UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
FLUIDOS DE
PERFURAÇÃO
PROFESSOR:
ALCIDES WANDERLEY
Fluidos de PerfuraçãoDefinição
Fluidos de perfuração são misturas complexas de
sólidos, líquidos, e algumas vezes, gases. Do ponto
de vista químico, os fluidos podem assumir aspectos
de suspensão, dispersão coloidal ou emulsão,
dependendo do estado físico dos componentes. Eles
devem ser especificados de forma a garantir uma
perfuração rápida e segura.
Fluido armazenado no tanque
Fluidos de PerfuraçãoCaracterísticas Desejáveis
ser estável quimicamente;
ser facilmente separado dos cascalhos na superfície;
não causar danos às formações produtoras;
aceitar qualquer tratamento, físico e químico;
ser bombeável;
ter baixo grau de corrosão e abrasão;
facilitar interpretações geológicas:
– cascalhos
– perfilagem
ter baixo custo.
Controlar pressões de subsuperfície;
Remover os cascalhos para a superfície;
Limpar, resfriar e lubrificar a coluna de perfuração e a
broca;
Evitar desmoronamento das paredes do poço;
Manter os cascalhos em suspensão quando não houver
circulação;
Transmitir potência hidráulica a broca;
Reduzir os esforços na torre pelo efeito da flutuação.
Funções do Fluido de
Perfuração
Trajetória do Fluido de
Perfuração
SUPERFÍCIE
FUNDO DO POÇO
SUPERFÍCIE
X
X X
Top DriveStand Pipe
Stand Pipe Manifold
Mud Pumps
Shale Shaker
Header Tank Active Pit System
Reserve Pit System
Annulus
Blow out Preventors
Various Casing Points
Open Hole
Sand Trap
Rig Floor
Drill Pipe
X
X X
Top DriveStand Pipe
Stand Pipe Manifold
Mud Pumps
Shale Shaker
Header Tank Active Pit System
Reserve Pit System
Annulus
Blow out Preventors
Various Casing Points
Open Hole
Sand Trap
Rig Floor
Drill Pipe
X
X X
Top DriveStand Pipe
Stand Pipe Manifold
Mud Pumps
Shale Shaker
Header Tank Active Pit System
Reserve Pit System
Annulus
Blow out Preventors
Various Casing Points
Open Hole
Sand Trap
Rig Floor
Drill Pipe
X
X X
Top DriveStand Pipe
Stand Pipe Manifold
Mud Pumps
Shale Shaker
Header Tank Active Pit System
Reserve Pit System
Annulus
Blow out Preventors
Various Casing Points
Open Hole
Sand Trap
Rig Floor
Drill Pipe
X
X X
Top DriveStand Pipe
Stand Pipe Manifold
Mud Pumps
Shale Shaker
Header Tank Active Pit System
Reserve Pit System
Annulus
Blow out Preventors
Various Casing Points
Open Hole
Sand Trap
Rig Floor
Drill Pipe
X
X X
Top DriveStand Pipe
Stand Pipe Manifold
Mud Pumps
Shale Shaker
Header Tank Active Pit System
Reserve Pit System
Annulus
Blow out Preventors
Various Casing Points
Open Hole
Sand Trap
Rig Floor
Drill Pipe
X
X X
Top DriveStand Pipe
Stand Pipe Manifold
Mud Pumps
Shale Shaker
Header Tank Active Pit System
Reserve Pit System
Annulus
Blow out Preventors
Various Casing Points
Open Hole
Sand Trap
Rig Floor
Drill Pipe
Sistema de Circulação
do Fluido de Perfuração
BOMBAS DE LAMA TANQUES DE LAMA
Fluidos de PerfuraçãoPropriedades Físicas e Químicas
As propriedades físicas são mais genéricas e são
medidas em qualquer tipo de fluido;
As propriedades químicas são mais específicas e
são determinadas para distinguir certos tipos de fluidos;
Propriedades físicas mais freqüentemente medidas:
densidade, parâmetros reológicos, forças géis,
parâmetros de filtração, teor de sólidos, coeficiente de
lubricidade, resistividade e estabilidade elétrica;
Propriedades químicas mais freqüentemente
medidas: pH, teores de cloreto e de bentonita,
alcalinidade, excesso de cal, teor de cálcio e de
magnésio, concentração de H2S, concentração de
potássio.
