seg – Sáb das 9h00 às 20h00
Teste de Gravidez, Glicémia, Colesterol, Triglicerideos e
PSA (Próstata) Medição de tensão arterial
Índice de massa corporal e de gordura T. 291 776 860 – Fax 291 776 867
Estrada Monumental, nº 456 J. 9000‐250 Funchal
Os Louros Falam
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CEF – Restaurante e bar
primeiro dos Cursos de Educação e Formação implementado na Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos dos
Louros foi o de Restaurante e Bar, no ano lectivo 2006/2007, por iniciativa da Drª Cristina Cruz,
psicóloga da nossa escola, conjuntamente com a Professora Maria José Spínola, que aceitou o
desafio de ser a Directora do curso, com o apoio da anterior Direcção da Escola, da responsabilidade do Professor
José João Pereira e, consequentemente, do actual Conselho Executivo, presidido pela Professora Gilberta
Camacho.
Teve início a 25 de Setembro, do ano lectivo transacto, com uma turma inicialmente composta por dezoito
alunos, três dos quais, por motivos de força maior, acabaram por desistir no segundo ano do curso.
A sessão de abertura, que teve lugar na Escola, no dia nove de Outubro de dois mil e seis, contou com a
presença da Drª Filomena
Crisóstomo Aguiar, na qualidade de
Directora Pedagógica da Escola
Profissional de Hotelaria e Turismo
da Madeira (E.P.H.T.M.), do
Conselho Executivo da Escola, assim
como da comunidade educativa.
Para que o curso pudesse
funcionar, foi estabelecido um
protocolo entre a nossa escola e a
E.P.H.T.M., por forma a que as
disciplinas da componente
tecnológica pudessem ser
leccionadas por pessoas especializadas nesta área, sendo que a componente de formação geral é
ministrada por toda uma equipa de docentes do nosso estabelecimento de ensino. Temos de agradecer
às Dras. Tomásia e Filomena, bem como aos demais professores e formadores, pela forma carinhosa
como nos acolheram naquela instituição e pelos ensinamentos que deles recebemos. Ao longo dos dois
anos, a turma teve oportunidade de se envolver em actividades de natureza transversal, mediante a
participação em visitas de estudo, tais como ao Liberal‐Empresa de Artes Gráficas, ao Madeira Magic, aos
Bombeiros Voluntários Madeirenses e ao Madeira Wine Company. Nesta perspectiva, a aposta na formação foi
uma constante. Até frequentámos um Workshop subordinado ao tema dos Primeiros Socorros. E não nos ficámos ↗
O
CEF2 – Restaurante e Bar
Os Louros Falam
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CEF – Restaurante e bar
por aqui. Para além das actividades supracitadas, a turma tomou parte em
eventos como a Feira da Amizade, mediante a apresentação de uma
coreografia e a venda de bijutaria confeccionada pelos alunos.
Teve, também, a feliz oportunidade de encenar um Auto de Natal, na
escola, de colaborar no jantar da Noite de Fados II, bem como em coffee
breaks, no Museu da Casa da Luz, por ocasião da realização de acções de
formação, como Bullying na Escola, organizada pelo Núcleo de Estágio de Educação Física, assim como Criar e
Desenvolver na Infância e na Adolescência – Os novos paradigmas e desafios da Saúde Mental, no âmbito do
projecto Promover a Saúde Mental na Escola.
Organizou, ainda, dois bailes na escola, com vista à angariação de fundos para aquela que foi a nossa viagem de
final de Curso, que teve lugar no Porto Santo, nos dias trinta de Abril a quatro de
Maio, do corrente ano lectivo. É digno de referir que o contributo prestado pela
professora Elisabete Nunes foi excepcional, no que diz respeito ao Ateliê de
Artes, no qual alguns de nós participámos. Aqui confeccionámos peças
decorativas que serviram para ornamentar a escola nos momentos festivos e
aprendemos muito. Não nos podemos esquecer da colaboração em actividades
como a Semana do Inglês e o Carnaval, de projectos como o presépio feito com
folhas de jornal, o placar temático alusivo à festividade da Páscoa… Enfim,
foram tantos os projectos, que até já perdemos a conta!
Um dos aspectos positivos deste curso foi o de formar os alunos para a vida
activa laboral (Mundo do trabalho), que muitos seguirão, nesta área, outros não. E não só… A avaliar pelos
projectos em que a turma se envolveu, esta foi uma escola para a vida, no verdadeiro sentido da palavra.
Neste sentido, é de louvar o esforço feito pela Directora de Curso e da Psicóloga para integrar alguns dos
elementos da turma, em regime de part‐time, na área para a qual estamos a ser preparados, em conceituados
hotéis da nossa região, que funcionaram a título de pré‐estágio e de aquisição de experiência profissional. Só
mediante este tipo de experiência é que pudemos avaliar, na realidade, as dificuldades do mundo do trabalho.
Foi um percurso sinuoso, cheio de curvas e contra‐curvas, mas valeu a pena!
Resta‐nos agradecer a todos os professores e a todos quantos puderam contribuir para que chegássemos até aqui. O nosso muito obrigado! ▪ (C.E.F. 2)
Os Louros Falam
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Cuidado com o SOL !
Verão Chegou!
A exposição directa ao sol
pelos veraneantes cresce. O alerta para
os problemas de pele continua.
‐ Cuidado com o sol! – dizem muitos
especialistas.
Em quantidades moderadas o sol é
benéfico, em grandes quantidades, ou
seja, a exposição excessiva, é prejudi‐
cial. A luz do sol tem influências posi‐
tivas para a nossa saúde, promovendo
a síntese da vitamina D, necessária para
fortalecer os ossos e evitar o raquitismo.
A exposição excessiva e sem cuidados
ao sol pode prejudicar gravemente a
nossa saúde, provoca rugas, manchas,
perda de elasticidade, envelhecimento e,
pior ainda,cancro da pele.
Para que o sol não seja prejudicial à
nossa saúde, a prevenção é o melhor
remédio, e a melhor forma de a fazer é evitar as queimaduras solares e os escaldões e consequentes
problemas (alguns muito graves) de pele. Para tal é muito importante que:
‐ A exposição ao sol nunca se dê entre as 11.30h e as 16.30h;
‐ A exposição solar seja feita de forma gradual e progressiva;
‐ Aplique um protector solar com índice de protecção superior a 20;
‐ Os protectores solares sejam aplicados 30 minutos antes da exposição solar e que sejam renova‐ ↗
O
Lurdes Perdigão
Os Louros Falam
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Cuidado com o SOL !
dos de 2 em 2 horas e reforçados após o banho, mesmo que o protector
seja à prova de água;
‐ Não se exponha ao sol nas horas de maior intensidade. Em caso de
não ter outra alternativa use chapéu, óculos, camisola com mangas e
calças compridas, adaptadas ao ambiente;
‐ Os bebés não sejam expostos directamente ao sol, sobretudo
no 1º ano de vida. Nas crianças mais velhas, a exposição directa
ao sol deve ser evitada entre as 10.30 e as 17.00h e o melhor
protector é a sombra e o vestuário. O protector solar deve ter um
índice de protecção superior ao do adulto, de preferência ≥ a 40;
‐ Não se engane com os dias nublados. Nestes dias, os raios
perigosos atravessam as nuvens e são quase tão perigosos como aqueles dos dias de sol;
‐ Não adormeça ao sol. Deve movimentar‐se e molhar‐se de vez em quando;
‐ Evite excessos de higiene antes de se expor ao sol, pois a pele fica mais sensível;
‐ Coma legumes e fruta fresca pelo facto de serem ricos em vitaminas, ajudando a pele a defender‐se
melhor dos raios ultra – violetas;
‐ Ingira muitos líquidos de forma a evitar a desidratação do corpo.
Para concluir não se esqueça de que, se quiser proteger a sua pele, tem de se proteger do sol. Proteja‐
se dele e estará a proteger a sua saúde. ▪ L.P.
Casas de Banho,
Cozinhas
modernas e bonitas
só no
Barros e Abreu, Lda.
Os Louros Falam
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CEF – Jardinagem e 6º3
nterdisciplinariedade.
Interligar matérias, conteúdos e programas e
conviver, foi o que fez o CEF1 de Jardinagem,
quando visitou a Quinta Berardo, no passado dia
15 de Abril de 2008. Lá fomos nós, professores e
alunos, numa procura do conhecimento
conjunta.
A professora de Português e coordenadora do Curso, a
professora de Cidadania e de Ciências Básicas e o
professor de Informática, partiram para a visita ao
verdadeiro Museu ao «ar livre» que é a Quinta Berardo,
acompanhados por todos os alunos que se mostravam
entusiasmados com a actividade. As tarefas estavam ↗
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Isabel Escaleira
Os Louros Falam
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CEF – Jardinagem e 6º3
pré‐definidas: para a disciplina de Português, os alunos teriam de elaborar um relatório, para Ciências, os
alunos tinham que estar atentos à explicação da nossa simpática guia sobre toda a variedade de plantas e
vegetação aí existentes e para
Informática, o resultado final, seria a
realização de um trabalho em PowerPoint
com as fotografias recolhidas. Todos
trabalhamos em conjunto para um
resultado final: aprendermos uns com os
outros e partilharmos o prazer dessas
aprendizagens. Quando isto acontece, há
um quê de magia no ar e nos nossos
corações! ▪ I.E.
