FACULDADE CENTRO MATO-GROSSENSE CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA – BACHARELADO
INCIDÊNCIA DE LESÕES EM ATLETAS DE BASQUETEBOL FEMININO DO ESTADO DE MATO GROSSO NA CATEGORIA
INFANTIL (SUB-14)
ESTELA KAMILA LORENZETTI LEMKE
SORRISO-MT 2016
ESTELA KAMILA LORENZETTI LEMKE
INCIDÊNCIA DE LESÕES EM ATLETAS DE BASQUETEBOL FEMININO DO ESTADO DE MATO GROSSO NA CATEGORIA
INFANTIL (SUB-14)
Monografia apresentado como Trabalho de Conclusão de Curso ao curso e de Educação Física – Bacharel da Faculdade Centro Mato-Grossense – FACEM, para o obtenção do título de Bacharel em Educação Física sob a orientação do Prof. Me. Cláudio Munaretto.
SORRISO-MT
2016
DEDICATÓRIA
A todas as pessoas que me ajudaram em minha caminhada demonstram paciência e carinho. Em especial à minha família, pois, foram eles que me incentivaram a seguir sempre em frente e superar as dificuldades.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus por ter me mantido no caminho e não ter me deixado desistir.
A minha mãe Mirtes Terezinha Lorenzetti e meu pai Márcio Omar Lemke pelo total apoio e incentivo incondicional neste segundo curso.
Ao meu namorado Bruce Raphael Alves Rodrigues por me ajudar e ter paciência nos momentos difíceis desta caminhada.
Ao meu orientador professor Me. Claudio Munaretto.
Aos técnicos de basquete que autorizaram suas atletas a participar desta pesquisa.
A Faculdade Centro Mato-Grossense-FACEM e coordenador de curso Jailson Bonfin por estar sempre a disposição quando foi necessário.
“Algumas pessoas querem que algo aconteça, outras desejam que aconteça, outras fazem acontecer”.
Michael Jordan
RESUMO
O basquete é um esporte de complexibilidade que envolve inúmeras variáveis. Destas variáveis podemos enfatizar a agilidade, potência aeróbica e principalmente anaeróbia. Esta é uma modalidade que no momento do jogo exige dos jogadores esforços explosivos, muitas acelerações e pausas bruscas devido a isto, pode acorrer diversos tipos de lesões, elas podem ser do tipo óssea, muscular, articulares e tendinosas. Deste modo, objetivo desta pesquisa é verificar o índice de lesões em atletas feminino praticante de basquete na categoria infantil (sub 14) apresentados por atletas do esporte escolar do estado do MT. Para alcançar o objetivo foi aplicado um questionário contendo sete (7) questões de forma abertas e fechadas, a coleta de dados ocorreu na cidade de Água Boa durante os Jogos Escolares da Juventude – Fase Estadual. A amostra foi constituída por 53 atletas de 07 times da modalidade de basquetebol feminino que participaram de tal jogos. Pode-se verificar que o índice de lesão que foi encontrado nos resultados é alto levando em consideração a idade das atletas, portanto, ss resultados encontrados na pesquisa com as equipes de basquetebol feminino de diversas cidades do estado mostrou que o índice de lesão na categoria sub-14 esta alto, visto que mais da metade das alunas que participaram da coleta de dados já tiveram algum tipo de lesão. Com estes resultados conclui-se que a hipótese deste trabalho é verdadeira, uma vez que, a parte do corpo que as alunas mais tem lesão é o tornozelo e o tipo de lesão mais frequente foi o entorse. Sendo assim, os técnicos/professores devem conhecer a fundo cada integrante de sua equipe para contribuir para a diminuição de lesões nestas atletas que estão iniciando sua carreira esportiva, sabendo dosar a intensidade e volume de treino afim de evitar o máximo as lesões.
Palavras-chave: Basquete, atletas infantil e lesões
ABSTRACT
Basketball is a sport of complexity that involves countless variables. From these variables we can emphasize agility, aerobic power and mainly anaerobic power. This is a modality that at the moment of the game requires of the players explosive efforts, many accelerations and abrupt breaks due to this, can cause diverse types of injuries, they can be of the type bone, muscular, articulares and tendinosas. Thus, the objective of this research is to verify the lesion index in athletes female basketball practitioners in the child category (sub 14) presented by athletes of the state school of MT. In order to reach the objective, a questionnaire containing seven (7) open and closed questions was applied, data collection took place in the town of Água Boa during the Youth School Games - State Phase. The sample consisted of 53 athletes from 07 teams of the female basketball modality that participated in such games. It can be verified that the injury index that was found in the results is high taking into account the age of the athletes, therefore, the results found in the research with the female basketball teams of several cities of the state showed that the injury index in the category Sub-14 is high, since more than half of the students who participated in the data collection have already had some type of injury. With these results it is concluded that the hypothesis of this work is true, since the body part that the students most has is the ankle and the most frequent type of injury was the sprain. Therefore, technicians / teachers must thoroughly know each member of their team to contribute to the reduction of injuries in these athletes who are starting their sports career, knowing how to dose the intensity and volume of training in order to avoid maximum injuries.
