C H O P I
H A Y D NFORTISSIMO Nº 5 — 2016
G O M E S
N T C H A I
K O V S K Y
ALLEGRO
VIVACE
07/04
08/04
MINISTÉRIO DA CULTURA E GOVERNO DE MINAS GERAIS APRESENTAM
ALLEGRO
VIVACE
07/04
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Recebemos mais uma vez a versátil
pianista canadense Angela Cheng, que
retorna a Belo Horizonte para executar
duas obras de absoluto contraste: o
classicismo exemplar de Haydn, com
o seu elegante Concerto para piano em
Ré maior, e o subjetivismo particular
de Chopin, através da pouca executada
Polonaise Brilhante, precedida do
introspectivo Andante spianato.
Neste mesmo concerto, regido
pelo nosso Associado Marcos
Arakaki, a Filarmônica executa pela
primeira vez em sua curta história
a Terceira Sinfonia de Tchaikovsky,
denominada “Polonesa”, pelo
Caros amigos e amigas,
FABIO MECHETTIDiretor Artístico e Regente Titular
uso peculiar da música de caráter
folclórico da pátria de Chopin.
Comemorando os 120 anos da
morte de um dos mais importantes
compositores brasileiros,
apresentaremos também a abertura
de sua bela ópera Maria Tudor.
Com toda essa variedade e qualidade,
este será um concerto que certamente
agradará todos os gostos.
Aproveitem!
54
FABIO MECHETTIdiretor artístico e regente titular
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Desde 2008, Fabio Mechetti é Diretor Artístico e Regente Titular
da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, sendo responsável
pela implementação de um dos projetos mais bem-sucedidos
no cenário musical brasileiro. Com seu trabalho, Mechetti
posicionou a orquestra mineira nos cenários nacional e internacional
e conquistou vários prêmios. Com ela, realizou turnês pelo
Uruguai e Argentina e realizou gravações para o selo Naxos.
Natural de São Paulo, Fabio Mechetti serviu recentemente como
Regente Principal da Orquestra Filarmônica da Malásia, tornando-se
o primeiro regente brasileiro a ser titular de uma orquestra asiática.
Depois de quatorze anos à frente da Orquestra Sinfônica de Jacksonville,
Estados Unidos, atualmente é seu Regente Titular Emérito. Foi
também Regente Titular da Sinfônica de Syracuse e da Sinfônica
de Spokane. Desta última é, agora, Regente Emérito.
Foi regente associado de Mstislav Rostropovich na Orquestra
Sinfônica Nacional de Washington e com ela dirigiu concertos
no Kennedy Center e no Capitólio norte-americano. Da
Orquestra Sinfônica de San Diego, foi Regente Residente.
Fez sua estreia no Carnegie Hall de Nova York conduzindo a
Orquestra Sinfônica de Nova Jersey e tem dirigido inúmeras orquestras
norte-americanas, como as de Seattle, Buffalo, Utah, Rochester,
Phoenix, Columbus, entre outras. É convidado frequente dos festivais
de verão nos Estados Unidos, entre
eles os de Grant Park em Chicago
e Chautauqua em Nova York.
Realizou diversos concertos no México,
Espanha e Venezuela. No Japão dirigiu
as orquestras sinfônicas de Tóquio,
Sapporo e Hiroshima. Regeu também a
Orquestra Sinfônica da BBC da Escócia,
a Orquestra da Rádio e TV Espanhola
em Madrid, a Filarmônica de Auckland,
Nova Zelândia, e a Orquestra
Sinfônica de Quebec, Canadá.
Vencedor do Concurso Internacional de
Regência Nicolai Malko, na Dinamarca,
Mechetti dirige regularmente na
Escandinávia, particularmente a
Orquestra da Rádio Dinamarquesa e a
de Helsingborg, Suécia. Recentemente
fez sua estreia na Finlândia dirigindo
a Filarmônica de Tampere e na Itália,
dirigindo a Orquestra Sinfônica de
Roma. Em 2016 fará sua estreia com a
Filarmônica de Odense, na Dinamarca.
No Brasil, foi convidado a dirigir a
Sinfônica Brasileira, a Estadual de
São Paulo, as orquestras de Porto
Alegre e Brasília e as municipais de
São Paulo e do Rio de Janeiro.
Trabalhou com artistas como Alicia
de Larrocha, Thomas Hampson,
Frederica von Stade, Arnaldo Cohen,
Nelson Freire, Emanuel Ax, Gil
Shaham, Midori, Evelyn Glennie,
Kathleen Battle, entre outros.
Igualmente aclamado como regente
de ópera, estreou nos Estados Unidos
dirigindo a Ópera de Washington.
No seu repertório destacam-se
produções de Tosca, Turandot, Carmem,
Don Giovanni, Così fan tutte, La Bohème,
Madame Butterfly, O barbeiro de
Sevilha, La Traviata e Otello.
Fabio Mechetti recebeu títulos
de mestrado em Regência e em
Composição pela prestigiosa
Juilliard School de Nova York.