Exposição “O livro da Semana”
Ulisses, de Maria Alberta Menéres, foi o livro que a turma
do 6º3 escolheu para trabalhar “ O livro da Semana”. É uma
actividade do grupo de Língua Portuguesa, na qual todas as
turmas participam, expondo os seus trabalhos. A turma do
6º3 escolheu o livro Ulisses e pôs mãos à obra: dividiram‐se
tarefas, distribuíram‐se trabalhos e responsabilidades e
todos os alunos participaram. Para esta actividade, contamos
com a colaboração indispensável, das professoras de E.V.T; a
professora Jédia e Dalila, que motivaram os alunos para um
trabalho mais artístico. Os alunos estão de parabéns, pois ,
chegado o dia da exposição, estava tudo pronto e todos
ajudaram na sua montagem que ficou bem bonita como se
pode constatar pelas fotografias. ▪ I.E.
Os Louros Falam
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A escola de Hoje
SCOLA instituição de ensino ou uma corrente de pensamento com
características padronizadas que formam certas
áreas do conhecimento e da produção humana.
A palavra vem do grego scholé, que significa
lugar do ócio. Na Grécia Antiga, as pessoas que
dispunham de condições socio‐económicas e
tempo livre, nela se reuniam para pensar e
reflectir.
E hoje o que pretendemos da escola?
Espaço de troca de aprendizagens, de
reflexão, de crescimento, de partilha de ideias e
saberes, de desenvolvimento pessoal e social.
Onde as experiências fazem parte do seu
quotidiano e os alunos são orientados para
saberem gerir conflitos e diferentes ideais.
Espaço social por excelência.
A Escola de hoje pouco tem da escola do
passado, onde o ambiente era mais rígido, mais
impessoal e mais técnico. Hoje temos uma
escola mais reflexiva, mais centrada na pessoa
do aluno. Cabe à escola ajudar os alunos a
prepararem‐se para a vida futura, onde o
respeito é primordial, semeando em cada um o
respeito pelos outros e pela diferença de forma
a integrarem‐se melhor na sociedade de hoje.
A Escola deverá ser um espaço de conforto, o
que nem sempre é possível dada a diversidade
cultural.
Temos que ter consciência que a escola só
não pode formar cidadãos responsáveis, tem de
ser um trabalho de parceria, com os
encarregados de educação e com a sociedade
em geral.
Não podemos esquecer que a escola tem a
função de instruir, mas confronta‐se com
programas extensos que dificultam a parte
dedicada à educação.
Escola…lugar onde se vive e se aprende a
viver. ▪E.G.eA.G.C.
Edite Gonçalves e Ana Graça Capelo
Os Louros Falam
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A escola de Hoje
A Minha Opinião Sobre a Escola ‐ (Hugo Afilhado – 9.º 4)
Nos tempos dos meus pais, uma pessoa com uma licenciatura, provavelmente, teria um emprego garantido. Hoje isso já não acontece. Por isso, a escola ainda se torna mais importante do que há 20 anos.
Para os alunos a escola é praticamente uma segunda casa, pois é nela que passam a maior parte do seu tempo e nela aprendem muito mais do que as informações curriculares, aprendem a saber fazer e a saber ser… Mas para muitos alunos a escola é uma diversão, ou seja, só aparecem nas aulas, porque são obrigados pelos pais. Para outros, a escola é um local de muito trabalho, de bom desempenho que não depende exclusivamente dos alunos, como pensam muitos pais.
Os pais têm de se envolver e acompanhar a vida escolar do seu educando e mais ainda… têm que se envolver na comunidade escolar. Têm que repreender quando necessário e reconhecer o mérito quando existe.
Os pais têm que se manter informados, porque representam um papel vital na vida de um aluno. São os pais que, com o apoio dos professores, têm de orientar os filhos no melhor caminho, não esquecendo a opinião séria dos alunos que é sempre muito válida, alterando as decisões, caso possível e necessário.
Não existem expectativas a que a escola tenha de responder ou definir. Na minha opinião a escola é uma preparação psicológica desde o 1.º ano até ao fim dos estudos, que se torna sempre mais difícil à medida que se muda de ciclo, cabendo a nós a responsabilidade de dar respostas às expectativas e mesmo superá‐las.
E a minha missão é superá‐las!...
Os Louros Falam
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Mais carga Não! Mais Carga Não!
Tanto peso para um corpo tão pequeno – dizia o meu avô, vezes sem conta, há 25 anos, quando me via chegar a casa depois de uma manhã de aulas. Hoje, infelizmente, ele já não está cá para se pronunciar sobre os actuais acontecimentos sociais e escolares. Se vivesse nos nossos dias, ficaria abismado com o peso que as nossas crianças carregam nas mochilas.
Será que não podemos diminuir este peso? Ou, até mesmo, evitar esta carga?
Talvez o fisioterapeuta José Manuel Figueira possa dar algumas sugestões, de forma que todos nós, educandos e educadores, possamos prevenir posturas incorrectas e consequentemente doenças músculo – esqueléticas, proporcionando às crianças um crescimento saudável.
Aqui estão alguns conselhos: O nosso corpo foi criado pensando no
movimento, feito para mexer. Por isso exercite‐o e evite permanecer por longos períodos em posições incorrectas, estáticas e a desempenhar a mesma actividade durante muito tempo.
Nas diferentes actividades diárias deve adquirir bons hábitos de higiene postural, para prevenir complicações do sistema músculo ‐ esquelético, ajudando‐o a crescer saudável. Para isso deve ter atenção como posiciona o seu corpo, como se desloca, na forma como se baixa, como levanta pesos e como os transporta.
O modelo da mochila: na sua escolha deve preferir as mochilas que disponham vários bolsos, compartimentos para melhor acomodar os artigos, materiais, como por exemplo os livros, que vai transportar, evitando que este conteúdo se possa deslocar dentro da mochila
enquanto caminha e fazer mais peso num lado do que no outro, dando origem às assimetrias.
Prefira ainda as mochilas com duas alças e acerte‐as com a mesma medida, para que o peso se distribua uniformemente pelos dois ombros e certifique‐se diariamente que as alças da mochila continuam acertadas com a mesma medida, porque se uma ficar maior do que a outra o peso faz‐se mais do lado da alça encurtada, havendo assim uma sobrecarga de todas as estruturas desse lado. Transporte a mochila simetricamente pelos dois ombros e bem ajustada na região dorsal.
O peso das mochilas não deve exceder os 10 a 15% do peso corporal do aluno, criança. Se o aluno pesa 40Kg, a mochila deve pesar entre a 4 a 6 Kg no máximo, isto se a criança não apresentar sinais de obesidade. Neste caso, esta regra não se aplica, porque a criança já está com peso corporal a mais, que só por si é prejudicial.
Para reduzir o peso das mochilas, sugere‐se que devem: ‐ Arrumar a mochila diariamente e retirar o que não necessita naquele dia; ‐ Levar na mochila só o essencial; ‐ Ser criado na escola espaços onde os alunos possam deixar os seus materiais e equipamentos escolares e não tenham que os carregar o dia todo; ‐ Para o trabalho de casa preferir fotografias ou suporte informático (CD, pen), evitando o transporte de cadernos, livros ou outros materiais que devem ficar em casa ou na escola.
Se seguir estas orientações irá, com certeza, prevenir as doenças músculo – esqueléticas e trabalhará com melhor postura e menos peso!... ▪ J.F.eL.P.
José Figueira e Lurdes Perdigão
Os Louros Falam
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Prémios da escola
ARABÉNS LOUROS!
Os Louros estão de parabéns. Não foram nem um nem dois os prémios que os Louros
receberam ao longo do ano lectivo 2007/2008. Muitos alunos e professores tiveram o
privilégio de serem premiados nos vários concursos em que participaram.
Ficam aqui alguns registos: Concurso Funchal Irreverência Neste concurso, cujo objectivo foi fotografar a cidade do
Funchal, participaram três alunos desta escola, nomeadamente o Igor Velosa do 7.º 7, o Igor do 9.º 3 e o Victor Flor do CEF – Restaurante e Bar, sob orientação da Prof.ª Laida Rodrigues. No dia 12 de Abril foi conhecido o grande vencedor das várias escolas
concorrentes, um aluno da nossa escola, Victor Flor.
Concurso Funchal 500 Anos Realizou‐se o V concurso
“Funchal 500 Anos de História”, integrado nas comemorações do V Centenário da Fundação da Cidade do Funchal, e a Escola Básica dos 2.º e 3.º ciclos dos Louros mais uma vez participou e ganhou. Uma bela Caravela do Clube CriArte, da responsabilidade
das professoras Susana Cabral e Laida Rodrigues, ganhou o 3.º prémio tridimensional colectivo, ao nível do 3.º ciclo. A aluna Laura Mariana Cabral que concorreu sob
orientação da prof. ª Dalila Camacho ganhou o 2.º prémio bidimensional individual, ao nível do 2.º ciclo. ↗
Os Louros Falam
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Prémios da escola Para finalizar, neste concurso, o 1.º prémio tridimensional
colectivo foi atribuído à Joana Sofia, ao Pedro Miguel e à Ana Isabel do 2.º ciclo, que apresentaram uma bela paisagem funchalense sob orientação da prof.ª Elizabete Nunes.
Concurso da Mini Olimpíada Solar e Viagem ao Porto Santo
A nossa escola participou, com outras escolas da Região Autónoma da Madeira, no evento promovido pela AREAM “As Energias e o seu Impacto no Ambiente” com a construção de 4 fornos Solares que estiveram presentes na “ MINI OLIMPÍADA SOLAR”.
A construção dos Fornos teve a participação de 4 equipas compostas por “4 alunos e um professor”. Os materiais que foram aplicados na construção dos fornos tiveram origem na reciclagem e foram construídos em tempo não lectivo.
Inicialmente houve muita adesão dos alunos, acabando por ficar só os mais interessados, ao longo do desenvolvimento das etapas de
construção, sobretudo pelo facto de o horário não ser acessível a todos. Na prova da Mini Olimpíada Solar, dois dos fornos atingiram as
temperaturas estabelecidas e ganhámos o 1º prémio, um KIT de energia solar e 5 viagens ao Porto Santo, e o 2º prémio, um Kit solar.
