Formanda: Luísa Batista
O sentido da auto-avaliação. Objectivos implicados.
O Modelo de Auto-Avaliação.
As etapas do processo.
O envolvimento dos diferentes tipos de utilizadores.
O impacto que se venha a ter na BE.Impactos que se perspectivam para o trabalho dos professores e para as aprendizagens dos alunos.
Como será feita a comunicação e a integração dos resultados no relatório de avaliação da escola.
“Há o habito de pensar que se entra numa biblioteca
para procurar um livro. Não é verdade. Sim, por aí se
começa, mas o que na verdade se busca é a aventura”
Umberto Eco
“A ligação entre a biblioteca escolar, a escola e o sucesso
educativo é hoje um facto assumido por Organizações e
Associações Internacionais que a definem como “the heart” ou
“the hub” da escola e por um conjunto de estudos a nível
internacional que atestam a sua ligação à aprendizagem e ao
sucesso educativo dos alunos”.
Katherine Mansfield
“Torna-se de facto relevante objectivar a forma como se está a
concretizar o trabalho das bibliotecas escolares, tendo como
pano de fundo essencial o seu contributo para as aprendizagens,
para o sucesso educativo e para a promoção da aprendizagem
ao longo da vida.
Neste sentido, é importante que cada escola conheça o impacto
que as actividades realizadas pela e com a Biblioteca Escolar vão
tendo no processo de ensino e na aprendizagem, bem como o
grau de eficiência dos serviços prestados e de satisfação dos
utilizadores da BE.”
(Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares. Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares .2008.disponível em: http://www.rbe.min-edu.pt)
Desenvolve uma abordagem essencialmente qualitativa, orientada para uma análise dos processos e dos resultados e numa perspectiva formativa, permitindo identificar as necessidades e os pontos fracos com vista à melhoria ou até à mudança das práticas.
Constitui-se como um instrumento pedagógico e regulador, inerente à gestão e procura de uma melhoria contínua da BE.
Assume-se como um instrumento de advocacy, de integração e promotor da visibilidade da BE.
Aponta para uma reflexão orientada para a mudança – envolvimento colectivo.
DomíniosA.
Apoio ao Desenvolvimento
Curricular
B. Leitura e literacias
C. Projectos, Parcerias e Actividades Livres e de Abertura à Comunidade
D. Gestão da Biblioteca
Escolar
SubdomíniosA1. Articulação curricular da BE com as estruturas pedagógicas e os docentes
C1. Apoio a actividades livres, extra-curriculares e de enriquecimento curricular
D1. Articulação da BE com a Escola/Agrupamento. Acesso e serviços prestados pela BE
A2. Desenvolvimento da literacia da informação
C.2. Projectos de parceriaD2. Condições humanas e materiais para a prestação dos serviços
D3. Gestão de colecção
Indicadores Apontam para as zonas de intervenção em cada domínio e permitem a aplicação de elementos que irão possibilitar uma apreciação sobre a qualidade da BE.
Factores Críticos de sucesso
Exemplos de situações, ocorrências e acções que operacionalizam o respectivo indicador. Permite compreender melhor as formas de concretização do indicador.
Recolha de Evidências Para cada indicador são apontados instrumentos para a recolha de evidências que suportam a avaliação (documentos institucionais, registos de reuniões/contactos, estatísticas de ocupação, registo de actividades, questionários aos professores e alunos…).
Acções para melhoria/Exemplos
Sugestões de acções a implementar no caso de ser necessário melhorar o desempenho da BE.
D.1. Articulação da BE com a Escola/Agrupamento. Acesso e
serviços prestados pela BE
D.2 Condições humanas e materiais para prestação dos
serviços
D.3. Gestão da Colecção
D1.1. Integração da BE na Escola/ Agrupamento
D.2.1 Liderança do/a professor/a coordenador/a.
D3.1 – Planeamento da colecção de acordo com a inventariação das necessidades curriculares e dos utilizadores.
D.1.2. Valorização da BE pelos órgãos de gestão e de decisão pedagógica
D.2.2 Adequação da equipa em número e qualificações às necessidades de funcionamento da BE e às solicitações da comunidade educativa.
D3.2 - Adequação dos livros e de outros recursos de informação (no local e online) às necessidades curriculares e de informação dos utilizadores.
D.1.3. Resposta da BE às necessidades da escola e dos utilizadores.
D.2.3 Adequação da BE em termos de espaço e de equipamento às necessidades da escola/ agrupamento.