Keywords: Basketball, child athletes and injuries
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Idade das atletas...................................................................................... 24 Figura 2 - Tempo que praticam o basquetebol............................................. ............25 Figura 3 - Quantidade de treinos por semanas............................................ ........... 26 Figura 4 - Atletas que possuem lesão/atletas sem lesão......................................... 26 Figura 5 - Posições de jogo com lesões.................................................................. 27 Figura 6 - Os tipos de lesões que foi pesquisado........................................... ......... 28 Figura 7 - Porção do corpo que mais ocorre lesão................................................... 29 Figura 8 - Local das lesões....................................................................................... 30
LISTA DE ABREVIATURAS
Prof. .............................................................................................................. Professor Me. .................................................................................................................... Mestre CBB............................................................... Confederação Brasileira de Basquetebol FIBA...............................................................Federação Internacional de Basquetebol
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 11
1 REVISÃO DE LITERATURA ......................................................................................................... 13
1.1 História do basquete mundial .................................................................................................... 13
1.2 Basquete no Brasil ....................................................................................................................... 14
1.3 Fundamentos ................................................................................................................................ 14
1.4 Características dos jogadores por posições ............................................................................ 16
1.4.1 Armador Principal (Point Guard) (1) ...................................................................................... 16
1.4.2 Ala Armador/ “Escolta” (2) ....................................................................................................... 17
1.4.3 Ala/Lateral (3) ............................................................................................................................ 17
1.4.4 Ala-Pivô (4) ................................................................................................................................ 18
1.4.5 Pivô (5) ....................................................................................................................................... 18
1.5 Lesões ........................................................................................................................................... 18
2 MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................................................. 21
2.1 Caracterização ............................................................................................................................. 21
2.2 Sujeito do Estudo ........................................................................................................................ 22
2.3 Ambiente da amostra .................................................................................................................. 22
2.4 Método ........................................................................................................................................... 22
3 RESULTADOS E DISCUSÃO ....................................................................................................... 23
CONCLUSÃO ..................................................................................................................................... 31
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................................ 32
ANEXOS .............................................................................................................................................. 35
11
INTRODUÇÃO
O basquete é um esporte de complexibilidade que envolve inúmeras variáveis.
Destas variáveis podemos enfatizar a agilidade, potência aeróbica e principalmente
anaeróbia (GONZAGA, 2007). Esta é uma modalidade que no momento do jogo exige
dos jogadores esforços explosivos, muitas acelerações e pausas bruscas.
Para Tabosa (2010) se os jogadores não tiverem um bom condicionamento
físico e um bom fortalecimento muscular essas acelerações e pausas bruscas podem
causar diversas lesões como estiramento muscular, entorse entre outros.
Quando se fala em atleta de basquete adolescente que e o caso da categoria
infantil, onde envolve alunos com idade entre 11 e 14 anos o índice de lesões pode
aumentar se não houver uma boa preparação física, pois nesta idade os alunos estão
em fase de crescimento (REIS, 2008). Porém, esta categoria participa de competições
de nível nacional e quando se fala em competição o técnico tem que mostrar
rendimento, muitas vezes esquecendo de preservar seus atletas nesta idade, expondo
eles há um treinamento intenso
Quando os alunos passam da categoria sub14 para a categoria sub17, muitos
chegam com lesões e outros param antes de chegar aos 17 anos, por serem forçados
quando mais novos. Este é um dos principais cuidados que os técnicos devem ter com
seus atletas.
No basquete, assim como em outros esportes pode acorrer diversos tipos de
lesões, elas podem ser do tipo óssea, aparecendo principalmente em forma de fratura
ou trauma, pode ser muscular como estiramentos e contusões, articulares como
entorse e luxações e do tipo tendinosas na forma de inflamação, rompimento total ou
parcial do ligamento (HALL, 2009).
Assim, o objetivo da pesquisa foi verificar o índice de lesões em atletas feminino
praticante de basquete na categoria infantil (sub 14) apresentados por atletas do
esporte escolar do estado do MT. Após isso, verificou-se que a parte mais afetada foi
a articulação do tornozelo devido aos entorses.
Mediante a isto, esta pesquisa torna-se uma ferramenta importante para que
técnicos da modalidade de basquete do estado de Mato Grosso, tenham um
conhecimento de como estão as porcentagens de atletas lesionados na categoria sub-
14, e assim, verificar se o treinamento esta adequado para a faixa etária ou se
precisará desenvolver estratégias para um treinamento que melhore a parte física e
12
previne seus atletas de lesões, contribuindo assim, para futuros estudos, a
compreensão e as principais lesões que podem ocorrem em atletas da modalidade de
basquetebol nesta faixa etária.
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1 REVISÃO DE LITERATURA
1.1 História do basquete mundial
Segundo Duarte (2013), este esporte surgiu em 1891, durante um rigoroso
inverno na cidade de Springfield no estado de Massachussets, o diretor da Escola de
Treinamento da Associação Cristã de Moços, doutor Luther Halsey Gulick procurou o
então professor de Educação Física James Naismith para que pensasse em um jogo
sem violência e que estimulasse o maior número possível de praticantes, podendo ser
jogado no inverno e no verão.
