MELO ET AL. (2021)
HOLOS, Ano 37, v.1, e10663, 2021 1
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EXTRAÇÃO, IDENTIFICAÇÃO E ESTUDO DO POTENCIAL ANTIMICROBIANO DO ÓLEO ESSENCIAL DE PIMENTA-PRETA (Piper nigrum L.), BIOMONITORADO POR
Artemia salina Leach
A.M. MELO1*, E. O. SILVA2, D. I. D. MARQUES3, S. SOUSA4, M. R. QUIRINO5 Universidade Federal do Paraná1, Universidade Federal da Paraíba2-5
ORCID ID: https://orcid.org/0000-0001-7795-6682 1
Submetido 04/07/2020 - Aceito 18/12/2020
DOI: 10.15628/holos.2021.10663
RESUMO Os óleos essenciais são eficazes agentes antimicrobianos devido aos compostos bioativos que possuem. Objetivou-se extrair e identificar os constituintes químicos do óleo essencial da pimenta-preta (Piper nigrum L.), estudar o seu potencial antimicrobiano e biomonitorar o óleo através do teste de potencial citotóxico. Extraiu-se o óleo essencial pelo método de destilação por arraste a vapor. O óleo foi analisado quanto a sua composição química e submetido ao biomonitoramento por Artemia Salina Leach e posterior teste de atividade antimicrobiana e de concentração inibitória mínima (CIM). O material vegetal apresentou rendimento de 1,15% de óleo essencial, onde 38 compostos foram identificados por cromatografia,
sendo os constituintes majoritários: sabinene (30,62%), limoneno (21,43%), cariofileno (21%), β – pineno (9,62%) e α –pineno (5,31%). O óleo essencial apresentou CL50 8,48 µg/mL frente a Artemia salina Leach. As bactérias Listeria innocua (15,60 mm) e Escherichia coli (5,60 mm), apresentaram menor e maior resistência ao óleo essencial estudado, respectivamente. Listeria monocytogenes e Clostridium perfringens apresentaram menor CIM, com 30.92 µg/mL. Desta forma, o óleo essencial de pimenta preta mostra-se um antimicrobiano promissor, sendo uma possibilidade de aplicação futura, como um conservante natural na indústria de alimentos.
PALAVRAS-CHAVE: Produtos naturais, compostos bioativos, cromatografia gasosa, micro-organismos, toxicidade.
EXTRACTION, IDENTIFICATION AND STUDY ANTIMICROBIAL POTENTIAL OF THE BLACK PEPPER (Piper nigrum L.) ESSENTIAL OIL BIOMONITORED BY Artemia salina
Leach ABSTRACT The essential oils are effective antimicrobial agents due to the bioactive compounds they have. The objective was to extract and identify the chemical constituents of the essential oil of black pepper (Piper nigrum L.), study its antimicrobial potential and biomonitored the oil through the cytotoxic potential test. The essential oil was extracted by steam distillation. The oil was analyzed for its chemical composition and subjected to biomonitoring by Artemia Salina Leach and subsequent antimicrobial activity and minimal inhibitory concentration (MIC). The plant material showed a yield of 1.15% of essential oil, where 38 compounds were identified by
chromatography, the major constituents being: sabinene (30.62%), limonene (21.43%), karyophylene (21%), β - pinene (9.62%) and α –pinene (5.31%). The essential oil showed CL50 8.48 µg/mL compared to Artemia salina Leach. The bacteria Listeria innocua (15.60 mm) and Escherichia coli (5.60 mm), presented lower to greater resistance to the essential oil studied, respectively. Listeria monocytogenes and Clostridium perfringens presented lower MIC, with 30.92 µg/mL. Thus, black pepper essential oil is a promising antimicrobial, being a possibility of future application, as a natural preservative in the food industry.
KEYWORDS: Natural products, bioactive compounds, gas chromatography, microorganisms, toxicity
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1 INTRODUÇÃO
A crescente busca por alimentos saudáveis induzem as indústrias a comercializarem
produtos com teores reduzidos de gordura, aditivos e conservantes químicos, priorizando a
qualidade do produto final. Com isso, pesquisas relacionadas a produtos naturais ricos em
compostos bioativos e que apresentem características antimicrobianas estão cada vez mais
frequente, se tornando uma tendência e alternativa para a conservação de alimentos.
