Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Escola de Música
Licenciatura em Música
FAELTON BATISTA BASILIO
DE ALUNO A PROFESSOR DE MÚSICA: UM RELATO DE
EXPERIÊNCIA NA IGREJA ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA
DO CONJUNTO SANTA CATARINA NATAL/RN.
Natal/RN
2021
FAELTON BATISTA BASILIO
DE ALUNO A PROFESSOR DE MÚSICA: UM RELATO DE
EXPERIÊNCIA NA IGREJA ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA
DO CONJUNTO SANTA CATARINA NATAL/RN.
Monografia apresentada como exigência parcial para
obtenção do título de Graduação em Licenciatura
pleno em Música à Banca Examinadora da Escola de
Música da Universidade Federal do Rio Grande do
Norte.
Orientador: Prof Dr: Ticiano Maciel D`Amore.
Natal/RN
2021
FAELTON BATISTA BASILIO
DE ALUNO A PROFESSOR DE MÚSICA: UM RELATO DE
EXPERIÊNCIA NA IGREJA ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA DO
CONJUNTO SANTA CATARINA NATAL/RN.
Monografia apresentada como exigência parcial para
obtenção do título de Graduação em Licenciatura
pleno em Música à Banca Examinadora da Escola de
Música da Universidade Federal do Rio Grande do
Norte.
Aprovada em __/__/__
BANCA EXAMINADORA:
___________________________________
Profº Drº Ticiano Maciel D`Amore
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Orientador
_________________________________________
Profº Ms Juliano Antônio Ferreira Xavier
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Membro da Banca
________________________________________
Profº Ms José Simião Severo
Convidado externo
Membro da Banca
DEDICATÓRIA
Dedico esse trabalho acadêmico a minha mãe
Lindalva Batista Basilio por sempre acreditar e
mim e no poder transformador da educação
através da arte da música. A Deus por sempre me
manter de pé diante das dificuldades.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus por estar sempre comigo e me mostrar à direção certa, pois sem ele,
jamais conseguiria tal feito. A minha amada família! Meus pais, irmãos em especial por sempre
me motivarem nas horas que pensei em desistir.
Quero dedicar e ao mesmo tempo agradecer a algumas pessoas em especial, o meu avô
José Batista (em memoria), que teve um papel fundamental em minha infância me fazendo
acreditar que, as raízes do sucesso é o estudo, e que tudo fosse realizado com amor e dedicação.
A minha mãe Lindalva Batista Basilio, sendo a minha base e alicerce, por seu esforço
em me ajudar diante de tanta luta sempre se doando para realização deste sonho, a minha amada
avó Lindalva Gonçalves Batista (em memória) que também foi como um exemplo em
dedicação e cuidado, contribuindo assim para minha formação como cidadão.
Aos amigos e professores dessa maravilhosa arte que assim contribuíram para minha
formação docente me ensinando sempre sobre o ensino da música e suas práticas, sendo eles
Pedro Fonseca de Mendonça (Pedro bianchie), meu primeiro professor de guitarra elétrica.
O professor e grande mestre Manoca Barreto (em memória) que me ensinou os
caminhos da harmonia e improvisação um exemplo de ser humano e docente. Ao meu
Orientador Ticiano D´Amore por toda paciência e assim me orientar nesse trabalho.
A minha amada companheira Jucilene Andrade por estar me encorajando com todo
amor e sempre se fazendo presente nessa jornada sendo minha base.
A igreja adventista do sétimo dia do conjunto Santa Catarina Natal/RN por ter sido a
minha primeira escola musical.
A minha turma de 2016.1, e também a todos que acreditaram e estiveram na minha
torcida, muito obrigado que Deus abençoe a todos. Até aqui o senhor me ajudou!
RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo relatar o ensino da guitarra elétrica em um contexto não
formal na igreja, onde por meio das experiências vividas entre um grupo percebi a importância
do papel da igreja em relação a junção e socialização entre membros e visitantes contribuindo
assim para uma educação voltada as práticas de instrumento. Tendo como objetivo geral, de
que forma uma formação acadêmica de um professor pode contribuir para o desenvolvimento
no ensino musical na igreja. Na parte teórica são discutidos, Importância da formação
acadêmica para o docente de música, o ensino de música nas igrejas. Se configura como uma
pesquisa qualitativa, através de um relato de experiência que retrata as vivencias, aprendizados
e resultados diários, retratando assim uma experiência pessoal. Essa pesquisa conclui que, a
importância de uma formação acadêmica docente para um músico no ambiente não formal, é
extremamente necessária. Pois, a soma das experiências vividas, tendo erros e acertos,
contribuíram para uma auto avaliação e pela busca do conhecimento. Utilizando dos mesmos
para organizar uma metodologia capaz de suprir as necessidades essenciais para atuação
musical do indivíduo, construindo assim um ser crítico que busque cada dia pesquisar e
aprimorar seus conhecimentos musicais.
Palavras-chave: Aulas de Música, Guitarra, Igreja, Formação docente.
ABSTRACT
The present work aims to report the teaching of the electric guitar in a non-formal context in
the church, where through the experiences lived among a group I realized the importance of the
role of the church in relation to the junction and socialization between members and visitors
thus contributing to a education focused on instrument practices. Having as a general objective,
how an academic formation of a teacher can contribute to the development of musical teaching
in the church. The theoretical part discusses, Importance of academic training for music
teachers, teaching music in churches. It is configured as a qualitative research, through an
experience report that portrays the experiences, learnings and daily results, thus portraying a
personal experience. This research concludes that the importance of academic academic
training for a musician in the non-formal environment is extremely necessary. Because, the sum
of the lived experiences, having mistakes and successes, contributed to a self-assessment and
the search for knowledge. Using them to organize a methodology capable of supplying the
essential needs for musical performance of the individual, thus building a critical being who
seeks every day to research and improve his musical knowledge.
Keywords: Music lessons, guitar, church, Teacher training.
“A educação tem raízes
amargas, mas os seus frutos
são doces”. Autor: Aristóteles
SUMÁRIO
1 – Introdução ............................................................................................................... 11
2- A importância da formação acadêmica para o docente de música ......................... 13
3 - O ensino de música nas igrejas ................................................................................ 21
4- Vivencias, aprendizados e resultados. ........................................................................24
5- Considerações finais ................................................................................................. 31
Referências .................................................................................................................... 32
.