6
Carlos GOMESMaria Tudor: Abertura
Joseph HAYDN Concerto para piano em Ré maior, Hob. XVIII: 11
Vivace
Un poco adagio
Rondo all’Ungarese: Allegro assai
Frédéric CHOPIN Andante spianato e Grande Polonaise Brilhante, op. 22
Piotr Ilitch TCHAIKOVSKYSinfonia nº 3 em Ré maior, op. 29, “Polonesa”
Moderato assai – Allegro brillante
Allegro moderato e semplice
Andante elegiaco
Scherzo
Allegro con fuoco
MARCOS ARAKAKI, regente
ANGELA CHENG, piano
PROGRAMAGH
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MARCOSARAKAKI
Marcos Arakaki é Regente Associado da
Filarmônica de Minas Gerais e colabora
com a Orquestra desde 2011. Bacharel
em música pela Universidade Estadual
Paulista, na classe de violino do professor
Ayrton Pinto, em 2004 concluiu o
mestrado em Regência Orquestral pela
Universidade de Massachusetts (EUA).
Participou do Aspen Music Festival and
School (2005), recebendo orientações
de David Zinman na American
Academy of Conducting at Aspen, nos
Estados Unidos, além de masterclasses
com os maestros Kurt Masur, Charles
Dutoit e Sir Neville Marriner. Sua
trajetória artística é marcada por
prêmios como o do 1º Concurso Nacional
Eleazar de Carvalho para Jovens Regentes,
promovido pela Orquestra Petrobras
Sinfônica em 2001, e do Prêmio
Camargo Guarnieri, concedido pelo
Festival Internacional de Campos do
Jordão em 2009, ambos como primeiro
colocado. Foi também semifinalista
no 3º Concurso Internacional
Eduardo Mata, realizado na
Cidade do México em 2007.
Além da Orquestra Filarmônica de
Minas Gerais, Marcos Arakaki tem dirigido
outras importantes orquestras tanto no
Brasil como no exterior. Estão entre
elas as orquestras sinfônicas Brasileira
(OSB), do Estado de São Paulo (Osesp),
do Teatro Nacional Claudio Santoro, do
Paraná, de Campinas, do Espírito Santo,
da Paraíba, da Universidade de São Paulo,
a Filarmônica de Goiás, Petrobras
Sinfônica, Orquestra Experimental
de Repertório, orquestras de Câmara
da Cidade de Curitiba e da Osesp,
Camerata Fukuda, dentre outras.
No exterior, dirigiu as orquestras
Filarmônica de Buenos Aires,
Sinfônica de Xalapa, Filarmônica
da Universidade Autônoma do
México, Kharkiv Philharmonic
da Ucrânia e a Boshlav Martinu
Philharmonic da República Tcheca.
Acompanhou importantes artistas
do cenário erudito, como Gabriela
Montero, Sergio Tiempo, Anna
Vinnitskaya, Sofya Gulyak, Ricardo
Castro, Rachel Barton-Pine, Chloë
Hanslip, Luíz Filíp, entre outros.
Ao longo dos últimos dez anos,
Marcos Arakaki tem contribuído de
forma decisiva na formação de novas
plateias, por meio de apresentações
didáticas, bem como na difusão da
música de concertos através de turnês a
mais de setenta cidades brasileiras. Atua,
ainda, como coordenador pedagógico,
professor e palestrante em diversos
projetos culturais e em instituições
como Casa do Saber do Rio de Janeiro,
programa Jovens Talentos de Furnas,
Música na Estrada, Universidade
Federal da Paraíba, Universidade
Federal do Rio Grande do Norte,
Universidade Federal de Roraima e
em vários conservatórios brasileiros.
11
Frequentemente elogiada por sua técnica
brilhante, beleza tonal e musicalidade
extraordinária, a pianista canadense
Angela Cheng é considerada um tesouro
nacional. Além de apresentações como
convidada ao lado de praticamente todas
as orquestras canadenses, ela já tocou
com as orquestras sinfônicas de Alabama,
Colorado, Houston, Indianápolis,
Jacksonville, Saint Louis, San Diego,
Syracuse e Utah e com as filarmônicas
de Buffalo, Louisiana e de Israel.
Em 2012, Angela fez sua estreia no
Carnegie Hall com a Sinfônica de
Edmonton e no Festival de Salzburgo,
em recital com Pinchas Zukerman.
Destaques da atual temporada incluem
a Orquestra do Centro Nacional de Artes
em Ottawa, a Sinfonia Toronto e as
sinfônicas de Vancouver e de Winnipeg.
Com a Filarmônica de Minas Gerais,
Angela apresenta-se pela segunda vez.
Em 2009, a convite de Pinchas
Zukerman, Angela Cheng fez uma
turnê pela Europa e China ao lado do
Zukerman Chamber Players. No ano
seguinte, apresentou-se com o grupo
nos Estados Unidos, incluindo concertos
no Kennedy Center, em Washington,
D.C., e em Nova York. Em outras turnês
pela Europa, Ásia e América do Sul,
realizou performances no Musikverein
em Viena, no Concertgebouw
em Amsterdã e nos festivais de
Schleswig-Holstein e de Ravínia.
Um ávida recitalista, Angela Cheng se
apresenta em recitais em todo o território
norte-americano e canadense. Ela já
colaborou com inúmeros grupos de
câmara, como os quartetos Takács,
Colorado e Vogler. Angela também
apresentou-se em festivais como
Chautauqua, Banff, Colorado,
Houston, Vancouver, Festival
Internacional de Lanaudière, no
Quebec, e Festival Internacional de
Música de Cartagena, Colômbia.
