Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina
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FICHA TÉCNICA
GOVERNO DO ESTADO DE SANTA CATARINA Lucia Gomes Vieira Dellagnelo – Secretária de Estado do Desenvolvimento Econômico
Sustentável Amir Hamad – Diretor de Desenvolvimento Econômico
Márcia Helena Neves – Gerente de Desenvolvimento Econômico
CONSELHO DELIBERATIVO DO SEBRAE/SC Alcantaro Corrêa – Presidente do Conselho Deliberativo
Sérgio Alexandre Medeiros – Vice-Presidente do Conselho Deliberativo
ENTIDADES Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina – FAESC
Federação das Associações de Micro e Pequenas Empresas de Santa Catarina – FAMPESC Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina – FACISC
Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Santa Catarina – FCDL Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina – FIESC
Federação do Comércio do Estado de Santa Catarina – FECOMÉRCIO Agência de Fomento do Estado de Santa Catarina – BADESC
Banco do Brasil S.A. – BB Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul – BRDE
Caixa Econômica Federal – CAIXA Fundação Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras – CERTI
Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável – SDS Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI/DR–SC Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC
DIRETORIA EXECUTIVA DO SEBRAE/SC
Carlos Guilherme Zigelli – Diretor Superintendente Anacleto Angelo Ortigara – Diretor Técnico
Sérgio Fernandes Cardoso – Diretor Administrativo Financeiro
ORGANIZAÇÃO Ricardo Monguilhott de Brito – Gerente da Unidade de Atendimento Coletivo – UAC
Roberto Tavares de Albuquerque – Coordenador do Núcleo da Indústria – UAC Claudio Ferreira – Analista Técnico – UGE
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CONSULTORIA TÉCNICA
ÁGAPE ASSESSORIA COMERCIAL LTDA. Marcos Durval Sabota Breda – Diretor administrativo
Daniel Marques de Lucena, Msc. – Responsável técnico Gustavo Gallo – Economista – Analista técnico de dados secundários
Davi Wazlawick – Analista técnico de dados secundários Elmo Tambosi Filho, Dr. – Consultor técnico de dados secundários
Mara Denise Brum – Analista técnicade dados primários Jean Carlos Schroder – Analista técnico de dados primários Paulo Queiroz – Pesquisador de levantamento qualitativo
João Luis Pasquali Savi – Pesquisador de levantamento qualitativo Alexandre Moura – Suporte e gestão de dados
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SUMÁRIO GERAL
INTRODUÇÃO ______________________________________________________________ 9 I. APRESENTANDO O ESTUDO SETORIAL _________________________________________ 9 II. PROGRAMA NOVA ECONOMIA@SC ___________________________________________ 9 III. O SETOR ECONÔMICO DE PLÁSTICO E BORRACHA DE SANTA CATARINA ____________ 10 RESUMO EXECUTIVO _______________________________________________________ 13 I. PANORAMA DO SETOR ____________________________________________________ 13 II. VISÃO DOS ESPECIALISTAS _________________________________________________ 17 III. VISÃO DO EMPRESÁRIO ___________________________________________________ 19 IV. PANORAMA DE NOVOS MERCADOS _________________________________________ 21 V. PROSPECÇÃO DE NOVOS MERCADOS ________________________________________ 24 CAPÍTULO I - PANORAMA DO SETOR __________________________________________ 27 1 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES _______________________________________ 33 1.1 APRESENTAÇÃO _____________________________________________________ 33 1.2 PROGRAMA NOVA ECONOMIA CATARINENSE ________ Erro! Indicador não definido. 1.3 OBJETIVO DO ESTUDO ________________________________________________ 35 1.4 METODOLOGIA DO ESTUDO ____________________________________________ 35 1.4.1 Tipo de pesquisa _____________________________________________________ 35 1.4.2 Critérios de análise ___________________________________________________ 36 1.5 BREVE HISTÓRICO DA ATIVIDADE ________________________________________ 36 1.6 CONTEXTO ATUAL ____________________________________________________ 38 2 DADOS MACROECONÔMICOS __________________________________________ 38 2.1 PRINCIPAIS INDICADORES ECONÔMICOS DO BRASIL E DE SANTA CATARINA ______ 38 2.2 PRINCIPAIS DADOS DEMOGRÁFICOS DO BRASIL E DE SANTA CATARINA _________ 40 3 PANORAMA DA ATIVIDADE DO SETOR DE PLÁSTICO E BORRACHA ____________ 42 3.1 PANORAMA MUNDIAL DA ATIVIDADE ____________________________________ 42 3.1.1 Considerações gerais _________________________________________________ 43 3.1.2 Principais países produtores e consumidores ______________________________ 45 3.1.3 Principais países exportadores e importadores _____________________________ 45 3.1.4 Outros dados relevantes do setor no mercado internacional __________________ 45 3.2 PANORAMA BRASILEIRO DA ATIVIDADE __________________________________ 46 3.2.1 Importância da atividade na economia nacional ____________________________ 48 3.2.2 Principais indicadores setoriais _________________________________________ 49 3.2.3 Número de empresas por região ________________________________________ 51 3.2.4 Mão de obra empregada na atividade ____________________________________ 51 3.2.5 Investimentos realizados e previstos _____________________________________ 52 3.2.6 Principais polos produtores e consumidores nacionais _______________________ 54 3.2.7 Importação e exportação ______________________________________________ 56 3.3 PANORAMA CATARINENSE DA ATIVIDADE ________________________________ 58 3.3.1 Importância da atividade na economia catarinense _________________________ 58 3.4 PRINCIPAIS INDICADORES SETORIAIS _____________________________________ 59 3.4.1 Participação catarinense no mercado nacional _____________________________ 61
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3.4.2 Perfil empresarial do setor _____________________________________________ 62 3.4.3 Mão de obra empregada na atividade ____________________________________ 63 3.4.4 Principais polos produtores e consumidores catarinenses ____________________ 63 3.4.5 Importação e exportação ______________________________________________ 64 4 POLOS SETORIAIS DO ESTUDO _________________________________________ 66 4.1 CARACTERÍSTICAS REGIONAIS DO SETOR DE PLÁSTICO E BORRACHA DE SANTA
CATARINA __________________________________________________________ 66 4.1.1 Coordenadoria regional Norte __________________________________________ 66 4.1.2 Coordenadoria regional Oeste __________________________________________ 67 4.2 APRESENTAÇÃODO SETOR DE PLÁSTICO E BORRACHA _______________________ 68 4.2.1 Polo Setorial da Cadeia da Indústria do Plástico da Região Norte _______________ 68 4.2.2 Polo Setorial da Cadeia do Setor de Plástico e Borracha do Oeste ______________ 69 4.3 NÚMERO DE EMPRESAS POR POLO ______________________________________ 69 4.4 EMPREGOS GERADOS POR POLO ________________________________________ 70 4.5 MÉDIA SALARIAL POR POLO ____________________________________________ 71 4.6 COMPARATIVO DO VAF, SEGUNDO GRUPO DE ATIVIDADE ECONÔMICA E
COORDENADORIAS REGIONAIS DO SEBRAE ________________________________ 72 4.7 COMPARATIVO DE EXPORTAÇÃO POR POLO, SEGUNDO GRUPO DE ATIVIDADE
ECONÔMICA E COORDENADORIAS REGIONAIS DO SEBRAE ___________________ 74 4.8 COMPARATIVO DE IMPORTAÇÃO POR POLO, SEGUNDO GRUPO DE ATIVIDADE
ECONÔMICA E COORDENADORIAS REGIONAIS DO SEBRAE ___________________ 75 5 TENDÊNCIAS DA ATIVIDADE ___________________________________________ 76 5.1 TENDÊNCIAS E PROJEÇÕES DA ATIVIDADE EM NÍVEL INTERNACIONAL,
NACIONAL E ESTADUAL _______________________________________________ 76 5.2 OPORTUNIDADE DE MERCADO _________________________________________ 80 5.3 AMEAÇAS DE MERCADO _______________________________________________ 81 5.4 OUTROS DADOS RELEVANTES AO SETOR __________________________________ 82 REFERÊNCIAS _____________________________________________________________ 83 ANEXOS _________________________________________________________________ 85 ANEXO A - LISTA DAS CIDADES DA REGIONAL NORTE E QUANTIDADE DE EMPRESAS
POR CIDADE ________________________________________________________ 85 ANEXO B - LISTA DAS CIDADES DA REGIONAL OESTE E QUANTIDADE DE EMPRESAS POR
CIDADE ____________________________________________________________ 86 ANEXO C - LISTA DE POLOS DO ESTUDO NOVA ECONOMIA@SC _____________________ 87 CAPÍTULO II - VISÃO DOS ESPECIALISTAS _______________________________________ 89 1 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES _______________________________________ 93 1.1 APRESENTAÇÃO _____________________________________________________ 93 2 ASPECTOS METODOLÓGICOS __________________________________________ 93 2.1 TIPO DE PESQUISA ___________________________________________________ 93 2.2 CARACTERIZAÇÃO DOS SUJEITOS DE PESQUISA _____________________________ 94 2.3 COLETA DOS DADOS __________________________________________________ 95 2.4 LIMITAÇÕES DA PESQUISA _____________________________________________ 96 3 ANÁLISE DOS DADOS _________________________________________________ 96 3.1 CENÁRIO DO MERCADO DE PRODUTOS DE BORRACHA E DE PLÁSTICOEM
SANTA CATARINA ____________________________________________________ 97
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3.1.1 Perspectivas de crescimento ___________________________________________ 97 3.2 NECESSIDADES, DIFICULDADES E CONCORRÊNCIA DO SETOR EM SANTA
CATARINA __________________________________________________________ 99 3.2.1 Dificuldades e ameaças enfrentadas pelo setor _____________________________ 99 3.2.2 Situação da concorrência do setor ______________________________________ 102 3.3 OPORTUNIDADES PARA O SETOR DE PRODUTOS DE BORRACHA E DE PLÁSTICO
DE SANTA CATARINA ________________________________________________ 104 3.3.1 Oportunidades de mercado para o setor de Produtos de Borracha e Plástico ____ 104 3.3.2 Expectativas de mercadosconsumidores para o setor de Produtos de Borracha e
de Plástico _________________________________________________________ 106 3.3.3 Percepção do empresário sobre o setor de Produtos de Borracha e de Plástico __ 108 3.4 A SITUAÇÃO DOS ASPECTOS DA LOGÍSTICA PARA O SETOR DE PRODUTOS DE
BORRACHA E DE PLÁSTICO DE SANTA CATARINA __________________________ 110 3.4.1 Infraestrutura logísticado setor de Produtos de Borracha e de Madeira ________ 110 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS _____________________________________________ 113 ANEXOS ________________________________________________________________ 118 ANEXO A - ROTEIRO SEMIESTRUTURADO - FORMADORES DE OPINIÃO _______________ 118 CAPÍTULO III - VISÃO DO EMPRESÁRIO ________________________________________ 121 1 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES ______________________________________ 125 1.1 APRESENTAÇÃO ____________________________________________________ 125 1.2 OBJETIVO DO ESTUDO _______________________________________________ 126 2 ASPECTOS METODOLÓGICOS _________________________________________ 127 2.1 TIPO DE PESQUISA __________________________________________________ 127 2.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA _____________________________________________ 127 2.3 COLETA DOS DADOS _________________________________________________ 128 2.4 LIMITAÇÕES DA PESQUISA ____________________________________________ 128 3 ANÁLISE DOSDADOS ________________________________________________ 129 3.1 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS SOCIOECONÔMICAS DAS EMPRESAS __________ 129 3.1.1 Descrição da atividade econômica ______________________________________ 130 3.1.2 Região, município e polo das empresas __________________________________ 132 3.1.3 Início das atividades das empresas______________________________________ 134 3.1.4 Número de colaboradores das empresas _________________________________ 136 3.1.5 Classificação de faturamento por porte das empresas ______________________ 138 3.1.6 Gênero dos entrevistados_____________________________________________ 140 3.1.7 Grau de escolaridade dos entrevistados _________________________________ 142 3.2 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DE MERCADO DAS EMPRESAS: DEMANDAS
ATENDIDAS ________________________________________________________ 144 3.2.1 Mercados consumidores atendidos _____________________________________ 144 3.2.2 Gênero dos clientes _________________________________________________ 146 3.2.3 Faixa etária dos respondentes _________________________________________ 148 3.2.4 Classe social dos respondentes ________________________________________ 150 3.2.5 Principais razões de compra dos clientes finais ____________________________ 152 3.2.6 Fatores que influenciam as vendas _____________________________________ 154 3.2.7 Influência sazonal de consumo _________________________________________ 155 3.2.8 Meses de variação sazonal ____________________________________________ 158
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3.2.9 Prospecção de clientes finais __________________________________________ 161 3.2.10 Pesquisas de satisfação com clientes finais _______________________________ 162 3.2.11 Tipos de pesquisa de satisfação com clientes finais _________________________ 163 3.2.12 Grau de satisfação dos clientes finais ____________________________________ 164 3.2.13 Frequência da pesquisa de satisfação ___________________________________ 166 3.3 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DE MERCADO DAS EMPRESAS: CADEIA DE
PLAYERS E CONJUNTURA DA ATIVIDADE _________________________________ 168 3.3.1 Canais de venda para acesso a clientes __________________________________ 168 3.3.2 Região de origem dos clientes finais ____________________________________ 170 3.3.3 Região de origem dos fornecedores _____________________________________ 173 3.3.4 Região de origem dos concorrentes _____________________________________ 176 3.3.5 Nível de concorrência do mercado ______________________________________ 179 3.3.6 Percepção sobre o mercado ___________________________________________ 180 3.3.7 Estágio atual da empresa: crescimento, estabilidade ou declínio ______________ 182 3.3.8 Taxa anual de crescimento em faturamento ou vendas na empresa ___________ 183 3.3.9 Taxa anual de declínio em faturamento ou vendas na empresa _______________ 185 3.3.10 Práticas de crescimento utilizadas na empresa ____________________________ 187 3.3.11 Motivos de estabilidade/declínio em faturamento ou vendas na empresa ______ 189 3.3.12 Tipos de inovação desenvolvidas na empresa _____________________________ 191 3.3.13 Impacto das inovações na empresa _____________________________________ 193 3.3.14 Problemas ou desafios enfrentados pelo respondente ______________________ 194 3.3.15 Ações de acesso a novos mercados na empresa ___________________________ 196 3.3.16 Resultados obtidos nas vendas com ações de acesso a novos mercados ________ 198 3.3.17 Oportunidades de novos mercados para a empresa ________________________ 200 3.3.18 Expectativas estratégicas da empresa ___________________________________ 202 3.4 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DE LOGÍSTICA DAS EMPRESAS _______________ 204 3.4.1 Modelos logísticos __________________________________________________ 204 3.4.2 Natureza da compra de mercadorias das empresas ________________________ 206 3.4.3 Dificuldades com fornecedores locais ___________________________________ 208 3.4.4 Poder de barganha da empresa em relação a fornecedores __________________ 210 3.4.5 Movimentação da produção na empresa_________________________________ 212 3.4.6 Canais de fornecedores da empresa ____________________________________ 214 3.4.7 Meios de intermediação das compras na empresa _________________________ 216 3.4.8 Quantidade de fornecedores na empresa ________________________________ 217 3.4.9 Quantidade de clientes na empresa _____________________________________ 220 3.4.10 Meios de transporte utilizados na logística de compra da empresa ____________ 222 3.4.11 Meios de transporte utilizados na logística de venda e entrega da empresa _____ 224 3.4.12 Gestão de estoque na empresa ________________________________________ 225 3.4.13 Software de logística_________________________________________________ 227 3.4.14 Cadeia logística da empresa ___________________________________________ 229 3.4.15 Sugestões de melhorias na infraestrutura e logística da empresa _____________ 231 3.4.16 Áreas da empresa com necessidade de investimentos ______________________ 233 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS _____________________________________________ 235 4.1 SÍNTESE DE RESULTADOS _____________________________________________ 235 4.1.1 Perfil das empresas __________________________________________________ 235 4.1.2 Percepção do mercado atual – demandas atendidas _______________________ 236 4.1.3 Percepção do mercado atual – cadeia de players e conjuntura da atividade _____ 237
Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina
4.1.4 Análise das características de logística das empresas _______________________ 239 ANEXOS ________________________________________________________________ 241 ANEXO A - INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS ________________________________ 241
CAPÍTULO IV - PANORAMA DE NOVOS MERCADOS ______________________________ 251 1 INFORMAÇÕES PRELIMINARES ________________________________________ 257 1.1 APRESENTAÇÃO ____________________________________________________ 257 1.2 OBJETIVO DO ESTUDO _______________________________________________ 258 1.3 METODOLOGIA DO ESTUDO ___________________________________________ 259 1.3.1 Tipo de pesquisa ____________________________________________________ 259 1.3.2 Critérios de análise __________________________________________________ 259 2 LIMITAÇÕES DE PESQUISA ____________________________________________ 261 3 PANORAMA NACIONAL ______________________________________________ 261 4 PANORAMA DAS REGIÕES DO BRASIL __________________________________ 263 4.1 REGIÃO NORTE _____________________________________________________ 265 4.2 REGIÃO NORDESTE __________________________________________________ 268 4.3 REGIÃO CENTRO OESTE ______________________________________________ 271 5 PANORAMA DOS ESTADOS ___________________________________________ 274 5.1 ESTADO DE SÃO PAULO ______________________________________________ 274 5.2 ESTADO DE SANTA CATARINA _________________________________________ 280 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS _____________________________________________ 286 REFERÊNCIAS ____________________________________________________________ 289 CAPÍTULO V - PROSPECÇÃO DE NOVOS MERCADOS _____________________________ 291 1 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES ______________________________________ 295 1.1 APRESENTAÇÃO ____________________________________________________ 295 1.2 OBJETIVO DO ESTUDO _______________________________________________ 296 2 ASPECTOS METODOLÓGICOS _________________________________________ 296 2.1 TIPO DE PESQUISA __________________________________________________ 296 2.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA _____________________________________________ 297 2.3 COLETA DOS DADOS _________________________________________________ 298 2.4 LIMITAÇÕES DA PESQUISA ____________________________________________ 298 3 ANÁLISE DOS DADOS ________________________________________________ 299 3.1 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS SOCIOECONÔMICAS DAS EMPRESAS __________ 300 3.1.1 Região e município das empresas ______________________________________ 300 3.1.2 Descrição da atividade econômica ______________________________________ 302 3.1.3 Início das atividades das empresas______________________________________ 304 3.1.4 Número de colaboradores das empresas _________________________________ 306 3.1.5 Porte e classificação das empresas______________________________________ 309 3.1.6 Gênero dos entrevistados_____________________________________________ 312 3.1.7 Escolaridade dos entrevistados ________________________________________ 314 3.2 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DE MERCADO DAS EMPRESAS: DEMANDAS ____ 316 3.2.1 Mercados atendidos _________________________________________________ 317 3.2.2 Canais de vendas ___________________________________________________ 320
Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina
3.2.3 Origem dos principais clientes _________________________________________ 323 3.2.4 Produtos adquiridos do setor de plástico e borracha _______________________ 326 3.2.5 Canais de compra para produtos da indústria de plástico e borracha __________ 329 3.2.6 Frequência de contratação de fornecedores da indústria de plástico e borracha _ 332 3.2.7 Quantidade de fornecedores da indústria de plástico e borracha ______________ 334 3.2.8 Satisfação em relação aos produtos ou serviços de fornecedores da cadeia de
plástico e borracha __________________________________________________ 336 3.2.9 Aspectos da cadeia de plástico e borracha que necessitam de melhoramentos __ 338 3.3 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DEMANDADAS PELAS EMPRESAS DA AMOSTRA _ 341 3.3.1 Aprimoramentos em áreas/setores nas empresas pesquisadas _______________ 341 3.3.2 Necessidadesde aprimoramentos por produtos e serviços nas empresas _______ 344 3.3.3 Região dos fornecedores da cadeia de plástico e borracha ___________________ 347 3.3.4 Investimentos em produtos/matéria-prima de plástico e borracha ____________ 350 3.3.5 Contato com fornecedores de Santa Catarina _____________________________ 352 3.3.6 Aquisição de produtos e serviços da cadeia de plástico e borracha com
fornecedores catarinenses ____________________________________________ 354 3.3.7 Interesse das empresas em trabalhar com fornecedores catarinenses da
indústria de plástico e borracha ________________________________________ 357 3.3.8 Tipos de fornecedores demandados ____________________________________ 359 3.4 ANÁLISE DA DEMANDA POTENCIAL INTERESSADA EM NEGÓCIOS COM
FORNECEDORES DA INDÚSTRIA DE PLÁSTICO E BORRACHA __________________ 361 3.4.1 Estrato da demanda potencial por grupo e atividade econômica ______________ 362 3.4.2 Estrato da demanda potencial versus interesse em produtos e serviços ________ 366 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS _____________________________________________ 372 4.1 SÍNTESE DE RESULTADOS _____________________________________________ 372 4.1.1 Características Socioeconômicas das empresas ____________________________ 372 4.1.2 Características de mercado das empresas: aspectos das demandas atendidas ___ 373 4.1.3 Características da demanda ___________________________________________ 374 ANEXOS ________________________________________________________________ 377 ANEXO A - INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS ________________________________ 377
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Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina
INTRODUÇÃO
I. APRESENTANDO O ESTUDO SETORIAL
Este documento é fruto da parceria entre a Secretaria de Desenvolvimento
Econômico Sustentável de Santa Catarina e o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas
Empresas de Santa Catarina – Sebrae/SC, para a realização de uma robusta análise
econômica intitulada “Estudo Setorial de Plástico e Borracha de Santa Catarina”. O
trabalho faz parte da análise de doze setores econômicos no contexto Catarinense, os
quais se dividem em quarenta e sete polos industriais, que subsidia informações para o
Programa NovaEconomia@SC.
II. PROGRAMA NOVA ECONOMIA@SC
O Programa Nova Economia@ é uma parceria do Serviço de Apoio às Micro e
Pequenas Empresas de Santa Catarina – Sebrae/SC com o Governo do Estado de Santa
Catarina, por meio da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico
Sustentável – SDS, que visa aumentar a competitividade da economia e dos polos
industriais catarinenses.
Além do Projeto Polos Industriais, o programa Nova Economia@SCconta com
outros projetos: Juro Zero, Polos de Economia Verde e Desenvolvimento Territorial.
O Projeto de Fortalecimento de Polos Industriais tem como objetivo promover
a inovação das micro e pequenas empresas, agrupadas em 47 polos setoriais regionais
de setores industriais estratégicos do Estado de Santa Catarina, objetivando ganhos de
qualidade e produtividade e a inserção dessas empresas em novos mercados.
O Setor de plástico e borracha é um dos polos industriais selecionados do
Programa Nova Economia@SC, conforme discriminado na Tabela 1.
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Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina
Tabela 1 - Lista de setores estudados e quantitativo de polos por setor
Setores estudados Número de polos por setor
Alimentos e Bebidas 4
Confecção de Vestuário e Acessórios 11
Calçados e Artefatos de Couro 2
Produtos de Madeira 3
Produtos de Borracha e de Plástico 2
Construção Civil 3
Eletrometalmecânico 9
Móveis 6
Tecnologia da Informação e Comunicação 4
Joias e Semi Joias, Bijuterias e Ótica 1
Náutico 1
Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumaria 1
Total 47 Fonte: Elaborado pela empresa Ágape Consultoria Ltda.
III. O SETOR ECONÔMICO DE PLÁSTICO E BORRACHA DE SANTA CATARINA
O referido estudo buscou reunir informações de mercado sobre o cenário
econômico recente e atual das empresas catarinenses com atividades na cadeia
produtiva de produtos plásticos e de borracha em dois polos industriais definidos
neste Estado, descritos a seguir, no Capítulo 1. O período para sua completa
realização, iniciado em outubro do ano de 2012, teve a duração de 18 meses.
A análise de um setor econômico representa a iniciativa e o esforço em buscar
informações que representem e expliquem um determinado contexto econômico em
uma região, zona, distrito, atividade ou campo de ação. Para efeitos do presente
estudo, as atividades do setor em pauta são descritas em âmbito regional, estadual e
nacional, envolvendo o esforço de pesquisa de cinco levantamentos complementares,
descritos como capítulos ou etapas deste Estudo Setorial e correspondem aos
seguintes títulos:
I. Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina II. Visão dos Especialistas do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
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Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina
III. Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina IV. Panorama de Novos Mercados para o Setor de Plástico e Borracha de
Santa Catarina V. Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de
Santa Catarina
O primeiro capítulo – Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa
Catarina contempla um estudo exploratório de dados secundários, extraídos de fontes
de informação oficiais brasileiras, tais como da RAIS, IBGE e AliceWeb. Trata-se da
coleta e organização de informações, opiniões publicadas de instituições de classe e
outros estudos setoriais para fins comparativo e descritivo do cenário do setor de
plástico e borracha em Santa Catarina.
O segundo capítulo - Visão dos Especialistas do Setor de Plástico e Borracha de
Santa Catarina vai além, complementando o primeiro com um levantamento
qualitativo com a realização de entrevistas em profundidade, observando a opinião
dos representantes das entidades de classe e empresários deste setor no estado de
Santa Catarina. A ideia é que a opinião de dez especialistas descreva a atual conjuntura
do setor, apontando os desafios, problemas enfrentados pelo empresariado,
oportunidades e capacidades da cadeia de mercado.
Uma vez que a etapa anterior buscou profundidade de informações pela
discussão de conteúdo qualitativo, o terceiro capítulo - Visão do Empresário do Setor
de Plástico e Borracha de Santa Catarina caracteriza o mercado catarinense de
empresas da cadeia produtiva do plástico e da borracha em um levantamento
quantitativo descritivo, observando a opinião de 67 gestores de empresas espalhados
pelos dois polos deste Estado. Nessa etapa são tratadas informações de perfil
socioeconômico destas empresas, a percepção do mercado e aspectos logísticos
concernentes a cada natureza produtiva da amostra.
Os capítulos - Panorama de Novos Mercados para o Setor de Plástico e
Borracha de Santa Catarina e Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico
e Borracha de Santa Catarina, respectivamente IV e V, somam forças para explicar os
mercados potenciais de entrada para empresas catarinenses do setor de plástico e
borracha. Estes possíveis novos mercados são apontados pelos entrevistados nas
etapas II e III e observados em um estudo exploratório de dados secundários para
12
Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina
quantificação de indicadores econômicos de crescimento (etapa IV), seguido por um
levantamento quantitativo descritivo com empresas destes mercados potenciais
(etapa V). Nesta última parte, a pesquisa prioriza a descrição de quatro mercados, na
Região Norte, Nordeste, Centro Oeste, e o Estado de Santa Catarina e São Paulo, os
quais somam 400 entrevistas. Esta última etapa limita-se a analisar estes cinco
mercados geográficos, por entender, no decorrer do estudo, como os mais
promissores e viáveis para fomento, sem descartar quaisquer outras possibilidades em
âmbito nacional.
Por fim, o presente documento encerra com uma síntese dos principais
resultados encontrados nas cinco etapas aqui descritas, com o intuito de destacar a
sua importância e trazer à luz as questões principais que permeiam o presente
trabalho.
13
Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina
RESUMO EXECUTIVO
O Estudo do Setor de Plástico e Borracha em Santa Catarina busca a
compreensão do contexto econômico por meio de cinco levantamentos
complementares. Apresenta-se a seguir, a síntese das principais conclusões acerca dos
resultados encontrados.
I. PANORAMA DO SETOR
A indústria do plástico vem crescendo continuamente nos últimos 60 anos
(desde os anos de 1950). A produção mundial cresceu de 1,7 milhões de toneladas em
1950, para 265 milhões de toneladas em 2010. Apesar da crise econômica mundial e
da queda no consumo e produção de plásticos em 2008 e 2009, o mercado apresentou
rápida recuperação e a produção de plásticos em 2010 foi recorde, com um
crescimento em relação a 2009 de 6%.
A borracha, assim como o plástico, é um polímero e por sua característica é um
produto composto por moléculas formadas a partir de uma mesma unidade estrutural
repetida um grande número de vezes que são ligadas quimicamente entre si. Existem
três classes de polímeros: das borrachas, dos plásticos e das fibras sintéticas. Segundo
dados divulgados pelo International Rubber Study Group, o consumo anual de
borracha natural e sintética em todo o mundo alcançou 25,9 milhões de toneladas em
2011, representando 6% a mais que em 2010. A demanda mundial de2012 alcançou
27,2 milhões de toneladas.
No Brasil o setor de plásticos transformados teve no ano de 2010, produção
recorde, atingindo a marca de 5,9 milhões de toneladas, o que representa um
aumento médio de 4,3% ao ano desde 2000. O consumo aparente (produção +
importação - exportação) dos transformados plásticos também foi o máximo já visto
no país até o ano de 2010, chegando a cerca de 6,2 milhões de toneladas, pois foram
importadas aproximadamente 616 mil toneladas de transformados plásticos
(aproximadamente 10% da demanda interna) e exportadas aproximadamente 311 mil
toneladas. A demanda por resinas é considerada como sendo igual à produção de
14
Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina
transformados plásticos, ou seja, de 5,9 milhões de toneladas, valores recordes
também, com uma importação aproximada de 1,4 milhão de toneladas e uma
exportação de cerca de 1,2 milhão de toneladas de resinas (ABIPLAST, 2010). Já em
relação à borracha no Brasil, que no início do século XX detinha o monopólio da
produção mundial de borracha natural, hoje responde por apenas 1%, não
conseguindo sequer suprir as necessidades da indústria consumidora instalada no país.
No ano de 2010, no âmbito nacional, o Valor da Receita Bruta de Produção
alcançou a cifra de 68 milhões de reais. Já a Receita Líquida de Vendas do setor
alcançou no mesmo ano quase 69 milhões de reais. O número de empresas no Brasil
neste segmento era de 22.271, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE),
que geravam mais de 440 mil empregos diretos, dados relativos ao ano de 2011. Sobre
a distribuição destas empresas no país, o estudo aponta concentração de 54,33% na
Região Sudeste. No tocante ao comércio internacional, os números brasileiros
apontam no ano de 2012 importações da ordem de mais de 5,8 bilhões de dólares, e
uma exportação de 3,1 bilhões de dólares.
Do setor de plástico e borracha catarinense, especialmente o segmento de
produtos plásticos, despontam marcas de destaque nacional e internacional, como por
exemplo, a Tubos e Conexões Tigre. Segundo a Federação das Indústrias do Estado de
Santa Catarina (FIESC), o Estado destaca-se na produção de tubos e conexões de PVC,
embalagens, descartáveis plásticos (copos, pratos etc.), utilidades domésticas, cordas e
fios de PET reciclado e produtos de EPS (isopor). É líder nacional na produção de
embalagens plásticas flexíveis para o agronegócio, segunda na América Latina e
terceira no mundo na produção de embalagens valvuladas manuais.
Neste estudo são analisados dois Polos do setor de plástico e borracha,
associados às duas Coordenadorias Regionais do Sebrae/SC, o Polo Setorial da Cadeia
da Indústria do Plástico da Região Norte e o Polo Setorial da Cadeia do Setor Plástico e
Borracha do Oeste. Em se tratando de números este setor em Santa Catarina possui
1.708 empresas, que geraram mais de 38 mil dos empregos diretos no ano de 2011. A
soma do total de empresas nos Polos estudados é de 589, que geravam 17.322
empregos diretos. A indústria do plástico manteve-se, em 2011, como o terceiro maior
setor empregador industrial catarinense. Nestes indicadores o destaque fica para o
15
Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina
Polo Setorial da Cadeia da Indústria do Plástico da Região Norte. No ano de 2011, o
Estado de Santa Catarina arrecadou um Valor Adicionado Fiscal1 (VAF) de mais R$ 116
bilhões, sendo que para o setor do Plástico e Borracha no mesmo ano o VAF foi de
mais de R$ 3 bilhões, o equivalente a 2,47% de participação. Com relação ao comércio
internacional o Estado, considerando o somatório dos CNAE abordados neste estudo,
tem-se uma exportação do setor de mais de 40 milhões de dólares, e uma importação
de mais de 114 milhões de dólares, no ano de 2012. No primeiro indicador, o Polo da
Região Norte contribui com 99,73% do volume total exportado. No segundo indicador,
observa-se certo equilíbrio entre percentuais de importação, uma vez que o Polo do
Oeste detém 48,83% contra 51,17% do Polo da Região Norte.
Sobre as tendências deste setor, a indústria de bioplástico é a novidade, por
utilizar matérias-primas agrícolas que poderiam ser destinadas à alimentação humana.
Todavia enfrenta severa crítica por conta da origem de sua matéria-prima, bem como
por seus elevados custos. O conceito de sustentabilidade e o estímulo ao
gerenciamento inteligente de resíduos se tornaram alguns dos principais pilares da
indústria. Por este motivo, o descarte final de produtos industriais deixou de ser
considerado um problema, transformando-se em uma boa oportunidade de negócios.
Em relação à borracha, o ano de 2013 prometia ser mais um ano difícil para a indústria
no Brasil. Não há previsão de grandes investimentos no setor, com exceção da possível
chegada de novos sistemas para atender as novas montadoras desta nova leva que
chega para produzir aqui no Brasil nos próximos anos (principalmente as asiáticas). A
grande mudança tecnológica mundial no setor da borracha em 2013 (e o Brasil segue
de perto essa tendência) é o crescimento do uso de “pneus verdes”, baseados em
polímeros mais modernos e sílicas de alto desempenho.
As pneumáticas, o setor correlato de reforma de pneus no qual o Brasil ocupa
um importante segundo lugar no mundo e o setor de borrachas automotivas vem
sofrendo os efeitos da recente política protecionista federal, cujo resultado final tem
sido pneu reformado no Brasil ter custo próximo a um pneu novo de origem asiática.
1 Valor Adicionado Fiscal é um indicador econômico-contábil utilizado pelo Estado para calcular o índice
de participação de uma região no repasse de receita do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte e de Comunicação para um determinado ano civil.
16
Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina
Em muitos casos, hoje, os custos para importar produtos acabados são menos da
metade dos custos de insumos vitais para produzi-los com a mesma qualidade no
Brasil. Menos sensível a esses problemas de competitividade internacional, o
segmento de mangotes, mangueiras e outros artefatos para petróleo e gás promete
ser o de maior crescimento relativo nos próximos anos no Brasil.
Existem oportunidades de mercado, pois os plásticos são materiais baratos,
leves e duradouros e devido à diversidade de resinas e da versatilidade de suas
propriedades, possuem inúmeras aplicações, destacando-se os setores de embalagens,
construção civil, automobilístico e de eletroeletrônicos. Todavia a demanda crescente
por esses produtos resulta no significativo aumento de geração de resíduos plásticos.
Apesar de ser um problema, esta situação propiciou outra oportunidade de negócio, a
indústria da reciclagem. Incentivos governamentais e de organizações, como a
promulgação de leis e adoção de medidas regulatórias, além da instituição de projetos
que destaquem a importância da gestão e disposição de resíduos plásticos são
essenciais para que práticas ambientalmente corretas de tratamentos destes resíduos
sejam eficazes.
Para o setor em nível nacional, as condições econômicas internas apontam para
boas oportunidades e novos mercados, por conta da elevação da renda das classes
menos abastadas, e do crescimento dos setores como a construção civil,
automobilístico e petróleo e gás. Todavia alguns percalços precisam ser solucionados,
como a disponibilidade de matérias-primas básicas em volumes e condições
econômicas adequadas para o desenvolvimento desta indústria em condições
competitivas globais, e o elevado custo de energia para produção. Somem-se as estes,
valorização excessiva do cambio, ingresso crescente de produtos importados
(especialmente os chineses).
Em se tratando de Santa Catarina, os entraves são os mesmos mencionados
para o cenário nacional. Todavia as empresas catarinenses na sua trajetória, em
especial neste setor, têm demonstrado competência e ofertado produtos de extrema
qualidade e inovadores, o que lhes confere as condições necessárias para conquistar
mercados e alavancar resultados econômicos.
17
Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina
II. VISÃO DOS ESPECIALISTAS
O setor de Produtos de Borracha e de Plástico, segundo a percepção da maioria
de entrevistados, cresce atrelado ao crescimento de outros setores da economia, tal
como a expansão da indústria imobiliária e ao incremento da produção agrícola em
âmbito nacional. As diversas aplicações do plástico, como possível substituto de outros
materiais tradicionais (vidro, madeira dentre outros), fez nascer a indústria de
substituição, que confere pujança ao setor. A expansão populacional brasileira é
lembrada como fator que expande naturalmente o mercado consumidor não apenas
deste setor econômico, mas sim da economia nacional como um todo e de forma
homogênea. Conforme opinião de outra parte do grupo, o cenário é de preocupação,
diante do ínfimo crescimento econômico brasileiro (período de 2012) e o alto grau de
endividamento da população.
No que tange aos obstáculos para o setor, o monopólio na aquisição da
matéria-prima é o principal percalço. A legislação tributária e trabalhista também
causa impacto, especialmente pelos custos que impõe ao produto catarinense. A
carência de mão de obra qualificada para o setor é debatida com veemência.
A totalidade da amostra destaca a existência da concorrência no setor. O grupo
aponta a concorrência como fator benéfico à evolução do setor, fomentando a busca
por aprimoramentos na cadeia produtiva, tanto em qualidade quanto em agilidade no
atendimento às demandas do mercado. O contraponto, a deslealdade proveniente da
informalidade no setor, prejudica àqueles que seguem as normas vigentes. O mercado
internacional, especialmente a China, é a origem da concorrência, pois seus produtos
adentram ao mercado interno com preços competitivos e dotados de elevados índices
de qualidade. Além da concorrência local, segundo informado, a região de Caxias do
Sul (RS) e São Paulo, concorre diretamente com empresas catarinenses.
A busca pela competitividade do produto catarinense é destaque no que
concerne à oportunidade, fator que perpassa a modernização, através de investimento
em novas tecnologias e novos investimentos. A complementaridade do setor com
outros setores da economia, a exemplo da Construção Civil, é apontada como
oportunidade de novos negócios para o empresário do setor. Para outro grupo de
18
Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina
especialista, o apelo de sustentabilidade desponta como excelente oportunidade, que
abarca também uma gestão ambiental, perpassando pela eliminação de desperdícios,
pela otimização dos processos produtivos e pelo desenvolvimento de produtos que
demandem menos recursos do planeta.
Em se tratando de novos mercados consumidores, geograficamente, metade
dos entrevistados cita as Regiões Norte e Nordeste do país como oportunas para o
empresariado catarinense, em virtude de suas as características climáticas e expansão
econômica das classes sociais. Igualmente, a exploração nas vendas para a totalidade
da Região Sul do Brasil é debatida. Em se tratando de setores em crescimento,
portanto, que podem se tornar potenciais mercados consumidores, a agricultura, com
a crescente automatização demandará muitos produtos plásticos A qualificação da
produção local através da inovação e do desenvolvimento de um centro de pesquisa
para aplicação do plástico é outro ponto destacado na pesquisa com vias de solidificar
esta produção.
A conjuntura do setor carrega expectativas e de preocupações para o
empresariado. A falta de investimentos e incentivos do governo são destaques
negativos para metade dos especialistas. Ademais, o baixo crescimento econômico do
país gera incertezas acerca do futuro do desenvolvimento do setor. Por outro lado, a
entrada de grande massa populacional na faixa de consumo do país, propicia certo
otimismo ao empresariado. O associativismo é destacado como ponto positivo para o
setor, visto que a união entre os empresários lhes atribui maior poder de barganha
perante suas demandas, sejam estas junto ao poder público ou em relação a
fornecedores.
Quanto à infraestrutura logística em suas regiões de operação, a amostra
pontua a debilidade desta em relação à demanda do empresariado catarinense. A
infraestrutura logística nacional é citada como um gargalo para o desenvolvimento do
país visto a dependência praticamente exclusiva de apenas um modal, o rodoviário.
Ademais, na questão relativa a fornecedores é perceptível o descontentamento dos
especialistas devido à existência de um monopólio na venda dos insumos para o setor.
No que tange a opções ao transporte rodoviário, a inserção do modal ferroviário e do
transporte marítimo é apontado pelo estudo.
19
Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina
III. VISÃO DO EMPRESÁRIO
A pesquisa de levantamento com os empresários e gestores do setor de
Borracha e Plástica em Santa Catarina apresenta a opinião destes acerca do seu
mercado, sua empresa e aspectos logísticos. O estudo revela em primeira instância
uma predominância de empresas do segmento de fabricação de artefatos plásticos
para uso pessoal/doméstico.
Neste setor, é verificável a consolidação das empresas, com idade média de 13
anos de atividade no mercado. No quesito porte das empresas, é constatada a
predominância de Empresas de Pequeno Porte, tendência seguida no Polo Setorial da
Cadeia da Indústria do Plástico da Região Norte, ao passo que o predomínio no Polo
Setorial da Cadeia do Setor Plástico e Borracha do Oeste são de Microempresas. Em se
tratando de empregos, a média de funcionários é de dezesseis, com predomínio de
empresas que empregam entre 10 e 19 funcionários, ou seja, mais de 1/3 da amostra.
Seus gestores são predominantemente homens, e o ensino médio completo é o nível
de escolaridade dominante.
Nas empresas da amostra estudadas, o atendimento às empresas é maior que o
atendimento ao consumidor final pessoa física. O público é majoritariamente formado
por adultos, destacado por 40,3% da amostra, sendo que 19,4% dos inquiridos
destacam o atendimento principalmente à classe B. Em todos os polos do estudo, a
qualidade do produto/serviço é a principal razão para a compra dos clientes, seguida
pelo preço. A indicação de terceiros desponta como maior influenciador na compra de
produtos neste setor, o que ocorre também nos polos analisados. A sazonalidade afeta
este setor diretamente no faturamento e no volume de vendas, sendo que para 29,9%
dos entrevistados esta influência é negativa, ou seja, incorre no declínio das vendas,
frente a 17,9% dos inquiridos que creem na influência sazonal de forma positiva. A
venda direta ao consumidor final é o canal de venda preferencial das empresas, e é
fatídico que os clientes dos entrevistados encontram-se fora dos limites do bairro de
instalação das empresas.
Acerca da percepção sobre o seu mercado de atuação, a maioria dos
entrevistados acredita no crescimento deste. Já quando inquiridos sobre o
20
Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina
desempenho de suas próprias empresas, 2/3 (64%) indicam que está em fase de
crescimento com uma média de 18% ao ano. Em se tratando dos Polos, ambos
apresentam esta percepção de crescimento, seja com relação ao mercado, ou com
relação às suas empresas. Melhoramentos no processo interno é a prática mais
comum dentre o grupo de entrevistados que pontuam o crescimento nas atividades
das suas empresas, seguida por ações de inovação.
No tocante a inovações dentro da empresa, 67,2% dos entrevistados não
realizaram este tipo de ações, entretanto no grupo restante, aqueles que realizam
estas ações, 25,4% apontam impactos positivos sobre seus negócios por conta destas
ações, com destaque para o polo do Plástico e Borracha do Oeste.
Em se tratando da prospecção de novos mercados, é observável que esta busca
ativa não é comum aos entrevistados, todavia, para aqueles que a realizaram, atuar
em outro Estado e atuar em nova cidade do Estado são os maiores destaques da
pesquisa, e cujo resultado foi um aumento de até 10% nas vendas em relação ao
mesmo ano anterior. Referindo-se às expectativas para o próximo ano, a ampliação de
vendas neste período é destacada por pouco mais da metade dos entrevistados,
seguido por pouco mais de ¼ dos entrevistados que expectam crescimento superior
aos quinze pontos percentuais para o próximo ano, inferindo otimismo ao
empresariado entrevistado na pesquisa.
Analisando os aspectos que envolvem a logística dos entrevistados, o estudo
indica que o modelo logístico predominante, para a amostra, é aquele onde ocorre a
compra de insumo, a produção do produto acabado e a venda para o consumidor final,
prioritariamente. No tocante à compra de mercadorias o canal preferido é a compra
direta, seguido da compra via representante. A média de fornecedores por empresa é
de 14 empresas. O poder de barganha das empresas entrevistadas é classificado como
alto, segundo 49,3% destes.
Sobre dificuldades com fornecedores, é representativo o número daquele que
dizem não encontrar problemas, totalizando metade do total da amostra. O mercado
atendido pelas empresas da amostra revela-se com uma média geral de mais de
duzentos clientes atendidos por empresa entrevistada. Em se tratando de
21
Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina
movimentação de insumos e produtos, o estudo indica que internamente a
movimentação é feita por veículos pesados, o que ocorre também na venda.
A gestão de estoque é de suma importância para as empresas, especialmente
aquelas do setor industrial. Dentre os entrevistados, constata-se que a maioria
esmagadora, mais de 85% realiza a gestão de seus estoques, e dentro deste conjunto
da amostra, o uso de software como ferramenta de apoio é citada por 35,8% dos
respondentes, com destaque para as empresas do polo do Plástico e Borracha do
Oeste.
Conforme os respondentes, o não cumprimento dos prazos por parte dos
fornecedores desponta como principal problema da cadeia logística. Como proposição
de ação para melhorar estrutura e logística das empresas pesquisadas, foi apontada a
própria melhoria da operação interna, seguida pela qualificação dos colaboradores.
Ainda com o objetivo de melhorar seus resultados, as empresas participantes deste
estudo apontam as áreas que necessitam de maiores investimentos, que são em
ordem decrescente de importância, produção, vendas e setor financeiro.
IV. PANORAMA DE NOVOS MERCADOS
A análise exploratória de mercados potenciais buscou demonstrar o grau de
importância destes setores (indústria Automotiva, Alimentícia e Náutica, comércio
atacadista e varejista da Construção Civil) no Brasil, nas regiões Norte, Nordeste e
Centro Oeste, e no Estado de Santa Catarina, uma vez que foram indicados nos
levantamentos anteriores como as mais promissoras como novos mercados.
Como destaque de segmentos estudados, foram realizados agrupamentos por
setores do comércio da construção civil, com ênfase na atividade varejista de
ferragens, madeira e materiais de construção, varejista de material elétrico, atacadista
especializado de materiais de construção não especificados anteriormente e de
materiais de construção em geral, e atacadista de material elétrico. Em relação aos
setores industriais consumidores de artigos de plástico e borracha, no segmento
automotivo foram abordados as atividades de fabricação de peças e acessórios para o
sistema motor de veículos automotores, fabricação de peças e acessórios para os
22
Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina
sistemas de marcha e transmissão de veículos automotores, fabricação de peças e
acessórios para o sistema de freios de veículos automotores, fabricação de
automóveis, camionetas e utilitários, fabricação de cabines, carrocerias e reboques
para veículos automotores, e fabricação de pneumáticos e de câmaras de ar. Para a
indústria de alimentos abordou-se a fabricação de produtos alimentícios, a para a
indústria náutica foram abordadas as atividades de construção de embarcações e
estruturas flutuantes e construção de embarcações para esporte e lazer.
De acordo com a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) do Ministério do
Trabalho e Emprego (MTE), os setores nacionais consumidores de artigos de plástico e
borracha, tanto da indústria como do comércio, no ano de 2012 somavam mais de 320
mil empresas e empregava mais de 2,5 milhões de trabalhadores em todo o território
nacional. A balança comercial neste mesmo ano para as atividades industriais
anteriormente relacionadas obteve superávit superior a US$30 milhões, de acordo
com os dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
(MDIC).
Na Região Sudeste estava a maior concentração das empresas do comércio da
construção civil, principal revendedor de produtos de plástico, o equivalente a 47% do
total nacional, assim como 37% das empresas dos segmentos industriais automotivos,
alimentício e náutico. A região Sul comportava a segunda maior concentração de
empresas dessas indústrias e a terceira concentração de empresas do comércio da
construção civil.
Analisando a Distribuição da Receita Líquida de Vendas (RLV) para os três
setores industriais deste estudo, de acordo com a Pesquisa Industrial Anual (PIA)
realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no ano de 2011, o
industrial de automóveis respondeu por 60% da RLV enquanto o industrial de
alimentos respondeu por 39%, e restando 1% para o industrial náutico.
A região Norte do Brasil acolhe apenas 5% do total de empresas nacionais dos
setores da indústria e do comércio analisados nesse estudo, entretanto estes setores
obtiveram expressivos índices de evolução, destaque para a indústria de alimentos que
obteve no período de 2007 a 2011 um incremento em sua Receita Líquida de Vendas
de mais de 125% no período, a uma taxa média de 22,6% ao ano. O comércio geral na
23
Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina
região Norte também obteve acréscimo em sua receita no mesmo período, alta de
mais de 75% na Receita Bruta de Revenda de Mercadorias. A evolução no número de
empresas nesta região também foi significativa, com destaque para a indústria náutica,
com uma média de crescimento de 11,76% ao ano entre 2008 a 2012.
Na Região Nordeste todos os setores industriais estudados registraram
crescimento em suas receitas no período analisado (2007 a 2011), sendo que o melhor
incremento desta receita fica por conta da fabricação de outros veículos de transporte
exceto veículos automotores, com alta de mais de 120% na Receita Líquida de Vendas
neste período, a uma taxa média de 22,43% ao ano. No setor do comércio, a evolução
da Receita Bruta de Revenda de Mercadoria (RBRM) no mesmo período, chega a mais
de oitenta pontos percentuais, e apresenta uma taxa média de 16,17% anual.
A região Centro Oeste se destaca pela expressiva evolução da indústria de
veículos automotores, reboques e carrocerias, que no período de 2007 a 2011 elevou
sua RLV em mais de 250%, e no período de 2008 a 2012, obteve crescimento no
número de empresas de mais de 37%. Saliente-se que, à exceção do setor de
fabricação de outros veículos de transporte exceto veículos automotores, todos os
demais setores industriais cresceram. O comércio em geral desta Região evoluiu no
período de 2007 a 2011, sendo que a sua RBRM cresceu 89,15% no quinquênio, à taxa
média anual de 17,27%.
O Estado de São Paulo, principal centro econômico e industrial do país, contém
o maior número de empresas consumidoras de produtos plásticos, principalmente a
indústria de alimentos e a indústria automotiva, sendo que no período de 2007 a 2011
o setor de fabricação de produtos alimentícios registrou crescimento na RLV, de
60,51%, expandindo a uma taxa média de 25,35% ao ano. No setor do comércio, este
Estado apresentou crescimento nos dois segmentos, sendo que o varejo cresceu mais
que o atacado. Particularmente o comércio de materiais de construção, segmento de
peso no consumo de materiais plásticos, contém mais de 36 mil empresas no Estado
de São Paulo em 2012, registrando crescimento médio de 5,01% ao ano.
Assim como nos demais Estados do Brasil, Santa Catarina tem sua indústria de
plástico e borracha interligada às atividades industriais de alimentos, automotiva e
náutica, além do comércio (atacado e varejo). Segundo o IBGE, no ano de 2011, a
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Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina
indústria de alimentos era responsável por 83% da RLV dos três setores, ficando a
indústria automotiva com 15% e a náutica com apenas 2%. Entretanto, em termos de
evolução da RLV, no período de 2007 a 2011, a atividade de construção de
embarcações obteve alta de mais de 130%. Em relação à evolução do número de
empresas, no período de 2008 a 2012 a indústria náutica também foi mais pujante em
relação às demais, com crescimento de mais de 20% de seus participantes contra
pouco mais de 13% da outra.
O comércio atacadista catarinense apresentou acréscimo de mais de 85% da
Receita Bruta de Revenda de Mercadoria, ao passo que o varejo evoluiu quase 70%
entre os anos de 2007 e 2011. Com relação ao crescimento no número de empresas,
no período estudado, observa-se que novamente o setor da indústria náutica se
sobressai, com 21,25% de crescimento. Já o comércio de materiais de construção,
único representante do setor, cresceu quase 6,5% entre os anos de 2008 e 2012.
Analisando o saldo da balança comercial das indústrias catarinenses consumidoras de
produtos de plástico e borracha, observou-se superávit para as indústrias de alimentos
e automotivo.
V. PROSPECÇÃO DE NOVOS MERCADOS
O último levantamento do estudo setorial apresenta as opiniões dos
empresários dos setores produtivos do comércio e da indústria, principalmente nas
atividades descritas na etapa anterior (IV), acerca das suas demandas e aptidões em
trabalhar com empresas do setor do plástico e borracha provenientes de Santa
Catarina.
Respondendo diretamente à questão macro, sobre o interesse das empresas
entrevistadas em comercializar produtos e serviços de empresas catarinenses deste
setor, a resposta é positiva para praticamente metade da amostra, sobretudo para as
empresas do próprio Estado de Santa Catarina, onde mais de 65% das empresas
afirmam o interesse em comprar de empresas catarinenses. O segmento de indústrias:
automotiva/alimentos/náutico é que possui maior concentração de interessados em
produtos deste setor com fornecedores catarinenses. As maiores demandas da
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Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina
amostra estão relacionadas a embalagens e embalagens a vácuo e produtos plásticos
em geral.
A respeito do perfil destas empresas, a maioria já demonstra consolidação das
operações, com média de 19 anos de atividade. A demanda é formada em primeiro
lugar por Empresas de Pequeno Porte, seguida por Empresas de Médio Porte, com
média corrigida de 40 colaboradores por empresa.
Sobre o mercado do Estado de São Paulo, é percebido que a aptidão por
produtos catarinenses é menor comparativamente às empresas das demais Regiões
deste levantamento, exceto Santa Catarina, visto que 32,8% dos entrevistados daquele
Estado afirma que “Sim, com certeza” ou “É provável que sim”, frente a 65,7% do
cluster catarinense. A Região Norte ocupa a segunda posição no “ranking” de
interessados em operar com fornecedores catarinenses, seguida pela Região Centro
Oeste e finalmente, a Região Nordeste.
Conforme a totalidade dos respondentes da pesquisa é observável que a
demanda potencial de empresas com interesse em negociar com fornecedores da
cadeia do plástico e da borracha de Santa Catarina tem maior expressividade no grupo
de entrevistados do segmento da indústria automotiva/alimentos/náutica, seguido
pelos integrantes da amostra do segmento do comércio varejista de materiais elétricos
e hidráulicos. O segmento de comércio de materiais de construção/serviços da
construção ocupa a terceira colocação, quanto ao grau de interesse em consumir
produtos deste setor, sendo que o grupo proveniente de São Paulo contém o mais
significativo índice de respondentes dentre todas as esferas da pesquisa, que afirmam
possuir interesse em negociar com fornecedores da cadeia do plástico e borracha do
Estado de Santa Catarina.
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Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina
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Análise Exploratória do Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
CAPÍTULO I - PANORAMA DO SETOR
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Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
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Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
LISTA DE SIGLAS
ABBA Associação Brasileira de Exportadores e Importadores de Alimentos e Bebidas ABDI Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial ABIPLAST Associação Brasileira da Indústria de Plástico ABIQUIM Associação Brasileira da Indústria Química ADVFN Advanced Financial Network AmBev Companhia de Bebidas das Américas APL Arranjos Produtivos Locais BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social BRIC Brasil, Rússia, Índia e China CAGED Cadastro Geral de Empregados e Desempregados CNAE Classificação Nacional de Atividade Econômica CONCLA Comissão Nacional de Classificação CRQ IV Conselho Regional de Química - IV Região FGV Fundação Getúlio Vargas FIESC Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina GTIS Global Trade International System IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ICMS Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre
Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação
IPI Imposto sobre Produtos Industrializados MDIC Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior MPE Micro e Pequena Empresa MTE Ministério do Trabalho e Emprego MTI Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação PAC Programa de Aceleração do Crescimento PEIEx Projeto Extensão Industrial Exportadora PIA Pesquisa Industrial Anual PIB Produto Interno Bruto Pnad Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios PVC Policloreto de Vinila RAIS Relação Anual de Informações Sociais RLV Receita Líquida de Vendas SDS Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável SEBRAE Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas SIMPEP Simpósio de Engenharia de Produção SIS Síntese de Indicadores Sociais UDESC Universidade do Estado de Santa Catarina UFSC Universidade Federal de Santa Catarina UNISUL Universidade do Sul de Santa Catarina UNOESC Universidade do Oeste de Santa Catarina USD United States Dollar VAF Valor Adicionado Fiscal VBP Valor Bruto de Produção
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Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
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Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
SUMÁRIO
1 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES _______________________________________ 33 1.1 APRESENTAÇÃO _____________________________________________________ 33 1.2 PROGRAMA NOVA ECONOMIA CATARINENSE ________ Erro! Indicador não definido. 1.3 OBJETIVO DO ESTUDO ________________________________________________ 35 1.4 METODOLOGIA DO ESTUDO ____________________________________________ 35 1.4.1 Tipo de pesquisa _____________________________________________________ 35 1.4.2 Critérios de análise ___________________________________________________ 36 1.5 BREVE HISTÓRICO DA ATIVIDADE ________________________________________ 36 1.6 CONTEXTO ATUAL ____________________________________________________ 38 2 DADOS MACROECONÔMICOS __________________________________________ 38 2.1 PRINCIPAIS INDICADORES ECONÔMICOS DO BRASIL E DE SANTA CATARINA ______ 38 2.2 PRINCIPAIS DADOS DEMOGRÁFICOS DO BRASIL E DE SANTA CATARINA _________ 40 3 PANORAMA DA ATIVIDADE DO SETOR DE PLÁSTICO E BORRACHA ____________ 42 3.1 PANORAMA MUNDIAL DA ATIVIDADE ____________________________________ 42 3.1.1 Considerações gerais _________________________________________________ 43 3.1.2 Principais países produtores e consumidores ______________________________ 45 3.1.3 Principais países exportadores e importadores _____________________________ 45 3.1.4 Outros dados relevantes do setor no mercado internacional __________________ 45 3.2 PANORAMA BRASILEIRO DA ATIVIDADE __________________________________ 46 3.2.1 Importância da atividade na economia nacional ____________________________ 48 3.2.2 Principais indicadores setoriais _________________________________________ 49 3.2.3 Número de empresas por região ________________________________________ 51 3.2.4 Mão de obra empregada na atividade ____________________________________ 51 3.2.5 Investimentos realizados e previstos _____________________________________ 52 3.2.6 Principais polos produtores e consumidores nacionais _______________________ 54 3.2.7 Importação e exportação ______________________________________________ 56 3.3 PANORAMA CATARINENSE DA ATIVIDADE ________________________________ 58 3.3.1 Importância da atividade na economia catarinense _________________________ 58 3.4 PRINCIPAIS INDICADORES SETORIAIS _____________________________________ 59 3.4.1 Participação catarinense no mercado nacional _____________________________ 61 3.4.2 Perfil empresarial do setor _____________________________________________ 62 3.4.3 Mão de obra empregada na atividade ____________________________________ 63 3.4.4 Principais polos produtores e consumidores catarinenses ____________________ 63 3.4.5 Importação e exportação ______________________________________________ 64 4 POLOS SETORIAIS DO ESTUDO _________________________________________ 66 4.1 CARACTERÍSTICAS REGIONAIS DO SETOR DE PLÁSTICO E BORRACHA DE SANTA
CATARINA __________________________________________________________ 66 4.1.1 Coordenadoria regional Norte __________________________________________ 66 4.1.2 Coordenadoria regional Oeste __________________________________________ 67 4.2 APRESENTAÇÃODO SETOR DE PLÁSTICO E BORRACHA _______________________ 68 4.2.1 Polo Setorial da Cadeia da Indústria do Plástico da Região Norte _______________ 68 4.2.2 Polo Setorial da Cadeia do Setor de Plástico e Borracha do Oeste ______________ 69 4.3 NÚMERO DE EMPRESAS POR POLO ______________________________________ 69 4.4 EMPREGOS GERADOS POR POLO ________________________________________ 70
32
Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
4.5 MÉDIA SALARIAL POR POLO ____________________________________________ 71 4.6 COMPARATIVO DO VAF, SEGUNDO GRUPO DE ATIVIDADE ECONÔMICA E
COORDENADORIAS REGIONAIS DO SEBRAE ________________________________ 72 4.7 COMPARATIVO DE EXPORTAÇÃO POR POLO, SEGUNDO GRUPO DE ATIVIDADE
ECONÔMICA E COORDENADORIAS REGIONAIS DO SEBRAE ___________________ 74 4.8 COMPARATIVO DE IMPORTAÇÃO POR POLO, SEGUNDO GRUPO DE ATIVIDADE
ECONÔMICA E COORDENADORIAS REGIONAIS DO SEBRAE ___________________ 75 5 TENDÊNCIAS DA ATIVIDADE ___________________________________________ 76 5.1 TENDÊNCIAS E PROJEÇÕES DA ATIVIDADE EM NÍVEL INTERNACIONAL,
NACIONAL E ESTADUAL _______________________________________________ 76 5.2 OPORTUNIDADE DE MERCADO _________________________________________ 80 5.3 AMEAÇAS DE MERCADO _______________________________________________ 81 5.4 OUTROS DADOS RELEVANTES AO SETOR __________________________________ 82 REFERÊNCIAS _____________________________________________________________ 83 ANEXOS _________________________________________________________________ 85 ANEXO A - LISTA DAS CIDADES DA REGIONAL NORTE E QUANTIDADE DE EMPRESAS
POR CIDADE ________________________________________________________ 85 ANEXO B - LISTA DAS CIDADES DA REGIONAL OESTE E QUANTIDADE DE EMPRESAS POR
CIDADE ____________________________________________________________ 86 ANEXO C - LISTA DE POLOS DO ESTUDO NOVA ECONOMIA@SC _____________________ 87
33
Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
1 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
1.1 APRESENTAÇÃO
As atividades econômicas têm convergido de forma não programada para
aglomerados produtivos, ou polos econômicos, em uma mesma região geográfica. Este
fenômeno pode ser observado em nível mundial e, a título deste estudo, em âmbito
regional no que concerne ao contexto catarinense e também brasileiro.
Polo econômico pode ser descrito como um conglomerado de empresas com
atividades afins, ou complementares, situadas em um ambiente de fácil intercâmbio2.
No caso de um polo de Plástico e Borracha, podemos defini-lo como uma concentração
de empresas e instituições de pesquisa que atuam na criação de novos produtos,
serviços ou processos de acesso de produção, empresas fornecedoras de insumos
químicos, empresas de distribuição (frete e transporte), empresas de reciclagem,
instituições de capacitação de mão de obra etc.
Este trabalho faz parte da análise de doze setores econômicos no contexto
catarinense, os quais se dividem em quarenta e sete polos industriais (ver ANEXO C),
onde são observados em uma análise conjuntural de conglomerados para fins de
embasamento analítico de mercados, que subsidia informações para o Programa Nova
Economia@SC, descrito no item 1.2 deste relatório.