Estes prémios foram para nós, professores e alunos, motivo de orgulho, servindo de estímulo para participar e trabalhar em actividades ambientais que nos sejam propostas. A nossa viagem
No dia 27 de Maio realizámos a viagem ao Porto Santo em conjunto com uma equipa de alunos do 1º ciclo, que teve o prémio do Relógio Solar, e com a Engª Gorete Soares da AREAM. No Porto Santo, visitámos as instalações da fábrica de produção de Energia Eléctrica (EEM) e uma instalação de Energia Eólica, onde está a ser instalado equipamento para aproveitar a energia nocturna.
Visitámos também o Mini Zoo “Quinta das Palmeiras” e finalizámos a estadia no Porto Santo gozando uma excelente tarde de Praia que foi o delírio dos alunos e Professores. Regressámos ao Funchal ao fim do dia, no “Lobo Marinho”.
José Manuel C. Nunes
Os Louros Falam
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Prémios da escola
ALGUMAS ACTIVIDADES DE ENRIQUECIMENTO CURRICULAR PORTUGUÊS DO 3.º CICLO
A Escola Básica dos 2.º e 3.º Ciclos dos Louros, como todas as outras, não vive apenas de conteúdos disciplinares curriculares, mas também de outras actividades igualmente importantes para a formação integral dos alunos.
Assim, actividades como o concurso interno: Ortografíadas, o Baú da Leitura ou o Plano Regional de Leitura vêm, de algum modo, complementar o trabalho do professor, na sala de aula.
Estas actividades, tendo naturalmente um cariz predominantemente recreativo, são bem aceites pelos alunos, que se empenham como podemos ver pelos dados do concurso interno: Ortografíadas, da seguinte tabela:
FASES ENVOLVIMENTO DOS ALUNOS APURAMENTO PERCENTAGEM
1.ª Fase Todos os Alunos do 3.º Ciclo Apuraram‐se 50 Alunos Igual ou
superior a 75%
2.ª Fase 50 Alunos 17 Alunos Igual ou
superior a 85%
3.ª Fase 17 Alunos Os 3 primeiros + 3 suplentes Igual ou
superior a 90%
Pelos dados expostos, podemos afirmar que os alunos para além da sua enorme participação obtiveram um excelente desempenho.
Este concurso, que tem sido acarinhado por alunos e professores de Português do 3.º Ciclo, tem proporcionado alguns momentos de escrita recreativa, mas também deixado indicadores importantes aos professores sobre alguns conteúdos leccionados e se foram adquiridos ou não, como por exemplo os exercícios relativos ao adjectivo no grau superlativo absoluto sintético.
Quanto ao Baú da Leitura, actualmente com dois monitores, cujo objectivo principal é criar mais e melhores leitores, podemos afirmar que esse objectivo está a ser cumprido, casos há de alunos que, só neste ano lectivo, leram dez ou mais livros e o vencedor do Top + (o aluno que mais leu) leu dezassete livros. No âmbito das actividades do Baú, fez‐se uma exposição acerca de Hans Christian Andersen; a actividade Escrita a Várias Mãos, na qual os alunos de uma Escola do Baú começam e outros alunos, de outras escolas continuam a história até ao seu epílogo; o Triatlo Literário, que consiste basicamente numa prova de leitura, outra de escrita e uma de cultura geral.
Finalmente, implementamos o Plano Regional de Leitura, no decorrer deste ano lectivo, que veio contribuir para que se lesse mais e melhor nesta Escola. Para além das mais diversificadas leituras, em sessões intituladas: “O Dia da Leitura”, os alunos depois apresentaram oralmente parte das leituras que fizeram ou simplesmente declamaram poesia neste terceiro período. Estas actividades contribuem, estou certo, para o crescimento intelectual e para a sua formação cultural, tornando‐os alunos mais completos, sem nunca perder de
vista as actividades igualmente importantes do seu currículo ao nível do ano e do Ciclo. José Silva
Existem, provavelmente, outras actividades premiadas que não foram aqui realçadas. Contudo, fica aqui a promessa que acontecerá no próximo número desta revista.
Paulo Jardim – 9º 5 foi o vencedor do concurso
Ortografíadas
Alexandra Agrela ‐ 7º 5 foi a vencedora do Baú da Leitura.
Marta Caires ‐ 7º 1 foi a 2ª vencedora do Baú da Leitura.
Os Louros Falam
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promoção da Saúde mental
Projecto de Promoção da Saúde Mental na Escola – De Mãos Dadas pela Escola
á uma necessidade cada vez maior de dar a conhecer e de sensibilizar a população para os
problemas da saúde mental. Há a necessidade de promover uma campanha nesse sentido,
porque as suas perturbações cresceram em flecha no
nosso país, tal como nos países desenvolvidos.
Segundo a Lei de Saúde Mental (Lei n.º 36/9 de 24 Julho), a protecção da
Saúde Mental efectiva‐se através de medidas que contribuam para
assegurar ou restabelecer o equilíbrio psíquico dos indivíduos, para
favorecer o desenvolvimento das capacidades envolvidas na construção da
personalidade e para promover a
sua integração crítica no meio social
em que vive.
Coimbra de Matos refere a
importância do desejo de fazer
experiências, que faz parte
integrante, sendo até uma faceta
altamente positiva, da mentalidade
juvenil. É mesmo essencial para o
seu equilíbrio psíquico, e para a
salutar expansão da sua
personalidade, que o adolescente
possa tactear ou encetar vários
caminhos antes de verdadeiramente escolher o que corresponde melhor à sua maneira de ser, de sentir o mundo e
de perspectivar o futuro. (Matos, 2002). Daí a importância de implementar um programa de promoção da saúde
mental nas escolas, com o intuito de prevenir a doença mental, criando assim condições na comunidade
escolar de modo a que as crianças e jovens cresçam em harmonia.
O Projecto Saúde Mental na escola – De Mãos Dadas pela Escola iniciou‐se no ano lectivo 2005/2006
em parceria com duas escolas da região. Dada a desistência de uma das escolas inicialmente envolvidas ↗
Equipa do projecto – Promoção da Saúde Mental
Os Louros Falam
18
promoção da Saúde mental
actualmente existe apenas a parceria entre a Escola Básica dos 2º e 3º ciclos dos Louros e a Escola Básica e
Secundária de Santana. O projecto é muito mais do que
prevenir a doença mental. Tem como objectivo ajudar as
crianças e os jovens a:
Aumentar a sua auto‐estima;
Desenvolver aptidões pessoais e sociais;
Aprender a interagir com as adversidades inevitáveis;
Construir uma identidade própria.
Durante estes três anos realizaram‐se diversas actividades de
forma a atingir os objectivos propostos, nomeadamente:
Comemoração do Dia Internacional das vítimas de violência e crime – debate “Delinquência Juvenil,
Criminalidade juvenil e o consumo das drogas na juventude” para os alunos com os Comissários da Divisão
Criminal do Funchal;
Comemoração do Dia Internacional da Família – debate para pais e filhos;
Sensibilização dos “Maus‐tratos entre pares” realizada pelos alunos do projecto aos seus colegas do 5º ano;
Festa na Praia com construção de castelos no calhau – actividade dirigida aos alunos do projecto;
Comemoração do Dia Internacional do Estudante – pintura de um painel “ser jovem é…”, pela comunidade
educativa;
Comemoração do Dia Internacional das Pessoas com Deficiência. Sensibilizar os alunos para a pessoa
portadora de deficiência – diversas actividades, as quais representavam uma limitação diária;
Sensibilização para a “Disciplina em sala de aula” realizada pelos alunos do projecto aos seus colegas do 5º
ano;
Comemoração do Dia Nacional da Saúde – palestra para a comunidade educativa com as temáticas sexualidade
e dependência;
Visitas ao Porto Santo, a São Vicente e a Lisboa;
Passeio às Queimadas;
Realização de uma conferência com ilustres convidados (Dr. Eduardo Sá, Dr. Almeida Costa, entre outros) com a
temática “Criar e desenvolver na Infância e Adolescência – os novos e desafios da saúde mental”;
Realização da 2ª Noite de Fados;
Apresentações de peças de teatro com fantoches para crianças do pré‐escolar. ▪ E.P.
Os Louros Falam
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reportagem sobre o Bullying
ullying é um termo inglês utilizado para descrever actos de violência física ou
psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo (bully) ou grupo
de indivíduos com o objectivo de intimidar ou agredir outro indivíduo (ou grupo de indivíduos)
incapaz(es) de se defender.
O bullying é um tipo de comportamento ligado à agressividade física, verbal e psicológica e
vem sendo estudado na Europa há 30 anos, logo após ter sido evidenciada a sua correlação com
o suicídio de adolescentes. Em Portugal foram realizados os primeiros estudos em 1994 por uma
equipa de investigadores da Universidade do Minho, Instituto de Estudos da Criança.
O bullying é um problema mundial, muito frequente em muitas escolas do nosso país. Por esta
razão, o Núcleo de Estágio de Educação Física e
Desporto, sob orientação pedagógica do Dr.
Marcelo Melim e orientação científica do Dr.