D3.3 - Alargamento da colecção aos recursos digitais online.
D.1.4 Avaliação da BE. D.2.4 Resposta dos computadores e equipamentos tecnológicos ao trabalho e aos novos desafios da BE.
D3.4 – Uso da colecção pelos utilizadores.D3.5 – Organização da informação. Informatização da colecção.
D3.6 - Gestão Cooperativa da Colecção.D3.7 – Difusão da informação.
Indicadores Factores críticos de sucesso Recolha de evidências
Acções para melhoria/Exemplos
D1.1. Integração da BE na Escola/ Agrupamento
A escola/agrupamento inclui a BE na formulação e desenvolvimentoda sua visão/ missão, princípios e objectivos estratégicos e operacionais.O/a professor/a coordenador/a participa no Conselho Pedagógico e nos restantes órgãos de planificação/ decisão pedagógica.São desencadeadas acções com vista à partilha, discussão e aprovação da missão e objectivos da BE em Conselho de Docentes/Departamentos, Conselho Pedagógico e Assembleia de Escola.O Regulamento Interno da Escola contempla os seguintes aspectos: - Missão e objectivos da BE; - Organização funcional do espaço; - Organização e gestão dos recursos de informação; - Gestão dos recursos humanos afectos à BE; - Serviços prestados à comunidade escolar no âmbito do Projecto
Educativo; - Regimento do funcionamento da BEO Plano de desenvolvimento da BE acompanha, em termos deacção estratégica o Projecto Educativo da escola/agrupamento.O plano anual de actividades da biblioteca escolar relaciona-se em termos de objectivos operacionais com o plano anual de actividades da escola, colocando a BE ao seu serviço.A BE partilha objectivos estratégicos e operacionais e recursos, nomeadamente recursos documentais, com as restantes bibliotecas/ escolas do Agrupamento. A BE adequa os seus objectivos, recursos e actividades ao currículo nacional, ao projecto curricular de escola e aos projectos curriculares das turmas.A BE é encarada como recurso fundamental no desenvolvimento do gosto pela leitura, na aquisição das literacias fundamentais, na progressão nas aprendizagens e no sucesso escolar.
Excertos dadocumentação institucional que define os objectivos e regula o funcionamento da escola.
Documentos que regem o funcionamento da BE.
Registos de reuniões/contactos
Realizar reuniões de Conselho de Docentes/ Departamentos que discutam e definam os objectivos e a missão da BE.
Discutir a necessidade de institucionalização da BE com o Conselho Executivo e a urgência da sua integração nos documentos orientadores e reguladores da vida na escola e nos projectos e planos operacionais do seu funcionamento.
Rever os documentos já referidos. Proceder às alterações necessárias.
Promover reuniões com as restantes escolas do agrupamento.
• Registos de Observação.
• Questionários aos professores, alunos, pais/EEs (20% prof,, 10% alunos)
• Checklists.
• Registos estatísticos (requisições…)
• Informação contida em documentação que rege e estrutura a vida da escola e da BE (PEE, PCT, PAA, RI…)
• Planificações.
• Análise de trabalhos dos alunos.
• Registos de reuniões/ contactos.
• Materiais de apoio produzidos e editados.
Níveis D.1 Articulação da BE com a Escola/ Agrupamento. Acesso e serviços prestados pela BE
4
Excelente
A BE está contemplada no funcionamento global da escola/ agrupamento que a integra na formulação e desenvolvimento da sua visão/ missão, princípios e objectivos estratégicos e operacionais.
O Conselho Executivo reconhece o valor da (s) BE (s), garantindo as condições em termos de recursos humanos com qualidade e de verba para o seu bom funcionamento.
A BE assume-se e é entendida por todos como uma plataforma ao serviço da escola. O/A professor/a coordenador/a integra o Conselho Pedagógico. Os órgãos de gestão estabelecem estratégias visando a articulação entre a BE e os vários departamentos e com os diversos órgãos de planificação.
A BE está aberta em contínuo e num horário alargado. A BE articula muito bem objectivos e actividades e partilha documentação com outras bibliotecas/escolas no agrupamento. A BE responde muito bem às necessidades da escola e dos utilizadores. Faculta recursos e equipamentos e acompanhamento e formação aos utilizadores,
assumindo-se como pólo cultural e pilar do funcionamento da escola. Regista níveis de acesso correspondentes a 80% do número total de utilizadores. A BE implementa um sistema de avaliação sistemático que controla o processo de funcionamento, identificando pontos fracos e fortes e fomentando a
melhoria da qualidade, através da análise e divulgação dos resultados e posterior programação.