Especificamente para este estudo, são analisados diferentes dados
macroeconômicos com enfoque nas atividades do setor de Plástico e Borracha
catarinense e sua importância no Brasil e mundo. A seguir, apresentam-se diferentes
indicadores de mercado e análises de fontes de dados confiáveis. Esses dados foram
revisados e adaptados a este estudo (mantendo a fidedignidade e origem intactas)
para fazer-se a interpretação sob o contexto de importância dos polos setoriais
catarinenses, analisados nas diferentes esferas geográficas apresentadas.
2CARVALHO JR. L. C.; CAIRO, S. A.; SEABRA, F. Polos Industriais do Sul do Brasil: experiências de competitividades e
empreendedorismo. Florianópolis: FAPEU, 2007. 202 p.
34
Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Os polos analisados neste relatório são:
Polo Setorial da Cadeia da Indústria do Plástico da Região Norte;
Polo Setorial da Cadeia do Setor Plástico e Borracha do Oeste.
A composição de atividades econômicas incluídas no molde analítico desta
pesquisa provém da Classificação Nacional de Atividade Econômica, ou simplesmente
CNAE, sendo este o instrumento de padronização nacional dos códigos de atividade
econômica e dos critérios de enquadramento utilizados pelos diversos órgãos da
Administração Tributária do país, contribuindo para a melhoria da qualidade dos
sistemas de informação que dão suporte às decisões e ações do Estado.3 Tendo como
estrutura:
Seção (Formato “x”)
Divisão (Formato “xx”)
Grupo (Formato “xxx”)
Classe (Formato “xxx-x”)
Subclasse (Formato “xxx-xx”)
Como demonstrado, a estrutura CNAE segue a seguinte hierarquia de
classificação: Seção, Divisão, Grupo, Classe e Subclasse. Com mais detalhamento e
descrições de atividade econômica à medida que se subdivide em uma classificação
cada vez mais específica.
Trata-se de um detalhamento da CNAE, versão 2.0, aplicada a todos os agentes
econômicos que estão engajados na produção de bens e serviços, podendo
compreender estabelecimentos de empresas de natureza privada ou pública,
estabelecimentos agrícolas, instituições sem fins lucrativos e agentes autônomos
(pessoa física). A CNAE resulta de um trabalho conjunto das três esferas de governo,
elaborado sob a coordenação da Secretaria da Receita Federal e orientação técnica do
3CNAE - Classificação Nacional de Atividades Econômicas - Subclasses. Disponível em:
<http://subcomissaocnae.fazenda.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=1>. Acesso em: 26 jul. 2013.
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Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, com representantes da União, dos
Estados e dos Municípios.4
As CNAE analisadas neste relatório são as indicadas na Tabela 1.
Tabela 1 - Lista de CNAE do estudo setorial de Plástico e Borracha1
Divisão CNAE Descrição
Divisão 22 Fabricação de produtos de borracha e de material plástico
Grupo 221 Fabricação de produtos de borracha
Grupo 222 Fabricação de produtos de material plástico Fonte: Comissão Nacional de Classificação (CONCLA); IBGE.
1.2 OBJETIVO DO ESTUDO
Este estudo tem como objetivo identificar as características sobre o setor de
Produtos de Plástico e Borracha, com dados de abrangências diversas, de forma a
contextualizar os grupos de empresas que compõem a população deste conglomerado
industrial de Santa Catarina. Para tanto, utilizam-se pesquisas e estudos como fontes
secundárias para coleta de dados, como por exemplo: dados do IBGE, dados do
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a Relação Anual de Informações Sociais
(RAIS), dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), dados do
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, além de dados de outras fontes
institucionais e privadas.
1.3 METODOLOGIA DO ESTUDO
1.3.1 Tipo de pesquisa
A presente pesquisa é caracterizada por método exploratório que reúne
informações preexistentes sobre o assunto em pauta, identifica informações que
possam ser reunidas para a investigação, fontes e questões reais que possam ser
usadas como questões de mensuração e para estruturar a análise.
4BRASIL. Secretaria da Receita Federal. Disponível em:
<http://www.receita.fazenda.gov.br/pessoajuridi/cacnaefiscal/ txtcnae.htm>. Acesso em: 4 mar. 2013.
36
Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
O nível de informação é classificado como fonte secundária de dados, formada
por interpretações de dados primários, tais como enciclopédias, livros, manuais,
artigos de revistas e jornais, estudos de pesquisas e publicações de entidades de
classe, governos, universidades e empresas públicas ou privadas, dentre outros.
1.3.2 Critérios de análise
Como critério de análise, são coletados, das referidas fontes, os dados mais
atuais disponíveis, em geral observando uma evolução de triênio, ou seja, dos três
últimos anos a contar da base de dados mais recente, disponibilizada pelos principais
órgãos públicos responsáveis pela disponibilização de informações econômicas no
Brasil. Considera-se essencialmente a busca de resultados das CNAE analisadas neste
relatório, para os dados a seguir indicados:
Empregos diretos (fonte: RAIS) – Anos analisados: 2009, 2010, 2011;
Número de empresas (fonte: RAIS) – Anos analisados: 2009, 2010, 2011;
Valor Adicionado Fiscal (Fonte: Secretaria do Estado da Fazenda de SC) – Ano
analisado: 2010;
Valor Bruto de Produção Industrial ou somente de Produção, dependendo
da atividade (de acordo com a CNAE) analisada, (Fonte: IBGE) – Anos
analisados: 2008, 2009, 2010;
Valor Líquido de Vendas (Fonte: IBGE) – Anos analisados: 2008, 2009, 2010;
Movimentação da importação/exportação (Fonte: AliceWeb) – Anos
analisados: 2010, 2011, 2012.
1.4 BREVE HISTÓRICO DA ATIVIDADE
O termo “plástico” tem seu nome originário do grego “plastikos”, que significa
“capaz de ser moldado”. Os plásticos são materiais sintéticos ou derivados de
37
Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
substância naturais, geralmente orgânicas, atualmente obtidas em sua maioria, a partir
dos derivados de petróleo.5
Em 1862, ocasião da Exposição Internacional de Londres, o inglês Alexandre
Pakers apresentou as primeiras amostras do que podemos considerar o antecessor da
matéria plástica. No mesmo ano, o tipógrafo americano John Wesley Hyatt soube de
um concurso em Albany, no Estado de Nova York (EUA), lançado pela empresa
Phelanand Collander, que produzia bolas de bilhar. Quem fosse capaz de desenvolver
um material que pudesse substituir o marfim, que estava ficando raro na fabricação
das bolas de bilhar, ganharia dez mil dólares. A partir disso, Hyatt começou a pesquisa
do marfim artificial ou qualquer novo material que pudesse satisfazer as expectativas
da empresa.6
Hyatt obteve sucesso em 1870, aperfeiçoando a celuloide uma versão
comercial do nitrato de celulosa com adição de piroxilina, cânfora, álcool, polpa de
papel e serragem. Nasceu, então, a primeira matéria plástica artificial. Neste mesmo
ano foi inaugurada a primeira fábrica da nova matéria-prima, batizada de Albany
Dental Plate Company, nome que provém do fato de a celuloide ter sido utilizada
primeiramente por dentistas.7
No Brasil, a primeira fábrica de poliestireno, a Bakol S.A., foi inaugurada em
1949, na cidade de São Paulo. Logo foi iniciada a produção comercial do poliestireno
de alto impacto. No início dos anos 60, F.H. Lambert desenvolveu o processo para
moldagem de poliestireno expandido. O plástico substitui com vantagens uma série de
matérias-primas utilizadas pelo homem há milhares de anos, como vidro, madeira,
algodão, celulose e metais. Além disso, ao substituir matérias-primas de origem
animal, como couro, lã e marfim, possibilitou o acesso a bens de consumo pela
população de baixa renda.8
5A ORIGEM DO PLÁSTICO. Disponível em:<http://pt.scribd.com/doc/65802944/A-ORIGEM-DO-PLÁSTICO>. Acesso
em:7jun. 2013. 6Idem.
7 Idem.
8 Idem.
38
Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
1.5 CONTEXTO ATUAL
Nos dias de hoje, o plástico é considerado essencial para o progresso da
humanidade. O aperfeiçoamento das tecnologias de transformação viaja na mesma
intensidade da história dos polímeros.9
A cadeia petroquímico-plástica é composta por indústrias da primeira, segunda
e terceira gerações. A primeira geração produz os petroquímicos básicos: eteno,
benzeno, propeno, butadieno etc. O eteno e o propeno são os insumos utilizados
como matérias-primas pelos termoplásticos que, por sua vez, fazem parte da segunda
geração, juntamente com elastômeros, termofixos e fibras sintéticas.
Os produtos de matérias plásticas fazem parte da terceira geração, sendo
originários dos termoplásticos. Sua diferença em relação aos termofixos é que estes
não se fundem com o aquecimento, enquanto os termoplásticos não sofrem
alterações na sua estrutura química durante o aquecimento, podendo depois de
resfriados, serem fundidos novamente. É na terceira geração que estão as indústrias
transformadoras dos insumos petroquímicos produzidos na segunda geração.10
2 DADOS MACROECONÔMICOS
2.1 PRINCIPAIS INDICADORES ECONÔMICOS DO BRASIL E DE SANTA CATARINA11
A participação de Santa Catarina no PIB Nacional, juntamente com a taxa de
crescimento real do PIB, evoluiu entre os anos de 1996 e 2009, com um crescimento
praticamente constante, segundo o Caderno de Indicadores (2012). Este crescimento
passou de 3,54% em 1996, para 4,01% em 2009, ainda que, neste ano tenha havido
queda no PIB Estadual em razão da crise internacional e da economia Catarinense.
9A ORIGEM DO PLÁSTICO. Disponível em:<http://pt.scribd.com/doc/65802944/A-ORIGEM-DO-PLÁSTICO>. Acesso
em: 7 jun. 2013. 10
CARDOSO, A. C. Estrutura e concorrência do Setor de Plásticos do Norte do Estado de Santa Catarina. Florianópolis, 2004. 11
O conteúdo desta seção tem como referência: SANTA CATARINA. Governo do Estado de Santa Catarina. Caderno de Indicadores. 2012. Florianópolis, 2012
39
Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
De acordo com os dados do referido Caderno, a evolução do número de
empregados por setor econômico na última década evidencia o crescimento da mão
de obra empregada e da estrutura produtiva do Estado em diferentes setores.
O emprego aumentou em média 91,25% no Estado, passando de 1.077.929
postos, em 2000, para 2.061.577 em 2011. No período de 2000 a 2010, o crescimento
do setor de Construção Civil foi de 137%, enquanto o Comércio cresceu 117,8% e o
setor de Serviços cresceu 93%. A indústria da transformação, que é o segmento que
mais emprega no Estado, cresceu 70% no mesmo período, acompanhando o ritmo da
produção industrial e do crescimento do emprego no âmbito nacional.
Seguindo a análise do Caderno de Indicadores (2012), em relação às
exportações em 2011, verifica-se um aumento da participação dos produtos
originários de Santa Catarina, tais como motores, carnes congeladas e fumo, entre
outros. Naquele ano, estes produtos representavam 54,2% das exportações do Estado,
enquanto em 2000 os mesmos produtos detinham 34,9% deste total, evidenciando
uma concentração da produção exportada no período analisado. Destaca-se também a
importância das exportações de produtos cárneos, do fumo, da soja e dos motores
elétricos na balança comercial catarinense.
Em relação à infraestrutura, verifica-se um aumento per capita no número de
automóveis nas regiões Catarinenses, o que ilustra a forte expansão da frota de
automóveis no Estado, a qual duplicou em 10 anos, passando de 988.214 veículos em
2000, para 1.982.129 unidades em 2010, obtendo crescimento de 100,6%. Embora
haja um ritmo de crescimento diferenciado entre as regiões do Estado, observa-se que
em todas elas houve um crescimento substancial.
Ainda observando os dados de crescimento no Estado, a frota de caminhões
cresceu 27,9%, a de motos 258% e a de camionetas 132%. Como consequência deste
acentuado crescimento em apenas uma década, sem o suficiente investimento em
infraestrutura viária e nos transportes coletivos, houve o congestionamento de
veículos nos principais polos urbanos do Estado, o que representa um grande desafio a
ser solucionado e também um gargalo logístico para as empresas catarinenses.
40
Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Tabela 2 - Indicadores econômicos do Brasil e de Santa Catarina2
Indicadores Nacional Catarinense
PIB 2011 R$ 4.143.013.000.000,00 R$ 169.050.000.000,00
Valor Bruto Produção Industrial 2011 R$ 2.034.912.695.000,00 R$ 96.968.855.000
Emprego 2012 47.458.712 2.103.002
Exportações 2012 US$ 209.225.190.379,00 US$ 8.234.028.075,00
Importação 2012 US$ 206.977.406.917,00 US$ 14.003.344.148,00
Taxa de juros (Selic - junho 2014) 10,9% ao ano -
Inflação oficial (IPCA - Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) em 05/2014
0,46% -
IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) em 06/2014
-0,64% -
Reservas internacionais em julho de 2013
US$ 373.643.000.000,00 -
Salário Mínimo em 2014 R$ 724,00 -
Fontes: IBGE; RAIS; CAGED - Cadastro Geral de Empregados e Desempregados; AliceWeb2 MDIC; Banco Central do Brasil; FGV; portalbrasil.net.
2.2 PRINCIPAIS DADOS DEMOGRÁFICOS DO BRASIL E DE SANTA CATARINA12
Analisando comparativamente os dados coletados junto ao IBGE sobre a
população brasileira e catarinense no ano de 2010, apresentados na Tabela 4,
constatou-se que no referido ano 3,28% dos brasileiros habitavam o Estado de Santa
Catarina e, assim como no Brasil, esta população era em sua maioria composta por
mulheres, sendo que a expectativa de vida da população catarinense era 2,5 anos a
mais do que a nacional. Em relação à densidade demográfica, Santa Catarina possuía
quase três vezes mais habitantes por km2 do que a média brasileira.
12
O conteúdo desta seção tem como referência: SANTA CATARINA. Governo do Estado de Santa Catarina. Caderno de Indicadores. 2012. Florianópolis, 2012.
41
Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Tabela 3 - Indicadores demográficos do Brasil e de Santa Catarina3
Indicadores demográficos de 2010 Nacional Catarinense
População Total 190.755.799 de habitantes 6.248.436 de habitantes
Densidade demográfica 22,4 habitantes/km² 65,29 habitantes/km²
População - Mulheres 97.348.809 3.148.076
População - Homens 93.406.990 3.100.360
Expectativa de vida 73,48 anos 76 anos
Fontes: IBGE; Pnad (Pesquisa Nacional Por Amostra de Domicílios); SIS (Síntese de Indicadores Sociais).
A dinâmica demográfica, isto é, as transformações no ritmo de crescimento, na
distribuição e na estrutura da população, segundo o Caderno de Indicadores (2012), é
uma variável de fundamental na identificação daquilo que impulsiona a economia e
atua nas condições de vida da população.
Esse tipo de dinâmica é de extrema importância para o Estado de Santa
Catarina, uma mudança que é especialmente relevante devido às oportunidades que
abre e pelos desafios que propõe às políticas públicas. Também deve ser considerado
nessa dinâmica o movimento migratório, de análise mais complexa e que ocorre
principalmente nas regiões litorâneas do Estado.
O Estado de Santa Catarina atualmente passa por uma situação em que a taxa
de dependência – “definida como a razão entre a população inativa (soma das pessoas
com até 15 anos e com mais de 65 anos de idade) e a população potencialmente ativa
(entre 15 e 64 anos)” – deverá diminuir de 47,7% para 43,7% entre 2010 e 2030, além
de que a sua composição também deverá mudar. Ainda segundo expectativas, a razão
entre a população jovem e a população em idade ativa passará de 21,8% para 17%, e a
razão equivalente à população com mais de 65 anos aumentará de 10,5% para 13,3%
nesse mesmo período.
Considerando a expansão dos contingentes populacionais por faixa etária entre
2000 e 2010, faz-se uma projeção para 2030. A população jovem tende a cair, girando
em torno de 1.202.000 de pessoas no final da próxima década e “a população de 15 a
64 anos, que constitui a maior parte da força de trabalho potencial, aumentará dos
4.452.680 observados em 2010 para 4.929.000 em 2030, revelando, nessas duas
décadas, uma taxa de crescimento média de 0,9% ao ano”. A quantidade de idosos
42
Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
(acima de 65 anos) é o que mais deverá crescer, com taxas de variação de 3,9% ao ano,
entre 2010 e 2030.
Essa mudança no perfil demográfico levará a um movimento na demanda por
novos produtos que atendam a esse perfil, além de criar espaços para investimentos
na melhoria dos produtos já existentes e na melhoria da qualidade de atendimento.
3 PANORAMA DA ATIVIDADE DO SETOR DE PLÁSTICO E BORRACHA
3.1 PANORAMA MUNDIAL DA ATIVIDADE
A indústria do plástico vem crescendo continuamente nos últimos 60 anos. A
produção mundial cresceu de 1,7 milhões de toneladas, em 1950, para 265 milhões de
toneladas, em 2010. Destaca-se o aumento exponencial entre os anos 1950 e os anos
1970, e é possível observar como a produção de polímeros dobrou dos anos 1970 para
os 1990, e os valores de produção praticamente triplicaram nos anos 2000. Apesar da
crise econômica mundial e da queda no consumo e produção de plásticos em 2008 e
2009, o mercado vem se recuperando e a produção de plásticos em 2010 foi recorde,
com um crescimento em relação a 2009 de 6%.13
Já a borracha é um polímero, o que significa que é um produto composto por
moléculas formadas a partir de uma mesma unidade estrutural repetida um grande
número de vezes que são ligadas quimicamente entre si. Existem três classes de
polímeros: das borrachas, dos plásticos e das fibras sintéticas. O polímero que forma a
borracha natural é o cis-1,4-poliisopreno. Tipos diferentes de borracha são formados
por diferentes polímeros.
Em seu processamento industrial, as borrachas recebem vários aditivos, alguns
inertes, outros de reforço de estrutura, e alguns que conferem cor, odor e resistência,
entre diferentes características. Cada ingrediente desempenha uma função específica com
o correspondente impacto nas propriedades, na processabilidade e no preço do produto
final. Para obter os resultados que deseja, a indústria da borracha segue uma formulação
13
OLIVEIRA, M. C. B. R. Gestão de resíduos plásticos pós-consumo: perspectivas para a reciclagem no Brasil. 2012. Dissertação (Mestrado em Planejamento Energético)-Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2012.
43
Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
conhecida como “receita”. O resultado final da mistura terá as características
predeterminadas.
Segundo dados divulgados pelo International Rubber Study Group, o consumo
anual de borracha natural e sintética em todo o mundo alcançou 25,9 milhões de
toneladas em 2011, 6% a mais que em 2010. A demanda mundial de2012 alcançou
27,2 milhões de toneladas. A borracha natural é produzida principalmente em países
em desenvolvimento ou subdesenvolvidos. A Ásia produz 85% da borracha natural
comercializada no mundo, e seus principais países produtores são: Tailândia,
Indonésia, Malásia, China, Índia e Vietnã.
Depois dos asiáticos, vêm os países africanos como maiores produtores. O
Brasil produz apenas 1% da borracha natural consumida no mundo, com 108 mil
toneladas em 2008, de acordo com o International Rubber Study Group.14
3.1.1 Considerações gerais
Os plásticos são materiais baratos, leves e duradouros e, devido à diversidade
de resinas e da versatilidade de suas propriedades, possuem inúmeras aplicações,
destacando-se os setores de embalagens, construção civil, automobilístico e de
eletroeletrônicos. A indústria de plásticos tem aumentado a cada ano a produção de
resinas e transformados plásticos, seguindo os padrões mundiais de demanda.
Destacam-se, nesse setor, China, União Europeia e Estados Unidos. O Brasil importa
parte das resinas e transformados plásticos consumidos internamente, gerando
anualmente um déficit na balança comercial, mas, ainda assim, é o maior produtor de
plásticos da América Latina.
A demanda crescente por esses produtos resulta no significativo aumento de
geração de resíduos plásticos. As disposições e tratamentos mais adequados são: reuso
redução, reciclagem, incineração e, por último, aterros. Entretanto, sem que haja uma
gestão adequada, a maioria desses resíduos é enviada para aterros ou lixões, ou dispostos
irregularmente no ambiente, prejudicando a vida e a saúde de animais e dos seres
humanos.
14
CRQ IV. Borrachas: química e tecnologia. São Paulo, 2012. Disponível em: <www.crq4.org.br/ quimicaviva_borrachas>. Acesso em: 23 maio 2013.
44
Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Como opção favorável de disposição destaca-se a reciclagem, principalmente a
mecânica, que é a mais incentivada e praticada no mundo. Observam-se índices
crescentes desse processo na União Europeia e nos Estados Unidos. O mesmo ocorre
no Brasil, porém em proporções bem menores. É importante ressaltar que os
diferentes tipos de reciclagem (química, energética ou mecânica) possuem
especificidades próprias, inclusive em termos de custos e, dependendo do tipo de
resina, do grau de mistura de polímeros e da limpeza, essas serão mais bem
processadas por um método ou por outro. Dessa forma, um país não deve incentivar
apenas um método de tratamento com certeza absoluta de sua adequação, mas
também, e de preferência, utilizá-los complementarmente.
Incentivos governamentais e de organizações, e a promulgação de leis e adoção
de medidas regulatórias, além da instituição de projetos que destaquem a importância
da gestão e disposição de resíduos plásticos são essenciais para que práticas
ambientalmente corretas de tratamentos, como a reciclagem de resíduos plásticos,
sejam implementadas.15
Já as borrachas sintéticas são materiais elastoméricos que possuem capacidade
de retornar à forma original quando submetidos a um esforço ou deformação externa,
ou seja, são produtos com grande elasticidade. Foram desenvolvidas nas primeiras
décadas do século XX nos Estados Unidos e na Alemanha, como substitutas da
borracha natural.
As borrachas sintéticas têm como base os copolímeros (polímeros derivados de
mais de uma espécie de monômero) de estireno e butadieno. A primeira borracha
sintética foi a SBR – elastômero de estireno-butadieno – que não tinha todas as
propriedades da borracha natural, mas custava muito menos. Assim como a borracha
natural, a borracha sintética também pode ser submetida à vulcanização. Estados
Unidos, China e Japão são os principais produtores e consumidores de borrachas
sintéticas no mundo, enquanto Rússia, Alemanha, Brasil, França e Coréia do Sul são
importantes consumidores.16
15OLIVEIRA, M. C. B. R. Gestão de resíduos plásticos pós-consumo: perspectivas para a reciclagem no Brasil. 2012.
Dissertação (Mestrado em Planejamento Energético)- Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2012. 16
CRQ IV. Borrachas: química e tecnologia. São Paulo, 2012. Disponível em: <www.crq4.org.br/ quimicaviva_borrachas>. Acesso em: 23 maio 2013.
45
Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
3.1.2 Principais países produtores e consumidores
Quanto à produção dos países, o maior produtor mundial de plástico em 2010
foi a China, com uma produção de aproximadamente 62 milhões de toneladas, seguido
pela União Europeia, que produziu aproximadamente 57 milhões de toneladas. 17
Em relação à borracha, atualmente a Tailândia e a Indonésia são os maiores
produtores de borracha natural do mundo, respondendo por 27% e 29% da produção
total mundial, respectivamente. Além destes dois países, o Vietnã tem merecido
atenção especial, dado o seu crescimento em termos de produção nos anos recentes.
O maior consumo da borracha natural está concentrado em países desenvolvidos ou
em processo de industrialização, como China, Estados Unidos, Japão e Índia.18
3.1.3 Principais países exportadores e importadores
A União Europeia sempre foi uma grande exportadora de plásticos (resinas e
transformados e/ou produtos plásticos). Tais exportações aumentaram em mais de
100% entre os anos 2000 e 2010. No caso das resinas, as maiores quantidades são
vendidas para China (incluindo Hong Kong), Turquia, Rússia e Suíça. Com relação aos
transformados plásticos, os maiores importadores de produtos plásticos europeus,
fora da União Europeia, são Suíça, Rússia e Estados Unidos. 19
Já em relação à borracha, Tailândia, Indonésia e Vietnã são responsáveis por
mais da metade do volume de exportação dessa matéria-prima.
3.1.4 Outros dados relevantes do setor no mercado internacional
Nos Estados Unidos, a indústria de plásticos é a terceira maior indústria deste
país. O aumento anual da produtividade entre 1980 e 2010 foi de 2,3% ao ano,
atingindo uma produção de plásticos em 2010 de aproximadamente 46,7 milhões de
17
OLIVEIRA, M. C. B. R. Gestão de resíduos plásticos pós-consumo: perspectivas para a reciclagem no Brasil. 2012. Dissertação (Mestrado em Planejamento Energético)- Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2012. 18
ADVFN. Borracha natural: uma commodity de grande destaque socioeconômico e ambiental. Disponível em: </wiki.advfn.com/pt/Borracha_natural:_Uma_commodity_de_grande_destaque_socioeconômico_e_ambiental>. Acesso em: 26 maio 2013. 19
OLIVEIRA, M. C. B. R. Gestão de resíduos plásticos pós-consumo: perspectivas para a reciclagem no Brasil. 2012. Dissertação (Mestrado em Planejamento Energético)- Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2012.
46
Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
toneladas, apresentando um aumento de 4% em relação a 2009, quando a produção
foi de 44,9 milhões de toneladas. Do total fabricado em 2010, 87% são termoplásticos,
ou seja, 40,72 milhões de toneladas. A demanda interna foi de 46,9 milhões de
toneladas, das quais, aproximadamente 41 milhões eram de termoplásticos.
Analisando-se por segmento, o setor com maior demanda é o de embalagens
plásticas, seguido pela construção civil, transportes e eletroeletrônicos, semelhante,
portanto, à estrutura da União Europeia. Em relação à demanda por resina, 16,8
milhões de toneladas foram de polietileno, 7,8 milhões de toneladas de polipropileno
e 6,37 milhões de toneladas de PVC, nesta ordem. Nesse caso também, a demanda
estadunidense mostra-se semelhante à demanda europeia. As exportações de resinas
plásticas em 2010 atingiram 6,7 milhões de toneladas.20
Já a borracha, encontrou na Ásia, além do aspecto agronômico, a não existência
do fungo causador do mal-das-folhas (Microcyclusulei), que é uma das doenças mais
comuns nos seringais, sobretudo na Amazônia. Os investimentos em pesquisa agrícola
também explicam o forte crescimento da produção do látex na Ásia. A grande
disponibilidade de mão de obra naqueles países foi outra característica que permitiu o
avanço do cultivo, uma vez que o processo de sangria exige bastante trabalho manual.
3.2 PANORAMA BRASILEIRO DA ATIVIDADE
No setor de plásticos transformados, o ano de 2010 teve produção recorde,
atingindo a marca de 5,9 milhões de toneladas, o que representa um aumento médio
de 4,3% ao ano desde 2000. O consumo aparente (produção + importação –
exportação) dos transformados plásticos também foi o máximo já visto no país,
chegando a cerca de 6,2 milhões de toneladas, pois foram importadas
aproximadamente 616 mil toneladas de transformados plásticos (aproximadamente
10% da demanda interna) e exportadas aproximadamente 311 mil toneladas. Verifica-
se também um aumento no consumo aparente de transformados plásticos de 4,6% ao
ano desde 2000.
20
OLIVEIRA, M. C. B. R. Gestão de resíduos plásticos pós-consumo: perspectivas para a reciclagem no Brasil. 2012. Dissertação (Mestrado em Planejamento Energético)- Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2012.
47
Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
A demanda por resinas é considerada como sendo igual à produção de
transformados plásticos, ou seja, de 5,9 milhões de toneladas, valores recordes
também, com uma importação aproximada de 1,4 milhão de toneladas e uma
exportação de cerca de 1,2 milhão de toneladas de resinas (ABIPLAST, 2010).
Analisando por tipo de resina, a demanda brasileira segue os padrões europeu
e estadunidense, sendo o polietileno o mais consumido (2,3 milhões de toneladas),
seguido pelo polipropileno (1,475 milhões de toneladas) e depois pelo PVC (1,12
milhões de toneladas)21.
Já em relação à borracha no Brasil, o governo insistia na extração na região
amazônica, gastando muito dinheiro para subsidiar esse sistema de produção. Quase
todas as tentativas de cultivo intensivo da seringueira na Amazônia fracassaram devido
à incidência do fungo microcyclus.
O impacto na economia extrativista da Amazônia foi muito forte. As tensões
cresceram entre proprietários de terras e de usinas e os seringueiros, há muito tempo
pressionados pelo regime de trabalho e remuneração injustos.
O Brasil, que no início do século XX detinha o monopólio da produção mundial
de borracha natural, hoje responde por apenas 1%, não conseguindo sequer suprir as
necessidades da indústria consumidora instalada no país.
O país só voltou a ter esperança de ser novamente um grande produtor de
borracha quando descobriu que poderia cultivar a seringueira fora da região
amazônica, escapando do mal-das-folhas e utilizando modernas técnicas agronômicas.
Aos poucos, agricultores e pesquisadores começaram a levar a seringueira para regiões
localizadas mais ao sul do país. Além disso, todas as políticas públicas, que sempre
foram destinadas exclusivamente à borracha da Amazônia, passaram a contemplar,
igualmente, as iniciativas de cultivo em outras regiões. Mas isso só começou a ocorrer
nas décadas de 1970 e 1980.
A seringueira encontrou, nas regiões Sudeste e Centro-Oeste do Brasil ótimas
condições de cultivo, particularmente nos Estados de São Paulo, Goiás, Mato Grosso e
Espírito Santo.
21
OLIVEIRA, M. C. B. R. Gestão de resíduos plásticos pós-consumo: perspectivas para a reciclagem no Brasil. 2012. Dissertação (Mestrado em Planejamento Energético)- Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2012.
48
Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Nessas regiões, há mão de obra especializada e maior volume de capital para
investimento em tecnologia. Além disso, a maior parte das indústrias consumidoras
está ali instalada, reduzindo os custos logísticos com o transporte da matéria-prima. O
clima apresentou-se adequado para a seringueira, que perde suas folhas na estação
seca, cortando o ciclo do fungo causador do mal-das-folhas e, consequentemente,
mantendo as árvores sadias.
Paralelamente, governo, entidades representadas por seringueiros e
organizações não governamentais intensificaram os esforços em busca de alternativas
para a sustentação das populações extrativistas da Amazônia. Hoje, o movimento em
defesa dos seringueiros da região Norte do país é bastante forte.22
3.2.1 Importância da atividade na economia nacional
Embora a indústria de transformados plásticos tenha, em 2012, apresentado
uma redução de 0,9% na sua produção em comparação com o ano anterior, as
expectativas da Associação Brasileira da Indústria do Plástico para 2013 no setor são
positivas.
De acordo com a entidade, a retomada de crescimento da economia no país
deve alavancar a demanda por transformados plásticos. A estimativa é que esse
aumento seja de 7%, superando os R$ 57,65 bilhões registrados pelo setor em 2012.
Outro indicador apontado pela ABIPLAST são os investimentos na indústria.
Espera-se que o setor invista cerca de R$ 2 bilhões na aquisição de novos
equipamentos. Um sinal positivo também para os fabricantes de máquinas nacionais.
Segundo IBGE (PIA 2011), o setor Industrial de Plástico e Borracha foi
responsável por 3,50% de toda Receita Líquida de Vendas nacional no ano de 2008,
3,71% em 2009 e 3,67% em 2010. Chegando a contabilizar mais de R$ 67 bilhões de
Receita Líquida de Vendas de atividades industriais em 2010, representando 3,79% do
total nacional que foi de mais de R$ 1,7trilhão.
22
ADVFN. Borracha natural: uma commodity de grande destaque socioeconômico e ambiental. Disponível em: </wiki.advfn.com/pt/Borracha_natural:_Uma_commodity_de_grande_destaque_socioeconômico_e_ambiental>. Acesso em: 26 maio 2013.
49
Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
3.2.2 Principais indicadores setoriais
Os principais indicadores setoriais analisados do setor de plástico e borracha
descrevem a quantidade de empresas e sua evolução no Brasil e por região, o Valor
Bruto de Produção nacional, a Receita Líquida de Vendas nacional e o número de
empregos do setor no Brasil. Na sequência outros indicadores são apresentados e
discutidos, pelos quais são observadas suas participações e importâncias.
No comparativo do total do Valor Bruto de Produção industrial nacional entre
2008 e 2010, nota-se um aumento na importância de 15,72%. A variação entre os anos
de 2008 e 2009 foi de -1,77%, partindo de quase R$ 58,8 milhões para mais de R$ 57,7
milhões. Entretanto, a variação do VBP dos anos de 2009 e 2010 foi inversa à primeira,
acarretando em alta de 17,81%, totalizando mais de R$ 68 milhões no final do período.
Gráfico 1 - Valor Bruto de Produção industrial nacional
Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do IBGE (PIA, Tabela 1848). Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas pelos Grupos CNAE: 221 e 222.
Na Receita Líquida de Vendas nacional entre 2008 e 2010, constata-se um
incremento na importância de 16,25%.Entre os anos de 2008 e 2009 verificou-se uma
variação de-0,23%, partindo de mais de R$ 59,2 milhões para pouco mais de R$ 59
milhões. Assim como no caso da VBP, a variação do RLV dos anos de 2009 e 2010 foi
inversa ao primeiro período, acarretando em alta de 16,52%, totalizando quase R$ 69
milhões no final do período.
R$58.794.151.000,00 R$57.752.305.000,00 R$68.039.361.000,00
2008 2009 2010
50
Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 2 - Receita Líquida de Vendas nacional
Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do IBGE (PIA, Tabela 1848). Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas pelos Grupos CNAE: 221 e 222.
No número de empresas no território nacional entre 2009 e 2011, verifica-se
uma diminuição na importância de -0,68%.A variação entre os anos de 2008 e 2009 foi
de -1,09%, partindo de pouco menos de 22,5 mil empresas para pouco mais de 22,1
mil. Nos anos de 2009 e 2010 a variação foi inversa ao primeiro período, acarretando
em alta de 0,41%, totalizando mais de 22,2 mil empresas no final do período.
Gráfico 3 - Número de empresas do setor em território nacional
Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do MTE (RAIS, 2011). Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas pelos Grupos CNAE: 221 e 222.
No número de empregos no território nacional entre 2009 e 2011, vislumbrou-
se um aumento na ordem de 7,17%. Entre os anos de 2008 e 2009 verificou-se uma
variação de 7,68%, partindo de mais de 414,5 mil empregos para pouco mais de 446
mil. Entretanto, a variação do nos anos de 2009 e 2010 foi inversa ao primeiro período,
acarretando em queda de 0,47%, totalizando em pouco mais de 444 mil empregos no
final do período.
R$59.231.169.000,00 R$59.096.290.000,00 R$68.861.272.000,00
2008 2009 2010
22.425 22.180 22.271
2009 2010 2011
51
Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 4 - Número de empregos do setor em território nacional
Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do MTE (RAIS, 2011). Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas pelos Grupos CNAE: 221 e 222.
3.2.3 Número de empresas por região
A Tabela 5 permite observar a predominância da Região Sudeste com 54,33%,
quanto à quantidade total de empresas do setor de Plástico e Borracha no Brasil e, em
contrapartida, a menor representatividade da Região Norte, com 2,23%.
Tabela 4 - Quantidade de empresas por região natural4
Região Natural Quantidade de Empresas
Norte 498
Nordeste 2.280
Sudeste 12.100
Sul 6.426
Centro-Oeste 967
Total 22.271
Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do MTE (RAIS, 2011). Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas pelos Grupos CNAE: 221 e 222.
3.2.4 Mão de obra empregada na atividade
Em relação à mão de obra empregada no setor, uma pesquisa realizada pelo
CENNE no primeiro semestre deste ano revelou que 75% das empresas de
transformação aplicam algum tipo de treinamento em sua equipe. Pelo menos metade
delas respondeu que isso ocorre mais de cinco vezes por ano. Apenas 5%, no entanto,
disseram que também oferecem oportunidades de capacitação para a área
administrativa. A pesquisa foi realizada com 96 empresas do setor de transformação
de plástico e borracha do Estado de São Paulo.
414.540 446.369 444.267
2009 2010 2011
52
Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Os cursos à distância, ou in company, são uma alternativa para as empresas que
querem capacitar sua mão de obra, inclusive para aquelas que estão em áreas mais
distantes. “Os profissionais que ministram os treinamentos são mestres e doutores nas
áreas de gestão empresarial e possuem grande experiência na indústria de
transformação de plástico e borracha e na área de projetos de moldes”, explica
Marcelo Carvalho Reis, Diretor de Pesquisa do CENNE (Centro de Estudos e Inovação,
Unicamp) sobre os cursos oferecidos pelo CENNE.
Ainda de acordo com ele, os cursos devem ser personalizados e desenvolvidos
sobre os diversos assuntos de interesse da empresa. Um levantamento deve ser
realizado com o objetivo de definir quais são as reais necessidades dela e, a partir
disso, devem ser definidos o conteúdo e a carga horária necessária para a capacitação.
Uma opção mais barata e que tem se tornado cada vez mais comum no Brasil
são os cursos on-line. Além de ser uma opção mais viável financeiramente, são
acessíveis em qualquer lugar que tenha um computador com acesso à internet.
“A competitividade ferrenha faz com que a briga por consumidores seja mais e
mais feroz. Por isso, a chance de sucesso de uma empresa fica mais atrelada à sua
capacidade de desenvolver produtos e processos diferenciados da concorrência. Isto
implica em inovação e a busca constante de melhorias internas. Para os dois casos, os
resultados são obtidos com pessoas mais qualificadas”, explica Reis.23
3.2.5 Investimentos realizados e previstos
O BNDES criou em 2010 um programa de apoio à indústria do plástico. Trata-se
do programa de Apoio ao Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Plástico – BNDES
Proplástico, que visa à modernização do parque industrial do setor, com o aumento da
produção de plásticos e seus produtos, aumento da quantidade de equipamentos e de
moldes para o segmento, além da melhoria dos padrões de qualidade e de
produtividade das indústrias instaladas no país. A dotação orçamentária foi de R$ 700
milhões e o prazo de vigência foi até 31 de setembro de 2012, o programa contemplou
23
CENNE. Setor de borracha e plástico puxam produção em Santa Catarina. Disponível em: <www.cenne.com.br/2011/03/setor-de-borracha-e-plástico-puxam-producao>. Acesso em: 23 de maio 2013.
53
Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
ações ligadas à produção, inovação, reciclagem, consolidação e internacionalização de
empresas do setor.
O programa abrangeu todos os portes de empresas do setor. O valor mínimo
das operações apoiadas no âmbito desse programa foi de R$ 3 milhões. O BNDES
Proplástico contou com cinco subprogramas:
Proplástico Produção e Modernização - investimentos para implantação,
expansão e modernização da capacidade produtiva de transformados de
plásticos e de reciclagem, bem como aquisição de equipamentos novos com
objetivo de aumentar a produtividade e a competitividade do segmento,
inclusive para reciclagem de material plástico.
Proplástico de Renovação de Bens de Capital - apoio à troca de
equipamentos antigos por novos, com a inutilização ("sucateamento
destrutivo") dos primeiros, de forma a não possibilitar a sobrevida de
equipamentos ineficientes, com baixa produtividade, reduzida segurança do
trabalhador e alto consumo energético.
Proplástico Fortalecimento das Empresas Nacionais - apoio à incorporação,
aquisição ou fusão de empresas que levem à criação de empresas de
controle nacional de maior porte, maior integração vertical ou
internacionalização, condicionando qualquer redução no número total de
empregos de acordo com as entidades sindicais representativas dos
trabalhadores das empresas envolvidas.
Proplástico Inovação - investimentos em pesquisa, desenvolvimento e
inovação para desenvolvimento de novos usos e aplicações, inclusive ligados
à reciclagem (química ou mecânica) de material plástico, além de "design".
54
Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Proplástico Socioambiental - investimentos envolvendo racionalização do
uso de recursos naturais, mecanismo de desenvolvimento limpo,
investimentos destinados à implantação, expansão e consolidação de
projetos e programas de investimentos sociais realizados por empresas ou
em parceria com instituições públicas ou associações de fins não
econômicos.
A política de desoneração tributária, no início de 2009, tornou-se uma medida
estratégica para o governo, como forma de enfrentar os efeitos da crise mundial. Entre
as várias medidas de redução dos tributos, como PIS, COFINS e Imposto de Renda, mas
a principal foi a do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que levou, em
especial, à queda dos preços dos materiais plásticos e de borracha, contribuindo para
o aumento de faturamento do setor.
Em 2009, mais de 90 itens da construção apresentavam desoneração completa ou
parcial. Em virtude do longo período de maturação dos investimentos no setor de
construção civil, prorrogou-se para meados de 2010 a redução da alíquota de IPI,
principalmente para os seguintes itens: cimento, tinta, verniz, banheiras, box, entre
outros.24
3.2.6 Principais polos produtores e consumidores nacionais
Percebe-se a importância da microrregião de São Paulo, o que fica evidenciado
pela expressiva especialização da sua estrutura industrial. Esse fato decorre da
concentração de produtores na região do Grande ABC paulista. Essa concentração
possui duas naturezas complementares, mas ambas estão associadas à proximidade
dos produtores aos seus mercados-destino. Primeiro, parte desses produtores atende
à demanda intermediária de indústrias localizadas na região. Um exemplo disso é a
indústria automobilística local, que certamente demanda aos produtores locais
produtos de plástico que vão ser utilizados na montagem dos automóveis. O mesmo
24
SIMPEP. BNDES cria programa de R$ 700 milhões para a indústria do plástico. Disponível em: <http://simpep.com.br/wp/wp-content/uploads/2011/07/Boletim-SIMPEP-211.pdf>. Acesso em: 20 maio 2013.
55
Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
raciocínio pode ser feito em relação a outras indústrias, como a eletrônica, de
alimentos e de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos.
A segunda natureza da concentração dos produtores na microrregião de São
Paulo decorre da presença concentrada na região, de produtores de artefatos de
plásticos, como utensílios domésticos, que se beneficiam da proximidade geográfica
do maior mercado.
A presença de um conjunto concentrado de produtores de cosméticos na
região do Grande ABC e, em especial em Diadema, também representa uma
importante fonte de demanda dos fabricantes de transformados plásticos, usados na
embalagem dos produtos cosméticos.
Maior consumidora do país, a Região Metropolitana de São Paulo mostra que
as empresas são capazes de reduzir custos de logística de transportes e distribuição, o
que lhes confere certamente vantagens competitivas importantes.25
Já no Rio Grande do Sul, os investimentos programados para o Polo de Triunfo
ajudam a descortinar as oportunidades do setor Petroquímico, de Plástico e de
Borracha. Na região, estão previstas a expansão da unidade industrial de butadieno,
que é a matéria-prima da borracha, e a ampliação da unidade de polietileno verde,
além de investimentos em polipropileno verde e na duplicação da produção de
estireno para 500 mil toneladas ao ano. A tarefa de colocar a indústria química
brasileira entre as cinco maiores do mundo tornará o país superavitário em produtos
desse setor, além de líder em química verde.
O aproveitamento das riquezas advindas do Pré-Sal, por meio da agregação de
valor e conteúdo industrial às suas matérias-primas é fator importante para a
conquista dessa posição. Com uma produção adicional de dois milhões de barris de
petróleo diários, conforme os dados da Associação Brasileira da Indústria Química
(ABIQUIM), o aproveitamento das correntes petroquímicas associadas demandará
investimentos de US$ 15 bilhões no setor. Tendo em vista a expansão da classe média
brasileira, o consumo de plásticos e artefatos de borracha no país ainda tem muito a
crescer e a se sofisticar. No caso específico do plástico, o consumo per capita, hoje no
patamar de 27,7 kg ao ano, poderá superar em breve o da Argentina, de 35,5 kg ao
25
ABDI.Caracterização da cadeia petroquímica e da transformação de plásticos. São Paulo, 2009.
56
Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
ano. Mesmo assim, o setor ainda terá muito espaço para crescer até o nível de países
como os Estados Unidos, aonde uma pessoa chega a consumir 170 kg de produtos
plásticos ao ano, segundo a ABIPLAST.26
3.2.7 Importação e exportação
Em relação à importação nacional por período em dólares entre 2010 e 2012,
destaca-se um aumento na importância de 24,64%. No primeiro biênio da análise,
pertinente aos anos de 2010 a 2011, observou-se uma variação de 22,41%, saindo de
um valor superior à US$ 4,8 bilhões para mais de US$ 5,8 bilhões. No biênio seguinte,
sucedeu-se outra alta, porém menor que a primeira, de 1,82%, que levou as
importações atingirem quase US$ 6 bilhões no final do período.
Gráfico 5 - Importação nacional por período em dólares
Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do Ministério do Desenvolvimento (AliceWeb2, 2012). Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas pelos Grupos CNAE: 221 e 222.
Na importação nacional por período em peso líquido entre 2010 e 2012,
observa-se um crescimento na ordem de 9,60%. Analisando a variação ano a ano,
observa-se que entre 2010 e 2011, a variação foi de 8,7%, saindo de pouco mais de
1bilhão de toneladas e indo para pouco mais de 1,1 bilhão de toneladas.
Posteriormente, uma alta menor, na ordem de 0,83%, elevou ainda mais o peso líquido
das importações.
26
SIMPEP. BNDES cria programa de R$ 700 milhões para a indústria do plástico. Disponível em: <http://simpep.com.br/wp/wp-content/uploads/2011/07/Boletim-SIMPEP-211.pdf>. Acesso em: 20 maio 2013.
$4.812.513.807,00 $5.891.154.293,00 $5.998.191.909,00
2010 2011 2012
57
Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 6 - Importação nacional por período em peso líquido (kg)
Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do Ministério do Desenvolvimento (AliceWeb2, 2012). Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas pelos Grupos CNAE: 221 e 222.
Na exportação nacional por período em dólares entre 2010 e 2012, nota-se um
aumento no valor de 9,70%. No primeiro biênio da análise, pertinente aos anos de
2010 a 2011, observou-se uma alta de 17,6%, saindo de um valor superior a US$ 2,8
bilhões para mais de US$ 3,3 bilhões. No biênio seguinte, observou-se uma queda de
6,71% que retraiu o valor das exportações para pouco mais de US$ 3,1 bilhões no final
de 2012.
Gráfico 7 - Exportação nacional por período em dólares
Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do Ministério do Desenvolvimento (AliceWeb2, 2012). Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas pelos Grupos CNAE: 221 e 222.
Na exportação nacional por período em peso líquido entre 2010 e 2012, nota-
se uma redução na importância de 12,25%. Analisando a variação anual, observa-se
que entre 2010 e 2011, a variação foi de 0,87%, saindo de mais de 580 mil toneladas e
chegando a pouco mais de 590 mil toneladas. Posteriormente observa-se a variação de
-13,26% que baixou o peso líquido das exportações para menos de 515 mil toneladas.
1.020.440.186 1.109.230.919 1.118.407.265
2010 2011 2012
$2.838.573.764,00 $3.338.098.905,00
$3.114.135.130,00
2010 2011 2012
58
Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 8 - Exportação nacional por período em peso líquido (kg)
Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do Ministério do Desenvolvimento (AliceWeb2, 2012). Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas pelos Grupos CNAE: 221 e 222.
3.3 PANORAMA CATARINENSE DA ATIVIDADE
3.3.1 Importância da atividade na economia catarinense
Mesmo não sendo considerada como um polo plástico, as empresas existentes
nos municípios da região Sul e do polo da região Norte do Estado de Santa Catarina são
bastante antigas e originaram-se, por diversificação, de capitais oriundos de outras
atividades. No caso da indústria de produtos plásticos descartáveis (como são
classificados os copinhos e seus congêneres), alguns desses capitais originaram-se da
atividade carbonífera.
A origem deste segmento industrial na região Sul de Santa Catarina data do
início dos anos 1960 e está ligada a empresas como a Incoplast (fundada em 1962 no
município de São Ludgero), dedicada inicialmente à produção de calçados com uso de
PVC. No município de Orleans, em 1967, foi fundada a Plazom, produzindo sacolas e
embalagens. A estas duas precursoras juntam-se depois a Canguru (fundada em 1970,
como parte de um grupo maior – Zanatta, de Criciúma) e a Minasplast (1977, de
Urussanga, dedicada a descartáveis).
Outras empresas de porte considerável surgiram posteriormente, reforçando o
segmento de plásticos da região nas suas feições de produtor-exportador (para outras
regiões do Brasil). É o caso da Copobrás (no início dos anos 1990). Algumas destas
empresas, que se especializaram em algum segmento e grupo de produtos,
consolidaram posições industriais e econômicas bastante sólidas e passaram a
diversificar a sua presença regional. A Copobrás, por exemplo, possui filiais industriais
586.864.146 591.956.068 514.931.067
2010 2011 2012
59
Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
em Minas Gerais e no Paraná. O mesmo ocorre com outras empresas, que foram ao
encontro dos seus mercados consumidores Na Região de Joinville destaca-se a Tigre e
a Amanco.27
3.4 PRINCIPAIS INDICADORES SETORIAIS
Os principais indicadores setoriais analisados do setor de plástico e borracha
descrevem a quantidade de empresas e sua evolução no Brasil e por região, o Valor
Bruto de Produção nacional, a Receita Líquida de Vendas nacional e o número de
empregos do setor no Brasil. Na sequência, outros indicadores são apresentados e
discutidos, pelos quais são observadas suas participações e importâncias.
No comparativo do total do Valor Bruto de Produção industrial catarinense
entre 2008 e 2010, registrou-se um aumento na importância de 18,16%. Nos anos de
2008 e 2009 observou-se uma variação no VBP de -1,44%, levando o valor a sair de
mais de R$ 4,4 bilhões e reduzir-se a pouco mais de R$ 4,3 bilhões. No período
seguinte nota-se uma alta de 19,89%, impulsionando o VBP para mais de R$ 5,2
bilhões no final de 2010.
Gráfico 9 - Valor Bruto deProdução industrial catarinense
Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do IBGE (PIA, Tabela 1848). Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas pelos Grupos CNAE: 221 e 222.
Em relação ao total da Receita Líquida de Vendas catarinense entre 2008 e
2010,destaca-se um aumento no valor de 24,44%. Nos anos de 2008 e 2009 observou-
se uma variação no RLV de 2,1%, saindo de mais de R$ 4,3bilhões e indo para mais de
27
ABDI. Caracterização da cadeia petroquímica e da transformação de plásticos. São Paulo, 2009.
R$4.439.034.000,00 R$4.374.945.000,00 R$5.245.330.000,00
2008 2009 2010
60
Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
R$ 4,4bilhões. No período seguinte ocorre outra alta, agora de 21,89%, impulsionando
o RLV para mais de R$ 5,4bilhões no final de 2010.
Gráfico 10 - Receita Líquida de Vendas catarinense
Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do IBGE (PIA, Tabela 1848). Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas pelos Grupos CNAE: 221 e 222.
No número de empresas do setor em território catarinense entre 2009 e 2011,
visualiza-se um incremento na importância de 3,01%. Observou-se nos biênios 2009 e
2010 uma queda de 1,51% no número de empresas. No biênio seguinte essa tendência
é invertida, resultando em alta de 4,59%.
Gráfico 11 - Número de empresas no setor em território catarinense
Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do MTE (RAIS, 2011). Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas pelos Grupos CNAE: 221 e 222.
No número de empregos do setor em território catarinense entre 2009 e 2011,
constata-se um aumento no montante de 6,80%. No biênio 2009 e 2010 o número de
empregos passou de mais de 36 mil para mais de 39 mil, uma alta de 8,75%. No biênio
seguinte, essa tendência também é invertida, resultando em pouco mais de 38,5 mil
empregos no final de 2011, uma queda de 1,79%.
R$4.346.576.000,00 R$4.437.659.000,00
R$5.409.065.000,00
2008 2009 2010
1.658 1.633 1.708
2009 2010 2011
61
Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 12 - Número de empregos no setor em território catarinense
Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do MTE (RAIS, 2011). Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas pelos Grupos CNAE: 221 e 222.
3.4.1 Participação catarinense no mercado nacional
Verifica-se uma concentração de fabricantes de máquinas e equipamentos para
indústria de plásticos nos Estados de São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, e
dentro desses há uma concentração nas microrregiões de São Paulo (SP), Joinville e
Criciúma (SC) e Caxias do Sul (RS). Ressalta-se que, não por coincidência, estas são
também as regiões que se destacam na produção de moldes e matrizes para a
indústria de transformação de produtos plásticos.
Os fabricantes de máquinas e equipamentos introduzem no setor novas
possibilidades de processamento, melhorando variáveis importantes no processo de
concepção de um produto plástico, como velocidade do ciclo, redução do desperdício,
qualidade, economia de matéria-prima e energia. A proximidade geográfica facilita a
cooperação entre os agentes da indústria, permitindo a troca de informações e a
prestação de serviços tecnológicos importantes para o desenvolvimento de novas
máquinas e o aprimoramento das já existentes.28
Santa Catarina destaca-se na produção de tubos e conexões de PVC,
embalagens, descartáveis plásticos (copos, pratos etc.), utilidades domésticas, cordas e
fios de PET reciclado e produtos de EPS (isopor). É líder nacional na produção de
embalagens plásticas flexíveis para o agronegócio, segunda na América Latina e
terceira no mundo na produção de embalagens valvuladas manuais.29
28
ABDI. Caracterização da cadeia petroquímica e da transformação de plásticos. São Paulo, 2009. 29
FIESC. Santa Catarina em dados: 2012. Florianópolis, 2012.
36.289 39.465 38.760
2009 2010 2011
62
Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
3.4.2 Perfil empresarial do setor
A Tubos e Conexões Tigre é uma das principais empresas fabricantes de tubos,
conexões e acessórios em PVC do país. De acordo com informações do relatório anual
de 2010, a Tigre estava presente em 40 países, contava com 6.763 funcionários e
faturava R$ 2,6 bilhões (2010) e possuía unidades fabris em Camaçari (BA), Castro (PR),
Escada (PE), Indaiatuba (SP), Joinville (SC), Pouso Alegre (MG), Rio Claro (SP), além de
unidades externas na Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Estados Unidos,
Paraguai, Peru e Uruguai.
De acordo com informação exposta no site da Tigre, a companhia prevê investir
R$ 250 milhões em inovação, aumento de capacidade produtiva (inclusive com
inauguração de novas unidades fabris no Brasil e no exterior) e ações de marketing e
relacionamento. A previsão para o ano de 2011 foi de 10% de crescimento em relação
a 2010, com a contratação de 300 novos profissionais.
O cenário para os próximos anos vislumbra boas oportunidades para a empresa
de fabricação de tubos e conexões em PVC, visto que a realização de eventos como
Copa do Mundo e Olimpíadas aumentam a demanda por seus produtos.
A Mexichem Brasil Indústria de Transformação Plástica LTDA., localizada no
município de Joinville, onde contava com 1.317 trabalhadores, no ano de 2011 teve
um volume de produção de 30.152 toneladas e atingiu um faturamento de R$ 346
milhões. Seus principais produtos são: tubos em PVC, conexões e acessórios. Destaca-
se por ocupar a segunda posição no ranking nacional, dentro de seu setor de atuação.
A empresa possui unidades produtoras em 19 países, entre eles: México, Japão,
Canadá, Estados Unidos, Colômbia, Venezuela, Equador, Peru, Chile, Argentina e
Inglaterra. A Mexichem Brasil, detentora das marcas Amanco, Plastubos e Bidim,
pertence ao Grupo Mexichem, que é uma empresa mexicana.30
30
SIMPEP. BNDES cria programa de R$ 700 milhões para a indústria do plástico. Disponível em: <http://simpep.com.br/wp/wp-content/uploads/2011/07/Boletim-SIMPEP-211.pdf>. Acesso em: 20 maio 2013.
63
Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
3.4.3 Mão de obra empregada na atividade
Segundo dados do IBGE (2012), do total de empregados no setor plástico, 83%
estão diretamente alocados na área de produção, 14% atuam nas áreas
administrativas e de marketing e os outros 3% dizem respeito aos proprietários e
sócios. Quanto ao nível de escolaridade da mão de obra empregada no setor plástico,
verifica-se que 48,9% dos empregados não têm o ensino médio completo, 43,7%
possuem o ensino médio, 3,1% estão cursando o ensino superior e 4,3% tem o nível
superior completo.
A indústria do plástico manteve-se, em 2011, como o terceiro maior setor
empregador industrial catarinense. Em 2011 foram criados cerca de 10 mil empregos
na indústria de transformação de material plástico. São 357 mil empregados no ano de
2011, contra 347 mil em 2010, representando um crescimento de 3%, e respondendo
por 4% do total de empregos da indústria da transformação. Das 11.465 empresas do
setor (contempladas em todos os CNAE do setor), 94% são consideradas pequenas
empresas, 5% são empresas de porte médio e apenas 1% são empresas de grande
porte.
3.4.4 Principais polos produtores e consumidores catarinenses
Dos dois polos do setor evidenciados em Santa Catarina, o maior polo produtor
e consumidor é o Polo Setorial da Cadeia da Indústria do Plástico da Região Norte que,
segundo comparativo do VAF, grupo de atividade econômica e coordenadorias
regionais do Sebrae/SC arrecadou um valor de mais de R$ 101 milhões na fabricação
de produtos de borracha. Em relação à fabricação de produtos de material plástico, o
valor foi de mais de R$ 1,3 bilhões.
Esta diferença nos valores do VAF ocorre pelo fato de que a indústria do
plástico da região norte supre diversos outros setores industriais, dentre estes
destacamos a fabricação de eletrodomésticos (Wirlpool), a indústria
eletrometalmecânica (WEG), ou indústria moveleira (Rudinick) e a indústria da
construção civil (Tigre e Amanco).
64
Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
3.4.5 Importação e exportação
Na importação catarinense por período em dólares entre 2010 e 2012, observa-
se um crescimento na ordem de 46,17%. Nos anos de 2010 e 2011 observou-se uma
variação de 33,75%, saindo de mais de US$ 603milhões para mais de US$ 807 milhões.
No período seguinte vê-se outra alta, agora de 9,29%, atingindo mais de US$
880milhões no final de 2012.
Gráfico 13 - Importação catarinense por período em dólares
Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do Ministério do Desenvolvimento (AliceWeb2, 2012). Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas pelos Grupos CNAE: 221 e 222.
Em relação à importação catarinense por período em peso líquido entre 2010 e
2012, destaca-se um aumento na importância de 25,05%. Nos anos de 2010 e 2011
observou-se uma variação do peso líquido das importações de 14,74%, passando de
180 milhões de toneladas para mais de 210 milhões de toneladas. No período seguinte
vê-se outra alta, agora de 8,98%, atingindo mais de 230 milhões de toneladas no final
de 2012.
Gráfico 14 - Importação catarinense por período em peso líquido (kg)
Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do Ministério do Desenvolvimento (AliceWeb2, 2012). Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas pelos Grupos CNAE: 221 e 222.
$603.852.583,00
$807.645.448,00 $882.671.493,00
2010 2011 2012
184.767.755 212.010.912
231.059.327
2010 2011 2012
65
Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Na exportação catarinense por período em dólares entre 2010 e 2012, nota-se
um incremento no valor de 5,26%. Nos anos de 2010 e 2011 observou-se uma variação
de 3,69%, saindo de mais de US$ 70 milhões para quase US$ 73 milhões. No período
seguinte vê-se outra alta, agora de 1,52%, atingindo quase US$ 74 milhões no final de
2012.
Gráfico 15 - Exportação catarinense por período em dólares
Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do Ministério do Desenvolvimento (AliceWeb2, 2012). Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas pelos Grupos CNAE: 221 e 222.
Na exportação catarinense por período em peso líquido entre 2010 e 2012,
observa-se uma retração de 5,46%. Nos anos de 2010 e 2011 observou-se que a
variação do peso líquido das exportações foi de -5%, passando de pouco mais de 14
milhões de toneladas para menos de 13,5 milhões de toneladas. No período seguinte
vê-se outra queda, agora de 0,48%, reduzindo ainda mais as exportações no final de
2012.
Gráfico 16 - Exportação catarinense por período em peso líquido
Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do Ministério do Desenvolvimento (AliceWeb2, 2012). Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas pelos Grupos CNAE: 221 e 222.
$70.123.434,00 $72.711.102,00 $73.815.424,00
2010 2011 2012
14.020.923 13.319.650 13.255.538
2010 2011 2012
66
Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
4 POLOS SETORIAIS DO ESTUDO
4.1 CARACTERÍSTICAS REGIONAIS DO SETOR DE PLÁSTICO E BORRACHA DE SANTA CATARINA
Neste estudo foram incluídas duas coordenadorias do Sebrae para compor os
polos industriais abordados: Região Norte e Região Oeste Catarinense. Na Figura 1 há a
indicação dessas regiões no mapa do Estado de Santa Catarina.
Figura 1 - Coordenadorias do SEBRAE deste estudo
Fonte: Elaborado pela empresa Ágape.
4.1.1 Coordenadoria regional Norte
É uma região rica em florestas nativas e provenientes de reflorestamento, onde se
concentra o polo florestal catarinense, o mais expressivo da América Latina, abrangendo
indústrias madeireiras, moveleiras, de papel e papelão. Os principais municípios são:
Joinville, Jaraguá do Sul Rio Negrinho, São Bento do Sul, Canoinhas, Corupá, Mafra, Três
Barras e Porto União. Com forte tradição germânica, essa região do Estado concilia uma
economia dinâmica com o respeito à natureza exuberante. Indústrias do ramo
eletrometalmecânico dividem espaço com as densas florestas da Serra do Mar e as águas
da Baía de Babitonga. A região tem alto poder aquisitivo e excelente qualidade de vida,
Oeste
Norte
67
Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
o que pode ser observado nos dados apresentados na Tabela 6referentes aos seus 26
municípios, somando uma população de 1.222.906 habitantes e um PIB per capita de
R$ 25.058, muito superior à média nacional31. A seguir, a tabela 6 apresenta os
principais dados geoeconômicos relativos a coordenadoria regional Norte Sebrae/SC.
Tabela 5 - Dados geoeconômicos da região Norte5
Total de Municípios 26
População 1.048.454
PIB (bilhões de R$) 38,0
PIB per capita (R$) 36.244
Densidade Demográfica (hab./km²) 82,0
Fontes: Total de Municípios: Unidade de Gestão Estratégica (UGE) População: IBGE Senso populacional 2010 PIB (bilhões de R$): IBGE - Produto Interno Bruto dos Municípios 2010 PIB per capita (R$): IBGE - Produto Interno Bruto dos Municípios 2010
4.1.2 Coordenadoria regional Oeste
Os campos do Oeste de Santa Catarina são responsáveis por boa parte da
produção brasileira de grãos, aves e suínos. Frigoríficos de grande e médio porte estão
associados aos produtores rurais em um modelo bem-sucedido de integração: as
empresas fornecem insumos e tecnologia e compram a produção de animais. A região
também começa a explorar o potencial turístico de suas fontes hidrotermais. Dos 54
municípios se destacam: Chapecó, Xanxerê e Concórdia. A região possui população de
601.521 habitantes e PIB per capita de R$ 21.391.32 A seguir, a tabela 7 apresenta os
principais dados geoeconômicos relativos a coordenadoria regional Oeste Sebrae/SC.