Seu disco de estreia, uma gravação
de dois concertos de Mozart com
Mario Bernardi e a Orquestra CBC de
Vancouver, recebeu críticas bastante
elogiosas. Gravou também o Concerto
em lá menor de Clara Schumann com
JoAnn Falletta e a Women’s Philharmonic,
pelo selo Koch International. Para
a CBC Records, registrou quatro
concertos espanhóis com Hans Graf e a
Filarmônica de Calgary; dois concertos
de Shostakovich com Mario Bernardi e
a CBC Radio Orquestra; um disco solo
com obras de Clara e Robert Schumann.
Um disco com obras de Chopin foi
gravado para a Universal Music Canada.
Angela Cheng conquistou medalha
de ouro no Concurso Internacional
de Piano Arthur Rubinstein e foi a
primeira canadense a vencer o Concurso
Internacional de Piano de Montreal.
Ganhou também a cobiçada bolsa para
desenvolvimento da carreira concedida
pelo Canada Council e uma medalha
de excelência por interpretações
marcantes de obras de Mozart, outorgada
pela Mozarteum, em Salzburgo.
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ANGELACHENG
12 GMARIA TUDOR: ABERTURA (1878) 6 min
INSTRUMENTAÇÃO
2 flautas, 2 oboés, 2 clarinetes, 2 fagotes, 4 trompas, 3 trompetes, 3 trombones, tuba,
tímpanos, percussão, cordas.
PARA OUVIRCD Gomes – Maria Tudor – Orquestra e Coro
do Teatro Municipal de São Paulo – Mário Perusso, regente – Mabel Veleris, Eduardo Álvares, Fernando Teixeira, Wilson Carrara,
Adriana Cantelli, solistas – Masterclass – 1999 (Gravação ao vivo em 17 de dezembro
de 1978, Teatro Municipal de São Paulo)
PARA ASSISTIROrquestra Sinfônica de Ribeirão Preto –
Cláudio Cruz, regente | Acesse: fil.mg/gtudor
PARA LERMarcus Góes – Carlos Gomes:
Documentos Comentados – Algol – 2008
Marcos Pupo Nogueira – Muito além do melodrama: Os prelúdios e sinfonias das
óperas de Carlos Gomes – Unesp – 2006
Campinas, Brasil, 1836 – Belém, Brasil, 1896
No dia 4 de janeiro de 1879 era publicada, no Rio de Janeiro, pela
Casa Arthur Napoleão e Miguez, a primeira edição da Revista Musical
e de Bellas Artes, periódico que se propunha suprir a falta de publicação
especializada em música no Brasil. Em seus 27 primeiros números
publicou-se em folhetim uma biografia de Carlos Gomes assinada por
André Rebouças. À época, Carlos Gomes já era figura de destaque no
cenário operístico internacional. Com Il Guarany (1870), Fosca (1873)
e Maria Tudor (1879), Gomes tornou-se o compositor com o maior
número de óperas estreadas no Alla Scala de Milão na década de 1870.
Nesse mesmo decênio, sagrou-se o compositor de óperas italianas
com o segundo maior número de representações naquele teatro,
superado apenas por Verdi, sua principal influência na juventude.
No Brasil, Carlos Gomes alcançara fama ainda cedo devido ao sucesso
de suas duas primeiras óperas, A Noite do Castelo (1861) e Joana de
Flandres (1863). Ambas foram estreadas enquanto o jovem compositor
cursava, no Rio de Janeiro, o Conservatório Imperial de Música, na
classe de Gioachino Gianini e sob proteção de Francisco Manuel,
fundador e diretor da instituição. Em 1864, uma bolsa de estudos do
governo lhe permitiu dar continuidade aos seus estudos na Itália com
Lauro Rossi, no Conservatório de Milão. Poucos anos após sua chegada,
Carlos Gomes provava seu domínio pleno do estilo bel canto com as
comédias musicais Se sa minga (1867) e Nella Luna (1868). Porém, foi
a ópera Il Guarany, estreada em 19 de março de 1870, a responsável por
inscrever seu nome, de modo indelével, na história da ópera italiana.
Inspirada no drama homônimo de Victor Hugo e com libreto de
Emílio Praga, Maria Tudor foi estreada no teatro Alla Scala em 27
de março de 1879. O enredo se baseia na história da rainha Maria I
da Inglaterra, conhecida como a sanguinária. Na ópera, Maria Tudor
envolve-se amorosamente com o conde italiano Fabiani, que a trai
com a órfã Giovanna, noiva de um
tal Gilberto. O influente embaixador
espanhol Don Gil, desafeto de Fabiani,
ao descobrir a traição do conde, o
denuncia à rainha que, enfurecida,
manda executar Fabiani e Gilberto.
Maria, porém, decide perdoar Gilberto.
Mas, ao dar-se conta de que ainda ama
Fabiani, pede a Don Gil que este execute
não Fabiani, mas Gilberto em seu lugar.