11
1. INTRODUÇÃO
A igreja é um ambiente onde as pessoas se reúnem para assim louvar e cultuar a Deus,
mas também é um ambiente onde a música se torna presente de forma que muitas pessoas se
envolvem e desenvolvem aptidão pelo estudo de um instrumento musical, e assim, ao longo do
tempo, põe em prática o conhecimento adquirido, aplicando em momentos de cultos e em
encontros religiosos.
A fundamentação da educação não formal ocorre na identificação de interesses, fazendo
parte de um processo de construir o coletivo do grupo. A música é uma forte aliada na formação
cognitiva, fazendo o aluno entrar em um mundo mais prazeroso e se descobrindo. Segundo
Gaiza (1998) a música tem elemento importante e fundamental para desenvolvimento e
transformação do homem.
Segundo Fontoura e Silva (2009) que o processo de aprendizagem através da
transmissão do conhecimento musical se tem bons resultados, pois o contato direto entre os
alunos no fazer musical, sendo assim, estando de acordo com as práticas de conjunto.
O ensino da guitarra elétrica na igreja tem a cada dia crescido, pois através da
transmissão de conhecimentos entre cada membro é passada, de forma que, os mesmos atuem
e apliquem. E nada melhor que as práticas de conjunto nos cultos, onde aquilo que é transmitido
referente ao ensino da guitarra, através de tais tópicos como: acordes, campo harmônico, escalas
e arpejos se tem de grande valia, pois se torna a base teórica e prática para o músico guitarrista
ter conhecimento, e assim pôr em prática.
O ambiente da igreja é mais informal. O aprendizado se dá através da interação de
membros da comunidade que contribuem com a prática do ensino musical, entretanto grande
parte dos professores sem muita formação acadêmica. A vivência no ambiente religioso da
igreja permite que a prática do aluno desenvolva uma performance musical de forma rápida
para assim atuar nos grupos pertencentes a igreja.
Desta feita, visando oportunizar um estudo aprofundado a esse seguimento, este trabalho
busca responder a alguns questionamentos: de que maneira uma formação acadêmica de um
professor pode contribuir para o desenvolvimento no ensino musical da igreja?
Buscando responder essa pergunta esse trabalho tem como objetivo geral entender: De
que maneira uma formação acadêmica de um professor pode contribuir para o desenvolvimento
no ensino musical da igreja?
12
Tendo como objetivos específicos:
Entender o ambiente acadêmico do docente em música:
Discutir o ensino de música nas igrejas;
Relacionar resultados
Experiência com as referências estudadas.
Esse trabalho é do tipo pesquisa qualitativa sendo considerado um relato de experiência.
Para Flick (2009), pesquisa qualitativa tem diversas abordagens, não se baseando apenas
em um único modo teórico, e por ter essas variadas abordagens a mesma desempenha o papel
de mostrar os resultados variados dentro dessa linha de pesquisa.
Para Bresler:
O investigador qualitativo escolhe quais realidades deseja investigar. Nem toda
realidade de uma pessoa é vista da mesma maneira. A pessoa pode acreditar em
relatividade, contextualidade e construtivismo sem considerar que todas essas visões
possuem o mesmo valor. (BRESLER, 2007, p. 13)
O relato de experiência segundo Reis (2015), é a técnica da pesquisa que estuda um
caso ou fenômeno dentro dos seus variados aspectos selecionando assim um objeto para
análise.
Afirma João José Saraiva da Fonseca que:
... pode ser caracterizado de acordo com um estudo de uma entidade bem definida
como um programa, uma instituição, um sistema educativo, uma pessoa, ou uma
unidade social. Visa conhecer em profundidade o seu “como” e os seus “porquês”, evidenciando a sua unidade e identidade próprias. É uma investigação que se assume
como particularística, isto é, que se debruça deliberadamente sobre uma situação
específica que se supõe ser única em muitos aspectos, procurando descobrir o que há
nela de mais essencial e característico. (FONSECA, 2002, p. 33)
O primeiro capítulo faz inferências sobre a importância da formação acadêmica para o
docente de música. O segundo capitulo é abordado o ensino de música nas igrejas. O terceiro
capitulo retrata experiências pessoais na igreja adventista do sétimo dia do conjunto Santa
Catarina Natal/RN.
Este trabalho se encaixar em pesquisa qualitativa e relato de experiência, uma vez que
o mesmo busca relatar uma experiência pessoal como músico e futuro docente dentro do
ambiente religioso.
13
2. A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO ACADÊMICA PARA O DOCENTE DE
MÚSICA
Nesse capítulo enfatiza a formação docente de música remetendo a construção diária.
Com essa visão o mesmo deve estar disposto a mudanças e entender as variadas realidades
dentro do âmbito de ensino, priorizando essa formação e assim tendo um olhar crítico,
construtivo, buscando novos conhecimentos diariamente para exercício da profissão.
O processo de formação segundo Josso (2010), parte do princípio onde a formação do
sujeito tem a consciência de si numa auto avaliação em suas aprendizagens e experiências
vividas.
Para Pimenta e Lima (2005/2006) se refere à postura do docente ter um pensamento
crítico e reflexivo sendo um pesquisador e problematizador relacionando assim os diversos
saberes sendo eles práticos e teóricos buscando sempre ser um profissional que se descubra em
nas sensibilidades e assim respeitando as características de cada sujeito e assim buscando
diariamente uma formação integrada.
O ensino musical é transmitido de forma compacta onde apenas se limita ao contexto
que prepara o aluno diretamente para atuar, ou seja, executar todo aprendizado nos grupos
musicais. É necessário o professor buscar formação acadêmica para assim oferecer ao ambiente
um melhor entendimento e compreensão sobre a música e seus elementos onde cada músico
pode ter uma base mais fundamentada sem atropelar os degraus do aprendizado.
Segundo Charlot (2005), formar é preparar, contextualizar no exercício das práticas
onde todo o saber só tem sentido tendo como base o objetivo perseguido. Dessa forma se torna
muito importante a formação docente buscando se especializar e assim ter novas visões de
alcance e novas soluções almejando sempre a inovação de maneira fundamentada no
profissional como também em ajudar no desenvolver do aluno.