De acordo com Dong et al. (2014), as bactérias estão sofrendo processos de mutações e
alguns dos antimicrobianos utilizados anteriormente, objetivando inibição, já não apresentam
atividade. Por isso, tem-se a necessidade de aprofundar estudos acerca deste assunto. O uso de
produtos naturais e seus derivados nas indústrias de alimentos, farmacêutica, cosmética e química
tem aumentado, devido a fatores como a proliferação microbiana e sua multirresistência aos
antibióticos e aos agentes químicos sintéticos (Silva et al. 2015).
Um produto alternativo com potencial aplicação na indústria de alimentos são os óleos
essenciais, ricos em compostos bioativos voláteis e complexos, caracterizados por um forte odor,
sendo sintetizados por plantas durante o metabolismo secundário e normalmente extraído de
vegetais encontrados em países quentes (Machado; Fernandes Júnior, 2011; Yazgan, 2020). Uma
das vantagens da utilização dos óleos essenciais é que grande parte dos compostos ativos da planta
estão presentes em maior quantidade no óleo (Oetting, 2005), fazendo com que os benefícios
causados pelo material, quando adicionado ao alimento, sejam mais eficazes comparando a outras
partes da planta.
As especiarias são conhecidas por exercerem estabilidade frente à ação de micro-
organismos, estando inseridas no grupo dos alimentos estáveis (Lima, 2002). A literatura científica
na área da ciência e tecnologia de alimentos tem mostrado, nos últimos anos, um enfoque no
estudo do potencial antimicrobiano das especiarias, considerando a sua inclusão nos chamados
sistemas de bioconservação de alimentos (Melo et al. 2020).
Dentre as especiarias comumente utilizadas em alimentos está a pimenta-preta (Piper
nigrum L.). O óleo essencial de pimenta-preta, também conhecido como pimenta-do-reino, tem
uso diverso entre as indústrias. Ristori, Pereira e Gelli (2002) afirmaram que um dos componentes
que contribuem para aumentar o valor da pimenta-preta no mercado como condimento é o seu
óleo essencial, devido à ação inibitória desta especiaria em diferentes micro-organismos. Desta
forma, o uso deste óleo na indústria de alimentos é uma alternativa viável como conservante
natural em alimentos.
Diante disto, observa-se que a utilização do óleo essencial de pimenta-preta além de
agregar valor aos produtos, serve como agente ativo para prolongar a vida útil de alimentos,
mantendo suas características. Por isso, objetivou-se neste trabalho extrair e identificar os
constituintes químicos do óleo essencial da pimenta-preta (Piper nigrum L.), estudar o seu
potencial antimicrobiano e avaliar o potencial citotóxico em Artemia salina Leach, a fim de
compreender a atividade deste material vegetal.
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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 Pimenta-preta
A pimenta-preta, conhecida botanicamente como Piper nigrum L., é uma planta perene da
família das piperáceas (Silva; Silva; Joele, 2009) e, segundo Mobot (2005), é uma planta com caule
liso, redondo, nodoso e ramificado, com folhas inteiras, lâminas ovaladas, ápice agudo, coriáceas
e com sete nervuras principais. Já as flores são pequenas, brancas, dispostas em espigas e com os
frutos globulares, vermelhos quando maduros, que ao secarem possuem uma superfície grossa e
rugosa.
Entre as espécies mundialmente conhecidas e consumidas de pimenta, tem-se a pimenta-
preta, conhecida popularmente no Brasil como pimenta-do-reino (Calixto et al., 2005; Pissinate,
2006). A pimenta-preta é originária da Índia e, desde a década de 1930, quando foi introduzida no
Brasil, por imigrantes japoneses, tem sido o suporte econômico de pequenos e grandes produtores
da Região Amazônica (Chu, 2006). O Brasil é um dos maiores produtores desta especiaria e o
segundo maior exportador mundial dessa commodity, tendo os estados do Pará, Espírito Santo,
Bahia, Paraíba e Maranhão como os maiores produtores nacionais (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística [IBGE], 2013; Alves et al., 2014).
A comercialização nacional da pimenta-preta é vista comumente em grãos secos (Figura 1),
obtida por secagem natural ou artificial, ou moída, principalmente para uso culinário, sendo
considerada como a única especiaria cujos frutos podem ser comercializados em quatro diferentes
versões: branca, verde, vermelha e preta (Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento –
[MAPA], 2006; Carnevallia e Araújo, 2013).