31
Governo do Estado de Santa Catarina, 2012. 32
Governo do Estado de Santa Catarina, 2012.
68
Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Tabela 6 - Dados geoeconômicos da região Oeste6
Total de Municípios 54
População 519.657
PIB (bilhões de R$) 12,9
PIB per capita (R$) 24.878
Densidade Demográfica (hab./km²) 53,0
Fontes: Total de Municípios: Unidade de Gestão Estratégica (UGE) População: IBGE Senso populacional 2010 PIB (bilhões de R$): IBGE - Produto Interno Bruto dos Municípios 2010 PIB per capita (R$): IBGE - Produto Interno Bruto dos Municípios 2010
4.2 APRESENTAÇÃODO SETOR DE PLÁSTICO E BORRACHA
Em Santa Catarina, no ano de 2011, existiam 1.708 empresas do setor de plástico
e borracha, 4,59% a mais do que havia em 2010. A atuação destas empresas engloba
atividades como a fabricação de produtos de borracha e fabricação de produtos de
material plástico. No mesmo período de 2011, estas empresas respondiam por 38.760
dos empregos diretos. No ano de 2010, as empresas do setor de plástico e borracha de
Santa Catarina responderam por mais de R$ 5 bilhões do Valor Bruto de Produção do
Estado.
4.2.1 Polo Setorial da Cadeia da Indústria do Plástico da Região Norte
A mesorregião Norte tem na atividade de plástico uma de suas principais
economias, juntamente com as atividades de Tecnologia, Móveis e
Eletrometalmecânica. Segundo os dados do MTE sobre o setor, neste polo estavam
28,63% das empresas do ramo de plásticos e borracha em Santa Catarina no ano de
2011, assim como 41,45% dos empregos.
O município de Joinville é, indubitavelmente, o maior representante deste polo e
do Estado, respondendo por 48,67% das empresas e 78,48% dos empregos do polo,
em 2011. Em termos dessa representação em Santa Catarina, Joinville respondeu por
13,94% das empresas e 30,46% dos empregos.
69
Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
4.2.2 Polo Setorial da Cadeia do Setor de Plástico e Borracha do Oeste
Localizado na mesorregião Oeste, cujas atividades econômicas de móveis e
alimentos são destaque, este polo abrigava 5,85% das empresas e 3,24% dos empregos
do ramo de plásticos e borracha de Santa Catarina no ano de 2011, segundo os dados
do MTE sobre o setor. O município de Chapecó é o seu maior representante,
respondendo por 43% das empresas e 73,13% dos empregos do polo, em 2011.
4.3 NÚMERO DE EMPRESAS POR POLO
Ressalta-se a importância da posição de Santa Catarina em relação ao número
de empresas do setor de Plástico e Borracha no ranking nacional, pois o Estado
apresenta um número de empresas do setor superior à média dos Estados brasileiros,
estando, inclusive, à frente de Estados importantes em nível nacional.
Em 2011, o Polo Setorial da Cadeia da Indústria do Plástico da Região Norte
contemplava 489empresas com crescimento de 2,53%entre os anos de 2009 e 2010.
Entre os anos de 2010 e 2011 o aumento foi de 9,64%
O Polo Setorial da Cadeia do Setor Plástico e Borracha do Oeste apresentava
100 empresas em 2011, revelando uma retração de 2,61% entre os anos de 2009 e
2010. Já entre 2010 e 2011, apresentou redução de 10,71%.
Tabela 7 - Número de empresas e variação por polo7
Polo Setorial Número de
empresas em 2011
Variação do número de empresas
entre 2009 e 2010 (%)
Variação do número de empresas
entre 2010 e 2011
(%)
Polo Setorial da Cadeia da Indústria do Plástico da Região Norte
489 2,53 9,64
Polo Setorial da Cadeia do Setor Plástico e Borracha do Oeste
100 -2,61 -10,71
Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do MTE (RAIS, 2011). Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas pelos Grupos CNAE: 221 e 222.
70
Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 17 - Quantidade de empresas do mercado de plástico e borracha em SC
Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do MTE (RAIS, 2011). Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas pelos Grupos CNAE: 221 e 222.
4.4 EMPREGOS GERADOS POR POLO
Em 2011, o Polo Setorial da Cadeia da Indústria do Plástico da Região Norte
contemplava 16.068 empregos, com crescimento de 8,67%entre os anos de 2009 e
2010. Entre os anos de 2010 e 2011 o aumento foi de 1,70%.
O Polo Setorial da Cadeia do Setor Plástico e Borracha do Oeste registrava
1.254 empregos em 2011, com um incremento de 4,74% entre os anos de 2009 e
2010. Já entre 2010 e 2011, apresentou uma diminuição na ordem de 5,50%.
Tabela 8 - Número de empregos e variação por polo8
Polo Setorial Número de empregos em 2011
Variação do número de empregos entre
2009 e 2010 (%)
Variação do número de empregos
entre 2010 e 2011
(%)
Polo Setorial da Cadeia da Indústria do Plástico da Região Norte
16.068 8,67 1,70
Polo Setorial da Cadeia do Setor Plástico e Borracha do Oeste
1.254 4,74 -5,50
Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do MTE (RAIS, 2011). Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas pelos Grupos CNAE: 221 e 222.
83%
17% Polo Setorial da Cadeia da Indústria do Plástico da Região Norte
Polo Setorial da Cadeia do Setor Plástico e Borracha do Oeste
71
Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 18 - Quantidade de empregos do mercado de plástico e borracha em SC
Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do MTE (RAIS, 2011). Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas pelos Grupos CNAE: 221 e 222.
4.5 MÉDIA SALARIAL POR POLO
Em 2012, o Polo Setorial da Cadeia da Indústria do Plástico da Região Norte
contemplava um salário médio do profissional de R$ 1.182,49, com redução de 1,34%
entre os anos de 2010 e 2011. Entre os anos de 2011 e 2012, o crescimento foi de
22,89%.
No Polo Setorial da Cadeia do Setor Plástico e Borracha do Oeste observava-se,
em 2012, um salário médio do profissional de R$ 973,63 com crescimento de 18,27%
entre os anos de 2010 e 2011. Entre os anos de 2011 e 2012, o incremento foi de
13,64%.
93%
7%
Polo Setorial da Cadeia da Indústria do Plástico da Região Norte
Polo Setorial da Cadeia do Setor Plástico e Borracha do Oeste
72
Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Tabela 9 - Média salarial e variação por polo9
Polo Setorial
Salário Médio do Profissional do setor
de Plástico e Borracha em Dezembro de
2012
(R$)
Crescimento entre Dezembro de 2010 e Dezembro de 2011
(%)
Crescimento entre Dezembro de 2011 e Dezembro de 2012
(%)
Polo Setorial da Cadeia da Indústria do Plástico da Região Norte
1.182,49 -1,34 22,89
Polo Setorial da Cadeia do Setor Plástico e Borracha do Oeste
973,63 18,27 13,64
Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do MTE (CAGED, Novembro 2012). Nota1: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas pelos Grupos CNAE: 221 e 222. Nota2: Resultado obtido por meio da divisão entre o total de salários pagos no mês de referência pelo número de pessoas empregadas no mesmo mês. Meses de referência: Dezembro 2010, Dezembro 2011 e Dezembro 2012.
Gráfico 19 - Rendimento médio mensal por atividade econômica (R$)
Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do MTE (CAGED, Novembro 2012). Nota1: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas pelos Grupos CNAE: 221 e 222. Nota2: Resultado obtido por meio da divisão entre o total de salários pagos no mês de referência pelo número de pessoas empregadas no mesmo mês. Meses de referência: Dezembro 2010, Dezembro 2011, Dezembro 2012.
4.6 COMPARATIVO DO VAF, SEGUNDO GRUPO DE ATIVIDADE ECONÔMICA E COORDENADORIAS REGIONAIS DO SEBRAE
Valor Adicionado Fiscal (VAF) é um indicador econômico-contábil utilizado pelo
Estado para calcular o índice de participação de uma região no repasse de receita do
Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de
1.182,49
973,63
Polo Setorial da Cadeia da Indústria do Plástico da Região Norte
Polo Setorial da Cadeia do Setor Plástico e Borracha do Oeste
73
Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Serviços de Transporte (interestadual, intermunicipal ou internacional) e de Comunicação
(ICMS) para um determinado ano civil. São consideradas todas as operações com
mercadorias e produtos que constituem fato gerador do ICMS, desde que caracterizadas
como mercadorias ou insumos utilizados na produção ou comercialização; as prestações
de serviços de transportes e comunicação; e as imunes do imposto, tais como operações
com mercadorias ao exterior, operações de prestações de serviços de transporte e de
comunicação para o exterior, as remessas, para outra unidade da Federação, de petróleo,
inclusive lubrificantes e combustíveis dele derivados, e de energia elétrica, quando
destinados à comercialização ou à industrialização, e a circulação de livros, jornais,
periódicos e papel destinado à sua impressão.33
No ano de 2011, o Estado de Santa Catarina arrecadou um VAF de mais R$ 116
bilhões, sendo que para o setor plástico e borracha no mesmo ano o VAF foi de quase R$ 3
bilhões. Estas atividades representaram o equivalente a 2,47% da participação do VAF
catarinense.
Em2011, o Polo Setorial da Cadeia da Indústria do Plástico da Região Norte,
segundo comparativo do VAF, grupo de atividade econômica e coordenadorias
regionais do Sebrae/SC, arrecadou um valor de mais de R$ 101 milhões na fabricação
de produtos de borracha. Em relação à fabricação de produtos de material plástico o
valor foi superior a R$ 1,3 bilhão.
O Polo Setorial da Cadeia do Setor Plástico e Borracha do Oeste, segundo
comparativo do VAF, grupo de atividade econômica e coordenadorias regionais do
Sebrae/SC, recolheu em 2011 um valor de mais de R$ 532 mil na fabricação de produtos
de borracha. Em relação à fabricação de produtos de material plástico o valor foi demais
de R$ 63 milhões.
33
MINAS GERAIS. Secretaria de Estado da Fazenda de Minas Gerais. Disponível em: <http://www.fazenda.mg.gov.br/governo/assuntos_municipais/vaf/nocoes.htm>. Acesso em: 15 ago. 2013.
74
Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Tabela 10 - Valor adicionado fiscal segundo polo e atividade econômica10
Polo Setorial Fabricação de Produtos de
Borracha (R$)
Fabricação de Produtos de Material Plástico
(R$)
Polo Setorial da Cadeia da Indústria do Plástico da Região Norte
101.379.861,33 1.342.594.959,64
Polo Setorial da Cadeia
do Setor Plástico e Borracha do Oeste
532.387,92
63.205.003,58
Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do SEF de SC (Valor Adicionado Fiscal de 2011 por Município e Grupo CNAE). Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas pelos Grupos CNAE: 221 e 222.
4.7 COMPARATIVO DE EXPORTAÇÃO POR POLO, SEGUNDO GRUPO DE ATIVIDADE ECONÔMICA E COORDENADORIAS REGIONAIS DO SEBRAE
Em 2012, o Polo Setorial da Cadeia da Indústria do Plástico da Região Norte,
segundo comparativo de exportação por polo, grupo de atividade econômica e
coordenadorias regionais do Sebrae/SC, exportou um valor perto de US$ 8 milhões na
fabricação de produtos de borracha. Em relação à fabricação de produtos de material
plástico, o valor foi de mais de US$ 32 milhões.
O Polo Setorial da Cadeia do Setor Plástico e Borracha do Oeste, segundo
comparativo de exportação por polo, grupo de atividade econômica e coordenadorias
regionais do Sebrae/SC, exportou em 2012 um valor de quase US$ 10 mil na fabricação
de produtos de borracha. Em relação à fabricação de produtos de material plástico, o
valor foi de mais de US$98 mil.
75
Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Tabela 11 - Comparativo de exportação por polo e atividade econômica11
Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do Ministério do Desenvolvimento (AliceWeb2, 2012). Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas pelos Grupos CNAE: 221 e 222.
4.8 COMPARATIVO DE IMPORTAÇÃO POR POLO, SEGUNDO GRUPO DE ATIVIDADE ECONÔMICA E COORDENADORIAS REGIONAIS DO SEBRAE
Em 2012 o Polo Setorial da Cadeia da Indústria do Plástico da Região Norte,
segundo comparativo de importação por polo, grupo de atividade econômica e
coordenadorias regionais do Sebrae/SC, importou um valor de mais de US$ 15 milhões
na fabricação de produtos de borracha. Em relação à fabricação de produtos de
material plástico, o valor foi de mais de US$ 43 milhões.
O Polo Setorial da Cadeia do Setor Plástico e Borracha do Oeste, segundo
comparativo de importação por polo, grupo de atividade econômica e coordenadorias
regionais do Sebrae/SC, importou em 2012 um valor de mais de US$ 53 milhões na
fabricação de produtos de borracha. Em relação à fabricação de produtos de material
plástico, o valor foi de quase US$ 3 milhões.
Polo Setorial Fabricação de Produtos de
Borracha (USD)
Fabricação de Produtos de Material Plástico
(USD)
Polo Setorial da Cadeia da Indústria do Plástico da Região Norte
7.979.609,00 32.631.510,00
Polo Setorial da Cadeia do Setor Plástico e Borracha do Oeste
9.865,00 98.934,00
76
Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Tabela 12 - Comparativo de importação por polo e atividade econômica12
Polo Setorial Fabricação de Produtos de
Borracha (USD)
Fabricação de Produtos de Material Plástico
(USD)
Polo Setorial da Cadeia da Indústria do Plástico da Região Norte
15.031.562,00 43.733.359,00
Polo Setorial da Cadeia do Setor Plástico e Borracha do Oeste
53.147.159,00 2.923.142,00
Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do Ministério do Desenvolvimento (AliceWeb2, 2012). Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas pelos Grupos CNAE: 221 e 222.
5 TENDÊNCIAS DA ATIVIDADE
5.1 TENDÊNCIAS E PROJEÇÕES DA ATIVIDADE EM NÍVEL INTERNACIONAL, NACIONAL E ESTADUAL
O U
Uma das principais críticas reservadas às indústrias de bioplástico é o emprego
de matérias-primas agrícolas que poderiam ser destinadas à alimentação humana,
além dos seus elevados custos. No entanto, os grandes avanços da biotecnologia e o
crescente número de políticas governamentais que estimulam pesquisas no setor
prometem revolucionar o mercado com lançamentos importantes em termos de
produtos ecoeficientes.
No cenário mundial, a produção de materiais plásticos biodegradáveis não é
uma novidade, já que há alguns anos grandes nomes do setor químico investem em
pesquisas, buscando alternativas para substituir os plásticos sintéticos compostos por
derivados do petróleo. Diversos países, principalmente aqueles situados no Velho
Continente, possuem legislações específicas sobre plásticos biodegradáveis e
compostáveis, e também se esforçam para que a criação de entidades certificadoras
possa favorecer esse âmbito industrial.
A Europa ainda lidera o ranking de investimentos em pesquisas e
desenvolvimento no setor, com mais de 1.600 produtos comerciais certificados, mas
felizmente outros países também se revelaram altamente competitivos. Juntos, o
77
Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Japão e a Austrália registram 1.200 itens certificados; Estados Unidos e Canadá, cerca
de 600; números que representam uma forte demonstração da expansão do mercado.
O conceito de sustentabilidade e o estímulo ao gerenciamento inteligente de
resíduos se tornaram alguns dos principais pilares da indústria europeia. Por tal
motivo, o descarte final de produtos industriais deixou de ser considerado um
problema, transformando-se em uma boa oportunidade de negócios. Isso porque com
a adoção de medidas como coleta seletiva e reciclagem, as indústrias dependerão cada
vez menos de novos recursos não renováveis. Como se não bastasse, por outro lado,
ainda terão à disposição uma interessante fonte de renda, sem que isso comporte
grandes investimentos em outros equipamentos de transformação. Um exemplo é o
reaproveitamento de resíduos, um projeto coordenado por um consórcio chamado
Foodand Drink iNet e integrado por estudiosos britânicos vinculados às universidades
de Leicester, Nottingham, Lincoln e por investidores públicos e privados. A ideia é
transformar em plástico um dos resíduos orgânicos mais populares da indústria
alimentar, ou seja, simples cascas de ovos.
A inovadora proposta de reciclagem concentra-se no estudo das propriedades
dos glicosaminoglicanos (GAGs), que são cadeias polissacarídicas, longas, não
ramificadas, compostas por unidades dissacarídicas repetidas. Em outras palavras,
proteínas ligadas a açúcares, naturalmente presentes nas cascas de ovos e muito
empregadas no campo da biomedicina.
Por serem hidrofílicos, os glicosaminoglicanos aderem-se facilmente às
moléculas de água, hidratando-se e, em consequência, “inchando”. Graças a essa
propriedade, os GAGs desempenham funções importantes, como a proteção da maior
parte dos tecidos humanos. São capazes de conservar uma considerável reserva de
água, de manter constante a pressão de turgescência extracelular, além de permitir
que as cartilagens funcionem como uma espécie de amortecedor.
Esses e outros benefícios conferiram aos glicosaminoglicanos o status de
substanciais aliados da indústria farmacêutica e cosmética, em aplicações delicadas
como regeneração de tecidos, tratamento de patologias como a osteoartrite e
também em produtos de beleza combinados ao ácido hialurônico. Apesar de tantas
vantagens, os glicosaminoglicanos ainda representam um mercado incipiente. Não é
78
Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
raro que os processos de fermentação para a produção de GAG sejam considerados
pouco interessantes para a indústria em razão de sua baixa produtividade e do lento
crescimento dos micro-organismos. Isso é devido, sobretudo, à escassez de fontes
nutrientes e à presença de elementos que inibem o crescimento das biomassas como o
ácido acético, o ácido láctico e a amoníaca.
Tudo indica que o suposto problema, porém, começa a ser superado. O centro
de pesquisas napolitano Bioteknet, na Itália, por exemplo, é capaz de desenvolver
processos de fermentação em biorreatores equipados com inovadores sistemas de
microfiltragem, capazes de remover in situ produtos tóxicos e manter constante o nível
de crescimento de micro-organismos e células. O sucesso desse processo permitiu que
a Bioteknet transferisse essa tecnologia para empresas locais, que hoje produzem
toneladas de polissacarídeos de uso farmacêutico como sulfato de condroitina (CHS),
um dos principais componentes estruturais da cartilagem e ácido hialurônico (HA).34
Em relação à borracha, o ano de 2013 prometia ser mais um ano difícil para a
indústria no Brasil. Não há previsão de grandes investimentos no setor, com exceção
da possível chegada de novos sistemas para atender as novas montadoras desta nova
leva que chega para produzir aqui no Brasil nos próximos anos (principalmente as
asiáticas), e de investimentos no setor dedicado ao petróleo. Incluindo o setor
pneumático, o crescimento real não deve passar de 3%.
A grande mudança tecnológica mundial no setor da borracha em 2013 (e o
Brasil segue de perto essa tendência) foi o crescimento do uso de “pneus verdes”,
baseados em polímeros mais modernos e sílicas de alto desempenho. Com taxas de
crescimento de mais de 10% ao ano, essa tecnologia deve decolar ainda mais com uma
grande mudança mercadológica, que é o início do uso de etiquetas em pneus, para
mostrar ao consumidor com uma só informação como o tripé consumo-segurança-
ruído pode impactar diretamente no seu dia a dia e no meio ambiente. A “rotulagem” já
está em vigor na Europa e nos próximos três anos estará em vários outros países,
incluindo o Brasil.
34
PLÁSTICO. Perspectivas 2013: indústria antevê ano difícil e aposta no avanço no verde. Disponível em: <http://www.plástico.com.br/plástico/borracha/perspectivas-2013-abtb-indústria-anteve-ano-dificil-e-aposta-no-avanco-do-verde>. Acesso em: 19 maio 2013.
79
Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Apesar dos avanços neste setor, as pneumáticas, o setor correlato de reforma
de pneus no qual o Brasil ocupa um importante segundo lugar no mundo e o setor de
borrachas automotivas vem sofrendo os efeitos da recente política protecionista
federal, que tem tornado o produto acabado nacional pouco competitivo, a ponto de
um pneu reformado no Brasil ter custo próximo a um pneu novo de origem asiática.
Em muitos casos, hoje, os custos para importar produtos acabados são menos
da metade dos custos de insumos vitais para produzi-los com a mesma qualidade no
Brasil. Evidentemente, o setor de borracha quer trabalhar junto com a petroquímica
nacional para que ele cresça e mantenha-se atual e competitivo, mas a atual estratégia
aduaneira pode acabar enfraquecendo e desindustrializando outros setores que geram
mais empregos e renda no Brasil.
Menos sensível a esses problemas de competitividade internacional, o
segmento de mangotes, mangueiras e outros artefatos para petróleo e gás promete
ser o de maior crescimento relativo nos próximos anos no Brasil. Várias empresas
estrangeiras estão construindo ou já construíram recentemente fábricas no Brasil para
atuar localmente nesse setor, e este setor deve ultrapassar 10% do total de artefatos
do Brasil em breve.
Na área de borracha natural, apesar dos investimentos contínuos no oeste
paulista, a produção brasileira continua sendo apenas cerca de um terço do consumo
local, e o Brasil representa cerca de 1% da produção mundial. Muito pouco para o país
que foi responsável no século XIX pelo primeiro grande ciclo do uso da seringueira,
conhecida no setor pelo nome científico Hevea brasiliensis.
Olhando um pouco mais à frente o cenário global do setor de borracha, as
previsões são de crescimento contínuo no consumo de borracha natural e sintética.
Em 2012, o consumo esteve na ordem de 26 milhões de toneladas (sendo cerca de 11
milhões de toneladas de borracha natural e 15 milhões de toneladas de sintética) e
para o ano de 2020, a previsão é de 36 milhões de toneladas (16,5 de natural e 19,5 de
sintética). A grande maioria das novas plantas de borracha sintética estará na Ásia,
embora já apareçam novos países produtores no Oriente Médio. Já a produção de
borracha natural continuará crescendo no Sudeste Asiático, principalmente no já
importante Vietnã e nos novos produtores Camboja, Laos e Myanmar.
80
Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Quanto à divisão geográfica do consumo mundial, a China continuará
representando mais de 30%; a Europa tem cerca de 15%; e os EUA, cerca de 13%.35
5.2 OPORTUNIDADE DE MERCADO
Existem oportunidades de mercado, pois os plásticos são materiais baratos,
leves e duradouros e, devido à diversidade de resinas e da versatilidade de suas
propriedades, possuem inúmeras aplicações, destacando-se os setores de embalagens,
construção civil, automobilístico e de eletroeletrônicos.
A indústria de plásticos tem aumentado a cada ano as produções de resinas e
transformados plásticos, seguindo os padrões mundiais de demanda. Destacam-se,
nesse setor: China, União Europeia e Estados Unidos. O Brasil importa parte das
resinas e transformados plásticos consumidos internamente, gerando anualmente um
déficit na balança comercial, mas, ainda assim, é o maior produtor de plásticos da
América Latina.
Como opção favorável de disposição, destaca-se a reciclagem, principalmente a
mecânica, que é a mais incentivada e praticada no mundo. Observam-se índices
crescentes desse processo na União Europeia e nos Estados Unidos. O mesmo ocorre
no Brasil, porém em proporções bem menores. É importante ressaltar que os
diferentes tipos de reciclagem (química, energética ou mecânica) possuem
especificidades próprias, inclusive em termos de custos e, dependendo do tipo de
resina, do grau de mistura de polímeros e da limpeza, essas serão mais bem
processadas por um método ou por outro. Dessa forma, um país não deve incentivar
apenas um método de tratamento com certeza absoluta de sua adequação, mas sim, e
de preferência, utilizá-los complementarmente.
Incentivos governamentais e de organizações, como a promulgação de leis e
adoção de medidas regulatórias, além da instituição de projetos que destaquem a
importância da gestão e disposição de resíduos plásticos são essenciais para que
35
PLÁSTICO. Perspectivas 2013: indústria antevê ano difícil e aposta no avanço no verde. Disponível em: <http://www.plástico.com.br/plástico/borracha/perspectivas-2013-abtb-indústria-anteve-ano-dificil-e-aposta-no-avanco-do-verde>. Acesso em: 19 maio 2013.
81
Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
práticas ambientalmente corretas de tratamentos, como a reciclagem de resíduos
plásticos sejam implementadas.
5.3 AMEAÇAS DE MERCADO
Duas tendências recentes são especialmente importantes: de um lado, o
avanço do tema da sustentabilidade e das suas questões associadas, incluindo a
reciclagem, fenômeno relevante em termos ambientais, com uma importante
dimensão social na realidade brasileira e de outro lado as perspectivas com relação às
matérias-primas.
A criação de alternativas tecnológicas e econômicas para a produção de
matérias-primas renováveis a lastrearem a química verde dos materiais (e da energia)
deverão produzir importantes transformações no quadro que hoje conhecemos.
Destaque para governança e o modelo de gestão dos recursos.
Um problema sério da atualidade é a disponibilidade de matérias-primas
básicas em volumes e condições econômicas adequadas para o desenvolvimento dessa
indústria em condições competitivas globais e, com ela, de todos os segmentos
industriais subsequentes.
O mesmo problema de indisponibilidade (em condições competitivas
internacionalmente) afeta vários outros segmentos industriais dependentes de
matérias-primas de origem petroquímica. Ao problema do plástico soma-se o
problema da energia despendida em sua produção.
O problema das matérias-primas não é exclusivamente brasileiro. Empresas dos
Estados Unidos e da Europa padecem desse mesmo grave problema (embora em
proporções diferentes e com intensidades incomparáveis). Quanto mais uma empresa
petroquímica depende de matérias-primas, e quanto mais ela produz commodities
básicas (quer dizer, mais indiferenciadas, mais próximas da base de recursos), maiores
são os impactos das políticas de atração de investimentos e de valorização dos
recursos dos países com disponibilidade delas, como: Arábia Saudita, Kuwait, Omã e
Qatar.
82
Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Por isso mesmo, as respostas das empresas petroquímicas mais tradicionais
(dos EUA e da Europa) à política de oferta de matérias-primas para atração de
investimentos praticada pelos países do Oriente Médio incluíram as duas extremidades
do espectro, a busca por fontes confiáveis e a bom preço; e a fuga em direção aos
produtos diferenciados, nos quais o custo da matéria-prima influencia menos a
competitividade.36
5.4 OUTROS DADOS RELEVANTES AO SETOR
A indústria brasileira de transformados plásticos, em 2010, exportou 391 mil
toneladas gerando receita total US$ 1.475 milhões. Em comparação ao resultado do
ano anterior, as exportações brasileiras de transformados plásticos apresentaram
crescimento de 39,5% no volume e 24,2% nas receitas. No último decênio encerrado
em 2010, as exportações de transformados plásticos cresceram aproximadamente
230%, numa média de 12,6% ao ano, apenas os anos de 2002 e 2009 não
acompanharam a trajetória de crescimento, pois apresentaram retração de 10,7% e
14,7% na variação anual, respectivamente. O crescimento das exportações de
transformados plásticos foi motivado pela demanda global aquecida e políticas de
estímulo ao setor, como é o caso do Programa Export Plastic.
O programa Export Plastic foi criado em 2003, resultado da parceria entre o
Instituto Nacional do Plástico (INP) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportação e
Investimento (Apex Brasil), com o intuito de que os produtos brasileiros se tornassem
mais competitivos no mercado internacional. Ele representa a união de todos os elos
da cadeia petroquímica brasileira, com o objetivo de fortalecer o setor da
transformação do plástico.
Outro objetivo do Programa é ser reconhecido como o Programa de Promoção
Comercial que posicionará a indústria de transformação plástica brasileira como um
grande player exportador mundial de artigos de plástico.37
36
ABDI. Caracterização da cadeia petroquímica e da transformação de plásticos. São Paulo, 2009. 37
SIMPEP. BNDES cria programa de R$ 700 milhões para a indústria do plástico. Disponível em: <http://simpep.com.br/wp/wp-content/uploads/2011/07/Boletim-SIMPEP-211.pdf>. Acesso em: 20 maio 2013.
83
Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
REFERÊNCIAS
ABDI. Caracterização da cadeia petroquímica e da transformação de plásticos. São Paulo, 2009. ADVFN. Borracha natural: uma commodity de grande destaque socioeconômico e ambiental.Disponívelem:</wiki.advfn.com/pt/Borracha_natural:_Uma_commodity_de_ grande_destaque_socioeconômico_e_ambiental>. Acesso em: 26 maio 2023. A história do plástico. Disponível em:<http://www.nosof.com.br/aros/julho_09/historia _plástico.hl>. Acesso em: 9 jun. 2013. A origem do plástico. Disponível em:<http://pt.scribd.com/doc/65802944/A-ORIGEM-DO-PLÁSTICO>. Acessado em: 7 jun. 2013. BNDES. Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. Disponível em: <http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/export/sites/default/bndes_pt/Galerias/Arquivos/conhecimento/bnset/or.pdf>. Acesso em: 28 abril 2013. BNDES. Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. Plástico. Brasília, 2012. BNDES. Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. Perspectivas do investimento 2010-2013: investimentos e desafios. Brasília, 2009. BRASIL. Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Secretaria de Comércio Exterior. Balança Comercial Brasileira - Municípios. Disponível em: <http:// www.desenvolvimento.gov.br/sitio/interna/index.php?area=5>. Acesso em: 24 abr. 2013. ______. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. PIB dos Municípios. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/servidor_arquivos_est/>. Acesso em: 15 fev. 2012. ______. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. SIDRA. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/ servidor_arquivos_est/>. Acesso em: 16 fev.2012. ______. Ministério do Trabalho e Emprego. Programa de disseminação das estatísticas do trabalho. Bases estatísticas RAIS/CAGED. Fevereiro, 2012. Disponível em: <http://www3. mte.gov.br/pdet /index.asp>. Acesso em: 20 maio 2013.
84
Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
______. Secretaria da Receita Federal. Disponível em: <http://www.receita.fazenda.gov.br/ pessoajuridica/ cnaefiscal/txtcnae.htm>. Acesso em: 4 mar. 2013. CARDOSO, A. C. Estrutura e concorrência do Setor de Plásticos do Norte do Estado de Santa Catarina. Florianópolis, 2004. CARVALHO JR. L. C.; CAIRO, S. A.; SEABRA, F. Polos Industriais do Sul do Brasil: experiências de competitividades e empreendedorismo. Florianópolis: FAPEU, 2007. 202 p. CENNE. Setor de borracha e plástico puxam produção em Santa Catarina. Disponível em:<www.cenne.com.br/2011/03/setor-de-borracha-e-plástico-puxam-producao>. Acesso em: 23 maio 2013. CRQ IV. Borrachas: química e tecnologia. São Paulo, 2012Disponível em:<www.crq4.org.br/quimicaviva_borrachas>. Acesso em: 23 maio 2013. FIESC. Santa Catarina em dados:2012.Florianópolis, 2012. OLIVEIRA, M. C. B. R. Gestão de resíduos plásticos pós-consumo: perspectivas para a reciclagem no Brasil. 2012. Dissertação (Mestrado em Planejamento Energético)- Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2012. PLÁSTICO. Perspectivas 2013:indústria antevê ano difícil e aposta no avanço no verde. Disponível em:<http://www.plástico.com.br/plástico/borracha/perspectivas-2013-abtb-indústria-anteve-ano-dificil-e-aposta-no-avanco-do-verde>. Acesso em: 19 maio 2013. SANTA CATARINA. Governo do Estado de Santa Catarina. Secretaria de Estado da Fazenda. Valor Adicionado Fiscal, Índice de participação dos municípios no produto da arrecadação do ICMS. Florianópolis, 2011. SANTA CATARINA. Governo do Estado de Santa Catarina. Caderno de Indicadores: 2012. Florianópolis, 2012. SEBRAE. Santa Catarina em números: 2010. Florianópolis, 2010.
SIMPEP.BNDES cria programa de R$ 700 milhões para a indústria do plástico. Disponível em:<http://simpep.com.br/wp/wp-content/uploads/2011/07/Boletim-SIMPEP-211.pdf>. Acesso em: 20 maio 2013.
85
Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
ANEXOS
ANEXO A - LISTA DAS CIDADES DA REGIONAL NORTE E QUANTIDADE DE EMPRESAS POR CIDADE
Municípios-Região Norte 2011
Araquari 49
Balneário Barra do Sul 3
Barra Velha 5
Campo Alegre 4
Canoinhas 5
Corupá 5
Garuva 3
Guaramirim 16
Itaiópolis 1
Itapoá 1
Jaraguá do Sul 67
Joinville 238
Mafra 6
Major Vieira 1
Massaranduba 11
Papanduva 9
Porto União 5
Rio Negrinho 17
São Bento do Sul 35
São Francisco do Sul 0
Schroeder 5
Três Barras 3
Total 489
Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do MTE (RAIS, 2011). Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas pelos Grupos CNAE: 221 e 222.
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Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
ANEXO B - LISTA DAS CIDADES DA REGIONAL OESTE E QUANTIDADE DE EMPRESAS POR CIDADE
Municípios-Região Oeste 2011
Abelardo Luz 3
Bom Jesus 1
Chapecó 43
Concórdia 11
Cordilheira Alta 2
Entre Rios 1
Faxinal dos Guedes 4
Herval D’Oeste 0
Ipumirim 0
Itá 1
Lajeado Grande 1
Lindóia do Sul 1
Modelo 0
Pinhalzinho 6
Ponte Serrada 1
São Domingos 3
São Lourenço do Oeste 4
Seara 1
Serra Alta 1
Vargeão 1
Xanxerê 11
Xaxim 4
Total 100
Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do MTE (RAIS, 2011). Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas pelos Grupos CNAE: 221 e 222.
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Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
ANEXO C - LISTA DE POLOS DO ESTUDO NOVA ECONOMIA@SC
Polo Região
Produtos Alimentícios e Bebidas
Polo Setorial da Indústria de Alimentos do Extremo Oeste
EXTREMO OESTE
Polo Setorial da Indústria de Alimentos e Bebidas do Meio Oeste
MEIO OESTE
Polo Agroindustrial do Oeste Catarinense OESTE
Polo Setorial da Indústria de Alimentos do Vale do Itajaí
VALE DO ITAJAÍ
Calçados e Artefatos de Couro
Polo Setorial de Calçados do Vale do Rio Tijucas FOZ DO ITAJAÍ
Polo Setorial de Calçados da Região Sul SUL
Confecção de vestuário e acessórios
Polo Setorial de Confecções da Região Extremo Oeste
EXTREMO OESTE
Polo Setorial da Indústria da Moda Íntima e Praia de Ilhota
FOZ DO ITAJAÍ
Polo Setorial de Confecções Brusque e Região FOZ DO ITAJAÍ
Polo Setorial de Confecções do Vale do Rio Tijucas FOZ DO ITAJAÍ
Polo Setorial de Confecções da Grande Florianópolis
GRANDE FPOLIS
Polo Setorial de Confecções da Região Meio Oeste
MEIO OESTE
Polo Setorial da Cadeia da Indústria Têxtil e de Confecções da Região Norte
NORTE
Polo Setorial de Confecções da Região Oeste OESTE
Polo Setorial de Confecção e Ateliês da Região Sul SUL
Polo Setorial do Setor de Confecções do Vale do Itajaí
VALE DO ITAJAÍ
Polo Setorial do Setor de Confecções de Rio do Sul e Região
VALE DO ITAJAÍ
Construção Civil
Polo Setorial de Construção Civil da Foz do Itajaí FOZ DO ITAJAÍ
Polo Setorial de Construção Civil do Sul SUL
Polo Setorial de Construção Civil da Região de Blumenau
VALE DO ITAJAÍ
Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumaria
Polo Setorial de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumaria do Estado de Santa Catarina
SC
Eletrometalmecânico
Polo Setorial Eletrometalmecânico do Extremo Oeste Catarinense
EXTREMO OESTE
Polo Setorial Metalmecânico da Foz do Itajaí FOZ DO ITAJAÍ
Polo Setorial Metalmecânico do Meio Oeste MEIO OESTE
Polo Setorial da Cadeia do Metalmecânico da Região do Norte Catarinense
NORTE
Polo Setorial Metalmecânico e Aço Inox do Oeste OESTE
Polo Setorial Metalmecânico da Região de Lages SERRA
Polo Setorial de Eletrometalmecânico do Sul SUL
88
Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Polo Setorial Eletrometalmecânico do Vale do Itajaí
VALE DO ITAJAÍ
Polo Setorial Eletrometalmecânico de Rio do Sul e Região
VALE DO ITAJAÍ
Joias e Semi Joias, Bijuterias e Ótica
Polo Setorial de Joias e Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina
SC
Produtos de Madeira
Polo Setorial das Indústrias Madeireiras da Região Meio Oeste
MEIO OESTE
Polo Setorial Madeireiro do Oeste Catarinense OESTE
Polo Setorial das Indústrias de Madeira da Serra Catarinense
SERRA
Móveis
Polo Setorial de Móveis e Aberturas do Extremo Oeste Catarinense
EXTREMO OESTE
Polo Setorial das Indústrias de Móveis da Região Meio Oeste
MEIO OESTE
Polo Setorial de Móveis do Norte NORTE
Polo Setorial de Móveis do Oeste OESTE
Polo Setorial das Indústrias de Móveis da Serra Catarinense
SERRA
Polo Setorial de Móveis e Madeira da Região Sul de SC
SUL
Náutico
Polo Setorial Náutico do Litoral Catarinense SC
Produtos de Borracha e de Plástico
Polo Setorial da Cadeia da Indústria do Plástico da Região Norte
NORTE
Polo Setorial da Cadeia do Setor Plástico e Borracha do Oeste
OESTE
Tecnologia da Informação e Comunicação
Polo Setorial de Tecnologia da Informação da Grande Florianópolis
GRANDE FPOLIS
Polo Setorial da Cadeia da Indústria de Software e TI da Região Norte
NORTE
Polo Setorial de Software e TI da Região Oeste OESTE
Polo Setorial de Tecnologia e Informação do Vale do Itajaí
VALE DO ITAJAÍ
Visão dos Especialistas do Setor de Produtos de Borracha e de Plástico em Santa Catarina
89
CAPÍTULO II - VISÃO DOS ESPECIALISTAS
90
Visão dos Especialistas do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
91
Visão dos Especialistas do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
SUMÁRIO
1 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES _______________________________________ 93 1.1 APRESENTAÇÃO _____________________________________________________ 93 2 ASPECTOS METODOLÓGICOS __________________________________________ 93 2.1 TIPO DE PESQUISA ___________________________________________________ 93 2.2 CARACTERIZAÇÃO DOS SUJEITOS DE PESQUISA _____________________________ 94 2.3 COLETA DOS DADOS __________________________________________________ 95 2.4 LIMITAÇÕES DA PESQUISA _____________________________________________ 96 3 ANÁLISE DOS DADOS _________________________________________________ 96 3.1 CENÁRIO DO MERCADO DE PRODUTOS DE BORRACHA E DE PLÁSTICO EM
SANTA CATARINA ____________________________________________________ 97 3.1.1 Perspectivas de crescimento ___________________________________________ 97 3.2 NECESSIDADES, DIFICULDADES E CONCORRÊNCIA DO SETOR EM SANTA
CATARINA __________________________________________________________ 99 3.2.1 Dificuldades e ameaças enfrentadas pelo setor _____________________________ 99 3.2.2 Situação da concorrência do setor ______________________________________ 102 3.3 OPORTUNIDADES PARA O SETOR DE PRODUTOS DE BORRACHA E DE PLÁSTICO
DE SANTA CATARINA ________________________________________________ 104 3.3.1 Oportunidades de mercado para o setor de Produtos de Borracha e Plástico ____ 104 3.3.2 Expectativas de mercadosconsumidores para o setor de Produtos de Borracha e
de Plástico _________________________________________________________ 106 3.3.3 Percepção do empresário sobre o setor de Produtos de Borracha e de Plástico __ 108 3.4 A SITUAÇÃO DOS ASPECTOS DA LOGÍSTICA PARA O SETOR DE PRODUTOS DE
BORRACHA E DE PLÁSTICO DE SANTA CATARINA __________________________ 110 3.4.1 Infraestrutura logísticado setor de Produtos de Borracha e de Madeira ________ 110 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS _____________________________________________ 113 ANEXOS ________________________________________________________________ 118 ANEXO A - ROTEIRO SEMIESTRUTURADO - FORMADORES DE OPINIÃO _______________ 118
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Visão dos Especialistas do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
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Visão dos Especialistas do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
1 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
1.1 APRESENTAÇÃO
Este relatório de pesquisa aplicada corresponde à análise de entrevistas em
profundidade com lideranças e especialistas do setor de Produtos de Borracha e de
Plástico de Santa Catarina e têm, como objetivo maior, prover informações sobre a
percepção destas lideranças quanto à dinâmica atual do mercado em pauta e procurou
levantar conhecimentos sobre o mercado, os principais problemas ou ameaças
enfrentados pelas empresas, as oportunidades evidentes de mercados e as questões
logísticas do setor neste estado.
O estudo de caráter exploratório foi realizado com 10 especialistas do setor de
Produtos de Borracha e de Plástico atuantes do estado de Santa Catarina, os quais
representam empresas com destaque reconhecido no mercado regional ou com
representantes de entidades de classe, tais como sindicatos e associações.
Este trabalho faz parte da análise de doze setores econômicos no contexto
Catarinense, os quais se dividem em quarenta e sete polos industriais observados em
uma análise conjuntural de conglomerados para fins de embasamento analítico de
mercados, o que subsidia informações para o Programa NovaEconomia@SC.
2 ASPECTOS METODOLÓGICOS
Para o alcance dos objetivos pretendidos pela pesquisa, dada a natureza do
problema a ser trabalhado, o delineamento metodológico a ser seguido consta dos
aspectos descritos a seguir.
2.1 TIPO DE PESQUISA
A pesquisa é caracterizada por método qualitativo de caráter exploratório, em
que se busca conhecer um cenário econômico por meio da percepção dos sujeitos de
pesquisa. O método usado para a coleta de dados foi de entrevista individual em
profundidade, técnica qualitativa que explora um assunto a partir da busca de
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Visão dos Especialistas do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
informações, percepções e experiências de informantes para analisá-las e apresentá-
las de forma estruturada. Realizada por um entrevistador junto a um entrevistado, a
pesquisa representa uma abordagem flexível, que permite ao informante definir os
termos da resposta e ao entrevistador ajustar livremente as perguntas no momento da
entrevista. Procura intensidade nas respostas e não a quantificação ou representação
estatística.
A entrevista em profundidade é uma técnica, um recurso metodológico que
busca nas teorias e pressupostos definidos pelo investigador, recolher respostas a
partir da experiência de uma fonte, selecionada por deter informações que se deseja
conhecer. Desta forma, os dados não são apenas colhidos, mas resultado de
interpretação e reconstrução pelo pesquisador, permitindo explorar um assunto ou
aprofundá-lo, descrever processos e fluxos, compreender o passado, analisar, discutir
e fazer prospectivas38.
Estas características são necessárias para o cumprimento do objetivo deste
trabalho e expressas por meio de aplicação de entrevista com roteiro semiestruturado,
que permite flexibilizar a narrativa da coleta de dados, sem perder consistência das
informações.
2.2 CARACTERIZAÇÃO DOS SUJEITOS DE PESQUISA
Para o cumprimento dos objetivos propostos, em conformidade com as
necessidades expressas pelo Sebrae/SC, foram entrevistados 10 formadores de opinião
para compor a amostra de especialistas do mercado de Produtos de Borracha e de
Plástico de Santa Catarina. Estes especialistas são empresários com experiência no
setor de tecnologia, bem como representantes de entidades de classe que defendem a
categoria.
No caso de entrevistas em profundidade, a literatura assume que a amostra
não tem seu significado mais usual, o de representatividade estatística em
determinado universo e está ligada à capacidade que as fontes têm de fornecer
informações confiáveis. Aqui, especificamente, as fontes selecionadas foram de
38
DUARTE, J; BARROS, A. Métodos e técnicas de pesquisa em comunicação. Ed. ATLAS, São Paulo, 2009.
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Visão dos Especialistas do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
sujeitos com poder suficiente para representar as entidades de classe pelas quais estão
vinculados. A lista dos especialistas entrevistados é descrita a seguir na Tabela 1:
Tabela 1 - Lista de especialistas entrevistados na pesquisa
Participante Cargo ocupado Entidade/empresa representada
Alceu Lorenzon Presidente Sindicato das Indústrias do Material Plástico e Borracha do Oeste
Antonio Carlos Danielli
Diretor Presidente TECNOPERFIL
Luis Carlos Novakoski
Diretor Geral Borrachas ARTBOR
Flávio Pasquali Sócio-Administrador
Plásticos Pasquali
Hilário Wolfgramm Sócio-Gestor HOMEPLAST PERFIS EM PVC
Anselmo Freitas Presidente SINDESC – Sindicato das Indústrias dos Descartáveis Plásticos de SC
Roberto Marcondes de Mattos
Diretor Industrial e Presidente
INPLAC – INDÚSTRIA DE PLÁSTICOS S.A.
Isaldo Pimentel Diretor de Planejamento
Mantac - Tecnologia em Mangueiras, Tubos e
Acessórios
Rubens Giese Presidente SIAPB – Sindicato das Indústrias de Artefatos Plásticos e Brinquedos de Blumenau
Vernon Luis de Campos
Diretor Executivo SIMPESC – Sindicato da Indústria de Material Plástico no Estado de Santa Catarina
Fonte: Dados da pesquisa
2.3 COLETA DOS DADOS
A coleta de dados da pesquisa ocorreu por entrevista pessoal in loco, com
entrevistadores experientes e treinados em técnicas de coleta de dados qualitativas.
As entrevistas ocorreram nas sedes das entidades ou empresas representadas, via
entrevista pessoal ou por meio digital de teleconferência. As entrevistas foram
realizadas entre os meses de janeiro e agosto de 2013 com o consentimento dos
entrevistados registrado no momento das entrevistas, que foram realizadas no tempo
médio de uma hora. Todas as entrevistas foram gravadas para posterior edição.
96
Visão dos Especialistas do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
2.4 LIMITAÇÕES DA PESQUISA
As análises da pesquisa restringiram-se às opiniões e comentários dos
especialistas participantes, mas podem ser aplicáveis às entidades que representam,
formando opinião do mercado de entidades de classe. Os comentários e opiniões
descritos no corpo deste trabalho estão limitados geograficamente à região de Santa
Catarina, exceto para as afirmações sobre o contexto nacional e internacional.
3 ANÁLISE DOS DADOS
Neste capítulo são apresentados os resultados da pesquisa com base no
conjunto de respostas encontradas nas entrevistas em profundidade, bem como
descritas em quatro dimensões em torno das quais esta investigação foi organizada:
percepção do cenário geral do setor em Santa Catarina e Brasil, as dificuldades e
desafios do setor, as oportunidades de mercados e a conjuntura da infraestrutura
logística do setor no estado ou região.
Nota-se que a análise omite os nomes dos entrevistados e apresenta o
resultado do conjunto de apontamentos convergentes (refletem o pensamento da
maioria dos entrevistados) juntamente com os divergentes (observações singulares,
únicas ou distintas daquelas convergentes). Este formato de análise foi escolhido para
preservar as opiniões individuais dos especialistas, destacando o conjunto de respostas
em sua interpretação objetiva.
Apesar da forma individual de contato das entrevistas realizadas entre
pesquisador e entrevistado, é parafraseado o pensamento do grupo de entrevistados
nas análises a seguir, quando pertinente ao contexto. Esta forma de apresentação
inclui o termo “grupo” para representar o pensamento generalizado pelo conjunto de
entrevistas individuais formadas para esta pesquisa.
Antes do início de cada entrevista, uma breve discussão sobre o papel de cada
associação de classe ou entidade representada pelo especialista foi debatida, no
sentido de posicionar e orientar as perguntas e respostas do roteiro semiestruturado
que segue. Como forma de introdução central da pesquisa, após a explicação do seu
97
Visão dos Especialistas do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
objetivo principal, o texto a seguir foi narrado ao entrevistado, dando prosseguimento
nas perguntas-chave.
O objetivo deste roteiro de pesquisa é obter o máximo de insights do especialista entrevistado, sobre o mercado em pauta. A pergunta central é: Quais as deficiências, dificuldades, tendências e oportunidades dos setores industriais (deste Estudo)? A seguir o conjunto de perguntas acessórias deverá ser respondido conforme o seu conhecimento e experiência sobre o mercado específico pelo qual foi contatado. (Texto introdutório do roteiro semiestruturado de entrevistas, 2013).
3.1 CENÁRIO DO MERCADO DE PRODUTOS DE BORRACHA E DE PLÁSTICOEM SANTA CATARINA
Esta parte inicial da análise observa as opiniões dos especialistas entrevistados
quanto à tendência de crescimento ou declínio das atividades econômicas de Produtos
de Borracha e de Plástico no estado de Santa Catarina.
3.1.1 Perspectivas de crescimento
PERGUNTA 1: Em linhas gerais, você percebe que o mercado do setor de
Produtos de Borracha e de Plásticos está em crescimento ou em declínio? Comente os
indicadores ou motivos.
Quando questionados sobre a conjuntura mercadológica do setor de Produtos
de Borracha e de Plásticos em Santa Catarina, é observável a existência de divergências
na percepção dos especialistas. A maior parte do grupo, seis dentre os dez
entrevistados, acredita no crescimento do setor, ao passo que o restante dos
respondentes destaca o evidente declínio do setor de Produtos de Borracha e de
Plásticos no mercado catarinense. Dentro do primeiro grupo, um dos especialistas
observa a necessidade de dividir o setor, para então analisar em profundidade o
mercado de Borracha e de Plásticos no estado, como ilustrado a seguir:
[...] É necessário dividir o setor em plástico de produtos voltados para dentro da indústria ou produtos técnicos - perfis voltados para gôndolas,
98
Visão dos Especialistas do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
ou perfis técnicos para saídas de supermercados e para a indústria automobilística, perfis de extrusão e perfis para injeção - e produtos especialmente para as áreas da construção civil e automotiva. A indústria automotiva e, sobretudo, a construção civil, são destaques de crescimento no país, convergindo com as previsões do empresariado atrelado ao apoio do governo em termos de redução de impostos para o setor automotivo e programas sociais como o “Minha Casa Minha Vida” para o mercado da construção civil. [...]
Neste prospecto, é verificável a associação do crescimento do setor de
Produtos de Borracha e de Plásticos com demais setores da economia nacional, como
cita um dos respondentes, atrelando a ampliação do setor à expansão imobiliária no
país, bem como ao incremento da produção agrícola e industrial no âmbito nacional.
Dentre aqueles que evidenciam a pujança do setor no contexto estadual, um dos
especialistas cita a expansão deste, associada ao movimento da substituição, sendo que o
plástico pode ser o substituto de outros materiais tradicionais, como por exemplo, a
madeira, metais, vidros e materiais ferrosos. Para ele, a leveza do material, associada à
facilidade de trabalho, de produção e o custo inferior tornam o plástico material cada vez
mais difundido e utilizado, especialmente por outros setores da economia (construção
civil, moveleiro, automobilístico, dentre outros), sendo um grande mercado para o setor
por conta da facilidade da fabricação e da produção, bem como devido à rapidez no
desenvolvimento de novos moldes e modelos. Um dos especialistas, por sua vez, percebe
a expansão do setor associada ao aumento da população brasileira, não especificamente
por mudanças no perfil do consumidor. Isto significa mais pessoas consumindo diversos
produtos que fazem uso do plástico, como por exemplo, o setor de alimentos, no
segmento de embalagens.
Por outro lado, quatro dentre os especialistas evidenciam o declínio do setor de
Produtos de Borracha e de Plásticos no estado. Embora seu nicho de atuação tenha vários
produtos destinados à construção civil, um dos respondentes percebe o mercado como
decrescente desde o ano passado, visto a estagnação da demanda do setor da construção
civil por produtos do segmento plástico. Três dos entrevistados creditam ao baixo
crescimento da economia brasileira o momento decrescente vivenciado no setor, como
ilustra o excerto a seguir:
99
Visão dos Especialistas do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
[...] No ano passado, visto a pouca expansão do Produto Interno Bruto Nacional, toda a economia teve uma queda e o setor plástico decresceu meio ponto percentual. Essa queda foi influenciada principalmente pelo fraco desempenho da economia nacional, visto que o mercado de embalagens é diretamente influenciado por indicadores econômicos. [...]
Atrelado à situação econômica do país, a atuação do poder público - tanto
estadual quanto federal - de incentivar a facilitação ao crédito leva um dos
especialistas a questionar esta forma de expandir o setor, visto o alto grau de
endividamento da população. Para o entrevistado, a expansão do crédito facilitado
afugenta o empreendedor, inferindo a insegurança para investir no setor devido a dois
fatores: a incerteza do futuro do mercado do setor devido ao elevado endividamento
da população e a elevação do custo do dinheiro para o empresariado.
3.2 NECESSIDADES, DIFICULDADES E CONCORRÊNCIA DO SETOR EM SANTA CATARINA
Esta parte é referente às necessidades de investimento e descrição dos
problemas e desempenho da concorrência que o setor de Produtos de Borracha e de
Plástico Catarinense enfrenta para atender suas demandas.
3.2.1 Dificuldades e ameaças enfrentadas pelo setor
PERGUNTA 2: Quais seriam as principais dificuldades e ameaças que o setor
de Produtos de Borracha e de Plástico enfrenta em Santa Catarina? E no Brasil?
Para os entrevistados, as dificuldades e ameaças que as empresas enfrentam
para crescer são grandes e diversificadas, provenientes de diferentes origens. Algumas
destas dificuldades são de cunho regional e outras atingem todo o segmento de
Produtos de Borracha e de Plásticos em Santa Catarina. Dentre as diferenças regionais,
o Oeste do estado é penalizado geograficamente, segundo a análise de um dos
especialistas, como ilustra o excerto a seguir:
100
Visão dos Especialistas do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
[...] Pelo visto nos debates e reuniões, o crescimento na região Oeste do estado é sempre inferior às regiões litorâneas do estado. Um dos fatores para este quadro é a distância entre o Oeste e o restante do estado, associado a uma infraestrutura defasada na região. A matéria-prima é proveniente de outras regiões, bem como o destino da produção e somadas à falta de qualificação do profissional local, o custo para o produtor do Oeste Catarinense é superior ao custo do empresariado do restante do estado, imprimindo a este, perda de competitividade em âmbito estadual. [...]
Por outro lado, referente às dificuldades enfrentadas pelo empresariado
catarinense como um todo, o maior percalço segundo oito dentre os dez especialistas é o
monopólio na aquisição de matéria-prima, destacado como ameaça ao desenvolvimento
do setor no estado.
[...] A aquisição de resinas plásticas caracteriza-se atualmente por um monopólio no estado, visto a dependência praticamente exclusiva de um único fornecedor. Deste modo, a elevação do preço deste fator produtivo dificulta a expansão do setor. A ameaça é caracterizada seguindo a premissa da continuidade neste perfil do fornecimento, e o aumento do custo desta matéria-prima é uma ameaça ao setor. O micro e pequeno empresário não têm como importar matéria-prima e desta forma, é perceptível a sensação de vulnerabilidade frente a esta dificuldade. Entendemos a posição da empresa nacional em busca da afirmação no mercado, entretanto existem questionamentos sobre os motivos do fornecedor nacional ter um preço maior do que o importado. [...]
O conjunto de legislações brasileiras é destacado como ameaça para o setor de
Produtos de Borracha e de Plásticos. Quatro dentre os dez especialistas citam o
descompasso da legislação trabalhista com as necessidades do empresariado como
entrave para o setor. Já acerca da legislação tributária, oito dos entrevistados
qualificam esta como obstáculo para o empresariado, devido à elevada carga tributária
brasileira, e um dos especialistas cita o sistema de Substituição Tributária implantado
no país como entrave à expansão do setor no país, como ilustra o trecho a seguir:
101
Visão dos Especialistas do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
[...] Com a implantação da Substituição Tributária no país, é necessário antecipar os impostos. Este fator é um percalço ao empresariado do setor, visto o peso desta antecipação para o fluxo de caixa do empreendedor e, concomitantemente, acarreta o aumento do custo para clientes que estão no sistema integrado de pagamento de impostos e contribuições das microempresas e empresas de pequeno porte, o SIMPLES. [...]
Outro problema citado por quatro dentre os respondentes é a escassez de mão de
obra qualificada para o setor. Neste prospecto, um dos entrevistados cita como
característica do brasileiro não mostrar engajamento e comprometimento com o
trabalho, destacando o Seguro Desemprego como benesse oferecida pelo governo, ao
invés de ser um auxílio ao trabalhador que perdeu o emprego. Assim, este especialista cita
que o benefício governamental tem servido àqueles que não têm comprometimento com
o trabalho e utilizam-se deste benefício de forma errônea, afetando negativamente o
setor produtivo. Dois especialistas, por sua vez, citam a variação da taxa de câmbio como
ameaça para o produtor brasileiro.
Acerca de dificuldades e ameaças dentro do setor de Produtos de Borracha e
de Plásticos, um dos entrevistados traça um panorama geral do cenário incidente
sobre o produtor catarinense, como ilustra o seguinte trecho:
[...] É possível afirmar as semelhanças das dificuldades tanto no estado quanto no país incidentes ao setor. A primeira dificuldade perceptível para o setor é a falta de infraestrutura adequada. Além desta, outros limitantes ao desenvolvimento do segmento são a alta carga tributária brasileira e a flutuação cambial, esta última propulsora de importações. O custo tanto da matéria-prima quanto da mão de obra no nosso país é muito alto. O governo protege o setor das importações de matéria-prima, e desta forma dificulta a disputa com o monopólio no fornecimento destas. Para mim, a maior dificuldade ao setor está no conjunto destes fatores, que são muitos, entretanto, estes são homogêneos ao país como um todo, sem maiores diferenciações entre os estados brasileiros. Acerca do alto custo da mão de obra, é possível citar a defasagem da legislação trabalhista brasileira, sendo o maior problema desta os altos encargos relativos à contratação do profissional. [...]
102
Visão dos Especialistas do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
3.2.2 Situação da concorrência do setor
PERGUNTA 3: Comente sobre a situação atual da concorrência deste setor
(Produtos de Borracha e de Plástico) na região de Santa Catarina, Brasil e mundo.
A concorrência está presente no setor de Produtos de Borracha e de Plástico,
de acordo com a percepção da totalidade dos entrevistados. Dentro deste cenário, um
dos especialistas relata o motivo da extensiva concorrência dentro do setor, como
ilustra o trecho a seguir:
[...] A concorrência é típica do nosso setor, porque para montar uma indústria de plástico não é necessário um investimento elevado, sendo observável a facilidade para o início das atividades no setor. Este fator faz com que o setor de Produtos de Borracha e de Plástico seja um dos setores com maior proliferação em número de empresas. [...]
Quatro dos especialistas citam a concorrência como fator absolutamente
necessário para o crescimento e para a evolução do setor. A existência da concorrência
infere a busca por melhorias na cadeia produtiva, tanto em qualidade, atendimento
quanto em agilidade. O consumidor brasileiro elevou seu poder aquisitivo na última
década e concomitantemente à elevação do porte financeiro deste, elevou-se a
exigência pela qualidade dos produtos buscados.
[...] Acho que a concorrência é salutar, estão todos trabalhando com bastante lealdade. O nosso setor é um setor onde a sonegação é muito baixa, porque atendemos a indústria e as indústrias precisam das notas, dos créditos dos impostos, então a concorrência em si não é desleal. O maior patrimônio de uma empresa não é a máquina, é o ser humano. O estímulo, o incentivo, o conhecimento, não ter medo de ensinar são importantes para o desenvolvimento do setor. As empresas que não fazem a lição de casa e não se preocupam muito com estes fatores correm o risco de serem sobrepujadas. Faz parte do processo de competitividade, na concorrência leal e sadia. [...]
A contraponto, três dos respondentes citam a existência da deslealdade na
concorrência dentro do setor, advinda da informalidade. Para um destes especialistas,
103
Visão dos Especialistas do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
a deslealdade ainda é característica forte no setor, e como consequência prejudica a
expansão do produto daqueles que seguem as normas vigentes.
Acerca da procedência da concorrência incidente ao setor, seis dentre os
especialistas relatam o mercado externo como origem deste fator. A concorrência
internacional consegue entrar com preços mais competitivos no mercado brasileiro,
principalmente o produto chinês. O antigo dogma acerca da falta de qualidade deste
produto foi superado e é verificável que a qualidade acompanha estes produtos
atualmente. A carga tributária brasileira influencia na elevação do preço do produto
local e infere perda de competitividade frente a estes produtos, mesmo dentro do
mercado interno. Tratando-se da busca de matéria-prima estrangeira para fazer frente
ao monopólio do fornecimento local, um dos especialistas cita que até pouco tempo
atrás alguns empresários conseguiam importar devido ao incentivo estadual em
relação à importação da matéria-prima, bem como em função da cotação favorável do
dólar para isso. Todavia, atualmente é observável a dificuldade nesta realidade,
porque para se obter vantagens nas compras de fornecedores externos deve haver
volume de compra, além de capital e crédito. Neste prospecto, a importação não é
interessante aos olhos do pequeno e do médio empresário, como destaca o
respondente. Por outro lado, dois dos especialistas citam a origem da concorrência no
mercado interno brasileiro, com destaque a concorrência no próprio estado, com
grande parte dos players localizados em Joinville. Além da concorrência local, dois
outros núcleos são citados como procedência da concorrência do produto catarinense:
o núcleo do setor na região de Caxias do Sul - RS e outro núcleo em São Paulo.
Um dos entrevistados caracteriza a indústria do setor no estado como
encurralada entre dois tipos de concorrência: a forte competição com o produto
chinês e a falta de concorrência no fornecimento de matéria-prima para o produtor.
A visão de um especialista busca traçar um panorama da concorrência no setor,
como ilustra o excerto a seguir:
[...] A concorrência nacional é definida pela competitividade conquistada pelo empreendedor, seja tanto na gestão, quanto na inovação dos processos ou dos produtos. As empresas catarinenses têm conseguido status de referência em termos nacionais. Em termos mundiais, a competitividade de matéria-prima há alguns anos provinha do
104
Visão dos Especialistas do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
continente asiático, entretanto nos últimos anos esse nicho tem se voltado para o mercado norte-americano, que tem recuperado a vanguarda na produção e no custo de matérias-primas. Em relação ao produto final, a competitividade chinesa tem se mostrado realmente forte e os seus produtos vem adentrando facilmente no mercado brasileiro, sendo um grande concorrente do produto brasileiro. [...]