Jorge Soares, promoveu uma acção de formação,
aberta a toda a Comunidade Educativa da Região
Autónoma da Madeira (RAM), com os objectivos
gerais de:
‐ Consciencializar as escolas da presença de
bullying;
‐ Diagnosticar a realidade de bullying na escola;
‐ Alertar para as causas e consequências do bullying;
‐ Indicar estratégias de prevenção, controlo e actuação/combate do bullying. ↗
Edgar Ferreira, Paulo Silva e Secundino Camacho
Os Louros Falam
20
reportagem sobre o Bullying
Assim, Bullying na Escola – A violência entre Pares em Contexto Escolar foi o tema debatido na acção de formação que decorreu no auditório do Museu “Casa da Luz”, nos dias 23 e 24 de Abril de 2008, tendo como conferencistas convidados o Dr. Armando Correia e a prof.ª Doutora Maria Beatriz Pereira. O Dr. Armando Correia incidiu preferencialmente na análise da ocorrência de Bullying no contexto regional e, interpretando a sua curva etária de expressão, referiu que o bullying começa no jardim‐de‐infância, atingindo o seu auge durante os anos dos 2.° e 3.° Ciclos do Ensino Básico e diminuindo no Ensino Secundário. A Prof.ª Doutora Maria Beatriz Pereira assumiu uma maior abrangência expositiva e
interactiva que não só consolidou a noção conceptual deste fenómeno incorporando‐o no território nacional, como apresentou estratégias de prevenção e actuação, correlacionando‐as com os procedimentos adoptados a nível europeu.
A adesão foi grande, o ambiente foi muito interactivo e a avaliação efectuada pelos formandos foi muito positiva. O tema escolhido foi considerado pertinente, tendo sido transmitido de forma clara e com uma linguagem adequada pelos prelectores convidados.
Ah! Só mais uma coisa… Não ocorreu
nenhum episódio de bullying! ▪ E.F., P.S., S.C.
AGRADECE A VOSSA VISITA
Os Louros Falam
21
projecto Atlante
Atlante é um programa de prevenção da toxicodependência dirigido a
alunos ao nível da Escolaridade Obrigatória. O seu propósito é que, através
de 32 sessões ao longo de 4 anos consecutivos, do 6.º ao 9.º ano, os alunos
disponham da informação, dos valores e das capacidades necessárias para
decidirem de forma reflectida e autónoma perante a oferta de drogas.
O referido projecto, que teve início nesta escola em 2005/2006, foi
aplicado, este ano lectivo, sob coordenação do prof.º José João Pereira, a
todas as turmas do 6.º ano, ao 7.º3 e 7.º 7, ao 8.º4 e ao 9.º1.
Necessita de batas escolares, uniformes, fardas...
Não hesite.
Vá à Casa Lis
Os Louros Falam
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Da Varanda da minha Escola
Da varanda da minha escola... Naquela manhã quente e solarenta, o céu estava claro e limpo e soprava uma
leve brisa que nos acariciava o rosto. Na varanda da nossa escola, os raios de sol quente incidiam nos nossos olhos e a sonolência apoderava‐se de nós, desejando estar na pequena praia negra que observávamos ao longe.
No campo ao lado, conseguíamos ouvir o ruído das bolas a bater e dos colegas a gritar. Ao longe distinguíamos o vermelho alaranjado dos telhados, o creme das casas e edifícios e o verde escuro da vegetação. O mar estava um pouco mexido, tinha pequenas e leves pinceladas de branco, parecendo ovelhinhas a pastar.
Ao observarmos a cidade do Funchal, vemos um enorme aglomerado de casas, um navio branco atracado no porto e o brilho dos carros apressados a passar, lembrando‐nos uma colmeia movimentada. Da varanda da nossa escola, apercebemo‐nos de como o Funchal tem uma larga baía e como a nossa cidade é abraçada por imensas montanhas de cume arredondado. Ao lado da larga baía do Funchal sobressai no mar um pequeno ilhéu que dá guarida às gaivotas.
Na rua ao nosso lado, conseguimos ver uma bandeira de Portugal que esvoaça livremente ao sabor do vento e deparámo‐nos com uma figura alaranjada ao pé da passadeira: era o homem do lixo que veemente varria a estrada suja. Ainda conseguimos ver também um cão de pêlo claro com a canela levantada, tentando fazer pontaria a um arbusto rasteiro que se encontrava num pequeno jardim em forma de meia lua.
Mesmo à nossa frente chama‐nos à atenção o infantário colorido e, também, embora um pouco mais afastado, um telhado mais claro que o das outras casas que destoa um pouco na paisagem.
Estávamos a ver uma gaivota cortar entre as casas, quando ouvimos a voz do professor que nos alentava para voltar à sala e fazermos uma descrição do que víramos. Trabalho realizado por: André Sousa, Fátima Freitas, Laura Ferreira, Lauro Jesus, Marta Spínola, Nádia Gouveia e Samantha Patrício da turma do 9º 1, nas aulas de Estudo Acompanhado.
Da varanda da minha escola… Lá ao longe o céu estava acompanhado pelas nuvens que ali descansavam e mais abaixo estavam as montanhas a querer acompanhá‐las. No meio do mar, ao relento, podíamos ver um pequeno ilhéu, que nos fazia lembrar uma viúva solitária cujos pés são beijados pelas salgadas ondas do mar. O parque de Santa Catarina, onde a vegetação é deslumbrante e cheia de vida, atrai os olhares apaixonados que se vão entusiasmando com o despertar da Primavera. Mais à frente, podíamos observar um barco que, em harmonia com o pequeno ilhéu, estava amparado no abrigo que o cais lhe oferecia. Na baía do Funchal, adivinhávamos uma vida muita agitada, mas os prédios, que mais pareciam legos construídos com diferentes formas e cores, impossibilitavam‐nos de ver o grande aglomerado de pessoas que caminhavam apressadamente com o calor da manhã. Entretanto, um varredor trabalhava esforçadamente, limpando a rua da nossa escola, com a sua vassoura esfarrapada, também se avistava um cão que dava nas vistas com o seu pêlo branco, contrastando com a relva de um pequeno jardim onde alegremente se entretinha a brincar… Trabalho realizado por: por: Carolina, João Henrique, João Hugo, Lúcia, Magda Isabel, Sara Gonçalves e Sara Ramos. da turma do 9.º 1, nas aulas de Estudo Acompanhado.
Da varanda da minha escola… Era Primavera e a tarde espreitava, O Sol dominava toda aquela existência, Existência perfeita aos nossos olhos. O céu limpo e azul fazia‐se realçar Contrastando com os tons esbranquiçados Que observávamos ao longe. A baía do Funchal era “banhada” Pelo imenso e viajado oceano Atlântico Que era calmo e de um intenso azul Ao longe, o cais furava o mar Enquanto que as ondas beijavam a areia negra como o carvão. Mais atrás destacava‐se um aglomerado de casas E hotéis multicolores, predominando na pouca vegetação O forte laranja e o reluzente beije. Os edifícios à frente corriam em nossa direcção, Dispersando‐se por toda a ilha… O Sol tornava‐os enfeites de todo aquele relevo montanhoso A brisa tocava‐nos suavemente, tentando embalar‐nos Em toda aquela maravilha com que nos deparávamos… Trabalho realizado por: Aléxis Nóbrega, Bárbara Basílio, Catarina Santos, Joana Pereira, Pedro Freitas e Priscilla Reis da turma do 9.º 1, nas aulas de Estudo Acompanhado.
Da varanda da minha escola… O sol brilhava incessantemente, mostrando‐se bem disposto perante a cidade. Ao longe o céu mergulhava no mar formando uma linha no horizonte, bem definida. As montanhas abraçavam a baía, como uma mãe abraça o seu filho ao nascer. Nelas sobressaíam pequenas “chaminés” de vulcões já extintos, autênticas “fábricas” de suavidade e beleza. Mais perto de nós, as árvores despiam‐se ao sabor da brisa suave que se fazia sentir. Em frente, a rua estava pouco movimentada sendo apenas possível observar algumas pessoas a passear calmamente. Bem perto de nós, um cheiro a café pairava no ar. Não era apenas uma manhã, era uma manhã diferente… Trabalho realizado por: Andreia Barreto, Carina Freitas, João Lopes, Luísa Silva, Magda Lemos, Miguel Gonçalves e Paulo Gouveia da turma do 9º 1, nas aulas de Estudo Acompanhado.
Numa aula de Estudo Acompanhado, alunos do 9º ano foram à varanda da sua escola, observaram, reflectiram e brilharam:
Os Louros Falam
23
a Obesidade! obesidade é reconhecida pela Organização Mundial de Saúde como um dos problemas prioritários de Saúde Pública dos países ocidentais industrializados, entre os quais se inclui Portugal. É considerada uma
doença crónica, que constitui o principal factor de desenvolvimento de muitas doenças que causam a morte precoce em todo o mundo.
Se uma criança com excesso de peso não emagrecer até, preferencialmente, antes da puberdade (entre 11 e 13 anos, em média), terá 40% de oportunidade de se tornar um adulto obeso. Caso atravesse essa fase sem perder peso após a adolescência, a probabilidade sobe para 70%. A obesidade, que já foi vista como sinal de fraqueza individual, é hoje comprovadamente uma doença, que pode levar a sérias complicações na saúde e é encarada como uma epidemia da sociedade moderna.
A prevalência da obesidade entre crianças e adolescentes em todo o mundo está crescendo a um ritmo alarmante. A obesidade infantil é sem dúvida um dos problemas mais frequentes que enfrentamos nos dias de hoje. Estudos mostram que com o passar dos anos, aumenta cada vez mais o índice de crianças e adolescentes com este problema. Assim podemos afirmar que a obesidade é uma das piores aquisições da civilização, merecendo uma especial atenção das autoridades de saúde, pois crianças que estão com excesso de peso ou obesas apresentam riscos importantes para a sua saúde actual e futura.
A apneia do sono, hipertensão, resistência à insulina e alteração nas gorduras do sangue são apenas alguns exemplos, não esquecendo do terrível sofrimento emocional que os jovens
obesos encontram numa sociedade cada vez mais exigente com a boa forma e aparência.