Assim também o autor Hainzereder (2004), enfatiza que o professor tem o dever e
responsabilidade na orientação dos seus alunos no caminho seguro sendo assim a direção com
objetivos, disciplina e muita determinação, para assim evitar transtornos e deficiências ao longo
da formação musical.
Por ter esse despertar em aprender a tocar um instrumento musical, o aluno tem a
iniciativa de buscar métodos na internet ou até mesmo indo atrás dicas com alguns amigos que
já tocam, por meio da imitação que vem as descobertas assim afirma Corrêa (2008).
É notório que a explicação do ensino de instrumento musical se tona deficiente pela falta
de formação dos professores, ou seja, aplicando apenas aquilo que os mesmos acham necessário
para utilização nos grupos musicais. Onde os mesmos herdaram antigas práticas de como
14
estudar um instrumento. Assim afirmando Harder (2003), que pela falta de formação especifica
demonstra que professores recorrem a antigos métodos e procedimentos que foram utilizados
no passado.
A docência tem um papel fundamental. A formação possibilita a abrir novos horizontes
dando acesso a percepção de diversas realidades, ajudando na organização do estudo e de como
trilhar tal caminho para que assim o aluno não tenha deficiência em sua formação. O educador
é aquele que todo aluno se espelha de alguma forma, muitas atividades podem ser realizadas
com o objetivo de mostrar, inserir e transformar o aluno. Sendo o suporte, ferramenta de acesso
ao conhecimento, e ajuda a entender a música como ferramenta de transformação e
aprendizagem.
Segundo Loureiro (2001), ao longo da história a música desempenha um papel muito
importante no desenvolvimento em vários aspectos como estes: religioso, moral, social assim
contribuindo para o exercício da cidadania.
O processo da formação do educador deve permitir mudanças que desencadeie um
pensamento crítico, que busque assimilar aquilo que é relevante na construção pela prática do
ensino no contexto musical. Tardif (2011), ressalta características do saber experimental
destacando dentre elas a de ser temporal sendo assim evolutivo e dinâmico estando preparado
para mudanças na aprendizagem da profissão
Com a experiência diária, o docente desenvolve em seu processo de aprendizado, em
relação ao ensino, pois a medida que pensa em sua prática de ensino e executa, essa construção,
o ajuda a complementar suas possibilidades de alcançar, ou seja, sempre buscando refletir na
construção dos seus saberes referente à sua profissão assim menciona Souza (2012). É
necessário para o crescimento profissional esse auto avaliação, ou seja, como aprimorar tais
conhecimentos? Que abrace, envolva, socialize e que acima de tudo motive para um
crescimento profissional como para crescimento daqueles que é transmitido diariamente tais
informações de maneira inovadora. Segundo Penna (2006), a formação de um docente deve
estar em diálogo com outras formas e áreas do campo do saber, fazendo pontes de diálogos de
aprendizagens importantes para formação profissional.
É importante saber que, a formação docente se inicia em alguns casos de maneira
informal, no dia-dia, no contato direto com o contexto social e musical, levando assim sua
familiarização segundo Penna (1991). Uma outra reflexão que menciona Silva (2001), a
importância do docente transmitindo segurança aos alunos desenvolvendo assim um ambiente
de afetividade e aprendizado impassível.
Para Bellchoio:
15
É preciso entender a condição da profissão do professor para além da formação
inicial e, dessa forma, potencializar a própria vida do professor, em suas práticas
educativas e formação permanente, como indicador de suas tomadas de decisões,
escolhas, habilidades e competências profissionais. O sentido da formação
profissional estendesse, assumindo-se em constante construção e reconstrução.
(BELLOCHIO, 2003, p. 18-19)
Vaillant e Marcelo (2012) mencionam que o pensamento de motivação para mudar como um
dos grandes fatores importantes para aprendizado. Sendo assim a motivação um elemento de
suma importância para que o indivíduo ouse a se arriscar no desenvolvimento profissional.
A formação hoje em dia é formação individual e social. Mas se requer desenvolver
em todas as pessoas, especialmente nos docentes, a capacidade de auto formação, a
capacidade de delinear e desenvolver processos de aprendizagem ao longo da vida,
utilizando em cada momento os meios mais apropriados e eficazes. (VAILLANT;
MARCELO, 2012, P. 32)
Destaca Josso que:
O processo de caminhar para si apresenta-se, assim, como um projeto a ser construído
no decorrer de uma vida, cuja atualização consciente passa, em primeiro lugar, pelo
projeto de conhecimento daquilo que somos, pensamos, fazemos, valorizamos e desejamos na nossa relação conosco, com os outros e com o ambiente humano e
natural. (JOSSO, 2004, P. 59)
A construção do educador firmasse no reconhecer que é necessárias mudanças,
atualizações estando aberto a novas ideias para que surjam novas abordagens para contribuição
do ensino.
O auto avaliar-se é importante, assim afirmam Vaillant e Marcelo:
O conceito formação vincula-se com a capacidade assim como com a vontade. Em
outras palavras, é o indivíduo, a pessoa, o último responsável pela ativação e
desenvolvimento dos processos formativos. Isso não quer dizer que a formação seja
necessariamente autônoma. É através da formação mútua que os sujeitos podem
encontrar contexto de aprendizagem que favoreçam à busca de metas de
aperfeiçoamento pessoal e profissional. (VAILLANT; MARCELO, 2012, p. 29)
Abdalla (2006), afirma que a reconstrução na identidade docente pois o professor tem
que ter o domínio de suas práticas de sua profissão e pensar sempre em buscar fundamentos
que sirvam de base para transmitir para seus alunos um pouco de sua experiência.
Afirma Gonçalves, Rita Maria que:
O professor necessita, portanto, em sua formação, conhecer profundamente as teorias
e metodologias para o desenvolvimento de sua prática, pois o ensino da Música, mais que uma obrigatoriedade, é uma necessidade para formação de nossos pequenos
cidadãos. O estabelecimento de uma ponte de comunicação entre o aluno e a música
precisa constituir a finalidade básica de uma educação musical e o professor precisa
ser o encarregado de promover essa mediação. (GONÇALVES, RITA MARIA, 2011,
p.6)
Para Nóvoa (2009), as propostas para formação de professores se baseia nas
contribuições de conhecimentos que são específicos, tendo assim fundamentos práticos no tato
16
pedagógico, no trabalho em equipe. Visando assim o compromisso nos elementos de
contribuições primordiais para profissão e formação docente.