Figura 1: Semente da pimenta-preta
Sabe-se que esta é uma planta rica em retinol (pró-vitamina A), ácido ascórbico (vitamina
C), e em minerais como ferro e potássio entre outros compostos, por isso seu forte uso culinário.
Porém, nas últimas décadas, seu consumo além do grão seco ou moído, diversificou-se através da
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obtenção do óleo essencial, resina e oleorresina, devido a quantidade de compostos isolados
encontrados na espécie (Silva; Silva; Joele, 2009; Carnevallia; Araújo, 2013), tornando os
compostos da pimenta-preta alvo de estudos para avaliar sua atividade.
2.2 Óleo essencial
Koketsu e Gonçalves (1991) citam que os óleos essenciais, em sua maioria, são produtos
obtidos por processo de destilação por arraste com vapor de água ou hidrodestilação, podendo
também ser extraído por outras metodologias. Estes podem se apresentar isoladamente ou
misturados entre si, retificados, desterpenados ou concentrados (Zacarão; Piletti, 2013). De
acordo com Koketsu e Gonçalves (1991), óleo essencial é uma designação que se aplica a óleos
etéreos ou voláteis constituídos de misturas complexas de substâncias de variada função química,
presentes em diversas partes dos vegetais como: flores, folhas, frutos, lenho e sementes.
Os óleos essenciais são conhecidos pela fragrância e propriedades fortes pela sua atividade
antisséptica, ou seja, bactericida, fungicida, antivirais e medicinais e podem ser utilizados como
antimicrobianos na conservação de alimentos, além de analgésicos, sedativos e anti-inflamatórios
(Aquino et al., 2010). Por isso os óleos essenciais tornaram-se fonte de pesquisa, objetivando
explorar a atividade realizadas pelos compostos presentes nos vegetais, tornando-se uma
alternativa natural, principalmente para conservação de alimentos, tendo em vista a atual procura
por uma alimentação saudável e mais próxima do natural.
A parte do vegetal em que o óleo essencial é encontrado depende da espécie, embora
todos os órgãos de uma planta possam acumular óleos essenciais, sua composição pode variar
segundo sua localização na estrutura do vegetal, assim como composição química, a qualidade e o
teor de óleos essenciais presentes nas plantas estão sujeitos à grande variação e são influenciados
por diversos fatores, tais como: condições geográficas e climáticas, assim como condições de
cultivo, secagem e armazenamento (Melo et al., 2004; Simões et al., 1999).
Os óleos essenciais são geralmente extraídos das plantas por métodos de destilação, que
pode ser simples ou por arraste a vapor, dióxido de carbono (CO2) supercrítico, hidrodestilação e
extração por solvente (Simões & Spitzer, 1999). Leal (2008) cita a popularidade da técnica de
destilação por erraste a vapor (AV) afirmando que é o processo de obtenção de óleos voláteis mais
tradicionalmente utilizado no Brasil e no mundo, mostrando que é uma metodologia considerada
limpa e que não agride o meio ambiente.
2.3 Atividade antimicrobiana dos óleos essenciais
Antimicrobianos de origem natural, provenientes de vegetais, são alternativas eficazes e
na maioria das vezes econômicas, pois são obtidos a partir das plantas aromáticas e especiarias
ricas em óleos essenciais caracterizados por uma notável atividade antimicrobiana, tornando-se
viável no retardamento ou inibição do crescimento de micro-organismos e pragas.
O estudo de óleos essenciais para conservação e atividade antimicrobiana está cada dia
mais frequente. Os componentes dos óleos essenciais exercem atividade antimicrobiana
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basicamente por três motivos: interferência na dupla camada fosfolipídica da parede celular por
aumento da permeabilidade e perda dos constituintes celulares; alteração de uma variedade de
sistemas enzimáticos, incluindo aqueles envolvidos na produção de energia celular e síntese de
componentes estruturais e inativação ou destruição do material genético (Kim, 1995; Ristori;
Pereira; Gelli 2002)
A atividade dos óleos essenciais e de seus constituintes majoritários podem variar quando
avaliados separadamente. Em seu estudo com o óleo essencial de Thymus pectinatus , Vandar-
Unlu et al. (2003), encontraram uma composição majoritária de timol, γ-terpineno, ρ-cimeno e
carvacrol, verificando uma boa atividade antimicrobiana, porém, quando comparados
separadamente, esses compostos apresentaram baixa atividade, mostrando que a atividade está
relacionada com o conjunto de substâncias.