Don Gil, desobedecendo a rainha,
acaba por executar Fabiani. Ao saber
da morte de seu amante, a rainha
desfalece numa cena final de profunda
tristeza. Diferentemente das aberturas
convencionais, que condensam em um
pot-pourri os principais temas da ópera,
a abertura de Maria Tudor concilia o
tema da vingança, extraído do pezzo
concertante do final do III ato, com
os momentos líricos da marcha dos
condenados do IV ato, através de um
trabalho de desenvolvimento melódico.
Carlos Gomes realiza, dessa maneira,
uma obra sinfônica em que a ânsia de
vingança inicial se transforma numa
seção lírica, marcada pela compaixão
e pelo amor. Segundo Victor Hugo,
o drama pretende retratar “uma rainha
que seja uma mulher. Grande como
rainha. Verdadeira como mulher”.
Carlos
GOMES
13
IGOR REYNER Pianista, Mestre em Música pela UFMG, doutorando de Francês no King’s College London e colaborador do ARIAS/Sorbonne Nouvelle Paris 3.
14 HINSTRUMENTAÇÃO
2 oboés, 2 trompas, cordas.
PARA OUVIRCD Joseph Haydn – Piano Concertos in
D Major; F Major; D Major; G Major – Concerto Copenhagen – Lars Ulrik
Mortensen, regente – Ronald Brautigam, fortepiano – BIS, 318 – 2005
CD Emanuel Ax plays Haydn – Franz Liszt Chamber Orchestra –
Sony Classical, 886443760851 – 1993
PARA ASSISTIRFILME In Search of Haydn – Phil Grabsky,
direção – Reino Unido – 2012
Orquestra do Festival de Verbier – Iván Fischer, regente – Mikhail Pletnev, piano
Acesse: fil.mg/hpiano
PARA LERDavid Vickers – Haydn: Vida e Obra –
Bizâncio, ISBN 9789725304204 – 2009 (acompanha CD)
Os Esterházy foram a mais influente e opulenta dentre todas as
famílias nobres húngaras do império Habsburgo e, posteriormente,
império Austro-Húngaro. Tamanha riqueza permitiu-lhes erguer ao
sul do lago de Neusiedl um dos mais suntuosos palácios da época,
Eszterháza, inspirado nos palácios de Versalhes e Schönbrunn. Ali a
família passava o verão e organizava festivais de ópera e teatro, pelos
quais Haydn era o responsável. Entre 1761 e 1790, Haydn viveria
em isolamento nesse universo palaciano, estabelecendo-se ora em
Eisenstadt, sede da família, ora em Eszterháza. Inicialmente, serviu
como vice-mestre de capela, tendo sido promovido a mestre de
capela no ano de 1766. Cabia-lhe compor música para as refeições e
eventos sociais e religiosos segundo os caprichos do príncipe, prezar
pela preservação dos instrumentos musicais, organizar os arquivos de
partituras e manuscritos e dirigir a orquestra e os cantores residentes no
palácio. Não lhe cabia, no entanto, direito sobre suas obras musicais,
que, segundo seu contrato, eram de propriedade exclusiva do príncipe.
Assim, sua música não poderia ser divulgada, publicada ou executada
sem prévio consentimento. Contudo, sabe-se hoje que, desde o
ano de 1764, manuscritos seus teriam sido ilegalmente divulgados
e comercializados em Londres, Paris e demais centros europeus, o
que lhe garantiu certa fama já em meados da década de 1760.
Em 1778, Artaria & Co., editora vienense dedicada à publicação de
mapas, decide enveredar pelo mercado de partituras. No ano seguinte,
os editores chegam a um acordo de publicação com Haydn, o qual
havia recentemente renovado seu contrato com os Esterházy, em novos
termos, a fim de readquirir o direito sobre suas obras. O sucesso de
sua parceria com a casa Artaria o estimula a expandir seu mercado.
Desse modo, em 1781, Haydn passa a fornecer obras para as casas
Forsters, em Londres, e Boyer e Naderman, em Paris, tornando-se
em pouco tempo o compositor mais requisitado de sua época.
A intensa demanda por novas obras
exigiu uma radical mudança de
foco em sua produção. A fim de
cumprir com os prazos e expandir
seu público, Haydn volta-se para
a composição de canções e árias e
de obras instrumentais que sirvam
tanto ao público amador quanto a
profissionais. Segundo essas diretrizes,
Artaria publica em 1784 o Concerto
para Cravo ou Pianoforte em Ré maior.
Último dos concertos para teclado
de Haydn, acredita-se que tenha
sido composto em torno de 1780.
Durante sua vida, o Concerto em Ré foi
publicado por oito editoras em cinco
países, tornando-se o mais popular
dentre os seus concertos. Acabou,
porém, caindo no esquecimento,
vindo a ser reestabelecido apenas na
década de 1920, pela cravista e pianista
franco-polonesa Wanda Landowska
e pelo crítico francês Robert Brussel.
Simples, enérgica e aos moldes
tradicionais, a obra apresenta três
movimentos: um vivace sem um
tema realmente contrastante; un poco
adagio sentimental e sugestivamente
rococó; e um rondo all’Ungarese –
allegro assai, que tem como tema uma
melodia da dança croata Siri Kolo.
