FASCIOLOSE GRUPO 11:
Tiago Ciffoni Bianchi RA: 1801148
Rodrigo Hideki Kato RA: 1801149
Izabela Cunha Toffoli RA: 1801154
Lucas Mantovani Cardoso RA: 1801158
Fabio Silveira Ferrão RA: 1801161
Disciplina de Parasitologia
CARACTERÍSTICAS
EPIDEMIOLÓGICAS
A Fasciolose e uma doença causada por 2 espécies de trematódeos
Fasciola hepática e Fasciola gigantica, sendo os ovinos e bovinos seus
principais reservatórios .
Os casos humanos muitas vezes acompanham a distribuição da doença
nos animais.
No Brasil, principalmente nas Regiões Sul e Sudeste, verifica-se a
presença dessa parasitose nos rebanhos bovino e ovino, com
prevalências variando de 6,3 a 27,2%.
Casos humanos da doença são relatados principalmente na região Sul
do Brasil, com destaque para o estado do Paraná.
No Brasil, alguns trabalhos relatam a ocorrência de casos
humanos da doença, principalmente nos Estados do Paraná,
Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Rio de janeiro, Santa
Catarina e São Paulo.
Fonte da imagem: Almeida (2010)
AGENTES ETIOLÓGICOS
A Fasciolose é uma doença causada pelo parasita Fasciola hepatica e
as vezes, pela Fasciola gigantica.
Na Europa, Américas e Oceania, apenas a Fasciola hepática está
presente.
São parasitas dos canais biliares de bovinos, ovinos, caprinos, suínos,
equinos e, raramente, do homem, sendo mais comum nos ruminantes.
HOSPEDEIROS
Hospedeiro Definitivo: Carneiros, bovinos, veados, coelhos e outros
herbívoros
Hospedeiro ocasional/acidental: homem
Hospedeiro Intermediário: caramujos do gênero Lymnae
Principais espécies no Brasil:
Lymnae columela
Lymnae viatrix
CICLO DE VIDA
1. Os ovos não embrionados são descarregados nos ductos biliares e
excretados nas fezes. 2. Os ovos tornam-se embrionados na água. 3.
Ovos liberam miracídios, que invadem um caramujo (hospedeiro
intermediário). 4. No caramujo, os parasitas passam por várias fases
de desenvolvimento (esporocistos, rédias e cercárias). 5. As cercárias
são liberadas a partir do caracol e encistam como metacercárias na
vegetação aquática ou outras superfícies. 6. A infecção é adquirida
pela ingestão de plantas, principalmente agrião, contendo
metacercárias. 7. Após a ingestão, as metacercárias encistam no
duodeno. 8. Eles migram através da parede intestinal, cavidade
peritoneal e parênquima hepático para os ductos biliares, onde se
desenvolvem em adultos.
CICLO DE VIDA
TRANSMISSÃO
No caso dos herbívoros a transmissão ocorre pela ingestão de plantas
aquáticas que possuem as metacercarias
Ingestão de verduras contendo larvas metacercarias do parasita
(destaque para agrião, pois sua plantação ocorre em áreas alagadas
que podem ter a presença do molusco)
Em casos mais raros há a transmissão pelo consumo de fígado cru,
com destaque para a região do Oriente Médio.
ASPECTOS CLÍNICOS
Maioria dos casos são assintomáticos
Quando ocorre sintomas :
• Hepatomegalia dolorosa
• Náusea
• Febre
Nos Ductos Biliares:
• Lesão da mucosa biliar
• Inflamação dos ductos biliares
No fígado:
• Hepatite traumática gerada pela migração simultânea de um grande
número de parasitas
• Hemorragia
• Fibrose
• ‘’Baratinhas no fígado’’
DIAGNÓSTICO
Sorologias
Exame microscópico das fezes ou material duodenal ou biliar para ovos
A tomografia computadorizada (TC) frequentemente revela lesões no
fígado durante a fase aguda da infecção. Ultrassonografia, tomografia
computadorizada e ressonância magnética podem detectar alterações
do trato biliar na doença crônica.