3.3 OPORTUNIDADES PARA O SETOR DE PRODUTOS DE BORRACHA E DE PLÁSTICO DE SANTA CATARINA
Esta parte da análise abrange as oportunidades de mercado, mercados
emergentes e de consumidores que o setor de Produtos de Borracha e Plástico
Catarinense tem demandado.
3.3.1 Oportunidades de mercado para o setor de Produtos de Borracha e Plástico
PERGUNTA 4: E quais seriam as maiores ou mais interessantes oportunidades
de mercado que você percebe para este setor? Percebe diferenças regionais? País?
Mundo? Comente.
Tratando-se de oportunidades para as empresas de Produtos de Borracha e de
Plástico em Santa Catarina, é verificável a vasta gama de opções levantadas pelos
especialistas. Dentre o grupo dos respondentes, dois citam a ausência de um
segmento específico com mais oportunidades do que os outros, todavia destacam
como norte ao empresariado local a busca pela competitividade, fator que perpassa a
modernização e inovação, através de investimentos em novas tecnologias e novos
equipamentos. Para estes formadores de opinião, existem condicionantes externos a
este investimento, tais como políticas de governo, infraestrutura, bem como
financiamentos com juros competitivos e em longo prazo. Neste prospecto, a
industrialização caracteriza-se como meio de otimizar a produtividade com o menor
uso de recursos possível, postulando-se como grandes oportunidades ao
empreendedor catarinense. O trecho a seguir demonstra este intento:
105
Visão dos Especialistas do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
[...] Quando se trata de uma tecnologia totalmente nova e única, você pode cobrar o preço desejado desde que haja interesse em alguém adquirir o seu produto. Estou falando de inovações, aprimoramento daquilo que já existe. Trazer novidades, design e funcionalidade são oportunidades para o setor. A inovação traz muitas oportunidades para o plástico. [...]
Dentre os especialistas entrevistados, quatro citam a complementaridade do
setor com outros setores da economia como oportunidade de expansão para o
empresariado de Produtos de Borracha e de Plástico. Neste quadro, um dos
respondentes cita a atuação do empreendedor local voltado à construção civil, à
indústria metalmecânica, bem como ao setor Náutico. Exemplo da ação em outros
setores é a busca pela oferta de produtos alternativos para as construtoras no
programa “Minha Casa, Minha Vida”, como destaca um dos respondentes.
Outra oportunidade destacada por quatro dos entrevistados é o
direcionamento para a atuação referente a uma questão de pertinência ímpar no
contexto atual: a sustentabilidade. Esta questão perpassa pela eliminação de
desperdícios, bem como pela otimização dos processos, evitando dispêndios na cadeia
produtiva. Existe uma evolução dos processos e dos produtos, e esta evolução ocorre
em função de demandar menos do planeta. A mecanização do setor corrobora com
este intento e um dos entrevistados destaca como oportuna a adequação do mercado
ao plástico verde, derivado da cana-de-açúcar. Tratando-se de insumos, como
oportunidade para fazer frente ao monopólio do fornecimento de matéria-prima, dois
especialistas destacam a possibilidade da importação deste fator produtivo. É factível a
dificuldade desta ação para pequenos e médios empresários, inclusive pelo
desconhecimento desta área. Todavia, o estudo de viabilidade de importação é o meio
para a compreensão e a adequação a funções de crédito, formas de pagamentos e
transações comerciais entre países, como destaca um especialista.
Igualmente, dois entrevistados citam a busca por novas regiões consumidoras
como oportuna ao empresariado do setor, com uma estratégia específica para a
inserção a outras regiões do país. Neste prospecto, o excerto a seguir ilustra a busca
pelos mercados das regiões Norte e Nordeste:
106
Visão dos Especialistas do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
[...] A produção está se descentralizando e estão surgindo novas oportunidades no Norte e Nordeste, com menor custo de frete, e hoje este fator é decisivo para competição. Estas regiões são quentes o ano inteiro e neste contexto é necessário buscar mercados que consomem descartáveis o ano inteiro, onde faz calor o ano inteiro, onde bebe água o ano inteiro. [...]
Especificamente acerca da região Oeste, um dos entrevistados faz relevante
análise acerca da criação de um polo de reciclagem de plástico, remontando ao
conceito de sustentabilidade anteriormente citado. O excerto a seguir caracteriza o
pensamento deste acerca de oportunidades neste prospecto.
[...] A região Oeste, por sua vez, criou um polo de reciclagem de plástico. Todavia, há dificuldade na aquisição de matéria-prima e neste quadro, cabe ao empresariado buscar com o poder público soluções para o problema, visto que a municipalidade, por vezes, não faz coleta seletiva do lixo e impossibilita a expansão do segmento da reciclagem no setor. O resíduo urbano não é utilizado como matéria-prima no estado, todavia deveria ser. A transformação daquilo que seria lixo em matéria-prima para as empresas é uma força para a geração de empregos, arrecadação de tributos e o desenvolvimento da sustentabilidade no estado. [...]
A partir da análise dos relatos dos especialistas, é verificável a vasta gama de
opções levantadas como oportunidades para o desenvolvimento e para a expansão do
setor. Portanto, a busca pela ampliação do parque fabril local e a busca pela
qualificação da produção são fatores preponderantes para a expansão de Produtos de
Borracha e de Plástico no estado, visto a agregação de valor atribuída a estas
melhorias.
3.3.2 Expectativas de mercados consumidores para o setor de Produtos de Borracha e de Plástico
PERGUNTA 5: E quanto às expectativas de novos mercados consumidores para
este setor? Comente também por região, país e mundo, se puder.
107
Visão dos Especialistas do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Acerca de expectativas de novos mercados consumidores, a percepção do
empresariado perpassa, mormente, a expansão para outras regiões do país. Metade
do grupo dos especialistas destaca as regiões Norte e Nordeste como atrativas para
novos mercados. Geograficamente falando, esta é a realidade para o setor e pelo
intuito do empresariado, a intensificação da atuação nestas áreas é preponderante
para o desenvolvimento do setor. O excerto a seguir demonstra um dos fatores
atribuídos a estas regiões como fator atrativo destes mercados: a linearidade do
consumo dos produtos descartáveis.
[...] Geograficamente, as regiões que são colocadas como grandes nichos de mercado consumidor para o setor de Produtos de Borracha e de Plástico são as regiões Norte e Nordeste. Estas regiões são caracterizadas por clima quente durante o ano inteiro, praticamente inexistindo inverno nestas áreas. Desta forma, a sazonalidade no consumo de descartáveis vista tanto na região Sul quanto na região Sudeste não é característica do consumo destas regiões, associando linearidade à demanda nestes mercados. [...]
Como expansão a novos mercados, um dos especialistas cita ainda a
extrapolação do produto catarinense para a totalidade da região Sul, sendo que tanto
o Paraná quanto o Rio Grande do Sul são estados com grandes polos de produção do
setor de Borracha e de Plásticos. Assim sendo, estes novos mercados situam-se na
linha da produção de peças automotivas, máquinas agrícolas, equipamentos e
indústria naval. Ainda no prospecto de atuação frente a necessidades de outros
setores, a flexibilidade faz do plástico uma matéria-prima com uso em diversas
aplicações, sendo a complementaridade que os Produtos de Borracha e de Plástico
têm frente a outros setores postulada como relevante para a expansão do ramo. Neste
contexto, o excerto a seguir relata esta intersecção:
[...] A nossa região, com a instalação do novo polo automobilístico, indubitavelmente, terá grandes oportunidades no mercado do plástico. No Brasil, existem dois setores pujantes da economia: a construção civil, com crescimento constante, e que neste aspecto, demanda abundantemente da produção do nosso setor; e a indústria agrícola, impulsionada pela automatização do setor, urge cada vez mais produtos plásticos. Estes mercados têm boas tendências de crescimento e
108
Visão dos Especialistas do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
proporcionalmente, o crescimento no consumo do nosso produto é inserido neste contexto. [...]
Ademais, pelo relato dos especialistas, é verificável que uma referência para o
setor de Produtos de Borracha e de Plástico é a inovação e o desenvolvimento do
centro tecnológico de pesquisa para aplicação do plástico. A partir do momento que o
produtor catarinense tiver maior leque de produtos, com o correto atendimento à
demanda consumidora, a construção de novos mercados é solidificada pela qualidade
da produção local. Neste contexto, um dos entrevistados cita a necessidade que o
produtor local tem de adequar-se ao intento do consumidor, suprindo os seus desejos,
por mais específicos que sejam. O trecho a seguir ilustra este pensamento:
[...] Hoje temos produtos voltados para câmaras frigoríficas e caminhões frigoríficos, que até pouco tempo atrás eram produtos em metal. Nós temos o produto que faz o arredondamento entre a parede e o piso, seja na construção civil, seja numa câmara frigorífica ou no caminhão frigorífico. São demandas que vão surgindo, por necessidades específicas onde o plástico tem uma aplicação melhor, e cabe ao empreendedor suprir esta necessidade e adequar-se ao mercado. [...]
3.3.3 Percepção do empresário sobre o setor de Produtos de Borracha e de Plástico
PERGUNTA 6: Na sua opinião, como o empresariado percebe este setor na
conjuntura atual? Quais suas expectativas e/ou frustrações?
A partir dos relatos dos especialistas entrevistados no setor de Produtos de
Borracha e de Plástico de Santa Catarina, elucidam-se suas frustrações e expectativas
acerca da conjuntura atual do setor. Percebe-se a proeminência de frustrações,
exacerbada por oito dentre os dez respondentes. Dentre as queixas incidentes ao
setor, cinco delas referem-se direta ou indiretamente ao descaso do poder público em
relação à demanda do empresariado. A primeira delas, destacada no trecho abaixo,
refere-se à visão negativa da sociedade acerca do empresário, destacando o
empreendedor como vilão e não como propulsor do crescimento econômico nacional.
109
Visão dos Especialistas do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
[...] Geralmente, quando o momento é favorável ao crescimento econômico nacional, o poder público volta as atenções ao empresariado. Todavia, quando o momento é negativo economicamente para o país, a primeira atitude do governo é aumentar a arrecadação e neste cenário, o empresariado é o primeiro a sofrer as consequências. Antigamente era motivo de orgulho dizer que a minha profissão era ser empresário, existia valorização por parte da sociedade. Atualmente o empresário é considerado vilão pela sociedade, visto como explorador do povo e que tem dentre as suas funções sustentar o governo. A união destes fatores infere desânimo à classe empresarial e isto é perigoso. O sentimento do empresariado perpassa a falta de perspectivas em relação ao poder público. [...]
O baixo crescimento econômico do país infere incertezas acerca do
desenvolvimento do setor. Neste cenário evidencia-se o descaso do poder público com
a demanda do empresariado de Produtos de Borracha e de Plástico, intercedendo
exclusivamente em favor de outros setores da economia brasileira, como
exemplificado na redução e/ou exoneração de impostos apenas para setores
específicos, não para a totalidade do empresariado. Por outro lado, a frustração do
empresariado perpassa inclusive o monopólio do fornecimento de matérias-primas
para o setor, devido a apreensão dos empresários frente à manutenção dos preços
desta matéria ou a possível elevação destes, visto a ausência do fator concorrência na
oferta de matéria-prima para o estado de Santa Catarina e o Brasil. Outro fator
destacado por um dos especialistas diz respeito à concessão de crédito facilitado pelo
governo, fator que para este pode estar manipulando o consumo no país, sem as
alterações necessárias na estrutura da gestão pública, tributária e política. O excerto a
seguir aclara esta ideia:
[...] O consumidor brasileiro é impulsionado pelo governo a consumir e desta forma, acredita-se na expansão contínua da economia nacional. Entretanto, é necessário estar atento a este consumo desenfreado, visto que o momento econômico brasileiro não é tão positivo como prega o governo. [...]
Acerca de expectativas para o setor de Produtos de Borracha e de Plástico, dois
entrevistados citam o crescimento do país na última década como fator
110
Visão dos Especialistas do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
preponderante para a entrada de grande massa populacional na faixa de consumo e,
consequentemente, destacam este crescimento como oportunidade de ganhos para o
empreendedor do segmento. Este fato denota a perspectiva de melhorias para o setor,
visto o ganho real do poder aquisitivo da população, buscando por produtos de
qualidade, destacando este novo mercado consumidor como a engrenagem para a
economia brasileira, de acordo com um dos especialistas. O associativismo é citado
como ponto positivo para o empresariado do setor, visto que a união entre os
empresários atribui a estes maior poder de barganha perante suas demandas. O
trecho a seguir ilustra esta ideia:
[...] Quanto ao associativismo das empresas, creio que precisa ser viabilizado para somar e todos ganharem com isto. O ideal seria a intermediação de algum órgão superior ou mesmo o sindicato patronal e tentar trazer os empresários para uma mesa conjunta. [...]
Apesar das adversidades incidentes ao setor, um dos entrevistados cita o
otimismo por parte do empresariado, visto a vasta gama de oportunidades de
crescimento e expansão para o setor. A adequação do negócio à realidade da demanda
deve pautar a ação do empreendedor catarinense e é necessário que haja
preocupação constante com a inovação dos processos, a criação de novos produtos
devido à ampla aplicabilidade do plástico.
3.4 A SITUAÇÃO DOS ASPECTOS DA LOGÍSTICA PARA O SETOR DE PRODUTOS DE BORRACHA E DE PLÁSTICO DE SANTA CATARINA
Esta última parte da análise procura integrar as percepções dos entrevistados
sobre aspectos da infraestrutura logística que atende ao mercado de Produtos de
Borracha e de Plástico.
3.4.1 Infraestrutura logística do setor de Produtos de Borracha e de Madeira
PERGUNTA 7: Como está a infraestrutura logística deste setor? Bem ou mal
estruturada? Com muitos ou poucos players (fornecedores, intermediários,
111
Visão dos Especialistas do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
varejistas, consumidores)? O que seria, neste caso, uma boa infraestrutura para
atender às demandas atuais e futuras?
A gestão da cadeia logística (do inglês: Supply Chain Management)39, também
conhecida como gestão da cadeia de suprimentos ganhou bastante popularidade,
apesar de existir confusão sobre o seu significado. Esta noção é comumente utilizada
como um substituto de logística. No entanto, a definição de gestão da cadeia logística
é mais abrangente que o conceito de logística.
Na cadeia logística padrão, as matérias-primas são procuradas e os bens são
produzidos em uma ou mais fábricas, transportadas para depósitos como
armazenamento intermédio, e depois transportadas para os atacadistas distribuidores
e/ou clientes. A cadeia logística consiste de fornecedores, centros de fabricação,
armazéns e centro de distribuição, assim como matérias-primas, produtos no processo
de fabricação, e produtos finais que circulam entre as fábricas e os consumidores.
Neste prospecto, os entrevistados foram instigados a comentar sobre a
condição atual da infraestrutura logística do setor, seus atores e sobre qual seria a
estrutura desejada para atender as demandas atuais e futuras.
Acerca da cadeia logística, ou seja, o conjunto entre fornecedores, os canais de
venda e os meios de transporte, percebe-se por meio dos relatos dos especialistas a
crença na debilidade desta em relação à demanda do empresariado catarinense, de
acordo com oito dentre os dez entrevistados. Um dos entrevistados cita a localização
geográfica de Santa Catarina como percalço ao desenvolvimento econômico local,
devido à distância do produtor em relação a fornecedores de matéria-prima, bem
como em relação aos grandes centros consumidores. Neste prospecto, o excerto a
seguir demonstra a preocupação de um dos especialistas quando questionado acerca
da infraestrutura logística do setor:
[...] Santa Catarina é um estado com uma das piores infraestruturas do Brasil. O estado tem elevado potencial econômico, entretanto não tem ferrovias, hidrovias e nem boas rodovias. A vantagem que nós temos é o grande número de portos, sendo uma das poucas vantagens em questão
39
CHOPRA, Sumil e MEINDL, Peter. Supply Chain Management: Strategy, Planning, and Operation.
New Jersey: Prentice-Hall, Inc., 2001.
112
Visão dos Especialistas do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
de logística. E quanto à distância, não estamos na melhor posição para distribuir e atingir o mercado nacional, nós estamos numa ponta do país, quase no extremo. Não estamos bem localizados geograficamente quanto ao mercado nacional. Nós preferiríamos ter todas as estradas com pedágio e com qualidade a ter que conviver com a precariedade vista nas rodovias do estado. [...]
Um dos entrevistados cita a semelhança tanto nas dificuldades quanto nas
benesses da logística local e da logística nacional. Os entraves vistos para a distribuição
são os mesmos em todo o país, sem particularização das críticas. A infraestrutura
logística nacional é citada como um gargalo para o desenvolvimento do país por um
dos entrevistados visto a dependência quase exclusiva de um modal defasado, o
rodoviário. Ademais, na questão relativa a fornecedores é perceptível o
descontentamento dos especialistas, em sua maioria, devido à existência de um
monopólio na venda dos insumos para o setor. Outro entrevistado cita a deficiência
estrutural na educação do país como impeditivo ao crescimento sustentado do setor,
como demonstra o trecho a seguir:
[...] Acerca da infraestrutura básica, como supracitado, existe o percalço referente à mão de obra. Nós temos duas competências fortes na região: o setor metalmecânico e o plástico, e no mínimo deveriam existir cursos técnicos voltados para estas áreas. Estamos contratando funcionários que não têm nem o nível básico de educação porque não atingiram a maioridade para ingressar no supletivo. Isto faz parte da infraestrutura, infraestrutura da educação, infraestrutura de mobilidade. Uma boa infraestrutura para atender a demanda do empresariado seria a educação voltada ao crescimento e valorização do trabalho e da produtividade. [...]
Por outro lado, dois especialistas acreditam na adequação da infraestrutura
logística perante a necessidade do empresariado do setor de Produtos de Borracha e
de Plástico. Um deles cita o trabalho específico nas regiões Sul e Sudeste e desta
forma, o modal rodoviário é suficiente para sanar a demanda do setor. Acerca dos
canais de distribuição, este cita a possibilidade de encontrar bons varejistas
trabalhando no setor, bem como o trabalho em conjunto com representantes, além da
venda direta com o cliente. Neste prospecto, a adequação do empresariado à
113
Visão dos Especialistas do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
realidade logística nacional faz-se necessária para a possibilidade de expansão dos
negócios, sem a ampliação dos riscos para o empreendedor.
Acerca de opções e alternativas ao modal rodoviário, três respondentes citam a
inserção do modal ferroviário à cadeia logística nacional, ao passo que outro
especialista cita a ampliação e a melhoria do transporte marítimo no estado como
meios de reduzir o dispendioso transporte do produto do setor. Os trechos a seguir
ilustram este cenário:
[...] Além da debilidade rodoviária, do alto custo da energia e da falta, inclusive, de caminhões, é visível a inadequação da utilização dos portos nacionais para o escoamento da produção. O transporte marítimo seria uma melhoria significativa para o setor, no tocante à logística no processo de distribuição do produto, além da facilitação na aquisição de matérias-primas. Atualmente, o modal é rodoviário, fator este que dificulta e muito a nossa atuação, visto os inúmeros problemas relativos a este segmento logístico, como a precariedade das rodovias e além desta, a falta de caminhões para efetuarem o transporte da produção em questão. [...]
[...] A melhor solução para nossa indústria seria um transporte diferenciado como o trem, por exemplo, que é próprio para volumes maiores. [...]
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com a interpretação das opiniões dos especialistas entrevistados buscou-se
objetivamente identificar e descrever quais as deficiências, dificuldades, tendências e
oportunidades da indústria de Produtos de Borracha e derivados de Santa Cantarina.
As informações coletadas e descritas neste relatório tencionam a formar um panorama
econômico deste setor para que apontamentos possam ser realizados em ações de
fomento ao mercado. Em geral, identificou-se com a pesquisa que:
Para seis dentre os dez especialistas, o setor de Produtos de Borracha e de
Plásticos apresenta viés crescente no mercado. É possível associar o
crescimento do setor com demais setores da economia nacional, atrelando a
ampliação do setor à expansão imobiliária no país, bem como ao incremento
114
Visão dos Especialistas do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
da produção agrícola e industrial no âmbito nacional. Ademais, a
substituição de madeira, metais e outros materiais por plástico postula-se
como possibilidade de expansão no consumo do produto do setor. A
contraponto, quatro entrevistados acreditam no declínio do setor, três
destes devido à estagnação econômica nacional, enquanto o quarto percebe
o mercado como decrescente visto a estagnação da demanda do setor da
construção civil por produtos do segmento plástico.
Entre as ameaças destacadas pelos especialistas para o setor de Produtos de
Borracha e de Plásticos estão: (1) dificuldade na aquisição da matéria-prima
do setor, devido ao monopólio existente no mercado; (2) legislações
incidentes sobre o setor, tanto trabalhista quanto tributária, onerosas e
dispendiosas ao empreendedor; (3) escassez de mão de obra qualificada
para atender a demanda do empresariado. Um dos entrevistados, por sua
vez, destaca a penalização do Oeste do estado devido à sua localização
geográfica, dificultando toda a cadeia produtiva, desde a aquisição de
matéria-prima até o escoamento da produção.
A concorrência é típica para o setor estudado, devido ao baixo investimento
necessário para a implantação da uma indústria de plásticos, por exemplo.
Assim, é perceptível a existência da concorrência dentro do setor, sendo que
quatro especialistas percebem-na como fator salutar ao desenvolvimento
qualitativo do setor, inferindo a necessidade de constante inovação nos
processos e nos produtos. Por outro lado, três entrevistados citam a
informalidade no setor como obstáculo ao crescimento do setor,
prejudicando a expansão do produtor formal, que trabalha de acordo com
as regras estabelecidas. Outrora reconhecido pela falta de qualidade do seu
produto, o mercado chinês adentrou ao mercado nacional com preços
competitivos e quebrando este dogma, segundo relato de seis entrevistados.
Além da concorrência externa, dois respondentes citam a concorrência local
como procedência da concorrência do produto catarinense. Para um
especialista, as empresas catarinenses são referência em termos nacionais e
115
Visão dos Especialistas do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
a concorrência deve pautar-se pela competitividade conquistada tanto na
gestão quanto na inovação dos processos ou dos produtos.
Acerca de oportunidades para as empresas de Produtos de Borracha e de
Plástico em Santa Catarina, é verificável a vasta gama de opções levantadas
pelos especialistas. Dois respondentes citam a busca pela competitividade,
perpassando a modernização como oportunidades de expansão do setor. A
otimização da produtividade provém da industrialização dos procedimentos,
sendo atraente para o empreendedor local. Ademais, a complementaridade
do setor em relação a outros setores da economia catarinense é destaque
para quatro entrevistados. A busca por soluções que incluam
sustentabilidade no produto local é outro ponto abordado por quatro
respondentes, no intuito de buscar sempre reduzir a demanda do planeta,
evitando desperdícios na cadeia produtiva.
A percepção de metade dos especialistas acerca de novos mercados
perpassa a inserção das regiões Norte e Nordeste como oportunidades para
a expansão dos negócios do empresariado catarinense. Esta expansão deve-
se ao consumo linear de produtos descartáveis nestes mercados, visto a
elevada temperatura durante todo o ano nestas áreas. Outro respondente
cita a totalidade da região Sul como foco para o empreendedor local, visto a
ascensão de produtos de peças automotivas, para máquinas, equipamentos
e indústria naval na região. Pelo relato dos especialistas, é verificável que o
norte para o setor de Produtos de Borracha e de Plástico é a inovação e o
desenvolvimento do centro tecnológico de pesquisa para aplicação do
plástico. A partir do momento que o produtor catarinense tiver maior leque
de produtos, com o correto atendimento à demanda consumidora, a
construção de novos mercados é solidificada pela qualidade da produção
local.
Acerca de expectativas e frustrações dos entrevistados no setor de Produtos
de Borracha e de Plásticos, a maior parte das queixas refere-se, direta ou
indiretamente, ao setor público. O baixo desempenho da economia
brasileira traz incertezas ao empresariado do setor e a despreocupação do
116
Visão dos Especialistas do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
poder público em relação ao mercado de Produtos de Borracha e de
Plásticos exacerba-se no momento em que o governo reduz ou exonera
impostos para outros setores da economia nacional, e não para o setor do
presente estudo. Outra frustração salientada pelos especialistas refere-se ao
monopólio no fornecimento de matérias-primas para o setor, fato que
mantém o empreendedor como refém dos preços aplicados pelo
fornecedor. Outro fator destacado por um dos especialistas diz respeito à
concessão de crédito facilitado pelo governo, fator que para este pode estar
manipulando o consumo no país, sem as alterações necessárias na estrutura
da gestão pública, tributária e política. A contraponto, positivamente
expectam dois especialistas, embasados no crescimento do país nos últimos
anos e pelo aumento do ganho real de poder aquisitivo da população,
adentrando na faixa de consumo no país. O associativismo é citado como
ponto positivo para o empresariado do setor, visto que a união entre os
empresários atribui a estes, maior poder de barganha perante suas
demandas.
Acerca da cadeia logística, ou seja, o conjunto entre fornecedores, os canais
de venda e os meios de transporte, percebe-se por meio dos relatos dos
especialistas a crença na debilidade desta em relação à demanda do
empresariado catarinense, de acordo com oito dentre os dez entrevistados.
Um dos entrevistados cita a localização do estado como entrave ao setor,
visto a distância dos grandes centros consumidores do país, mormente
região Sudeste, bem como dos vindouros nichos de mercados, as regiões
Norte e Nordeste. A infraestrutura logística nacional é citada como um
gargalo para o desenvolvimento do país por um dos entrevistados, visto a
dependência quase exclusiva de um modal defasado, o rodoviário. Ademais,
na questão relativa a fornecedores é perceptível o descontentamento dos
especialistas devido à existência de um monopólio na venda dos insumos
para o setor. Outro entrevistado cita a educação como problema na
infraestrutura do país. Por outro lado, dois especialistas creditam adequação
da infraestrutura logística perante a necessidade do empresariado do setor
117
Visão dos Especialistas do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
de Produtos de Borracha e de Plástico, perceptivelmente pela atuação
geográfica destes, espalhada nas regiões Sul e Sudeste, onde o modal
rodoviário satisfaz a demanda do empreendedor local.
Como alternativa ao modal rodoviário, um entrevistado cita a melhoria no
transporte marítimo estadual, bem como a inserção do modal ferroviário ao
estado, fatores que diminuíram custos ao produtor e elevariam a
competitividade do produto catarinense.
118
Visão dos Especialistas do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
ANEXOS
ANEXO A - ROTEIRO SEMIESTRUTURADO - FORMADORES DE OPINIÃO
O objetivo deste roteiro de pesquisa é obter o máximo de insights do especialista
entrevistado, sobre o mercado em pauta. A pergunta central é: Quais as deficiências,
dificuldades, tendências e oportunidades dos setores industriais em pauta? A seguir
o conjunto de perguntas acessórias deverá ser respondido conforme o seu conhecimento
e experiência sobre o mercado específico pelo qual foi contatado.
CONTROLE
Esta parte integra os dados do respondente e o setor da economia pelo qual irá comentar.
1. Nome completo do participante: _____________________________________________________________________
2. Cargo do participante: _____________________________________________________________________
3. Empresa ou instituição a qual é vinculado: _____________________________________________________________________
4. Endereço completo da empresa ou instituição: _____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
5. Telefone para contato: _____________________________________________________________________
6. E-mail do participante: _____________________________________________________________________
7. CNPJ da empresa ou instituição:
8. Atividade principal da empresa ou instituição: _____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
9. Setor da economia pelo qual tecerá comentários neste questionário:
1. Produtos alimentícios e bebidas 7. Eletrometalmecânico
119
Visão dos Especialistas do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
2. Confecção do vestuário e acessórios 8. Móveis
3. Calçados e artefatos de couro 9. Tecnologia da informação e comunicação
4. Produtos de madeira 10. Acessórios, gemas, joias e cristais
5. Prod. de borracha e de plástico 11. Náutica
6. Construção civil 12. Higiene pessoal, cosméticos e perfumaria
QUESTÕES SOBRE O MERCADO
As seguintes perguntas devem ser respondidas com maior ou menor intensidade, dependendo do
conhecimento e experiência do participante da pesquisa sobre o assunto em pauta.
10. Em linhas gerais, você percebe o mercado do setor de ____ em crescimento ou em
declínio? Comente os indicadores ou motivos. _____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
11. Quais seriam as principais dificuldades e ameaças que o setor ______ enfrenta em
Santa Catarina? E no Brasil? _____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
12. Comente sobre a situação atual da concorrência deste setor na região de Santa
Catarina, Brasil e mundo: _____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
13. E quais seriam as maiores ou mais interessantes oportunidades de mercado que você
percebe para este setor? Percebe diferenças regionais? País? Mundo? Comente. _____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
120
Visão dos Especialistas do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
14. E quanto às expectativas de novos mercados consumidores para este setor? Comente
também por região, país e mundo, se puder. _____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
15. Como está a infraestrutura logística deste setor? Bem ou mal estruturada? Com muitos
ou poucos players (fornecedores, intermediários, varejistas, consumidores)? O que seria, neste caso,
uma boa infraestrutura para atender as demandas atuais e futuras? _____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
16. Na sua opinião, como o empresariado percebe este setor na conjuntura atual? Quais
suas expectativas e/ou frustrações? _____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
Aceito participar deste projeto e atesto a veracidade das informações por mim
prestadas, sendo estas disponibilizadas para publicação referente ao Estudo dos Polos
Industriais do PREC para o Programa NovaEconomia@SC.
Assim subscrevo:
Nome:________________________________________________________________
RG:______________________________________
Assinatura:____________________________________________________________
Entrevistado
Data: __/__/____
Local:________________________________________________________
121
Visão dos Especialistas do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
CAPÍTULO III - VISÃO DO EMPRESÁRIO
122
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
123
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
SUMÁRIO
1 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES ______________________________________ 125 1.1 APRESENTAÇÃO ____________________________________________________ 125 1.2 OBJETIVO DO ESTUDO _______________________________________________ 126 2 ASPECTOS METODOLÓGICOS _________________________________________ 127 2.1 TIPO DE PESQUISA __________________________________________________ 127 2.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA _____________________________________________ 127 2.3 COLETA DOS DADOS _________________________________________________ 128 2.4 LIMITAÇÕES DA PESQUISA ____________________________________________ 128 3 ANÁLISE DOSDADOS ________________________________________________ 129 3.1 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS SOCIOECONÔMICAS DAS EMPRESAS __________ 129 3.1.1 Descrição da atividade econômica ______________________________________ 130 3.1.2 Região, município e polo das empresas __________________________________ 132 3.1.3 Início das atividades das empresas______________________________________ 134 3.1.4 Número de colaboradores das empresas _________________________________ 136 3.1.5 Classificação de faturamento por porte das empresas ______________________ 138 3.1.6 Gênero dos entrevistados_____________________________________________ 140 3.1.7 Grau de escolaridade dos entrevistados _________________________________ 142 3.2 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DE MERCADO DAS EMPRESAS: DEMANDAS
ATENDIDAS ________________________________________________________ 144 3.2.1 Mercados consumidores atendidos _____________________________________ 144 3.2.2 Gênero dos clientes _________________________________________________ 146 3.2.3 Faixa etária dos respondentes _________________________________________ 148 3.2.4 Classe social dos respondentes ________________________________________ 150 3.2.5 Principais razões de compra dos clientes finais ____________________________ 152 3.2.6 Fatores que influenciam as vendas _____________________________________ 154 3.2.7 Influência sazonal de consumo _________________________________________ 155 3.2.8 Meses de variação sazonal ____________________________________________ 158 3.2.9 Prospecção de clientes finais __________________________________________ 161 3.2.10 Pesquisas de satisfação com clientes finais _______________________________ 162 3.2.11 Tipos de pesquisa de satisfação com clientes finais _________________________ 163 3.2.12 Grau de satisfação dos clientes finais ____________________________________ 164 3.2.13 Frequência da pesquisa de satisfação ___________________________________ 166 3.3 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DE MERCADO DAS EMPRESAS: CADEIA DE
PLAYERS E CONJUNTURA DA ATIVIDADE _________________________________ 168 3.3.1 Canais de venda para acesso a clientes __________________________________ 168 3.3.2 Região de origem dos clientes finais ____________________________________ 170 3.3.3 Região de origem dos fornecedores _____________________________________ 173 3.3.4 Região de origem dos concorrentes _____________________________________ 176 3.3.5 Nível de concorrência do mercado ______________________________________ 179 3.3.6 Percepção sobre o mercado ___________________________________________ 180 3.3.7 Estágio atual da empresa: crescimento, estabilidade ou declínio ______________ 182 3.3.8 Taxa anual de crescimento em faturamento ou vendas na empresa ___________ 183 3.3.9 Taxa anual de declínio em faturamento ou vendas na empresa _______________ 185 3.3.10 Práticas de crescimento utilizadas na empresa ____________________________ 187
124
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
3.3.11 Motivos de estabilidade/declínio em faturamento ou vendas na empresa ______ 189 3.3.12 Tipos de inovação desenvolvidas na empresa _____________________________ 191 3.3.13 Impacto das inovações na empresa _____________________________________ 193 3.3.14 Problemas ou desafios enfrentados pelo respondente ______________________ 194 3.3.15 Ações de acesso a novos mercados na empresa ___________________________ 196 3.3.16 Resultados obtidos nas vendas com ações de acesso a novos mercados ________ 198 3.3.17 Oportunidades de novos mercados para a empresa ________________________ 200 3.3.18 Expectativas estratégicas da empresa ___________________________________ 202 3.4 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DE LOGÍSTICA DAS EMPRESAS _______________ 204 3.4.1 Modelos logísticos __________________________________________________ 204 3.4.2 Natureza da compra de mercadorias das empresas ________________________ 206 3.4.3 Dificuldades com fornecedores locais ___________________________________ 208 3.4.4 Poder de barganha da empresa em relação a fornecedores __________________ 210 3.4.5 Movimentação da produção na empresa_________________________________ 212 3.4.6 Canais de fornecedores da empresa ____________________________________ 214 3.4.7 Meios de intermediação das compras na empresa _________________________ 216 3.4.8 Quantidade de fornecedores na empresa ________________________________ 217 3.4.9 Quantidade de clientes na empresa _____________________________________ 220 3.4.10 Meios de transporte utilizados na logística de compra da empresa ____________ 222 3.4.11 Meios de transporte utilizados na logística de venda e entrega da empresa _____ 224 3.4.12 Gestão de estoque na empresa ________________________________________ 225 3.4.13 Software de logística_________________________________________________ 227 3.4.14 Cadeia logística da empresa ___________________________________________ 229 3.4.15 Sugestões de melhorias na infraestrutura e logística da empresa _____________ 231 3.4.16 Áreas da empresa com necessidade de investimentos ______________________ 233 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS _____________________________________________ 235 4.1 SÍNTESE DE RESULTADOS _____________________________________________ 235 4.1.1 Perfil das empresas __________________________________________________ 235 4.1.2 Percepção do mercado atual – demandas atendidas _______________________ 236 4.1.3 Percepção do mercado atual – cadeia de players e conjuntura da atividade _____ 237 4.1.4 Análise das características de logística das empresas _______________________ 239 ANEXOS ________________________________________________________________ 241 ANEXO A - INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS ________________________________ 241
125
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
1 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
1.1 APRESENTAÇÃO
A etapa de pesquisa de mercado, intitulada Visão do Empresário é uma
iniciativa do Programa Nova Economia@SC e procura em sua abordagem, analisar o
cenário das empresas do Setor de Produtos de Borracha e de Plástico de Santa
Catarina, no que diz respeito às percepções do empresariado sobre o seu mercado,
buscando conhecer a interação com os agentes econômicos (clientes, mercado
consumidor e fornecedores) e os aspectos da sua logística aplicada.
Neste cenário de pesquisa em âmbito estadual, serão considerados os polos
econômicos, também conhecidos como arranjos produtivos locais, do setor de
Produtos de Borracha e de Plástico em SC pelos quais serão caracterizados em
aspectos de mercado e logística neste Estudo.
Este trabalho faz parte da análise de doze setores econômicos no contexto
Catarinense, os quais se dividem em quarenta e sete polos industriais (descritos no
item 6 - Anexos), onde são observados em uma análise conjuntural de conglomerados
para fins de embasamento analítico de mercados, que subsidia informações para o
Programa NovaEconomia@SC.
Os Polos analisados neste relatório são:
Polo Setorial da Cadeia da Indústria de Plástico da Região Norte;
Polo Setorial da Cadeia do Setor Plástico e Borracha do Oeste.
126
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Figura 1 - Coordenadorias regionais dos polos de Pláticos e Borracha1
Fonte: Elaborado pela empresa Ágape.
1.2 OBJETIVO DO ESTUDO
Objetivo de levantar e caracterizar as principais percepções do empresariado
do setor de Produtos de Borracha e de Plástico em cada polo regional, referente aos
aspectos da atividade, suas vantagens, desvantagens, dificuldades enfrentadas,
caracterizar o perfil da empresa, produção, empregados, faturamento e tempo de
atividade, bem como caracterizar o perfil do empresário e sua atuação no setor. Neste
trabalho também se observa a caracterização da cadeia de distribuição e produtiva,
transporte e armazenagem de mercadorias, insumos e produtos.
Oeste
Norte
127
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
2 ASPECTOS METODOLÓGICOS
Para o alcance dos objetivos da presente pesquisa, dada à natureza deste
estudo, o delineamento metodológico seguido consta dos seguintes aspectos:
2.1 TIPO DE PESQUISA
A pesquisa é caracterizada por método quantitativo (mensuração da
quantidade de respostas, que possibilita a aplicação de inferência), de caráter
exploratório e descritivo (busca mensurar atitudes e opiniões da população de
empresas-alvo da pesquisa), com o processo de amostragem não probabilístico, com
amostra selecionada por casos típicos (empresas com características semelhantes,
sendo estas da indústria de produtos de borracha e de plástico catarinense e de micro
e pequeno porte). O corte da pesquisa é transversal, ou seja, a coleta dos dados ocorre
num só momento.
2.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA
A população da pesquisa é formada por pessoa jurídica, empresas de porte
pequeno e micro, pertencentes ao setor de Produtos de Borracha e de Plástico,
instaladas em dois polos industriais do Estado de Santa Catarina e que somam
1708empresas segundo dados da RAIS, 2011. Porém, a soma de empresas dos polos
econômicos deste levantamento, indicados na Tabela 1, atinge o total de589 empresas
no referido ano e, cuja diferença entre o total e a soma dos polos é a quantidade de
empresas nas demais regiões geográficas do estado. A amostra é formada por67
empresas.
128
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Tabela 1 - Distribuição amostral da pesquisa1
Fonte: dados da pesquisa.
A Tabela 1 revela a proporção da amostra realizada por polo regional de Santa
Catarina e considera empresas de atividades com CNAE da divisão 22:221- Fabricação
de produtos de borracha; 222 - Fabricação de produtos de material plástico.
2.3 COLETA DOS DADOS
A coleta de dados da pesquisa ocorreu por entrevista pessoal in loco, em
empresas referentes aos segmentos do setor de Produtos de Borracha e de Plástico,
descritos na Tabela 1 e detalhados no Gráfico 1 de análises. A abordagem com
empresas deu-se pela sua especificidade de atuação e disponibilidade em fornecer os
dados através de seus gestores, responsáveis pelo fornecimento das informações da
pesquisa e sujeitos de análise. As entrevistas ocorreram entre os meses de março e
junho de 2013, sendo a aplicação de entrevista via questionário estruturado com
perguntas abertas, fechadas e de múltipla escolha, previamente aprovadas pela
comissão responsável pela realização deste trabalho, do Sebrae/SC.
2.4 LIMITAÇÕES DA PESQUISA
As análises da pesquisa restringiram-se às opiniões e comentários dos
empresários e gestores entrevistados do setor de Produtos de Borracha e de Plástico,
inseridos no respectivo polo econômico regional catarinense.
Polo Regional Total de Empresas Amostra Realizada
Polo Setorial da Cadeia da Indústria de Plástico da Região Norte
489 38
Polo Setorial da Cadeia do Setor Plástico e Borracha do Oeste
100 29
Total 589 67
129
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
3 ANÁLISE DOSDADOS
Esta parte tem como finalidade apresentar e analisar os resultados da
investigação sobre a percepção das empresas industriais catarinenses (setores e polos
identificados no capítulo 2), quanto aos aspectos do mercado onde estão inseridas, sua
percepção de futuro para o negócio e seu processo logístico. Está organizado em três
partes: na primeira são apresentados e analisados os dados relativos às características
socioeconômicas das empresas pesquisadas; a segunda analisa o mercado das
empresas; e a terceira descreve as características de logística envolvidas no negócio.
No quesito apresentação das tabelas e gráficos do relatório, a dinâmica de
leitura é realizada na sequência em que as perguntas de pesquisa foram aplicadas aos
entrevistados (instrumento de coleta de dados consta em anexo). A análise segue
apresentando o gráfico sob o total de respostas, seguido dos cruzamentos da variável
em questão com as regiões-polo do Estudo (expresso no Gráfico 2), e da possibilidade
de outros gráficos de correlação expressivos, mas há exceções em que o gráfico
cruzado substitui o total por conter esta informação. Ao término, uma síntese geral
apresenta as principais conclusões do trabalho.
Ressalta-se que, ao longo da análise, diversos gráficos são de múltipla resposta,
fator em que a soma das citações de pesquisa excede o total de respondentes,
ultrapassando 100% do total de respostas indicadas em gráficos desta natureza
(múltipla resposta). A análise cruzada realizada de uma variável de múltipla resposta
também pode ultrapassar o total de respondentes. Optou-se por este método em
razão da melhor interpretação do comportamento dos dados percentuais, sempre
apresentando os dados pelo total de empresas, ou seja, indicando quantas “empresas
entrevistadas” indicam cada alternativa de resposta do levantamento e não somente
quantas vezes uma alternativa foi marcada/indicada.
3.1 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS SOCIOECONÔMICAS DAS EMPRESAS
As categorias de análise das características das empresas pesquisadas foram:
ramo de atividade e o porte das empresas, o número de funcionários por empresa e o
nível de escolaridade dos entrevistados, cidade de instalação da empresa, data de
130
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
início das atividades, faturamento e entidades associadas às empresas, e conforme
demonstram os resultados a seguir.
3.1.1 Descrição da atividade econômica
Descreva sua principal atividade econômica:
Gráfico 1 – Atividade principal1
Fonte: dados da pesquisa.
Conforme exposto no Gráfico 1,as atividades principais das empresas
entrevistadas neste estudo. Entre as nove atividades apresentadas, pode-se constatar
que o ramo mais frequente é a fabricação de artefatos plásticos para uso
pessoal/doméstico, com 29,9% do total dos respondentes, seguido pela fabricação de
embalagens plásticas, com 17,9% dos respondentes. A atividade com o menor
percentual de respondentes é o segmento fabricação de garrafas pet, com apenas
1,5% da amostra total.
RAMO DE ATIVIDADE
Fabricação de artefatos plásticos para uso pessoal/doméstico 20 29,9%
Fabricação de embalagens plásticas 12 17,9%
Fabricação/reforma de pneumáticos 11 16,4%
Fabricação de sacolas plásticas/polietileno 6 9,0%
Fabricação de artefatos plásticos para uso indústrial 5 7,5%
Fabricação de tubos e acessórios para uso na construção 5 7,5%
Fabricação de peças/acessórios para veículos 4 6,0%
Fabricação de brindes plásticos 3 4,5%
Fabricação de garrafas pet 1 1,5%
Total 67 100,0%
131
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 1.1 – Atividade principal X Região- Polo2
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 1.1 correlaciona os índices do Gráfico 1 ao polo econômico a que este
pertence. A fabricação de artefatos plásticos para uso pessoal/doméstico tem amplo
destaque para o Polo Setorial da Cadeia da Indústria do Plástico da Região Norte, com
34,2%, seguido por 21,1% da fabricação de embalagens plásticas. Igualmente, neste
Polo, a fabricação de artefatos plásticos para uso industrial destaca-se com 13,2% da
amostra. Os respondentes do Polo Setorial da Cadeia do Setor Plástico e Borracha do
Oeste, por sua vez, têm 24,1% de seus integrantes em duas faixas de resposta, são
elas: fabricação de artefatos plásticos para uso pessoal/doméstico e
fabricação/reforma de pneumáticos.
ATIVIDADE PRINCIPAL / POLO EM SC
Plástico da
Região Norte
N % obs.
Plástico e
Borracha do
Oeste
N % obs.
Fabricação de embalagens plásticas
Fabricação de sacolas plásticas/polietileno
Fabricação de garrafas pet
Fabricação de brindes plásticos
Fabricação de artefatos plásticos para uso pessoal/doméstico
Fabricação/reforma de pneumáticos
Fabricação de artefatos plásticos para uso indústrial
Fabricação de tubos e acessórios para uso na construção
Fabricação de peças/acessórios para veículos
Total
8 21,1% 4 13,8%
2 5,3% 4 13,8%
0 0,0% 1 3,4%
2 5,3% 1 3,4%
13 34,2% 7 24,1%
4 10,5% 7 24,1%
5 13,2% 0 0,0%
3 7,9% 2 6,9%
1 2,6% 3 10,3%
38 100,0% 29 100,0%
132
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
3.1.2 Região, município e polo das empresas
Cidade-região onde a empresa está instalada:
Gráfico 2 – Região-Polo de instalação das empresas 3
Fonte: dados da pesquisa.
O Gráfico 2 relaciona a região-polo da instalação das empresas pesquisadas.
Predomina na amostra empresas do polo do Setor de Plástico da Região Norte,
responsável por 56,7% dos respondentes da amostra, frente a 43,3% do total inquirido
oriundo do polo do Setor de Plástico e Borracha do Oeste.
POLO DO SETOR EM SC
Plástico da Região Norte 38 56,7%
Plástico e Borracha do Oeste 29 43,3%
Total 67 100,0%
133
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 3 – Município de instalação das empresas X Região-Polo4
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 3 apresenta o cruzamento entre o município de instalação das
empresas entrevistadas com o seu polo econômico. Neste prospecto, a maior
concentração de empresas instaladas num único município é vista em Joinville, com
42,1% dos entrevistados do Setor de Plástico da Região Norte. Chapecó, por sua vez,
detém o maior índice de empresas situadas em um mesmo município no polo do Setor
CIDADE DE INSTALAÇÃO / POLO EM SC
Plástico da
Região Norte
N % obs.
Plástico e
Borracha do
Oeste
N % obs.
Joinville
Chapecó
São Bento do Sul
Xaxim
Caçador
Guaramirim
Jaraguá do Sul
Massaranduba
Papanduva
Rio Negrinho
Xanxerê
Canoinhas
Cordilheira Alta
Nova Erechim
Pinheiro Preto
Seara
Timbó
Vargeão
Total
16 42,1% 0 0,0%
0 0,0% 11 37,9%
9 23,7% 0 0,0%
0 0,0% 8 27,6%
0 0,0% 3 10,3%
3 7,9% 0 0,0%
2 5,3% 0 0,0%
2 5,3% 0 0,0%
2 5,3% 0 0,0%
2 5,3% 0 0,0%
0 0,0% 2 6,9%
1 2,6% 0 0,0%
0 0,0% 1 3,4%
0 0,0% 1 3,4%
0 0,0% 1 3,4%
0 0,0% 1 3,4%
1 2,6% 0 0,0%
0 0,0% 1 3,4%
38 100,0% 29 100,0%
134
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
de Plástico e Borracha do Oeste, com 37,9% dos respondentes deste polo econômico
situados no município.
3.1.3 Início das atividades das empresas
Data de início das atividades: (Questão convertida para “idade das empresas no
mercado”).
Gráfico 4 – Idade das empresas (referência de 2013)5
Fonte: dados da pesquisa.
Segundo o gráfico acima, o índice de maior expressividade no que concerne ao
tempo de atividade das empresas no setor ocorre na faixa de 10 a 19 anos, com 41,8%
do total inquirido, seguido pelas faixas de 5 a 9 com 31,3%. A faixa de 20 a 29 anos e
de 2 a 4 anos, contem uma com 10,4% do total entrevistado. Cabe salientar, ademais,
que nenhuma empresa da amostra possui um ano ou menos de atividade no mercado.
A idade média das empresas participantes deste estudo é de 13 anos.
135
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 4.1 – Idade das empresas X Região-Polo (referência de 2013)6
Fonte: dados da pesquisa.
O Gráfico 4.1 cruza os dados entre o polo pesquisado e o tempo de atividade
das empresas respondentes, sendo que a faixa de destaque para o polo do Setor do
Plástico da Região Norte e para o polo do Setor do Plástico e Borracha do Oeste é
entre 10 a 19, com respectivamente 44,7% e 37,9% dos respondentes. A faixa de 5 a 9
anos ocupa a segunda posição nos dois polos estudados, enquanto apenas quatro
entrevistados possuem trinta anos ou mais de atuação no mercado do setor, três deles
provenientes do polo Plástico da Região Norte, enquanto o outro é oriundo do polo
Plástico e Borracha do Oeste.
Gráfico 4.2 – Idade média das empresas X Região-Polo (referência de 2013)7
Fonte: dados da pesquisa.
POLO EM SC / TEMPO EM ATIVIDADE
Plástico e
Borracha do
Oeste
N % obs.
Plástico da
Região Norte
N % obs.
De 2 a 4
De 5 a 9
De 10 a 19
De 20 a 29
30 e mais
Total
4 13,8% 3 7,9%
10 34,5% 11 28,9%
11 37,9% 17 44,7%
3 10,3% 4 10,5%
1 3,4% 3 7,9%
29 100,0% 38 100,0%
POLO EM SC / TEMPO EM ATIVIDADE
TEMPO EM ATIVIDADE
Média Mín Máx
Plástico e Borracha do Oeste
Plástico da Região Norte
Total
11 3 32
14 3 48
13 3 48
136
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
O Gráfico 4.2 relaciona a média de idade das empresas por polo, sendo a média
dos respondentes do polo do Plástico e Borracha do Oeste a menor média do estudo,
11 anos por empresa, enquanto a maior média é de 14 anos por empresa, do polo
Plástico da Região Norte.
3.1.4 Número de colaboradores das empresas
Número de colaboradores da empresa:
Gráfico 5 – Número de colaboradores8
Fonte: dados da pesquisa.
Dentre as empresas entrevistadas, segundo o Gráfico 5, é verificável a
diversificação do número de colaboradores dos respondentes. O número mais
significativo situa-se na faixa de 10 a 19 colaboradores, com índice de 35,8% dos
respondentes. Dentre o grupo pesquisado, 16,4% dos respondentes tem cinco ou
NÚMERO DE COLABORADORES
Média = 16 Desvio-padrão = 17
Mín = 1 Máx = 127
m (10,0% - 90,0%) = 12
Menos de 1 0 0,0%
1 2 3,0%
De 2 a 3 2 3,0%
De 4 a 5 7 10,4%
De 6 a 7 11 16,4%
De 8 a 9 5 7,5%
De 10 a 19 24 35,8%
De 20 a 29 9 13,4%
De 30 a 49 5 7,5%
De 50 a 99 1 1,5%
100 e mais 1 1,5%
Total 67 100,0%
137
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
menos colaboradores, ao passo que apenas 10,5% tem mais de trinta. A média é de 16
colaboradores por empresa.
Gráfico 5.1 – Número de colaboradores X Região-Polo9
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O cruzamento entre o número de colaboradores das empresas e seu respectivo
polo é apresentado no Gráfico 5.1. Nos dois polos da pesquisa a faixa de destaque é
entre 10 a 19 colaboradores por empresa, com 34,5% dos inquiridos Polo Setorial da
Cadeia do Setor Plástico e Borracha do Oeste e 36,8% dos entrevistados do Polo
Setorial da Cadeia da Indústria do Plástico da Região Norte nesta faixa de resposta.
Apenas um entrevistado da pesquisa afirma ter cem ou mais colaboradores em sua
empresa, e o mesmo é proveniente do polo Plástico da Região Norte.
NÚMERO DE COLABORADORES / POLOS DE SC
Plástico e
Borracha do
Oeste
N % obs.
Plástico da
Região Norte
N % obs.
1
De 2 a 3
De 4 a 5
De 6 a 7
De 8 a 9
De 10 a 19
De 20 a 29
De 30 a 49
De 50 a 99
100 e mais
Total
1 3,4% 1 2,6%
2 6,9% 0 0,0%
3 10,3% 4 10,5%
5 17,2% 6 15,8%
4 13,8% 1 2,6%
10 34,5% 14 36,8%
2 6,9% 7 18,4%
1 3,4% 4 10,5%
1 3,4% 0 0,0%
0 0,0% 1 2,6%
29 100,0% 38 100,0%
138
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 5.2 – Número médio de colaboradores X Região-Polo10
Fonte: dados da pesquisa.
O Gráfico acima correlaciona as médias e a variação mínima/máxima de
colaboradores por empresa e com o polo na qual está inserida no estado. O polo com
menor média é o polo do Plástico e Borracha do Oeste, com média de doze
colaboradores por empresa, enquanto a maior média é de dezoito colaboradores por
empresa, característica do polo de Plástico da Região Norte.
3.1.5 Classificação de faturamento por porte das empresas
Porte/Classificação da empresa (anual):
Gráfico 6 – Porte/Classificação da empresa11
Fonte: dados da pesquisa.
O Gráfico 6 apresenta a classificação das empresas entrevistadas segundo o seu
faturamento declarado. A maioria das empresas da pesquisa, 52,2%, são Empresas de
Pequeno Porte e faturaram em 2012 entre R$ 360 mil e R$ 3,6 milhões, enquanto
40,3% da amostra é Microempresas, com faturamento de até R$ 360 mil no período.
POLO EM SC / NÚMERO MÉDIO DE COLABORADORES
NÚMERO DE
COLABORADORES
Média Mín Máx
Plástico e Borracha do Oeste
Plástico da Região Norte
Total
12 1 50
18 1 127
16 1 127
139
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 6.1 – Porte/Classificação da empresa X Região-Polo12
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 6.1 indica a disposição das empresas por porte/classificação de
acordo com seu faturamento por polo econômico em Santa Catarina. O gráfico infere
que a concentração de Microempresas é superior à concentração de Empresas de
Pequeno Porte no polo do Plástico e Borracha do Oeste, onde 48,3% da amostra é
composta por Microempreendedores. Por outro lado, no polo do Plástico da Região
Norte, é observável a predominância de Empresas de Pequeno Porte, com 57,9% dos
entrevistados desta esfera da pesquisa nesta faixa de resposta. Cabe salientar, que
apenas neste polo existem Empresas de Médio Porte, com 7,9% dentre os
entrevistados do grupo nesta faixa de classificação.
140
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
3.1.6 Gênero dos entrevistados
Sexo do entrevistado:
Gráfico 7 – Gênero dos respondentes13
Fonte: dados da pesquisa.
De acordo com a leitura do Gráfico 7 – Gênero dos respondentes, 71,6% dos
entrevistados são homens, enquanto 28,4% do grupo é composto por mulheres.
GÊNERO DO ENTREVISTADO
Masculino 48 71,6%
Feminino 19 28,4%
Total 67 100,0%
71,6%
28,4%
141
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 7.1 – Gênero dos respondentes X Região-Polo14
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O gráfico acima apresenta a distribuição por polo do setor do gênero dos
respondentes. O sexo masculino é maioria nos dois polos do estudo, com
concentração variando entre 69% a 73,7% do total, índices observados
respectivamente no polo do Plástico e Borracha do Oeste e no polo do Plástico da
Região Norte.
GÊNERO DOS ENTREVISTADOS / POLO DO SETOR EM SC
Plástico da Região
Norte
N % obs.
Plástico e Borracha
do Oeste
N % obs.
Masculino
Feminino
Total
28 73,7% 20 69,0%
10 26,3% 9 31,0%
38 100,0% 29 100,0%
142
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
3.1.7 Grau de escolaridade dos entrevistados
Grau de escolaridade do entrevistado:
Gráfico 8 – Grau de escolaridade dos respondentes15
Fonte: dados da pesquisa
A análise do Gráfico 8 indica que 35,8% do total inquirido possui Ensino Médio
Completo. O índice de respondentes com Ensino Superior Completo ocupa a segunda
posição no estudo, com 26,9% do total da amostra.
GRAU DE ESCOLARIDADE DO ENTREVISTADO
Ensino Fundamental Incompleto 1 1,5%
Ensino Fundamental Completo 3 4,5%
Ensino Médio Incompleto 3 4,5%
Ensino Médio Completo 24 35,8%
Superior Incompleto 10 14,9%
Superior Completo 18 26,9%
Especialização 8 11,9%
Mestrado 0 0,0%
Doutorado 0 0,0%
Sem Escolaridade 0 0,0%
Total 67 100,0%
143
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 8.1 – Grau de escolaridade dos respondentes X Região-Polo16
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 8.1 apresenta o nível de escolaridade dos entrevistados de acordo
com o polo econômico em que estes estão localizados. É observável que nos dois polos
da pesquisa predominam respondentes com Ensino Médio Completo, com ápice no
índice de 37,9%, verificável no polo de Plástico e Borracha do Oeste. Oito entrevistados
possuem especialização, sete oriundos do polo Plástico da Região Norte, enquanto
apenas um proveniente do polo de Plástico e Borracha do Oeste.
GRAU DE ESCOLARIDADE / POLO EM SC
Plástico e
Borracha do
Oeste
N % obs.
Plástico da
Região Norte
N % obs.
Ensino Fundamental Incompleto
Ensino Fundamental Completo
Ensino Médio Incompleto
Ensino Médio Completo
Superior Incompleto
Superior Completo
Especialização
Total
1 3,4% 0 0,0%
2 6,9% 1 2,6%
1 3,4% 2 5,3%
11 37,9% 13 34,2%
5 17,2% 5 13,2%
8 27,6% 10 26,3%
1 3,4% 7 18,4%
29 100,0% 38 100,0%
144
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
3.2 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DE MERCADO DAS EMPRESAS: DEMANDAS ATENDIDAS
Esta seção apresentará os resultados da análise das características da demanda
das empresas estudadas, suas características e práticas de gestão de clientes. É
composta por quatorze variáveis que explicam a demanda das empresas de Produtos
de Borracha e de Plástico em Santa Catarina.
3.2.1 Mercados consumidores atendidos
Quais mercados a sua empresa atende?
Gráfico 9 – Mercados Atendidos17
Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.
O Gráfico 9 refere-se à distribuição de mercados atendidos pelas empresas
pesquisadas. Empresas são o mercado atendido pela maioria dos respondentes, 88,1%
dentre o grupo, seguido pelo consumidor final pessoa física, com índice de 40,3% das
respostas. Já na esfera do poder público, a soma de governos municipais, estaduais e
empresas públicas atinge o produto de 4,5% dos respondentes da amostra.
145
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 9.1 – Mercados Atendidos X Região-Polo18
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 9.1 cruza as informações dos polos econômicos com seus respectivos
mercados atendidos. É relevante salientar que uma mesma empresa do setor pode
atender a diversos mercados. Ambos os polos têm preponderância no atendimento a
empresas, sendo que o Polo Setorial da Cadeia do Setor Plástico e Borracha do Oeste
detém 93,1% da amostra, enquanto o Polo Setorial de Plástico do Norte é responsável
84,2% dos inquiridos da pesquisa que afirmam atender a este mercado. Em segundo
lugar, destaca-se o atendimento ao consumidor final pessoa física com 34,2% e 48,3%
respectivos aos polos de Plástico do Norte e da Cadeia do Setor Plástico e Borracha do
Oeste. Apenas entrevistados do Oeste atendem ao poder público.
146
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
3.2.2 Gênero dos clientes
Sexo (predominante) dos clientes:
Gráfico 10 – Gênero dos clientes19
Fonte: dados da pesquisa.
O Gráfico 10 refere-se ao gênero predominante dos clientes das empresas
pesquisadas. O destaque do presente estudo é o índice de empresas que atendem
ambos os sexos, 23,9% dos respondentes. Na amostra, 14,9% dos entrevistados
relatam o atendimento ao sexo masculino, enquanto apenas 1,5% dos respondentes
atendem apenas ao público feminino.
GÊNERO PREDOMINANTE DE CLIENTES
Não resposta 40 59,7%
Ambos 16 23,9%
Masculino 10 14,9%
Feminino 1 1,5%
Total 67 100,0%59,7%
23,9%
14,9%
1,5%
147
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 10.1 – Gênero dos clientes X Região-Polo20
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
De acordo com o cruzamento entre o gênero dos clientes e o polo econômico
dos respondentes, é verificável que a predominância do atendimento aos clientes do
gênero masculino ocorre no polo do Plástico e Borracha do Oeste, onde 24,1% dos
respondentes destacam os homens como maior público atendido. Já para o polo do
Plástico da Região Norte, o índice dos respondentes que afirmam atender a ambos os
sexos é o de maior expressividade, com 26,3% dos entrevistados desta esfera da
pesquisa nesta faixa de resposta.
POLO EM SC / GÊNERO PREDOMINANTE DE CLIENTES
Plástico e
Borracha do Oeste
N % obs.
Plástico da Região
Norte
N % obs.
Ambos
Masculino
Feminino
Total
6 20,7% 10 26,3%
7 24,1% 3 7,9%
1 3,4% 0 0,0%
29 100,0% 38 100,0%
148
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
3.2.3 Faixa etária dos respondentes
Faixa Etária (predominante) dos clientes:
Gráfico 11 – Faixa etária dos clientes21
Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.
O Gráfico 11 ilustra a faixa etária dos clientes dos polos estudados.
Majoritariamente, o público-alvo é formado por adultos, com 40,3% das respostas,
seguido distantemente pelo público jovem, com 20,9% da amostra.
FAIXA ETÁRIA PREDOMINANTE DE CLIENTES
Não resposta 40 59,7%
Adultos 27 40,3%
Jovens 14 20,9%
Idosos 8 11,9%
Total 67
149
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 11.1 – Faixa etária dos clientes X Região-Polo22
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 11.1 cruza os dados entre faixa etária predominante dos clientes da
amostragem e seu respectivo polo econômico. O predomínio do público adulto faz-se
presente nos dois segmentos pesquisados, com índice mais significativo para o polo do
Plástico e Borracha do Oeste, onde 48,3% dos respondentes afirmam atender
principalmente a este público. Observa-se, ademais, que o destaque na faixa de
atendimento ao público jovem e ao público idoso também ocorre neste polo
econômico, com respectivamente 27,6% e 13,8% dos entrevistados desta esfera da
pesquisa nesta faixa de resposta.
POLO EM SC / FAIXA ETÁRIA PREDOMINANTE DE CLIENTES
Plástico e Borracha
do Oeste
N % obs.
Plástico da Região
Norte
N % obs.
Adultos
Jovens
Idosos
Total
14 48,3% 13 34,2%
8 27,6% 6 15,8%
4 13,8% 4 10,5%
29 100,0% 38 100,0%
150
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
3.2.4 Classe social dos respondentes
Classe social (predominante) dos clientes:
Gráfico 12 – Classe social dos clientes23
Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.