De acordo com a Confederação Brasileira de Basquetebol (CBB), o professor
James Naismith se baseou em uma brincadeira de infância e chegou à conclusão que
o jogo deveria ter um alvo fixo há certa altura, para assim, ter certo grau de dificuldade,
a bola deveria ser maior que a de futebol e que quicasse com regularidade, porém
este jogo não poderia ser tão agressivo quanto o futebol americano. Naismith não
queria que o jogo fosse jogado com os pés, pois, assim o choque ainda existiria, então,
ele decidiu que deveria ser jogado com as mãos, mas não poderia bater a bola no
chão com os punhos fechados para evitar socos acidentais nas disputas de lances.
De acordo com Flor (2013), Naismith ainda tinha dúvida de como seria o alvo e
qual o melhor local para fixa-lo, então resolveu pegar dois cestos de pêssegos que
havia no deposito da escola e os pregou no alto de dois pilares com uma altura de
3,05 metros. Altura esta que permanece ate os dias atuais.
A origem do nome Basketball vem dai: “Basket = cesta e Ball = bola’’ que é
como a modalidade foi chamada inicialmente no Brasil: bola ao cesto (Duarte, 2013).
As primeiras regras foram escritas pelo próprio Nismith, era um total de 13 itens.
Na mesma hora ele levou as regras para a escola e as fixou no mural dizendo aos
seus alunos que eles tinham um novo jogo, e então se pôs a explicar as instruções e
organizar as equipes. Para a primeira partida haviam 18 alunos, ele dividiu a turma
em dois grupos e pediu para que o aluno mais alto de cada time fosse disputar a bola
no meio da quadra para o inicio da partida. Não foi registrado o dia que aconteceu a
primeira partida de basquetebol, sabe-se apenas que foi em dezembro de 1891 pouco
antes do natal (TEIXEIRA, 1999).
Duarte, (2003) diz que, Naismith nunca poderia imaginar que um jogo criado
por ele, seria um dos esportes mais praticados no mundo na atualidade, pois, a
14
finalidade era apenas criar uma atracão nova para os alunos que já estavam
desinteressados das aulas de educação física.
O basquete mundial atualmente é rígido pelas regras da FIBA (Federação
Internacional de Basquetebol) e de acordo com Paes & Bergamo apoud Guarizi
(2007), afirma que a FIBA hoje possui 210 filiados e que o basquetebol é o segundo
esporte mais praticado no mundo.
1.2 Basquete no Brasil
O professor norte americano Augusto Shaw foi quem trouxe o basquetebol para
o Brasil e foi um dos primeiros países a conhecer esta modalidade esportiva (WEIS,
2008). O professor quando veio para o Brasil para trabalhar no Mackenzia College em
1892 trouxe em sua bagagem uma bola de basquete, quando divulgou o esporte na
faculdade foi muito aceito primeiramente pelas mulheres e então, atrapalhou um
pouco a difusão do basquete entre os homens, por que, naquela época os homens
eram movidos por um forte machismo. O professor teve que ir aos poucos persistindo
e assim foi convencendo seus alunos de que o basquete não era um jogo apenas de
mulheres. Em 1896 Augusto Shaw conseguiu montar a primeira equipe do Mackenzie
College (DAIUTO, 1991).
De acordo com Weis (2008), foi apenas em 1912 que o basquete foi difundido
no Brasil através do professor Oscar Thompson e o diretor Henry Sims. Em um ginásio
da rua Quintanda no Rio de Janeiro aconteceu o primeiro torneio de basquete .
Em 1915 foram traduzidas as primeiras regras e foi realizado o primeiro torneio
da América do Sul com a participação de seis equipes. Em 1922 foi convocada pela
primeira vez a seleção brasileira de basquete, que no primeiro campeonato continental
sagrou-se campeão ganhando dos times da Argentina e do Uruguai e em 1930
aconteceu o primeiro campeonato Sul-Americano de basquete (CBB, 2015). E em
1933 foi fundada a Confederação Brasileira de Basquete – CBB.
1.3 Fundamentos
De acordo com De Rose Jr e Tricoli (2005) os fundamentos são gestos básicos
do jogo de basquete, que podem ser executados isoladamente ou de forma
combinada com outros fundamentos. Os principais fundamentos são: Domínio de
Corpo, Manipulação de Bola, Passe, Drible, Arremesso ou jump, bandeja e o Rebote.
15
Bergamo (2003) descreve que o domínio de corpo é um fator determinante para
uma boa atuação nos jogos esportivos coletivos, com a prática o aluno tem a
oportunidade de conhecer seu próprio corpo, suas possibilidades e saber sua
ocupação dentro do espaço de jogo, exigindo o tempo todo em uma partida tanto no
ataque, quanto na defesa e no período de transição, essa atleta não terá o domínio
de si mesmo, ela terá dificuldades para se locomover a se posicionar corretamente
em uma partida. Para que o aluno consiga o completo domínio corporal é necessário
que ele seja treinado para realizar os movimentos básicos do basquete. O domínio de
corpo completa-se quando o atleta aprende a manipular a bola.