A Organização Mundial de Saúde reconhece a grande importância da actividade física para a saúde física, mental e social, capacidade funcional e bem‐estar de indivíduos e comunidades. Esta também aponta para a necessidade de políticas e programas que tenham em conta as necessidades e possibilidades das diferentes populações e sociedades, com o objectivo de integrar a actividade física no dia‐a‐dia de todas as faixas etárias, incluindo mulheres, idosos, trabalhadores e portadores de deficiências, em todos os sectores sociais, especialmente na escola, no local de trabalho e nas comunidades.
O incentivo às actividades físicas também é vital e deve fazer parte da rotina de qualquer criança, pois temos vindo a assistir, nas últimas décadas, a uma grande diminuição de actividades de jogo livre das crianças. As brincadeiras e exploração da natureza, com amigos e pais, são progressivamente mais limitadas e substituídas por outras, como os jogos de computador, internet e televisão.
A importância da actividade física na obesidade deve ser salientada, quer a nível de todas as faixas etárias, quer a nível das pessoas que apresentam mais probabilidades para engordar.
No que diz respeito à criança, a prática da actividade física proporciona àquela resultados escolares superiores ao daqueles que não a praticam, bem como índices de desenvolvimento físico mais elevados e menor incidência das doenças. Permite ainda uma melhoria na regulação do peso corporal, composição corporal, do bem‐estar psicológico e social e da capacidade funcional.
Por tudo o que foi aqui descrito, não hesite. Comece já a praticar actividade física. ▪ E.F.
Edgar Ferreira
Os Louros Falam
24
Hiperactividade
O Verão
passado trabalhei
como animador no ATL de Santa Cruz. No grupo de crianças, pelo
qual eu era responsável, havia um menino Hiperactivo.
No início, os pais e o meu encarregado alertaram‐me para essa situação. Afirmo que na altura não estava consciente do que tinha a meu cargo. Mas muito rapidamente verifiquei que o menino se comportava de uma maneira completamente diferente dos outros meninos. Confesso que senti muitas dificuldades em controlá‐lo, porque também não estava suficientemente consciencializado para tal problemática. Dois meses com essa criança foram suficientes para sentir o que é conviver com uma criança hiperactiva. Mas ele não tem culpa de ser desatento, irrequieto, por estar sempre a mexer –se e a fazer coisas por vezes perigosas para a sua integridade fisica. O problema é que ele, com 8 anos, nem sabia “2+2=4”, mal sabia escrever, evidenciava muitas dificuldades a nível cognitivo e os outros meninos não gostavam de brincar com ele, excluindo‐o, o que por vezes causava‐lhe uma baixa auto‐estima. O que me levava a interrogar: Qual será do futuro deste menino? Tudo isto me levou a procurar esclarecimentos e alternativas para uma melhor compreensão da hiperactividade. Tendo em conta que
sou um futuro professor de educação física, pretendo utilizar a minha área de intervenção como um processo positivo de ajuda a essas crianças. O que é a hiperactividade?
As crianças com PHDA (Perturbação Hiperactiva por Défice de Atenção) apresentam, normalmente, níveis excessivos de actividade motora ou oral, que se manifestam pela irrequietação, nervosismo, movimentos grosseiros
e desnecessários para a tarefa e, por vezes, desproporcionados (BARKLEY, 1998). Ao nível do contexto escolar, são crianças que estão quase sempre fora do seu lugar, movimentando‐se por toda a sala. Evidenciam movimentos dos braços e pernas quando estão a trabalhar, mexem em objectos desnecessários à tarefa, falam muito alto com os colegas, emitindo ruídos vocais invulgares e com comentários constantes, relativos às actividades à sua volta e/ou aos comportamentos dos outros (ZENTALL, 1985 cit. in NOGUEIRA
& LOPES, 1998). Os autores mencionam que as
crianças hiperactivas são mais propensas a acidentes e à medida que vão crescendo tornam‐se agressivas, revelando comportamentos anti‐sociais, podendo inclusivamente apresentar
uma baixa auto‐estima. São crianças que necessitam de amor, paciência, aceitação e compreensão e que, se tiverem oportunidade, demonstrarão criatividade e inteligência e grande potencial para o sucesso. Nesta conformidade, a realização das actividades lúdicas deve ter por base promover o desenvolvimento integral do aluno, favorecendo a sua autonomia, socialização e a melhoria das habilidades deficitárias nas crianças com hiperactividade. Os jogos deverão ser desenvolvidos como forma de intervenção e ter como objectivo desenvolver habilidades cognitivas, sociais e emocionais. O jogo é uma ferramenta criativa, atraente e interactiva que auxiliará o professor a minimizar os problemas de desatenção e de comportamento social nas crianças hiperactivas.
Apesar de ser indispensável a intervenção de profissionais especializados, a contribuição da família e da escola beneficia o progresso do tratamento. Assim, o professor assume um papel importante nesse contexto e são as actividades lúdicas que proporcionam uma melhor interacção afectiva com a criança hiperactiva, possibilitando a construção da autonomia intelectual e moral.
Nesta perspectiva é importante que todos nós, futuros professores, professores, pais, encarregados de educação, estejamos atentos e conscientes às crianças hiperactivas, encaminhando‐as correcta e atempadamente. ▪ P.S.
Paulo Silva
Os Louros Falam
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Tai chi ai Chi trata‐se de uma arte que envolve actividade física, mas a função prioritária não se identifica
com a competição, mas com o conhecimento de si próprio, por iniciativa da mente.
O símbolo Yin Yang do Tai
Chi representa a dualidade da vida e do universo, que se alternam num todo equilibrado. Se existe o duro,
logo existe o mole; rigidez, logo flexibilidade; luz, logo trevas.
Esta arte não recorre a movimentos explosivos e intermitentes mas a execuções suaves e que tendem para uma expressão de continuidade.
De entre os fundamentos do Tai Chi explora‐se a noção de energia que se relaciona com o conceito de “chi”. O chi existe dentro e fora de
nós. É a energia vital que liga toda as coisas umas às outras.
Tal como o chi está ligado à respiração,
também a respiração está ligada ao movimento. Ajustando a respiração para executar o movimento, podemos gerar chi.
Esta arte ancestral chinesa é considerada como meditação em movimento, pois permite trabalhar habilmente com a mente de uma forma que conduzirá, através de sucessivas fases, à tranquilidade, ao critério, à purificação espontânea e à libertação de estados negativos
De entre os benefícios do Tai Chi, destacam‐se os efeitos no alinhamento da postura, no sistema muscular, articular, cardiovascular e
imunológico, para além de ajudar a combater os problemas escolares.
PROBLEMAS ESCOLARES BENEFÍCIOS DO TAI CHI Stresse docente e discente Promove o equilíbrio emocional Hiperactividade Possibilita a consciência corporal Ansiedade Reduz as tensões Bullying Fomenta a cooperação
Pratiquem e relaxem!... ▪S.C.
T Secundino Camacho
Os Louros Falam
26
CEF ‐ Cabeleireiro
Curso de Cabeleireiro (CEF‐6)
é um do Curso de Educação
e Formação de Qualificação
Inicial ‐ tipo 2 – no qual se
pretende dotar as alunas de
competências e qualificações suficientes para o
perfil profissional relativo à categoria de
Ajudante de Cabeleireiro. A formação inclui
várias componentes: sócio‐cultural, científica e
tecnológica. No que respeita a formação
tecnológica, as aulas práticas e teóricas são
leccionadas na Escola Profissional ABC do
Cabeleireiro, a entidade com a qual a Escola
Básica dos 2º e 3º Ciclos dos Louros tem um
protocolo estabelecido. Para além de todas estas
componentes de formação, as alunas terão um
estágio profissional e serão submetidas a uma
prova final para que possam concluir a formação
com sucesso.
A metodologia do curso abrange métodos e
técnicas diversificadas e adequadas às
características das competências a adquirir,
privilegiando os métodos activos e
demonstrativos, no sentido de facilitar a
aquisição de saberes e saber ‐ fazer.
Ao longo deste primeiro ano de formação
foram realizadas algumas actividades com o
objectivo de
desenvolver as
competências das
alunas. Podemos
destacar a Visita
ao Parque
Temático da
Madeira
(Santana) durante
o 1º Período, que teve como principal objectivo
desenvolver as competências ao nível das
relações interpessoais, na medida em que a
turma possui alunas de diferentes faixas etárias,
bem como de diversas realidades sociais. Pode‐
se considerar que os resultados foram bastante
benéficos para o reconhecimento das formas e
regras de comunicação e a sua importância nas
relações interpessoais e na vida profissional.
No 2º Período foi realizada outra actividade –
Visita ao Centro de Ciência Viva (Porto Moniz) e
Centro de Vulcanologia (S. Vicente). Nesta
actividade pretendeu‐se desenvolver, para ↗
Renata Fernandes
Os Louros Falam
27
CEF ‐ Cabeleireiro
além das competências das relações
interpessoais, a utilização de diversos
instrumentos tecnológicos com o intuito de
potenciar a
capacidade de
pesquisa, selecção
e aquisição de
informação, através
da exposição sobre
a Laurisilva, patente no Centro de Ciência Viva.
Há que salientar que em ambas as actividades, o
número de professores acompanhantes foi
considerável (cinco professores), pois
consideramos essencial a interacção de
professores/alunos neste tipo de formação, na
medida em que facilita a aprendizagem em
contexto de sala de aula e funciona como
elemento motivador.
Para o 3º Período está agendada uma
actividade que envolve maioritariamente a
componente tecnológica. Em parceria com a
Escola Profissional Atlântico, o Curso de
Cabeleireiro irá organizar um Desfile de Moda
com materiais reutilizáveis, com a participação
especial de Hugo Santos. O evento está
agendado para o dia 5 de Junho, Dia Mundial do
Ambiente. O principal objectivo do evento é a
divulgação dos cursos profissionais de ambas as
escolas. Nesta actividade, pretende‐se que as
alunas do Curso de Cabeleireiro demonstrem as
competências adquiridas na componente
tecnológica e desenvolvam a sua capacidade de
trabalho individual e em grupo. ▪ R.F.