O Gráfico 12 analisa o perfil dos clientes por classe social, sendo verificável que
17,9% das empresas não distinguem seu público por classe social. Dentre aqueles
entrevistados da amostra que distinguem, a classe B tem índice de maior
expressividade, com 19,4% das empresas respondentes. A Classe C, com 11,9% da
amostra, é a segunda mais citada. Aqueles que não responderam representam 59,7%
da amostra pesquisada.
CLASSE SOCIAL PREDOMINANTE DE CLIENTES
Não resposta 40 59,7%
Classe A 3 4,5%
Classe B 13 19,4%
Classe C 8 11,9%
Classe D 1 1,5%
Classe E 0 0,0%
Todas as classes 12 17,9%
Total 67
151
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 12.1 – Classe social dos clientes X Região-Polo24
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 12.1 cruza os dados entre classe social predominante dos clientes dos
respondentes e o polo econômico das empresas pesquisadas. A categoria “Todas as
Classes” detém 20,7% dos respondentes do polo do Plástico e Borracha do Oeste,
mesmo índice deste polo para aqueles que afirmam atender especificamente a classe
B. Esta mesma classe tem a maior expressividade no polo do Plástico da Região Norte,
com 18,4% dos entrevistados do polo nesta faixa de resposta. Ademais, a Classe C,
neste Polo, é bastante representativa, 15,8% dos entrevistados.
POLO EM SC / CLASSE SOCIAL PREDOMINANTE DE CLIENTES
Plástico e Borracha
do Oeste
N % obs.
Plástico da Região
Norte
N % obs.
Classe A
Classe B
Classe C
Classe D
Todas as classes
Total
1 3,4% 2 5,3%
6 20,7% 7 18,4%
2 6,9% 6 15,8%
0 0,0% 1 2,6%
6 20,7% 6 15,8%
29 100,0% 38 100,0%
152
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
3.2.5 Principais razões de compra dos clientes finais
Quais as principais razões de compra dos clientes da empresa?
Gráfico 13 – Principais razões de compra dos clientes finais25
Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.
O Gráfico 13 destaca os atributos citados pelos clientes finais como principais
razões na hora da compra, de acordo com os empresários. É verificável a
complementaridade entre estes atributos, razão pela qual a totalidade das respostas
ultrapassa 100%. O motivo citado com maior significância é a qualidade do produto ou
serviço ofertado, atingindo 83,6% das respostas, seguido por preço competitivo, com
68,7% das respostas; e em terceiro lugar, amplamente atrás dos dois primeiros
atributos citados, está o prazo de entrega ao cliente, com 13,4% do grupo
entrevistado.
PRINCIPAIS RAZÕES DE COMPRA
Qualidade 56 83,6%
Preço 46 68,7%
Prazo de entrega 9 13,4%
Beleza/design 7 10,4%
Forma de pagamento 6 9,0%
Outro 6 9,0%
Marca 4 6,0%
Total 67
153
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 13.1 – Principais razões de compra dos clientes finais26
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 13.1 indica o cruzamento das principais razões de compra dos
clientes com o polo do setor das empresas pesquisadas. A totalidade dos polos destaca
a qualidade como principal razão de compra dos clientes, atingindo 89,7% dos
entrevistados do Polo Setorial da Cadeia do Setor Plástico e Borracha do Oeste. O
fator preço é o segundo atributo de compra mais importante para os clientes, de
acordo com os entrevistados dos dois polos pesquisados. O prazo de entrega e a forma
de pagamento oferecida ao cliente tem maior expressividade para os inquiridos do
Polo Setorial da Cadeia da Indústria do Plástico da Região Norte, com 21,1% e 15,8%
respectivamente, nestas faixas de resposta.
POLO DO SETOR / PRINCIPAIS RAZÕES DE COMPRA
Plástico da
Região Norte
N % obs.
Plástico e
Borracha do
Oeste
N % obs.
Qualidade
Preço
Prazo de entrega
Beleza/design
Forma de pagamento
Outro
Marca
Total
30 78,9% 26 89,7%
25 65,8% 21 72,4%
8 21,1% 1 3,4%
5 13,2% 2 6,9%
6 15,8% 0 0,0%
2 5,3% 4 13,8%
3 7,9% 1 3,4%
38 100,0% 29 100,0%
154
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
3.2.6 Fatores que influenciam as vendas
Quem ou o que principalmente influencia a compra dos produtos da sua empresa?
Gráfico 14– Principais influências na venda dos produtos da empresa27
Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.
O Gráfico 14 destaca as principais influências na venda dos produtos e serviços
das empresas respondentes, sendo a indicação de terceiros, citada por 61,2% dos
entrevistados. Em seguida observa-se promotor/vendedor, com 37,3%, em terceiro,
propaganda com 31,3%, apontados pelos respondentes, como influenciadores na
compra dos produtos das empresas da amostra.
Gráfico 14.1 – Principais influências na venda dos produtos da empresa X Região-Polo28
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 14.1 correlaciona os fatores que influenciam a venda de produtos e
serviços do setor e o polo econômico das empresas pesquisadas. A indicação de
terceiros tem o maior poder influenciador no polo de Plástico e Borracha do Oeste,
com 79,3% dos respondentes da região nesta faixa de resposta. A ação do
PRINCIPAL INFLUÊNCIA NA VENDA
Indicação de terceiros 41 61,2%
Promotor/Vendedor 25 37,3%
Propaganda 21 31,3%
Total 67
POLO EM SC / PRINCIPAL INFLUÊNCIA NA VENDA
Plástico da
Região Norte
N % obs.
Plástico e
Borracha do
Oeste
N % obs.
Indicação de terceiros
Promotor/Vendedor
Propaganda
Total
18 47,4% 23 79,3%
21 55,3% 4 13,8%
13 34,2% 8 27,6%
38 100,0% 29 100,0%
155
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Promotor/Vendedor tem maior expressividade para os respondentes do polo Plástico
da Região Norte, citado por 55,3% dos respondentes deste polo econômico como
principal influência na venda de produtos e serviços do setor.
3.2.7 Influência sazonal de consumo
Há alterações sazonais de compra/consumo dos produtos da empresa (por parte dos clientes)?
Gráfico 15 – Alterações sazonais de consumo29
Fonte: dados da pesquisa.
As alterações sazonais de consumo expressam a variação no volume de vendas
das empresas entrevistadas em um determinado intervalo de tempo, envolvendo a
periodicidade em meses que há aumento ou queda significativa nas vendas ou receitas
das empresas.
O gráfico acima indica que para a maioria dos respondentes, 55,2%, há
influência sazonal significativa nas vendas de seus produtos e serviços. Por outro lado,
44,8% dos entrevistados afirmam não haver influência significativa da sazonalidade no
volume de venda de seus produtos e serviços.
INFLUÊNCIA SAZONAL
Sim 37 55,2%
Não 30 44,8%
Total 67 100,0%
156
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 15.1 – Alterações sazonais de consumo X Região-Polo30
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 15.1 cruza a influência sazonal com o segmento em que as empresas
estudadas atuam. Neste aspecto, pouco mais da metade dos entrevistados que
afirmam sentir esta influência 62,1%, é oriundo do Polo Setorial de Plástico e Borracha
do Oeste. Observa-se que no polo Plástico da Região Norte 50% dos respondentes
afirma existir sazonalidade em seus negócios, enquanto a outra metade dos
representantes deste polo, não sente esta influência.
Gráfico 15.2 – Importância da Alteração sazonal de consumo31
Fonte: dados da pesquisa
Quando existe aumento de vendas advindo da influência sazonal, afirma-se que
esta é positiva ao empresariado, enquanto no momento de queda de vendas ou
faturamento no período indica influência sazonal negativa. Dentro da amostra, 29,9%
dos inquiridos apontam a influência negativa da sazonalidade, ao passo que para
SAZONALIDADE POSITIVA X NEGATIVA
Insignif icante 35 52,2%
Negativa (de queda em vendas/faturamento) 20 29,9%
Positiva (de crescimento) 12 17,9%
Total 67 100,0%
52,2%
29,9%
17,9%
157
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
17,9% dos entrevistados esta influência eleva as vendas ou o faturamento no período.
É relevante citar o alto índice de entrevistados que afirma que a sazonalidade é
insignificante para o seu negócio, 52,5% dos entrevistados.
Gráfico 15.3 – Importância da Alteração sazonal de consumo X Região-Polo32
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 15.3 cruza a alteração sazonal com o polo econômico das empresas
pesquisadas. A sazonalidade positiva tem maior expressividade no polo do Plástico e
Borracha do Oeste, com 24,1% das respostas desta faixa de escolha. Constata-se a
existência de equilíbrio dentre os polos para aqueles que percebem a influência
negativa, com pouco mais da metade dos respondentes desta faixa de escolha
proveniente de cada polo da pesquisa. Dentre aqueles que consideram esta influência
insignificante, 60,5% são respondentes do polo do Plástico da Região Norte.
158
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
3.2.8 Meses de variação sazonal
Em caso positivo, quais? (citar meses em que há variação sazonal nas vendas)
Gráfico 16 – Meses de variação sazonal33
Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.
O Gráfico 16 destaca os meses com maior alteração sazonal para as empresas
entrevistadas. O maior índice observado, 46,3% dos entrevistados, não sabe responder
a este questionamento, sendo passível de inserção a premissa da ausência de um
estudo em relação a este tópico. Dentre aqueles que responderam ao levantamento, o
período mais significativo de variação ocorre nos meses de janeiro e julho, ambos com
19,4% dos respondentes da amostra.
MESES DE VARIAÇÃO SAZONAL
Não resposta 31 46,3%
Jan 13 19,4%
Fev 11 16,4%
Mar 7 10,4%
Abr 6 9,0%
Mai 7 10,4%
Jun 12 17,9%
Jul 13 19,4%
Ago 10 14,9%
Set 6 9,0%
Out 10 14,9%
Nov 8 11,9%
Dez 9 13,4%
Total 67
159
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 16.1 – Meses de variação sazonal X Região-Polo34
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 16.1 correlaciona os meses de variação sazonal com o polo
econômico das empresas pesquisadas. Para o Polo Setorial da Cadeia da Indústria do
Plástico da Região Norte o destaque é o mês de janeiro, citado por 21,1% dos
respondentes deste polo econômico. Já para 27,6% e 24,1% dos inquiridos do Polo
Setorial da Cadeia do Setor Plástico e Borracha do Oeste, destacam-se os meses de
agosto e julho como sendo o de maior variação sazonal.
MESES DE VARIAÇÃO SAZONAL / POLO EM SC
Plástico e
Borracha do
Oeste
N % obs.
Plástico da
Região Norte
N % obs.
Jan
Fev
Mar
Abr
Mai
Jun
Jul
Ago
Set
Out
Nov
Dez
Total
5 17,2% 8 21,1%
4 13,8% 7 18,4%
3 10,3% 4 10,5%
4 13,8% 2 5,3%
4 13,8% 3 7,9%
6 20,7% 6 15,8%
7 24,1% 6 15,8%
8 27,6% 2 5,3%
5 17,2% 1 2,6%
6 20,7% 4 10,5%
3 10,3% 5 13,2%
4 13,8% 5 13,2%
29 100,0% 38 100,0%
160
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 16.2 – Meses de variação sazonal X Importância da Alteração sazonal de consumo35
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 16.2 evidencia a relação entre os meses em que há influência sazonal
nas vendas e o resultado desta influência, positiva (aumento em vendas) ou negativa
(queda nas vendas/faturamento). A maior sazonalidade negativa das empresas
entrevistadas foi decorrente no mês de julho, com 45% dos respondentes. O resultado
mais expressivo na sazonalidade positiva ocorre nos meses de outubro e novembro,
ambos com 50% dos inquiridos.
MESES DE VARIAÇÃO SAZONAL / SAZONALIDADE POSITIVA X NEGATIVA
Negativa (de
queda em
vendas/fat
uramento)
N % obs.
Positiva (de
crescimento)
N % obs.
Insignif icante
N % obs.
Não resposta
Jan
Fev
Mar
Abr
Mai
Jun
Jul
Ago
Set
Out
Nov
Dez
Total
2 10,0% 1 8,3% 28 80,0%
5 25,0% 3 25,0% 5 14,3%
5 25,0% 2 16,7% 4 11,4%
2 10,0% 3 25,0% 2 5,7%
3 15,0% 3 25,0% 0 0,0%
3 15,0% 3 25,0% 1 2,9%
4 20,0% 4 33,3% 4 11,4%
9 45,0% 1 8,3% 3 8,6%
6 30,0% 2 16,7% 2 5,7%
4 20,0% 2 16,7% 0 0,0%
3 15,0% 6 50,0% 1 2,9%
1 5,0% 6 50,0% 1 2,9%
5 25,0% 3 25,0% 1 2,9%
20 100,0% 12 100,0% 35 100,0%
161
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
3.2.9 Prospecção de clientes finais
A empresa realiza prospecção de clientes?
Gráfico 17 – Prospecção dos clientes finais36
Fonte: dados da pesquisa.
Baseado em respostas diretas dos respondentes, o Gráfico 17 destaca a
questão da prospecção ou não prospecção de clientes, influenciando na pró-atividade
acerca da captação de novos clientes para a empresa. Aqueles que realizam
prospecção de clientes são maior número na amostra, 68,7% do total, ao passo que
31,3% não realizam prospecção de clientes, de acordo com os entrevistados.
Gráfico 17.1 – Prospecção dos clientes finais X Região-Polo37
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 17.1 mostra os polos econômicos em que as empresas mais
realizaram atividades prospectivas para o seu negócio. O índice de maior
expressividade para a prospecção de clientes ocorre no polo do Plástico e Borracha do
REALIZA PROSPECÇÃO DE CLIENTES
Sim 46 68,7%
Não 21 31,3%
Total 67 100,0%
162
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Oeste, com 69% dos entrevistados que afirmam realizar esta prospecção. No polo do
Plástico da Região Norte, este índice é de 68,4% da amostra. Dentre aqueles que não
realizam prospecção de clientes, os índices são semelhantes em ambos os polos.
3.2.10 Pesquisas de satisfação com clientes finais
A empresa realiza pesquisa de satisfação de clientes?
Gráfico 18 – Pesquisa de satisfação com clientes finais38
Fonte: dados da pesquisa.
De acordo com o gráfico acima, 74,6% das empresas entrevistadas não realizam
pesquisa de satisfação com seus clientes, enquanto apenas 25,4% dos respondentes
afirmam realizar este procedimento de análise.
Gráfico 18.1 – Pesquisa de satisfação com clientes finais X Região-Polo39
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
Segundo o Gráfico 18.1, 79,3% dentre os entrevistados que não realizam
pesquisa de satisfação com clientes são oriundos do polo do Plástico e Borracha do
REALIZA PESQUISA DE SATISFAÇÃO
Não 50 74,6%
Sim 17 25,4%
Total 67 100,0%
74,6% 25,4%
163
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Oeste, ao passo que 28,9% daqueles que afirmam utilizar este procedimento de
análise para medir a satisfação de seus clientes provém do polo Plástico da Região
Norte.
3.2.11 Tipos de pesquisa de satisfação com clientes finais
Como realiza pesquisa de satisfação de clientes?
Gráfico 19 – Tipos de pesquisa de satisfação com clientes finais40
Fonte: dados da pesquisa.
O Gráfico 19 demonstra que dentre aqueles que realizam pesquisa de
satisfação, todos utilizam a equipe interna para este fim.
Gráfico 19.1 – Tipos de pesquisa de satisfação com clientes finais X Região-Polo41
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
FORMA DE PESQUISA DE SATISFAÇÃO
Não faz pesquisa 51 76,1%
Equipe Interna 16 23,9%
Total 67 100,0%
POLO EM SC / FORMA DE PESQUISA DE SATISFAÇÃO
Plástico da
Região Norte
N % obs.
Plástico e
Borracha do
Oeste
N % obs.
Não faz pesquisa
Equipe Interna
Total
27 71,1% 24 82,8%
11 28,9% 5 17,2%
38 100,0% 29 100,0%
164
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
O cruzamento do tipo de pesquisa de satisfação com clientes com o polo
econômico das empresas pesquisadas indica que a predominância do índice dos
entrevistados que não realizam este procedimento analítico ocorre no polo do Plástico
e Borracha do Oeste, com 82,8% dos entrevistados. Já no polo do Plástico da Região
Norte é observável que os 28,9% que realizam pesquisa de satisfação com seus
clientes o fazem por meio da equipe interna.
3.2.12 Grau de satisfação dos clientes finais
Qual o grau de satisfação dos clientes?
Gráfico 20 – Grau de satisfação dos clientes finais42
Fonte: dados da pesquisa
De acordo com a pesquisa, 79,2% (acumulado) dos entrevistados afirmam que
seus clientes encontram-se satisfeitos ou muito satisfeitos com a empresa que vende o
produto ou presta o serviço em questão. Ressalte-se que estas percepções quanto ao
grau de satisfação dos clientes são fruto mais de interações com os mesmos, do que
resultado de aplicação de pesquisa de satisfação, uma vez que apenas 23,9% (Gráfico
19) dos entrevistados afirmam realizar esta avaliação.
165
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 20.1 – Grau de satisfação dos clientes finais X Região-polo43
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 20.1 relaciona o grau de satisfação dos clientes e polo econômico das
empresas pesquisadas. Nos dois polos da pesquisa a faixa de destaque é o índice de
entrevistados que afirmam que seus clientes encontram-se Muito Satisfeitos com o
produto ou o serviço ofertado pela empresa, sendo que 58,6% dos respondentes do
polo do Plástico e Borracha do Oeste e 42,1% do grupo do polo do Plástico da Região
Norte situam-se nesta faixa de resposta.
166
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
3.2.13 Frequência da pesquisa de satisfação
Qual a frequência destas pesquisas?
Gráfico 21 – Frequência da pesquisa de satisfação44
Fonte: dados da pesquisa.
Neste gráfico é apontada a frequência de execução da pesquisa de satisfação,
para aqueles que relatam realizá-la. Observa-se percentual igual para a frequência
anual e mensal, ambas com 7,5% das citações. A bimestralidade é apontada por 3% da
amostra.
FREQUÊNCIA EM PESQUISA DE SATISFAÇÃO
Não faz pesquisa 51 76,1%
Mensal 5 7,5%
Anual 5 7,5%
Esporadicamente 2 3,0%
Bimestral 2 3,0%
Semestral 1 1,5%
Trimestral 1 1,5%
Total 67 100,0%
167
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 21.1 – Frequência da pesquisa de satisfação X Região-Polo45
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
De acordo com o Gráfico 21.1, o índice de empresas que fazem pesquisas
anualmente é destaque no polo do Plástico da Região Norte, com 10,5% dos
entrevistados deste polo nesta faixa de resposta. Para o polo do Plástico e Borracha do
Oeste, o destaque é para aqueles que realizam este procedimento de análise
mensalmente, com 10,3% dos inquiridos nesta faixa de escolha. Vale ressaltar que a
execução bimestral da pesquisa só ocorre no polo do Plástico do Norte, com 5,3% de
respondentes neste estudo.
POLO EM SC / FREQUÊNCIA EM PESQUISA DE SATISFAÇÃO
Plástico e
Borracha do Oeste
N % obs.
Plástico da Região
Norte
N % obs.
Anual
Semestral
Bimestral
Trimestral
Mensal
Esporadicamente
Não faz pesquisa
Total
1 3,4% 4 10,5%
0 0,0% 1 2,6%
0 0,0% 2 5,3%
0 0,0% 1 2,6%
3 10,3% 2 5,3%
1 3,4% 1 2,6%
24 82,8% 27 71,1%
29 100,0% 38 100,0%
168
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
3.3 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DE MERCADO DAS EMPRESAS: CADEIA DE PLAYERS E CONJUNTURA DA ATIVIDADE
Esta seção apresentará os resultados da análise das características de
suprimentos da cadeia de mercado ou players (clientes, fornecedores e concorrentes)
e da conjuntura da atividade da empresa ante o mercado (práticas, problemas
enfrentados, novos mercados). É composta por dezenove variáveis que explicam a
conjuntura do mercado das empresas de Produtos de Borracha e de Plástico em Santa
Catarina.
3.3.1 Canais de venda para acesso a clientes
E quais seriam os seus canais de vendas?
Gráfico 22 – Canais de venda46
Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.
Os canais de vendas utilizados pelos entrevistados são abordados no Gráfico
22. A ampla maioria dos respondentes, 71,6%, destaca a venda direta como melhor
forma de acessar seus clientes ou potenciais clientes para venda de seus
produtos/serviços. Outros canais de venda aparecem atrás da venda direta, são eles:
atacadista/distribuidor, com 38,8% dos respondentes, e o varejista, com 20,9%. Dentre
os entrevistados é perceptível a baixa utilização da internet como canal de venda, com
apenas 6,0% da amostra.
CANAIS DE VENDAS MAIS USADOS
Venda direta ao cliente f inal 48 71,6%
Atacadista/Distribuidor 26 38,8%
Varejista 14 20,9%
Internet via site próprio 4 6,0%
Outros 3 4,5%
Total 67
169
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 22.1 – Canais de venda do cliente X Região-Polo47
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
A análise do Gráfico 22.1 é o cruzamento entre canais de vendas e os polos
econômicos do estudo, tendo como premissa a utilização de diversos canais de vendas
para o cliente por uma mesma empresa. A venda direta é predominante nos dois polos
estudados, com destaque para o Polo Setorial da Cadeia do Setor Plástico e Borracha
do Oeste, onde 72,4% dos respondentes utilizam-se deste canal de venda. O uso de
Atacadista/Distribuidor é destacado no Polo Setorial da Cadeia da Indústria do Plástico
da Região Norte, uma vez que 39,5% da amostra utiliza este canal de venda. O canal
varejista é mais significativo para as empresas do polo do Plástico e Borracha do Oeste
quando comparado com o polo do Plástico do Norte. Esta situação se repete quando
analisado o canal de venda pela internet.
POLO EM SC / CANAIS DE VENDA MAIS USADOS
Plástico da
Região Norte
N % obs.
Plástico e
Borracha do
Oeste
N % obs.
Venda direta ao cliente final
Atacadista/Distribuidor
Varejista
Internet via site próprio
Outros
Total
27 71,1% 21 72,4%
15 39,5% 11 37,9%
6 15,8% 8 27,6%
1 2,6% 3 10,3%
2 5,3% 1 3,4%
38 100,0% 29 100,0%
170
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
3.3.2 Região de origem dos clientes finais
Seus principais clientes são originários, em sua maior parte:
Gráfico 23 – Região de origem dos clientes finais48
Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.
De acordo com o Gráfico 23, é observável que a origem dos clientes finais situa-
se fora dos limites do bairro em que a empresa está instalada, de acordo com 50,7%
dos entrevistados. Sequencialmente, 34,3% dos respondentes indicam que os clientes
são da própria região em que a empresa se localiza. Cabe salientar que 20,9% dos
clientes das empresas estudadas situam-se em estados de outras regiões do país. O
mercado na região sul também se apresenta com boa significância para os
respondentes, com 20,9% de citações.
REGIÃO DE INSTALAÇÃO DOS CLIENTES
Do bairro onde a empresa está localizada 12 17,9%
De outros bairros do município 34 50,7%
Da região onde sua empresa se localiza 23 34,3%
De outras regiões do estado 15 22,4%
De outros estados do sul do Brasil 14 20,9%
De estados de outras regiões do Brasil 14 20,9%
Do exterior 0 0,0%
Total 67
171
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 23.1 – Região de origem dos clientes finais X Região-Polo49
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 23.1 correlaciona o polo econômico das empresas estudadas e a
região que seus clientes estão instalados, baseando-se na premissa de que uma
mesma empresa tem diversos clientes, oriundos de diferentes regiões. O índice de
maior expressividade no polo do Plástico da Região Norte é para a faixa que afirma que
seus clientes são de outros bairros do município, com 57,9% da amostra deste polo. O
maior número de respondentes que afirmam que seus clientes são de outras regiões
do estado está no polo do Plástico e Borracha do Oeste, com 34,5% dos
representantes desta esfera do estudo nesta faixa de resposta. Com relação ao
mercado no sul do Brasil, o destaque, com 24,1% é para o polo do Plástico e Borracha
do Oeste. Já em termos de mercado de abrangência nacional, o polo do Plástico da
Região Norte contém o maior número de respondentes, 23,7%.
POLO EM SC / REGIÃO DE INSTALAÇÃO DOS CLIENTES
Plástico da
Região Norte
N % obs.
Plástico e
Borracha do
Oeste
N % obs.
De outros bairros do município
Da região onde sua empresa se localiza
De outras regiões do estado
De outros estados do sul do Brasil
De estados de outras regiões do Brasil
Do bairro onde a empresa está localizada
Total
22 57,9% 12 41,4%
14 36,8% 9 31,0%
5 13,2% 10 34,5%
7 18,4% 7 24,1%
9 23,7% 5 17,2%
6 15,8% 6 20,7%
38 100,0% 29 100,0%
172
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 23.2 – Descrição da região de origem dos clientes finais - Composto de 3 gráficos50
Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.
O Gráfico 23.2 está relacionado ao Gráfico 23 o qual descreve a origem de
instalação dos clientes das empresas entrevistadas (respostas espontâneas) e
representa um seccionamento deste em 3 gráficos que tem em sua origem respostas
diferentes para as categorias de respostas apresentadas no Gráfico 23 e foi
particionado da seguinte forma:
O Gráfico “1: Origem dos clientes – Regionais SC” apresenta a distribuição
de respostas por mesorregiões do Estado em que os clientes estão
instalados e que foram citadas na alternativa “De outras regiões do
Estado” no Gráfico 23. As regiões mais citadas são a região Oeste e Norte,
com 17,9% e 16,4% dos respondentes, respectivamente.
O Gráfico “2: Origem dos clientes – Estados” apresenta a distribuição de
respostas por Estados do Brasil. Nota-se que a região Sul é a mais citada
no grupo dos entrevistados, inferindo a proximidade geográfica como
fator preponderante para a expansão dos negócios para o empresariado
catarinense. O Paraná e o Rio Grande do Sul apresentam significativos
índices de respondentes neste levantamento, respectivamente 22,4% e
14,9% dos respondentes. São Paulo detém o mesmo índice do Rio Grande
1: ORIGEM DOS CLIENTES - REGIONAIS SC
Não resposta 43 64,2%
Foz do Itajaí 1 1,5%
Meio Oeste 4 6,0%
Norte 11 16,4%
Oeste 12 17,9%
Sul 2 3,0%
Vale do Itajaí 4 6,0%
Total 67
2: ORIGEM DOS CLIENTES - ESTADOS
Não resposta 43 64,2%
BA 1 1,5%
GO 1 1,5%
MA 1 1,5%
MG 2 3,0%
PB 1 1,5%
PE 1 1,5%
PI 1 1,5%
PR 15 22,4%
RS 10 14,9%
SP 15 22,4%
Total 67
3: ORIGEM DOS CLIENTES - PAÍSES
Brasil 67 100,0%
Total 67 100,0%
173
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
do Sul neste apontamento. Estas respostas foram citadas na alternativa
“De Estados de outras regiões do País” no Gráfico 23;
O Gráfico 23: Origem dos clientes – “Países” apresenta a distribuição de
respostas por outros países em que os clientes estão instalados e que
foram citadas na alternativa “Do exterior” no Gráfico 23. Em sua
totalidade, os negócios dos respondentes situam-se dentro dos limítrofes
nacionais.
3.3.3 Região de origem dos fornecedores
Seus principais Fornecedores são originários, em sua maior parte:
Gráfico 24 – Região de origem dos fornecedores51
Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.
Neste levantamento, o índice total ultrapassa 100% devido à possibilidade de
múltiplas respostas por um mesmo entrevistado. De acordo com o Gráfico 24, as
empresas pesquisadas têm elevada dependência de fornecedores de fora do estado de
Santa Catarina, com ápice no índice de 40,3% dos entrevistados que afirmam que seus
fornecedores são oriundos de outros estados do sul do Brasil. Segundo 34,5% das
citações, os fornecedores são oriundos de outras regiões do país. É observável,
ademais, a ínfima relevância de fornecedores situados fora dos limites nacionais para o
empresariado entrevistado, apenas 1,5% das citações da pesquisa.
REGIÃO DE INSTALAÇÃO DOS FORNECEDORES
Do bairro onde a empresa está localizada 7 10,4%
De outros bairros do município 15 22,4%
Da região onde sua empresa se localiza 20 29,9%
De outras regiões do estado 11 16,4%
De outros estados do sul do Brasil 27 40,3%
De Estados de outras regiões do Brasil 23 34,3%
Do exterior 1 1,5%
Total 67
174
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 24.1 – Região de origem dos fornecedores X Região-Polo52
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 24.1 relaciona o polo econômico em que a empresa atua com o local
em que seus fornecedores estão instalados, levando em consideração a premissa de
que uma mesma empresa tem diversos fornecedores. Neste prospecto, o Polo Setorial
da Cadeia da Indústria do Plástico da Região Norte é predominantemente abastecido
por fornecedores da região onde as empresas estão situadas, conforme 42,1% dos
respondentes. O Polo Setorial da Cadeia do Setor Plástico e Borracha do Oeste tem
maior proeminência para os entrevistados com fornecedores de outros estados do sul
do país, com 69% dos entrevistados deste polo nesta faixa de resposta. Em se tratando
de fornecedores de outras regiões do Brasil, os polos apresentam percentuais muito
próximos, 36,8% no polo do Plástico da Região Norte e 31,0% no polo do Plástico e
Borracha do Oeste.
POLO EM SC / RELAÇÃO DE INSTALAÇÃO DOS FORNECEDORES
Plástico da
Região Norte
N % obs.
Plástico e
Borracha do
Oeste
N % obs.
De outros estados do sul do Brasil
De Estados de outras regiões do Brasil
Da região onde sua empresa se localiza
De outros bairros do município
De outras regiões do estado
Do bairro onde a empresa está localizada
Do exterior
Total
7 18,4% 20 69,0%
14 36,8% 9 31,0%
16 42,1% 4 13,8%
10 26,3% 5 17,2%
6 15,8% 5 17,2%
4 10,5% 3 10,3%
0 0,0% 1 3,4%
38 100,0% 29 100,0%
175
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 24.2 – Descrição da região de origem dos fornecedores - Composto de 3 gráficos53
Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.
O Gráfico 24.2 está relacionado ao Gráfico 24 o qual descreve a origem de
instalação dos fornecedores das empresas entrevistadas (respostas espontâneas) e
representa um seccionamento deste em 3 gráficos que tem em sua origem respostas
diferentes para as categorias de respostas apresentadas no Gráfico 24 e foi
particionado da seguinte forma:
O Gráfico “1: Origem dos fornecedores – Regionais” apresenta a
distribuição de respostas por mesorregiões do Estado em que os
fornecedores estão instalados e que foram citadas na alternativa “De
outras regiões do Estado” no Gráfico 24. A região de maior destaque neste
apontamento é a Região Norte, com 23,9% das citações do grupo.
O Gráfico “2: Origem dos fornecedores – Estados” apresenta a distribuição
de respostas por Estados do Brasil, onde seus fornecedores estão
instalados e que foram citadas na alternativa “De Estados de outras regiões
do País” no Gráfico 24. Neste prospecto, São Paulo, Paraná e o Rio Grande
do Sul são os estados com maior número de fornecedores para o
empresariado catarinense, com índices respectivamente de 43,3%, 34,3% e
25,4% das citações do grupo;
1:ORIGEM DOS FORNECEDORES-REGIONAIS SC
Não resposta 49 73,1%
Norte 16 23,9%
Foz do Itajaí 5 7,5%
Vale do Itajaí 4 6,0%
Grande Florianópolis 2 3,0%
Sul 1 1,5%
Oeste 1 1,5%
Total 67
2: ORIGEM DOS FORNECEDORES-ESTADOS
Não resposta 21 31,3%
SP 29 43,3%
PR 23 34,3%
RS 17 25,4%
MG 4 6,0%
Total 67
3: ORIGEM DOS FORNECEDORES-PAÍSES
Brasil 67 100,0%
Total 67 100,0%
176
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
O Gráfico “3: Origem dos fornecedores – Países” apresenta a distribuição
de respostas por outros países em que os fornecedores estão instalados e
que foram citadas na alternativa “Do exterior, quais países” no Gráfico 24.
A dependência do empresariado catarinense em relação ao fornecimento é
exclusiva do país, visto que inexistem fornecedores de fora do país para os
entrevistados do presente estudo.
3.3.4 Região de origem dos concorrentes
Seus principais concorrentes são originários, em sua maior parte:
Gráfico 25 – Região de origem dos concorrentes54
Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.
De acordo com o Gráfico 25, é verificável que para as empresas pesquisadas, a
concorrência é oriunda principalmente de outros bairros do município onde a empresa
está situada, com índice de 47,8%, seguido por 31,3% dos entrevistados com
afirmativa de que a concorrência provém da região onde a empresa está localizada.
Para 37,3% dos entrevistados, a concorrência advém de fora dos limites estaduais,
sejam de estados vizinhos, de estados longínquos ou de outros países.
REGIÃO DE INSTALAÇÃO DOS CONCORRENTES
Do bairro onde a empresa está localizada 15 22,4%
De outros bairros do município 32 47,8%
Da região onde sua empresa se localiza 21 31,3%
De outras regiões do estado 6 9,0%
De outros Estados do sul do Brasil 12 17,9%
De Estados de outras regiões do Brasil 11 16,4%
Do exterior 2 3,0%
Total 67
177
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 25.1 – Região de origem dos concorrentes X Região-Polo55
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 25.1 relaciona o polo econômico das empresas pesquisadas com o
local que os concorrentes estão instalados, levando em consideração a premissa de
que uma mesma empresa tem diversos concorrentes. O destaque para os dois polos
da pesquisa é: concorrentes de outros bairros do município onde as empresas estão
localizadas, com ápice no índice de 52,6% dos entrevistados do polo do Plástico da
Região Norte para esta faixa de resposta. Concorrentes da região onde a empresa está
localizada têm destaque no polo do Plástico e Borracha do Oeste, com 34,5% das
citações dos pesquisados desta esfera da amostra. Concorrentes de outros estados do
sul do país, bem como do bairro onde a empresa está situada são ocorrências com
iguais percentuais, 24,1% para os inquiridos do polo do Plástico e Borracha do Oeste.
POLO EM SC / RELAÇÃO DE INSTALAÇÃO DOS CONCORRENTES
Plástico da
Região Norte
N % obs.
Plástico e
Borracha do
Oeste
N % obs.
De outros bairros do município
Da região onde sua empresa se localiza
Do bairro onde a empresa está localizada
De outros Estados do sul do Brasil
De Estados de outras regiões do Brasil
De outras regiões do estado
Do exterior
Total
20 52,6% 12 41,4%
11 28,9% 10 34,5%
8 21,1% 7 24,1%
5 13,2% 7 24,1%
6 15,8% 5 17,2%
5 13,2% 1 3,4%
1 2,6% 1 3,4%
38 100,0% 29 100,0%
178
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 25.2 – Descrição da região de origem dos concorrentes - Composto de 3 gráficos56
Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.
O Gráfico 25.2 está relacionado ao Gráfico 25 o qual descreve a origem ou
localização de instalação dos concorrentes das empresas entrevistadas (respostas
espontâneas) e representa um seccionamento deste em 3 gráficos que tem em sua
origem respostas diferentes para as categorias apresentadas no Gráfico 25 e foi
particionado da seguinte forma:
O Gráfico “1: Origem dos concorrentes – Regionais SC” apresenta a
distribuição de respostas por mesorregiões do Estado em que os
concorrentes estão instalados e que foram citadas na alternativa “De
outras regiões do Estado” no Gráfico 25. As regiões mais citadas foram as
regiões Norte e Oeste do estado, com respectivamente 20,9% e 14,9% das
citações da amostra;
O Gráfico “2: Origem dos concorrentes – Estados” apresenta a distribuição
de respostas por Estados do Brasil, onde seus concorrentes estão
instalados e que foram citadas na alternativa “De Estados de outras regiões
do País” no Gráfico 25. Os estados de origem de seus concorrentes mais
citados foram São Paulo e o Paraná com respectivamente 16,4% e 11,9%
dos inquiridos da amostra nesta faixa de resposta;
1: ORIGEM DOS CONCORRENTES - REGIONAIS
Não resposta 44 65,7%
Extremo Oeste 2 3,0%
Foz do Itajaí 1 1,5%
Meio Oeste 1 1,5%
Norte 14 20,9%
Oeste 10 14,9%
Sul 1 1,5%
Vale do Itajaí 5 7,5%
Total 67
3: ORIGEM DOS CONCORRENTES - PAÍSES
Brasil 67 100,0%
Total 67 100,0%
2: ORIGEM DOS CONCORRENTES - ESTADOS
Não resposta 47 70,1%
PR 8 11,9%
RJ 1 1,5%
RS 4 6,0%
SP 11 16,4%
Total 67
179
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
O Gráfico “3: Origem dos concorrentes – Países” apresenta a distribuição
de respostas por outros países em que os concorrentes estão instalados e
que foram citadas na alternativa “Do exterior, quais países” no Gráfico 25.
É observável, segundo a totalidade dos respondentes, que a concorrência
advém de dentro dos limites territoriais brasileiros.
3.3.5 Nível de concorrência do mercado
E como você percebe o mercado concorrente atual, na área de atuação da sua
empresa?
Gráfico 26 – Nível de concorrência do mercado57
Fonte: dados da pesquisa.
O Gráfico 26 indica o nível de concorrência no mercado, sendo que de acordo
com a opinião de 67,2% dos entrevistados existem muitos concorrentes no setor, ao
passo que 9% do total da amostragem acreditam na existência de poucos concorrentes
dentro do setor. Uma terceira percepção, daqueles que acreditam em um equilíbrio da
concorrência – nem muitos e nem poucos concorrentes – têm índice de 23,9% dentre
os respondentes.
NÍVEL DE CONCORRÊNCIA
Muitos concorrentes 45 67,2%
Nem poucos nem muitos concorrentes 16 23,9%
Poucos concorrentes 6 9,0%
Total 67 100,0%
180
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 26.1 – Nível de concorrência do mercado X Região-Polo58
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 26.1 cruza o nível de concorrência de mercado com o polo econômico
das empresas pesquisadas. Nos dois polos da pesquisa o destaque é para o índice de
respondentes que acreditam na existência de muitos concorrentes dentro do setor,
com exacerbação no índice do polo do Plástico da Região Norte, onde 68,4% dos
respondentes do grupo estão inclusos nesta faixa de resposta. Aqueles que acreditam
em poucos concorrentes dentro do setor são em maior número no polo do Plástico e
Borracha do Oeste, com 10,3% dos entrevistados desta esfera da pesquisa, enquanto
24,1% da amostra deste polo econômico acreditam no equilíbrio no que cerne ao
quesito concorrência.
3.3.6 Percepção sobre o mercado
Como você (enquanto empresário) percebe o mercado onde atua, em termos de expansão, nos últimos 12 meses?
Gráfico 27 – Impressão sobre o mercado de atuação59
Fonte: dados da pesquisa.
POLO EM SC / NÍVEL DE CONCORRÊNCIA
Plástico da
Região Norte
N % obs.
Plástico e
Borracha do
Oeste
N % obs.
Muitos concorrentes
Nem poucos nem muitos concorrentes
Poucos concorrentes
Total
26 68,4% 19 65,5%
9 23,7% 7 24,1%
3 7,9% 3 10,3%
38 100,0% 29 100,0%
SITUAÇÃO DO MERCADO DE ATUAÇÃO
Está em crescimento 48 71,6%
Está estável (não cresce nem encolhe) 17 25,4%
Está decrescente ou em queda 2 3,0%
Total 67 100,0%
181
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
O Gráfico 27 avalia a impressão sobre o mercado de atuação dos entrevistados.
A percepção da maioria dos entrevistados, 71,6% indica o crescimento do mercado de
atuação das empresas do setor, enquanto 25,4% indicam a estabilidade deste. Apenas
3% dos entrevistados postulam o declínio do mercado de atuação no setor.
Gráfico 27.1 – Impressão sobre o mercado x Região-Polo60
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
De acordo com o Gráfico 27.1, a maioria dos entrevistados que acredita que o
mercado está em crescimento pertence ao polo do Plástico e Borracha do Oeste com
75,9% da amostra. Nesta direção os respondentes do polo do Plástico da Região Norte
somam 68,4%, assim como prevalecem entre o grupo que pontua a estabilidade do
mercado de atuação das empresas, com 28,9% da amostra nesta faixa de resposta. Em
se tratando do polo de Plástico e Borracha do Oeste, o índice de respondentes que
acreditam na estabilidade do mercado é de 20,7%. Por outro lado, o destaque no
grupo que infere no decréscimo do mercado de atuação das empresas é neste mesmo
polo.
182
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
3.3.7 Estágio atual da empresa: crescimento, estabilidade ou declínio
E a sua empresa está em qual fase? Crescimento, estabilidade ou queda nas vendas?
Gráfico 28 – Crescimento, estabilidade ou queda nas vendas61
Fonte: dados da pesquisa.
O Gráfico 28, por sua vez, apresenta a opinião dos respondentes acerca da
situação da sua própria empresa, considerando crescimento, estabilidade ou queda no
nível de vendas. A maior parte dos entrevistados, 64,2%, afirmam que a sua empresa
está em fase de crescimento, enquanto 32,8% indicam a estabilidade do nível de
vendas desta. Apenas 3% dentre os respondentes postulam queda no nível de vendas
da empresa em que atuam.
Gráfico 28.1 – Crescimento, estabilidade ou queda nas vendas X Região-Polo62
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 28.1 destaca o estágio do ciclo de vida da empresa por polo
econômico das empresas pesquisadas. Os entrevistados de todos os polos do estudo
ESTÁGIO DO CICLO DE VIDA DA EMPRESA
Está em crescimento 43 64,2%
Está estável (não cresce nem encolhe) 22 32,8%
Está decrescente ou em queda 2 3,0%
Total 67 100,0%
POLO EM SC / ESTÁGIOS DO CICLO DE VIDA DA EMPRESA
Plástico da
Região Norte
N % obs.
Plástico e
Borracha do
Oeste
N % obs.
Está em crescimento
Está estável (não cresce nem encolhe)
Está decrescente ou em queda
Total
24 63,2% 19 65,5%
12 31,6% 10 34,5%
2 5,3% 0 0,0%
38 100,0% 29 100,0%
183
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
são maioria dos respondentes na faixa daqueles que indicam o crescimento no nível de
vendas das empresas, com respectivamente 63,2% e 65,5% dos respondentes do Polo
Setorial da Cadeia da Indústria do Plástico da Região Norte e do Polo Setorial da Cadeia
do Setor Plástico e Borracha do Oeste nesta faixa de resposta. A estabilidade tem
maior proeminência para 34,5% dos entrevistados do polo do Plástico e Borracha do
Oeste, enquanto 5,3% do grupo do polo do Plástico da Região Norte pontua o declínio
do nível de vendas de suas empresas.
3.3.8 Taxa anual de crescimento em faturamento ou vendas na empresa
Em termos percentuais, indique o quanto a sua empresa está crescendo em relação ao último ano em termos de faturamento e vendas (caso tenha marcado "Está em crescimento" na questão anterior).
Gráfico 29 – Taxa anual de crescimento em faturamento/vendas63
Fonte: dados da pesquisa.
TAXA DE CRESCIMENTO - FATURAMENTO
[ESTÁGIO DO CICLO DE VIDA DA EMPRESA] In "Está em crescimento"
Média = 18 Desvio-padrão = 13
Mín = 2 Máx = 60
Não resposta 5 11,6%
Menos de 10 8 18,6%
De 10 a 19 13 30,2%
De 20 a 29 8 18,6%
De 30 a 39 6 14,0%
De 40 a 49 2 4,7%
De 50 a 59 0 0,0%
De 60 a 69 1 2,3%
De 70 a 79 0 0,0%
De 80 a 89 0 0,0%
De 90 a 99 0 0,0%
100 e mais 0 0,0%
Total 43 100,0%
11,6%
18,6%
30,2%
18,6%
14,0%
4,7%
0,0%
2,3%
0,0%
0,0%
0,0%
0,0%
184
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
O Gráfico 29 é o desdobramento da questão anterior e indica a taxa percentual
de crescimento médio para as empresas que apresentam situação atual de
crescimento em faturamento e vendas. O maior número de respondentes indica
crescimento entre 10 e 19 pontos percentuais, com índice de 30,2% das respostas,
seguido por 18,6% dos entrevistados que citam o crescimento inferior a dez pontos
percentuais, mesmo índice da faixa de crescimento entre 20 e 29 pontos percentuais.
Gráfico 29.1 – Taxa anual de crescimento em faturamento/vendas X Região-Polo64
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 29.1 é o cruzamento da taxa anual de crescimento em faturamento e
vendas com o polo econômico das empresas pesquisadas. Para o polo do Plástico e
Borracha do Oeste é verificável a proeminência na faixa de crescimento entre 10 e 19
pontos percentuais, com 42,1% dos entrevistados nesta faixa de resposta. Ainda neste
polo, 15,8% apontam um crescimento entre 30 e 39 pontos percentuais. Os
entrevistados do polo do Plástico da Região Norte, por sua vez, destacam a faixa de
crescimento entre 20 e 29 pontos percentuais, citada por ¼ dos entrevistados desta
esfera do estudo. Apenas entrevistados deste último polo citam crescimento superior
a quarenta pontos percentuais, atingindo o índice de 12,5% de inquiridos do polo nas
faixas entre 40 e 69 pontos percentuais.
POLO EM SC / TAXA DE CRESCIMENTO DE FATURAMENTO
[ESTÁGIO DO CICLO DE VIDA DA EMPRESA] In "Está em
crescimento"
Plástico e Borracha
do Oeste
N % obs.
Plástico da Região
Norte
N % obs.
Menos de 10
De 10 a 19
De 20 a 29
De 30 a 39
De 40 a 49
De 60 a 69
Total
6 31,6% 2 8,3%
8 42,1% 5 20,8%
2 10,5% 6 25,0%
3 15,8% 3 12,5%
0 0,0% 2 8,3%
0 0,0% 1 4,2%
19 100,0% 24 100,0%
185
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 29.2 – Taxa média anual de crescimento em faturamento/vendas X Região-Polo65
Fonte: dados da pesquisa
O Gráfico 29.2 demonstra a taxa média de crescimento no faturamento por
polo, que apresenta porcentagem média mais significativa no Polo da Região Norte.
3.3.9 Taxa anual de declínio em faturamento ou vendas na empresa
Em termos percentuais, indique o quanto a sua empresa perdeu em faturamento e vendas em relação ao último ano (caso tenha marcado "Está em queda" na questão anterior).
Gráfico 30 – Taxa anual de queda em faturamento ou vendas na empresa66
Fonte: dados da pesquisa.
De acordo com o Gráfico 30, apenas 2 respondentes dentre todos os polos
informou o percentual anual do decréscimo das suas atividades. Estes entrevistados
POLO EM SC / MÉDIA DA TAXA DE CRESCIMENTO DE FATURAMENTO
TAXA DE CRESCIMENTO -
FATURAMENTO
Média Mín Máx
Plástico e Borracha do Oeste
Plástico da Região Norte
Total
14 2 30
23 5 60
18 2 60
186
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
pontuam o decréscimo entre 30 a 49 pontos percentuais em faturamento ou vendas
em relação ao último ano na sua empresa.
Gráfico 30.1 – Taxa anual de queda em faturamento ou vendas na empresa X Região-Polo67
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
A escala de taxa de declínio por região-polo das empresas pesquisadas (Gráfico
30.1), indica que a principal variação de declínio é entre 30 e 49 por cento para 2
empresas, ocorrência exclusiva do polo do Plástico da Região Norte.
Gráfico 30.2 – Taxa Média anual de queda em faturamento ou vendas na empresa X Região-Polo68
Fonte: dados da pesquisa.
O Gráfico 30.2 expõe a taxa média de queda no faturamento por polo, que no
polo do Plástico da Região Norte é a porcentagem mais significativa.
187
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
3.3.10 Práticas de crescimento utilizadas na empresa
O que a sua empresa está fazendo hoje para atingir este crescimento? Indique (caso tenha informado "em crescimento” no item 3.3.7).
Gráfico 31 – Práticas de crescimento utilizadas na empresa69
Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.
As práticas de crescimento utilizadas nas empresas são expressas no Gráfico 31.
Aqui as alternativas tentam responder ao que as empresas estão fazendo para atingir o
crescimento. Dentre as alternativas, a mais utilizada pelos respondentes são
melhoramentos no processo interno, com índice de 34,3% das respostas. Em seguida,
aparece a criação de inovações, com 23,9% dos respondentes, mesmo índice daqueles
que pontuam a aquisição de tecnologias como prática de crescimento, utilizada pelas
empresas estudadas. O desenvolvimento de novos produtos apresenta-se na quinta
posição, com 14,9% de citações do total da amostra.
PRÁTICAS DE CRESCIMENTO
Não resposta 24 35,8%
Melhoramentos no processo interno 23 34,3%
Criando inovação 16 23,9%
Adquirindo tecnologias 16 23,9%
Formando parcerias 11 16,4%
Desenvolvendo novos produtos 10 14,9%
Investindo em qualif icação profissional 8 11,9%
Atuando em novos mercados 6 9,0%
Outro 5 7,5%
Profissionalizando toda a empresa 4 6,0%
Aperfeiçoando a logística 3 4,5%
Total 67
188
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 31.1 – Práticas de crescimento utilizadas na empresa X Região-Polo70
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O cruzamento das práticas de crescimento utilizadas nas empresas pesquisadas
com o polo econômico das empresas pesquisadas é descrito no Gráfico 31.1. De
acordo com o estudo, a principal prática de crescimento para os dois polos do estudo
são melhoramentos no processo interno, com exacerbação no polo do Plástico e
Borracha do Oeste, com 37,9% dos entrevistados nesta faixa de resposta. Para o polo
do Plástico da Região Norte, o mesmo índice de respondentes, 31,6% da amostra, é
verificável na faixa daqueles que acreditam que adquirir tecnologias é uma importante
prática de crescimento utilizada pelas empresas da pesquisa. No polo do Plástico e
Borracha do Oeste, observa-se índice significativo para o uso da inovação, como forma
de promoção do crescimento, 31,0% de citações.
PRÁTICAS DE CRESCIMENTO / POLO EM SC
Plástico e
Borracha do
Oeste
N % obs.
Plástico da
Região Norte
N % obs.
Adquirindo tecnologias
Aperfeiçoando a logística
Atuando em novos mercados
Criando inovação
Desenvolvendo novos produtos
Formando parcerias
Investindo em qualif icação profissional
Melhoramentos no processo interno
Outro
Profissionalizando toda a empresa
Total
4 13,8% 12 31,6%
0 0,0% 3 7,9%
3 10,3% 3 7,9%
9 31,0% 7 18,4%
3 10,3% 7 18,4%
7 24,1% 4 10,5%
1 3,4% 7 18,4%
11 37,9% 12 31,6%
2 6,9% 3 7,9%
3 10,3% 1 2,6%
29 100,0% 38 100,0%
189
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
3.3.11 Motivos de estabilidade/declínio em faturamento ou vendas na empresa
Se a empresa apresenta um quadro de estabilidade ou declínio em vendas ou faturamento, indique os principais motivos.
Gráfico 32 – Motivos da estabilidade ou queda em faturamento ou vendas na empresa71
Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.
O Gráfico 32 expressa os motivos da estagnação ou declínio das empresas
pesquisadas, e o principal motivo do declínio apontado pelas empresas é a
concorrência acirrada no setor, com 10,4% dos respondentes. Outro motivo citado
pela amostra, a falta de recursos próprios para capital de giro, com 6%. Nota para
67,2% de não respostas respectivas a parcela da amostra que não apresentou declínio
(indicativo no gráfico 28).
190
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 32.1 – Motivos de estabilidade ou queda em faturamento ou vendas na empresa X Região-Polo72
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 32.1 apresenta os motivos de estabilidade ou queda no faturamento
das empresas estudadas. A análise dos dados infere que a concorrência acirrada é o
destaque nos dois polos da pesquisa. Ainda neste polo, encontra-se um elevado
percentual, 7,9%, que aponta a falta de mão de obra qualificada como motivo para
declínio das vendas. Cabe ressaltar que 6,9% dos entrevistados do polo do Plástico e
Borracha do Oeste pontuam a falta de recursos próprios para capital de giro como
motivo para a estabilidade ou queda no faturamento das empresas da amostra,
mesmo índice neste polo econômico para aqueles que pontuam a falta de recursos
para investimentos como problema ao desenvolvimento do setor.
MOTIVOS DO DECLÍNIO / POLO EM SC
Plástico da
Região Norte
N % obs.
Plástico e
Borracha do
Oeste
N % obs.
Outra
Concorrência acirrada
Falta de recursos próprios para capital de giro
Falta de modernização tecnológica
Falta de recursos para investimentos
Mão-de-obra não qualif icada
Custo elevado dos produtos ou insumos comprados
Inadequação a legislação vigente
Qualidade da matéria prima
Total
6 15,8% 5 17,2%
4 10,5% 3 10,3%
2 5,3% 2 6,9%
2 5,3% 1 3,4%
1 2,6% 2 6,9%
3 7,9% 0 0,0%
0 0,0% 1 3,4%
0 0,0% 1 3,4%
1 2,6% 0 0,0%
38 100,0% 29 100,0%
191
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
3.3.12 Tipos de inovação desenvolvidas na empresa
Caso tenha realizado, quais os tipos de inovação a sua empresa desenvolveu ou
desenvolve?
Gráfico 33 – Tipos de inovação desenvolvidas na empresa73
Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.
Dentro da amostragem, 67,2% dos entrevistados não realizaram ações de
inovação, conforme mostra o Gráfico 33. Para aquelas empresas que realizaram ações
de inovação, observa-se que 14,9% das empresas introduziram novos processos ou
métodos de trabalho, mesmo índice de respondentes que ofertaram novos produtos e
serviços para novos segmentos de mercado.
TIPOS DE INOVAÇÃO REALIZADAS
Não realizou essas ações de inovação no período 45 67,2%
Introduziu novos produto/serviços em novos segmentos 10 14,9%
Introduziu novos processos ou métodos de trabalho 10 14,9%
Criou produtos e fez modificações nas atributos do produto, não patenteadas 5 7,5%
Introduziu mudanças no seu modelo de negócio 5 7,5%
Total 67
192
Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 33.1 – Tipos de inovação desenvolvidas na empresa X Região-Polo74
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
Esta amostra analisa os principais tipos de inovação que os polos adotam. É observável que o destaque para o polo do Plástico e
Borracha do Oeste é para os entrevistados que introduziram novos processos ou métodos de trabalho, com 17,2% das citações no polo. Já no
polo do Plástico da Região Norte é verificável a predominância daqueles que introduziram novos produtos e serviços para novos segmentos de
mercado, com 15,8% dos representantes deste polo nesta faixa de resposta. Cabe salientar que 10,3% dos entrevistados do polo de Plástico e
Borracha do Oeste criaram produtos e fizeram modificações nos atributos do produto, não patenteados e acreditam que esta seja uma ação de
inovação realizada por estes.
POLO EM SC / TIPOS DE INOVAÇÃO REALIZADAS
Plástico e
Borracha do
Oeste
N % obs.
Plástico da
Região Norte
N % obs.
Criou produtos e fez modificações nas atributos do produto, não patenteadas
Introduziu mudanças no seu modelo de negócio
Introduziu novos processos ou métodos de trabalho
Introduziu novos produto/serviços em novos segmentos
Não realizou essas ações de inovação no período
Total
3 10,3% 2 5,3%
2 6,9% 3 7,9%
5 17,2% 5 13,2%
4 13,8% 6 15,8%
19 65,5% 26 68,4%
29 100,0% 38 100,0%
193
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
3.3.13 Impacto das inovações na empresa
Com relação às inovações realizadas por sua empresa, você diria que:
Gráfico 34 – Impacto das inovações na empresa75
Fonte: dados da pesquisa.
De acordo com o Gráfico 34, 67,2% da amostra afirma que não realizou as
ações de inovação. Da amostra total, 25,4% dos respondentes indicam que o impacto
foi positivo no negócio, índice que salta para 77,3% (17 entre 22 empresas da amostra)
das empresas que realizaram ações de inovação (32,8% da amostra total realizaram
inovação).ao passo que 7,5% ainda estão em fase de implementação das ações de
inovações, não sendo possível mensurar os resultados destas ações.
Gráfico 34.1 – Impacto das inovações na empresa X Região-Polo76
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
No Gráfico 34.1, é visto que 21,1% dos respondentes do polo do Plástico da
Região Norte afirmam o impacto positivo daquelas inovações em seu negócio, ao
IMPACTO DAS AÇÕES DE INOVAÇÃO
Não realizou ações de inovação 45 67,2%
Impactaram positivamente no seu negócio 17 25,4%
Ainda em fase de implementação das ações de inovação 5 7,5%
Não impactaram nem positiva nem negativamente 0 0,0%
Impactaram negativamento no seu negócio 0 0,0%
Total 67 100,0%
POLO EM SC / IMPACTO DAS AÇÕES DE INOVAÇÕES
Plástico da
Região Norte
N % obs.
Plástico e
Borracha do
Oeste
N % obs.
Não realizou ações de inovação
Impactaram positivamente no seu negócio
Ainda em fase de implementação das ações de inovação
Total
26 68,4% 19 65,5%
8 21,1% 9 31,0%
4 10,5% 1 3,4%
38 100,0% 29 100,0%
194
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
passo que 31,0% dos entrevistados do polo do Plástico e Borracha do Oeste situam-se
nesta faixa de resposta. O maior índice de respondentes que ainda estão em fase de
implementação destas ações é observado no polo do Plástico da Região Norte, 10,5%
dos entrevistados nesta esfera da pesquisa.
3.3.14 Problemas ou desafios enfrentados pelo respondente
Gostaria de comentar sobre os principais problemas/desafios que sua empresa enfrenta atualmente?
Gráfico 35 – Problemas ou desafios enfrentados pela empresa77
Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.
O Gráfico 35 apresenta os problemas e desafios enfrentados pelas empresas
entrevistadas. Por ser uma questão de múltiplas respostas, uma empresa pode ter
vários tipos de problemas ou desafios enfrentados. Dentre os comentários dos
entrevistados, os mais apontados são: falta de mão de obra qualificada, com 34,3% dos
195
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
respondentes, seguido por concorrência acirrada/desleal e falta de capital para
investimento, com respectivamente 19,4% e 14,9% dos entrevistados.
Gráfico 35.1 – Problemas ou desafios enfrentados pelo cliente X Região-Polo78
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 35.1, mostra em valores percentuais os problemas mais relevantes e
evidencia que a falta de mão de obra qualificada é o percalço mais significativo para as
empresas do polo de Plástico da Região Norte, citado por metade dos entrevistados
desta esfera da pesquisa. Neste polo, a concorrência acirrada/desleal é problemática
para 23,7% dos entrevistados. No polo do Plástico e Borracha do Oeste é verificável
que o maior percentual da amostra, 17,2% dos entrevistados, referem-se àqueles que
pontuam a falta capital para investimento como um dos maiores problemas
enfrentado pelas suas empresas. Tal índice repete-se na faixa daqueles que pontuam a
elevada carga tributária como fator negativo ao desenvolvimento do setor.
196
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
3.3.15 Ações de acesso a novos mercados na empresa
A sua empresa realizou alguma dessas ações de acesso a novos mercados nos últimos 12 meses?
Gráfico 36 – Ações de acesso a novos mercados na empresa79
Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.
Demonstrar as ações das empresas para entrar em novos mercados é a
premissa do Gráfico 36. Nota-se que 65,7% das empresas não realizaram quaisquer
ações para acessar novos mercados. Todavia, 22,4% dos respondentes destacaram a
atuação em outro Estado e 14,9% destacaram a “Atuação em nova cidade no Estado”
para ter acesso a novos clientes. “Vendas pela internet” foi a estratégia de 14,9% da
amostra.
AÇÕES PARA NOVOS MERCADOS
Não realizou estas ações 44 65,7%
Atuação em outro Estado 15 22,4%
Atuação em nova cidade no Estado 10 14,9%
Vendas pela internet 10 14,9%
Nova filial ou ponto de venda na mesma cidade 1 1,5%
Total 67
197
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 36.1 – Ações de acesso a novos mercados na empresa X Região-Polo80
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
Objetivo do Gráfico 36.1, as ações para acessar novos mercados cruzadas por
polo econômico das empresas pesquisadas apresenta índices extremamente elevados
daqueles que não realizaram estas ações nos dois polos da pesquisa. A estratégia de
atuar em outro Estado tem maior expressividade para os respondentes dos dois polos
econômicos estudados, com destaque para o polo do Plástico e Borracha do Oeste,
onde 24,1% dos entrevistados destacam esta faixa de resposta como ação para acessar
novos clientes. Já para 21,1% das empresas do polo do Plástico da Região Norte, atuar
em outro Estado foi a prerrogativa. Comparativamente o uso da internet para venda é
maior neste Polo do que no polo do Plástico e Borracha do Oeste, 15,8% e 13,8%
respectivamente.
POLO EM SC / AÇÕES PARA NOVOS MERCADOS
Plástico da
Região Norte
N % obs.
Plástico e
Borracha do
Oeste
N % obs.
Não realizou estas ações
Atuação em outro Estado
Atuação em nova cidade no Estado
Vendas pela internet
Nova filial ou ponto de venda na mesma cidade
Total
25 65,8% 19 65,5%
8 21,1% 7 24,1%
7 18,4% 3 10,3%
6 15,8% 4 13,8%
1 2,6% 0 0,0%
38 100,0% 29 100,0%
198
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
3.3.16 Resultados obtidos nas vendas com ações de acesso a novos mercados
Caso tenha realizado ações de acesso a novos mercados, estas:
Gráfico 37 – Resultados obtidos nas vendas com ações de acesso a novos mercados81
Fonte: dados da pesquisa.
O Gráfico 37 indica que, dentre as empresas da amostra total que realizaram
ações para acessar novos mercados, 17,9% desta amostra informa que o resultado das
ações superou as vendas em até 10% em relação ao mesmo período do ano passado
(Considerar o período da entrevista, conforme citado nos Aspectos Metodológicos).
Para 9%, da mesma amostra total, o aumento nas vendas foi maior do que 10% em
relação ao mesmo período do ano anterior, e para 9% não houve aumento nas vendas,
não incorrendo em resultados positivos.