15
CONCERTO PARA PIANO EM RÉ MAIOR, HOB. XVIII: 11 (1784)19 min
Áustria, 1732 – 1809
Joseph
HAYDN
IGOR REYNER Pianista, Mestre em Música pela UFMG, doutorando de Francês no King’s College London e colaborador do ARIAS/Sorbonne Nouvelle Paris 3.
1716 C17
INSTRUMENTAÇÃO
2 flautas, 2 oboés, 2 clarinetes, 2 fagotes, 2 trompas, trombone, tímpanos, cordas.
PARA OUVIRCD Chopin – Piano Concerto No. 2 (1968);
Fantasia on Polish Airs; Andante Spianato e Grand Polonaise (1958) – Symphony of
the Air – Alfred Wallenstein, regente – Arthur Rubinstein, piano – RCA – 1990
PARA ASSISTIREvgeny Kissin, piano
Acesse: fil.mg/cpolonaise
PARA LERCamille Bourniquel – Chopin –
Coleção Opus 86 – Martins Fontes – 1990
Tad Szulc – Chopin em Paris, uma biografia – Record – 1999
“É hora de começar a polonaise! – Chamberlain exibe orgulhosamente
o bigode, gira-lhe as pontas e, numa mesura, convida a jovem
Sofia para a dança. Os outros pares se alinham por detrás e só
avançam após o seu sinal. Botas carmesins brilhantes, sabres na
cintura cuidadosamente lustrados, cintos de ricos brocados desfilam
refletindo a luz do sol.” Da dança galante e apavonada da alta
sociedade polonesa, assim retratada pelo escritor Adam Mickiewicz
em Pan Tadeusz, Chopin soube destilar a mais pura arte, ora em
brados de revolta e heroísmo, ora em poemas meditativos.
Provinda da chodzony, uma antiga dança camponesa da Polônia, a
polonaise só adquiriu esse nome após ser introduzida na corte francesa
pelo séquito de Henrique de Valois, que fora rei da Polônia e, em seguida,
herdara o trono da França. Mais tarde, a dança foi adotada em seu país
de origem como abertura oficial dos bailes da aristocracia polonesa.
A primeira composição de Chopin foi uma polonaise, em sol menor,
escrita aos sete anos e publicada por seu pai. Nessa pequena peça,
assim como em toda sua produção até o seu autoexílio, aos 21 anos,
permanece a atmosfera da música de salão. O conteúdo emocional
das polonaises chopinianas se transformará notadamente após o
fracasso da insurreição polonesa de 1831 contra a dominação russa.
A Grande Polonaise Brillante em mi bemol foi iniciada em Varsóvia,
no ano de 1830 e, portanto, não compartilha da reflexão lírica sobre
a violência sofrida pelos camponeses poloneses que inspirará futuras
criações chopinianas do gênero. A versão para piano e orquestra
da Polonaise Brillante foi concluída em 1831, em Viena, durante a
proveitosa estada de Chopin na capital austríaca, a caminho de Paris.
Em 1834, já na capital francesa, Chopin compôs o plácido e noturnal
Andante spianato em sol maior para piano solo, o qual preferia executar
isoladamente ou preludiando outras
de suas composições. Somente
em 1836 optou por publicar as
duas obras agrupadas sob o título
de Grande Polonaise Brillante
précédée d’un Andante spianato,
em versão para piano e orquestra.
Em 1838, adaptou a obra para piano
solo e publicou a nova versão.
O termo italiano spianato, originário do
verbo spianare – aplanar ou acalmar –,
deriva da palavra piano, que em italiano
significa suave. Ao encerrar o Andante
spianato, uma fanfarra orquestral surge
para modular as tonalidades e unir as
duas partes distintas, porém, irmãs.
Fantasia e garbo, andante e polonaise,
cada qual a sua maneira, dão leveza e
transmitem joie de vivre ao magnífico
conjunto. Estreada no Conservatório
de Paris, em 1835, a obra foi um
dos cartões de visita para o jovem
compositor ingressar no cenário musical
e aristocrático da capital francesa.
Foi também uma despedida às criações
meramente virtuosísticas: Chopin
ingressara cedo na maturidade de seu
estilo composicional. A partir daí, o
virtuosismo seria apenas um caminho
para a expressão artística do pianista.
Polônia, 1810 – França, 1849
Frédéric
CHOPIN
MARCELO CORRÊA Pianista, Mestre em Piano pela Universidade Federal de Minas Gerais, professor na Universidade do Estado de Minas Gerais.
ANDANTE SPIANATO E GRANDE POLONAISE BRILHANTE, OP. 22 (1830/1835) 14 min
1918 T19
INSTRUMENTAÇÃO
Piccolo, 2 flautas, 2 oboés, 2 clarinetes, 2 fagotes, 4 trompas, 2 trompetes,
3 trombones, tuba, tímpanos, cordas.
PARA OUVIRCD Tchaikovsky – Symphonies Nos. 1-3 –
London Symphony Orchestra – Valery Gergiev, regente – LSO Live – 2012
PARA ASSISTIROrquestra Sinfônica Estatal da União das
Repúblicas Socialistas Soviéticas – Yevgeny Svetlanov, regente | Acesse: fil.mg/tpolonesa
PARA LERAnthony Holden – Piotr Ilitch Tchaikovsky:
uma biografia – Record – 1999
O ano de 1875 havia começado mal para Tchaikovsky. Ele mostrara
seu recém-composto Concerto para piano nº 1 a Nikolai Rubinstein,
que o classificou como “vulgar”, “imprestável” e “impossível de tocar”.