Após o atleta já conseguir o domínio de corpo, o segundo passo é acrescenta-
se a manipulação da bola, Reis (2012) relata que este é um fundamento que esta
relacionado com as diversas formas de manusear a bola e que é essencial para o
sucesso da equipe em um jogo. Para o professor começar a ensinar a manipulação
da bola é importante ser praticado em todos os treinos para aqueles alunos iniciantes
e de forma isolada. O processo de isolamento a princípio indicado tem o papel
importante de propiciar à criança a exploração do objeto bola, buscando criar
intimidade por meio de seu controle.
Para o mesmo autor, os fundamentos de passe que é o que une uma equipe,
pois, para que se tenha sucesso é necessário cooperação de todos os participantes
em conjunto da equipe. Junto com o passe vem a recepção da bola que deve ser feita
com o jogador indo em direção a bola e nunca ficar esperando a bola chegar até o
jogador.
Este fundamento tem que ser muito bem treinado pelos jogadores, por que no
momento do jogo um erro de passe pode se tornar um contra-ataque (cesta fácil) para
o time adversário.
O drible é o ato de bater a bola, um fundamento que da dinâmica ao jogo, (WEIS
E POSSAMAI 2008 p. 97), o jogador só pode se mover com a bola se estiver quicando
a bola no solo e é através do drible que os jogadores criam inúmeras jogadas e fintas
para passar o adversário. Cada jogador tem seu próprio estilo de jogo e o drible é o
que diferencia um para o outro, porem, ele não é mais importante do que o passe, “o
drible é um fundamento de ataque com bola [...] impulsionando-a contra o solo com
uma das mãos”.
Reis (2012) diz que o arremesso “é um fundamento de ataque que consiste no
lançamento da bola em direção à cesta, com o objetivo de marcar pontos”, e serve
16
para definir as jogadas direcionando a bola ate o seu objetivo que é a cesta. Este
fundamento pode ser dividido em 2 formas basicamente: Arremesso em movimento
(jump) e a bandeja. O jump, nada mais é do que um arremesso com salto, portanto
um fundamento de ataque que sem sombra de duvida é um dos fundamentos mais
utilizados no basquetebol, necessitando de um maior grau de concentração e
precisão. Este arremesso foi criado devido ao aumento da estatura dos jogadores,
decorrendo disto a necessidade do arremessador realizar um salto vertical para
concretizar o arremesso (FERREIRA E DE ROSE JR. 2003).
Ja bandeja é um tipo de arremesso muito importante e de grande utilidade no
jogo de basquetebol, sendo também o fundamento que exige do atleta muita
coordenação motora, além de habilidades técnicas. Este fundamento tem como
característica principal a finalização em velocidade próximo a cesta, utilizando-se de
duas passadas rítmicas para executa-las (WERNECK, 2016).
Em um jogo de basquete sempre que haver um arremesso as duas equipes
devem ficar atentas na bola para recuperar a posse da mesma se ela não cair na
cesta, este ato de recuperar a bola após um arremesso que não foi convertido é
denominado de rebote. Segundo Ferreira e De Rose Jr. (2003) o rebote pode ser
defensivo que é quando a equipe adversaria arremessa na cesta e não converte,
tendo assim, uma situação de rebote e pode ser ofensivo quando seu próprio time
arremessa e não converte conseguindo obter novamente a posse da bola.
A combinação desses fundamentos leva uma equipe ao jogo propriamente dito,
e devido ao grande numero de fundamentos e sua complexibilidade o basquetebol
torna-se um jogo difícil para se aprender.
1.4 Características dos jogadores por posições
Assim como nos outros esportes como futebol, vôlei e handebol no basquete
os jogadores também são divididos por posições, onde cada posição tem a suas
funções dentro da quadra e no jogo.
1.4.1 Armador Principal (Point Guard) (1)
É o comandante do time. Precisa ser líder, ter boa visão de jogo ser possuidora
de muitos recursos técnicos, bons arremessos, ser veloz, ágil e habilidosa nas
infiltrações. Não necessariamente, mais normalmente é aquele jogador mais baixo e
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mais rápido, deve ter um bom arremesso de longa distancia (3 pontos) devido seu
campo de atuação.
O armador é quem faz o elo nas jogadas ofensivas ele é responsável por
escolher as jogadas de ataque através de códigos pré-estabelecidos pelo técnico,
essa ordem de jogada que o armador indica faz com que os jogadores saibam onde
se posicionar e qual a sua função. COLEMAN & RAY (1976, p.14) afirma que, “o
jogador que toma a posição de armador atuará geralmente, quando a sua equipe esta
a atacar, na área do campo compreendida entre a linha central e a linha do lance livre,
prolongada até as linhas laterais”.
1.4.2 Ala Armador/ “Escolta” (2)
São jogadores rápidos e agressivos, possui características de explosão,
infiltração rápida e bons arremessos das laterais. Devem dispor de grande energia
para passar rapidamente da posição de defesa para a de ataque e vice-versa, são
esses jogadores que dão inicio aos contra-ataques. São de altura mediana deve ter
uma boa velocidade ter bons arremessos de media e longa distancia, além de ter que
ajudar no rebote.
O ala armador é aquela jogadora que tem a função de dar apoio para o armador
e se for preciso deve armar o jogo, possui características tanto do armador quando do
lateral, possui boa habilidade e visão de jogo.