Já para Penna:
(...) a formação do professor não se esgota apenas no domínio da linguagem musical,
sendo indispensável uma perspectiva pedagógica que o prepare para compreender a
especialidade de cada contexto educativo e lhe dê recursos para a sua atuação docente
e para a construção de alternativas metodológicas (PENNA, 2007, p. 53)
Tendo em vista que a formação pessoal promove o saber, e o progresso a construção do
pensamento crítico, que busca fundamentos pedagógicos para que assim tenha uma visão ampla
de cada realidade, sendo o suporte para elaboração de novas metodologias de aprendizado e
abordagens de ensino que contemplem as diferentes realidades.
Santos menciona que:
[…] no campo da formação de professores tem que ser consideradas as diferentes
formas de se pensar as relações entre ensino e pesquisa, percebendo-se que a proposta
de se formar o professor-pesquisador tem limites e que não é a única forma de
qualificar um profissional competente. É importante considerar também que outras
propostas de integração ensino e pesquisa na formação de docentes poderão ser frutíferas. Para isto, deverão estar baseadas em trabalho voltado para formação de um
profissional capaz de não apenas atuar com competência em sala de aula, mas também
de conhecer as relações existentes entre seu trabalho, as políticas públicas na área
educacional e as complexas relações existentes entre sua atividade profissional e
realidade sociocultural na qual esta se insere. (SANTOS, 2001, p. 24).
Afirma Veiga que:
[…] é fundamental considerar os saberes da experiência. Esses saberes seriam o núcleo
vital da formação docente, uma vez que os outros saberes, tais como os pedagógicos,
das disciplinas curriculares, mantêm uma relação de exterioridade com o trabalho
docente, pois não foram produzidos no dia-a-dia (VEIGA, 2002, p. 9).
A experiência no dia-dia é fundamentalmente importante, fundamenta-se como base
para inovações e complementações na prática de ensino, pois através dela é que mapeamos os
objetivos de avaliar e de também de refletir como profissionais docente, trazendo reflexões a
formação. Dessa forma é fundamental a autoanálise sobre o papel do professor e sua formação
diária e sua capacidade de inovar afirmando Pérez Gómez que:
É melhor reconhecer a necessidade de analisar o que realmente os professores fazem
quando enfrentam os problemas complexos da vida da sala de aula, para compreender
como utilizam o conhecimento científico e sua capacidade intelectual, como
enfrentam situações incertas e desconhecidas, como elaboram e modificam rotinas, experimentam hipóteses de trabalho, utilizam técnicas, instrumentos e materiais
conhecidos, e como recriam estratégias e inventam procedimentos, tarefas e recursos
(PÉREZ GÓMEZ, 1988, p. 135).
Segundo Freire (1996), na construção da formação a reflexão deve andar lado a lado
buscando sempre avanços caminhando sempre, com total segurança. Sobre essa construção o
17
papel do docente em auto avaliar é de grande valia para assim entender o que pode fazer para
assim ter um olhar diversificado as várias realidades em sua formação.
De acordo com Bolivár:
Em educação, o pessoal e o profissional estão inextricavelmente ligados nas vidas dos
indivíduos [...] Entender o “desenvolvimento profissional” num sentido amplo [...]
significa considerar os professores como pessoas e profissionais cujas vidas e trabalho
se modelam pelas condições internas e externas da escola [...] Os professores
constroem suas realidades profissionais e suas carreiras num processo conjunto
pessoal e contextual [...] Se os professores possuem e usam um conhecimento pessoal próprio, que dá significado e direção a suas práticas docentes, conhecimentos e
práticas têm um passado, um presente e um futuro que interagem entre si; isso
precisaria ser explicitado para sua posterior reconstrução (BOLÍVAR, 2002, p. 112).
Tendo em vista que o processo de formação se dá quando o professor se depara no dia-
dia com problemas que necessitam da análise, sendo ela cientifica ou não, assim buscando
resoluções para esses problemas tendo em vista que a formação docente caminha com a prática
vivenciada diariamente sendo assim uma o complemento da outra. Acredito eu que esse
caminhar das práticas juntamente com parte metodológica cientifica orientam e faz o
profissional estar aberto a inovações fazendo essa ligação para o crescimento e
desenvolvimento do mesmo.
Gimeno Sacristán destaca o modo educativo do docente e sua cogitação.
[...] a educação não é algo espontâneo na natureza, não é mera aprendizagem natural,
que se nutre dos materiais culturais que nos rodeiam, mas uma invenção dirigida, uma
construção humana que tem sentido e que leva consigo uma seleção de possibilidades,
de conteúdo, de caminhos. (GIMENOS ACRISTÁN1999, p. 37
Nóvoa (1999) entende que o processo da formação docente propicia um conhecimento
profissional que é compartilhado, unindo assim as práticas com pensamentos e discursões
teóricas gerando assim novos valores na formação docente. Já para Marcelo (2009), a formação
se desenvolve na jornada profissional ao longo da vida tais como mudanças e aprendizagem de
novos e diferentes saberes.
Destaca também Pereira que:
A docência, portanto, é uma atividade complexa porque a realidade na qual o
professor atua é dinâmica, conflituosa, imprevisível e apresenta problemas singulares
que, portanto exigem soluções particulares. Exige mobilizações de saberes para o
cumprimento do objetivo de educar que é: o desenvolvimento das diferentes
capacidades – cognitivas, afetivas, físicas, éticas, estéticas, de inserção social e de
relação interpessoal – dos educandos, que se efetiva pela construção de
conhecimentos. (PEREIRA 2011, p. 69)
É de suma importância um profissional reflexivo, que através desse olhar crítico o
mesmo consiga superar suas práticas rotineiras buscando sempre o entendimento e tentando
18
compreender cada período fazendo assim o profissional recorrer a uma forma de intervir e
decidir assim afirma Peres (2003).
O profissional prático reflexivo consegue superar a rotinização de suas ações
refletindo sobre as mesmas antes, durante e após executá-las. Ao se deparar com
situações de incertezas, contextualizadas e únicas, esse profissional recorre à
investigação como forma de decidir e intervir (PERES et all, 2013, p. 291).