Visite‐nos em: Stand 1: Rua Dos Louros, nº 25 9060‐180 Funchal tel: 291 238 052 Stand 2: Rua João Augusto Ornelas, Edf Villas Igreja Loja G Câmara De Lobos 9325‐032 Estreito Câmara de obos Tel: 291 948 366 Stand 3: Rua do Til nº 30 Edf Til XXI 9050‐328 Funchal Tel: 291 236 098 Website: http://www.louroscar.com
Os Louros Falam
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trabalhos dos Alunos 5ºa – 5ºb
É Isto Que Obtemos!
s trabalhos
apresentados
nas seguintes
páginas foram
realizados
pelos alunos da turmas A e B do 5º
ano, assim designadas porque são
turmas de Percursos Curriculares
Alternativos (P.C.A.). Embora estas
turmas pudessem ter alterações
mais significativas ao nível do
currículo, o projecto foi elaborado
com vista à adaptação das estratégias de aprendizagem, das actividades desenvolvidas e da avaliação
efectuada.
A maior alteração aplicada nestas turmas foi o tipo de actividades a desenvolver nas diferentes
disciplinas. Como tal, quer na disciplina de Língua Portuguesa, quer na de História e Geografia de
Portugal, as quais lecciono, têm sido realizados trabalhos com vista a desenvolver as competências
“Tratamento de Informação”e“Comunicação”, sempre tendo por pilar o programa disciplinar. Por isso
surgem textos relacionados com a invasão da Península Ibérica por parte dos Romanos e um possível
confronto destes com os Lusitanos ou as biografias, adaptadas a Banda Desenhada, dos primeiros Reis de
Portugal.
Relativamente à disciplina de Língua Portuguesa, os conteúdos relativos à descrição das personagens
(ou pessoas) e ao texto poético destacam‐se aqui, sobretudo este último, ao terem sido construídos
textos seguindo modelos. Tento verificar, desta forma, o alargamento do vocabulário, a correcção
ortográfica e a criatividade, mais do que o domínio de modelos de escrita. ↗
Elsa Trindade
Os Louros Falam
29
trabalhos dos Alunos 5ºa – 5ºb
Outra vertente trabalhada com estes alunos
tem sido a componente social e pessoal, com o
objectivo preciso de desenvolver competências
quanto ao Saber Estar. Neste sentido têm sido
realizadas diversas visitas de estudo que
permitem avaliar os alunos ao nível destas
competências e, simultaneamente, ensiná‐los,
despertar‐lhes o interesse e a curiosidade para o
meio em que estão inseridos, sempre que
possível interligando com as competências
específicas das disciplinas curriculares.
Ao sugerir aos alunos algumas destas
actividades, a desmotivação e a vontade de
continuar a insistir no desenvolvimento das
mesmas são os primeiros sentimentos a surgir,
uma vez que ouço constantemente expressões
como “Não sou capaz” ou “Não sei fazer”.
Todavia, com a colaboração de outros colegas,
dentro da sala de aula ou nas aulas de apoio,
com tempo e com persistência, o trabalho é
executado e, paulatinamente, tentamos que os
alunos das turmas de P.C.A. consigam provar a si
próprios e aos outros que atingem objectivos e
adquirem competências.
É preciso, pois, mais aposta, mais
persistência, mais tempo e mais pessoas que
insistam e colaborem com eles. É sobretudo
necessário valorizar os trabalhos apresentados,
sejam, ou não, excelentes; tenham, ou não,
demorado semanas a escrever; tenham tido, ou
não, a colaboração de um ou mais professores;
tenham sido, ou não, escritos à primeira ou à
décima tentativa.
Porque é isso que acontece...
Mas é isto que obtemos! ↗
Os Louros Falam
30
trabalhos dos Alunos 5ºa – 5ºb
É Isto Que Obtemos!
↗
Os romanos e os lusitanos Era uma vez, num país distante, um grupo de amigos que eram Romanos e que estavam a passear. Um deles que era o João perguntou: ‐Vamos parar um pouco? Já estou cansado! O Filipe, o Pedro e o Francisco responderam: ‐Não, ainda não. Vamos parar lá à frente, onde há uma fonte de água fresca. Andaram, andaram, até que chegaram à tal fonte. O João, que era o que tinha mais sede, foi para abrir a torneira e reparou que a fonte estava seca. O João perguntou: ‐Já viram o azar que nos sucedeu? Todos responderam em coro! ‐Sim, o que vai ser de nós, sem água e sem comer? O que vai ser mesmo de nós? O Francisco perguntou: ‐E se descansássemos um pouco aqui? ‐Sim pode ser – responderam todos juntos. Passadas horas, e mais horas, um grupo de amigos, os Lusitanos, disseram: ‐ Olha estes desgraçados a dormir aqui! ‐ O que parecem? – perguntaram todos. Os Romanos, como já ouviam muito barulho, acordaram e perguntaram: ‐De onde apareceram! – Nós somos desta terra. ‐E vocês quem são? – perguntaram os Lusitanos. ‐ Somos os Romanos. ‐ Saiam daqui seus tontos. ‐Não é preciso ofender. – comentaram os Romanos. ‐E se lutássemos? Quem perder sai desta terra. ‐Pode ser. – Responderam todos. Depois começaram a lutar e, quando se aperceberam, já estavam muitos mortos. Então acabaram a luta e quem ganhou foram os Romanos. Ana Lisandra, 5º A
Visita ao “Paraíso” Tropical – Quinta Monte Palace
No dia 13 de Março, numa quinta‐feira, pelas 9:30h,
realizámos uma saída ou visita de estudo de autocarro, até ao
Monte Palace. Acompanharam‐nos as professoras Paula Santos,
Teresa Gouveia e Nadea Barros. Por volta das 10:15h chegámos
e ficámos deslumbrados com a bonita paisagem tropical. Até
parecia que estávamos no paraíso. À nossa espera estava uma
senhora que nos guiou durante toda a visita, explicando‐nos e
fornecendo‐nos todas as informações necessárias. Tivemos
oportunidade de ver as tonalidades diferentes da flora existente
junto ao lago das Carpas Koi – que espantosos que eram;
percorremos caminhos e grutas ao longo do jardim que nunca
mais acabava. Vimos flores e plantas, entre elas as azáleas, as
urzes e sobretudo uma colecção única de cicas da África do Sul.
Naquele jardim descobrimos que estas plantas podem ser
masculinas e femininas. Por volta das 11:30h fizemos uma
paragem para lanchar junto ao lago central do jardim, onde
pudemos admirar a beleza dos cisnes. Tivemos tempo, ainda,
para descansar um pouco no templo budista com miradouro,
com uma vista magnífica sobre o Funchal. Além destas
maravilhas, pudemos ver uma grande colecção de painéis de
azulejos dos séculos XVI e XX. Visitámos uma exposição enorme
de diferentes minerais e concluímos a visita com a exposição de
trabalhos em madeira de diferentes autores Africanos.
O que mais gostámos foi do convívio e da amizade entre os
alunos e professores. Foi também uma ocasião para
aprendermos mais fora da sala de aula.
Grupo: Simone, Fátima e Rodolfo, 5º A.
Os Louros Falam
31
trabalhos dos Alunos 5ºa – 5ºb
É Isto Que Obtemos!
↗
Visita de estudo ao Parque Temático da Madeira
No dia 16 de Novembro, as turmas A e B do 5º ano foram passear ao Parque Temático da Madeira. A hora de saída da escola foi às 9:20 h e a de chegada ao destino às 10:10 h.
A primeira coisa que fizemos foi comprar os bilhetes e de seguida fomos andar de barco a remos. De seguida andamos no comboio, e depois fomos para as cadeiras “maradas”, ou seja para o simulador 3D ver um filme que retrata uma visita à Ilha da Madeira e à fauna e flora da região; noutros pavilhões vimos dois vídeos: “A viagem fantástica” e “As aventuras de Joana”.
Quando saímos vimos umas casinhas de madeira, nas quais estavam uns senhores a trabalhar em trabalhos tradicionais (bordado, tapeçaria e vime). Por fim entramos no pavilhão que mostra a descoberta da Ilha da Madeira.
A seguir as professoras chamaram‐nos para irmos almoçar no restaurante do parque. O almoço foi prego no prato e esparguete à bolonhesa. Depois do almoço, as professoras deram‐nos os bilhetes para nós fazermos o que quiséssemos.
Mais tarde as professoras chamaram‐nos para irmos andar no trampolim; de seguida fomos fazer escalada e slide e depois fomos lanchar às 15:30 h.
A nossa visita estava a acabar. Quando saímos do Parque, o motorista já estava à nossa espera. Chegamos à escola as 17:20h.
Nesta visita descobrimos muitas coisas que desconhecíamos sobre a Ilha da Madeira e por isso gostámos muito do passeio.
Trabalho elaborado por: Pedro Aveiro, Luís Leça e Ana Lisandra, 5ºA
A História de Um Herói
Era uma vez um homem chamado Afonso Henriques que era filho de D. Henrique de Borgonha e D. Teresa de Leão. Dizem que este homem nasceu em Viseu no século XII, no ano de 1109.
Afonso Henriques, como todos os homens da época, não sabia ler, nem escrever.
Em 1128, Afonso Henriques confrontou as tropas da mãe na Batalha de São Mamede, num campo com o mesmo nome localizado em Guimarães. Afonso Henriques tinha poucos homens, mas estes eram fortes e corajosos e não tiveram medo das tropas inimigas.
As tropas de Afonso Henriques eram chamadas de alcateia, conjunto de lobos, e Afonso Henriques era conhecido pelas suas capacidades guerreiras.