Segundo Delgado (s.d), o ala armador também pode ser conhecido com
“escolta”, além de ajuda o armador a levar a bola ele também é quem puxa os contra-
ataques e é normalmente o jogador mais veloz da equipe.
1.4.3 Ala/Lateral (3)
Jogador que joga somente nas laterais e com funções especificas da sua
posição, tem grande vigor físico e bons arremessos de 3 pontos e da zona-morta. De
grande importância na transição defensivo-ofensivas e no contra ataque. O Lateral na
maioria das vezes é o jogador mais completo do time. Ele deve ter a “leitura do jogo”
parecida com a de um armador. Okazaki, et al (2004) cita que “os alas são jogadores
normalmente de média estatura e grande velocidade. Estes jogadores atuam mais nas
laterais da quadra e possuem como característica os arremessos”.
18
1.4.4 Ala-Pivô (4)
Estes atletas atuam perto da cesta devido a sua estatura, possuem boas fintas
e bons giros além de usar arremessos de curta distancia (jump ou ganchos), são
responsáveis pelos rebotes de ataque e de defesa. São os jogadores mais altos.
Devem ser bons nos rebotes, fortes na marcação e rápidos nas armações dos contra-
ataques e atuam na região perto da cesta. Berro (2013) cita que este jogador deve
buscar movimentos de infiltração para desequilibrar a defesa e, facilitando assim, os
arremessos de média e longa distância. Ele possui fundamentos de pivô e gosta do
contato, o técnico posiciona o ala pivô próximo à cesta para que sua característica
prevaleça sobre o adversário. Este jogador tem condições de jogar tanto de lateral
quanto de pivô.
1.4.5 Pivô (5)
Normalmente são os mais altos e mais fortes e com isto pegam muitos rebotes
de ataque e de defesa tem função de distribuir as bolas devido a sua estatura jogam
bem perto e de costa para cesta. Assim, pivô é o jogador que atua mais pero da cesta,
na defesa, e no ataque. Sua função é brigar pela posição onde possa receber (ataque)
ou impedir (defesa) o passe. Brigar pelos rebotes é uma obrigação dos pivôs. Na
grande maioria das vezes é o atleta mais alto da equipe. Sua área de atuação é o
garrafão. Quando este jogador receba a bola, obrigado o time adversário a fazer uma
ajuda na marcação e assim sobra um jogador livre para definir a jogada (BERRO,
2013).
1.5 Lesões
O basquetebol é um jogo complexo e que envolve muito contato físico entre
seus participantes, e devido a isto, o índice de lesões em atletas desta modalidade é
alto. Esta é uma modalidade que envolve muitas variáveis. Destas variáveis pode-se
citar a agilidade, potência aeróbica e principalmente anaeróbica, força e velocidade,
este esporte se caracteriza por esforços máximos e explosivos em curto intervalo de
tempo que são as acelerações e desacelerações e são imprescindíveis para uma boa
atuação dentro de quadra. . Neste esporte a maior carga ocorre nos membros
19
inferiores em função dos deslocamentos, mudanças bruscas de direção e saltos (DE
ROSE JR; TRADIELLO, 2006).
As modalidades coletivas estão se tornando cada vez mais competitivas e isto
contribui para o aumento da incidência de lesões, onde os atletas atuam entre o
máximo de performance atlética e a lesão. Muitas vezes o atleta é cobrado
exaustivamente pelo técnico que almeja o resultado e assim acaba exigindo o melhor
desempenho de cada um ultrapassando os limites físicos do atleta (DE ROSE JR.
2006).
São consideradas lesões, segundo De Rose Jr. (2006, p.81)” todos os danos
causados por traumatismo físico sofrido pelo tecido do corpo”.
De acordo com Prado (2013) as lesões relacionadas as praticas esportivas
pode ser classificada em quatro tipos: lesões ósseas, lesões musculares, lesões
tendinosas e lesões articulares.
A lesão óssea é de difícil prevenção e geralmente ocorrem em esporte de
contato. O impacto deve ser muito forte para quebrar a resistência do osso, ela
aparece em forma de fratura simples e exposta.
Fratura – É a perda na continuidade do osso e ela pode depender da direção, da maguinetude, da intensidade e da direção da carga. Esse tipo de lesão pode ser considerada simples: quando o osso fraturado permanece dentro dos tecidos que o recobrem. Exposta: quando uma ou ambas das extremidades osseas fraturadas se projetam para fora da pele (HALL, 2009).
As lesões musculares são as mais frequentes e ocorrem durante as atividades
desportivas e pode ocorrer por dois fatores: falta de alongamento ou pré-aquecimento
antes da pratica da atividade física e sobrecarga muscular crônica (BARROSO;
THIELI, 2011).
Para Prado (2013) essas lesões musculares podem ser dividido em cinco tipos:
Distensão – quando ocorre um alongamento excessivo das fibras musculares
que vai além da sua capacidade elástica, porem, sem lesão da mesma e provoca dor
no local.
Laceração – quando tem a ruptura de algumas fibras musculares, mas,
conserva a integridade anatômica do musculo. Ela pode ser total ou parcial, vai
depender da quantidade de fibras rompidas, provoca dor localizada e muito intensa
no local.
Ruptura – quando rompe o musculo em sua totalidade ocorrendo a
incapacidade funcional e muitas vezes é associada à fratura no local afetado.