Em um estudo realizado por Romero et al. (2012) com o óleo essencial de óregano
(Origanum vulgare) sobre fungos fitopatogênicos testado em quatro concentrações, observou-se
que todos os fungos testados apresentaram inibição do crescimento micelial e da germinação de
esporos pela ação do óleo essencial, para concentrações a partir de 500 ppm. Na concentração de
250 ppm (menor concentração), observou-se que o óleo essencial de orégano inibiu o crescimento
micelial dos fungos Corynespora cassiicola, Fusarium sp. e Colletotrichum gloeosporioides, em
64,81, 73,95 e 33,58%, respectivamente, não afetando o crescimento micelial e a germinação de
esporos do fungo Rhizoctonia solani.
Brahmi et al., (2016) verificaram a atividade antimicrobiana do óleo essencial de
Mentha pulegium L. em cinco micro-organismos: Staphylococcus aureus, Bacillus subtilis,
Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa e Klebsiella pneumoniae, pelo método de disco-difusão,
e verificaram que o óleo testato apresentou boa boa atividade de inibição de crescimento
microbiano. Santos e Rabelo (2012) pesquisaram atividade antifúngica e antibacteriana do óleo
essencial das folhas de Piper malacophyllum. Para todas as bactérias analisadas (Staphylococcus
aureus, Bacillus cereus, Acinetobacter baumanii, Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa), o
óleo essencial apresentou atividade classificada como fraca. Todavia, o óleo essencial apresentou
ótima atividade contra seis dos dez fungos analisados.
Outro estudo realizado por Pereira (2006) avaliou o efeito do óleo essencial de duas
especiarias: orégano (Origanum vulgare) e cravo-da-índia (Syzygium aromaticum), nas bactérias
Staphylococcus aureus, Escherichia coli e também o fungo Penicillium communem, verificando
bons resultados quanto às bactérias testadas, mostrando a atividade antimicrobiana dos óleos
essenciais testados. Há uma diversidade de estudos relacionados aos óleos essenciais, a fim
descobrir os efeitos de seus variados compostos no comportamento dos micro-organismos.
Entretanto, todos os estudos apontam que os óleos essenciais são um ingrediente de potencial
aplicação na indústria de alimentos.
3. MATERIAL E MÉTODOS
3.1. Extração do óleo essencial
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As sementes de pimenta-preta foram compradas no município de João Pessoa – PB, Brasil
(07º 06 '55 "S, 34º 51' 40" W). O óleo essencial da pimenta-preta foi extraído através do método
de destilação por arraste a vapor, com o destilador de óleo essencial em aço inox do modelo SL76/I
da marca SOLAB e potência de 1.800 Watts. O processo de destilação foi realizado por 3h e a
temperatura foi controlada a 100 °C. Após o processo de destilação, foi retirado o excesso de água
do óleo essencial com o sulfato de sódio anidro (Na2SO4). O rendimento de extração foi calculado
a partir da razão de massa de óleo, medida por sua densidade com base no volume (mL) de óleo
extraído no sistema de extração e dividido pela massa seca (g) da amostra (Girard, 2007). O óleo
foi armazenado em recipiente de vidro âmbar e mantido sob refrigeração a 4 °C.
3.2. Cromatografia Gasosa
A composição química do óleo essencial de pimenta-preta foi analisada por meio do
Cromatógrafo Gasoso acoplado a Espectrômetro de Massas do modelo GCMS-QP2010 da marca
Shimadzyu. A coluna utilizada foi da marca RTX-5MS, capilar (5% Diphenyl / 95% dimethyl
polysiloxane), Tamanho: 30 mm de comprimento e 0,25 mm de Diâmetro Interno, 0,25 um (df –
diâmetro do filtro da coluna), temperatura do forno da coluna de 60 °C, temperatura de injeção
de 250 °C, pressão de 57 kPa, fluxo da coluna de 0,99 mL/min. O espectrômetro de massa foi
programado para varrer de 40,0 a 450,0 m / z.