TRATAMENTO
O tratamento da Fasciolose é com Triclabendazol (10 mg/kg {via oral }
uma vez após uma refeição ou, nas infecções graves, duas vezes em
intervalo de 12 a 24 h)
Outra alternativa é a Nitazoxanida (500 mg {via oral } 2 vezes ao dia
durante 7 dias).
Ou também o Metronidazol (250 mg a cada 8 horas por três semanas {via
oral } )
PROFILAXIA Para o homem, a profilaxia é feita evitando-se o consumo de agrião
cru, principalmente quando são irrigados por água de rio, ou
adubados com estrumes.
Nos animais, os que estiverem infectados devem ser tratados,
evitando, na medida do possível, que defequem perto da água.
Também deve ser feito um controle da população de
caramujos Lymnaea, utilizando-se molusquicidas, e também há a
alternativa do controle biológico através da criação do molusco
Solicitoides sp sendo ele um predador importante
Drenagem de pastagens alagadas
Tratamento devido da água
OVOS
Miracidio eclode através do opérculo (tampinha)
São eliminados nas vias Biliares, caem no lúmen intestinal e são
eliminados nas fezes
FORMA DO VERME ADULTO
RELATO DE CASO
Uma paciente de 69 anos, natural de Portugal, esteve recentemente no Egito, Brasil e Índia. Tem histórico de colecistectomia e carcinoma do endométrio com 3 anos de acompanhamento em consulta oncológica; estava clinicamente assintomática, sem alterações no exame físico e com marcadores tumorais negativos. Entretanto, apresentou elevação persistente dos valores de fosfatase alcalina (FA) e gama - glutamil transpeptidase (γ-GT).
Inicialmente foi realizada uma ultrassonografia abdominal sem alterações, seguida de ressonância magnética (RM), que revelou a presença de “material viscoso” na porção distal do ducto biliar principal (Fig. 1).
Fig. 1: RM mostrando material viscoso no ducto biliar principal
Ela foi então encaminhada para consulta de
gastroenterologia e realizou uma ultrassonografia
endoscópica (EUS) que revelou uma leve dilatação
do trato biliar intra-hepático. O ducto biliar
principal apresentava paredes normais e na
porção distal era observado material filiforme e
móvel.
O paciente foi então submetido a
colangiopancreatografia retrógrada endoscópica
(CPRE), que confirmou a dilatação do ducto biliar
principal com 15 mm. Na porção terminal do trato
biliar principal, uma imagem de subtração de 12
mm foi detectado um parasita no duodeno
(Fig.3).
Fig.3: Parasita detectado pelo CPRE (seta).
RELATO DE CASO
Sabendo que a Fasciolose é uma doença geralmente
assintomática e silenciosa, como ocorreu o processo de
suspeita e investigação dessa parasitose, pelos médicos
que consultaram a paciente?
DISCUSSÃO DO CASO
Através do uso da Sonda “Dormia” (Fig. 4), foi possível
remover os organismos adultos da Fasciola hepática (Fig.
5).
O achado do organismo vivo no trato biliar principal é um
fenômeno extremamente raro, uma vez que habita
preferencialmente a vesícula biliar.
Este paciente foi tratado com uma dose única de
triclabendazol (um anti-helmíntico sistêmico) que é
considerado seguro e eficaz. O paciente apresentou
melhora clínica e normalização das amostras de sangue.
CONCLUSÃO DO CASO
Fig. 4: Sonda “Dormia”
Fig. 5: Fasciola hepática
BIBLIOGRAFIA
http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S167949742007000400004
file:///C:/Users/User/Downloads/3051-13408-2-PB.pdf
https://www.infoescola.com/doencas/fasciolose/
Imagens
http://motoprazer.blogspot.com/2012_05_06_archive.html
http://www.agronegocios.eu/noticias/fasciolose/
https://www.hortamercurio.com.br/planta/177-agriao
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/multimedia/image/v1014602_pt
http://www.planetainvertebrados.com.br/index.asp?pagina=especies_ver&id_categoria=27&id_subcategoria=0&com=1&id=102&local=2
Caso clínico
Fasciola hepatica—a “Diver” in the Biliary Tree. Martins, A., Gonçalves, Á., Almeida, T. et al. J Gastrointest Surg (Novembro, 2017) v.21. Em https://doi.org/10.1007/s11605-017-3477-z.
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