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Contusão – é um golpe direto não cortante que acontece quando se pratica
um esporte que tenha o contato físico, provoca dor e incapacidade funcional.
Contratura – ocorre por fadiga ou recuperação deficiente deixando o musculo
tenso.
As lesões tendinosas ocorrem devido a sobrecarga ou pelo uso excessivo
dos tendões causando as inflamações que são denominadas de tendinite. Além da
inflamação pode haver também o rompimento total ou parcial do tendão afetando
assim o movimento (SUZARTE, 2010).
A tendinite é uma doença inflamatória que atinge os tendões que é uma
estrutura fibrosa, que une o músculo ao osso, e pode ser causada por esforços
prolongados e repetitivos ou pela desidratação muscular vindo de uma alimentação
incorreta ( MAIA et al, 2010)
Por últimos temos as lesões articulares estão mais propicias há ocorrer
quando os músculos ou ligamentos que sustentam a articulação se encontram
debilitado ou não estão muito bem condicionadas devido a um entorse. As lesões mais
comuns segundo Hall (2003) são:
Luxação – O deslocamento dos ossos articulados em uma
articulação [...] essas lesões resultam habitualmente de quedas ou de outros infortúnios envolvendo uma força de grande magnitude.
Entorse – As entorses são lesões causadas pelo deslocamento ou torção anormal dos ossos articulados, que resulta em estiramento ou laceração dos ligamentos, tendões e tecidos conjuntivo que atravessam uma articulação.
Alguns fatores podem interferir neste índice de lesões, a fadiga muscular é uma
delas, pois elas pode interferir e ser considerada como uma falha para manter um
nível desejado de desempenho ou trabalho durante uma atividade repetitiva ou
sustentada (SILVA et al, 2007).
Para Nakamoto, (2005) a síndrome de overtraining é outro fator que vem a
contribuir com as lesões e é caracterizada por um conjunto de sinais vindo de um
planejamento incorreto na modalidade esportiva. Ainda de acordo com o autor citado
acima esta síndrome é vista geralmente em atletas que executam um treinamento mal
planejado em relação ou volume/intensidade e não obtém um período adequado de
recuperação seu principal sintoma é a queda no desempenho mesmo após um
treinamento leve, podendo levar a dores musculares, perda de peso, alteração no
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estado de humos e fadiga. Ja segundo Alves (2006), o overtraining ou
supertreinamento é caracterizado pelo desequilíbrio entre estresse e recuperação.
2 MATERIAIS E MÉTODOS
2.1 Caracterização
22
Esta é uma pesquisa do tipo qualitativa, pois os objetivos são primeiramente
descrição, compreensão e o significado dos dados, o pesquisador não manipula os
dados por meio de experimentos em laboratório. O pesquisador observa e coleta os
dados no campo, ou seja, no ambiente natural (THOMAS, JERRY: NELSON, JACK,
2002, p. 323).
Quanto a natureza da pesquisa é do tipo descritiva, com o objetivo de descobrir
e descrever quais são as principais lesões que ocorrem em atletas de basquete
feminino com idade inferior à 14 anos e em que parte do corpo essas lesões ocorrem
com mais frequência. Destaca-se que nas pesquisas de caráter descritiva busca-se
através da observação, registro, descrição e análise dos dado obtidos ( MARCONI;
LAKATOS, 1999).
2.2 Sujeito do Estudo
A amostra foi constituída por 53 atletas de 07 times da modalidade de
basquetebol feminino que participaram dos Jogos Escolares da Juventude – Fase
Estadual no ano de 2016 na categoria menores de 14 anos.
2.3 Ambiente da amostra
A coleta de dados ocorreu durante os Jogos Escolares da Juventude – Fase
Estadual no ano de 2016 na categoria sub-14. A coleta dos dados foi adquirida na
forma de questionário que foi aplicado para a maioria das atletas participantes dos
Jogos Escolares da Juventude. A coleta foi dada na seguinte forma: contato com o
técnico de cada equipe para a autorização da pesquisa, divulgar o objetivo do estudo
e orientação para as atletas de como iriam preencher o questionário.
Também foi entregue para cada técnico das equipes avaliadas um termo de
consentimento para a autorização de suas atletas a participar da pesquisa, por ser um
evento da categoria sub-14 o técnico torna-se responsável pelo seus atletas através
de uma autorização dos pais.
2.4 Método
Foi aplicado um questionário contendo sete (7) questões de forma abertas e
fechadas sobre a ocorrência de lesões em atletas da categoria sub14 no basquetebol
23
feminino do estado de Mato Grosso. A coleta de dados foi realizada pela acadêmica
Estela Lemke do Curso de Educação Física – Bacharelado da Faculdade Centro
Mato-Grossense FACEM, na data de 15 à 22 de julho na cidade de Agua Boa-MT que
foi o local dos Jogos Escolares Mato-Grossense no ano de 2016.
O questionário foi elaborado pela autora e a imagem utilizada como referência
para os atletas apontarem as lesões foi extraído do livro “A prática da Ginástica
Laboral” de Joao Ricardo Gabriel de Oliveira, 3ª edição, 2006, p. 59-60.