Propriedades do Fluido de
PerfuraçãoPROPRIEDADES FÍSICAS
Massa Específica (Conhecida no campo como “ PESO ESPECÍFICO”)
M – Massa da Amostra
V – Volume da AmostraVM
Equivalência entre as Unidades:
1g/cm³ = 1kg/ l = 8,34 lb/ gal = 62,4 lb/ pe³
Viscosidade
A resistência interna que o fluido oferece ao fluxo.
Maior viscosidade maior pressão de bombeamento.
Propriedades do Fluido de
PerfuraçãoPROPRIEDADES FÍSICAS
Densidade:
– Seu valor é definido em função da pressão de poros
(pressão do fluido que se encontra nos poros da rocha),
e pela pressão de fratura das formações expostas. Para
aumentar a densidade adiciona-se normalmente
baritina, BaSO4, que tem densidade de 4,25, enquanto
a densidade dos sólidos perfurados é em média de 2,6.
– Para reduzir a densidade dos fluidos à base água,
dilui-se com água (densidade 1).
Propriedades do Fluido de PerfuraçãoPROPRIEDADES FÍSICAS
Balança para medição da densidade:
– Mede o peso aparente, pois não elimina totalmente o ar
incorporado ao fluido.
– Calibração é feita com água (8,33 lb/gal).
Propriedades do Fluido de PerfuraçãoPROPRIEDADES FÍSICAS
Parâmetros Reológicos:
– Define o comportamento do escoamento de um fluido.
– Estes parâmetros influem diretamente no cálculo das perdas de
cargas dentro da tubulação e no anular, e no cálculo da
velocidade de carreamento de cascalhos. Os parâmetros
normalmente calculados são: viscosidade aparente, viscosidade
plástica, limite de escoamento.
Propriedades do Fluido de PerfuraçãoPROPRIEDADES FÍSICAS
Viscosímetro Marsh:
– Serve somente como indicativo da viscosidade do fluido e
não pode ser usado para cálculo da perda de carga.
– Mede o tempo (em seg) de escoamento de 946 ml do fluido.
– Calibração: água -> t=26 seg a 70°F
Modelos Reológicos
Modelo Newtoniano
viscosidade aparente (μ)
Modelo Binghamiano
viscosidade plástica (VP)
limite de escoamento (LE)
Modelo Potência
índice de comportamento (n’)
índice de consistência (k’)
Propriedades do Fluido de PerfuraçãoPROPRIEDADES FÍSICAS
Viscosímetro Fann
Propriedades do Fluido de PerfuraçãoPROPRIEDADES FÍSICAS
Forças Géis:
– Alguns fluidos são tixotrópicos, ou seja, adquirem um estado
semi-rígido quando estão em repouso e voltam a adquirir um
estado de fluidez quando estão em movimento. A força gel é
um parâmetro também de natureza reológica que indica o
grau de gelificação devido à interação elétrica entre as
partículas dispersas.
– A força gel inicial mede a resistência inicial para colocar o
fluido em fluxo.
– A força gel final mede a resistência do fluido para reiniciar o
fluxo após um certo tempo em repouso. A diferença entre eles
indica o grau de tixotropia do fluido.
Propriedades do Fluido de PerfuraçãoPROPRIEDADES FÍSICAS
Parâmetros de filtração:
– A capacidade do fluido de perfuração em formar um reboco
(camada de partículas sólidas e úmidas) sobre as rochas
permeáveis é fundamental na execução de um poço.
– Para formar este reboco, é necessário um influxo da fase líquida
do fluido do poço para a formação. Este processo é a filtração. É
essencial que o fluido tenha um percentual de partículas sólidas
com dimensões adequadas para obstruir os poros rapidamente,
fazendo que somente a fase líquida do fluido, o filtrado, invada a
rocha. O filtrado e a espessura do reboco são dois parâmetros
medidos rotineiramente para definir o comportamento do fluido
quanto à filtração.
Propriedades do Fluido de PerfuraçãoPROPRIEDADES FÍSICAS
Filtro Prensa:
– Medição de filtrado e reboco
Propriedades do Fluido de PerfuraçãoPROPRIEDADES FÍSICAS
Filtro Prensa HTHP
Propriedades do Fluido de PerfuraçãoPROPRIEDADES FÍSICAS
Teor de sólidos:
– Este valor deve ser mantido o mínimo possível, pois o seu
aumento implica em aumento de várias outras propriedades,
tais como densidade, viscosidade e forças géis, além de
aumentar a probabilidade de ocorrência de problemas como
desgaste dos equipamentos, fratura das formações, prisão
da coluna e redução da taxa de penetração. O tratamento
do fluido para redução do teor de sólidos pode ser
preventivo ou corretivo. O primeiro consiste em inibir o
fluido, física ou quimicamente, evitando a dispersão dos
sólidos perfurados. O segundo faz uso dos equipamentos de
extração de sólidos, tais como tanques de decantação,
peneiras, hidrociclones e centrífugas, ou através da diluição
do fluido.