Com base na observação docente do pensar Freire afirma que:
A relação dialógica, porém, não anula, como às vezes se pensa, a possibilidade do ato
de ensinar. Pelo contrário, ela funda este ato, que se completa e se sela no outro, o de aprender, e ambos só se tornam verdadeiramente possíveis quando o pensamento
crítico, inquieto, do educador ou da educadora não freia a capacidade de criticamente
pensar ou começar pensar o educando. (FREIRE, 1992, p. 118).
O docente em sua formação deve agarrar de forma visionária as práticas do saber,
unindo assim tais elementos que contribuam para o seu crescimento profissional,
fundamentando cada vez mais na sua construção própria.
Com base nessas experiências formadoras do docente Josso afirma que:
O processo de caminhar para si apresenta-se, assim, como um projeto a ser construído
no decorrer de uma vida, cuja utilização consciente passa, em primeiro lugar, pelo
projeto de conhecimento daquilo que somos, pensamos, fazemos, valorizamos e
desejamos na nossa relação conosco, com os outros e com o ambiente humano e
natural.( JOSSO (2010, p. 84)
Sobre a importância das práticas pedagógicas Bellochio que:
[...] verificamos a importância do reconhecimento da prática pedagógica como
atividade mobilizadora de saberes de diferentes tipos. Em seu exercício profissional,
o professor toma decisões e atitudes que são próprias da prática educativa, não estando essas escritas ou anunciadas em nenhuma literatura sobre a docência. Com isso, não
descarta-se a importância de uma sólida formação profissional que possibilite atitudes
profissionais coerentes com as necessidade do momento da atividade do professor
com o seu aluno (BELLOCHIO, 2003 p. 179)
.
O conhecimento profissional na área de atuação é fundamental, pois através do mesmo
que se faz uma ponte entre o educador e aluno. Dessa forma essa evolução no exercer da
docência requer muita atenção na forma de transmissão de conteúdo, pois esse será o diferencial
para o alcance do objetivo que é musicalizar. Por isso é necessário entender que tais hábitos
devem sempre existir, e um deles, é deixar o conteúdo favorável ao entendimento, fazendo
assim, que os alunos absorvam de forma agradável e motivadora.
Para Basílio e Mendes, entende-se que:
Com certeza, o domínio do conteúdo específico é condição preponderante para o
exercício do magistério, porém o saber pedagógico também deve ser condição básica
para o desenvolvimento do ensino-aprendizagem, ou seja, é necessário ter conhecimento pedagógico como, por exemplo, ser claro e objetivo ao expor o
conteúdo, ser um facilitador da aprendizagem. Dessa forma, o desenvolvimento
cognitivo, o conhecimento de sua área específica de ensino, a capacidade técnica e a
constante atualização constituem um conjunto de competências e habilidades
19
predominantemente desejáveis a qualquer educador (BASÍLIO; MENDES, 2008, p.
113).
Afirma Del Ben:
Para ensinar música, portanto, não é suficiente somente saber música ou somente
saber ensinar. Conhecimentos pedagógicos e musicológicos são igualmente
necessários, não sendo possível priorizar um em detrimento do outro. [...] Precisamos
estar atentos para buscar o equilíbrio e uma maior articulação entre os campos da
música e da educação na formação de professores, sejam professores de educação
básica ou de instrumento, por exemplo.( DEL BEM; 2003 p. 31):
Compreendendo o processo gradativo do educador através do reconhecimento das fases
que o mesmo se depara com situações diárias vivenciadas, é necessário entender que a melhor
forma é se imaginar como aquele que vai receber as informações, conteúdos. Esse método
poderia fomentar estratégias, focando no alvo que é o ensino musical. Assim também privando
dos desacertos, já que a união entre a vivencia e o conhecimento que é adquirido na academia
possibilita o ajuste das estratégias de ensino que são baseadas na experiência mais os
conhecimentos pedagógicos.
Para Silveira (2006), os saberes da formação docente se iniciam com experiências
vividas como aluno, sendo assim observando, refletindo, nesse período em algum momento
podemos nos identificar como professor e imaginar o que poderemos ser e qual exemplo seguir
exercendo a profissão docente.
No entendimento de Tardif:
Os saberes experienciais adquirem também uma certa objetividade em sua relação
crítica com os saberes disciplinares, curriculares e de formação profissional. A prática
cotidiana da profissão não favorece apenas o desenvolvimento de certezas
‘experienciais’, mas permite também uma avaliação dos outros saberes, através da sua
retradução em função das condições limitadoras da experiência. Os professores não
rejeitam os outros saberes totalmente, pelo contrário, eles os incorporam à sua prática, retraduzindo-os porém em categorias de seu próprio discurso. Neste sentido, a prática
pode ser vista como um processo de aprendizagem através do qual os professores
retraduzem sua formação e a adaptam à profissão, eliminando o que lhes parece
inutilmente abstrato ou sem relação com a realidade vivida e conservando o que pode
servir-lhes de uma maneira ou de outra. A experiência provoca, assim, um efeito de
retomada crítica (retroalimentação) dos saberes adquiridos antes ou fora da prática
profissional. Ela filtra e seleciona os outros saberes, permitindo assim aos professores
reverem seus saberes, julgá-los e avaliá-los e, portanto, objetivar um saber formado
de todos os saberes retraduzidos e submetidos ao processo de validação constituído
pela prática cotidiana (TARDIF 2013, p. 53).
De acordo com os autores citados, concluo que podemos observar a importância da
formação acadêmica para o docente de música está ligada a forma da auto avaliação, de
entender as diversas realidades no ato de exercer a profissão. Tendo em mente que estar aberto
a mudanças e inovações, entendendo as variadas formas do saber pode contribuir para um
20
desenvolvimento na formação docente, lembrando que o inicio da docência está ligado a
compreender como um aluno, buscando referenciais sobre formas, ideias, soluções para assim
ajudar a construir um aprendizado mais fundamentado tendo em vista as práticas teóricas
caminhando com o fazer musical. Sendo assim esses os elementos para formação docente
constante para ser o espelho na construção do ensino musical.
21
3. O ENSINO DE MÚSICA NAS IGREJAS
O ensino de música na igreja é considerado uma educação não formal, por seu processo
de ensino ser de forma que a aprendizagem não segue quesitos podendo assim ser realizado em
qualquer ambiente de forma que atrai os educandos a busca pela absorção desse saber.