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
No presente estudo foi investigado qual o índice de lesões no basquete
feminino, bem como quais foram as principais lesões e os locais que elas mais
ocorreram.
24
Foi investigado quanto à idade das atletas, o tempo de treinamento na
modalidade, frequência semanalmente de treino, posições mais lesionadas no jogo, o
tipo de lesão que mais aparece e qual o local dessas lesões.
Figura 1 – Idade das atletas
‘
Nos Jogos Escolares da Juventude na categoria de sub-14, podem participar
atletas de 12, 13 e 14 anos de idade. A figura 1 mostrou que 60% das atletas femininas
que participaram dos jogos tinham idade de 14 anos, sendo assim, o último ano
jogando na categoria, as atletas de 12 anos apresentou porcentagem de 10% sendo
a idade mínima exigida para a competição.
60%
30%
10%
14 anos
13 anos
12 anos
25
Figura 2 – Tempo (anos) que praticam o basquetebol
A figura 2 apresenta o tempo de treino das atletas no esporte, com 38% como
praticante do esporte como primeiro ano nas atletas na categoria feminina, indicando
assim que iniciaram há pouco tempo na vida esportiva, para as atletas com até dois
anos de treinamento apresentou uma porcentagem de 30%, este período de
treinamento ocorre devido a idade exigida para participar da competição. Levando em
consideração esta faixa etária dos 12 aos 14 anos, Gallahue apoud Miranda (2013),
define esse período como “estágio de aplicação” que é a fase onde as habilidades
complexas são mais refinadas e a maturação da criança possibilidade períodos e
rotina de treinamentos mais intensos.
Segundo Ramos e Neves (2008), a iniciação esportiva especializada deve se
iniciar a partir dos 12 anos, ele já pode participar de competições, o organismo do
adolescente já está preparado para cargas mais intensas, as qualidades físicas e
motoras logo foram desenvolvidas.
38%
30%
15%
9%
8%
1 ano
2 anos
3 anos
4 anos
5 anos ou mais
26
Figura 3 – Quantidade de treinos por semana
Conforme mostra a figura 3, mostra a quantidade de treino por semana que
estas atletas frequentam, 32% treinam 05 vezes na semana, no período de segunda
à sexta-feira, seguido com 28% uma frequência de 06 vezes na semana de segunda
à sábado. Algumas destas atletas que treinam de 05 a 06 vezes por semana, fazem
partes dos dois times que disputaram a final do campeonato.
Figura 4 – Atletas que possuem e não possuem lesões
A figura 4 apresenta que mais da metade das atletas pesquisadas possuem
algum tipo de lesão, ou seja, 60% das atletas, podem ter uma lesão caracterizada
como, muscular, tendinosas, óssea ou articular. Estas lesões podem ocorrer devido a
carga/intensidade do treinamento aliada ao período de crescimento das atletas,
também pela grande frequência de treinamento como foi apresentando no gráfico 3,
17%
17%
6%32%
28%2x
3x
4x
5x
6x
60%
40%
Tem lesão
Não tem lesão
27
estes fatores podem contribuir para o aparecimento das lesões. Na competição o time
que conquistou o primeiro lugar no campeonato foi o que obteve o maior número de
atleta lesionadas, das 08 integrantes, 07 delas possuem algum tipo de lesão.
Figura 5 – Posições das atletas em jogo com lesões
A figura 5 apresenta qual a posição em quadra que mais possui lesão na
modalidade de basquete, foi observado que 41% das atletas lesionadas jogam na
posição 4 ou ala-pivô e que 22% está os atletas da posição alas e ala-armador, temos
que destacar que nesta categoria as atletas passam por várias posições durante uma
partida e que as posições em quadra ainda não estão bem definidas.
Moreira, Gentil e Oliveira (2003), em uma pesquisa feita com a seleção
brasileira de adulta de basquete que defendeu a seleção brasileira de basquete em
2002, observaram que a maior incidência de lesão ocorreu nas jogadoras de posição
5, ou seja, as pivôs, isso devido ao grande contato físico e giros entorno do seu pé de
apoio durante uma partida
3%
22%
22%41%
12%
Armador
Ala-Armador
Ala
Ala-Pivô
Pivô
28
Figura 6 – Os tipos de lesões que foi pesquisado
A figura 6 que representam quais são os tipos de lesões mais frequentes,
aponta que são as articulações com 64% quem mais sofrem com esse tipo de lesão,
é um número bem alto visto que as lesões musculares aparecem em segundo lugar
com apenas 19%. Das lesões articulares a que mais se destacou a entorse e nas
musculares foi a contusão, chamada popularmente de “paulistinha” que é um golpe
forte no músculo causando uma grande dor no local.
No basquetebol a entorse é uma das lesões que mais aparecem, uma grande
maioria que já jogou basquete o nível de competição já teve este tipo de lesão. Silva
(s.d.) na pesquisa que realizou aponta que 14% dos 36% dos atletas que tinham lesão
eram na região articular decorrentes de entorse. Neto (2013), afirma em sua pesquisa
que a lesão articular foi a que mais ocorreu com 58,97% dos casos, pois em um jogo
o atleta tem muitas paradas e saídas rápidas, giros em cima do seu próprio eixo,
muitas mudanças de direções e saltos, estes movimentos juntos com o cansaço da
partida sobrecarrega as articulações que na maioria das vezes não aguenta a pressão
exercida sobre ela.