Tchaikovsky caiu em profunda depressão e pensou em suicidar-se. A falta
de amigos próximos e a monótona rotina de professor do Conservatório
tornavam a sua vida em Moscou insuportável. O ano apenas começara
e ele ainda teria de aguentar até as férias para poder sair da cidade.
Então chegou o verão, e Tchaikovsky pôde fugir para o campo.
E aquelas férias, curiosamente, foram as mais tranquilas de sua
vida. Nada de depressão ou sonhos de morte. Nada daquele
estado depressivo de que ele tanto reclamava no início do ano.
“Eu estou em Usovo há mais de três semanas e passo o tempo calma e
agradavelmente. O Príncipe Vasily Galitzine está aqui também, e não
estamos entediados. Construíram uma esplêndida casa de banhos ao lado
dos estábulos e ontem nós cozinhamos dentro dela. (...) Eu estou agora com
uma nova sinfonia, e a componho um pouco de cada vez. Não me debruço
sobre ela por horas e horas. Estou fazendo mais caminhadas. Até os cães
são os mesmos, sempre me perseguem para que eu os leve para passear.”
A nova sinfonia seria a Terceira, uma de suas obras mais felizes.
Tchaikovsky a compôs entre os meses de junho e agosto, e a estreia se
deu em 19 de novembro, na Sociedade de Música Russa, em Moscou,
sob a regência de Nikolai Rubinstein. Ao final, o ano de 1875 provou
ter sido um bom ano. Ele compôs não apenas o célebre Concerto para
piano nº 1 e a Sinfonia nº 3, como também iniciou a composição do
que viria a ser o seu primeiro balé de sucesso, O lago dos cisnes.
A Sinfonia nº 3 representa uma transição entre as composições de
juventude do compositor e suas grandes obras-primas de maturidade:
os balés O lago dos cisnes (1875/1876),
A bela adormecida (1889) e O quebra-
nozes (1892); as óperas Eugene Onegin
(1877/1878), A Rainha de Espadas
(1890) e Iolanta (1891); o poema
sinfônico Francesca da Rimini
(1876); e as sinfonias números 4
(1877/1878), 5 (1888) e 6 (1893).
Escrita em cinco movimentos, a
Sinfonia nº 3 possui um fino equilíbrio:
um Andante no centro (terceiro
movimento), ladeado por dois scherzi
(segundo e quarto movimentos),
emoldurados, por sua vez, por dois
movimentos de rara vivacidade
(primeiro e quinto). Atravessando essa
estrutura do início ao fim, um incrível
acúmulo de energia se inicia nos
primeiros acordes da música e atinge
seu ápice nos últimos compassos
da obra. O primeiro movimento
(Moderato assai - Allegro brillante),
assim como o último (Allegro con fuoco),
são extremamente vigorosos, plenos
de vitalidade e alegria. No segundo
(Allegro moderato e semplice) e
no quarto (Scherzo) movimentos,
Tchaikovsky equilibra a leveza
dos temas com um trabalho
refinado de alternância entre as
cordas e as madeiras. O terceiro
movimento (Andante elegiaco),
central, com suas belas melodias
tão típicas de Tchaikovsky, é o mais
intenso e profundo dos cinco.
Rússia, 1840 – 1893
Piotr Ilitch
TCHAIKOVSKY
GUILHERME NASCIMENTO Compositor, Doutor em Música pela Unicamp, professor na Escola de Música da UEMG, autor dos livros Os sapatos floridos não voam e Música menor.
SINFONIA Nº 3 EM RÉ MAIOR, OP. 29, “POLONESA” (1875)44 min
2120
A melhor parte de uma música é aquela que permanece dentro de você.