RESULTADO DAS AÇÕES - NOVOS MERCADOS
Não realizou ações para acessar novos mercados 43 64,2%
Resultaram em aumento de vendas de até 10% em relação ao mesmo período do ano passado 12 17,9%
Resultaram em aumento de vendas superior a 10% em relação ao mesmo período do ano passado 6 9,0%
Não resultaram em aumento de vendas 6 9,0%
Total 67 100,0%
199
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 37.1 – Resultados obtidos nas vendas com ações de acesso a novos mercados X Região-Polo82
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
Em ambos os polos a mais da metade dos respondentes afirmam que não realizaram ações para acessar mercados. Por outro lado,
24,1% dos entrevistados do polo de Plástico e Borracha do Oeste acreditam que as ações realizadas de prospecção a novos mercados
resultaram em aumento de vendas de até 10% em relação ao mesmo período do ano passado. Já para 13,2% dos representantes do Polo
Setorial da Cadeia da Indústria do Plástico da Região Norte, as ações realizadas para acesso a novos mercados, resultados no aumento de
vendas superior a 10% em relação ao mesmo período do ano passado.
200
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
3.3.17 Oportunidades de novos mercados para a empresa
Descreva o que seria uma oportunidade para um novo mercado na sua região ou fora dela, considerando o mercado em que sua empresa atua?
Gráfico 38 – Oportunidades de novos mercados83
Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.
OPORTUNIDADES DE MERCADO
Sem perspectiva 31 46,3%
Expandir a venda ao mercado nacional 5 7,5%
Ampliar venda ao mercado estadual/SC 5 7,5%
Fabricação de pneus na região da empresa 2 3,0%
Trabalhar com injeção de plástico na cidade 2 3,0%
Comercializar pneus novos/usados 2 3,0%
Fabricação de copos 1 1,5%
Fabricação/comercialização de embalagens na região da empresa 1 1,5%
Fabricação de moldes plásticos 1 1,5%
Abrir borracharia na região da empresa 1 1,5%
Fornecer matéria prima p5 1 1,5%
Produzir cifão/triplo/torneira 1 1,5%
Abrir centro de distribuição de peças no território nacional 1 1,5%
Produzir peças para construção civil 1 1,5%
Produzir peças e acessórios para automóveis 1 1,5%
Trabalhar com recapagem de pneus 1 1,5%
Fabricação velas de baixo custo 1 1,5%
Produzir escadas de f ibra 1 1,5%
Fabricação de fossas e f iltros para construção 1 1,5%
Trabalhar com o setor moveleiro 1 1,5%
Impressão e fabricação de bubinas 1 1,5%
Vendas pela internet 1 1,5%
Fabricação de embalagens para alimentos agrícolas 1 1,5%
Fabricação de embalagens para frigoríf ico 1 1,5%
Abrir fábrica de reposição de peças 1 1,5%
Nacionalizar peças importadas 1 1,5%
Fabricação de sacolas/mangueiras 1 1,5%
Total 67
201
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
O Gráfico 38 apresenta as respostas espontâneas dos empresários sobre a
percepção do que seria um novo mercado para a sua empresa na região ou fora desta.
As oportunidades mais citadas são expandir a venda para o mercado nacional e
ampliar a venda ao mercado estadual, ambas com 7,5% do total entrevistado. É
observável, no entanto, que 46,3% do grupo não observa perspectiva de novos
mercados.
Gráfico 38.1 – Oportunidades de novos mercados X Região-Polo84
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
202
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
O Gráfico 38.1 apresenta as oportunidades citadas pelas empresas de acordo
com o polo econômico destas. Expandir a venda ao mercado nacional tem destaque
para 10,3% dos entrevistados do polo do Plástico e Borracha do Oeste, ao passo que a
ampliação das vendas ao mercado estadual é pontuada por 10,5% dos representantes
do polo do Plástico da Região Norte. Oportuno ressaltar que o índice dos respondentes
sem perspectivas é de 37,9% e 52,6% dos entrevistados, índices pertencentes
respectivamente ao polo do Plástico e Borracha do Oeste e ao polo do Plástico da
Região Norte.
3.3.18 Expectativas estratégicas da empresa
E quais as suas expectativas em relação ao seu negócio, para o próximo ano?
Gráfico 39 – Expectativas estratégicas da empresa85
Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.
As expectativas das empresas entrevistadas quanto ao seu negócio,
considerando as respostas espontâneas e múltiplas, revelam-se mais significativas para
a ampliação das vendas, com 56,7% dos entrevistados. A expectativa do crescimento
superior aos quinze pontos percentuais é citada por 25,4% dos pesquisados, dentre
outros.
EXPECTATIVAS ESTRATÉGICAS
Ampliar as vendas 38 56,7%
Crescimento acima de 15% 17 25,4%
Aumentar a produção 6 9,0%
Estabilidade/Manter a cartela de clientes 4 6,0%
Expectativa de queda nas vendas 3 4,5%
Investimento em equipamentos 2 3,0%
Expandir para o mercado nacional 1 1,5%
Abertura de novas unidades estratégicas 1 1,5%
Ampliar as vendas pela internet 1 1,5%
Total 67
203
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 39.1 – Expectativas estratégicas da empresa X Região-Polo86
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
A análise por polo econômico apresenta a expectativa dos empresários para o
próximo ano em relação ao seu negócio, conforme descreve o Gráfico 39.1 e indica
que o destaque para os dois polos da pesquisa é a ampliação de vendas, com
exacerbação no polo do Plástico e Borracha do Oeste, com 62,1% de seus
entrevistados situados nesta faixa de resposta. O índice de maior expressão para o
grupo que pontua o crescimento acima de quinze pontos percentuais para o próximo
ano, por sua vez, destaca-se no polo do Plástico da Região Norte, com 34,2% do total
da amostra deste polo econômico incidente a esta faixa de resposta.
EXPECTATIVAS DA EMPRESA / POLO EM SC
Plástico da
Região Norte
N % obs.
Plástico e
Borracha do
Oeste
N % obs.
Ampliar as vendas
Crescimento acima de 15%
Aumentar a produção
Estabilidade/Manter a cartela de clientes
Expectativa de queda nas vendas
Investimento em equipamentos
Ampliar as vendas pela internet
Abertura de novas unidades estratégicas
Expandir para o mercado nacional
Total
20 52,6% 18 62,1%
13 34,2% 4 13,8%
3 7,9% 3 10,3%
1 2,6% 3 10,3%
2 5,3% 1 3,4%
1 2,6% 1 3,4%
1 2,6% 0 0,0%
0 0,0% 1 3,4%
0 0,0% 1 3,4%
38 100,0% 29 100,0%
204
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
3.4 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DE LOGÍSTICA DAS EMPRESAS
Esta seção apresentará os resultados da análise das características de
suprimentos logísticos (como atendem clientes ou são atendidos por fornecedores) e
da conjuntura logística atual da atividade (características do processo de atendimento,
problemas enfrentados e necessidades). É composta por dezessete variáveis que
explicam o sistema logística do setor de Plástico e Borracha em Santa Catarina.
3.4.1 Modelos logísticos
Quais dos seguintes modelos logísticos mais se assemelham ao da sua empresa?
Gráfico 40 – Características do Suprimento Logístico87
Fonte: dados da pesquisa.
O Gráfico 40 apresenta os modelos logísticos aplicáveis às empresas
pesquisadas, no que tange a forma de produção dos seus produtos e serviços
ofertados. Para 52,2% das empresas, se compra insumos, produz o produto acabado e
vende-se diretamente ao consumidor final, pessoa física. Outros 35,8% compram
insumos, produz o produto acabado e vende para empresas, enquanto 25,4% compra
produto acabado, monta produto final e revende para empresas.
MODELO LOGÍSTICO APLICADO
Compra insumos - produz produto acabado - vende ao consumidor f inal 35 52,2%
Compra insumos - produz produto acabado - vende para empresas 24 35,8%
Compra produto acabado - monta produto f inal - revende para empresas 17 25,4%
Compra serviços de terceiros - cria produtos - vende por encomenda 6 9,0%
Outros 4 6,0%
Total 67
52,2
%
35,8
%
25,4
%
9,0
%
6,0
%
205
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 40.1 – Características do Suprimento Logístico X Região-Polo88
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 40.1 apresenta o cruzamento das características do suprimento logístico, tidos como processos básicos de entrada e saída de
insumos e mercadorias nas empresas estudadas por polo econômico. A caracterização de comprar insumos para produzir o produto acabado e
vender ao consumidor final, tem nos respondentes do polo do Plástico da Região Norte, 52,6% dos inquiridos desta faixa de resposta
provenientes deste polo econômico. A compra de insumos, produção do produto acabado e venda para empresas, bem como a compra do
produto acabado, montagem do produto final e revenda para empresas ocorrem em ambos os polos. Este último modelo, destaca-se no polo
do Plástico da Região Norte, com 36,8% das citações. O modelo – compra de serviços de terceiros, criação do produto e venda por encomenda
– ocorre com mais expressividade nos entrevistados provenientes do polo do Plástico e Borracha do Oeste, com 13,8% dos integrantes desta
faixa de resposta, neste polo.
206
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
3.4.2 Natureza da compra de mercadorias das empresas
No que diz respeito à logística da sua empresa, especifique o(s) tipo(s) de produto(s) que a sua empresa compra, para realizar a sua produção/operação.
Gráfico 41 – Natureza da compra de mercadorias das empresas89
Fonte: dados da pesquisa.
O Gráfico 41 aponta a natureza da compra de matéria-prima das empresas
entrevistadas na pesquisa. O percentual mais significativo, 71,6% da amostra, para
aqueles que afirmam comprar matéria-prima (partes e/ou peças) para fabricar produto
acabado, em segundo com 35,8% compram a matéria-prima para montagem, e apenas
6% contratam serviços de terceiros.
207
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 41.1 – Natureza da compra de mercadorias das empresas X Região-Polo90
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 42.1 apresenta o tipo ou natureza de compra das empresas por polo econômico. A caracterização de comprar matéria-prima
(partes e/ou peças) para fabricar produto acabado tem a maioria de seus integrantes oriundos do polo do Plástico da Região Norte, com 76,3%
dos inquiridos desta faixa de resposta provenientes deste polo econômico. No grupo daqueles que compram a matéria-prima (partes e/ou
peças) para montagem verifica-se o predomínio de empresas provenientes deste mesmo polo econômico. Na contratação de serviços de
terceiros, todavia, existe a maior expressividade de entrevistados provenientes do polo do Plástico e Borracha do Oeste, responsável por 10,3%
dos integrantes desta faixa de resposta.
208
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
3.4.3 Dificuldades com fornecedores locais
A sua empresa tem alguma dificuldade em encontrar e trabalhar com fornecedores da sua região? Se positivo, cite quais.
Gráfico 42 – Dificuldades com fornecedores locais91
Fonte: dados da pesquisa. Nota 1: A soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas
O Gráfico 42 apresenta as principais dificuldades das empresas da pesquisa
junto à cadeia de fornecedores do seu negócio. Para 50,7% dos entrevistados não
existem dificuldades, enquanto a falta de fornecedores locais é destacada por 28,4%
dos inquiridos neste estudo. Para 13,4% o percalço é a falta de fornecedores de
matéria-prima na região.
DIFICULDADES COM FORNECEDORES
Sem dif iculdades 34 50,7%
Faltam fornecedores locais 19 28,4%
Falta matéria prima na região 9 13,4%
Fornecedores com custo elevado 4 6,0%
Fornecedores não atendem demanda da empresa 4 6,0%
Falta matéria prima com qualidade 2 3,0%
Fornecedores sem estoque 2 3,0%
Monopólio da Braskem 2 3,0%
Demora na entrega dos pedidos 1 1,5%
Não trabalha com fornecedores locais 1 1,5%
Falta de qualidade dos terceirizados 1 1,5%
Poucos fornecedores de pet 1 1,5%
Total 67
209
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Gráfico 42.1 – Dificuldades com fornecedores locais X Região-Polo92
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
As dificuldades das empresas para com seus fornecedores, cruzada com o polo
econômico das empresas pesquisadas é mostrada no Gráfico 42.1 e indica que 44,8%
dos entrevistados do polo do Plástico e Borracha do Oeste apontam a falta de
fornecedores locais. Para a amostra do polo do Plástico da Região Norte, a falta de
matéria-prima na região da empresa é lembrada por 13,2% dos respondentes. Cabe
salientar que a maior parte dos respondentes deste último polo da pesquisa, 60,5% da
amostra, destaca a ausência de dificuldades junto à cadeia de fornecedores de seu
negócio, ocorrência para37,9% dos respondentes do polo do Plástico e Borracha do
Oeste que se situam nesta faixa de resposta.
DIFICULDADE COM FORNECEDORES / POLO EM SC
Plástico da
Região Norte
N % obs.
Plástico e
Borracha do
Oeste
N % obs.
Sem dif iculdades
Faltam fornecedores locais
Falta matéria prima na região
Fornecedores com custo elevado
Fornecedores não atendem demanda da empresa
Fornecedores sem estoque
Monopólio da Braskem
Falta matéria prima com qualidade
Poucos fornecedores de pet
Falta de qualidade dos terceirizados
Não trabalha com fornecedores locais
Demora na entrega dos pedidos
Total
23 60,5% 11 37,9%
6 15,8% 13 44,8%
5 13,2% 4 13,8%
2 5,3% 2 6,9%
1 2,6% 3 10,3%
1 2,6% 1 3,4%
1 2,6% 1 3,4%
0 0,0% 2 6,9%
1 2,6% 0 0,0%
1 2,6% 0 0,0%
1 2,6% 0 0,0%
0 0,0% 1 3,4%
38 100,0% 29 100,0%
210
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Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
3.4.4 Poder de barganha da empresa em relação a fornecedores
Avalie o poder de barganha da sua empresa em relação a seus fornecedores.
Gráfico 43 – Poder de barganha da empresa X fornecedores93
Fonte: dados da pesquisa.
O Gráfico 43 avalia o poder de barganha da empresa para com seus
fornecedores. Nem alto/Nem baixo é citado por 23,9% dos entrevistados, enquanto
49,3% dos respondentes afirmam que este poder é alto, o qual se resume na
capacidade da empresa em conseguir negociar prazos, preços e condições de
pagamento. Dentre a amostra, 26,9% dos entrevistados afirmam que este poder é
baixo, ou seja, que a empresa não consegue negociar prazos, preços ou condições de
pagamento junto a seus fornecedores.
PODER DE BARGANHA DA EMPRESA
Alto, (minha empresa consegue negociar prazo/preço e condições) 33 49,3%
Baixo, minha empresa não consegue negociar prazo/preço ou condições de pagamento 18 26,9%
Nem alto/Nem Baixo 16 23,9%
Total 67 100,0%
211
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Gráfico 43.1 – Poder de barganha da empresa X fornecedores X Região-Polo94
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 43.1 apresenta a análise de poder de barganha por polo econômico
estudado. Nesta análise verifica-se a predominância do polo do Plástico e Borracha do
Oeste na faixa de respostas daqueles que acreditam que o poder de barganha da sua
empresa é alto, responsável por 58,6% dos entrevistados desta faixa de resposta. Por
outro lado, aqueles que pontuam que este poder de barganha é baixo ou nem
alto/nem baixo destacam-se no polo do Plástico da Região Norte, com
respectivamente 28,9% dos entrevistados destas faixas de resposta incidentes a este
polo econômico.
212
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3.4.5 Movimentação da produção na empresa
A movimentação de insumos e matérias-primas na sua empresa é realizada por qual tipo de equipamento?
Gráfico 44 – Movimentação da produção na empresa95
Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.
O Gráfico 44 mostra a movimentação da produção interna das empresas e
infere que esta é realizada manualmente ou através de carrinho por 50,7% dos
respondentes, seguida pelo uso de empilhadeiras, com 32,8% do total entrevistado.
Para 9,0%, a movimentação é feita por meio de guindaste. Apenas um entrevistado
utiliza ponte rolante para a movimentação da produção interna na empresa.
MOVIMENTAÇÃO DA PRODUÇÃO INTERNA
Manual ou carrinho 34 50,7%
Empilhadeira 22 32,8%
Veículo pesado 17 25,4%
Veículo leve 12 17,9%
Esteiras 7 10,4%
Guindaste 6 9,0%
Ponte rolante 1 1,5%
Retroescavadeira 0 0,0%
Total 67
213
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Gráfico 44.1 – Movimentação da produção na empresa X Região-Polo96
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 44.1 cruza o tipo de movimentação interna da produção com o polo
econômico das empresas estudadas e demonstra que esta é realizada principalmente
manualmente ou através de carrinho pelos respondentes nos dois polos da pesquisa,
com exacerbação no índice de 55,2% dos entrevistados do polo do Plástico e Borracha
do Oeste, situados nesta faixa de resposta. O uso de empilhadeira, o uso de veículo
pesado e o uso de veículo leve aparecem respectivamente na segunda, terceira e
quarta posição deste levantamento nos dois polos da pesquisa, inferindo similaridade
no grau de usabilidade na movimentação da produção interna dentro da amostra no
presente estudo.
POLO EM SC / MOVIMENTAÇÃO DA PRODUÇÃO INTERNA
Plástico da
Região Norte
N % obs.
Plástico e
Borracha do
Oeste
N % obs.
Manual ou carrinho
Empilhadeira
Veículo pesado
Veículo leve
Esteiras
Guindaste
Ponte rolante
Total
18 47,4% 16 55,2%
12 31,6% 10 34,5%
7 18,4% 10 34,5%
6 15,8% 6 20,7%
4 10,5% 3 10,3%
4 10,5% 2 6,9%
1 2,6% 0 0,0%
38 100,0% 29 100,0%
214
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
3.4.6 Canais de fornecedores da empresa
Considerando a cadeia logística da sua empresa, qual ou quais os tipos de fornecedores com que a sua empresa trabalha?
Gráfico 45 – Canais de fornecedores da empresa97
Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.
Sobre os canais de fornecedores utilizados pelas empresas da pesquisa,
objetivo do Gráfico 45, tem-se o acesso direto ao fabricante como a forma mais
utilizada pelas empresas, citada por 73,1% dos entrevistados. Em seguida constata-se
que a compra por representante comercial é destacada por 28,4% da amostragem e a
compra por meio de atacadistas é a opção para 23,9% da amostra.
FORMA DE COMPRA COM FORNECEDORES
Compra direto do fabricante 49 73,1%
Compra de representante comercial 19 28,4%
Compra de atacadistas 16 23,9%
Compra de cooperativa 6 9,0%
Compra no varejo 3 4,5%
Utiliza prestação de serviço de terceiros 2 3,0%
Total 67
215
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Gráfico 45.1 – Canais de fornecedores da empresa X Região-Polo98
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O cruzamento dos canais de fornecedores com o polo econômico das empresas
pesquisadas é descrito no Gráfico 45.1 e infere que a compra direta pelo fabricante é
destaque em todos os polos estudados, com destaque para o polo do Plástico da
Região Norte, onde o índice de respondentes que se utiliza deste canal de fornecedor
atinge 73,7% dos entrevistados desta esfera da pesquisa. A compra por meio de
representante comercial tem maior expressividade no polo do Plástico e Borracha do
Oeste, com 34,5% dos respondentes, enquanto a compra de atacadistas tem seu maior
índice de citações, 24,1% dentre os inquiridos deste mesmo polo econômico. A compra
de cooperativa é citada por 13,2% da amostrado polo do Plástico da Região Norte.
POLO EM SC / FORMA DE COMPRA COM FORNECEDORES
Plástico da
Região Norte
N % obs.
Plástico e
Borracha do
Oeste
N % obs.
Compra direto do fabricante
Compra de representante comercial
Compra de atacadistas
Compra de cooperativa
Compra no varejo
Utiliza prestação de serviço de terceiros
Total
28 73,7% 21 72,4%
9 23,7% 10 34,5%
9 23,7% 7 24,1%
5 13,2% 1 3,4%
2 5,3% 1 3,4%
2 5,3% 0 0,0%
38 100,0% 29 100,0%
216
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
3.4.7 Meios de intermediação das compras na empresa
A sua empresa negocia as suas compras de que forma?
Gráfico 46 – Formas de negociação das compras99
Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.
A forma mais usual de negociação das compras dos fornecedores é por
telefone, citada por 89,6% dos respondentes, seguida da compra por e-mail, lembrada
por 58,2% destes. A compra direta com o vendedor ocupa a terceira posição, com
52,2% das citações. Apenas quatro entrevistados negociam as compras através do site
do da empresa.
Gráfico 46.1 – Formas de negociação das compras X Região-Polo100
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
FORMA DE INTERMEDIAÇÃO DE COMPRA
Por telefone 60 89,6%
Por e-mail 39 58,2%
Pessoalmente com vendedor 35 52,2%
Através do site da empresa 4 6,0%
Total 67
POLO EM SC / FORMA DE INTERMEDIAÇÃO DE COMPRA
Plástico da
Região Norte
N % obs.
Plástico e
Borracha do
Oeste
N % obs.
Por telefone
Por e-mail
Pessoalmente com vendedor
Através do site da empresa
Total
33 86,8% 27 93,1%
19 50,0% 20 69,0%
21 55,3% 14 48,3%
0 0,0% 4 13,8%
38 100,0% 29 100,0%
217
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
O Gráfico 46.1 cruza as formas de negociação das compras com fornecedores
com o polo econômico das empresas estudadas. Em todos os segmentos do presente
estudo, o meio de contato mais realizado é o telefone, com destaque no índice de
93,1% dos respondentes nesta faixa de resposta visto no polo do Plástico e Borracha
do Oeste. Pessoalmente com vendedor tem seu ápice no polo do Plástico da Região
Norte, com 55,3% das citações. Já para 69,0% da amostra do polo do Plástico e
Borracha do Oeste utiliza-se do e-mail para intermediar as compras da empresa.
Ademais, este polo contém a totalidade dos entrevistados que afirma intermediar suas
compras através do site da empresa.
3.4.8 Quantidade de fornecedores na empresa
A sua empresa trabalha com quantos fornecedores diferentes?
Gráfico 47 – Quantidade de fornecedores101
Fonte: dados da pesquisa.
QUANTIDADE DE FORNECEDORES
Média = 14 Desvio-padrão = 20
Mín = 1 Máx = 100
m (10,0% - 90,0%) = 9
Menos de 1 0 0,0%
1 2 3,0%
De 2 a 4 15 22,4%
De 5 a 9 19 28,4%
De 10 a 19 20 29,9%
De 20 a 29 3 4,5%
De 30 a 39 0 0,0%
De 40 a 49 1 1,5%
De 50 a 69 5 7,5%
70 e mais 2 3,0%
Total 67 100,0%
0,0%
3,0%
22,4%
28,4%
29,9%
4,5%
0,0%
1,5%
7,5%
3,0%
218
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
O Gráfico 47 expressa a quantidade de fornecedores para as empresas da
pesquisa. A faixa de maior destaque é entre 10 a 19 fornecedores, com 29,9% dos
entrevistados nesta opção, seguida por 28,4% dos respondentes da faixa entre 5 a 9
fornecedores. A média geral é de 14 fornecedores por empresa.
Gráfico 47.1 – Quantidade de fornecedores x Região-Polo102
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 47.1 cruza a quantidade de fornecedores com o polo econômico das
empresas da pesquisa. A faixa de 10 a 19 fornecedores é destaque no polo do Plástico da
Região Norte, com 31,6% dos respondentes desta esfera da pesquisa nesta faixa de
resposta. No polo do Plástico e Borracha do Oeste o índice de 27,6% dos entrevistados
repete-se em três faixas de resposta, entre 2 a 4, entre 5 a 9 e entre 10 a 19 fornecedores
por empresa. Apenas dois entrevistados da pesquisa afirmam ter setenta ou mais
fornecedores, ambos oriundos do polo do Plástico e Borracha do Oeste.
QUANTIDADE DE FORNECEDORES / POLO EM SC
Plástico e
Borracha do
Oeste
N % obs.
Plástico da
Região Norte
N % obs.
1
De 2 a 4
De 5 a 9
De 10 a 19
De 20 a 29
De 40 a 49
De 50 a 69
70 e mais
Total
0 0,0% 2 5,3%
8 27,6% 7 18,4%
8 27,6% 11 28,9%
8 27,6% 12 31,6%
0 0,0% 3 7,9%
1 3,4% 0 0,0%
2 6,9% 3 7,9%
2 6,9% 0 0,0%
29 100,0% 38 100,0%
219
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 47.2 – Quantidade média de fornecedores x Região-Polo103
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 47.2 apresenta quantidades médias de fornecedores distintas entre
os polos do estudo, sendo que a maior média de fornecedores está no polo do Plástico
e Borracha do Oeste.
220
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
3.4.9 Quantidade de clientes na empresa
E trabalha/atende quantos clientes (atualmente)?
Gráfico 48 – Quantidade de clientes104
Fonte: dados da pesquisa.
A média geral de clientes por empresa da pesquisa entrevistada é de 222,
conforme gráfico acima. Na distribuição de frequência, nota-se que 29,9% dos
entrevistados têm entre 100 a 249 clientes. Já 10,4% dos respondentes têm ou entre
10 a 19, ou entre 30 a 39 ou entre 50 a 69 clientes. Na faixa que vai de 500 a 4.999
clientes, tem-se acumulado 12,0% da amostra. É observável que nenhum entrevistado
tem mais de cinco mil clientes e que apenas quatro respondentes possuem acima de
mil clientes.
221
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 48.1 – Quantidade de clientes X Região-Polo105
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
A quantidade de clientes por polo econômico é apresentada no Gráfico 48.1 e é
visível que para os dois polos da pesquisa a maior frequência é verificada na faixa de
100 ou mais clientes, com destaque para o polo do Plástico e Borracha do Oeste, onde
este índice atinge 37,9% dos entrevistados na pesquisa. Observa-se, ademais, que
31,6% dos entrevistados do polo do Plástico da Região Norte tem menos de vinte
clientes.
222
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 48.2 – Quantidade Média de clientes X Região-Polo106
Fonte: dados da pesquisa
O Gráfico 48.2 reúne as médias gerais de clientes por empresas de cada polo do
estudo. O polo do Plástico e Borracha do Oeste contém a maior média, 288 clientes
por empresa e o polo do Plástico da Região Norte a menor média, 171 clientes por
empresa.
3.4.10 Meios de transporte utilizados na logística de compra da empresa
Como a sua empresa realiza o transporte para a compra de insumos e matérias-
primas?
Gráfico 49 – Meios de transporte utilizados na compra de matérias-primas107
Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.
223
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
O Gráfico 49 apresenta os meios de transportes usados na compra de insumos
e matérias- primas das empresas entrevistadas. Para 73,1% dos respondentes o meio
de transporte mais utilizado na compra são veículos pesados, enquanto os veículos
leves são utilizados por 37,3% das empresas.
Gráfico 49.1 – Meios de transporte para compra de matérias-primas X Região-Polo108
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 49.1 cruza os meios de transportes usados na compra de insumos e
matérias- primas das empresas entrevistadas com o polo econômico destas. A análise
do gráfico revela que é destaque nas duas esferas do estudo o uso principalmente de
veículos pesados, com destaque para o polo do Plástico e Borracha do Oeste, onde o
índice de respondentes nesta faixa atinge 75,9% do total da amostra. O índice de
respondentes é de 39,5% da amostra no polo do Plástico da Região Norte, para
aqueles que indicam o uso de veículos leves no transporte da compra de insumo e
matérias-primas.
POLO EM SC / MEIO DE TRANSPORTE DE LOGÍSTICA E COMPRA
Plástico da Região
Norte
N % obs.
Plástico e Borracha
do Oeste
N % obs.
Veículo pesado
Veículo leve
Total
27 71,1% 22 75,9%
15 39,5% 10 34,5%
38 100,0% 29 100,0%
224
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
3.4.11 Meios de transporte utilizados na logística de venda e entrega da empresa
Como a sua empresa realiza o transporte para a venda de insumos e produtos?
Gráfico 50 – Meios de transporte utilizados na venda de produtos 109
Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.
O transporte para a venda é feito principalmente por veículos pesados, de
acordo com 64,2% das empresas entrevistadas. Os veículos leves são utilizados por
35,8% das empresas. O cliente busca o seu produto, de acordo com 19,4% da amostra
entrevistada.
Gráfico 50.1 – Meios de transporte utilizados na venda de produtos X Região-Polo110
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 50.1 revela que todos os polos utilizam principalmente veículos
pesados para a logística da venda de seus produtos, com ápice no índice de 69% dos
entrevistados do polo do Plástico e Borracha do Oeste nesta faixa de resposta. A
POLO EM SC / MEIO DE TRANSPORTE DE LOGÍSTICA E VENDA
Plástico da Região
Norte
N % obs.
Plástico e Borracha
do Oeste
N % obs.
Veículo pesado
Veículo leve
Cliente busca
Não se aplica
Total
23 60,5% 20 69,0%
15 39,5% 9 31,0%
7 18,4% 6 20,7%
4 10,5% 1 3,4%
38 100,0% 29 100,0%
225
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
utilização de veículos leves tem maior expressividade no polo do Plástico da Região
Norte, citada por 39,5% dos entrevistados da região. Já 20,7% dos inquiridos do polo
de Plástico e Borracha do Oeste afirmam que o cliente busca o seu produto.
3.4.12 Gestão de estoque na empresa
E como a sua empresa realiza a gestão do estoque na empresa?
Gráfico 51 – Gestão do estoque na empresa processo formal ou informal111
Fonte: dados da pesquisa
O Gráfico 51 destaca a gestão de estoque das empresas e é visível que 38,8%
dos entrevistados utilizam o processo informal de gestão de estoque. Outros
respondentes, 35,8% utilizam o processo formal com software, enquanto 14,9% dos
entrevistados utilizam o processo formal sem software.
GESTÃO DE ESTOQUE
Processo informal 26 38,8%
Processo formal com softw are 24 35,8%
Processo formal sem softw are 10 14,9%
Não realiza 7 10,4%
Total 67 100,0%
226
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 51.1 – Gestão do estoque na empresa processo formal ou informal X Região-Polo112
Fonte: dados da pesquisa
O Gráfico 51.1 demonstra que o processo informal de gestão de estoque é a
faixa de destaque para os dois polos econômicos estudados no estado, com maior
expressividade no polo do Plástico e Borracha do Oeste, onde 41,4% dos entrevistados
situam-se nesta faixa de resposta. É observável, ademais, que este índice repete-se
neste polo na faixa daqueles que fazem uso de processo formal com software na
gestão de estoque. Aqueles que não realizam gestão de estoque tem maior
expressividade no polo do Plástico da Região Norte, 15,8% do grupo.
POLO EM SC / GESTÃO DE ESTOQUE
Plástico da
Região Norte
N % obs.
Plástico e
Borracha do
Oeste
N % obs.
Processo informal
Processo formal com softw are
Processo formal sem softw are
Não realiza
Total
14 36,8% 12 41,4%
12 31,6% 12 41,4%
6 15,8% 4 13,8%
6 15,8% 1 3,4%
38 100,0% 29 100,0%
227
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
3.4.13 Software de logística
A sua empresa utiliza software que integra a logística de compra, transporte, armazenamento e venda?
Gráfico 52 – Software integrado de logística113
Fonte: dados da pesquisa
Quanto ao uso de software que integre a logística de compra, transporte,
armazenamento e venda pelas empresas entrevistadas, o Gráfico 52 apresenta que
44,8% das empresas utilizam esse software, e 53,7% das empresas não utilizam o
software que integra os sistemas.
SOFTWARE DE LOGÍSTICA
Não 36 53,7%
Sim 30 44,8%
Não se aplica 1 1,5%
Total 67 100,0%53,7%
44,8%
1,5%
228
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 52.1 – Software integrado de logística X Região-Polo114
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 52.1 aponta que a maioria dos entrevistados do polo do Plástico e
Borracha do Oeste não utiliza o software integrado de logística, com 62,1% dos
entrevistados deste polo econômico nesta faixa de resposta. Por outro lado, metade
do grupo do polo do Plástico da Região Norte são adeptos ao software que integra a
logística de compra, transporte, armazenamento e venda.
POLO EM SC / SOFTWARE DE LOGÍSTICA
Plástico da
Região Norte
N % obs.
Plástico e
Borracha do
Oeste
N % obs.
Não
Sim
Não se aplica
Total
18 47,4% 18 62,1%
19 50,0% 11 37,9%
1 2,6% 0 0,0%
38 100,0% 29 100,0%
229
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
3.4.14 Cadeia logística da empresa
Por favor, comente quais seriam os gargalos ou problemas mais sérios da sua cadeia logística atual?
Gráfico 53 – Gargalos ou problemas da atual cadeia logística115
Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.
Quando questionados sobre os problemas que enfrentam junto à cadeia
logística de suas empresas, 38,8% dos empresários afirmam que não possuem
problemas significativos em sua logística. Dentre aqueles que pontuam problemas na
cadeia logística, 13,4% dos respondentes informam o não cumprimento de prazos de
PROBLEMAS NA CADEIA LOGÍSTICA
Sem problemas signif icativos 26 38,8%
Não cumprimento de prazo de entrega 9 13,4%
Alto custo do frete 7 10,4%
Necessidade de ampliação da estrutura de operação 5 7,5%
Falta de infraestrutura viária 4 6,0%
Alto custo com tributação de transporte/combustível 3 4,5%
A constante falta da matéria prima 3 4,5%
Falta de mão de obra qualif icada 2 3,0%
Ausência de transportadora na região da empresa 2 3,0%
Baixa produção 1 1,5%
Grande distância dos fornecedores 1 1,5%
Falta de indústrias de matéria prima 1 1,5%
Falta de capital para investimento 1 1,5%
Falta de maquinário para injeção 1 1,5%
Alto custo da matéria prima 1 1,5%
Falta do capital de giro 1 1,5%
Necessidade de aumento da frota 1 1,5%
Baixo poder de barganha com fornecedores 1 1,5%
Extravio de produtos 1 1,5%
Distância dos grandes centros 1 1,5%
Total 67
230
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
entrega, seguido por 10,4% dos entrevistados que afirmam que o alto custo do frete é
outro entrave ao funcionamento da cadeia logística. A falta de estrutura viária aparece
na quarta posição, com 6,0% das citações.
Gráfico 53.1 – Gargalos ou problemas da atual cadeia logística X Região-Polo116
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
Quanto aos problemas logísticos apontados por atividade econômica das
empresas pesquisadas, é verificável que os índices de maior expressividade dos
entrevistados nos dois polos da pesquisa são daqueles que não têm problemas
significativos na cadeia logística, com o índice destacado para os respondentes do polo
do Plástico da Região Norte, com metade dos entrevistados nesta faixa de resposta. O
não cumprimento de prazos de entrega é citado por 17,2% dos entrevistados do polo
do Plástico e Borracha do Oeste, enquanto 13,8 % dos inquiridos deste polo
PROBLEMAS NA CADEIA LOGÍSTICA / POLO EM SC
Plástico da
Região Norte
N % obs.
Plástico e
Borracha do
Oeste
N % obs.
Sem problemas signif icativos
Não cumprimento de prazo de entrega
Alto custo do frete
Necessidade de ampliação da estrutura de operação
Falta de infraestrutura viária
A constante falta da matéria prima
Alto custo com tributação de transporte/combustível
Falta de mão de obra qualif icada
Ausência de transportadora na região da empresa
Necessidade de aumento da frota
Falta do capital de giro
Baixo poder de barganha com fornecedores
Distância dos grandes centros
Extravio de produtos
Alto custo da matéria prima
Grande distância dos fornecedores
Falta de indústrias de matéria prima
Falta de capital para investimento
Baixa produção
Falta de maquinário para injeção
Total
19 50,0% 7 24,1%
4 10,5% 5 17,2%
3 7,9% 4 13,8%
2 5,3% 3 10,3%
2 5,3% 2 6,9%
2 5,3% 1 3,4%
2 5,3% 1 3,4%
0 0,0% 2 6,9%
0 0,0% 2 6,9%
0 0,0% 1 3,4%
0 0,0% 1 3,4%
1 2,6% 0 0,0%
0 0,0% 1 3,4%
0 0,0% 1 3,4%
1 2,6% 0 0,0%
0 0,0% 1 3,4%
0 0,0% 1 3,4%
1 2,6% 0 0,0%
1 2,6% 0 0,0%
1 2,6% 0 0,0%
38 100,0% 29 100,0%
231
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
econômico afirmam que o alto custo do frete é o maior percalço à cadeia logística
incidente ao setor.
3.4.15 Sugestões de melhorias na infraestrutura e logística da empresa
Em sua opinião, o que seria necessário para melhorar a infraestrutura e logística do seu negócio?
Gráfico 54 – Sugestões de melhorias na infraestrutura e logística da empresa117
Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.
O Gráfico 54 apresenta as sugestões de melhorias na infraestrutura e logística
dos respondentes. Dentre o grupo, 41,8% da amostra não tem opinião formada sobre
este apontamento. Todavia 23,9% dos respondentes afirmam ser a melhoria na
estrutura de operação da empresa, uma sugestão de melhoria na logística das
empresas. Cerca de9% dos respondentes apontam o investimento em qualificação dos
funcionários, seguida por 7,5% dos inquiridos que pontuam o acesso ao crédito como
sugestão para a evolução da infraestrutura e da logística das empresas pesquisadas.
SUGESTÕES DE MELHORIA NA LOGÍSTICA
Sem opinião formada 28 41,8%
Melhoria na estrutura operacional da empresa 16 23,9%
Melhorar o fornecimento de energia 1 1,5%
Melhorar infraestrutura viária 2 3,0%
Melhorar infraestrutura das transportadoras 1 1,5%
Investir em qualif icação dos funcionários 6 9,0%
Investir em equipamentos/ novas tecnologias 4 6,0%
Investimento no transporte ferroviário 1 1,5%
Encontrar fornecedores na região da empresa 1 1,5%
Criar novas unidades estratégicas 1 1,5%
Aumento da oferta de transportadoras 3 4,5%
Aquisição de veículos próprios 3 4,5%
Acesso a crédito 5 7,5%
Abrir indústrias de matéria prima na região 2 3,0%
Total 67
232
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 54.1 – Sugestões de melhorias na infraestrutura e logística da empresa X Região-Polo118
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
As sugestões de melhorias na infraestrutura e logísticas cruzadas por polo
econômico das empresas do estudo estão descritas no Gráfico 54.1 e indicam que
21,1% dos respondentes do polo do Plástico da Região Norte acreditam na melhoria da
estrutura de operação da empresa como uma melhoria logística às empresas do setor.
Esta resposta é a faixa de destaque para o polo do Plástico e Borracha do Oeste, com
27,6% dos respondentes. O investimento em qualificação dos funcionários é destacado
por 13,8% dos inquiridos deste polo econômico como sugestão à melhoria logística das
empresas da pesquisa.
SUGESTÕES DE MELHORIA LOGÍSTICA / POLO EM SC
Plástico da
Região Norte
N % obs.
Plástico e
Borracha do
Oeste
N % obs.
Investir em qualif icação dos funcionários
Sem opinião formada
Melhoria na estrutura operacional da empresa
Acesso a crédito
Aquisição de veículos próprios
Investir em equipamentos/ novas tecnologias
Aumento da oferta de transportadoras
Encontrar fornecedores na região da empresa
Investimento no transporte ferroviário
Criar novas unidades estratégicas
Abrir indústrias de matéria prima na região
Melhorar infraestrutura viária
Melhorar infraestrutura das transportadoras
Melhorar o fornecimento de energia
Total
2 5,3% 4 13,8%
19 50,0% 9 31,0%
8 21,1% 8 27,6%
2 5,3% 3 10,3%
1 2,6% 2 6,9%
2 5,3% 2 6,9%
1 2,6% 2 6,9%
1 2,6% 0 0,0%
1 2,6% 0 0,0%
0 0,0% 1 3,4%
1 2,6% 1 3,4%
1 2,6% 1 3,4%
1 2,6% 0 0,0%
0 0,0% 1 3,4%
38 100,0% 29 100,0%
233
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
3.4.16 Áreas da empresa com necessidade de investimentos
Quais as áreas ou setores da sua empresa que mais necessitam de novidades ou aprimoramentos tecnológicos?
Gráfico 55 – Áreas da empresa com necessidade de investimentos119
Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.
As áreas ou setores internos que as empresas da amostra apontam como mais
carentes de novidades ou aprimoramentos tecnológicos são a produção, de acordo
com 62,7% dos respondentes, vendas, conforme 31,3% destes e o financeiro, de
acordo com 22,4% dos inquiridos.
ÁREAS COM NECESSIDADE DE INVESTIMENTOS
Produção 42 62,7%
Vendas 21 31,3%
Financeiro 15 22,4%
Logística e distribuição 13 19,4%
Marketing 11 16,4%
RH ou Gestão de Pessoas 5 7,5%
Outros 3 4,5%
Softw are integrado (tipo ERP ou B.I.) 3 4,5%
Softw are CRM ou Banco de Dados de clientes 2 3,0%
Total 67
234
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 55.1 – Áreas da empresa com necessidade de investimentos X Região-Polo120
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
As áreas ou setores internos em que as empresas da amostra mais precisam de
novidades ou aprimoramentos tecnológicos versus o polo econômico das empresas
pesquisadas é apresentado no Gráfico 55.1. Esta análise revela que os dois polos do
estudo destacam a necessidade de investimento na produção, com ápice no índice de
63,2% nesta faixa de resposta vista no polo do Plástico da Região Norte. O setor
financeiro tem maior expressividade no índice de respondentes oriundos do polo do
Plástico e Borracha do Oeste, com 27,6% da amostra da região, enquanto o marketing
é citado por 24,1% dos respondentes deste polo econômico. É observável, ademais,
que 39,5% dos entrevistados do polo Plástico da Região Norte pontuam a necessidade
de investir em vendas.
POLO EM SC / ÁREAS COM NECESSIDADE DE INVESTIMENTOS
Plástico da
Região Norte
N % obs.
Plástico e
Borracha do
Oeste
N % obs.
Produção
Vendas
Financeiro
Logística e distribuição
Marketing
RH ou Gestão de Pessoas
Outros
Softw are integrado (tipo ERP ou B.I.)
Softw are CRM ou Banco de Dados de clientes
Total
24 63,2% 18 62,1%
15 39,5% 6 20,7%
7 18,4% 8 27,6%
7 18,4% 6 20,7%
4 10,5% 7 24,1%
2 5,3% 3 10,3%
2 5,3% 1 3,4%
2 5,3% 1 3,4%
2 5,3% 0 0,0%
38 100,0% 29 100,0%
235
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os resultados da pesquisa com o mercado empresarial Catarinense de Borracha
e Plástico apontam para índices e distribuições de frequências de grau contundente de
significância, observando a concentração de respostas de cada variável pesquisada e
de seus cruzamentos e correlações interessantes.
Neste cenário, as percepções dos empresários quanto a seus mercados de
atuação, gargalos produtivos, aspirações de crescimento, inovações aplicadas,
interesse em mercados não atendidos e em logística são demonstrados seguindo um
roteiro de perguntas de pesquisas que buscam o objetivo de descrever estas
percepções e moldar um cenário mercadológico, tal qual se apresenta neste capítulo.
4.1 SÍNTESE DE RESULTADOS
4.1.1 Perfil das empresas
As empresas fabricantes de Borracha e Plástico do presente estudo, instaladas
em Santa Catarina, são representadas principalmente por EPP (Empresa de Pequeno
Porte) e apresentam perfil longevo de atuação no mercado, com média de 13 anos de
idade e em alguns casos, chegando a 48 anos de existência. Os gestores são
predominantemente homens (aproximadamente 3/4), com ensino médio (quase 1/3
da amostra) e superior (38,8%), incluindo pós-graduação, o que revela uma parcela
significativa com grau de instrução elevado.
As empresas pesquisadas atuam principalmente na fabricação de artefatos
plásticos para uso pessoal/doméstico, tendência seguida no polo Plástico da Região
Norte, ao passo que no Polo de Plástico e Borracha do Oeste destaca-se além desta
atividade a fabricação/reforma de pneumáticos.
A idade média das empresas por polo é de 11 e 14 anos, respectivamente no
polo de Plástico e Borracha do Oeste e no polo Plástico da Região Norte.
A predominância de Empresas de Pequeno Porte é observada no Polo Plástico
da Região Norte, enquanto no polo de Plástico e Borracha do Oeste o predomínio é de
236
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Micro Empresas. Cabe salientar que 4,5% das empresas estudadas classificam-se como
Empresas de Médio Porte.
4.1.2 Percepção do mercado atual – demandas atendidas
No que cerne ao perfil do mercado atendido pelas empresas pesquisadas, é
observável a predominância do atendimento a empresas, ainda que pouco menos da
metade da amostra atenda, também, consumidor final pessoa física, caracterizados
como adultos de ambos os sexos, com predominância da classe B (classificação sócio
econômica com renda familiar mensal entre 10 e 20 salários mínimos, segundo critério
do IBGE, 2012).
A percepção do empresariado é que o diferencial da oferta está na qualidade
de seus produtos, aliado a preços competitivos, o que remete a busca por
competitividade do setor, sendo a indicação de terceiros, a venda por promotor de
vendas e a propaganda, os meios mais utilizados para alavancar as vendas. Fato que
corrobora com quase 69% da amostra que realiza prospecção de novos clientes com
frequência, índice considerado alto para o padrão Brasileiro. As empresas pouco fazem
ações de pesquisa de satisfação, abstendo-se de analisar em grande parte o retorno
que os clientes podem fornecer à sua oferta de produtos e serviços.
Nos dois polos da pesquisa a classe social B é predominante, com destaques,
também, para as classes A e C (Acima de 20 salários mínimos e entre 4 e 10 salários
mínimos, respectivamente, segundo critério do IBGE, 2012).
Além dos atributos qualidade e preço competitivo, outros fatores também são
destaque na opinião dos entrevistados, como é verificável no polo Plástico da Região
Norte, onde o prazo de entrega aos clientes é uma razão que influencia o cliente na
hora da compra, conforme 21,1% dos entrevistados desta esfera da pesquisa.
Como elementos influenciadores na decisão de compra, A indicação de
terceiros tem o maior poder influenciador no polo de Plástico e Borracha do Oeste,
enquanto a ação do promotor/vendedor é a faixa de resposta com maior
expressividade para os respondentes do polo Plástico da Região Norte.
237
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
O índice de maior expressividade para a prospecção de clientes ocorre no polo
Plástico e Borracha da Região Oeste, responsável por 69% dos entrevistados que
realizam estas ações, enquanto 31,6% dos entrevistados que não realizam prospecção
de clientes provém do polo Plástico da Região Norte.
4.1.3 Percepção do mercado atual – cadeia de players e conjuntura da atividade
A venda direta ao cliente final (pessoa física ou jurídica) é o canal mais utilizado
pela amostra (71,6%), mas as empresas diversificam para a revenda através de
atacadista/distribuidor e também por meio de varejistas. Sendo que o público destes
provém principalmente do município de instalação das empresas, mas grande parte
(mais de 20%) atende outras regiões do país, principalmente o Paraná, Rio Grande do
Sul e São Paulo. Os fornecedores são provenientes, principalmente da Região Sul do
Brasil, não estando concentrados somente em Santa Catarina, mas em estados
vizinhos e os concorrentes (que são muitos, segundo 67% da amostra) se concentram
neste estado, indicando a forte concorrência catarinense, sobretudo na região Norte e
Oeste do estado.
As empresas de Plástico e Borracha estão crescendo. Observa-se incrível índice
de quase 72% de empresas da amostra que indicam que o seu mercado está em
crescimento, ainda que em menor escala percentual, 64% revelam que a sua empresa
está em fase de crescimento, a uma taxa média de 18% ao ano. Nota-se que a
diferença de 8% entre a relação de desempenho “do mercado versus da empresa”,
indica que uma parcela (ainda que pequena) não se vê acompanhando o crescimento
mercadológico, mas encontram-se, segundo relatam, em fase de estabilidade, critério
em que quase 1/3 da amostra informa estar vivenciando fase de estabilidade do ciclo
de vida da sua empresa. A estabilidade e declínio em vendas/faturamento (somente
3% indicou queda em faturamento) estão atribuídos principalmente a forte
concorrência, a falta de recursos para capital de giro (problema de gestão do negócio)
e mão de obra não qualificada.
Tamanho crescimento pode ser atribuído a melhoramentos do processo
interno das empresas da amostra e da criação da inovação, a qual se revela como
238
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
prática de 32,8% das empresas entrevistadas no período em que a pesquisa foi
aplicada. Nota-se que estas empresas estão crescendo em virtude das inovações já
implementadas fato que pode ser corroborado por 77% do estrato da amostra que
realizou ações de inovação. Exatamente o mesmo índice revela que sua
competitividade está em adquirir novas tecnologias. Tais fatores explicam um
comportamento revelador da gestão destas empresas estudadas, uma vez que
concentram mais esforços em processo para crescer, tanto quanto em novos produtos
e serviços.
Em relação a suas expectativas, os empresários e gestores entrevistados
pretendem expandir as vendas, em parte ao mercado catarinense e também nacional,
indicando a força do mercado catarinense enquanto possibilidade de crescimento.
A análise por polo econômico revela que ambos caracterizam-se pelo uso da
venda direta ao cliente como principal canal de venda utilizado.
Enquanto o polo Plástico da Região Norte é predominantemente abastecido
por fornecedores da região onde as empresas estão situadas, o polo de Plástico e
Borracha do Oeste tem maior proeminência para os entrevistados com fornecedores
de outros estados do sul do país, excedendo metade do grupo desta esfera da
pesquisa nesta faixa de resposta.
No polo de Plástico e Borracha do Oeste, 48,2% dos respondentes desta região
afirmam impactos positivos das ações de inovação em seus negócios.
Quando abordados sobre os maiores problemas ou desafios à expansão da
empresa no setor, regionalmente, a falta de mão de obra qualificada é o maior
problema para as empresas do polo Plástico da Região Norte, enquanto a falta de
capital para investimentos é o destaque para os integrantes do polo de Plástico e
Borracha do Oeste.
Sobre o impacto destas ações de acesso a novos mercados obtidos nas vendas,
observa-se que os entrevistados do polo de Plástico e Borracha do Oeste obtiveram os
resultados mais positivos com estas ações, com índice de 58,3% dos inquiridos deste
polo que indicam o crescimento das vendas de até dez pontos percentuais em relação
ao mesmo período do ano anterior.
239
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Quanto às expectativas das empresas entrevistadas quanto ao negócio, os dois
polos da pesquisa destacam-se pela expectativa em relação à ampliação de suas
vendas, com exacerbação no polo de Plástico e Borracha do Oeste, onde 62,1% dos
entrevistados situam-se nesta faixa de resposta. O polo Plástico da Região Norte
detém o índice de maior expressividade para aqueles que pontuam o crescimento
acima de quinze pontos percentuais para o próximo ano, com 34,2% da amostra do
referido polo.
4.1.4 Análise das características de logística das empresas
Dentre as características do suprimento logístico, os modelos logísticos
aplicáveis às empresas pesquisadas destacam principalmente a compra de insumos –
produção do produto acabado – venda para cliente final ou a compra de insumos –
produção do produto acabado – venda para empresa e utilizam o processo para
fabricar produto final, muito mais que partes e peças para montagem. Em geral
compram diretamente os insumos do fabricante (3/4 da amostra), mas também usam
representantes em escala (23% das empresas). A média de quantidade de
fornecedores é de 14 por empresa, contra média de 222 clientes/empresa. Apesar da
boa relação entre fornecedores e clientes, quase ¼ dos entrevistados revela que
necessitam melhorar a estrutura operacional do seu negócio, principalmente aspectos
concernentes a logística de transporte interno de mercadorias e insumos para
produção. De modo geral as empresas necessitam melhorar aspectos da gestão de
produção, vendas e finanças, principalmente.
Cerca 52,6% dos respondentes oriundos do polo do Plástico da Região Norte. A
compra de serviços de terceiros, criação do produto e venda por encomenda tem
maior expressividade no polo do Plástico e Borracha do Oeste, responsável por 13,8%
dos integrantes desta faixa de resposta.
No tocante à natureza da compra de mercadorias das empresas, a compra
direta é destaque nas duas esferas da pesquisa, e o índice desta faixa de resposta tem
seu ápice para o polo Plástico da Região Norte, onde 73,7% dos entrevistados da
pesquisa afirmam comprar diretamente do fabricante. A compra de representantes
240
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
comerciais, por sua vez, tem seu maior índice de citações, 34,5%, dentre os
entrevistados do polo de Plástico e Borracha do Oeste.
A média de fornecedores para cada empresa da Cadeia de Plástico e Borracha
em Santa Catarina é seguida no polo Plástico da Região Norte, onde 31,6% dos
entrevistados incidem a esta faixa de resposta. O polo de Plástico e Borracha do Oeste,
por sua vez, destaca-se em três faixas de resposta, entre 2 a 4, entre 5 a 9 e entre 10 a
19 fornecedores por empresa, cada uma com 27,6% das citações deste polo
econômico. Este polo econômico é o único dentre os pesquisados que possui empresas
com setenta ou mais fornecedores, com dois respondentes desta esfera da pesquisa
nesta faixa de resposta.
Os dois polos econômicos do presente estudo destacam-se na faixa com 100 ou
mais clientes, com ápice no índice do polo de Plástico e Borracha do Oeste, onde este
índice atinge 51,6% dos entrevistados na pesquisa. A média de clientes por polo
econômico difere-se altamente entre uma região e outra, sendo a menor média
observada no polo da Região Norte, com 171 clientes por empresa, enquanto a maior
média é observada no polo de Plástico e Borracha do Oeste, com 288 clientes por
empresa.
Quanto ao transporte para venda de seus produtos, o destaque também é para
veículos pesados, citado por 64,2% dos entrevistados, novamente sendo o mais
lembrado em todos os polos do estudo, com ápice no índice de 69% dos entrevistados
do polo de Plástico e Borracha do Oeste nesta faixa de resposta. Nota-se, entretanto,
que 20,7% dos representantes do polo de Plástico e Borracha do Oeste afirmam que o
cliente busca o seu produto.
A necessidade de investimento principalmente na produção é o destaque da
pesquisa nos dois polos estudados, sendo que 63,2% dos inquiridos do polo Plástico da
Região Norte situam-se nesta faixa de resposta. É observável que 27,6% dos
entrevistados do polo de Plástico e Borracha do Oeste pontuam a necessidade de
investir no setor financeiro, enquanto 24,1% dos entrevistados deste polo citam a
necessidade de investimento em marketing. Cerca de 39,5% dos entrevistados do polo
Plástico da Região Norte pontuam a necessidade de investir em vendas.
241
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
ANEXOS
ANEXO A - INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
QUESTIONÁRIO - VISÃO DO EMPRESÁRIO Esta pesquisa é referente ao Projeto de perfil das indústrias Catarinenses
desenvolvido pelo Sebrae/SC. Tem como objetivo levantar as principais percepções dos
empresários sobre o seu mercado e processo logístico.
FICHA DE INSCRIÇÃO
Dados da empresa
1. Nome fantasia:
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
2. Razão social
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
3. Descreva sua principal atividade econômica (Ramo de atividade):
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
4. CNPJ:
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
5. Descrição CNAE:
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
6. Contato (nome completo do respondente empresário)
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
7. Sexo do entrevistado:
1. Masculino
2. Feminino
8. CPF do entrevistado:
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
242
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
9. Grau de escolaridade do entrevistado:
1. Sem escolaridade
2. Ensino Fundamental incompleto
3. Ensino Fundamental completo
4. Ensino Médio incompleto
5. Ensino Médio completo
6. Superior incompleto
7. Superior completo
8. Especialização
9. Mestrado
10. Doutorado
10. Data de nascimento do entrevistado:
______________
11. Endereço completo da empresa:
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
12. Cidade:
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
13. CEP:
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
14. Telefone da empresa
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
15. E-mail de contato do entrevistado ou da empresa:
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
16. Data de início das atividades:
___/___/______
17. Número de colaboradores
______________
18. Porte/Classificação da empresa:
1. Empreendedor Individual - até R$ 60.000,00
2. Microempresa - Até R$ 360.000,00
3. Pequeno Porte - R$ 360.000,01 até 3.600.000,00
4. Médio Porte
5. Grande Porte
243
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
19. Faturamento anual e 2011(R$)
1. R$ 0,00 a R$ 360.000,00
2. R$ 360.000,01 a R$ 2.400.000,00
3. R$ 2.400.000,01 a R$ 3.600.000,00
4. Acima de R$ 3.600.000,00
20. Categoria:
1. Produtos alimentícios e bebidas
2. Confecção do vestuário e acessórios
3. Calçados e artefatos de couro
4. Produtos de madeira
5. Prod. de borracha e de plástico
6. Construção civil
7. Eletrometalmecânico
8. Móveis
9. Tecnologia da informação e comunicação
10. Acessórios, Gemas, Joias e Cristais
11. Náutica
12. Higiene pessoal, cosméticos e perfumaria
21. Quais mercados a sua empresa atende?
1. Consumidor final pessoa física: (característica)
2. Empresas (citar segmento)
3. Governos municipais
4. Governos Estaduais
5. Governo Federal
6. Empresas públicas
7. Outros
22. A empresa faz parte de alguma associação de classe? Qual ou quais?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
244
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
CARACTERÍSTICAS DO MERCADO
23. Seus principais clientes são originários, em sua maior parte:
1. Do bairro onde a empresa está localizada
2. De outros bairros do município
3. Da região onde sua empresa se localiza, quais?
4. De outras regiões do Estado, quais?
5. De outros Estados do Sul do Brasil, quais?
6. De Estados de outras regiões do Brasil, quais?
7. Do exterior, quais países?
24. Seus principais Fornecedores são originários, em sua maior parte:
1. Do bairro onde a empresa está localizada
2. De outros bairros do município
3. Da região onde sua empresa se localiza, quais?
4. De outras regiões do Estado, quais?
5. De outros Estados do Sul do Brasil, quais?
6. De Estados de outras regiões do Brasil, quais?
7. Do exterior, quais países?
25. Seus principais Concorrentes são originários, em sua maior parte:
1. Do bairro onde a empresa está localizada
2. De outros bairros do município
3. Da região onde sua empresa se localiza, quais?
4. De outras regiões do Estado, quais?
5. De outros Estados do Sul do Brasil, quais?
6. De Estados de outras regiões do Brasil, quais?
7. Do exterior, quais países?
26. E como você percebe o mercado concorrente atual, na área de atuação da sua empresa?
1. Muitos concorrentes
2. Nem poucos nem muitos concorrentes
3. Poucos concorrentes
27. Comovesse (enquanto empresário) percebe o mercado onde atua, em termos de
crescimento real, nos últimos 12 meses?
1. Está em crescimento
2. Está estável (não cresce nem encolhe)
3. Está decrescente ou em queda
Em termos de produção e faturamento
245
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
28. E a sua empresa está em qual fase? Crescimento, estabilidade ou queda nas vendas?
1. Está em crescimento
2. Está estável (não cresce nem encolhe)
3. Está decrescente ou em queda
29. Em termos perceptuais, indique o quanto a sua empresa está crescendo em relação ao
último ano em termos de faturamento. (Caso tenha marcado "Está em crescimento" na questão
anterior). ______________
30. Em termos percentuais, indique o quanto a sua empresa perdeu em faturamento em
relação ao último ano. (Caso tenha marcado "Está em queda" na questão anterior). ______________
31. O que a sua empresa está fazendo hoje para atingir este crescimento? Indique: (caso
tenha informado “em crescimento” na q32).
1. Atuando em novos mercados
2. Melhoramentos no processo interno
3. Adquirindo tecnologias
4. Desenvolvendo novos produtos
5. Formando parcerias
6. Criando inovação
7. Aperfeiçoando a logística
8. Investindo em qualificação profissional
9. Profissionalizando toda a empresa
10. Outro, qual?
32. Caso tenha realizado, quais os tipos de inovação a sua empresa desenvolveu ou
desenvolve?
1. Introduziu novos processos ou métodos de trabalho
2. Introduziu novos segmentos de produtos ou serviços
3. Introduziu mudanças no seu modelo de negócio
4. Criou produtos e fez modificações nos atributos do produto, não patenteados
5. Criou produtos ou fez modificações nos atributos do produto patenteado
6. Não realizou essas ações de inovação no período: Outro:
33. Com relação às inovações realizadas por sua empresa, você diria que:
1. Não realizou ações de inovação
2. Impactaram negativamente no seu negócio
3. Não impactaram nem positiva nem negativamente
4. Impactaram positivamente no seu negócio
5. Ainda em fase de implementação das ações de inovação
246
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
34. Se a empresa apresenta um quadro de estabilidade ou declínio em vendas ou
faturamento (caso tenha informado "em declínio" na q32). Indique os principais motivos:
1. Problemas de distribuição
2. Custo elevado dos produtos ou insumos comprados
3. Mão de obra não qualificada
4. Recursos financeiros escassos para promoção/marketing
5. Falta de modernização tecnológica
6. Qualidade da matéria-prima
7. Qualidade dos produtos finais
8. Fornecedores inadequados
9. Inadequação dos produtos às necessidades dos clientes
10. Localização ruim dos pontos de vendas
11. Falta de recursos próprios para capital de giro
12. Falta de recursos para investimentos
13. Concorrência acirrada
14. Outra, qual?
35. Gostaria de comentar sobre os principais problemas/desafios que sua empresa enfrenta
atualmente? _____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
36. A sua empresa realizou alguma dessas ações de acesso a novos mercados nos últimos 12
meses?
1. Vendas pela internet
2. Nova filial ou ponto de venda na mesma cidade
3. Atuação em nova cidade no Estado
4. Atuação em outro Estado
5. Atuação em outro país
6. Não realizou estas ações
7. Outra, qual?
37. Caso tenha realizado ações de acesso a novos mercados, estas:
1. Não resultaram em aumento de vendas
2. Resultaram em aumento de vendas de até 10% em relação ao mesmo período do ano passado
3. Resultaram em aumento de vendas superior a 10% em relação ao mesmo período do ano passado
4. Não realizou ações para acessar novos mercados
38. Descreva o que seria uma oportunidade para um novo mercado na sua região (ou fora
dela)? _____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
247
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
39. E quais as suas expectativas em relação ao seu negócio, para o próximo ano? _____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
CARACTERÍSTICAS DA LOGÍSTICA
40. Quais dos seguintes modelos logísticos mais se assemelham ao da sua empresa:
1. Compra insumos - produz produto acabado - vende ao consumidor final
2. Compra produto acabado - monta produto final - revende para empresas
3. Compra insumos - produz produto acabado - vende para empresas
4. Compra serviços de terceiros - desenvolve/cria produtos - vende por encomenda
5. Outros
41. No que diz respeito à logística da sua empresa, especifique o(s) tipo(s) de produto(s) que
a sua empresa COMPRA, para realizar a sua produção/operação.
1. Matéria-prima (partes e/ou peças) para produto acabado
2. Matéria-prima (partes e/ou peças) para montagem
3. Insumos para alimentos
4. Compra serviços de terceiros
5. Outro:
42. A movimentação de insumos e matérias-primas na sua empresa é realizada por qual
tipo de equipamento?