Gohn afirma que:
A educação não-formal designa um processo com várias dimensões tais como: a aprendizagem política dos direitos dos indivíduos enquanto cidadãos; a capacitação
dos indivíduos para o trabalho, por meio da aprendizagem de habilidades e/ou
desenvolvimento de potencialidades; a aprendizagem e exercício de práticas que
capacitam os indivíduos a se organizarem com objetivos comunitários, voltadas para
a solução de problemas coletivos cotidianos; a aprendizagem de conteúdos que
possibilitem aos indivíduos fazerem uma leitura do mundo do ponto de vista de
compreensão do que se passa ao seu redor; a educação desenvolvida na mídia e pela
mídia, em especial a eletrônica etc.( GOHN, 2006, p.2)
A educação não formal socializa pessoas no ambiente, onde contribui para o
crescimento de habilidades e hábitos contribuindo assim para um desenvolvimento em conjunto
e individual de cada pessoa no ensino voltado as práticas de aprendizagem vividas diariamente.
Para Simson, Park, Fernandes:
É importante que essa proposta de educação não formal funcione como espaço e
prática de vivência social, que reforce o contato com o coletivo e estabeleça laços de
afetividade com esses sujeitos. (...) as atividades de educação não formal precisam ser
vivenciadas com prazer em um local agradável, que permita movimentar-se, expandir-
se e improvisar, possibilitando oportunidades de troca de experiências. (SIMSON,
PARK, FERNANDES, 2001. p. 03).
A igreja é uma comunidade de cunho social que tem como princípio reuniões presenciais
como virtude, a prática da adoração cristã. Como qualquer outro núcleo de âmbito social, as
possibilidades de vivências e experiências que podem ser adquiridas em tal esfera são de imensa
variedade e complexidade.
Dentro desse leque de variedades, a igreja, inexoravelmente é um ambiente que
promove formação musical, pois a prática está presente como algo fundamental nos cultos e
louvores e é por meio de tal fazer que várias pessoas descobrem suas aptidões musicais, ou
simplesmente desenvolvem um interesse em estudar algum tipo de instrumento e
posteriormente teoria da música. É notável a falta do ensino musical nas escolas da educação
básica e com isso a igreja tem um papel fundamental na oferta do ensino musical.
Segundo Freitas (2008), é oferecido pelo ambiente religioso uma formação musical
tanto intencional como não intencional, pois os membros, alunos tem um aprendizado intuitivo
de que é incentivado aos mesmos a fortalecerem seus conhecimentos musicais pelas aulas que
a igreja oferece. Assim as igrejas se tornam um ambiente onde desperta o interesse dos membros
22
ou visitantes para o estudo do instrumento musical. Lorenzetti (2015), menciona que os
processos de aprendizagem que ocorrem no espaço da igreja acontecem de maneira dinâmica
sendo aprendizagem de várias maneiras. Sendo práticas ou em grupo, procurando compreender
os diversos tipos de desenvolvimento nas formações que ali ocorre.
Para (Santos, 1991), o estudo de música na igreja incentiva aos alunos a utilizarem
conhecimentos adquiridos no ambiente religioso fazendo assim os mesmos utilizarem nas
práticas musicais fazendo assim um desenvolvimento rápido e prático da performance dos
estudantes. Segundo Santos, p.11, 1991, “o acesso ao instrumento de imediato, participando
com que é possível fazer no momento, em função das condições reais do sujeito (...)
proporcionam o aprendizado prático e trazem estímulo ao aprendizado musical. ”
O ensino da música nesse ambiente dá a oportunidade aos mesmos de atuarem e
vivenciar as práticas nos grupos musicais, fazendo assim o estudante aprimorar sua
performance e a cada dia lapidar sua interpretação musical através de um instrumento.
Afirma Conde e Neves que:
A preparação de novos músicos, sempre influenciada pela premência de tempo, leva
em conta este fato, e faz-se através do contato direto com o instrumento e com o
repertório: ao mesmo tempo, o jovem aluno recebe as noções teóricas fundamentais (quase sempre simplificadas(...) e trabalha a técnica (...) (CONDE, NEVES,
p.48,1985)
Já para Martinoff,:
As igrejas protestantes, em função da valorização da música em seus cultos, enfatizam
a educação musical, ainda que informalmente. Muitas igrejas evangélicas possuem
uma escola de música, que atende não somente aos seus congregados em várias faixas
etárias, mas também pessoas da comunidade (MARTINOFF,2010, p. 68)
Grandes músicos renomados em nosso país são frutos dessa valorização do ensino
musical nesse ambiente. Dentre alguns desses músicos podemos citar o guitarrista Roger Franco
que em uma entrevista para o site wiplash o mesmo fala de sua trajetória de aprendizado na
igreja.
Sou filho de pastor e sempre tive contato com a música através da igreja. Comecei a
tocar bateria aos 13 anos, depois ganhei um violão do meu pai e aprendi alguns
acordes. Praticava o que aprendia tocando nos cultos da igreja. Foi quando comecei a
gostar do instrumento e resolvi comprar minha primeira guitarra. Me apaixonei! Iniciei a minha vida como músico-guitarrista aos 20 anos, e aos 22 já tocava
profissionalmente (ROGER FRANCO, 2007).
O aprendizado é constante nas práticas de conjunto que são realizadas nos cultos, pois
cada integrante exerce sua performance buscando cada vez se lapidar para exercer sua função
com excelência. Grandes músicos em nosso pais tiveram contato com a música aprendendo a
tocar um instrumento por meio desse ambiente.
23
Segundo Araldir (2004, p.27): “[...] o saber musical, antes atribuído as instituições escolares e/
ou conservatórios, passa a ser valorizado por experiências diversas, de tal forma que onde o
fazer musical estiver presente, a área da educação musical pode-se inserir para compreender os
fenômenos.
É sabido, que nessa forma de aprendizagem, o educando fica mais livre para buscar
novas ideias, técnicas para fortalecer o seu aprendizado, baseando-se sempre na necessidade do
que precisa desempenhar a performance nos grupos musicais. Pois a necessidade para atuação
é de extrema importância e imediata.
A educação não-formal é mais difusa, menos hierárquica e menos burocrática. Os
programas de educação não-formal não precisam necessariamente seguir um sistema sequencial e hierárquico de ‘progressão’. Podem ter duração variável, e podem, ou não,
conceder certificados de aprendizagem. (GADOTTI, 2005, p. 2).