Propriedades do Fluido de PerfuraçãoPROPRIEDADES FÍSICAS
SISTEMA DE EXTRAÇÃO DE SÓLIIDOS
PENEIRAS DE LAMADESGASEIFICADOR DESAREADOR
MUD CLEANER
DESSILTADOR
CENTRÍFUGA
Propriedades do Fluido de PerfuraçãoPROPRIEDADES FÍSICAS
Retorta:
– Sistema de aquecimento e condensação
– Resultados: % óleo, % água e % sólidos (em volume)
Propriedades do Fluido de PerfuraçãoPROPRIEDADES FÍSICAS
Teor de areia:
– Peneira de 200 mesh
– Resultados: % areia (em volume)
Propriedades do Fluido de PerfuraçãoPROPRIEDADES FÍSICAS
Estabilidade Elétrica:
– Avaliar a estabilidade da emulsão e a reserva de agente
emulsificante.
Propriedades do Fluido de PerfuraçãoPROPRIEDADES QUÍMICAS
Concentração hidrogeniônica - pH:
– É medido através de papeis indicadores ou de
potenciômetros, e é geralmente mantido no intervalo
alcalino baixo, entre 7 e 10. O objetivo principal é reduzir a
taxa de corrosão dos equipamentos e evitar a dispersão das
formações argilosas.
0 7 14pH
Ácido Neutro Alcalino
Propriedades do Fluido de PerfuraçãoPROPRIEDADES QUÍMICAS
Medidores de pH
Papel Potenciômetro
Propriedades do Fluido de PerfuraçãoPROPRIEDADES QUÍMICAS
Alcalinidades:
-– O pH determina apenas a alcalinidade ou acidez relativa à
concentração de H+, empregando métodos comparativos. A
determinação das alcalinidades por métodos diretos de
titulação volumétrica de neutralização considera as espécies
carbonatos CO3 e bicarbonatos HCO3 dissolvidos no fluido,
além dos íons hidroxilas OH- dissolvidos e não dissolvidos.
– Nos testes de rotina são registrados os seguintes tipos de
alcalinidades: alcalinidade parcial do filtrado, alcalinidade da
lama e alcalinidade total do filtrado.
Tipos de Alcalinidades nos Fluidos
Pf – alcalinidade parcial do filtrado
(pH de viragem 8,3, com fenolftaleina)
Pm – alcalinidade parcial do fluido
(pH de viragem 8,3, com fenolftaleina)
Mf – alcalinidade total do filtrado
(pH de viragem 4,3, com metilorange)
Propriedades do Fluido de PerfuraçãoPROPRIEDADES QUÍMICAS
Teor de cloretos ou salinidade:
– O teste de salinidade é também uma análise volumétrica de
precipitação feita por titulação dos íons cloretos. É expressa
em mg/l de cloretos, mg/l de NaCl ou ppm de NaCl
equivalente. O resultado do teste de salinidade é usado para
identificar o teor salino da água de preparo do fluido, controlar
a salinidade de fluidos inibidos com sal, identificar influxo de
água salgada e identificar a perfuração de uma rocha ou
domo salino.
Propriedades do Fluido de PerfuraçãoPROPRIEDADES QUÍMICAS
Método:
– Volumetria de precipitação ( AgCl), com nitrato de prata, em presença
de cromato de potássio.
– Condutivímetro ou salinômetro
Cl-, mg/l = 1000 x (Vol. de AgNO3 N/35,5, em cm3)
NaCl, mg/l = 1,65 (1000) (Vol. de AgNO3 N/35,5, em cm3)
mg/l de NaCl p.p.m de NaCl
Obs.: Para conc. de NaCl < 40.000 mg/l
Salinidade, ppm = Sal., em mg/l
densidade da solução
Propriedades do Fluido de PerfuraçãoPROPRIEDADES QUÍMICAS
Concentração de sais no fluido
– os sais são incorporados ao fluido como aditivos ou contaminantes.
O aumento da salinidade – floculação maior viscosidade, maior força gel.