1. Esteiras
2. Empilhadeira
3. Veículo leve
4. Veículo pesado
5. Retroescavadeira
6. Guindaste
7. Ponte rolante
8. Outros:
43. Considerando a cadeia logística da sua empresa, qual ou quais os tipos de fornecedores
com que a sua empresa trabalha:
1. Compra direto do fabricante
2. Compra de atacadistas
3. Compra de representante comercial
4. Compra no varejo
5. Utiliza prestação de serviço de terceiros
6. Outros
248
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
44. A sua empresa negocia as suas compras de que forma?
1. Por telefone
2. Pessoalmente com vendedor
3. Por e-mail
4. Através do site da empresa
5. Através do site do fornecedor
6. Outro:
45. A sua empresa trabalha com quantos fornecedores diferentes? ______________
46-47. Transporte logístico: 1 : Veículo leve, 2 : Veículo pesado, 3 : Navio/Cabotagem, 4 : Avião, 5 : Outro:, 6 : Não se aplica
1 2 3 4 5 6
Como a sua empresa realiza o transporte para a compra de
insumos, mercadorias, produtos, etc. ?
Como a sua empresa realiza o transporte para a venda de insumos,
mercadorias, produtos, etc. ?
48. E como a sua empresa realiza a gestão do estoque na empresa?
1. Processo informal
2. Processo formal sem software
3. Processo formal com software
4. Não realiza
49. A sua empresa utiliza software que integra a logística de compra, transporte,
armazenamento e venda?
1. Sim
2. Não
3. (Não sabe)
4. Não se aplica
50. Por favor, comente quais seriam os gargalos ou problemas mais sérios da sua cadeia
logística atual? _____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
Pode ser referente ao desempenho de seus fornecedores, da cadeia como um todo ou de um quesito em
particular.
249
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
51. Na sua opinião, o que seria necessário para melhorar a infraestrutura e logística do seu
negócio? _____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
52. Quais as áreas ou setores da sua empresa que mais necessitam de novidades ou
aprimoramentos tecnológicos?
1. Produção
2. Logística e distribuição
3. Financeiro
4. Vendas
5. Marketing (CRM ou Banco de dados)
6. RH ou Gestão de Pessoas
7. Software integrado (tipo ERP ou B.I.)
8. Outros:
250
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
251
Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
CAPÍTULO IV - PANORAMA DE NOVOS MERCADOS
252
Panorama de Novos Mercados para o Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
253
Panorama de Novos Mercados para o Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
LISTA DE SIGLAS
CNAE Classificação Nacional de Atividade Econômica IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística MDIC Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior MTE Ministério do Trabalho e Emprego PAC Pesquisa Anual do Comércio PIA Pesquisa Industrial Anual RAIS Relação Anual de Informações Sociais RLV Receita Líquida de Vendas RBRM Receita Bruta de Revenda de Mercadorias SECEX Secretaria de Comércio Exterior
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Panorama de Novos Mercados para o Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
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Panorama de Novos Mercados para o Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
SUMÁRIO
1 INFORMAÇÕES PRELIMINARES ________________________________________ 257 1.1 APRESENTAÇÃO ____________________________________________________ 257 1.2 OBJETIVO DO ESTUDO _______________________________________________ 258 1.3 METODOLOGIA DO ESTUDO ___________________________________________ 259 1.3.1 Tipo de pesquisa ____________________________________________________ 259 1.3.2 Critérios de análise __________________________________________________ 259 2 LIMITAÇÕES DE PESQUISA ____________________________________________ 261 3 PANORAMA NACIONAL ______________________________________________ 261 4 PANORAMA DAS REGIÕES DO BRASIL __________________________________ 263 4.1 REGIÃO NORTE _____________________________________________________ 265 4.2 REGIÃO NORDESTE __________________________________________________ 268 4.3 REGIÃO CENTRO OESTE ______________________________________________ 271 5 PANORAMA DOS ESTADOS ___________________________________________ 274 5.1 ESTADO DE SÃO PAULO ______________________________________________ 274 5.2 ESTADO DE SANTA CATARINA _________________________________________ 280 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS _____________________________________________ 286 REFERÊNCIAS ____________________________________________________________ 289
256
Panorama de Novos Mercados para o Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
257
Panorama de Novos Mercados para o Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
1 INFORMAÇÕES PRELIMINARES
1.1 APRESENTAÇÃO
O presente relatório faz parte da análise setorial do mercado produtos de
plástico e de borracha em Santa Catarina e compreende a descrição de setores
econômicos no contexto nacional. Estes setores são observados em uma análise
conjuntural de dados secundários de conglomerados para fins de embasamento
analítico de novos mercados, que subsidia informações para o Programa
NovaEconomia@SC.
Novos mercados ou novo mercado a priori, compreende ao sinônimo de
mercado potencial de entrada para organizações e empresas que anseiam atender
estes mercados. Aqui se verifica o tamanho e característica econômica dos setores e
segmentos inseridos nestes, para fins de estudo da condição mercadológica de
crescimento destes mercados, fornecendo subsídios para se criar estratégias de
penetração a todos aqueles interessados.
Especificamente para este estudo, são analisados diferentes dados
macroeconômicos com enfoque nas atividades de quatro setores econômicos, assim
divididos : indústria Automotiva, Alimentícia e Náutica, comércio atacadista e varejista
da Construção Civil nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, e nos estados de
Santa Catarina e São Paulo, bem como sua importância no Brasil.
A composição de atividades econômicas incluídas no molde analítico desta
pesquisa provém da Classificação Nacional de Atividade Econômica - CNAE, sendo este
o instrumento de padronização nacional dos códigos de atividade econômica e dos
critérios de enquadramento utilizados pelos diversos órgãos da Administração
Tributária do país, contribuindo para a melhoria da qualidade dos sistemas de
informação que dão suporte às decisões e ações do Estado. As CNAE40analisadas neste
relatório estão indicadas nas Tabelas 1 e 2.
40
CNAE. Classificação Nacional de Atividades Econômicas. Subclasses. Disponível em: <http://subcomissao cnae.fazenda.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=1>. Acesso em: 26 jul. 2013.
258
Panorama de Novos Mercados para o Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Tabela 1 - CNAE de Comércio do Estudo
CNAE do Comércio de Plástico e Borracha
Construção Civil
4744 COMÉRCIO VAREJISTA DE FERRAGENS, MADEIRA E MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
4742 COMÉRCIO VAREJISTA DE MATERIAL ELÉTRICO
4679 COMÉRCIO ATACADISTA ESPECIALIZADO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO NÃO ESPECIFICADOS ANTERIORMENTE E DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO EM GERAL
4673 COMÉRCIO ATACADISTA DE MATERIAL ELÉTRICO
Fonte: Comissão Nacional de Classificação (CONCLA); IBGE.
Tabela 2 - CNAE de Indústria do Estudo
Caída Indústria de Plástico e Borracha
Automotivo
2941 FABRICAÇÃO DE PEÇAS E ACESSÓRIOS PARA O SISTEMA MOTOR DE VEÍCULOS AUTOMOTORES
2942 FABRICAÇÃO DE PEÇAS E ACESSÓRIOS PARA OS SISTEMAS DE MARCHA E TRANSMISSÃO DE VEÍCULOS AUTOMOTORES
2943 FABRICAÇÃO DE PEÇAS E ACESSÓRIOS PARA O SISTEMA DE FREIOS DE VEÍCULOS AUTOMOTORES
2910 FABRICAÇÃO DE AUTOMÓVEIS, CAMIONETAS E UTILITÁRIOS
2930 FABRICAÇÃO DE CABINES, CARROCERIAS E REBOQUES PARA VEÍCULOS AUTOMOTORES
2211 FABRICAÇÃO DE PNEUMÁTICOS E DE CÂMARAS-DE-AR
Alimentos
10 FABRICAÇÃO DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS
Indústria Náutica
3011 CONSTRUÇÃO DE EMBARCAÇÕES E ESTRUTURAS FLUTUANTES
3012 CONSTRUÇÃO DE EMBARCAÇÕES PARA ESPORTE E LAZER
Fonte: Comissão Nacional de Classificação (CONCLA); IBGE.
1.2 OBJETIVO DO ESTUDO
Descrever os principais indicadores econômicos da indústria e do comércio nas
regiões Norte, Nordeste, Centro Oeste e nos estados de Santa Catarina e São Paulo, de
modo a identificar as condições mercadológicas atuais destas regiões geográficas, que
possam permitir o aproveitamento das oportunidades à entrada de empresas do setor
de Plástico e Borracha em mercados potenciais é o objetivo deste estudo.
259
Panorama de Novos Mercados para o Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
A escolha dos setores econômicos para a realização desta análise foi originada a
partir dos resultados de outros dois estudos: Visão dos Especialistas e Visão do
Empresário, que objetivaram, também, detectar possíveis oportunidades de negócios
para novos mercados ou mercados potenciais. A escolha por estudar indicadores dos
setores produtivos de indústria e comércio se justifica para analisar a composição da
cadeia de mercado em que estes segmentos aqui listados estão inseridos, os quais
estão descritos nas Tabelas 1 e 2.
1.3 METODOLOGIA DO ESTUDO
1.3.1 Tipo de pesquisa
A presente pesquisa é caracterizada por método exploratório que reúne
informações preexistentes sobre o assunto em pauta. A priori identifica informações
que possam ser reunidas para a investigação, identifica fontes de dados reais que
possam ser usadas como questões de mensuração para estruturar a análise.
O nível de informação é classificado como fonte secundária de dados, formada
por interpretações de dados primários gerados por instituições governamentais, tais
como IBGE, Ministério do Desenvolvimento de Indústria e Comércio, através do site
AliceWeb, e Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Também foram consultadas
informações pertinentes e complementares em enciclopédias, livros, manuais, artigos
de revistas e jornais, estudos de pesquisas e publicações de entidades de classe,
governos, universidades e empresas públicas ou privadas.
1.3.2 Critérios de análise
Como critério de análise, são coletados, das referidas fontes, os dados mais
atuais disponíveis, em geral observando uma evolução de quinquênio, ou seja, dos
cinco últimos anos a contar da base de dados mais recente, disponibilizada pelos
principais órgãos públicos responsáveis pela disponibilização de informações
econômicas no Brasil. Considera-se essencialmente a busca de resultados das CNAE
analisadas neste relatório, para os dados a seguir indicados:
260
Panorama de Novos Mercados para o Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Movimentação da importação/exportação (Fonte: AliceWeb) Ano 2012;
Empregos diretos (fonte: RAIS) – Ano 2012;
Número de empresas (fonte: RAIS) – Ano 2012;
Receita Líquida de Vendas - RLV da Pesquisa Industrial Anual – PIA – Anos
analisados 2007, 2008, 2009, 2010 e 2011;
Receita Bruta de Revenda de Mercadorias - RBRM da Pesquisa Anual do
Comércio – PAC – Anos analisados 2007, 2008, 2009, 2010 e 2011.
O indicador - Receita Líquida de Vendas - RLV, segundo Normativo: RIR/1999,
art. 280, significa a receita bruta diminuída: a) das devoluções e vendas canceladas; b)
dos descontos concedidos incondicionalmente; e c) dos impostos e contribuições
incidentes sobre vendas.
O indicador – Receita Bruta de Revenda de Mercadorias – RBRM, segundo o
Normativo: RIR/1999, art. 279; IN SRF nº 51, de 1978; e ADN CST nº 19, de 1981,
compreende o produto da venda de bens nas operações de conta própria, o resultado
auferido nas operações de conta alheia e o preço dos serviços prestados. Deve ser
adicionado à receita bruta, para cálculo da receita líquida, o crédito‐prêmio de IPI
decorrente da exportação incentivada ‐ Befiex. Na receita bruta não se incluem os
impostos não cumulativos cobrados destacadamente do comprador ou contratante e
adicionados ao preço do bem ou serviço, e do qual o vendedor dos bens ou o
prestador dos serviços seja mero depositário (IPI). Da mesma forma, para que a
apuração dos resultados não sofra distorções, não se computam, no custo de aquisição
das mercadorias para revenda e das matérias‐primas, os impostos não cumulativos
que devam ser recuperados (IPI, ICMS). O ICMS integra a receita bruta e é considerado
uma parcela redutora para fins de apuração da receita líquida.
Para a análise de evolução dos indicadores econômicos apresentados nesse
trabalho, aplicou-se a Análise de Índice Simples41, onde a comparação entre as
grandezas de duas épocas (t0 e t1) se faz através da razão entre as mesmas (t1/t0)
resultando em um indicador de evolução (i1). De mesmo modo, o índice de evolução
total para “n” períodos é realizada através do produto dos índices calculados
41
Técnica de cálculos utilizada para análise em estudos econômicos.
261
Panorama de Novos Mercados para o Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
(i1*i2*i3...*in). De posse do índice de evolução total de “n”períodos, obtém-se o índice
médio de evolução através da raiz “n” deste produto (ni1*i2*i3...*in).
2 LIMITAÇÕES DE PESQUISA
As limitações encontradas em relação à coleta dos dados em fontes
secundárias concernem aos valores do IBGE referentes à Receita Líquida de Vendas -
RLV, da Pesquisa Industrial Anual - PIA e Receita Bruta de Revenda de Mercadorias –
RBRM, da Pesquisa Anual do Comércio – PAC. O filtro por grupos de CNAE consideram
os 3 primeiros dígitos da numeração nas tabelas da PIA, conforme a classificação das
tabelas do PAC. Nota-se que todos os resultados envolvendo estes dados foram
adequados aos grupos de forma mais detalhada possível.
Outra limitação deve-se ao fato de não constarem informações sobre a Receita
Líquida de Vendas (RLV) na Pesquisa Anual da Indústria (PIA) referente ao CNAE da
indústria náutica do estado São Paulo, limitado à análise comparativa de receita das
indústrias paulistas, presentes no item 5.1, somente aos setores automotivo e
alimentício.
3 PANORAMA NACIONAL
De acordo com os dados coletados junto ao Ministério do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio (MDIC), no ano de 2012 o Brasil importou mais de US$ 20 bilhões
e exportou mais de US$ 54 bilhões em bens e serviços ligados à fabricação de produtos
alimentícios, automotivos e náuticos, gerando assim o superávit total de mais de US$
34 bilhões. No mesmo período o número de empregos nestas atividades, incluindo
indústrias (alimentícia, automotiva e náutica) e comércio (Construção Civil), superou
2,5 milhões e o número de empresas superou a marca de 320 mil.
262
Panorama de Novos Mercados para o Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Tabela 3 –Valores de importação e exportação/número de empregos/empresas em2012
Importação42 Exportação42 Número de empregos43
Número de empresas43
Nacional US$20.303.892.744,00 US$54.487.165.622,00 2.517.692 326.561 Fonte: MTE - RAIS / MDIC - ALICEWEB2 - Acesso 14-10-2013
Com relação à Receita Líquida de Vendas (RLV) da Indústria brasileira,
analisando os dados divulgados pela última Pesquisa Industrial Anual (PIA) do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), constata-se que a indústria nacional de
produtos alimentícios respondeu por mais da metade da parcela da RLV total dos três
setores analisados no ano de 2011. Para os demais setores, observamos a indústria
automotiva na segunda posição, e a indústria náutica, com a menor parcela da RLV,
que respondeu a 1%.
Gráfico 1 –Distribuição da Receita Líquida de Vendas Industrial Nacional em 2011
Fonte: IBGE - PIA - Acesso 10-10-2013
42
Soma das atividades CNAE: 2941, 2942, 2943, 2910, 2930, 2211, 3011, 3012 e divisão 10. 43
Soma das atividades CNAE: 4744, 4742, 4679, 4673, 2941, 2942, 2943, 2910, 2930, 2211, 3011, 3012 e
divisão 10.
R$231.941.359.000,00 39%
R$357.095.573.000,00 60%
R$5.684.485.000,00 1%
Automotivo
Alimentos
Náutica
263
Panorama de Novos Mercados para o Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
4 PANORAMA DAS REGIÕES DO BRASIL
A distribuição das empresas dos quatro setores abordados pelo território
nacional no ano de 2012 e divulgada na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS)
do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), revelou que a região Sudeste detém a
maior concentração destas, seguida pela região Sul e Nordeste. Entre estas se constata
pequena diferença entre o número absoluto de empresas, apontando o segundo e
terceiro maiores percentuais respectivamente. Por fim, detentoras das menores
participações, estão as regiões Centro-Oeste e Norte, 8% e 5% respectivamente.
Gráfico 2 - Distribuição das Empresas por Regiõesdo Brasil 2012
Fonte: MTE - RAIS - Acesso em 14-10-2013
Analisando separadamente a distribuição por regiões naturais das empresas do
comércio e da indústria para os setores abordados, evidencia-se a manutenção da mesma
ordem de concentração presente na indústria, como demonstrado no Gráfico 4,
hegemonia da região Sudeste. Já em relação às Regiões Sul e Nordeste, a situação não se
verifica, uma vez que há diferença significativa em números absolutos entre estas, o que
16.076 5%
68.251 21%
145.933 45%
69.787 21%
26.514 8%
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-oeste
264
Panorama de Novos Mercados para o Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
equivale a quase 6 mil empresas em favor da Região Sul. O cenário para as regiões Norte e
Centro Oeste se repete.
Considerando a distribuição das empresas de comércio por região, observa-se
uma ligeira vantagem quantitativa da Região Nordeste em relação à Região Sul, que
em números absolutos, ultrapassa a cifra de 4 mil empresas, e que em termos
percentuais, corresponde a apenas 2% como apresentado no Gráfico 3. Para as demais
regiões as participações não sofrem mudanças, ou seja, a região Sudeste continua com
a maior fatia, Centro Oeste antecede a Norte, que apresenta a menor participação.
Gráfico 3 - Distribuição das Empresas do Comércio por Regiõesdo Brasil 2012
Fonte: MTE - RAIS - Acesso em 14-10-2013
12.061 5%
51.531 21%
115.645 47%
47.071 19%
18.826 8%
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-oeste
265
Panorama de Novos Mercados para o Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 4 - Distribuição das Empresas da Indústria por Regiõesdo Brasil 2012
Fonte: MTE - RAIS - Acesso em 14-10-2013
4.1 REGIÃO NORTE
Formada por sete estados, a saber: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia,
Roraima e Tocantins. Possui a maior extensão terriotorial dentre as regiões brasileiras,
o que equivale a 42,17% do território brasileiro. Sua população em 2012, segundo o
IBGE é de aproximadamente 16 milhões, e detém o segundo menor indice de
densidade demográfica (4,2 hab/km²). Sua economia baseia-se nas atividades
industriais, extrativismo vegetal e mineral (petróleo e gás natural), agricultura e
pecuária, turismo. Em 2011 o PIB da região era de aproximadamente R$ 223 bilhões, e
um PIB per capita de R$ 13.888,49.
Avaliando a evolução histórica dos quatro setores industriais indicados,
constatamos que todos obtiveram crescimento da Receita Líquida de Vendas (RLV) no
período compreendido entre os anos de 2007 a 2011, segundo a PIA do IBGE, destacando-
se o desempenho da indústria de alimentos frente aos demais. Este foi o único que
apresentou crescimento ao longo dos cinco anos analisados, com variação de 125,78%, a
4.015 5%
16.720 21%
30.288 37%
22.716 28%
7.688 9%
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-oeste
266
Panorama de Novos Mercados para o Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
maior alta dentre os setores. A indústria de veículos automotores, incluindo reboques e
carrocerias, obteve a segunda melhor receita, registrando alta de 59,05%, seguida pela
indústria de outros veículos de transporte (exceto veículos automotores), com variação de
24,5% no período.
Em termos de média de crescimento anual da RLV, o segmento de fabricação
de produtos alimentícios obteve a melhor taxa média, 2,26% ao ano. O segmento de
fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias obteve a segunda melhor
taxa de crescimento da RLV, média de 1,59% ao ano. Os segmentos de fabricação de
outros veículos de transporte, exceto veículos automotores, e de fabricação de
produtos de borracha e material plástico, obtiveram respectivamente médias anuais
de crescimento da RLV de 1,25% e 1,17%.
Gráfico 5 - Evolução Histórica da Receita Líquida de Vendas dos setores Industriais indicados na Região Norte
Fonte: IBGE - PIA - Acesso 14-10-2013
Analisando a evolução histórica da Receita Bruta de Revenda de Mercadorias
(RBRM), do setor de comércio em geral, observamos elevação continuada do
faturamento das empresas no período compreendido entre os anos de 2007 a 2011,
segundo a PAC do IBGE. O setor de comércio nesta região registrou alta no quinquênio
de 75,28%, média de 15,06% de crescimento anual, sendo destaque o ano de 2010,
com o melhor desempenho de vendas, evoluindo em 21,05% em relação ao ano de
2009.
Fabricação de produtos alimentícios
Fabricação de produtos de borracha e material
plástico
Fabricação de veículos automotores, reboques e
carrocerias
Fabricação de outros veículos de transporte
exceto veículos automotores
2007 R$5.699.628.000,00 R$2.211.913.000,00 R$498.513.000,00 R$11.525.377.000,00
2008 R$7.627.635.000,00 R$2.746.823.000,00 R$633.599.000,00 R$12.928.504.000,00
2009 R$7.875.164.000,00 R$2.402.047.000,00 R$476.848.000,00 R$11.287.353.000,00
2010 R$10.313.632.000,00 R$2.570.461.000,00 R$670.892.000,00 R$12.740.999.000,00
2011 R$12.868.529.000,00 R$2.593.237.000,00 R$792.871.000,00 R$14.349.546.000,00
267
Panorama de Novos Mercados para o Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 6 - Evolução Histórica da Receita Bruta de Revenda de Mercadorias dos setores Comerciais na Região Norte
Fonte: IBGE - PAC - Acesso 14-10-2013
A análise da evolução do número de empresas dos cinco setores indicados da
indústria e comércio da região Norte, durante o período de 2008 a 2012 foi realizada
analisando os dados do último Relatório Anual de Informações Sociais (RAIS) do
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O setor que registrou o maior crescimento
no número de empresas foi a indústria náutica, com uma variação percentual de
56,03% no período de 2008 a 2012, média de crescimento de 11,76% ao ano. Em
seguida está a indústria de veículos com alta de 46,07% no número de empresas,
média de crescimento de 9,94% ao ano.
O comércio de materiais para construção civil registrou a terceira melhor
evolução no número de empresas, alta de 19,94% no período de 2008 a 2012, média
de crescimento anual de 4,65%. A indústria de alimentos, no mesmo período, registrou
alta de 7,53%, média de crescimento de 1,83% ao ano. Procedendo a análise em
números absolutos, o setor de comércio de materiais para a construção civil, foi o que
mais evoluiu, com um total de 2005 novas empresas no quinquênio.
Nota-se que por conta do baixo número de empresas existentes na região
Norte, qualquer acréscimo ou decréscimo neste número gera grandes oscilações no
índice.
Comércio Geral
2007 R$47.409.477.000,00
2008 R$54.706.422.000,00
2009 R$60.649.231.000,00
2010 R$73.416.140.000,00
2011 R$83.101.101.000,00
268
Panorama de Novos Mercados para o Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 7 - Evolução Histórica da quantidade de empresas nas atividades indicadas na Região Norte
Fonte: IBGE - PIA - Acesso 14-10-2013
4.2 REGIÃO NORDESTE
É a região brasileira que possui o maior número de estados (nove no
total):Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Piauí,Pernambuco (incluindo o
Distrito Estadual de Fernando de Noronha e o Arquipélago de São Pedro e São Paulo),
Rio Grande do Norte, (incluindo a Reserva Biológica Marinha do Atol das Rocas) e
Sergipe. Possuía uma população de 53.081.510 hab. e um PIB de R$ 553 bilhões em
2011 que representa 13,4% do total nacional, segundo dados do IBGE, e uma renda per
capita de R$ 10.379,55 no mesmo ano.
Analisando a evolução histórica dos quatro setores industriais indicados,
constatamos que todos obtiveram crescimento na Receita Líquida de Vendas (RLV) no
período compreendido entre os anos de 2007 a 2011, segundo a PIA do IBGE,
destacando-se o ótimo desempenho da indústria de outros veículos de transporte
(exceto veículos automotores), que registrou a maior alta dentre os setores, variação de
124,5% durante o período da análise, média de 22,43% de crescimento anual. Embora
tenha registrado 6,19% de queda da RLV no ano de 2008 em relação a 2007, e outra
expressiva redução de 46,76% em 2011 comparado a 2010, o crescimento no
Ind. Alimentos Ind. Veículos Ind. Náutica Comércio de materiais para
Construção Civil
2008 3.439 89 116 10.056
2009 3.371 101 148 10.523
2010 3.673 104 151 11.087
2011 3.773 123 175 11.921
2012 3.698 130 181 12.061
269
Panorama de Novos Mercados para o Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
quinquênio foi possível devido ao ótimo desempenho de 224,46% de crescimento da
RLV no ano de 2009, quando comparado com 2008.
A indústria de alimentos também obteve um expressivo resultado, com a
segunda melhor variação de receita dentre os setores da análise, registrando alta de
111,69% no período de 2007 a 2011, com uma taxa média anual de crescimento de
20,62%. Cabe destacar que este foi o único setor que não registrou decréscimo de
receita ao longo dos anos analisados.
A indústria de veículos automotores, reboques e carrocerias, durante o
quinquênio, registrou crescimento de 45,23% mesmo amargando uma queda de 7,63%
no ano de 2009, em relação a 2008, ano em que obteve alta de 40,58% quando
comparado ao ano anterior. A taxa média de crescimento deste segmento foi de 9,78%
ao ano. O setor de fabricação de produtos de plástico e material plástico apresenta a
terceira taxa média de crescimento anual, 12,68%.
Gráfico 8 - Evolução Histórica da Receita Líquida de Vendas dos setores Industriais indicados
na Região Nordeste
Fonte: IBGE - PIA - Acesso 14-10-2013
Analisando a evolução histórica do comércio em geral da região Nordeste,
constatamos elevação da Receita Bruta de Revenda de Mercadoria (RBRM) em todos
os anos do período compreendido entre os anos de 2007 a 2011, segundo a PAC do
Fabricação de produtos alimentícios
Fabricação de produtos de borracha e material
plástico
Fabricação de veículos automotores, reboques e
carrocerias
Fabricação de outros veículos de transporte
exceto veículos automotores
2007 R$20.208.242.000,00 R$4.590.030.000,00 R$7.381.922.000,00 R$338.718.000,00
2008 R$25.218.201.000,00 R$5.384.584.000,00 R$10.377.799.000,00 R$317.763.000,00
2009 R$27.461.384.000,00 R$6.083.645.000,00 R$9.585.913.000,00 R$1.031.028.000,00
2010 R$31.809.264.000,00 R$6.770.787.000,00 R$10.284.079.000,00 R$1.429.140.000,00
2011 R$42.778.464.000,00 R$7.399.010.000,00 R$10.720.975.000,00 R$760.944.000,00
270
Panorama de Novos Mercados para o Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
IBGE. O desempenho da RBRM demonstra evolução do comércio em geral,que no final
do período apontou crescimento de 82,7%, média de 16,17% de crescimento ao ano.
Gráfico 9 - Evolução Histórica da Receita Bruta de Revenda de Mercadorias dos setores Comerciais na Região Nordeste
Fonte: IBGE - PAC - Acesso 14-10-2013
A evolução do número de empresas dos cinco setores indicados da indústria e
do comércio da região Nordeste durante o período de 2008 a 2012 foi feita através da
análise dos dados do último Relatório Anual de Informações Sociais (RAIS) do
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O setor que registrou o maior crescimento
no número de empresas foi o da indústria de veículos, com uma variação percentual
de 33,11% no período de 2008 a 2012, média de crescimento de 7,41% ao ano, seguida
do comércio de materiais para construção civil com alta de 18,34% no mesmo período
e média de 4,30% de crescimento anual. O setor da indústria de alimentos registrou a
terceira melhor evolução no número de empresas, alta de 15,41%, o equivalente a um
crescimento anual de 3,65%. A indústria náutica registrou alta no período de 8,97%, ou
2,17% ao ano.
Procedendo a análise em números absolutos, constata-se que o setor do
comércio de materiais para a construção civil, ao longo do período, obteve um
crescimento nominal de 7.986 novas empresas. O setor da indústria de produtos
Comércio Geral
2007 R$191.428.836.000,00
2008 R$226.921.773.000,00
2009 R$257.697.180.000,00
2010 R$306.964.675.000,00
2011 R$349.755.418.000,00
271
Panorama de Novos Mercados para o Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
alimentícios registrou a abertura de 2.165 novas empresas, seguido pela indústria de
veículos com 98, e finalmente, o setor náutico com 7 empresas.
Gráfico 10 - Evolução Histórica da quantidade de empresas das atividades indicadas na Região Nordeste
Fonte: IBGE - PIA - Acesso 14-10-2013
4.3 REGIÃO CENTRO OESTE
Esta é composta por quatro unidades federativas, os estados do Mato Grosso,
Mato Grosso do Sul, Goiás e o Distrito Federal. De acordo com o IBGE, a população
total do Centro-Oeste é de 14.058.094, o que corresponde a apenas 7,25% da
população total do Brasil. Outros dados relevantes desta pujante região brasileira, no
ano de 2010: o PIB de R$ 350,5 bilhões; o PIB per capita era de R$ 24.953,00; e a
participação no PIB Nacional foi de 9,3%.
Analisando a evolução histórica dos quatro setores industriais indicados,
constatamos que todos obtiveram elevação da Receita Liquida de Vendas (RLV) no
período compreendido entre os anos de 2007 a 2011, segundo a PIA do IBGE,
Ind. Alimentos Ind. Veículos Ind. Náutica Comércio de materiais para Construção Civil
2008 14.053 296 78 43.545
2009 13.714 305 77 45.926
2010 16.074 320 82 48.371
2011 16.343 356 83 51.187
2012 16.218 394 85 51.531
272
Panorama de Novos Mercados para o Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
destacando-se o ótimo desempenho da indústria de veículos automotores, reboques e
carrocerias, que registrou a maior alta dentre os setores, variação de 263,13% no
período, computando alta em todos os anos analisados, obtendo uma média de
crescimento de 38,04% ao ano.
O setor da indústria de produtos de borracha e material plástico também
obteve elevação da RLV em todos os anos da análise, registrando a segunda melhor
variação de receita dentre os setores da análise, alta de 92,32% no período de 2008 a
2012, média de 17,76% de crescimento anual. A indústria de alimentos variou 68,77%
no mesmo período, registrando queda de receita no ano de 2009 em relação ao ano
anterior, mas a média de crescimento anual permaneceu positiva, 13,47%.
O segmento de fabricação de outros veículos de transporte, exceto veículos
automotores foi o único com decréscimo de receita no quinquênio. Apesar dos bons
índices de crescimento em 2008 e 2011, altas respectivas de 45,78% e 72,33%, houve
quedas sucessivas de 46,76% em 2009 e 27,49% em 2010, que contribuíram para uma
retração da RLV na ordem de 3,02% ao final do período, o equivalente a uma variação -
0,76% ao ano.
Gráfico 11 - Evolução Histórica da Receita Líquida de Vendas dos setores Industriais indicados na Região Centro Oeste
Fonte: IBGE - PIA - Acesso 14-10-2013
Fabricação de produtos alimentícios
Fabricação de produtos de borracha e material
plástico
Fabricação de veículos automotores, reboques e
carrocerias
Fabricação de outros veículos de transporte
exceto veículos automotores
2007 R$3.629.765.000,00 R$106.700.100,00 R$328.677.900,00 R$2.086.100,00
2008 R$4.804.509.400,00 R$150.887.500,00 R$549.043.000,00 R$3.041.100,00
2009 R$4.484.169.900,00 R$171.467.100,00 R$659.175.800,00 R$1.619.100,00
2010 R$4.934.661.600,00 R$196.406.200,00 R$880.192.900,00 R$1.174.000,00
2011 R$6.017.004.100,00 R$205.200.500,00 R$1.193.518.700,00 R$2.023.100,00
273
Panorama de Novos Mercados para o Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Analisando a evolução histórica do comércio em geral da região Centro-Oeste,
constatamos elevação da Receita Bruta de Revenda de Mercadoria (RBRM) em todos
os anos do período compreendido entre os anos de 2007 a 2011, segundo a PAC do
IBGE. O desempenho da evolução da RBRM do comércio no final do período apontou
um crescimento de 89,15%. A média anual de crescimento da RBRM foi de 17,27%.
Gráfico 12 - Evolução Histórica da Receita Bruta de Revenda de Mercadorias dos setores Comerciais na Região Centro Oeste
Fonte: IBGE - PAC - Acesso 14-10-2013
A evolução do número de empresas dos cinco setores indicados da indústria e
comércio da região Centro Oeste durante o período de 2008 a 2012 foi realizada
analisando os dados do último Relatório Anual de Informações Sociais (RAIS) do
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O setor que registrou o maior crescimento
no número de empresas foi o da indústria de veículos, com uma variação percentual
de 37,08% no período de 2008 a 2012, média de 8,20% de crescimento ao ano, seguida
pela indústria náutica com alta de 36,36% no mesmo período e média de 8,06% de
crescimento ao ano. O comércio de materiais de construção registrou a terceira
melhor evolução no número de novas empresas, alta de 13,26% no período,
equivalente a 3,16% ao ano. A indústria de alimentos, no mesmo período, registrou
alta de 4,72% no quinquênio, ou 1,16% ao ano.
Comércio Geral
2007 R$114.396.641.000,00
2008 R$139.687.721.000,00
2009 R$153.683.318.000,00
2010 R$181.993.026.000,00
2011 R$216.377.574.000,00
274
Panorama de Novos Mercados para o Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 13 - Evolução Histórica da quantidade de empresas das atividades indicadas na Região Centro Oeste
Fonte: IBGE - PIA - Acesso 14-10-2013
5 PANORAMA DOS ESTADOS
5.1 ESTADO DE SÃO PAULO
São Paulo é o estado mais rico do Brasil, o qual concentra a maior densidade
populacional e de empresas. Possui o maior PIB dentre os estados brasileiros e o
segundo maior PIB per capita da Federação. Em 2011 o valor deste PIB era
aproximadamrnte de R$ 1,3 trilhões de reais, a um valor exato de R$ 32.454,91 de PIB
per capita, no referido ano. Possui uma economia diversificada, composta por
indústrias metalmecânica, sucroalcooleira, têxtil, química, automobilística, aeronáutica
e de informática, alémda prestação de serviços, centro financeiro e alimentos. Em
termos populacionais, São Paulo é o Estado mais populoso do Brasil, com 41,2 milhões
Ind. Alimentos Ind. Veículos Ind. Náutica Comércio de materiais para Construção Civil
2008 7.059 178 33 16.622
2009 7.024 192 39 17.362
2010 7.725 208 41 17.846
2011 7.619 228 45 18.531
2012 7.392 244 45 18.826
275
Panorama de Novos Mercados para o Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
de residentes em seus 645 municípios, o que representa 21,6% da população
brasileira, e apresenta densidade demográfica de 166,2 hab./km44.
Analisando a Receita Líquida de Vendas (RLV) da indústria paulista no ano de
2011, disponíveis na Pesquisa Anual da Indústria (PIA) observa-se que o setor de
alimentos obteve melhor resultado frente ao setor automotivo, porém muito
pequeno. Ambos praticamente responderam por 50% do total da RLV dos dois setores
no ano de 2011.
Gráfico 14 - Receita Líquida de Vendas Industrial do Estado deSão Pauloem 2011
Fonte: IBGE - PIA - Acesso 06-05-2014
Ao verificarmos a evolução histórica dos dois setores industriais indicados,
constatamos que ambos obtiveram elevação da RLV no período compreendido entre
os anos de 2007 a 2011, segundo a PIA do IBGE. O setor de fabricação de produtos
alimentícios destaca-se por registrar a maior alta dentre ambos, variação de 60,51%,
com crescimento em todos os anos da análise, e uma taxa anual de crescimento da
receita de 12,56%.
44
Fundação Sistema de Análise de Dados do estado de São Paulo.
R$98.415.585.000,00 50%
R$99.501.844.000,00 50% Automotivo
Alimentos
276
Panorama de Novos Mercados para o Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Mesmo apresentando queda da receita no ano de2009, em relação ao ano
anterior, a indústria de veículos automotores, reboques e carrocerias computou alta
de 25,35% no quinquênio estudado. A média anual de crescimento da RLV do setor foi
de 5,81%.
Gráfico 15 - Evolução Histórica da Receita Líquida de Vendas dos setores Industriais indicados no Estado deSão Paulo
Fonte: IBGE - PIA - Acesso 14-10-2013
Em relação ao faturamento do comércio paulista, foi analisado os dados da
Receita Bruta de Revenda de Mercadorias (RBRM) disponíveis na última Pesquisa
Anual de Comércio (PAC) do IBGE, dos setores atacadista e varejista. Constatou-se que
no ano de 2011 o setor atacadista possuía maior participação na receita total do
comércio.
Fabricação de produtos alimentícios Fabricação de veículos automotores, reboques e
carrocerias
2007 R$61.313.043.000,00 R$79.381.479.000,00
2008 R$67.715.502.000,00 R$89.563.992.000,00
2009 R$79.449.165.000,00 R$88.762.242.000,00
2010 R$91.411.634.000,00 R$98.394.262.000,00
2011 R$98.415.585.000,00 R$99.501.844.000,00
277
Panorama de Novos Mercados para o Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 16 - Receita Bruta de Revendas de Mercadorias do Estado de São Paulo em 2011
Fonte: IBGE - PAC - Acesso 14-10-2013
Analisando a evolução histórica dos dois setores comerciais indicados no
estado de São Paulo, constatamos que ambos obtiveram elevação da RBRM em todos
os anos do período compreendido entre 2007 e 2011, segundo a PAC do IBGE. O setor
de varejo obteve o maior crescimento, variação de 80,73%, enquanto o setor de
atacado registrou alta de 68,76%. A média de crescimento da RBRM desses segmentos
foi respectivamente de 15,95% e 13,98% ao ano.
R$353.817.968.000,00 54%
R$296.176.116.000,00 46%
Comércio Atacadista
Comércio Varejista
278
Panorama de Novos Mercados para o Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 17 - Evolução Histórica da Receita Líquida de Vendas dos setores Comerciais indicados em São Paulo
Fonte: IBGE - PAC - Acesso 14-10-2013
A evolução do número de empresas dos setores indicados da indústria e
comércio paulista no período de 2008 a 2012 foi realizada através da análise dos dados
do último Relatório Anual de Informações Sociais (RAIS) do Ministério do Trabalho e
Emprego (MTE). O setor que registrou maior aumento percentual foi a indústria
náutica com alta de 26,09% no período, média anual de 5,97%. Esse grande percentual
se deve ao fato do setor náutico possuir o menor número de empresas dentre as
demais pesquisadas, de modo que qualquer variação absoluta no número de empresas
incorre em uma variação percentual mais expressiva que nos demais setores.
A indústria de veículos registrou o segundo melhor crescimento dentre os
setores industriais estudados, com variação de 14,65%, seguida pela indústria de
alimentos, com 12,66%. O setor de comércio de materiais para construção civil obteve
crescimento percentual de 21,58% no mesmo período, segunda maior alta dentre os
segmentos estudados, além de deter a maior concentração de empresas dentre eles.
Comércio por Atacado Comércio Varejista
2007 R$209.656.682.000,00 R$163.876.954.000,00
2008 R$242.181.441.000,00 R$196.790.765.000,00
2009 R$255.097.061.000,00 R$212.240.063.000,00
2010 R$296.349.784.000,00 R$250.141.466.000,00
2011 R$353.817.968.000,00 R$296.176.116.000,00
279
Panorama de Novos Mercados para o Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 18 - Histórico de crescimento de empresas por setor indicado em SãoPaulo
Fonte: MTE - RAIS - Acesso 14-10-2013 Nota: CNAE analisados vide tabela 1 e 2 para cada setor por correspondência exata.
Baseados nos dados mais recentes disponíveis no Sistema de Análise das
Informações de Comércio Exterior via Internet, denominado AliceWeb, da Secretaria
de Comércio Exterior (SECEX), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior (MDIC), se constata que a indústria de alimentos o Estado de São Paulo foi a
que deteve o maior superávit na balança comercial dentre os três setores abordados
no ano de 2012, com mais de US$ 11,5 bilhões. A indústria automotiva obteve o
segundo melhor desempenho, superávit de quase de US$ 3bilhões. A indústria náutica,
no ano de 2012, registrou déficit na balança comercial de quase US$ 13 milhões.
Ind. Alimentos Ind. Veículos Ind. Náutica Comércio de materiais para Construção Civil
2008 6350 628 46 30.193
2009 6165 618 42 31.545
2010 7447 649 48 33.617
2011 7234 696 60 35.773
2012 7154 720 58 36.709
280
Panorama de Novos Mercados para o Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 19 - Importação e Exportação de Setores Indicados em São Paulo em 2012
Fonte: MDIC - ALICEWEB2 - Acesso 10-10-2013
5.2 ESTADO DE SANTA CATARINA
Estado detentor de uma economia bastante diversificada, fortemente ancorada
no setor industrial com expressiva participação nos segmentos da agroindústria,
metalmecânica, têxtil e cerâmica, ocupou a sexta posição na economia brasileira, no
ano de 2011, com um PIB aproximado de R$ 170 bilhões de reais e PIB per capita de R$
26.760,82, (IBGE, 2013). Sua população atual é de 6.634.254, com uma densidade
demográfica de 65,27 hab./km². Em se tratando de exportações, segundo dados da
Secretaria de Comércio Exterior (SECEX)45, Santa Catarina exportou em 2012 um total
de U$ 8,9 bilhões de dólares, tendo como destaque a exportação de frangos, motores
elétricos, bombas de ar dentre outros produtos. Também possui uma pujante indústria
tecnológica, especialmente no setor de desenvolvimento de softwares, que já superou
em faturamento o setor de turismo, também expressivo neste Estado.
Analisando a Receita Líquida de Vendas (RLV) da indústria catarinense no ano
de 2011 observa-se que o setor de alimentos obteve o melhor resultado dentre os três
setores analisados, respondendo com uma RLV mais de cinco vezes maior que a receita
do setor automotivo, e quase quarenta e três vezes maior que a receita do setor
náutico.
45
O SECEX utiliza o AliceWeb como fonte de dados para a análise.
$2.192.701.978,00
$2.120.698.973,00
$14.157.572,00
$5.101.885.186,00
$13.635.267.692,00
$1.175.559,00
Automotivo
Alimentos
Náutica
Exportação Importação
281
Panorama de Novos Mercados para o Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 20 - Receita Líquida de Vendas Industrial do Estado de Santa Catarina em 2011
Fonte: IBGE - PIA - Acesso 14-10-2013
Ao verificarmos a evolução histórica dos três setores industriais indicados,
constatamos que todos obtiveram elevação da RLV no período compreendido entre os
anos de 2007 a 2011, segundo a PIA do IBGE. O setor de construção de embarcações
destaca-se por registrar a maior alta dentre os setores, variação de 131,64%, mesmo
apresentando queda da receita nos dois últimos anos do período analisado. A média
anual de crescimento deste setor foi de 23,37%.
O segundo melhor desempenho veio da indústria de produtos alimentícios com
alta de 89,76%, seguida pela indústria de veículos automotores, reboques e carrocerias
com alta de 28,06%. Estes setores registraram crescimento anual de 17,37% e 6,38%
respectivamente.
R$4.102.435.000,00 15%
R$22.618.684.000,00 83%
R$526.116.000,00 2%
Automotivo
Alimentos
Náutica
282
Panorama de Novos Mercados para o Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 21 - Evolução Histórica da Receita Líquida de Vendas dos setores Industriais indicados no Estado de Santa Catarina
Fonte: IBGE - PIA - Acesso 14-10-2013
Em relação ao faturamento do comércio catarinense, foram analisados os
dados da Receita Bruta de Revenda de Mercadorias (RBRM) disponíveis na última
Pesquisa Anual de Comércio (PAC) do IBGE, dos setores atacadista e varejista.
Constatou-se que no ano de 2011 os dois setores possuíam participação bem próxima
da RBRM total, com leve vantagem para o setor atacadista.
Fabricação de produtos alimentícios Fabricação de veículos automotores,
reboques e carrocerias Construção de Embarcações
2007 R$11.919.818.000,00 R$2.920.056.000,00 R$227.122.000,00
2008 R$14.706.757.000,00 R$3.761.833.000,00 R$415.969.000,00
2009 R$14.697.358.000,00 R$2.641.087.000,00 R$624.429.000,00
2010 R$17.544.407.000,00 R$3.132.928.000,00 R$540.384.000,00
2011 R$22.618.684.000,00 R$3.739.300.000,00 R$526.116.000,00
283
Panorama de Novos Mercados para o Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 22 - Receita Bruta de Revendas de Mercadorias do Estado de Santa Catarina em 2011
Fonte: IBGE - PAC - Acesso 14-10-2013
Analisando a evolução histórica dos dois setores comerciais indicados,
constatamos que ambos obtiveram elevação da RBRM no período compreendido entre
os anos de 2007 a 2011, segundo a PAC do IBGE, com alta em todos os anos do
período. O setor de atacado deteve o maior crescimento, variação de 85,53% e o setor
de varejo 68,73%. A média de crescimento da RBRM desses segmentos foi
respectivamente de 16,71% e 13,97% ao ano.
R$51.061.084.000,00 51%
R$48.141.203.000,00 49%
Comércio Atacadista
Comércio Varejista
284
Panorama de Novos Mercados para o Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 23 - Evolução Histórica da Receita Líquida de Vendas dos setores Comerciais indicados em Santa Catarina
Fonte: IBGE - PAC - Acesso 14-10-2013
A evolução do número de empresas catarinenses dos setores indicados da
indústria e comércio catarinense no período de 2008 a 2012 foi realizada através da
análise dos dados do último Relatório Anual de Informações Sociais (RAIS) do
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O setor que registrou melhor variação
percentual foi a indústria náutica com alta de 21,25% no período, média anual de
4,94%.
A indústria de alimentos registrou o segundo melhor desempenho dentre os
setores estudados, com variação de 13,06%, seguida pela indústria de veículos, com
8,40%, e pelo comércio de materiais para construção civil, com alta de 6,47%. A
evolução média do número de empresas foi respectivamente de 3,12%, 2,04% e
1,58%.
Comércio por Atacado Comércio Varejista
2007 R$27.521.736.000,00 R$28.531.258.000,00
2008 R$33.620.209.000,00 R$34.235.883.000,00
2009 R$35.259.446.000,00 R$36.959.152.000,00
2010 R$44.175.047.000,00 R$42.381.728.000,00
2011 R$51.061.084.000,00 R$48.141.203.000,00
285
Panorama de Novos Mercados para o Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 24 - Histórico de crescimento de empresas por setor indicado em Santa Catarina
Fonte: MTE - RAIS - Acesso 14-10-2013 Nota: CNAE analisados vide tabela 1 e 2 para cada setor por correspondência exata.
Baseados nos dados mais recentes disponíveis no Sistema de Análise das
Informações de Comércio Exterior via Internet, denominado AliceWeb, da Secretaria
de Comércio Exterior (SECEX), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior (MDIC), constata-se que a indústria de alimentos do Estado de Santa Catarina
foi a que deteve o maior saldo na balança comercial dentre os três setores abordados
no ano de 2012, superávit de mais de US$ 3,5 bilhões. A indústria automotiva obteve o
segundo melhor desempenho, superávit de mais de US$ 470 milhões. A indústria
náutica, no ano de 2012, registrou déficit na balança comercial de mais de US$ 30
milhões.
Ind. Alimentos Ind. Veículos Ind. Náutica Comércio de materiais para Construção Civil
2008 4.856 238 80 9.501
2009 4.902 239 79 9.715
2010 5.816 236 88 9.915
2011 5.519 262 94 10.129
2012 5.490 258 97 10.116
286
Panorama de Novos Mercados para o Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 25 - Importação e Exportação de Setores Indicados em Santa Catarina em 2012
Fonte: MDIC - ALICEWEB2 - Acesso 10-10-2013
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O plástico é uma das mais importantes criações da humanidade, estando
presente em quase todos os setores econômicos. Sua composição permite que este
seja reciclado inúmeras vezes, barateando assim a sua aquisição como insumo para as
indústrias.
Sua utilização é largamente aplicada nas indústrias automotiva, náutica e de
alimentos, seja como embalagens para armazenamentos e conservação, como peças e
componentes de estruturas. A construção civil também faz uso do plástico, em
diversas etapas, como na construção quando se utiliza de tubos e conexões, ou no
acabamento, quando instala interruptores, ou revestimentos e corrimões em
hospitais.
Em se tratando de setores econômicos, em âmbito nacional e que podem
oferecer oportunidades de negócios para as empresas catarinenses que produzem
produtos plásticos e de borracha, destaca-se primeiramente o setor da indústria de
alimentos, que neste estudo demonstrou movimentar uma receita de
aproximadamente R$ 355 bilhões de reais em 2011, seguido pelo setor automobilístico
com quase R$ 232 bilhões.
$390.159.946,00
$852.567.045,00
$31.350.448,00
$867.826.041,00
$4.523.643.143,00
$101.010,00
Automotivo
Alimentos
Náutica
Exportação Importação
287
Panorama de Novos Mercados para o Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Avaliando separadamente as regiões geográficas do Brasil, constata-se que a
região Sudeste oferece maiores condições à entrada de produtos da indústria plástica
catarinense por deter a maior concentração de empresas da indústria e do comércio
nacional. Entretanto, uma análise mais detalhada em nível regional revela que na
região Norte do Brasil, a indústria de alimentos obteve um crescimento de receita
(22,58% ao ano) muito superior ao crescimento no número de empresas (1,83% ao
ano), revelando a possibilidade de entrada de produtos plásticos voltados às
embalagens para conservação e transporte desses produtos. Outros potenciais
mercados nesta região são a indústria náutica e a de veículos, que vêm apresentando
bom crescimento no número de empresas (11,76% a ano).
Na região Nordeste os setores com maior potencial de investimento devido ao
aumento de suas receitas foram a indústria de outros veículos de transporte (exceto
automotores), com média de crescimento anual de 22,43% na Receita Líquida de
Vendas (RLV) e a indústria de alimentos, com média de crescimento anual de 20,62%
na RLV.
Na região Centro Oeste o destaque é a indústria de veículos automotores, cujo
crescimento da receita foi de mais de 200% no quinquênio. A taxa de crescimento no
número de empresas desse setor também foi a maior nesta região (8,20% de
crescimento anual), se comparada aos demais setores analisados neste estudo. Isto
revela que novas empresas vêm surgindo nesta região com grandes perspectivas de
ganhos, o que fomenta a entrada de novos produtos de plástico e borracha oriundos
de indústrias catarinenses.
Nas três regiões analisadas, o setor comercial em geral demonstrou
crescimento considerável, sem apresentar queda em nenhum dos anos da análise.
No estado de São Paulo, podemos constatar a força que o comércio exerce
mesmo com o maior número de empresas esse segmento obteve a segunda melhor
taxa de crescimento de participantes, e uma evolução constante de sua Receita Bruta
de Revenda de Mercadoria (RBRM) tanto para o atacado, com quase 70% de
crescimento na renda, quanto para o varejo que obteve mais de 80% de crescimento
de RBRM.
288
Panorama de Novos Mercados para o Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Em Santa Catarina, a indústria náutica e de alimentos são destaques. Ambas
detêm as melhores taxas de crescimento de receita e no número de empresas no
quinquênio (média de 23,37% e 17,37% ao ano respectivamente). A indústria náutica
obteve mais de 100% de incremento de receita e a alimentícia com quase 90%.
Entretanto, em termos de comércio internacional, a indústria de alimentos obteve
superávit enquanto a náutica obteve déficit, caracterizando a dependência deste
último sobre o mercado interno de embarcações.
289
Panorama de Novos Mercados para o Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Sistema de Análise das Informações de Comércio Exterior –AliceWeb2. Fevereiro, 2012. Disponível em: <http://www3.mte.gov.br/pdet/index.asp>. Acesso em: 14 out. 2013.
______. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Anual do Comércio – PAC. Disponível em: http://questionarios.ibge.gov.br/downloads-questionarios/pac-pesquisa-anual-de-comercio. Acesso em: 14 out. 2012. ______. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Industrial Anual – PIA. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/industria/pia/empresas/defaultempresa.shtm. Acesso em: 10 out. 2013.
______. Ministério do Trabalho e Emprego. Programa de disseminação das estatísticas do trabalho. Bases estatísticas RAIS. Disponível em: <http://www3.mte.gov.br/pdet /index.asp>. Acesso em: 14 out. 2013.
ENDO, S.K. Números Índices. São Paulo: Editora Atual, 1986.
290
Panorama de Novos Mercados para o Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina
291
Prospecção de Novos Mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
CAPÍTULO V - PROSPECÇÃO DE NOVOS MERCADOS
292
Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
293
Prospecção de Novos Mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
SUMÁRIO
1 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES ______________________________________ 295 1.1 APRESENTAÇÃO ____________________________________________________ 295 1.2 OBJETIVO DO ESTUDO _______________________________________________ 296 2 ASPECTOS METODOLÓGICOS _________________________________________ 296 2.1 TIPO DE PESQUISA __________________________________________________ 296 2.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA _____________________________________________ 297 2.3 COLETA DOS DADOS _________________________________________________ 298 2.4 LIMITAÇÕES DA PESQUISA ____________________________________________ 298 3 ANÁLISE DOS DADOS ________________________________________________ 299 3.1 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS SOCIOECONÔMICAS DAS EMPRESAS __________ 300 3.1.1 Região e município das empresas ______________________________________ 300 3.1.2 Descrição da atividade econômica ______________________________________ 302 3.1.3 Início das atividades das empresas______________________________________ 304 3.1.4 Número de colaboradores das empresas _________________________________ 306 3.1.5 Porte e classificação das empresas______________________________________ 309 3.1.6 Gênero dos entrevistados_____________________________________________ 312 3.1.7 Escolaridade dos entrevistados ________________________________________ 314 3.2 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DE MERCADO DAS EMPRESAS: DEMANDAS ____ 316 3.2.1 Mercados atendidos _________________________________________________ 317 3.2.2 Canais de vendas ___________________________________________________ 320 3.2.3 Origem dos principais clientes _________________________________________ 323 3.2.4 Produtos adquiridos do setor de plástico e borracha _______________________ 326 3.2.5 Canais de compra para produtos da indústria de plástico e borracha __________ 329 3.2.6 Frequência de contratação de fornecedores da indústria de plástico e borracha _ 332 3.2.7 Quantidade de fornecedores da indústria de plástico e borracha ______________ 334 3.2.8 Satisfação em relação aos produtos ou serviços de fornecedores da cadeia de
plástico e borracha __________________________________________________ 336 3.2.9 Aspectos da cadeia de plástico e borracha que necessitam de melhoramentos __ 338 3.3 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DEMANDADAS PELAS EMPRESAS DA AMOSTRA _ 341 3.3.1 Aprimoramentos em áreas/setores nas empresas pesquisadas _______________ 341 3.3.2 Necessidadesde aprimoramentos por produtos e serviços nas empresas _______ 344 3.3.3 Região dos fornecedores da cadeia de plástico e borracha ___________________ 347 3.3.4 Investimentos em produtos/matéria-prima de plástico e borracha ____________ 350 3.3.5 Contato com fornecedores de Santa Catarina _____________________________ 352 3.3.6 Aquisição de produtos e serviços da cadeia de plástico e borracha com
fornecedores catarinenses ____________________________________________ 354 3.3.7 Interesse das empresas em trabalhar com fornecedores catarinenses da
indústria de plástico e borracha ________________________________________ 357 3.3.8 Tipos de fornecedores demandados ____________________________________ 359 3.4 ANÁLISE DA DEMANDA POTENCIAL INTERESSADA EM NEGÓCIOS COM
FORNECEDORES DA INDÚSTRIA DE PLÁSTICO E BORRACHA __________________ 361 3.4.1 Estrato da demanda potencial por grupo e atividade econômica ______________ 362 3.4.2 Estrato da demanda potencial versus interesse em produtos e serviços ________ 366 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS _____________________________________________ 372
294
Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
4.1 SÍNTESE DE RESULTADOS _____________________________________________ 372 4.1.1 Características Socioeconômicas das empresas ____________________________ 372 4.1.2 Características de mercado das empresas: aspectos das demandas atendidas ___ 373 4.1.3 Características da demanda ___________________________________________ 374 ANEXOS ________________________________________________________________ 377 ANEXO A - INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS ________________________________ 377
295
Prospecção de Novos Mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
1 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
1.1 APRESENTAÇÃO
O estudo setorial da demanda por Produtos de Plástico e de Borracha em Santa
Catarina contempla este relatório de pesquisa de novos mercados, que representa o
último levantamento que compõe os quatro relatórios complementares de dados
setoriais e que procura, especificamente neste trabalho, sobre diferentes perspectivas
quantitativas, caracterizar o perfil das empresas que podem demandar por produtos e
serviços de fornecedores catarinenses da cadeia de plástico e borracha. Este trabalho é
caracterizado como uma pesquisa quantitativa descritiva com empresas de diferentes
segmentos(Indústria Automotiva, Construção Civil, Agronegócio e Indústria Náutica).
Ao todo, a amostra entrevistada é de 400 empresas destes segmentos, instaladas nas
Regiões Norte, Centro Oeste, Nordeste e nos estados de Santa Catarina e São Paulo.
A priori, estas entrevistas, realizadas com empresários e gestores, prioriza o
entendimento do sujeito pesquisado sobre o seu mercado de atuação enquanto
empresa, atendendo ao preenchimento de perguntas sobre a empresa, a relação e
situação da empresa com o seu mercado (clientes, fornecedores, concorrentes) e
sobre a aptidão em demandar por produtos do setor de plástico e borracha.
Mas por que estudar novos mercados? Em tese este trabalho busca uma
reflexão sobre possibilidades de novas demandas para as empresas catarinenses, ainda
que estas demandas estejam em grande parte dentro deste Estado (SC), ou em São
Paulo ou mesmo noutras regiões do País ou em diversos países. O que se busca aqui é
o construto de mercado, especificamente apontando para cinco regiões estratégias
para as empresas Catarinenses, dentro de Santa Catarina e São Paulo, nas Regiões
Norte, Nordeste e Centro Oeste.
Referencialmente, novos mercados são, de fato, mercados potenciais que
podem gerar demandas economicamente viáveis, ainda que a viabilidade de cada
negócio em particular não seja objeto deste levantamento, mas sim o seu
apontamento e descrição.
296
Prospecção de Novos Mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
A escolha destes novos mercados foi realizada com base nos estudos
anteriores, previamente citados, tais como a pesquisa qualitativa com formadores de
opinião e visão do empresário.
Este trabalho faz parte da análise de doze setores econômicos no contexto
Catarinense, os quais se dividem em quarenta e sete polos industriais onde são
observados em uma análise conjuntural de conglomerados para fins de embasamento
analítico de mercados, que subsidia informações para o Programa NovaEconomia@SC.
1.2 OBJETIVO DO ESTUDO
O estudo tem como objetivo identificar as características de setores de
atividades promissores a demandarem por produtos de plástico e borracha, com
ênfase a priorizar potenciais demandas às empresas instaladas em Santa Catarina. Para
efeitos de levantamento de dados, são consideradas para efeito deste Estudo três
Regiões do Brasil, Nordeste, Centro Oeste e Norte, bem como, os estados de Santa
Catarina e São Paulo.
2 ASPECTOS METODOLÓGICOS
Para o alcance dos objetivos pretendidos pela pesquisa, dada a natureza do
problema trabalhado, o delineamento metodológico seguido consta dos seguintes
aspectos:
2.1 TIPO DE PESQUISA
A pesquisa é caracterizada por método quantitativo (mensuração da
quantidade de respostas, que possibilita a aplicação de inferência), de caráter
exploratório e descritivo (busca mensurar atitudes e opiniões da população de
empresas-alvo da pesquisa), com o processo de amostragem não probabilístico, com
amostra selecionada por casos típicos (empresas com características semelhantes de
atividades). O corte da pesquisa é transversal, ou seja, a coleta dos dados ocorre num
só momento.
297
Prospecção de Novos Mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
2.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA
A população da pesquisa é formada por pessoa jurídica, empresas pertencentes
a setores produtivos da indústria e comércio principalmente, mas sem exclusão da
prestação de serviços, instaladas nos Estados de Santa Catarina e São Paulo, nas
Regiões Nordeste, Centro Oeste e Norte que somam 192.302 empresas, segundo
dados da Secretaria da Fazenda (2013). A amostra é formada por 400 empresas,
calculada com base na margem de erro de 4,6% com índice de confiabilidade de 95%.
A amostra foi subdividida por segmentos de atuação, previamente selecionados nos
demais estudos que compõem este Estudo Setorial.
Tabela 1 – Proporção amostral aplicada na pesquisa de campo1
Setores Pesquisados Regiões Total de
Empresas Total de
Amostras
Automotivo/Alimentos/Náutico
Santa Catarina 3.489 99
São Paulo 7.932 4
Nordeste 5.787 35
Centro Oeste 3.533 16
Norte 1.159 12
Total do Segmento
21.900 166
Comércio de Materiais de Construção/Serviços da Construção
Santa Catarina 18.611 26
São Paulo 78.727 84
Nordeste 33.857 20
Centro Oeste 25.730 33
Norte 7.299 16
Total do Segmento
164.224 179
Comércio Varejista de Materiais Elétricos e Hidráulicos
Santa Catarina 646 12
São Paulo 3.571 25
Nordeste 890 8
Centro Oeste 844 6
Norte 227 4
Total do Segmento
6.178 55
TOTAL 192.302 400
Fonte: Elaborado pela empresa Ágape
A Tabela 1 apresenta a distribuição da amostra e considera empresas de
setores heterogêneos entre si, segmentadas por estados ou regiões. Foram abordados
298
Prospecção de Novos Mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
neste estudo os setores de comércio e serviços oriundos da construção civil, da
indústria composto pelos segmentos de alimentos, automotivo e náutico, os quais
foram agrupados em três grandes grupos listados na coluna “setores pesquisados”.
Nota-se que se obteve amostra mínima entre 4 e 8 empresas entrevistadas na Região
Centro Oeste para o segmento de comércio varejista de materiais elétrico e hidráulico.
Situação similar ocorreu no estado de São Paulo para o setor das indústrias. Tal
situação é justificada pela dificuldade em encontrar os gestores responsáveis pela
empresa, no período em que foram realizadas as pesquisas.
Para tratamento e consistência de dados, a amostra das regiões é agrupada por
estado da federação. A distribuição amostral por estados foi pesquisada inversamente
ao número de empresas de cada região, ainda que, na prática, não se obteve números
proporcionais. Para efeitos de coleta, a distribuição foi discrepante entre estados em
razão do maior peso dado às empresas catarinenses para efeito de coleta de dados.