As tropas deste guerreiro eram melhores que as tropas da mãe dele e Afonso Henriques acabou por ganhar esta batalha. Diogo Gomes, 5º B
A Descrição Era uma vez um rapaz que vivia no campo com a mãe. O Rui, assim se chamava, tinha 14 anos e andava na escola dos Louros. Era um rapaz simpático, de cabelo castanho e de olhos azuis. Vestia normalmente uma camisola e umas calças de ganga. Gostava muito de andar de bicicleta e de jogar à bola. Na escola havia um rapaz chamado Vítor que andava sempre a aborrecê‐lo e a meter‐se com ele. Era uma pessoa má que gostava de abusar. Um dia, o Rui ia para a escola quando pareceu o Vítor. Imediatamente começou a abusar dele. Ele foi ao Conselho Directivo fazer queixa dele. Mais tarde, depois do assunto ter sido resolvido no Conselho Directivo, até ficaram amigos. Ricardo Teixeira, 5º B
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trabalhos dos Alunos 5ºa – 5ºb
É Isto Que Obtemos!
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A Poesia da Poluição A poluição do ambiente é um grave problema Problema dos solos, das cidades, das aldeias e das vilas Vilas cada vez mais poluídas Poluídas estão ainda mais as ruas Ruas com lixo espalhado pelo chão Chão que ninguém consegue passar Passar nas ruas que estão sujas Sujas estão também as estradas Estradas com muito lixo, assim como os solos Solos que nós devemos cuidar Cuidar do meio ambiente Ambiente saudável para toda a humanidade. A Reciclagem Fazer a reciclagem é bom Bom é separarmos o lixo Lixo que faz muito mal Mal ao ambiente Ambiente poluído Poluído de lixo e fumo Fumo dos meios de transporte Transporte do lixo para as embalagens correctas Correctas estão as pessoas que fazem a reciclagem Reciclagem de embalagens, de vidro e de cartão Cartão para o papelão Papelão no devido contentor Contentor bem utilizado Utilizada é a informação Informação necessária Necessária é a nossa saúde. Joana José, 5º B
A menina que era sempre maltratadaEra uma vez uma menina que vivia com a mãe e a irmã. A Rubina, assim se chamava a nossa personagem, tinha 13 anos e andava na
escola dos Louros. Era uma menina simpática e exemplar de cabelo louro e de olhos azuis.
Vestia normalmente calças e camisola de manga curta. Gostava muito de ir para o campo e de ir para o pátio da escola. Havia, no entanto, uma menina chamada Jéssica, que todos os dias implicava
com a Rubina. A Jéssica andava sempre a chamar nomes e a dizer que a menina era porca. Mas a menina não ligava nada ao que ela dizia. Um dia, quando chegou a hora do almoço, a Rubina estava com a bandeja na mão e a Jéssica atirou a bandeja para o chão e o irmão da Rubina viu o que a Jéssica e as amiguinhas dela fizeram e disse: ‐ Não tens mais ninguém com quem implicar sem ser com a minha irmã ? E ela era assim. ‐ Eu não fiz nada. Eu, por acaso, dou‐me bem com a tua irmã.‐ disse a Jéssica. Mas ele tinha visto e disse‐lhe que se tocasse mais uma vez nela, que ele não se responsabilizava por nada.. E a partir desse dia a Jéssica nunca mais pegou com a Rubina. Cátia Ornelas ‐ 5ºB
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trabalhos dos Alunos 5ºa – 5ºb
A turma 5º B:
Ao estudarmos os primeiros povos que habitaram a Península Ibérica, a professora sugeriu que construíssemos uma maqueta da aldeia das comunidades agro‐pastoris. Para a fazermos, utilizamos um pedaço de platex que pintámos a verde, branco, laranja e amarelo, representando os campos de cultivo e, por conseguinte, a actividade agricultura que estas comunidades praticavam.
Fizemos figuras com pasta de modelar, homens e animais, representando outra das actividades que estes homens praticavam: a pastorícia.
Além disso, com a mesma massa, tentámos elaborar alguns instrumentos que estas
populações utilizavam no seu dia‐a‐dia e ainda fizemos, num cantinho, um “cemitério” com as antas.
Não esquecemos de colocar um rio, pois estas populações fixaram‐se onde pudessem aproveitar também os recursos naturais e, por fim, executámos umas casas utilizando vime e palha.
O trabalho foi elaborado por toda a turma, tendo cada aluno uma tarefa específica.
Achámos que foi uma forma diferente de concluir o estudo desta matéria e por isso gostámos de realizar este trabalho.
▪ E.T.
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Voz e sua Saúde!...
Com a nossa voz podemos partilhar, informar e ...comunicar. Ela é, sem dúvida, um instrumento muito importante ao qual recorremos no nosso dia ‐ a ‐ dia. Devemos, pois, cuidá‐la, alimentá‐la e, sobretudo, não prejudicá‐la.
Que voz alegre! Que voz bonita! Que voz cansada! Que voz de sono! Que voz doente! Que voz, que voz!... São estes, e muitos mais, os adjectivos que definem a nossa/ a vossa voz, e, por vezes, o nosso estado de espírito neste e naquele momento.
Cada um de nós tem a sua própria voz. Seja ela grave, aguda, estridente, esganiçada, bonita, feia, a verdade é que é nossa e é uma companheira fiel.
A voz transmite muito daquilo que nos vai na alma. Alegria, tristeza, preocupação, ansiedade, indiferença, liberdade, cansaço, euforia, denunciando‐nos, muitas vezes, pela sua transparência relativamente a sentimentos pelos quais passamos diariamente.
À semelhança do velho ditado que diz que “a beleza está nos olhos de quem vê”, podemos dizer, neste caso concreto, que a beleza está nos ouvidos de quem ouve e de quem sente. Contudo, seja a voz feia ou bonita para os outros, o mais importante é que seja saudável. Sendo assim, é necessário cuidá‐la, alimentá‐la e, sobretudo, não prejudicá‐la. Mas... afinal, o que é a voz?
A voz é um “som musical”!... É um som que se produz através da vibração das cordas vocais, localizadas na laringe, graças ao ar que vem dos pulmões. A voz, assim como a fisionomia de
cada um de nós, é uma qualidade inata a que o bebé recorre para reclamar as suas necessidades. Chora para manifestar descontentamento, ri para demonstrar a sua satisfação/alegria!...
À nascença, a voz é muito mais aguda. A laringe encontra‐ ‐se numa posição alta e a dimensão das cordas vocais e do tracto vocal é reduzida. Até aos 6/7 anos é difícil diferenciar a voz da rapariga da do rapaz.
Mais tarde, já na puberdade, devido às mudanças anatomo – fisiológicas, aquela capacidade sofre significativas alterações, principalmente a do rapaz, designada por muda vocal. Nesta fase é bem notória a diferença entre a voz masculina mais grave, mais “grossa” chamada habitualmente por “voz de garganta”, e a voz feminina que apresenta um registo de voz aguda, voz fina. Esta diferença entre o homem e a mulher a nível vocal é provocada pela acção das hormonas sexuais masculinas e femininas.
A voz, essa qualidade inata, é individual, única e depende “da estrutura da cabeça, pescoço e face do indivíduo”. Da mesma maneira que duas faces não são iguais, duas vozes também não o são. No entanto, assim como as faces de indivíduos da mesma família têm semelhanças, as vozes também, devido a razões genéticas e ambientais.
Como é que emitimos os sons?
Alguns segundos antes de emitirmos um som inspiramos ar através do nariz e / ou boca. A epiglote abre‐se deixando passar o ar até aos pulmões. À medida que o ar enche aqueles órgãos, o diafragma fica mais plano e desce em direcção ao abdómen, aumentando o espaço daqueles. O ar, ao sair na expiração, encontra as cordas vocais (duas pregas) que vibram, caracterizando o tom do nosso som. Esse som continua o seu percurso, passando para a faringe, véu do palato, fossas nasais e boca, entre outros, onde é produzida a ressonância e a amplificação dos sons emitidos pelas cordas vocais. Finalmente, as várias posições da língua permitem a articulação dos fonemas que se transformam em palavra, formando‐se assim a voz falada.
Falar é sem dúvida alguma coordenar correctamente vários movimentos bem como vários órgãos. Adoptar uma postura correcta (coluna direita, ombros e pescoço descontraídos), respirar correctamente, deixar que o momento de vibração laríngea se faça sem esforço, jogar elegantemente com os órgãos articulatórios é falar de forma mais fácil e agradável, permitindo que a voz saia mais bonita, sem alterações vo‐ ↗
Lurdes Perdigão
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Voz e sua Saúde!...
cais. Contudo, nem sempre é assim! No Domingo passado, o Duarte queixava‐se da garganta, da laringe, da voz. Enfim... não percebia o que se passava, mas sentia que algo irritava a sua garganta. Após uma noitada, em que frequentou ambientes com excesso de fumo bem visível, em que bebeu algumas bebidas alcoólicas frescas e tentou falar um pouco mais alto do que o normal, é bem normal que se queixe da sua voz.
A Joana, professora de Português do ensino secundário, queixava‐se constantemente de problemas vocais. Depois de algumas horas de aula sentia‐se cansada, rouca ou até mesmo com ausência de voz.
Nas suas aulas recorria constantemente ao
método expositivo, usando um discurso fluente e rápido.
Como evitar alguns problemas vocais?