Conceito e cálculos de pressão
Definição: pressão é a força (F) aplicada por unidade de área (A)
AFP
Unidades: kgf / cm², lbf /pol² (psi)
1Kg / cm² = 14,22psi
Propriedades do Fluido de PerfuraçãoPROPRIEDADES QUÍMICAS
Dureza [Ca++ + Mg++]
Conceito: Concentração total de Cálcio e Magnésio
Aplicação: – Controle de rendimento de aditivos
(polímeros, surfactantes, etc.)
– Identificação de contaminantes
(cimento, gesso, etc.)
Método: Volumetria de completação com EDTA
Ação da dureza sobre aditivos de fluidos de
perfuração
CMC-Na
Carboximetilcelulose
de sódio
Ca++, Mg++
Dureza da
água
+ CMC-(Ca++,Mg++)
pptº de carboximetilcelulose
de cálcio e/ou magnésio
+ Na+
2RCOO-Na+ + Ca++, Mg++
Sabão de sódio
(RCOO)-2Ca++,Mg++
pptº sabão de cálcio e magnésio
+ Na+
Propriedades do Fluido de PerfuraçãoPROPRIEDADES QUÍMICAS
Teor de bentonita ou de sólidos ativos:
– O teste do azul de metileno ou MBT é uma análise
volumétrica por adsorção, que serve como indicador da
quantidade de sólidos ativos ou bentoníticos no fluido de
perfuração. Ele mede a capacidade de troca de cátion das
argilas e sólidos ativos presentes.
Classificação dos Fluido de
Perfuração
Baseia-se no constituinte principal da fase contínua ou
dispersante:
– à base água,
– à base sintética,
– à base de ar ou de gás.
– A natureza das fases dispersante e dispersa, bem como os
componentes básicos e a suas quantidades definem não
apenas o tipo de fluido, mas também as suas características e
propriedades.
Fluidos de PerfuraçãoÀ BASE ÁGUA
A definição de um fluido à base água considera
principalmente a natureza da água e os aditivos químicos
empregados no preparo do fluido. A sua composição é
fundamental no controle das propriedades do fluido.
A água pode ser doce, dura ou salgada:
– Doce: salinidade inferior a 1000 ppm de NaCl equivalente e não
necessita pré tratamento químico.
– Dura: presença de sais de Ca e Mg dissolvidos que alteram o
desempenho dos aditivos químicos.
– Salgada: salinidade maior que 1000 ppm de NaCl equivalente,
e pode ser água do mar, ou salgada com a adição de sais como
NaCl, KCl ou CaCl2.
Fluidos de PerfuraçãoÀ BASE ÁGUA
A principal função da água é prover o meio de
dispersão para os materiais coloidais, tais como argila e
polímeros, que controlam viscosidade, limite de
escoamento, forças géis e filtrado.
Na seleção da água devem ser considerados os
seguintes fatores: disponibilidade, custo de transporte e
de tratamento, tipos de formações geológicas a serem
perfuradas, produtos químicos e equipamentos e
técnicas a serem utilizados na avaliação das formações.
Fluidos de PerfuraçãoÀ BASE ÁGUA
Os sólidos dispersos no meio aquoso podem ser
ativos ou inertes .
– Sólidos ativos: são materiais argilosos (bentonita e
atapulgita), cuja função é aumentar a viscosidade.
– Sólidos inertes: podem se originar da adição de
materiais industrializados ou serem provenientes de
cascalhos finos, normalmente areia, silte e calcário. Baritina
é o sólido inerte mais comum. Outros são calcita e
hematita.
Fluidos de PerfuraçãoÀ BASE ÁGUA
Produtos químicos adicionados:
– alcalinizantes e controladores de pH: soda cáustica, potassa cáustica
e cal hidratada;
– dispersantes: lignossulfonato, tanino, lignito e fosfatos
– redutores de filtrado: amido;
– floculantes: soda cáustica, cal e cloreto de sódio;
– viscosificante, desfloculante ou redutor de filtrado: polímeros;
– emulsificante e redutor de tensão superficial: surfactantes;
– removedores de Ca e Mg: carbonato e bicarbonato de sódio;
– inibidores de formações ativas: cloreto de potássio, sódio e cálcio;
–bactericidas: paraformaldeído, compostos organiclorados, soda
cáustica e cal.
– outros: anticorrosivos, traçadores químicos, antiespumantes.
Fluidos de PerfuraçãoÀ BASE ÁGUA
Fluidos não-inibidos:
– perfuração de rochas superficiais compostas na
maioria das vezes de sedimentos inconsolidados.