3.3. Atividade citotóxica
A toxicidade do óleo essencial de pimenta-preta foi realizada de acordo com a metodologia
descrita por Meyer et al., (1982). O bioensaio consistiu em inserir os ovos de Artemia salina em
uma solução preparada com o óleo essencial solubilizado em água salina e Tween 80, sob aeração
constante por um período de 48 horas, a temperatura controlada (25 °C). As concentrações
variaram entre 0 e 1000ppm. Após 24 h de exposição, quantificaram-se as contagens de
microcrustáceos vivos e mortos.
3.4. Atividade antimicrobiana
3.4.1. Cepas bacterianas
Para realização da atividade antimicrobiana do óleo essencial de pimenta utilizou-se três
culturas de bactérias patogênicas Gram positivas e duas culturas de bactérias Gram negativas. As
Gram positivas utilizadas foram: Listeria innocua (ATCC 33090), Listeria monocytogenes (ATCC
1911) e Clostridium perfringens (ATCC 3624); as bactérias Gram negativas foram Campylobacter
jejuni subsp. Jejuni (ATCC 33560) e Escherichia coli (ATCC 10536). Todos os micro-organismos
foram adquiridos no Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde, ligado a fundação
Oswaldo Cruz/Ministério da Saúde, Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
3.4.2. Disco-difusão
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Para a avaliação da atividade antimicrobiana seguiu-se a metodologia de disco-difusão em
Ágar conforme descrito na norma M2-A8 do Clinical and Laboratory Standards Institute –
CLSI/NCCLS (NCCLS, 2005), que trata dos testes de sensibilidade a antimicrobianos. Os testes foram
realizados pelo método de difusão em discos de papel Whatmann 3 com 6 mm de diâmetro, feitos
com um perfurador estéril, e adicionados em placas de Petri com meio de cultura Ágar Müeller-
Hinton. Os discos foram embebidos em 10 μL contendo óleo essencial a 1% e distribuído
uniformemente nas placas contendo as bactérias. Estas placas foram incubadas a 37 ± 2 °C por 24
horas. A atividade antimicrobiana foi analisada medindo-se o diâmetro das zonas de inibição (mm)
ao redor do halo usando um paquímetro.
3.4.3. Concentração Inibitória Mínima (CIM)
A determinação da Concentração Inibitória Mínima foi realizada através da micro diluição
em caldo BHI (Brain Heart Infusion), seguindo a Norma M2-A8 do Clinical and Laboratory Standards
Instituite – CLSI/NCCLS (NCCLS, 2005), com incubação das bactérias em placas de Petri e posterior
adição dos discos contendo óleo essencial de pimenta-preta para verificação dos halos. Para
verificação da CIM, após incubação a 35 °C por 24 horas das placas de Petri, contendo os discos
embebidos, a menor concentração de óleo na qual não foi evidenciado crescimento microbiano
nos discos foi determinada como CIM, conforme descreve Machado et al., (2012).
3.5. Análise estatística
Para avaliação citotóxica do óleo, o resultado foi expresso pela dose letal à 50% (CL50) com
limite de confiança de 95%, calculado através do método estatístico de Próbit, utilizando o
programa Polo-plus 1.0 (2002). Os dados da atividade antimicrobiana foram submetidos à análise
de variância e ao teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade, utilizando-se o programa
estatístico SAS® versão 9.1 (2013).
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1. Rendimento de extração
O óleo essencial de pimenta-preta obtido na extração apresentou coloração amarelada. A
amostra apresentou densidade de 0,8262 g/mL a 25 °C, valor inferior ao obtido por Melo et al.
(1990) que estudaram alternativas de aproveitamento industrial de pimenta-preta e obtiveram
densidade de 0,8772 g/mL.
O óleo essencial de pimenta-preta apresentou rendimento de 1,15%. Este valor foi inferior
a Costa et al., (2010), que em seu estudo com óleo essencial de pimenta-preta obtiveram
rendimento de 1,8%, valor superior ao presente estudo, e corroborou com o trabalho de Melo et.
al. (1990) que também obtiveram 1,8% para o óleo desse vegetal, quando a amostra foi seca em
secador solar. Segundo Luiz et al., (2009), o conteúdo presente nos óleos essenciais e seu
rendimento podem variar de acordo com a espécie, parâmetros climáticos e de fatores
agronômicos e, especialmente a fase de desenvolvimento da planta na época da colheita, além de
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outros fatores. Este fato mostra que o rendimento atingido neste estudo é decorrente do manejo
e condições externas sofridas pelas sementes, acarretando menor teor de óleo essencial.