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Orquestra Filarmônica de Minas Gerais
PRIMEIROS VIOLINOS Anthony Flint – SpallaRommel Fernandes – Spalla AssociadoAra Harutyunyan – Spalla AssistenteAna ZivkovicArthur Vieira TertoDante BertolinoHyu-Kyung JungJoanna BelloMatheus BragaRoberta ArrudaRodrigo BustamanteRodrigo M. BragaRodrigo de Oliveira
SEGUNDOS VIOLINOSFrank Haemmer *Leonidas Cáceres ***Bojana PantovicGideôni LoamirJovana TrifunovicLuka MilanovicMartha de Moura PacíficoRadmila BocevRodolfo ToffoloTiago EllwangerValentina Gostilovitch
VIOLASJoão Carlos Ferreira *Roberto Papi ***Flávia MottaGerry VaronaGilberto Paganini Juan DíazKatarzyna DruzdLuciano GatelliMarcelo NébiasNathan Medina
VIOLONCELOSPhilip Hansen *Felix Drake ***Camila PacíficoCamilla RibeiroEduardo SwertsEmilia NevesEneko Aizpurua PabloLina RadovanovicRobson Fonseca
CONTRABAIXOSNilson Bellotto ****Marcelo CunhaMarcos LemesPablo GuiñezRossini ParucciWalace Mariano
FLAUTASCássia Lima *Renata Xavier ***Alexandre BragaElena Suchkova
OBOÉSAlexandre Barros *Ravi Shankar ***Israel MunizMoisés Pena
CLARINETESMarcus Julius Lander *Jonatas Bueno ***Ney FrancoAlexandre Silva
FAGOTESCatherine Carignan *Victor Morais ***Andrew HuntrissFrancisco Silva
TROMPASAlma Maria Liebrecht *Evgueni Gerassimov ***Gustavo Garcia Trindade José Francisco dos SantosLucas Filho Fabio Ogata
TROMPETESMarlon Humphreys *Érico Fonseca **Daniel Leal ***Tássio Furtado TROMBONESMark John Mulley *Diego Ribeiro **Wagner Mayer ***Renato Lisboa
TUBAEleilton Cruz *
TÍMPANOSPatricio Hernández Pradenas *
PERCUSSÃO Rafael Alberto *Daniel Lemos ***Sérgio AluottoWerner Silveira
HARPAGiselle Boeters *
TECLADOSAyumi Shigeta *
GERENTE Jussan Fernandes
INSPETORAKarolina Lima
ASSISTENTE ADMINISTRATIVA Débora Vieira
ARQUIVISTAAna Lúcia Kobayashi
ASSISTENTESClaudio StarlinoJônatas Reis
SUPERVISOR DE MONTAGEMRodrigo Castro
MONTADORESAndré BarbosaHélio SardinhaJeferson SilvaKlênio CarvalhoRisbleiz Aguiar
Conselho Administrativo
PRESIDENTE EMÉRITO Jacques Schwartzman
PRESIDENTE Roberto Mário Soares
CONSELHEIROS Angela Gutierrez Berenice MenegaleBruno VolpiniCelina SzrvinskFernando de AlmeidaÍtalo GaetaniMarco Antônio PepinoMauricio FreireMauro BorgesOctávio ElísioPaulo BrantSérgio Pena
Diretoria Executiva
DIRETOR PRESIDENTE Diomar Silveira
DIRETOR ADMINISTRATIVO-FINANCEIROEstêvão Fiuza
DIRETORA DE COMUNICAÇÃO Jacqueline Guimarães Ferreira
DIRETORA DE MARKETING E PROJETOS Zilka Caribé
DIRETOR DE OPERAÇÕES Ivar Siewers
DIRETOR DE PRODUÇÃO MUSICAL Kiko Ferreira
Equipe Técnica
GERENTE DE COMUNICAÇÃO Merrina Godinho Delgado
GERENTE DE PRODUÇÃO MUSICAL Claudia da Silva Guimarães
ASSESSORA DE PROGRAMAÇÃO MUSICAL Carolina Debrot
PRODUTORES Luis Otávio RezendeNarren Felipe
ANALISTAS DE COMUNICAÇÃO Marciana Toledo (Publicidade) Mariana Garcia (Multimídia)Renata GibsonRenata Romeiro (Design gráfico)
ANALISTA DE MARKETING DE RELACIONAMENTO Mônica Moreira
ANALISTAS DE MARKETING E PROJETOSItamara KellyMariana Theodorica
ASSISTENTE DE MARKETING DE RELACIONAMENTO Eularino Pereira
ASSISTENTE DE PRODUÇÃO Rildo Lopez
Equipe Administrativa
GERENTE ADMINISTRATIVO-FINANCEIRA Ana Lúcia Carvalho
GERENTE DE RECURSOS HUMANOSQuézia Macedo Silva
ANALISTAS ADMINISTRATIVOS João Paulo de OliveiraPaulo Baraldi
ANALISTA CONTÁBIL Graziela Coelho
SECRETÁRIA EXECUTIVAFlaviana Mendes
ASSISTENTE ADMINISTRATIVACristiane Reis
ASSISTENTE DE RECURSOS HUMANOSVivian Figueiredo
RECEPCIONISTA Lizonete Prates Siqueira
AUXILIAR ADMINISTRATIVO Pedro Almeida
AUXILIARES DE SERVIÇOS GERAIS Ailda ConceiçãoMárcia Barbosa
MENSAGEIROBruno Rodrigues
MENOR APRENDIZMirian Cibelle
Sala Minas Gerais
GERENTE DE INFRAESTRUTURA Renato Bretas
GERENTE DE OPERAÇÕES Jorge Correia
TÉCNICO DE ÁUDIO E ILUMINAÇÃOMauro Rodrigues
TÉCNICO DE ILUMINAÇÃO E ÁUDIO Rafael Franca
ASSISTENTE OPERACIONALRodrigo Brandão
Instituto Cultural Filarmônica
GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAISFernando Damata Pimentel
VICE-GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAISAntônio Andrade
(Oscip – Organização da Sociedade Civil de Interesse Público – Lei 14.870 / Dez 2003)
SECRETÁRIO DE ESTADO DE CULTURA DE MINAS GERAISAngelo Oswaldo de Araújo Santos
SECRETÁRIO ADJUNTO DE ESTADO DE CULTURA DE MINAS GERAISJoão Batista Miguel
FORTISSIMO abril nº 5 / 2016 ISSN 2357-7258
EDITORA Merrina Godinho Delgado
EDIÇÃO DE TEXTO Berenice Menegale
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www.filarmonica.art.brFILARMÔNICA ONLINE PARA APRECIAR UM CONCERTO
CONCERTOS COMENTADOSAgora você pode assistir a palestras sobre temas dos concertos das séries Allegro, Vivace, Presto e Veloce. Elas acontecem na Sala de Recepções, à esquerda do foyer principal, das 19h30 às 20h, para as primeiras 65 pessoas a chegar.