Pode-se concluir que a igreja é um ambiente, onde oferece um ensino de música voltado
para prática, na qual cada indivíduo desenvolve seu lado performático absorvendo e aplicando
aquilo que há necessidade de utilizar por meio de seu instrumento. Para aprender música nesse
espaço, não necessita de salas apropriadas, apenas de uma convivência confortável entre os
membros absorvendo sempre lições e dicas uns dos outros a troca de experiências entre mais
antigos e novos, é bastante importante pois assim pode-se perceber erros e acertos e criando
uma nova forma de absorção e transmissão desse saber.
24
4. VIVENCIAS, APRENDIZADOS E RESULTADOS
Tudo começou na Igreja adventista do sétimo dia do conjunto Santa Catarina onde a
mesma é localizada na zona norte de Natal/RN, Av. Guadalupe, 2339 - Potengi, Natal - RN,
59112-220 a sua fundação foi no ano de 1988, pelo pastor Paulo Cesar onde no mesmo ano foi
inaugurado o templo. Os cultos são nas quartas feiras, sábados pela manhã e aos domingos à
noite.
Figura 01: Igreja antiga fundada em 1988
Fonte: dados da pesquisa.
Durante os cultos, pode-se perceber, que é predominante as músicas entoadas pelos
membros que utilizam do hinário para realizar os serviços de cânticos. A presença de formações
musicais tais como conjuntos, trios, quartetos, corais e grupos envolvendo instrumentistas é
bastante presente, ou seja, uma escola de formação não formal, como é citado no capítulo
anterior não é necessário um ambiente adequado para troca de informações e experiências onde
os mais desenvolvidos transmitem aquilo que aprendeu na prática ao mais iniciante e menos
experiente.
Ao passar dos anos a busca pelo conhecimento musical sempre foi o alvo de muitos,
assim como também o meu interesse pessoal em saber como cantar. Aprendendo também um
instrumento musical para que o mesmo me desse o suporte para desenvolver minha
performance como músico. A maneira absorvida em aprender a tocar violão foi de forma visual,
25
ou seja, aprendi mais o desenho dos acordes posicionando assim os dedos sem saber o nome
das cifras ou até mesmo sendo uma grande confusão na hora de interpreta-las.
Essa falta de entendimento as vezes complicava pelo simples fato, percebia que era
necessário tentar buscar dicas de algum músico mais experiente uma noção mínima para assim
treinar novas cifras e posições de acordes novos.
Depois de algum tempo algo que se tornou muito importante para minha construção
pessoal como músico foram as práticas em conjunto, ajuntando alguns amigos e formando uma
banda onde a mesma era composta por alguns integrantes. Desde então surgiu uma nova
responsabilidade, eu então teria que aprender a tocar guitarra algo que se tornou muito
desafiador em minha trajetória, pois em nossa igreja não tinha guitarrista. Então tive que focar
no simples e no prático ou seja, tentar tirar de ouvido alguns solos e harmonias que assim ainda
era algo muito difícil pois não tinha tanto conhecimento tanto eu como os amigos do grupo
mais era algo que sempre nos ajudávamos uns aos outros sempre dividindo conhecimentos e
acontecimentos relacionado a música. Segue imagem da formação da banda Apóstolos da igreja
Adventista do sétimo dia de santa Catarina.
Figura 02: Primeira formação como banda, Guitarra, baixo, bateria, vocal, teclado.
Fonte: dados da pesquisa.
Essa época foi muito importante para meu desenvolvimento pessoal, onde pude perceber
que era necessário estudar música para assim ter uma base onde a mesma me possibilitasse
entender sobre tonalidades, como os acordes são formados e também as escalas musicais pois
isso iria me ajudar a tirar as músicas que o grupo escolheria para apresentações.
26
Com o passar dos meses pessoas me procuravam pedindo informações se eu ministraria
aulas de guitarra ou de violão pois o intuito era o mesmo de montar grupos em outras igrejas
onde eu pudesse contribuir do pouco de conhecimento que tinha adquirido na prática do
instrumento mesmo assim tendo várias dificuldades sendo uma delas não entender sobre
harmonia ou escalas, onde tudo que fazia era de ouvido ou seja na intuição de maneira que não
era bem organizada as notas sendo assim tocadas em várias regiões do braço. Mas mesmo assim
sempre me dispus a ajudar, dividir conhecimento sempre buscando responder as perguntas
daqueles que procuravam pedindo dicas foi daí que pude perceber que era necessária uma
formação naquilo que estava fazendo assim uma organização. Tentando absorver primeiras
informações e assim criar novas possibilidades de transmissão entendendo as realidades de cada
um.
Através dessa responsabilidade do ensino da guitarra que almejei montar um material
onde o mesmo me desse esse suporte e foi aí que um colega de bairro me emprestou um método
bem antigo do guitarrista Ricardo Mendes. Então pude me fundamentar teoricamente e aplicar
na pratica e organizar melhor todo um estudo e contribuir aos primeiros alunos e aos parceiros
de banda tais informações.
Figura 03: Método de guitarra Ricardo Mendes 1996 (harmonia, técnica e improvisação).
Fonte: http://www.anep.com.br/index.php?Escolha=24&Livro=L00366
Esse material foi de suma importância pois foi através do mesmo que pude montar uma
base sobre harmonia e utilização de escalas e arpejos para assim entender técnicas e
fundamentos na guitarra. Ao longo do tempo alguns conceitos já estavam claros ao meu ver,
pois mesmo aprendendo e ao mesmo tempo ensinando apareciam dúvidas que o como uso do
27
material eu conseguia responder aos amigos e alunos, mas mesmo assim eu sentia a necessidade
de buscar mais conhecimento que me ajudasse na performance do meu instrumento, que por ter
aprendido de maneira não-formal carregava vários vícios de digitação, posicionamentos
técnicos que necessitavam de correção.
Assim como é citado no primeiro capitulo percebi a necessidade de ir além em minha
formação com o passar dos anos soube que a Universidade Federal do Rio Grande do Norte
(UFRN), tinha cursos de música e a mesma estava ofertando gratuitamente curso de harmonia
funcional que o mesmo era ministrado pelo professor Manoca Barreto (em memória), daí então
que entrei em contato com o mesmo e perguntei sobre a vaga e se poderia participar. Esse curso
foi o divisor de aguas em minha vida musical tanto em compreender sobre conceitos de
harmonia e improvisação como também pude absorver a didática de um professor querendo
assim me assemelhar ao mestre em minhas aulas.