4.2. Composição química
Os resultados da análise cromatográfica do óleo essencial de pimenta-preta (Tabela 1)
elucidou 96,74% dos constituintes químicos em diferentes proporções, totalizando em 38
compostos, possuindo como componentes majoritários quatro monoterpenos: sabineno (30,62%),
limoneno (21,43%), β–pineno (9,62%), α–pineno (5,31%) e careno (2,37%). Além dos
monoterpenos, dentre os compostos de maior concentração no óleo encontrou-se o
sesquiterpeno cariofileno (21,00%).
Tabela 1: Perfil cromatográfico do óleo essencial de pimenta-preta e índice de Kovats.
COMPONENTES ÁREA (%) TR (min)
1 (3,3-dimetil –Hexan-2-ona) 0,04 5,16 2 2,2-dimetil Pentanal, 0,03 5,60 3 α –Thujeno 1,93 5,70 4 α –Pineno 5,31 5,92 5 Camphene 0,05 6,33 6 1-acetil-l, 2-epoxi Ciclopentano 0,01 6,86 7 Sabineno 30,62 7,09 8 β – Pineno 9,62 7,20 9 Myrceno 1,17 7,50
10 α – Felandreno 0,73 8,00 11 Careno 2,87 8,21 12 α - Terpineno 0,20 8,40 13 p-Cymeno 0,09 8,69 14 Limoneno 21,43 8,92 15 3,7-dimetil-octa-1,3,6-trieno 0,09 9,49 16 γ - Terpineno 0,34 9,94 17 Cis-β-terpineol 0,16 10,26 18 Terpinoleno 0,03 11,03 19 Terpinoleno 0,20 11,13 20 3,7-dimetil-octa-1,6-dien-3-ol 0,18 11,51 21 1-metil-4- (1-metiletil) - 2-ciclohexen-1-ol, 0,02 13,22 22 4-metil-4- (1-metiletil) - 3-ciclohexen-1-ol, 0,62 14,89 23 α - Terpineol 0,06 15,46 24 3,7-dimetil-, (Z) - 2,6-octadienal 0,02 17,66 25 3,7-dimetil- (Z) - 2,6-octadienal 0,04 18,98 26 4-etenil-4-metil-3- (1-metil) - ciclo-hexeno, 0,22 21,96 27 Copaeno 0,05 23,67
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28 (1-metil) 1-etenil-1-metil-bis-2,4- Ciclo-hexano, 0,21 24,38 29 Cariofileno 21,00 25,75 30 1H-ciclopropa [a] naftaleno, 1, 2,3,5,6,7,7a 0,14 26,16 31 α - Cariofileno 0,58 27,06 32 1,2,3,4,4a, 5,6,8a-octa-hidro-7-metil - naftaleno, 0,13 28,02 33 1,2,3,4,4a, 5,6,8a-octa-hidro-4a, 8-metil - naftaleno 0,24 28,45 34 β- Selineno 0,30 28,81 35 1,2,4a, 5,6,8a-hexa-hidro-4,7-dimetil-Naftaleno 0,04 29,02 36 1-metil-4- (5-metil-1-metil) - ciclo-hexeno, 0,48 29,32 37 Sesquisabineno 0,03 29,94 38 4-etenil-α - ciclohexanometanol 0,30 31,03
Total 96,77 -
TR: Tempo de retenção
A composição química média do óleo essencial da pimenta-preta possui cerca de 80% de
monoterpenos como hidrocarbonetos monoterpênicos (sabineno, β-pineno, limoneno, terpineno,
α-pineno, mirceno), monoterpenos oxigenados (borneol, carvona, carvacrol, 1,8-cineol e linalol)
20% de compostos sesquiterpênicos (β-cariofileno, humuleno, β-bisabolona e óxido carofileno) e
com quantidades vestigiárias de eugenol, miristicina e safrol (Cunha et al., 2012). Orav et al., (2004)
e Liu et al., (2007) afirmaram que os constituintes de maior proporção são: β-cariofileno, d-
limoneno e β-pineno, evidenciando que o óleo essencial extraído apresenta um perfil
cromatográfico com substâncias majoritárias semelhantes as desenvolvidas em outros estudos.