3
Bom
A BE está contemplada no funcionamento global da escola/ agrupamento que a integra, na formulação e desenvolvimento da sua visão/ missão, princípios e objectivos estratégicos e operacionais.
O Conselho Executivo reconhece o valor da (s) BE (s), garantindo algumas condições em termos de recursos humanos com qualidade e de verba para o seu funcionamento.
O/A professor/a coordenador/a integra o Conselho Pedagógico e articula com os departamentos/órgãos de planificação. A BE é valorizada pela escola/agrupamento que a integra na política educativa, no seu programa educativo e no seu funcionamento.
A BE está aberta em contínuo e acompanha as necessidades de ocupação dos tempos escolares. A BE articula objectivos e actividades e partilha documentação com outras bibliotecas/escolas no agrupamento. A BE responde às necessidades da escola e acompanha os utilizadores no seu acesso. Regista níveis de acesso entre 60% e 79% do número total de
utilizadores. A BE implementa um sistema de avaliação e de melhoria contínuo, planificando e orientando a sua acção com base nos dados obtidos no processo de
avaliação.
2
Satisfatório
A escola/agrupamento integra a BE no Projecto Educativo de Escola nalguns Projectos, articulando o seu funcionamento com a escola. A BE dispõe de um orçamento anual que permite o seu funcionamento e que corresponde de forma satisfatória à actualização do equipamento e dos
fundos documentais. O/A Coordenador/a integra o Conselho Pedagógico e trabalha pontualmente com alguns departamentos/ órgãos e planificação e com alguns docentes A BE funciona em horário contínuo e apoia, de acordo com as suas possibilidades, as solicitações da escola. A BE articula algumas actividades e partilha pontualmente documentação com outras bibliotecas/escolas no agrupamento. A equipa proporciona condições de acesso e responde satisfatoriamente às solicitações e acompanhamento dos utilizadores. Regista níveis de acesso
entre 45% e 59% do número total de utilizadores. A BE realiza pontualmente actividades de avaliação e de melhoria contínua da BE.
1Fraco
(a precisar de desenvolvimento urgente)
A escola/ agrupamento define políticas, elabora projectos e presta o serviço educativo sem valorizar o papel da BE. A BE não dispõe de um orçamento anual. O/A Coordenador/a/equipa trabalham isoladamente, tendo dificuldade em interagir com os órgãos de decisão e de planificação pedagógica. A BE possibilita o acesso dos utilizadores num horário com limitações. A BE não articula objectivos e actividades nem partilha documentação com outras bibliotecas/escolas no agrupamento. A BE faculta condições de acesso muito reduzidas. Regista níveis de acesso correspondentes a menos de 45% do número total de utilizadores. A equipa
acompanha e forma os utilizadores de forma muito deficitária. A BE não realiza actividades de avaliação.
Nível Descrição4 (Excelente) A BE é bastante forte neste domínio. O trabalho desenvolvido
é de grande qualidade e com um impacto bastante positivo.
3 (Bom) A BE desenvolve um trabalho de qualidade neste domínio mas ainda é possível melhorar alguns aspectos.
2 (Satisfatório) A BE começou a desenvolver trabalho neste domínio, sendo necessário melhorar o desempenho para que o seu impacto seja mais efectivo.
1 (Fraco) A BE desenvolve pouco ou nenhum trabalho neste domínio, o seu impacto é bastante reduzido, sendo necessário intervir com urgência.
Os descritores apresentados retratam o tipo de performance da BE em cada um dos níveis.
Para que a BE se situe num determinado nível deverá corresponder, no mínimo, aos descritores apresentados numa relação de 4/5, 5/6; 6/7, etc., de acordo com o número de itens que os perfis de desempenho apresentarem.
Serão avaliados um ou mais domínios por ano. A avaliação de todos os domínios será feita ao fim de três anos.
