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FITOTERAPIAHISTÓRICO
MÁRCIO RAVAZOLI
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DEFINIÇÃO
Fitoterápicos são medicamentos obtidos a partir de plantas medicinais. Eles são obtidos empregando-se exclusivamente derivados de droga vegetal. (ANVISA)
Fitoterapia (Grego)
therapeia = tratamento
phyton = vegetal
http://www.hierbaluisa.info/var/ba/53155/480723-herbolario-hierba-luisa-productos-biologicos.jpg
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A utilização de plantas medicinais é tão antiga quanto a raça humana e a preparação de medicamentos fitoterápicos sempre fez parte da prática farmacêutica.
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A descoberta das propriedades curativas das plantas foi, no início, meramente intuitiva ou dada pela observação dos animais que buscavam nas ervas cura para suas afecções.
http://www.agendapet.com.br/Content/images/uploads/artigos/m_1.jpeg
Brasil Índios - rituais de curasAfricanos – rituais religiosos
Importante influencias de imigrantes (europeus, japoneses e chineses)
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DE 3000 A 2000 a.C.
Mesopotâmia (3000 a.C.) – o homem a serviço dos deuses, doenças eram castigos pelos pecados – Táboas (meimendro, papoula, cânhamo, canela, salgueiro, figo, tâmara e outras 250 plantas)
Egito (2980 a.C.) – mumificação com banhos de ervas e sais. Imhotep – 1º médico que utilizava plantas medicinais.
China (2900 a.C.) – Início dos estudos com plantas e acupuntura.
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China (2900 a.C.) – Início dos estudos com plantas e acupuntura. Pen T’asso (2000 a.C.) – primeira obra sobre plantas
medicinais escrita pelo legendário imperador chinês Shen-Nung.
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Pen_ts'ao,_woodblock_book_1249-ce.png
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DE 1999 A 1 a.C.
Papiro de Ebers (1500 a.C.) – Resquícios da antiga civilização egípcia (faraó Ramsés I) – 800 fórmulas Papoula, ginseng, rícino, romã, coentro, alho, linho, sene
http://deficienciavisual14.com.sapo.pt/r-Papiro_Ebers.htm
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Índia (1000 a.C.) – medicina Ayurveda (cura do espírito, corpo e mente)
Hipócrates (460-377 a.C.) – pai da medicina Consagra a terapia com os vegetais e substâncias químicas
extraídas dos vegetais (quinino, cafeína, colchicina, codeína, teobromina, cocaína, efedrina, teofilina, morfina, estricnina e emetina)
Para cada doença descreve um remédio vegetal e o tratamento correspondente.
“Que o teu alimento seja teu remédio”
http://www.palavrademedico.com.br/hipocrates2.gif
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Theophrastus (370-286 a.C.) – Pai da Botânica, filósofo e cientista, foi sucessor de Aristóteles. Historia plantarum: descreveu inúmeras plantas medicinais que
conheceu nas campanhas juntamente com o exército de Alexandre.
Observou a diferença ente Mono e Dicotiledônia (Angiospermas);
Observou aspectos farmacológicos da mirra, cássia, beladona ...
http://www.blogger.com/profile/04981876713019298465
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A PARTIR DO ANO 1 d.C.
Dioscórides (40-90) – Pai da Farmacognosia Tratado De Materia Medica que representa um marco histórico no
conhecimento de numerosos fármacos, muitos dos quais ainda hoje são usados, são descritos cerca de 600 produtos de origem vegetal, sua obra passa a ser usada como guia de ensino no mundo romano e no árabe até o século XV.
http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=45102&op=all
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Idade Média (idade negra) 476-1453 Privação do saber;
Somente igreja tinha acesso ao conhecimento;
Santa inquisição (plantas diabólicas), caça as bruxas;
Estagnada na arte de curar;
http://pastoraldamulherbh.blogspot.com.br/2012_03_04_archive.html
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Renascimento (1453-1789) Valorização da experimentação e observação direta;
Grandes viagens para as Índias e para a América;
Paracelso (1493) – Médico alquimista, Pai da Farmacoquímica - Teoria das assinaturas, relacionou as propriedades das plantas de acordo com a forma, cor e morfologia.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Paracelsus.jpg
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A FITOTERAPIA NOS TEMPOS ATUAIS
Século XX – produtos de síntese e Fitoterapia considerada “prática médica menor”;
Talidomida – dúvidas dos critérios de avaliação de segurança (Farmacovigilância) – 1982-1990 + 200 drogas sintéticas retiradas devido graves casos de intoxicação entre a população.
Fitoterapia silenciosa, publicação de estudos envolvendo plantas medicinais em revistas especializadas e revistas médicas, inclusive em círculos médicos ortodoxos.
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Modernos métodos de extração, identificação e padronização das substâncias provenientes das plantas, somados à moderna investigação cientifica, permite gerar margens de segurança na prescrição de fitoterápicos.
A Fitoterapia não deve ser considerada uma prática inócua, nem ser apresentada como um substituto à farmacologia de síntese.
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“Um veneno pode ser um remédio e um remédio pode ser um veneno”
Paracelso
“Não existe plantas tóxicas e sim o uso indevido de plantas”
Alonso
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALONSO, J. Fitomedicina: curso para profissionais da área da saúde. São Paulo: Pharmabooks, 2008. 195 p.
FERRO, D. Fitoterapia – conceitos clínicos. São Paulo: Editora Atheneu, 2006.
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