Costa et al. (2010) avaliando a composição química de diferentes espécies de Piper evidenciaram
97,3% dos componentes totais para o óleo de Piper nigrum, referente a 17 substâncias. Os
constituintes majoritários encontrados por Costa e seus colaboradores (2010) foram similares aos
encontrados na cromatografia realizada neste estudo: E-Cariofileno (24,2%), (20,01%), Sabineno
(19,9%), Limoneno (13%) e Pineno (5,4%). Sendo esses compostos considerados antimicrobianos.
Souza Filho et al. (2009) confirmam que existe considerável variação na composição dos
constituintes do óleo essencial de certas espécies de plantas e que esta variação pode ser função
da sazonalidade, das condições edafoclimáticas, da diferença entre indivíduos de diferentes
populações ou mesmo de uma mesma população. Além dos fatores intrínsecos da planta, a
metodologia de extração do óleo, tempo de extração, manuseio de armazenamento do óleo,
exposição do óleo durante extração. Além de também apresentarem diferenças nas proporções
dos componentes, pois os compostos ativos dos óleos essenciais são altamente voláteis (Machado;
Fernandes Junior, 2001). Com isso, são facilmente perdidos até mesmo durante a extração.
4.3. Atividade citotóxica
No ensaio de toxicidade de Artemia Salina Leach os índices de mortalidade variaram entre
0 e 100% nas proporções utilizadas. A concentração letal de óleo essencial de pimenta-preta
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necessária para matar 50% dos microcrustáceos (CL50) foi calculada em 8,49 µg/mL (Tabela 2),
variando de 7,87 a 21,53 µg/mL entre as CL50 e CL90. . O teste de toxicidade por Artemia salina é um
teste biológico considerado uma das ferramentas utilizadas na avaliação preliminar de toxicidade
(Luna, 2005). Meyer et al.,(1982) menciona que teste com Artemia salina pode ser utilizado por
farmacologistas e químicos de produtos naturais. Os autores explicam que para a concentração
letal ser considerada tóxica o óleo deve conter CL50 ≤ 30 ppm. Assim, nota-se na Tabela 3 que o
óleo essencial de pimenta-preta apresentou atividade tóxica para o teste em Artemia Salina. Isto
indica que este óleo essencial possui benefício ao consumidor, quando aplicado em dosagens
adequadas, por se tratar de um teste preliminar com atividade anticâncer, inseticida, moluscicida
e antifúngico (McLaughlin, Chang & Smith 1991; Assis et al., 2019)
Tabela 2 – Concentração letal do óleo essencial de pimenta-preta
Concentração letal Concentração (µg/mL) Limite de confiança (µg/mL)
CL50 µg/mL 8,49 7,87 < CL < 9,48 CL90 µg/mL 14,33 13,04 < CL < 17,70 CL95 µg/mL 16,62 14,88 < CL < 21,53
*CL: Concentração letal
4.4. Atividade antimicrobiana e Concentração Inibitória Mínima
As zonas de inibição de crescimento das bactérias variaram significativamente (p<0,05) com
o teste de disco-difusão do o óleo esssencial de pimenta-preta (Tabela 3). Listeria innocua
mostrou-se menos resistente a ação do óleo essencial, apresentando a maior zona de inibição,
com 15,60 mm e menor concentração inibitória mínima (CIM). O micro-organismo em que o óleo
essencial foi menos efetivo para o ensaio antimicrobiano foi Escherichia coli, com zona de 5,60 mm
e maior CIM.
As zonas de crescimento avaliadas variaram entre 5,60 e 15,60 mm, esses valores variam
entre as bactérias Gram-negativas e Gram-positivas e com o comportamento do micro-organismo
com os compostos presentes no óleo. Zacarão e Piletti (2013) afirmam que as bactérias Gram-
negativas apresentam maior resistência à ação de agentes antimicrobianos por terem uma
Table 3. Atividade antimicrobiana do óleo essencial de pimenta-preta
Micro-organismos
Óleo essencial de pimenta-preta
Zona de inibição (mm)
Concentração Inibitória Mínima (µg/mL)
Listeria innocua 15,60a ± 1,68 10,10 Escherichia coli 5,60e± 1,23 63,83 Campylobacter jejuni subsp. Jejuni 8,20d ± 0,83 30,92 Listeria monocytogenes 11,49b ± 0,38 20,41 Clostridium perfringens 9,40c ± 0,15 30,92
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superfície hidrofílica na membrana externa, rica em lipopolissacarídeos, formando uma barreira
contra as macromoléculas hidrofóbicas presentes em alguns óleos essenciais e antibióticos. Por
isso a Escherichia coli e a Campylobacter jejuni subsp. Jejuni mostraram maior resistência ao óleo
essencial de pimenta-preta, enquanto Listeria innocua e Listeria monocytogenes foram menos
resistentes e obtiveram maiores zonas e inibição.