Irritação da garganta, tosse, disfonia (voz rouca), afonia (ausência de voz)... são sintomas que podem indicar má utilização das cordas vocais. Para evitar alguns destes problemas devemos ter em conta diversos factores:
Relaxamento – todo o corpo deve estar relaxado, sobretudo os músculos do pescoço e da face. Alguns exercícios tais como: movimentos rotativos com a cabeça para um lado e para outro, e abrir e fechar a boca podem ajudar. Postura adequada – sentado ou de pé, devemos manter uma postura vertical de forma a facilitar a respiração. Respiração correcta – a respiração deve ser costo ‐ diafragmática que consiste em inspirar, levando ar para a parte inferior dos pulmões até comprimir o diafragma, de forma a permitir que as cordas vocais recebam uma boa quantidade de ar na expiração. Abuso vocal – devemos evitar qualquer esforço vocal que tenha um efeito traumático nas cordas vocais:
• Vocalizações tensas (vocalizações com esforço);
• Gritar;
• Uso contínuo da voz; • Uso frequente de ataques glotais (voz
usada em situações de irritação repentina e/ou comando de grupo);
• Uso excessivo da tosse e pigarreio (são actividades reflexas que irritam as cordas vocais).
Mau uso vocal – devemos evitar o uso incorrecto da voz do ponto de vista do tom (demasiado agudo ou demasiado grave; demasiado forte ou demasiado fraco em relação à situação): • Voz de intensidade forte (voz usada
muitas vezes em ambientes ruidosos); • Voz de sussurro (voz de segredo); • Falar muito depressa; • Falar num tom de voz não adequado à
pessoa (Imitação dos adultos por parte das crianças).
O tabaco, o álcool, ambientes ruidosos e
carregados de fumo são exemplos de vários factores externos que também afectam negativamente a nossa voz. Convém evitá‐los ou, pelo menos, estarmos conscientes que eles actuam de forma irritadiça sobre as nossas cordas vocais.
Por tudo isto devemos cuidar da nossa voz, seja
ela grave ou aguda, bonita ou feia. Na verdade, através dela podemos partilhar, informar e comunicar. E... se ela for bem cuidada, poderá causar mais impacto do que uns belos olhos. ▪L.P.
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clube dos Nutricionistas
Alimentação saudável / Rede de Bufetes Escolares
Saudáveis
“A alimentação saudável é uma forma racional de comer que assegura variedade, equilíbrio e quantidade justa de alimentos escolhidos pela sua qualidade nutricional e higiénica, submetidos a benéficas manipulações culinárias.” Emílio Peres in “saber comer para melhor viver”
A alimentação
saudável é fundamental durante a infância e adolescência pois vai influenciar decisivamente o desenvolvimento físico e intelectual do indivíduo. Não basta ter acesso a bens alimentares, é necessário saber escolher os alimentos de forma e em quantidades adequadas às necessidades diárias, ao longo das diferentes fases da vida. É imprescindível que os nossos alunos, suas famílias e sociedade em geral, aprendam o significado e a importância de comer bem, trocando os maus por bons hábitos alimentares de modo a elevar a qualidade de vida e reduzir os gastos com a saúde.
Uma alimentação saudável não terá de ser obrigatoriamente dispendiosa, pois é possível dispor de uma grande variedade de alimentos, aproveitando‐os, entre si, de forma a enriquecer o seu valor alimentar. É exemplo disso a situação prática que apresentamos a seguir.
A Rede de Bufetes Escolares Saudáveis (RBES) é um projecto da Direcção Regional da Educação que se preocupa com a saúde alimentar e que envolve alunos, professores, funcionários e pais.
Este projecto surgiu após a consciencialização de que a escola necessita de promover de forma activa a alimentação saudável no desenvolvimento do processo educativo. Para tal, é fundamental controlar a qualidade alimentar e nutricional dos produtos da cantina, bufetes e dos bares da escola através do envolvimento de toda a comunidade educativa, devendo haver coerência entre a teoria e a prática. Sem dúvida que o refeitório da escola deve ser o laboratório para a aplicação da aprendizagem sobre a alimentação saudável. ↗
Elda Nóbrega com o apoio de Diamantino Jesus
Leite + pão + compotaPão/bolo + leite c/ chocolate
Informação Nutricional 422 kcal 13,8g Proteínas 58g Hidratos de Carbono 15,2g Gorduras
Informação Nutricional 316 kcal 11g Proteínas 57g Hidratos de Carbono 4g Gorduras
106 kcal 2,8g Proteínas 11,2g Gorduras 1g Hidratos de Carbono
+ + +
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Clube dos Nutricionistas
Esta Rede tem como finalidade aumentar o consumo de alimentos saudáveis pela comunidade escolar e permitir o intercâmbio entre as escolas envolvidas. É um projecto que se iniciou com uma experiência piloto nesta escola no ano lectivo de 2001/2002. No ano seguinte a Rede de Bufetes Escolares Saudáveis surgiu e o número de escolas envolvidas tem vindo a aumentar ano após ano. As escolas passaram a disponibilizar um maior leque de alimentos saudáveis nos bufetes dos alunos e foram retirados alimentos com densidade calórica elevada e pobres nutricionalmente. É relevante referir que foram definidos os seguintes objectivos nutricionais para as cantinas e bufetes escolares:
a) Aumentar o consumo de fibras: cereais não
refinados, farinhas integrais, pão integral, escuro ou de mistura, leguminosas frescas e secas, arroz, massa e batata, produtos hortícolas, frutos frescos e secos.
b) Aumentar o consumo de hidratos de carbono complexos: cereais, tubérculos e leguminosas. Reduzir o consumo de açúcar de adição, doces e refrigerantes.
c) Aumentar o consumo de vitaminas e minerais: produtos hortícolas e frutos.
d) Reduzir o consumo de gorduras sobretudo saturadas: margarinas, manteiga, carne vermelha, bolachas, bolos, gelados, chocolates, fritos (rissóis, croquetes, folhados, panados), produtos pré‐confeccionados, pizzas, fumados e enchidos (cachorros quentes).
e) Reduzir o consumo de sal: sal de adição. Incrementar a adição de ervas aromáticas; evitar alimentos salgados como batatas fritas, amendoins com sal e outros aperitivos.
A Rede de Bufetes Escolares Saudáveis ambiciona valorizar o bufete dos alunos através da decoração deste
espaço, da variedade e criatividade na oferta, da disposição apelativa dos produtos alimentares adequados, boas estratégias de marketing, o atendimento agradável bem como a participação activa de alunos, professores e restante comunidade escolar em actividades promotoras de uma alimentação saudável.
O que estamos a fazer na nossa escola neste ano lectivo?
Com o objectivo de sensibilizar e induzir os alunos a comportamentos alimentares saudáveis foi criado no início do ano lectivo um clube denominado “Os Nutricionistas”. Os pequenos nutricionistas ao longo do ano lectivo tiveram a oportunidade de realizar diversas actividades teóricas e práticas, tais como: ‐Diálogo sobre a importância da alimentação saudável; ‐Colheita de dados sobre alimentos onde se encontram os diferentes nutrientes e a função destes no organismo humano; ‐Discussão sobre comportamentos alimentares; ‐Escolha de um alimento para a mascote do clube e execução do seu esboço;↗
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clube Nutricionistas
‐Participação nas semanas promocionais que se realizaram ao longo do ano lectivo, elaborando cartazes e pesquisas na Internet;
‐Construção de uma árvore de Natal em cartolina, decorada com alimentos, formando a pirâmide alimentar; ‐Realização de alguns bolos, nomeadamente: bolo de castanha, bolo de laranja, bolo de iogurte e tarte de maçã; ‐Participação no piquenique saudável organizado pela RBES no jardim de Santa Luzia; ‐Participação na Feira da
Amizade que se realizou nos dias 15 e 16 de Maio do corrente ano; ‐Preparação e apresentação de uma peça de teatro com fantoches intitulada “A Aventura dos Alimentos”; ‐Elaboração e distribuição de panfletos apresentando sugestões para uma alimentação saudável.
Todas estas actividades
proporcionaram aos alunos a partilha de experiências, suscitou a reflexão e permitiu aprofundar conhecimentos sobre nutrição.
No início do ano lectivo, foi elaborado um inquérito no sentido de conhecer os hábitos alimentares dos alunos desta escola e concluímos que muito ainda temos de fazer para alterar determinados hábitos. Constatamos que muitos dos nossos alunos não gostam de sopa, de sandes com vegetais, de legumes cozidos e/ou saladas a acompanhar as refeições. Infelizmente, a nossa sociedade preocupa‐se pouco com a sua saúde, apenas inquieta‐se, casualmente,
quando algo está mal. Precisamos urgentemente de adoptar uma postura preventiva e empenharmo‐nos para cultivar hábitos sadios e abandonar os hábitos prejudiciais.
Estudos evidenciam que os principais erros alimentares dos Portugueses são: ‐Excesso de sal; ‐Muita gordura; ‐Escassez de produtos hortícolas e fruta; ‐Esquecimento do pequeno‐almoço e saltar as merendas intercalares; ‐Exagero do açúcar; ‐Abuso de bebidas alcoólicas; ‐Comer em quantidade excessiva. Consideramos conveniente salientar algumas regras para uma alimentação saudável: ‐Tomar sempre o pequeno‐almoço; ‐Comer de 3 em 3 horas; ‐Mastigar e ensalivar bem os alimentos; ‐Tomar leite diariamente (cerca de 500ml para os adultos e 750ml para as crianças); ‐Comer diariamente legumes e hortaliças nas proporções aconselhadas pela Roda dos Alimentos; ‐Não consumir bebidas alcoólicas; ‐Evitar os fritos, assados e molhos com muita
gordura; ‐Eliminar ou reduzir o sal; ‐Reduzir o consumo de açúcar e produtos açucarados (bolos, rebuçados, chocolates, gomas…); ‐Nas refeições do almoço e do jantar, não comer em excesso; ‐Ter bons hábitos de Higiene Alimentar; ‐Beber água ao longo do dia (cerca de 1,5L). ‐Adoptar uma alimentação completa, equilibrada e variada, seguindo as
orientações da roda dos alimentos. … E Bom Apetite!
▪E.N.
Os Louros Falam
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