•Selecção do domínio (deve partir do professor coordenador/ equipa, mas deve resultar de uma decisão fundamentada, por forma a poder ser validamente justificada junto dos órgãos executivos e de decisão pedagógica, deve ser discutida com o CE e ser determinada pelas prioridades e restantes processos existentes na escola);
•Apresentação do modelo de auto-avaliação à comunidade escolar;
•Calendarização do processo (o que avaliar? como avaliar? quando avaliar?, estabelecer prioridades – não se pode “medir” tudo)
• Recolha de evidências (identificar as evidências mais
significativas, articular elementos quantitativos e qualitativos
(valor) - recolha de informação em diferentes momentos do ano
lectivo - a implementar nos próximos anos) informação que já
existe/facilmente identificável – documentos que orientam a
actividade da escola/BE; horário; estatísticas de diversos tipos;
registos de actividades; balanços; aquisições; etc. informação
específica – o que os outros pensam; impacto no
desenvolvimento de competências; motivação; qualidade dos
trabalhos realizados; etc.
• Registar a auto-avaliação;
• Identificar o perfil de desempenho;
• Registar acções de melhoria;
• Apresentação, discussão e aprovação do relatório em CP, bem como o plano de melhoria;
• Divulgação dos resultados à comunidade escolar através de diferentes canais (página de escola/BE)
O processo de auto-avaliação deve enquadrar-se no contexto da escola e ter em conta as diferentes estruturas com as quais é necessário interagir.
O Conselho Executivo deve envolver-se desde o primeiro momento, ser líder coadjuvante no processo e aglutinar vontades e acções;
O CP deve ser o principal “veículo” de comunicação com os diferentes departamentos e áreas disciplinares, deve ter um envolvimento ao nível da análise dos resultados e do parecer do relatório final;
Existem ainda os professores, alunos, pais ou outros agentes que vão, de uma forma ou de outra, ser chamados a participar; através da resposta a questionários, registos, sugestões;
A avaliação não constitui um fim, devendo ser entendida como um processo que deverá conduzir à reflexão e deverá originar mudanças concretas na prática.
Os exemplos de acções para a melhoria e os próprios factores críticos de sucesso apontam pistas importantes, que ajudará cada BE a identificar o caminho que deve seguir com vista à melhoria do seu desempenho.
A auto-avaliação deverá contribuir para a elaboração do novo plano de desenvolvimento, ao possibilitar a identificação mais clara dos pontos fracos e fortes, o que orientará o estabelecimento de objectivos e prioridades, de acordo com uma perspectiva realista face à BE e ao contexto em que se insere. A resposta poderá ser uma maior integração e valoração das práticas da biblioteca, junto da comunidade que serve. Processo de auto-responsabilização – BE/Escola. Melhoria da articulação entre o trabalho da Escola e o da BE.
Aumento dos níveis de colaboração entre o professor-bibliotecário e os restantes professores na identificação de recursos e no desenvolvimento de actividades conjuntas orientadas para o sucesso dos alunos.
Desenvolvimento de competências para a aprendizagem dos alunos ao longo da vida.
Adequação da BE aos objectivos educativos e ao sucesso dos alunos.
Demonstração de que as Bibliotecas Escolares podem contribuir positivamente para o ensino e a aprendizagem, podendo-se estabelecer uma relação entre a qualidade do trabalho da e com a Biblioteca Escolar e os resultados escolares dos alunos.
mostram ainda, de forma inequívoca, que as Bibliotecas Escolares podem contribuir positivamente para o ensino e a aprendizagem, podendo-se estabelecer uma relação entre a qualidade do trabalho da e com a Biblioteca Escolar e os resultados escolares dos alunos. mostram ainda, de forma inequívoca, que as Bibliotecas Escolares podem contribuir positivamente para o ensino e a aprendizagem, podendo-se estabelecer uma relação entre a qualidade do trabalho da e com a Biblioteca Escolar e os resultados escolares dos alunos. mostram ainda, de forma inequívoca, que as Bibliotecas Escolares podem contribuir positivamente para o ensino e a aprendizagem, podendo-se estabelecer uma relação entre a qualidade do trabalho da e com a Biblioteca Escolar e os resultados escolares dos alunos.
Do quadro de auto-avaliação da BE - síntese global (relatório) deve transitar o resumo dos resultados de forma a integrar o relatório de auto-avalição da escola .
A avaliação externa da escola pela Inspecção poderá, assim, avaliar o impacto da BE na escola, mencionando-a no relatório final de avaliação da escola.
Domínios de funcionamento
Ano de incidência da auto-avaliação sobre este domínio
Nível obtido
Acções para melhoria
Data de apresentação ao Conselho Pedagógico. Recomendações do Conselho Pedagógico
Resumo dos resultados de auto-avaliação a integrar no relatório de auto-avaliação da escola e a referenciar na entrevista com a Inspecção Geral de Educação.
Auto-Avaliação – Síntese Global
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