Fluidos inibidos:– perfuração de rochas com alta atividade química na
presença de água doce, tornando-se plásticas,
expansíveis, dispersíveis ou até mesmo solúveis.
– Adiciona-se inibidores: eletrólitos e/ou polímeros.
– Inibidores físicos: são adsorvidos sobre a superfície
das rochas impedindo o contato direto com a água.
– Inibidores químicos: reduzem a atividade química
da água e podem reagir com a rocha alterando sua
composição (ex.: cal, cloretos de Na, K e Ca).
Exemplo clássico é a rocha salina com alta
solubilidade em água doce. Neste caso usa-se fluido
saturado com NaCl como dispersante.
Fluidos de PerfuraçãoÀ BASE ÁGUA
Fluidos com baixo teor de sólidos:
– utilizados para aumentar a taxa de penetração.
Fluidos emulsionados com óleo:
– utilizados para reduzir a densidade e evitar perdas de
circulação.
Fluidos de PerfuraçãoÀ BASE ÁGUA
Formulação Básica:
– ÁGUA
– ALCALINIZANTE (NaOH, KOH, Ca(OH)2, MgO)
– VISCOSIFICANTE (BENTONITA, CMC,
POLIACRILAMIDA, GOMA XANTANA)
– CONTROLADORES DE FILTRADO (CMC,
POLIACRILATO, AMIDO)
– ESTABILIZADORES DE FORMAÇÃO (KCL, NACl,
POLIACRILAMIDA, POLÍMERO CATIÔNICO)
– ADENSANTE (NACL, CaCl2, FORMIATO, BARITINA,
CaCO3, HEMATITA)
– INIBIDOR DE CORROSÃO (POLIAMINAS)
– BACTERICIDA (TRIAZINA)
Fluido de Perfuração
a Base Água
Inibido
Inibição
Física
Polímeros
Salgado
Saturado
Eletrólitos
Ca++, K+,Na+,NH+4
Emulsiona
do
com óleo
Baixo teor
de sólidos
Óleo
Petróleo
Disperso
Nativo
Comfloculante
Comdispersante
InibiçãoQuímica
Inicial ou
não inibido
Levementetratado
Fluido Inicial Convencional
Características
– Alto poder de carreamento, baixo poder de inibição
Aplicação
– Perfuração de fases iniciais (poço 36 a 17,5 pol.)
Composição Básica de um fluido convencional flo-culado ou
tampão viscoso
– Água industrial
– Argila Ativada 30-40 lb/bbl
– Soda Cáustica 0,5 lb/bbl
Características
– Fluido inibido por polímeros catiônicos e íons Na+ ou K+
Aplicação
– Indicado para a perfuração de folhelhos altamente reativos
Composição Básica
– Água industrial
– Argila ativada 5,0-10,0 lb/bbl
– Polímero catiônico 4,0-6,0 lb/bbl
– CMC AVAS 1,0-1,5 lb/bbl
– Goma xantana 1,0-1,5 lb/bbl
– CMC BVAS 1,0-2,0 lb/bbl
– Surfactante 0,02% v/v
– Soda cáustica para pH = 8,5-9,5
– NaCl ou KCl para salinidade desejada
Fluidos Tratados com Polímero Catiônico
Fluidos Salgados Saturados
Características
– Inibição química fornecida pelos íons dissolvidos.
– Altamente agressivo ao meio ambiente.
Aplicação
– Na perfuração de formações salinas.
Composição Básica
– Água industrial
– Argila ativada 15-30 lb/bbl
– Amido 8-12 lb/bbl
– Soda cáustica 1-1,5 lb/bbl
– NaCl para saturação
Fluidos Emulsionados (Milk Mud)
Características
– Emulsão de fase óleo em água (O/A). Baixa densidade.
Aplicação
– Na perfuração de zonas com possibilidade de perda de circulação.
Composição Básica
– Água industrial 50-90% v/v
– Argila ativada 0,0 a 5,0 lb/bbl
– Soda cáustica 0,5 lb/bbl
– Surfactante 0,5 a 2,0 % v/v
– CMC AVAD 1,0-2,0 lb/bbl
– Fase oleosa 10-50% v/v
Fluidos de PerfuraçãoÀ BASE SINTÉTICA
A fase contínua ou dispersante é constituída
por uma fase sintética, geralmente composta
de hidrocarbonetos líquidos.
A fase dispersa é formada por pequenas
gotículas de água ou de solução aquosa.