Figura 2: Halo de inibição da ação do óleo essencial de pimenta-preta em Campylobacter jejuni
subsp. Jejuni
Zacarão e Piletti (2013) observaram em seu estudo com óleo essencial de pimenta-preta
para controle de crescimento microbiano que a bactéria S. aureus, reduziu o crescimento em
aproximadamente 95% para a concentração de 0,02 mL/mL e ressalta, que para as menores
concentrações também se observou redução no crescimento de Escherichia coli em
aproximadamente 30%, mostrando que o óleo tem grande potencial de aplicação para este micro-
organismo.
Ristori, Pereira e Gelli (2002) mostram em seus resultados, também com redução do
crescimento microbiano, que não foi apresentada diferença significativa entre os seus meios
controles e os meios testes, mostrando assim que a pimenta-preta moída e o seu óleo essencial
não foram eficientes para inibir o desenvolvimento de Salmonella rubislaw. Eles afirmam que a
inibição pode ocorrer em diferentes micro-organismos e que o óleo essencial pode não se
solubilizar de forma adequada, interferindo na inibição, assim como a variação na composição do
óleo em função das condições de cultivo também alteram a composição do óleo. Confirmando o
estudo de Ristori, Pereira e Gelli (2002), Stoyanova et al. (2006) demonstraram uma atividade
antimicrobiana significante dos óleos essenciais de pimenta-preta contra bactérias Gram positivas.
Verifica-se que o óleo essencial de pimenta-preta mostrou-se eficaz com o estudo antimicrobiano,
sendo um material rico em compostos bioativos que possam proporcionar novos estudos e
aplicações na área de alimentos.
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5. CONCLUSÃO
O óleo essencial de pimenta-preta mostrou-se um material com rendimento satisfatório
para este tipo de produto e que apresentou característica antimicrobiana para micro-organismos
patogênicos que são capazes de se desenvolver em alimentos. Com isso, o óleo essencial em
estudo mostra-se um antimicrobiano promissor de potencial fonte de aplicação, como um
conservante natural na indústria de alimentos.
6. REFERÊNCIAS
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COMO CITAR ESTE ARTIGO:
Melo, A. M. de, Silva, E. O., Marques, D. I. D., Quirino, M. R., Sousa, S. de (2020). Extração, identificação e
estudo do potencial antimicrobiano do óleo essencial de pimenta-preta (Piper nigrum L.), biomonitorado
por Artemia salina Leach. Holos. 37(1), 1-16.
SOBRE OS AUTORES
A. M. DE MELO Doutoranda no Programa de Pós-graduação em Engenharia de Alimentos da Universidade Federal do Paraná. E-mail: [email protected] ORCID ID: https://orcid.org/0000-0001-7795-6682
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E. O. SILVA Mestranda do Programa de Pós Graduação em Tecnologia Agroalimentar do Centro de Ciências Humanas, Sociais e Agrárias (CCHSA) da Universidade Federal da Paraíba. E-mail: [email protected] ORCID ID: https://orcid.org/0000-0002-6068-9255 D. I. D. MARQUES Técnico do Laboratório da Química do Centro de Ciências Humanas, Sociais e Agrárias (CCHSA) da Universidade Federal da Paraíba. E-mail: [email protected] ORCID ID: https://orcid.org/0000-0002-6477-1643 M. R. QUIRINO Professor do Departamento de Ciências Básicas e Sociais do Centro de Ciências Humanas, Sociais e Agrárias (CCHSA) da Universidade Federal da Paraíba. E-mail: [email protected] ORCID ID: https://orcid.org/0000-0003-2873-261X S. DE SOUSA Professora do Departamento de Gestão e Tecnologia Agroindustrial do Centro de Ciências Humanas, Sociais e Agrárias (CCHSA) da Universidade Federal da Paraíba. E-mail: [email protected] ORCID ID: https://orcid.org/0000-0002-8587-4828
Editor(a) Responsável: Francinaide de Lima Silva Nascimento
Pareceristas Ad Hoc: ARIVONALDO DA SILVA E SOFIA SUELY BRANDÃO
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