Com um tempo fiquei sabendo sobre as inscrições para realização da prova do curso
técnico em guitarra elétrica, então com grande atitude e coragem fiz a inscrição, estudei a peça
de confronto que seria um dos quesitos para tal etapa da prova. Não me sai bem, mais ficou o
aprendizado e a sede de conhecimento e que era necessário absorver e estudar mais. Com o
passar dos anos um grande amigo Rubson Pinto, me incentivou a fazer minha inscrição para o
curso de licenciatura no ano de 2015 para ingressa em 2016.1, foi muito importante os estudos
auxiliados por ele. O mesmo tocava saxofone e também era aluno da licenciatura em música,
me incentivou ao mostrar o caminho que a licenciatura trilhava, suas possibilidades de atuação
e o melhor que achei foi a maneira de construir de forma bem didática as aulas tendo suporte
assim do curso.
Fui aprovado e em 2016,1 ingressei, daí que tudo se inovou onde através do curso pude
ampliar meus conhecimento e habilidades tendo um olhar crítico e sabendo assim entender as
diversas realidades encontradas em tais ambientes como: ongs, igrejas e escolas especializadas.
Tendo assim a visão do ensino da guitarra elétrica de maneira satisfatória para cada indivíduo
dentro de sua realidade.
Em 2018, ingressei no curso técnico de guitarra elétrica ampliando ainda mais meus
conhecimentos para o exercer da docência. A metodologia deixada de forma organizada pelo
professor Manoca Barreto me promoveu variadas possibilidades no estudo da harmonia e
improvisação para assim fundamentar minhas aulas dentro do espaço onde iniciei minha
trajetória, contribuindo assim para um legado do ensino dentro do espaço não formal com uma
metodologia organizada, buscando fortalecer a base harmônica e a parte da improvisação dos
mesmo causando assim o incentivo da criação de arranjos uma vez que os mesmos se tem uma
28
base harmônica fundamentada. Sendo assim o primeiro guitarrista da Igreja adventista do
sétimo dia em Natal/ RN me tornando espelho para algumas pessoas e contribuindo sempre
para formação dos estudantes de música.
Figura 04: Com alguns dos membros da banda apóstolos da igreja adventista de Santa Catarina Natal/RN
Fonte: dados da pesquisa.
Hoje com todo um conhecimento adquirido na academia através dos estudos aplicados ao
instrumento montei um cronograma para assim o aluno seguir, cronograma esse que segue os
seguintes conteúdos:
Escala cromática.
Intervalos musicais.
Escala diatônica maior.
Formação de acordes em tríades (maiores, menores, diminutos)
Campo harmônico (Maior)
Arpejos (tríades)
Tétrades (acordes, arpejos)
Escala pentatonica.
Improvisação (básica)
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Através de cada tópico mencionado, pude organizar um sistema de estudo o qual pode
contribuir para formação do guitarrista e musico em geral que necessita de tais conhecimentos
que são básicos para compreender os caminhos da harmonia e assim fazer uma boa condução
entendendo assim os elementos que são base para todo musico em sua jornada onde tais
elementos se complementem clareando e norteando cada indivíduo em sua atuação como
instrumentista.
Uma das técnicas que aplico para associação e fixação da escala maior é a utilização de
temas e introduções de músicas que contenham elementos melódicos da escala, e que os alunos
associem com as devidas digitações no instrumento, essas músicas são escritas em partituras e
tablaturas para assim os mesmos tenham um melhor entendimento das notas mais próximas.
Essa metodologia, busca fazer que o aluno além de entender os conceitos como
harmonia e escalas busco fazer com que os mesmos tenham leitura e conhecimentos básicos de
partitura e tablatura possibilitando assim, a buscarem músicas em hinários ou livros que possam
ser uteis para sua evolução musical. Segue o registro da música, até o sol nascer- Casa do
louvor.
O registro da introdução, contém a cifra dos acordes da harmonia acima e notas na
partitura indicando a tonalidade na armadura de clave e com as digitações também em tablatura
para assim facilitar o desenvolvimento do aluno.
30
Figura 05: registro da introdução da música até o sol nascer.
Fonte: dados da pesquisa.
31
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Através desse trabalho posso concluir enfatizando a importância dessa formação
docente em minha carreira como músico e incentivador. Aprendizados esses que me
acompanham e me tornaram um ser crítico, com o objetivo de construir na vida daqueles que
me rodeiam de forma que o ensino da guitarra elétrica seja algo bem estruturado e acessível a
todos de forma que se baseia numa estrutura programática. Pois é necessário o aluno seguir e
subir os degraus do conhecimento para poder entender conceitos que clareiam e norteiam a
visão músico para o mesmo atuar com plena consciência em sua performance.
Tais experiências, foram importantes para minha atuação e crescimento musical e a
maior de todas posso enfatizar que é a busca na academia por uma formação para assim poder
formar mais pessoas no ensino da música através de um instrumento e assim se tornando
espelho e referencia por aqueles que vivem ao meu redor. Sendo capaz de me reinventar a cada
dia mediante ao saber!
Nesse período algumas limitações surgiram para juntar materiais para construção desse
trabalho, por exemplo conseguir fotos antigas da primeira igreja. Limitações essas que mesmo
assim não me impediu de mostrar um pouco da experiência que vivi nesse ambiente onde o
mesmo contribuiu para meu crescimento docente.
Esse trabalho é um relato de minha experiência na igreja adventista do sétimo dia, do
conjunto santa Catarina em Natal/RN. Dessa forma o mesmo pode se estender futuramente no
campo da pesquisa, no estudo da música em outras igrejas evangélicas retratando a docência e
o ensino não formal contribuindo assim para novos estudos dentro desse campo.
Que esse trabalho venha contribuir para outros estudos, acredito que essa experiência
foi muito enriquecedora em minha formação docente, fazendo assim o meu despertar para o
ensino. Acredito na formação do ser humano e sua construção diariamente se refazendo e
refletindo para o futuro, somando assim as vivencias do dia-dia com as formas cientificas e
metodológicas ajudando sempre na construção musical de cada indivíduo.
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