CUMPRIMENTOSApós o concerto, caso queira cumprimentar os músicos e convidados, dirija-se à Sala de Recepções.
ESTACIONAMENTOPara seu conforto e segurança, a Sala Minas Gerais possui estacionamento, e seu ingresso dá direito ao preço especial de R$ 15 para o período do concerto.
PONTUALIDADE Uma vez iniciado um concerto, qualquer movimentação perturba a execução da obra. Seja pontual e respeite o fechamento das portas após o terceiro sinal. Se tiver que trocar de lugar ou sair antes do final da apresentação, aguarde o término de uma peça.
APARELHOS CELULARESConfira e não se esqueça, por favor, de desligar o seu celular ou qualquer outro aparelho sonoro.
FOTOS E GRAVAÇÕES EM ÁUDIO E VÍDEONão são permitidas durante os concertos.
APLAUSOSAplauda apenas no final das obras. Veja no programa o número de movimentos de cada uma e fique de olho na atitude e gestos do regente.
CONVERSAA experiência do concerto inclui o encontro com outras pessoas. Aproveite essa troca antes da apresentação e no seu intervalo, mas nunca converse ou faça comentários durante a execução das obras. Lembre-se de que o silêncio é o espaço da música.
CRIANÇASCaso esteja acompanhado por criança, escolha assentos próximos aos corredores. Assim, você consegue sair rapidamente se ela se sentir desconfortável.
COMIDAS E BEBIDASSeu consumo não é permitido no interior da sala de concertos.
TOSSEPerturba a concentração dos músicos e da plateia. Tente controlá-la com a ajuda de um lenço ou pastilha.
0 PROGRAMA DE CONCERTOS
O Fortissimo é uma publicação indexada aos sistemas nacionais e internacionais de catalogação. Elaborado com a participação de especialistas, ele oferece uma oportunidade a mais para se conhecer música. Desfrute da leitura e estudo. Mas, caso não precise dele após o concerto, por favor, devolva-o nas caixas receptoras para que possamos reaproveitá-lo.
O Fortissimo também está disponível no formato digital em nosso sitewww.filarmonica.art.br.
• Séries de assinatura: Allegro, Vivace, Presto, Veloce, Fora de Série• Concertos para a Juventude• Clássicos na Praça• Concertos Didáticos• Festival Tinta Fresca• Laboratório de Regência• Turnês estaduais• Turnês nacionais e internacionais• Concertos de Câmara
Visite filarmonica.art.br/filarmonica/sobre-a-filarmonica e conheça cada uma delas.
CONHEÇA AS APRESENTAÇÕES DA FILARMÔNICA
2 / abr, 18hMozart — Concertos
7 e 8 / abr, 20h30Gomes, Haydn, Chopin, Tchaikovsky
14 e 15 / abr, 20h30Ravel, Ginastera, Smetana, Bartók
24 / abr, 11hDanças — Dvorák, Mozart, Brahms, Copland, Chopin, Borodin, Guarnieri, J. Strauss Jr., Marquez
28 e 29 / abr, 20h30Satie, Dutilleux, Bizet, Debussy
JUVENTUDE
ALLEGRO VIVACE
ALLEGRO VIVACE
PRESTOVELOCE
FORA DE SÉRIE
CONCERTOS abr
Veja detalhes em filarmonica.art.br/concertos/agenda-de-concertos.
CONCERTOS PARA A JUVENTUDE E FORA DE SÉRIEVENDA DE INGRESSOS
Buscando ampliar a efetiva ocupação da Sala Minas Gerais, os ingressos para as séries Concertos para a Juventude e Fora de Série começarão a ser vendidos um mês antes do dia de cada apresentação. Anote as datas abaixo e programe-se para, um mês antes, comprar o seu ingresso.
Concertos para a Juventudedomingo, 11h
Fora de Série — Mozartsábado, 18h
Os ingressos estarão disponíveis na bilheteria da Sala Minas Gerais e em filarmonica.art.br/ingressos/.
Tudo em famíliaSinfonias Rivais e contemporâneosÓperaMúsica incidentalNa corteÚltimo capítulo
14 MAI18 JUN23 JUL20 AGO1º OUT29 OUT10 DEZ
Danças Poemas sinfônicosForma sonataForma ABAFormas livresTema e variações
24 ABR29 MAI03 JUL07 AGO16 OUT20 NOV
aguarde informações
aguarde informações
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Rua Tenente Brito Melo, 1.090 | Barro Preto | CEP 30.180-070 | Belo Horizonte - MG
(31) 3219.9000 | Fax (31) 3219.9030
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REALIZAÇÃO
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