Alguns sólidos coloidais, de natureza
inorgânica e/ou orgânica, podem também
compor esta fase dispersa.
Estes fluidos podem ser:
– emulsão água / óleo (teor de água menor que
10%).
– emulsão inversa (teor de água de 10% a 45%).
Fluidos de PerfuraçãoÀ BASE SINTÉTICA
Fluidos não aquosos são
formulados usando aditivos
componentes de um amplo
grupo de substâncias chamados
tensoativos ou surfactantes.
Estes produtos químicos
incluem emulsificantes, sabões
e agentes molhantes. Eles
atuam reduzindo a tensão
interfacial entre dois líquidos ou
entre um líquido e um sólido.
Fluidos de PerfuraçãoÀ BASE SINTÉTICA
Principais características:
– alto grau de inibição às rochas ativas
– baixíssima taxa de corrosão
– propriedades controláveis acima de 180°C até
260°C
– alta lubricidade
– largo range de densidade: de 0,89 a 2,4
– baixíssima solubilidade aos sais
– Estabilidade de poço é melhorada
Fluidos de PerfuraçãoÀ BASE SINTÉTICA
Normalmente são utilizados em:
– poços HTHP
– formações argilosas
– formações salinas
– arenitos produtores danificáveis por fluidos à base
água
– poços direcionais de grande afastamento
– formações com baixa pressão de poro ou de fratura
Fluidos de PerfuraçãoÀ BASE SINTÉTICA
Desvantagens:
– dificuldade de detecção de gás no poço
devido a sua solubilidade na fase contínua
– mais poluente
– interferência com alguns tipos de perfis
– maior custo
Formulação Básica:
– ÓLEO SINTÉTICO
– SALMOURA (NaCl, CaCl2)
–EMULSIFICANTE (ÁCIDOS GRAXOS MODIFICADOS)
– ALCALINIZANTE (CaO, MgO)
– MODIFICADOR REOLÓGICO (RESINA)
– ADENSANTE (BARITINA, HEMATITA)
Fluidos de PerfuraçãoÀ BASE SINTÉTICA
Composição básica ( bacia de Campos )
– Base orgânica 50 a 65 % v/v
– Emulsificante primário 8 – 10 lb/bbl
– Cal hidratada 4 – 5 lb/bbl
– Salmoura de NaCl 30 a 45 % v/v
– Redutor de filtrado 1 – 4 lb/bbl *
– Argila organofílica 2 – 4 lb/bbl
– Modificador reológico 0,25 – 0,5 lb/bbl
– Barita QSP
* Varia em função do filtrado desejado e do tipo de controlador de filtrado.
Composição do Fluido Sintético
Fluidos de PerfuraçãoÀ BASE DE AR OU GÁS
O fluido circulante é ar ou gás (N2)
Situações que recomendam este tipo de fluido:
– perfuração de zonas de perdas de circulação severas;
– formações produtoras com pressão muito baixa ou grande
suscetibilidade a danos;
– perfuração de rochas muito duras como o basalto ou o
diabásio;
– regiões com escassez de água;
– regiões glaciais com camadas espessas de gelo.
Fluidos de PerfuraçãoÀ BASE DE AR OU GÁS
Perfuração com ar:
– utiliza apenas ar ou nitrogênio como fluido
– limitada a formações que não produzam elevadas quantidades de
água e não contenham Hidrocarbonetos
Perfuração com névoa:
– utiliza uma mistura de água dispersa no ar
– empregada quando são encontradas formações que produzam água
em quantidade suficiente para comprometer a perfuração simplesmente
com ar
Fluidos de PerfuraçãoÀ BASE DE AR OU GÁS
Perfuração com espuma:
– dispersão de gás em líquido, na qual a fase contínua é
constituída por um filme delgado de uma fase líquida,
estabilizada por um tensoativo (espumante)
– empregada quando é necessário eficiência elevada de
carreamento de cascalhos, uma vez que apresenta alta
viscosidade
Perfuração com fluido aerado:
– quando é necessário gradientes de pressão intermediários
entre os fluidos convencionais e as espumas
– injeta-se ar, N2 ou gás natural ao fluxo contínuo do fluido de
perfuração para diminuir a densidade
– recomendada em regiões com perdas de circulação
VALOR MÉDIO (PERCENTUAL)
DO CUSTO DE FLUIDOS NA
PERFURACAO
No mar
– 5,0 a 8,0 % do custo total do poço
Em terra
– 3,0 a 5,0 % do custo total do poço
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