19%
10%
7%64%
Muscular
Ossea
Tendinosa
Articular
29
Figura 7 – Membros do corpo que mais ocorre lesão
A figura 7 mostra em que porção do corpo as lesões mais ocorrem, em 78%
das lesões elas aparecem nos membros inferiores na forma de entorse como foi visto
no gráfico anterior, em seguida os membros superiores com 16%.
Menezes apoud de Rose (2006), na sua pesquisa aponta que os membros
inferiores de jogadores de basquete também foram os mais lesionados, ele pesquisou
a Liga Espanhola de Basquete que teve uma porcentagem de 46% e na NBA 57%
dos atletas com os membros inferiores lesionados e a lesão eu mais ocorreu foi a
entorse de tornozelo e joelho. O basquete exige muito dos membros inferiores dos
jogadores, pois toda a carga é levada para eles, por isto a preparação física e muito
importante, pois pode prevenir algumas destas lesões.
16%
78%
6%
MembrosSuperiores
Membros Inferiores
Tronco
30
Figura 8 – Local do corpo que mais foi lesionado
Quanto ao local especifico das lesões, a figura 8 aponta o tornozelo como o
mais afetado com 25 atletas lesionados neste local, destas 25, todas devido ao
entorse visto no gráfico anterior, em seguida o joelho com 11 atletas machucadas,
com alguns entorses, luxação e rompimento de ligamentos, pode-se perceber que os
dois locais mais lesionados são os que pertencem aos membros inferiores, porque
como foi falado a sobrecarga neste local é muito grande.
De Rose (2006), obteve em sua pesquisa com 344 atletas sendo 174 homens
e 170 mulheres que o tornozelo foi parte do corpo que mais teve lesão com um índice
de 54,7% e em seguida o joelho com 34,7% e assim vemos novamente o quão é
importante a preocupação com a preparação dos atletas, pois, diversas pesquisas
apontam que o tornozelo e o joelho que fazem parte dos membros inferiores são os
lesionados com maior frequência.
25
11
3 2 1 2 1
5
0
5
10
15
20
25
30
31
CONCLUSÃO
Os resultados encontrados na pesquisa com as equipes de basquetebol
feminino de diversas cidades do estado mostrou que o índice de lesão na categoria
sub-14 esta alto, visto que mais da metade das alunas que participaram da coleta de
dados já tiveram algum tipo de lesão.
Com estes resultados conclui-se que a hipótese deste trabalho é verdadeira,
uma vez que, a parte do corpo que as alunas mais têm lesão é o tornozelo e o tipo de
lesão mais frequente foi a entorse. A pesquisa também mostrou que no basquete são
os membros inferiores que mais sofrem com a intensidade de carga causando assim
inúmeras lesões em joelhos e tornozelos.
Sendo assim, os técnicos/professores devem conhecer a fundo cada integrante
de sua equipe para contribuir para a diminuição de lesões nestas atletas que estão
iniciando sua carreira esportiva, sabendo dosar a intensidade e volume de treino a fim
de evitar o máximo as lesões. Sabemos também, que para se obter resultados
positivos em campeonatos, os treinos devem ser fortes e intensos, porém precisamos
nos preocupar com o corpo das atletas desta categoria, pois as categoria seguintes
dependem dessas alunas que estão iniciando sua vida esportiva.
32
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35
ANEXOS
36
TERMO DE AUTORIZAÇÃO
Estou realizando uma pesquisa de campo intitulado “INCIDÊNCIA DE LESÕES
EM ATLETAS DE BASQUETEBOL FEMININO DO ESTADO DE MATO GROSSO NA
CATEGORIA INFANTIL (SUB-14)”. Foi esclarecido ao senhor (a) que participando
desta pesquisa, estará participando de um estudo acadêmico que tem como objetivo
verificar o índice de lesões em atletas feminino praticante de basquete na categoria
infantil (sub 14) apresentados por atletas do esporte escolar do estado do MT.
Venho por meio deste, pedir a autorização para que as atletas que compõe o
time possa participar da presente pesquisa respondendo um questionário que será
entregue para cada uma delas responderem. A atleta que respondeu o questionário
poderá desistir a qualquer momento, basta apenas informar a sua decisão.
A coleta de dados será realizada pela acadêmica Estela Lemke , fone: 066
9607-8483 do curso de Graduação em Educação Física – Bacharelado da Faculdade
Centro Mato-Grossense – FACEM, orientado pelo professor Mestre Ariel Dias Loaces.
______________________________________
Assinatura do técnico
QUESTIONÁRIO
37
1) Data de nascimento ___/___/___
2) Há quantos anos pratica basquete _____________________________________
3) Você treina quantas vezes por semana__________________________________
4) Em qual posição atua dentro de quadra__________________________________
5) Já se lesionou durante algum treino ou jogo de basquete
( ) sim ( ) não
6) Se sim que tipo de lesão foi
( ) Muscular (contusão)
( ) Ossea (fratura)
( ) Tendinosa
( ) Articular (luxação ou entorse)
7) Em qual parte do corpo ocorreu a lesão:
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