2.3 COLETA DOS DADOS
A coleta de dados da pesquisa ocorreu por entrevista telefônica. A abordagem
com empresas deu-se pela sua especificidade de atuação e disponibilidade em
fornecer os dados através de seus gestores, responsáveis pelo fornecimento das
informações da pesquisa e sujeitos de análise. As entrevistas ocorreram entre os
meses de janeiro a fevereiro de 2014. A aplicação de entrevista foi realizada via
questionário estruturado com perguntas abertas, fechadas e de múltipla escolha,
previamente aprovadas pela comissão responsável do Sebrae/SC.
2.4 LIMITAÇÕES DA PESQUISA
As análises da pesquisa restringiram-se às opiniões e comentários dos gestores
e empresários dos setores entrevistados. A distribuição das entrevistas em
determinadas regiões não obteve a devida consistência numérica em razão da
dificuldade de penetração nestes mercados. A proporção amostral viável para análise é
a apresentada nos gráficos do Capítulo 3.
299
Prospecção de Novos Mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
3 ANÁLISE DOS DADOS
Esta parte do estudo tem como finalidade apresentar e analisar os resultados
da investigação sobre a percepção dos sujeitos de pesquisa, acerca dos aspectos que
caracterizam estas empresas, o grau e caracterização do consumo atual sobre
produtos e serviços da indústria do Plástico e Borracha e do interesse e aptidão por
produtos e serviços desta cadeia setorial econômica.
A análise dos dados está organizada em três partes: na primeira são
apresentados e analisados os dados relativos às características socioeconômicas das
empresas pesquisadas; na segunda, analisa-se o mercado das empresas; e na terceira
descrevem-se as características da demanda por produtos do setor em estudo. Nesta
última parte, uma seção é dedicada a comparar os dados da amostra em sua
totalidade com o segmento da amostra que indicou interesse expresso em comprar de
fornecedores catarinenses do setor de Plásticos e de Borracha.
No quesito apresentação das tabelas e gráficos do relatório, a dinâmica de
leitura é realizada na sequência em que as perguntas de pesquisa foram aplicadas aos
entrevistados (instrumento de coleta de dados consta em anexo). A análise segue
apresentando o gráfico de cada variável sob o total de respostas, seguido dos
cruzamentos da variável em questão com a região de instalação da empresa e a
atividade econômica da amostra (expressos nos Gráficos 1 e 2).
Ressalta-se que, ao longo da análise, diversos gráficos são de múltipla resposta,
fator em que a soma das citações de pesquisa excede o total de respondentes,
ultrapassando 100% do total de respostas indicadas em gráficos desta natureza
(múltipla resposta). A análise cruzada realizada de uma variável de múltipla resposta
também pode ultrapassar o total de respondentes. Optou-se por este método em
razão da melhor interpretação do comportamento dos dados percentuais, sempre
apresentando os dados pelo total de empresas, ou seja, indicando quantas “empresas
entrevistadas” indicam cada alternativa de resposta do levantamento e não somente
quantas vezes uma alternativa foi marcada/indicada.
300
Prospecção de Novos Mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
3.1 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS SOCIOECONÔMICAS DAS EMPRESAS
As categorias de análise das características das empresas pesquisadas foram:
ramo de atividade ou atividade principal, localização de instalação da empresa, data de
início das atividades, número de funcionários por empresa, o porte/faturamento das
empresas, gênero e nível de escolaridade dos entrevistados, conforme demonstram os
resultados a seguir.
3.1.1 Região e município das empresas
Região onde a empresa está instalada:
Gráfico 1 – Estado de instalação da amostra1
Fonte: dados da pesquisa
O Gráfico 1 revela a proporção de entrevistas realizadas entre os
estados/região dos respondentes desta amostra. Santa Catarina ocupa a primeira
posição neste levantamento, com 34,3% do grupo entrevistado, enquanto 28,3% das
empresas são oriundas do estado de São Paulo. O menor índice da pesquisa ocorre no
grupo proveniente da Região Norte, com 8% da amostra inquirida.
301
Prospecção de Novos Mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Tabela 2 – Região de instalação das empresas entrevistadas2
Estados Regionais Qtd. Empresas % Total
Centro Oeste
Distrito Federal 2 0,50% Goiás 13 3,25%
Mato Grosso do Sul 40 10,00% Total 55 13,75%
Nordeste
Bahia 51 12,75% Ceará 10 2,50%
Pernambuco 2 0,50% Total 63 15,75%
Norte Amazonas 17 4,25%
Pará 15 3,75% Total 32 8,00%
Santa Catarina
Região Extremo Oeste 10 2,50% Região Foz do Itajaí 11 2,75%
Região Grande Florianópolis 13 3,25% Região Meio Oeste 9 2,25%
Região Norte 22 5,50% Região Oeste 27 6,75% Região Serra 5 1,25%
Região Sul 23 5,75% Região Vale do Itajaí 17 4,25%
Total 137 34,25%
São Paulo
Região de Bauru 5 1,25% Região de Campinas 11 2,75% Região de Piracicaba 6 1,50%
Região de Ribeirão Preto 5 1,25% Região Macro Metropolitana Paulista 10 2,50% Região Metropolitana de São Paulo 62 15,50%
Região de São José do Rio Preto 4 1,00% Região de Araçatuba 3 0,75% Região de Araraquara 3 0,75%
Região de Marília 1 0,25% Região do Vale do Paraíba Paulista 2 0,50%
Região do Litoral Sul Paulista 1 0,25% Total 113 28,25%
Total geral
400 100%
Fonte: dados da pesquisa
A Tabela 2 apresenta a distribuição da amostra pelas Regiões Nordeste, Centro
Oeste, Norte e pelos estados de Santa Catarina e São Paulo, segmentados por
mesorregiões de cada estado ou pelo sinônimo de regionais.
302
Prospecção de Novos Mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
3.1.2 Descrição da atividade econômica
Descreva sua principal atividade econômica
Gráfico 2 – Atividade econômica principal2
Fonte: dados da pesquisa.
Dentre as atividades econômicas das empresas partícipes deste levantamento,
o segmento de comércio de materiais de construção/serviços da construção contém o
índice mais significativo, com 44,8% da amostra, frente a 41,5% de empresas das
indústrias: automotiva/alimentos/náutico. O menor agrupamento de atividade
econômica ocorre no comércio varejista de materiais elétricos/hidráulicos, com 13,8%
da amostra total de entrevistados.
303
Prospecção de Novos Mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 2.1 – Estado de instalação X Atividade econômica principal3
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
Quando cruzadas as atividades econômicas das empresas da amostra com o
estado/região de localização destas, verifica-se diversidade nas cinco esferas da
pesquisa. Santa Catarina e a Região Nordeste destacam-se principalmente no
segmento de indústrias: automotiva/alimentos/náutico, ao passo que o estado de São
Paulo e as Regiões Centro Oeste e Norte têm predominância de empresas do
segmento do comércio de materiais de construção/serviços da construção.
304
Prospecção de Novos Mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
3.1.3 Início das atividades das empresas
Data de início das atividades: (Questão convertida para “idade das empresas no
mercado”).
Gráfico 3 – Idade das empresas (referência de 2014)4
Fonte: dados da pesquisa
O Gráfico 3 apresenta a idade das empresas entrevistadas no mercado
estudado. A data de início das atividades foi convertida em tempo de atuação em
anos, mediante a diferença entre o ano corrente de 2014. A distribuição de frequência
indica que apenas uma empresa tem menos de dois anos de atuação no mercado e
que 16,6% das empresas entrevistadas têm 30 ou mais anos de atividades no mercado.
A faixa predominante é entre 10 a 19 anos, com 33,8% das citações do estudo, seguido
pela faixa de 20 a 29 anos, com 25,8% da amostragem. A média de idade das empresas
da amostra é de 19 anos de atuação no mercado.
305
Prospecção de Novos Mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 3.1 – Estado de instalação X Idade das empresas (referência de 2013)5
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
Gráfico 3.2 –Atividade Econômica X Idade das empresas (referência de 2014)6
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
A distribuição das empresas por estado e idade das empresas indica padrão
semelhante nas cinco esferas do estudo, sendo observável que em todas elas a faixa
de destaque ocorre entre 10 a 19 anos de atividades no mercado, com exceção
verificável no estado de São Paulo, onde o destaque neste levantamento são empresas
com idade entre 20 a 29 anos, com 31% da amostra desta esfera da pesquisa. Cabe
salientar que o índice de maior expressividade na faixa de idade acima dos trinta anos
306
Prospecção de Novos Mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
de atuação no mercado ocorre no estado de Santa Catarina, onde 22,6% (acumulado)
da amostragem enquadra-se nesta faixa de resposta.
O Gráfico 3.2 cruza a atividade econômica das empresas pesquisadas com a
idade destas. É verificável que tanto para comércio de materiais de
construção/serviços da construção quanto no comércio varejista de materiais
elétricos/hidráulicos a faixa de destaque é entre 20 a 29 anos de atividade dentro do
setor, com destaque ao segundo, onde 36,4% dos entrevistados situam-se nesta faixa
de resposta. O segmento de indústrias: automotiva/alimentos/náutico detém o maior
percentual de seus respondentes na faixa entre 10 a 19 anos de atividade no mercado,
com 41,6% de seus integrantes nesta faixa de escolha.
3.1.4 Número de colaboradores das empresas
Quantos colaboradores têm a sua empresa:
Gráfico 4 – Número de colaboradores7
Fonte: dados da pesquisa
O número de colaboradores das empresas entrevistadas varia principalmente
entre 10 e 19, com 19,3%, mesmo índice para a faixa de 100 ou mais colaboradores. A
média aritmética é de 144 colaboradores por empresa (uma empresa apresentou total
de 15 mil funcionários, instalada em Santa Catarina). A média corrigida, calculada com
307
Prospecção de Novos Mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
base em 80% da variação principal das respostas do desvio padrão, é de 40
colaboradores por empresa. Cabe ressaltar que 25,6% (acumulado) dos inquiridos
possuem até nove colaboradores dentro de suas empresas
Gráfico 4.1 – Estado de instalação X Número de colaboradores8
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
Gráfico 4.2 – Atividade Econômica X Número de colaboradores9
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
308
Prospecção de Novos Mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Considerando a distribuição por estados/regiões pesquisados, São Paulo é o
único estado/região com índice de maior expressividade neste levantamento na faixa
entre 10 a 19 colaboradores, enquanto a Região Nordeste tem maior destaque na faixa
de 100 e mais colaboradores. Santa Catarina destaca principalmente a faixa entre 5 a 9
colaboradores, ao passo que a Região Norte detém mais de 1/3 de seus entrevistados
na faixa acima de cem colaboradores. A Região Centro Oeste, por sua vez, apresenta o
mesmo índice de entrevistados, 20% da amostra, em três faixas de resposta: de 5 a 9,
de 10 a 19 e entre 30 a 49 colaboradores.
Na distribuição por atividade econômica, observam-se diferenças nos padrões
dos três segmentos do estudo. O comércio de materiais de construção/serviços da
construção tem maior proeminência para os inquiridos na faixa entre 30 a 49
colaboradores, com 19,6% de seus integrantes nesta faixa de resposta, ao passo que o
comércio varejista de materiais elétricos/hidráulicos apresenta maior expressividade
na faixa entre 10 a 19 colaboradores, com 21,8% da amostra nesta faixa de escolha. Já
27,1% dos respondentes do segmento industrial encontram-se na faixa acima de 100
colaboradores.
309
Prospecção de Novos Mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
3.1.5 Porte e classificação das empresas
Porte/Classificação da empresa (anual):
Gráfico 5 – Porte/Classificação da empresa10
Fonte: dados da pesquisa
A classificação por porte e faturamento da amostra apresenta o destaque da
pesquisa para Empresas de Pequeno Porte, com 41% do grupo pesquisado, seguido
por 28,8% dos respondentes provenientes de Empresas de Médio Porte. A categoria
de Microempresa ocupa a terceira posição dentre os entrevistados.
310
Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 5.1 – Estado de instalação X Porte/Classificação da empresa11
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
A distribuição por estado/região da classificação por porte e faturamento das empresas pesquisadas destaca que tanto em São Paulo
quanto em Santa Catarina a proeminência das empresas estudadas é de Empresas de Pequeno Porte, com respectivamente 50,4% e 41,6% dos
integrantes destas esferas da pesquisa nesta categoria. Por outro lado, as Regiões Centro Oeste, Norte e Nordeste apresentam maior
expressividade para o grupo de respondentes de Empresas de Médio Porte, com respectivamente 36,4%, 37,5% e 44,4% de seus inquiridos
nesta faixa de resposta. Empresas de Grande Porte têm maior quantitativo no estado de Santa Catarina, com treze de seus respondentes
inclusos nesta faixa de resposta.
311
Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 5.2 – Atividade Econômica X Porte/Classificação da empresa12
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 5.2 revela que Empresas de Médio Porte são destaque no segmento industrial, com 33,7% de seus integrantes neste
enquadramento tributário. Por outro lado, tanto o comércio de materiais de construção/serviços da construção quanto o comércio varejista de
materiais elétricos/hidráulicos demonstram maior destaque de seus integrantes enquadrados como Empresas de Pequeno Porte, com
faturamento entre R$ 360 mil e R$ 3,6 milhões. Os índices destes segmentos são de 46,9% e 49,1%, respectivamente. Empresas de grande
porte estão em maior número no segmento industrial neste estudo.
312
Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
3.1.6 Gênero dos entrevistados
Sexo dos entrevistados:
Gráfico 6 – Gênero dos entrevistados13
Fonte: dados da pesquisa
Gráfico 6.1 – Estado de instalação X Gênero dos entrevistados14
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
Os entrevistados da amostra são predominantemente do sexo masculino, com
54,5% dos inquiridos, ao passo que os 45,5% restantes são mulheres.
O Gráfico 6.1 apresenta o estado/região dos entrevistados cruzado com o
gênero destes. As mulheres predominam nos cargos de gestão tanto em São Paulo
quanto no Centro Oeste, com ápice neste último, onde 56,4% dos entrevistados são do
sexo feminino. As Regiões Norte e Nordeste, bem como o estado de Santa Catarina,
tem a maioria de seus respondentes do gênero masculino, com intensificação no
313
Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
índice do grupo de respondentes catarinenses, onde 62% da amostra é composta por
homens.
Gráfico 6.2 – Atividade Econômica X Gênero dos entrevistados15
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 6.2 destaca que todos os segmentos da pesquisa têm predominância
do sexo masculino no que tange ao gênero dos respondentes, com destaque para o
setor da indústria, onde 59% dos entrevistados são homens.
314
Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
3.1.7 Escolaridade dos entrevistados
Grau de escolaridade do entrevistado:
Gráfico 7 – Grau de escolaridade do entrevistado16
Fonte: dados da pesquisa
O Gráfico 7 apresenta o grau de escolaridade dos entrevistados. O destaque
são os respondentes com Ensino Superior Completo, com 43,3% da amostra, enquanto
27,5% do grupo possui Ensino Médio Completo. Apenas dois entrevistados da amostra
possuem Mestrado, enquanto três respondentes declaram não ter escolaridade.
315
Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 7.1 – Estado de instalação X Grau de escolaridade do entrevistado17
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 7.1 apresenta todas as regiões/estados da pesquisa com destaque ao número de entrevistados com Ensino Superior
Completo, sendo que neste aspecto é verificável no estado de Santa Catarina, o maior índice (46,7%) da amostra. A exceção neste
levantamento, em relação à tendência central da amostragem, ocorre na Região Norte, onde o grau de escolaridade dos entrevistados é
predominantemente Ensino Médio Completo, com 53% dos inquiridos desta esfera da pesquisa nesta faixa de resposta.
316
Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 7.2 – Atividade Econômica X Grau de escolaridade do entrevistado18
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O grau de escolaridade cruzado com a atividade econômica desempenhada
pelos entrevistados da amostra demonstra que em todos os segmentos do estudo
predominam respondentes com Ensino Superior Completo, com ápice no índice do
segmento industrial, onde 45,2% dos entrevistados incluem-se nesta faixa de resposta.
A ausência de escolaridade dos respondentes ocorre somente no segmento varejista
de materiais de construção e serviços da construção. O Ensino Médio Completo
apresenta o maior quantitativo de respondentes no segmento varejista de materiais
de construção e serviço da construção, ao passo que o índice mais elevado pertence ao
varejo de materiais elétricos e hidráulicos.
3.2 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DE MERCADO DAS EMPRESAS: DEMANDAS
Esta seção apresentará os resultados da análise das características da demanda
das empresas estudadas e práticas de gestão de clientes. É composta por quatorze
variáveis que explicam a demanda das empresas de plástico e borracha em Santa
Catarina.
317
Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
3.2.1 Mercados atendidos
Quais mercados a sua empresa atende?
Gráfico 8 – Mercados que a empresa atende19
Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.
O Gráfico 8 apresenta os mercados atendidos pelas empresas entrevistadas. É
observável o destaque ao atendimento ao consumidor final pessoa física, com 49% dos
entrevistados, frente a 45,8% do grupo que afirma atender as empresas. O
atendimento ao poder público é relatado por apenas 2,5% (acumulado) da amostra.
318
Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 8.1 – Estado de instalação X Mercados que a empresa atende20
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 8.1 indica os mercados que as empresas da amostra atendem cruzado por estado/região de instalação dos inquiridos.
Observa-se o destaque do atendimento ao consumidor final pessoa física na Região Nordeste, em Santa Catarina e na Região Centro Oeste,
com respectivamente 50,8%, 65% e 67,3% dos entrevistados nesta faixa de resposta. O atendimento a empresas é predominante na Região
Norte e no estado de São Paulo, com respectivamente 50% e 69% dos entrevistados destas esferas da pesquisa que afirmam atender
exclusivamente a este mercado. As empresas da Região Centro Oeste, neste estudo, relatam não atender ao poder público.
319
Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 8.2 – Atividade Econômica X Mercados que a empresa atende21
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
Segundo o Gráfico 8.2, verifica-se a predominância do atendimento ao
consumidor final pessoa física em dois dentre os três segmentos estudados, são eles:
comércio de materiais de construção/serviços da construção e indústrias:
automotiva/alimentos/náutico, com destaque ao último, onde 52,4% dos
entrevistados situam-se nesta faixa de resposta. Por outro lado, o atendimento às
empresas ocorre no comércio varejista de materiais elétricos/hidráulicos, onde 61,8%
da amostra afirma atender este mercado, embora quantitativamente o segmento
varejista de materiais de construção e serviços da construção apresente o maior
contingente de entrevistados.
320
Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
3.2.2 Canais de vendas
E quais seriam os seus canais de vendas?
Gráfico 9 – Canais de vendas22
Fonte: dados da pesquisa.
O Gráfico 9 revela que o principal canal de venda utilizado pelas empresas do
estudo é a venda direta ao cliente final, conforme 48,5% da amostra. O uso de loja
própria é segundo canal mais citado, com 16,3% das respostas, seguido por 10,3% das
empresas que contam com representantes comerciais. O canal internet é pouco
explorado pela amostra, pois apenas 3,3% (acumulado) relatam utilizar esta
ferramenta de venda.
321
Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 9.1 – Estado de instalação X Canais de vendas23
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 9.1 apresenta o cruzamento entre o uso dos canais de venda das empresas da amostra por estado/região onde estão
instaladas. Em todas as esferas da pesquisa, é verificável o destaque da venda direta ao cliente final, com relevância do índice no estado de
Santa Catarina, com 59,1% dos entrevistados nesta faixa de resposta. O uso de loja própria é significativo na Região Centro Oeste, onde 29,1%
da amostra desta região utiliza-se deste canal de venda. Na Região Norte ocorre o maior índice de entrevistados que utilizam representantes
comerciais como canal de venda, com 21,9% dos inquiridos desta região nesta faixa de resposta. A venda por internet em site próprio é
destacado no estado de São Paulo, com 8% de respondentes, que relatam usar este canal de venda, ao passo que na Região Norte esta
ferramenta não é utilizada.
322
Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 9.2 – Atividade Econômica X Canais de vendas24
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 9.2 demonstra que em todos os segmentos do presente estudo, o destaque quanto aos canais de venda utilizados é a venda
direta ao cliente final, com evidência ao segmento industrial, onde 51,8% dos entrevistados apontam esta opção neste estudo. O uso de loja
própria tem maior expressividade no comércio varejista de materiais elétricos/hidráulicos. No segmento do comércio de materiais de
construção e serviços da construção observa-se que 5,1% (acumulado) fazem uso da internet como canal de venda.
323
Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
3.2.3 Origem dos principais clientes
Seus principais clientes são originários, em sua maior parte:
Gráfico 10 – Origem dos Principais Clientes25
Fonte: dados da pesquisa
Com relação à região de instalação dos clientes das empresas da amostra,
observa-se que 55,5% dos respondentes informam atender clientes do município onde
estão instaladas. Já para 15,3% da amostra o atendimento ocorre noutras regiões do
estado. Apenas 2% relatam atender clientes fora dos limites nacionais.
324
Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 10.1 – Estado de instalação X Origem dos Principais Clientes26
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
Na distribuição por estado/região, a Região Centro Oeste contém o maior índice de entrevistados que afirmam que a demanda das
empresas é circunscrita ao município de instalação destas, segundo 69,1% dos entrevistados. Observa-se que esta faixa de resposta é o
destaque em todas as esferas da pesquisa. O atendimento aos clientes da região metropolitana de onde está localizada a empresa tem maior
relevância para o grupo proveniente da Região Norte, sendo que 21,9% de seus integrantes encaixam-se nesta faixa de resposta. Aqueles que
afirmam atender aos clientes de outros estados do país são em maior número no estado de São Paulo, contendo 24,8% de seus integrantes
que se situam nesta faixa de resposta. O atendimento a clientes no exterior ocorre com mais relevância na Região Nordeste (7,9%) quando
comparada com as demais localizações. No estado de Santa Catarina os clientes na sua maioria têm origem no próprio município de instalação
das empresas entrevistadas.
325
Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 10.2 – Atividade Econômica X Origem dos Principais Clientes27
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 10.2 indica que nos três segmentos estudados os clientes são
originários do município de instalação das empresas pesquisadas, com maior
expressividade aos 63,6% da amostra do comércio varejista de materiais
elétricos/hidráulicos. Por outro lado, o destaque dentre aqueles que relatam como
origem dos principais clientes atendidos a região metropolitana onde a empresa está
instalada, pertence ao segmento do comércio varejista de materiais
elétricos/hidráulicos com 18,2%. Já o segmento industrial, com 19,9% dos
respondentes, se sobressai no atendimento a clientes em outras regiões do Estado.
Este por sua vez, também contém o único contingente de entrevistados que atendem
clientes no exterior. Atender clientes noutros estados do Brasil é relevante para 14,5%
de empresas do comércio de materiais de construção e serviços da construção.
326
Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
3.2.4 Produtos adquiridos do setor de plástico e borracha
Especifique os tipos de produtos ou serviços que a sua empresa compra ou contrata da
cadeia de plástico e borracha:
Gráfico 11 – Produtos adquiridos da cadeia de plástico e borracha28-
Fonte: dados da pesquisa Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.
O Gráfico 11 destaca os produtos adquiridos da indústria de plástico e borracha
e neste aspecto, destaca-se a compra produtos de plástico nas suas mais diversas
variações e aplicações, conforme 70,8% do grupo pesquisado. Amplamente atrás,
situa-se a compra de produtos de borracha, com 8% da amostra pesquisada, cuja
variedade estende-se de buchas de amortecedores, correias, batentes e até tarugos de
borracha para fins industriais. Já 6% do grupo compra embalagens em geral, que são
utilizados para embalar alimentos, peças e partes plásticas e inúmeras aplicações.
327
Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 11.1 –Estado de instalação X Produtos adquiridos da cadeia de plástico e borracha29
Fonte: dados da pesquisa Nota: realizar a leitura em coluna.
A compra de produtos da indústria de plástico e borracha cruzada com o estado/região de localização das empresas pesquisadas infere
que a compra de produtos de plástico é o destaque nas cinco esferas da pesquisa, com destaque para a Região Nordeste neste prospecto,
sendo que 82,5% de seus integrantes situam-se nesta faixa de resposta. A compra de produtos de borracha tem maior destaque em Santa
Catarina, mesma esfera da pesquisa que destaca a compra de embalagens em geral. Os respondentes do Estado de São Paulo relatam a
compra de insumos para utilização industrial advindos do setor plástico e de materiais para construção, com percentuais de 7,1% e 6,2%
respectivamente.
328
Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 11.2 – Atividade Econômica X Produtos adquiridos deplástico e borracha30
Fonte: dados da pesquisa Nota: realizar a leitura em coluna.
Quanto ao cruzamento dos produtos adquiridos da indústria de plástico e
borracha pela atividade econômica das empresas da amostra, é observável que o
destaque nos três segmentos do estudo é a compra de produtos de plástico, sendo o
índice de maior expressividade pertence ao segmento de comércio de materiais de
construção/serviços da construção, conforme 77,7% dos entrevistados deste
segmento. Sobre a compra de produtos de borracha, o estudo aponta o setor
industrial como o maior comprador. Um segmento em que a indústria plástica tem
grande participação, o de materiais elétricos/eletrônicos em geral, é destacadamente
consumido por 36,4% dos entrevistados deste comércio varejista especializado.
329
Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
3.2.5 Canais de compra para produtos da indústria de plástico e borracha
E quais seriam os seus canais de COMPRAS?
Gráfico 12 – Canais de compra31
Fonte: dados da pesquisa
No Gráfico 12 destacam-se os principais canais de compra das empresas
participantes do estudo, sendo que a compra direta junto ao fornecedor revela-se a
mais usual dentre as demais (39%), seguido pela compra através do representante
comercial com 26%. O canal distribuidor e o canal atacadista também são utilizados
por expressivo contingente de entrevistados.
330
Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 12.1 – Estado de instalação X Canais de compra32
Fonte: dados da pesquisa Nota: realizar a leitura em coluna.
A análise por regiões/estado de instalação das empresas da amostra revela que 54,9% das empresas de São Paulo compram
diretamente do fornecedor, enquanto 43,8% dos entrevistados da Região Norte utilizam-se de representantes comerciais no que concerne a
canais de compra. O uso de distribuidores, por sua vez, tem maior proeminência no grupo proveniente da Região Nordeste, onde 23,8% dos
entrevistados incluem-se nesta faixa de resposta. Em Santa Catarina, os índices de respostas apontam um leve predomínio do canal
representante comercial em relação à compra direta junto ao fornecedor.
331
Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 12.2 – Atividade Econômica X Canais de compra33
Fonte: dados da pesquisa Nota: realizar a leitura em coluna.
O cruzamento da atividade econômica das empresas da amostra pelos canais
de compra por estas utilizadas destaca o segmento do comércio varejista de materiais
elétricos e hidráulicos como referência em termos percentuais, quanto à predileção
por canais de compra apontados na pesquisa, quais sejam: a compra diretamente do
fornecedor (41,8%) e a compra através de representante comercial (29,1%). Há que se
salientar que estes dois canais de compra são também os mais citados pelos
respondentes dos outros segmentos aqui estudados.
332
Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
3.2.6 Frequência de contratação de fornecedores da indústria de plástico e borracha
Com que frequência a sua empresa contrata fornecedores da indústria de plástico e
borracha? (Considerar o principal fornecedor ou o mais frequente).
Gráfico 13 – Frequência de contratação de fornecedores da indústria de plástico e borracha34
Fonte: dados da pesquisa
Gráfico 13.1 – Estado de instalação X Frequência de contratação de fornecedores da indústria de plástico e borracha35
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 13 apresenta a frequência com que os entrevistados compram dos
fornecedores da indústria de plástico e borracha. A frequência é mensal para 49,5% e
esporádica (sem período de tempo predefinido) para 22,5% da amostra. A opção – sob
demanda contém 16,5% dos entrevistados da pesquisa.
333
Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Através do Gráfico 13.1 verifica-se a predominância da contratação mensal de
fornecedores da indústria de plástico e borracha para as cinco esferas da pesquisa,
com destaque para a Região Norte, onde 56,3% dos entrevistados destacam esta
frequência de compra. As opções – esporadicamente e sob demanda, são mais comuns
nas empresas do Estado de São Paulo, com iguais 25,7% de respondentes nestas faixas
de resposta.
Gráfico 13.2 – Atividade Econômica X Frequência de contratação de fornecedores da indústria de plástico e borracha36
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
Na distribuição por atividade econômica, a contratação mensal é destacada nos
três segmentos da pesquisa, sendo que 65,5% do grupo do comércio varejista de
materiais elétricos/hidráulicos situa-se nesta faixa de resposta. Já 23,5% da
amostragem do comércio de materiais de construção/serviços da construção destacam
a compra sob demanda dos fornecedores da indústria de plástico e borracha. O setor
industrial, quantitativamente, é aquele que mais compra esporadicamente.
334
Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
3.2.7 Quantidade de fornecedores da indústria de plástico e borracha
Quantos fornecedores da indústria de plástico e borracha a sua empresa possui?
Gráfico 14 – Quantidade de fornecedores da indústria de plástico e borracha37
Fonte: dados da pesquisa
Gráfico 14.1 – Estado de instalação X Quantidade de fornecedores da indústria de plástico e borracha38
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 14 apresenta a quantidade de fornecedores e como as empresas da
amostra operam, bem como revela a média de fornecedores por empresa no universo
335
Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
de pesquisa. Observa-se que a média é de 28 fornecedores por empresa, todavia,
quando particionada por 80% das empresas com maior concentração de respostas
semelhantes, a média corrigida situa-se em 13 fornecedores por empresa. A faixa de
resposta destacada é de 2 a 4 fornecedores, com 1/4 das citações da pesquisa, seguida
pela faixa de 5 a 9 fornecedores por empresa (20,3%). O percentual de empresas que
operam com 100 e mais fornecedores é de 7,6% (acumulado), frente a 7% daqueles
que relatam ter menos de 2 fornecedores.
A distribuição por estado/região destaca a predominância de respondentes
com variação entre 2 a 4 fornecedores no Centro Oeste, em Santa Catarina e no
Nordeste, sendo que este último contém o maior percentual dos representantes da
amostra (30,2%) nesta faixa de resposta. A segunda faixa destaque, de 5 a 9
fornecedores, tem maior relevância na Região Norte e no estado de São Paulo,
respectivamente com 28,1% e 31% dos entrevistados destas esferas da pesquisa.
Empresas que operam com menos de dois fornecedores são mais frequentes na
Região Centro Oeste.
Gráfico 14.2 – Atividade Econômica X Quantidade de fornecedores da indústria de plástico e borracha39
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
336
Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
O cruzamento por atividade econômica revela discrepâncias no que tange a
quantidade de fornecedores dos três segmentos estudados. O segmento do comércio
de materiais de construção/serviços da construção tem maior ênfase na faixa de 5 a 9
fornecedores, ao passo que o comércio varejista de materiais elétricos/hidráulicos se
destaca principalmente na faixa de 10 a 19 fornecedores. O segmento das indústrias:
automovia/alimentos/náutico, por sua vez, tem maior expressividade na faixa de
resposta entre 2 a 4 fornecedores por empresa, bem como na faixa de 10 a 19
colaboradores.
3.2.8 Satisfação em relação aos produtos ou serviços de fornecedores da cadeia de
plástico e borracha
No que se refere à sua satisfação em relação aos produtos de seus fornecedores da
cadeia de plástico e borracha que você contrata, você diria que está em geral:
Gráfico 15 – Satisfação em relação aos produtos de fornecedores da cadeia de plástico e borracha40
Fonte: dados da pesquisa
Gráfico 15.1 – Estado de instalação X Satisfação em relação aos produtos de fornecedores da cadeia de plástico e borracha41
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
337
Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
O Gráfico 15 apresenta o grau de satisfação dos entrevistados para com seus
fornecedores atuais. Nota-se que 94,1% (acumulado) das empresas se dizem satisfeitas
ou muito satisfeitas neste aspecto. Segmentando a pesquisa por estado/região,
observa-se a semelhança dos índices de todas as faixas de resposta em todas as
esferas da pesquisa, sendo que o maior índice de respondentes satisfeitos/muito
satisfeitos ocorre no estado de São Paulo, com 98,2% (acumulado) de seus integrantes
no índice acumulado. Ademais na Região Nordeste encontra-se o mais expressivo
índice de insatisfeitos, 9,5%, ao passo que em Santa Catarina está o maior contingente
de respondentes nesta condição, dez empresas.
Gráfico 15.2 – Atividade Econômica X Satisfação em relação aos produtos de fornecedores da cadeia de plástico e borracha42
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
Na análise por atividade econômica, todos os segmentos se mostram
amplamente satisfeitos com seus fornecedores, sendo que 98,2% dos inquiridos do
comércio varejista de materiais elétricos/hidráulicos demonstra satisfação neste
levantamento. O maior índice de insatisfação ocorre no comércio de materiais de
construção/serviços da construção, com 7,3% (acumulado) das citações.
338
Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
3.2.9 Aspectos da cadeia de plástico e borracha que necessitam de melhoramentos
Em qual aspecto estes produtos e serviços da cadeia de plástico e borracha precisam
melhorar, na sua opinião?
Gráfico 16 – Melhorias da cadeia de fornecedores43
Fonte: dados da pesquisa
Quando inquiridos sobre aspectos que necessitam melhorias nos produtos e
serviços da cadeia de plástico e borracha, constatou-se que os entrevistados relatam
principalmente uma situação que não incide diretamente em melhoria no produto
ofertado, mas sim sobre condições para aquisição deste, como por exemplo, a
diminuição da tributação sobre produtos, com 54,3% das citações. Já no tocante aos
serviços dos fornecedores, os entrevistados foram mais pontuais, informando que
precisa de melhoria na agilidade/qualidade no atendimento (13,8%) e na
agilidade/pontualidade nas entregas, com 13,3% das respostas da amostra pesquisada.
339
Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 16.1 – Estado de instalação X Melhorias da cadeia de fornecedores44
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 16.1 indica a distribuição por estado/região e aponta para a tendência geral, com índices variando entre 36,3% até 78,1% dos
entrevistados que pontuam a necessidade da diminuição da tributação sobre produtos. Estes índices são respectivamente do estado de São
Paulo e da Região Norte. Sobre melhorias nos serviços dos fornecedores e seus associados, constata-se que em Santa Catarina é preciso
melhorar a agilidade e a qualidade do atendimento prestado ao cliente, segundo 30,7% dos respondentes. Já para 18,6% das empresas de São
Paulo e 15,6% das empresas do Norte, faz-se necessária a melhoria na pontualidade das entregas por parte dos seus fornecedores atuais.
340
Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 16.2 – Atividade Econômica XMelhoriasda cadeia de fornecedores 45
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
No cruzamento por atividade econômica com as necessidades de melhorias de
produtos ou serviços da cadeia de plástico e borracha, observa-se a repetição dos
cenários quando da análise por região/estado, ou seja, a pressão sobre a redução de
tributos sobre os produtos comprados, onde 68,2% dos integrantes do grupo de
comércio de materiais de construção/serviços da construção e 54,8% do setor
industrial destacam esta necessidade. Já 80%das empresas do comércio varejista de
materiais elétricos/hidráulicos pontuam principalmente a necessidade de melhorar a
agilidade/pontualidade nas entregas. Por outro lado, 31,9% dos inquiridos das
indústrias destacam a indispensabilidade de melhorias no que concerne a agilidade e a
qualidade no atendimento por parte dos fornecedores.
341
Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
3.3 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DEMANDADAS PELAS EMPRESAS DA AMOSTRA
Esta seção apresentará os resultados da análise das características da demanda
das empresas estudadas, suas características e práticas de gestão de clientes. É
composta por quatorze variáveis que explicam a demanda das empresas de plástico e
borracha.
3.3.1 Aprimoramentos em áreas/setores nas empresas pesquisadas
Quais as áreas ou setores da sua empresa que mais necessitam de aprimoramentos?
(De forma geral sem necessidade de estar relacionado a fornecedores de plástico e
borracha).
Gráfico 17 – Aprimoramentos em áreas ou setores nas empresas pesquisadas46
Fonte: dados da pesquisa.
No que diz respeito às áreas com necessidades de aprimoramento nas
empresas da amostra, 24,8% do grupo destaca a necessidade de aperfeiçoamento em
logística e distribuição, enquanto 23% do grupo pontua a necessidade de aprimorar a
área de produção. Marketing e vendas aparecem como a terceira e quarta áreas das
empresas que necessitam de aprimoramentos.
342
Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Visão do Empresário do Setor de
Gráfico 17.1 – Estado de instalação XAprimoramentos em áreas ou setores nas empresas pesquisadas47
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
Na análise cruzada por estado/região da amostra, a área que mais demanda melhorias em todas as esferas da pesquisa é a logística e
distribuição, com intensificação na Região Norte, onde 28,1% dos entrevistados situam-se nesta faixa de resposta. A exceção neste
levantamento, em relação à tendência geral, ocorre na Região Nordeste, onde a área com mais necessidade de aprimoramentos é a produção,
segundo 31,7% dos integrantes desta esfera da pesquisa nesta faixa de resposta. Curioso observar que as áreas de marketing e de vendas não
apresentam os maiores índices de respondentes.
343
Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 17.2 – Atividade Econômica X Aprimoramentos em áreas ou setores nas empresas pesquisadas48
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
Quando do cruzamento da atividade econômica com as áreas de maior
necessidade de aprimoramentos dentro das empresas pesquisadas, observa-se que
tanto para o comércio varejista de materiais elétricos/hidráulicos quanto para o
segmento de indústrias a relevância está na necessidade de aprimoramentos em
logística e distribuição, com respectivamente 34,5% e 27,7% de seus integrantes nesta
faixa de resposta. Por outro lado, a amostra do comércio de materiais de
construção/serviços da construção destaca principalmente vendas (22,3%) seguido do
marketing (21,2%), no que concerne a áreas ou setores nas empresas com necessidade
de aprimoramentos. Destaque-se que no segmento da indústria é relevante o
quantitativo de respondentes que postulam melhorias na área da produção.
344
Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
3.3.2 Necessidades de aprimoramentos por produtos e serviços nas empresas
Aponte as necessidades de aprimoramentos de produtos e serviços da sua empresa.
(Ex.: Produção – pessoal capacitado ou sistema de controle da produção)
Gráfico 18 – Necessidades de aprimoramentos por produtos e serviços nas empresas49
Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.
Quando questionados sobre a necessidade de aprimoramento ou
melhoramento de produtos e serviços nas empresas, constata-se que os entrevistados
relatam melhorias não diretamente no produto/serviço e sim em relação ao negócio
como um todo, uma vez que 74,3% dos entrevistados indicam a necessidade
treinamento/qualificação da equipe, seguido amplamente atrás de 9,8% de indicações
para a necessidade de melhorar a estrutura de produção dentro das empresas. As
únicas respostas com relação a proporcionar melhoria direta no produto/serviço
refere-se ao uso da inovação e a aquisição de equipamentos de alta tecnologia.
345
Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 18.1 – Estado de instalação X Necessidades de aprimoramentos por produtos e serviços nas empresas50
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O cruzamento entre as necessidades de aprimoramento dos produtos e serviços nas empresas por estado/região estudado indica
prioritariamente treinar e qualificar a equipe nas cinco esferas do estudo, com destaque a Região Norte, onde 90,6% dos entrevistados situam-
se nesta faixa de resposta. A melhoria da estrutura de produção apresenta-se como a segunda necessidade, em quatro das cinco esferas
pesquisadas, especialmente para 11,1% dos inquiridos da Região Nordeste, seguido por 10,9% da amostra catarinense, 10,6% dos
respondentes de São Paulo e finalmente, 6,3% das empresas da Região Norte, presentes neste estudo. Na Região Centro Oeste é indispensável
otimizar o controle de produção e distribuição e investir em divulgação/marketing e promoções, conforme 9,1% dos inquiridos.
346
Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 18.2 – Atividade Econômica X Necessidadede aprimoramentos por produtos e serviços nas empresas51
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
No cruzamento por atividade econômica, observa-se a repetição da tendência
da amostra total, qual seja a de treinar e qualificar a equipe, conforme apontam os
maiores índices presentes no segmento do comércio de materiais de
construção/serviços da construção e no segmento das indústrias, com
respectivamente 80,4% e 80,1% das citações neste estudo. Todavia, os entrevistados
do comércio varejista de materiais elétricos/hidráulicos destacam principalmente a
necessidade do investimento em melhoria da estrutura de produção, com 41,8% das
citações da amostra (importante esclarecer que melhorias na estrutura de produção
em empresas de varejo, normalmente estão associadas às melhorias de processos
internos, especialmente no tocante ao atendimento ao cliente, as entregas e/ou em
relação ao layout dos estabelecimentos, conforme a amostra). Com base neste
esclarecimento, torna-se factível que a segunda necessidade de melhoria para a
amostra deste segmento seja treinar e qualificar a equipe, seguida pela necessidade de
otimizar o controle da produção e da distribuição.
347
Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
3.3.3 Região dos fornecedores da cadeia de plástico e borracha
Onde estão instalados os seus fornecedores da cadeia de plástico e borracha?
Gráfico 19 – Região de instalação dos fornecedores da cadeia de plástico e borracha52
Fonte: dados da pesquisa.
O Gráfico 19revela que para a amostra total os fornecedores dos entrevistados
estão localizados principalmente no município de instalação das empresas, conforme
36% dos entrevistados. Para 28,5% dos entrevistados, seus fornecedores são
provenientes de dentro dos seus estados de origem, ao passo que apenas dois
entrevistados da amostra pontuam fornecedores que extrapolam as fronteiras
brasileiras.
348
Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 19.1 – Estado de instalação X Região de instalação dos fornecedores da cadeia de plástico e borracha53
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
A análise do Gráfico 19.1 demonstra que o destaque quanto ao fornecimento de produtos da cadeia de plástico e borracha é
principalmente de fornecedores de outras regiões do estado para as Regiões Centro Oeste, Nordeste e Norte, com respectivamente 32,7%,
33,3% e 37,5% das citações nesta faixa de resposta. Tanto os entrevistados de Santa Catarina quanto do estado de São Paulo pontuam,
principalmente que seus fornecedores são do município de instalação das empresas, com respectivamente 36,5% e 49,6% das citações da
amostra destes estados. Apenas dois entrevistados da pesquisa possuem fornecedores de fora das fronteiras nacionais, um proveniente de
Paulo e outro oriundo da Região Nordeste.
349
Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 19.2 – Atividade Econômica X Região de instalação dos fornecedores da cadeia de plástico e borracha54
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 19.2 indica que as empresas que mais compram de fornecedores de
outros estados do Brasil estão no comércio varejista de materiais elétricos/hidráulicos,
com 23,6% das citações nesta faixa de resposta. Cabe ressaltar, entretanto, que todos
os segmentos do estudo destacam o próprio município de instalação das empresas
como procedência dos fornecedores da cadeia de plástico e borracha, com maior
expressividade no segmento de indústrias: automotiva/alimentos/náutico, com 38%
dos inquiridos desta atividade econômica incidente a esta faixa de resposta. Oportuno
ressaltar que o gráfico confirma a tendência da amostra total, quando relata que as
empresas deste estudo, em todos os segmentos analisados compra de empresas de
dentro de seus estados.
350
Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
3.3.4 Investimentos em produtos/matéria-prima de plástico e borracha
Ainda com relação a seus fornecedores, qual seu gasto aproximado com a compra de
produtos/matéria-prima de plástico e borracha em 2013?
Gráfico 20 – Investimentos em produtos/matéria-prima de plástico e borrachano ano de 201355
Fonte: dados da pesquisa
Gráfico 20.1 – Estado de instalação XInvestimentos em produtos/matéria-prima de plástico e borrachano ano de 201356
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
351
Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Em razão do alto índice de empresas que expressaram montantes elevados de
compra de insumos e produtos, a média geral obtida foi expressiva, mais de R$ 1,5
milhão de reais por empresa. Todavia, ao corrigir para a média da concentração de
respostas de 80% da amostra com variação próxima de valores, reduz para pouco
menos de R$ 250 mil. A faixa de valores destaque neste levantamento é de R$
100.000,00 a R$ 499.999,00, com 41,5% seguida da faixa daqueles que investiram
entre R$ 10.000,00 a R$ 49.999,00, com 8,3% das respostas. Oportuno esclarecer que
37,3% dos entrevistados não responderam a questão, por entenderem que esta
resposta é sigilosa.
Todas as esferas geográficas do presente estudo destacam principalmente a
faixa de gasto entre R$ 100.000,00 a R$ 499.999,00, com ápice no índice de Santa
Catarina, onde 51,1% citou esta faixa de investimento. A amostra da Região Norte, por
sua vez, tem o maior índice na faixa daqueles que aplicaram entre R$ 10.000,00 e R$
49.999,00, com 21,9% do grupo inquirido. Cabe ressaltar que Santa Catarina contém o
maior índice daqueles que compram acima de R$ 1 milhão em produtos/matéria-
prima no setor no ano de 2013, 6,6% de seus integrantes.
Gráfico 20.2 – Atividade Econômica X Investimentos em produtos/matéria-prima de plástico e borrachae acessórios no ano de 201357
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
352
Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
A análise dos investimentos cruzada com a atividade econômica das empresas
da amostra revela que nos três segmentos do estudo a proeminência ocorre na faixa
entre R$ 100.000,00 e R$ 499.999,00, com intensificação do índice do segmento de
indústrias: automotiva/alimentos/náutico, onde 45,8% dos respondentes destacam
esta faixa de investimentos para a compra de produtos/matéria-prima de plástico e
borracha no ano de 2013. Na faixa de investimentos acima de um milhão de reais, o
segmento do varejo de materiais elétricos e hidráulicos se sobressai aos demais. A
amostra de maneira geral demonstrou-se resistente ao questionamento, uma vez que
se observa elevado índice de não respondentes nos três segmentos da pesquisa.
3.3.5 Contato com fornecedores de Santa Catarina
A sua empresa já teve contato (comprou) com fornecedores da indústria de plástico e
borracha de Santa Catarina?
Gráfico 21 – Contato com fornecedores de Santa Catarina58
Fonte: dados da pesquisa
353
Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 21.1 – Estado de instalação X Contato com fornecedores de Santa Catarina59
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
De acordo com a análise do Gráfico 21, a maioria dos entrevistados, 50,8% da
amostra, já teve contato com fornecedores de produtos plásticos e borracha de Santa
Catarina.
O cruzamento das empresas que compraram com fornecedores deste setor
provenientes de Santa Catarina por estado/região de localização indica um elevado
índice para o próprio Estado, onde 85,4% das empresas catarinenses afirmam ter
realizado compras de empresas catarinenses. As quatro esferas restantes têm maior
índice daqueles que não compraram com fornecedores catarinenses, sendo o
destaque o estado de São Paulo, onde apenas 25,7% dos entrevistados afirmam ter
realizado compras com empresas de Santa Catarina. Estes elevados índices de não
compra da indústria catarinense podem representar grandes oportunidades de
negócio nestes mercados.
Gráfico 21.2 – Atividade Econômica X Contato com fornecedores de Santa Catarina60
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
354
Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
O cruzamento por atividade econômica demonstra que o grupo que mais
comprou é oriundo do segmento de industrial, com 58,4% dos inquiridos incidentes
nesta faixa de resposta. Por outro lado, a amostra do comércio varejista de materiais
elétricos/hidráulicos é a que menos realizou compras, com 41,8% dos entrevistados.
3.3.6 Aquisição de produtos e serviços da cadeia de plástico e borracha com fornecedores catarinenses
Se positivo (na questão anterior) cite quais produtos e serviços já comprou de
fornecedores Catarinenses.
Gráfico 22 – Produtos e serviços da cadeia de plástico e borrachaadquiridos com fornecedores catarinenses61
Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.
O Gráfico 22 apresenta a lista de produtos comprados pelas empresas da
amostra de fornecedores catarinenses da cadeia de plástico e borracha. O maior índice
daqueles que pontuam a compra de produtos, 18,8% dos entrevistados, relatam a
compra de produtos de plástico em geral, seguido pelo índice de 8,3% de
entrevistados que citam a compra de embalagens em geral.
355
Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 22.1 – Estado de instalação X Produtos e serviços da cadeia de plástico e borrachaadquiridos com fornecedores catarinenses62
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
No Gráfico 22.1, o cruzamento por estado/região revela que as empresas de
todas as esferas da pesquisa pontuam principalmente a compra de produtos de
plástico em geral (esta designação abarca uma grande variedade de produtos
declarados pelos respondentes, como por exemplo, luvas de borracha, baldes, tampas,
grampos de roupa e outros diversos itens citados pela amostra), com destaque ao
estado de Santa Catarina, onde 30,7% dos integrantes da amostra estudada situam-se
nesta faixa de resposta. Em relação a produtos específicos feitos de matéria plástica ou
de borracha, constata-se a compra de canos/conexões/PCV/tubulações por empresas
das Regiões Centro Oeste, Norte e Nordeste. Cabe destacar, entretanto, que estas
Regiões Centro Oeste, Nordeste, Norte e o estado de São Paulo tem ampla maioria dos
inquiridos que não responderam a este questionamento.
356
Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 22.2 – Atividade Econômica X Produtos e serviços da cadeia de plástico e borracha adquiridos com fornecedores catarinenses63
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 22.2 apresenta o cruzamento dos produtos e serviços da cadeia de
plástico e borracha adquiridos com fornecedores catarinenses com a atividade
econômica desempenhada pelos respondentes da pesquisa. O comércio varejista de
materiais elétricos/hidráulicos apresenta seu destaque na faixa daqueles que
compram materiais elétricos em geral de fornecedores catarinenses, com 14,5% dos
entrevistados, seguido da compra de materiais de construção em geral (9,1%). Por sua
vez, o segmento do comércio de materiais de construção/serviços da construção e o
segmento de indústrias destacam a compra de produtos de plástico em geral, com
respectivamente 16,8% e 24,7% dos entrevistados destes segmentos incidentes a esta
faixa de resposta. Oportuno salientar que as compras destes dois segmentos, no
tocante a produtos de plástico e borracha, provavelmente é bastante divergente, uma
vez que cada um tem finalidades diferentes para os produtos adquiridos.
357
Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
3.3.7 Interesse das empresas em trabalhar com fornecedores catarinenses da indústria de plástico e borracha
A sua empresa teria interesse em trabalhar com fornecedores Catarinenses da
indústria de plástico e borracha?
Gráfico 23 – Interesse das empresas em trabalhar com fornecedores catarinenses da indústria de plástico e borracha64
Fonte: dados da pesquisa
O Gráfico 23 revela a demanda potencial direta, ou seja, expressamente
indicada pelos respondentes quanto ao interesse em trabalhar com fornecedores da
indústria de plástico e borracha de Santa Catarina. Somando as respostas “sim, com
certeza” e “é provável que sim”, temos uma demanda potencial direta de 49,3% da
amostra total. Os indecisos, ou seja, indicados pela alternativa “talvez sim/talvez não”,
representam 1/3 da amostra e a taxa de recusa, ou seja, “é provável que não” e “não
com certeza” soma 17,6% do total da amostra.
Gráfico 23.1 – Estado de instalação X Interesse das empresas em trabalhar com fornecedores catarinenses da indústria de plástico e borracha65
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
358
Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Através da análise do Gráfico 23.1, observa-se que o índice de certeza em
trabalhar com fornecedores catarinenses aumenta para o conjunto de empresas deste
Estado, totalizando 65,7% dos entrevistados que responderam positivamente a este
levantamento. Analisando as demais esferas da pesquisa constata-se um grau de
interesse crescente, iniciando com 32,8% da amostra de São Paulo, depois 38,1% da
amostra da Região Nordeste, 52,7% dos entrevistados da Região Centro Oeste e o
ápice, 53,2% da amostra da Região Norte. A taxa de recusa tem maior significância
para o conjunto de respondentes do estado de São Paulo, sendo que 32,7% dos
inquiridos desta esfera da pesquisa correspondem à soma do produto entre as faixas
“é provável que não” e “não com certeza” neste levantamento.
Gráfico 23.2 – Atividade Econômica X Interesse das empresas em trabalhar com fornecedores catarinenses da indústria de plástico e borracha66
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
A partir do Gráfico 23.2 observa-se que o grupo do segmento de indústrias:
automotiva/alimentos/náutico detém o maior percentual de interessados em
trabalhar com fornecedores catarinenses da indústria de plástico e borracha, com
57,9% dos entrevistados quando somadas as opções “sim, com certeza” e “é provável
que sim”. A amostra do comércio de materiais de construção/serviços da construção é
o segmento que tem o maior índice de rejeição quanto a este levantamento, com
21,2% dos entrevistados deste segmento quando somados os índices daqueles que
359
Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
afirmam que é “provável que não” e “não, com certeza” em relação ao interesse em
trabalhar com fornecedores catarinenses da indústria de plástico e borracha.
3.3.8 Tipos de fornecedores demandados
E qual seria esta necessidade de fornecedores da indústria de plástico e borracha?
Especifique o tipo de fornecedor
Gráfico 24 – Tipos de fornecedores demandados67
Fonte: dados da pesquisa
O Gráfico 24 indica os tipos de fornecedores demandados pelos entrevistados.
As empresas que não responderam somam 45% da amostra. Dentre os que
responderam ao questionamento, a demanda por embalagens/embalagens a vácuo é
o destaque da pesquisa, com 31,5% dos entrevistados nesta faixa de resposta, seguido
amplamente atrás pelo grupo de respondentes que demandam produtos plásticos em
geral (novamente é importante lembrar a diversidade de produtos contidos nesta
categoria de reposta), com o índice de 10,3% do total da amostragem incidente a esta
faixa de resposta.
360
Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 24.1 – Estado de instalação X Tipos de fornecedores demandados68
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O destaque nas cinco esferas da pesquisa é a demanda por embalagens/embalagens a vácuo, com ápice no índice de Santa Catarina,
onde 48,2% da amostra demanda este tipo de produto, seguidos de 29,1% dos entrevistados nesta faixa de resposta, oriundos da Região
Centro Oeste. Esta última, por sua vez, demanda por fornecedores de produtos elétricos e hidráulicos, conforme 20% dos entrevistados nesta
esfera da pesquisa. Outrossim, o índice mais expressivo daqueles que não responderam a este questionamento é observável no estado de São
Paulo, onde 61,9% do grupo não soube/quis responder a esta indagação.
361
Prospecção de Novos Mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 24.2 – Setor produtivo X Tipos de fornecedores demandados69
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
Quanto ao cruzamento por atividade econômica da demanda das empresas
entrevistadas, observa-se novamente a predominância daqueles que pontuam a
necessidade de embalagens/embalagens a vácuo, com superioridade do índice para as
indústrias automotiva/alimentos/náutico, com 45,2% da amostra deste segmento
incidente a esta demanda em especial. Já para 20% dos entrevistados do comércio
varejista de materiais elétricos/hidráulicos, a demanda é por produtos elétricos e
hidráulicos em geral. As empresas do comércio de materiais de construção, na
proporção de 10,6% de sua amostra, apresentam demanda por produtos de plástico
em geral.
3.4 ANÁLISE DA DEMANDA POTENCIAL INTERESSADA EM NEGÓCIOS COM FORNECEDORES DA INDÚSTRIA DE PLÁSTICO E BORRACHA
Esta parte da análise complementa os dados gerais até aqui apresentados. É
formada essencialmente por estratos de empresas interessadas em produtos e
serviços da indústria de plástico e borracha, de empresas catarinenses, em nível
comparativo com a amostra total. A estratificação de dados foi realizada com base na
variável 3.3.7, apresentada no Gráfico 23, onde foram separadas as respostas daquelas
empresas que indicaram as alternativas “Sim com certeza” e “É provável que sim”. A
362
Prospecção de Novos Mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
soma destas respostas positivas eleva as empresas correspondentes à condição de
demandantes por produtos e serviços passíveis de serem ofertados por empresas
catarinenses, aqui chamados de demanda potencial.
3.4.1 Estrato da demanda potencial por grupo e atividade econômica
Gráfico 25 – Grupo de atividade econômica X Empresas com interesse em negociar com fornecedores da cadeia de plástico e borracha70
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 25 apresenta o cruzamento das atividades econômicas realizadas
pelas empresas entrevistadas, agrupados em clusters, ou seja, em conjuntos de
atividades fins semelhantes na cadeia de mercado, versus a demanda potencial, a qual
é parte da amostra de entrevistados que afirma interesse em trabalhar com
fornecedores catarinenses da cadeia de plástico e borracha. O gráfico aponta para a
comparação entre a amostra total de respondentes e a demanda de interessados em
produtos catarinenses, revelando que 39,1% destes demandantes são do comércio de
materiais de construção/serviços da construção, seguido de 27,9% dos interessados
provenientes da indústria alimentícia e de 16,2% dos inquiridos oriundos da indústria
automotiva.
363
Prospecção de Novos Mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 25.1 – Grupo de atividade econômica X Empresas com interesse em negociar com fornecedores da cadeia de plástico e borracha: Amostra de Santa Catarina71
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 25.1 aponta o cruzamento das atividades econômicas realizadas pelas
empresas entrevistadas, agrupadas em clusters e instaladas em Santa Catarina, versus
a demanda potencial, que é parte da amostra de entrevistados que afirma interesse
em trabalhar com fornecedores catarinenses da indústria de plástico e borracha. O
interesse de compra das empresas com atividades da indústria alimentícia representa
36,7% deste cluster, contra 30,7% da amostra total.
Gráfico 25.2 – Grupo de atividade econômica X Empresas com interesse em negociar com fornecedores da cadeia de plástico e borracha: Amostra de São Paulo72
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 25.2 aponta o cruzamento das atividades econômicas realizadas pelas
empresas entrevistadas, agrupadas em clusters e instaladas em São Paulo, versus a
364
Prospecção de Novos Mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
demanda potencial, que é parte da amostra de entrevistados que afirma interesse em
trabalhar com fornecedores catarinenses da indústria do plástico e borracha. Dentre as
empresas entrevistadas instaladas neste estado com interesse em comprar de
fornecedores catarinenses, 83,8% são do comércio de materiais de
construção/serviços da construção, enquanto o restante provém do segmento do
comércio varejista e materiais elétricos/hidráulicos.
Gráfico 25.3 – Grupo de atividade econômica X Empresas com interesse em negociar com fornecedores da cadeia de plástico e borracha: Amostra da Região Centro Oeste73
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 25.3 aponta o cruzamento das atividades econômicas realizadas pelas
empresas entrevistadas, agrupadas em clusters e instaladas na Região Centro-Oeste,
versus a demanda potencial, que é parte da amostra de entrevistados que afirma
interesse em trabalhar com fornecedores catarinenses da indústria do plástico e
borracha. Dentre as empresas entrevistadas instaladas nesta região com interesse em
comprar de fornecedores catarinenses, 58,6% são do comércio de materiais de
construção/serviços de construção, seguido por 17,2% que são empresas da indústria
alimentícia.
365
Prospecção de Novos Mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 25.4 – Grupo de atividade econômica X Empresas com interesse em negociar com fornecedores da cadeia de plástico e borracha: Amostra da Região Nordeste74
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 25.4 aponta o cruzamento das atividades econômicas realizadas pelas
empresas entrevistadas, agrupadas em clusters e instaladas na Região Nordeste, versus
a demanda potencial, que é parte da amostra de entrevistados que afirma interesse
em trabalhar com fornecedores catarinenses da indústria do plástico e borracha.
Dentre as empresas entrevistadas instaladas nesta região com interesse em comprar
de fornecedores catarinenses, 45,8% são da indústria alimentícia, seguido por 29,2%
que são empresas do comércio de materiais de construção/serviços da construção.
Gráfico 25.5 – Grupo de atividade econômica X Empresas com interesse em negociar com fornecedores da cadeia de plástico e borracha: Amostra da Região Norte75
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
366
Prospecção de Novos Mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
O Gráfico 25.5 aponta o cruzamento das atividades econômicas realizadas pelas
empresas entrevistadas, agrupadas em clusters e instaladas na Região Norte, versus a
demanda potencial, que é parte da amostra de entrevistados que afirma interesse em
trabalhar com fornecedores catarinenses da indústria de plástico e borracha. Dentre as
empresas entrevistadas instaladas nesta região com interesse em comprar de
fornecedores catarinenses, 35,3% são do comércio de materiais de
construção/serviços da construção, mesmo índice de respondentes neste
levantamento provenientes da indústria alimentícia.
3.4.2 Estrato da demanda potencial versus interesse em produtos e serviços
Gráfico 26 – Interesse por produtos e serviços da cadeia de plástico e borracha X Empresas com interesse em negociar com fornecedores da indústria de plástico e borracha76
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 26 aponta o cruzamento do tipo de produto ou serviço de interesse
das empresas entrevistadas do estado de Santa Catarina versus a demanda potencial,
que é parte da amostra de entrevistados que afirma interesse em trabalhar com
fornecedores catarinenses da indústria de plástico e borracha. Das empresas
interessadas, 61,9% tem interesse em comprar embalagens/embalagens a vácuo.
Distante na segunda colocação neste levantamento observa-se que 16,2% dos
interessados em comprar com fornecedores catarinenses destacam a demanda por
367
Prospecção de Novos Mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
produtos plásticos em geral (nas suas mais diferentes formas de uso, conforme
declarado pela amostra).
Gráfico 26.1 – Interesse por produtos e serviços da cadeia de plástico e borrachaX Empresas com interesse em negociar com fornecedores da indústria de plástico e borracha: amostra de
Santa Catarina 77
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 26.1 aponta o cruzamento do tipo de produto ou serviço de interesse
das empresas entrevistadas do estado de Santa Catarina versus a demanda potencial,
que é parte da amostra de entrevistados que afirma interesse em trabalhar com
fornecedores catarinenses da indústria de plástico e borracha. Das empresas
interessadas, 73,3% tem interesse em comprar embalagens/embalagens a vácuo. Na
segunda posição neste levantamento, observa-se que 14,4% dos interessados de Santa
Catarina em comprar com fornecedores catarinenses destacam a demanda por
produtos plásticos em geral.
368
Prospecção de Novos Mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 26.2– Interesse por produtos e serviços da cadeia de plástico e borracha X Empresas com interesse em negociar com fornecedores da indústria de plástico e borracha: amostra de
São Paulo78
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 26.2 aponta o cruzamento do tipo de produto ou serviço de interesse
das empresas entrevistadas do estado de São Paulo versus a demanda potencial, que é
parte da amostra de entrevistados que afirma interesse em trabalhar com
fornecedores catarinenses da indústria de plástico e borracha. Das empresas
interessadas, 48,6% tem interesse em comprar embalagens/embalagens a vácuo. Ao
passo que 29,7% dos interessados do estado de São Paulo desejam comprar com
fornecedores catarinenses produtos plásticos em geral.
369
Prospecção de Novos Mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 26.3 – Interesse por produtos e serviços da cadeia de plástico e borracha X Empresas com interesse em negociar com fornecedores da indústria de plástico e borracha: amostra da
Região Centro Oeste79
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 26.3 aponta o cruzamento do tipo de produto ou serviço de interesse
das empresas entrevistadas da Região Centro Oeste versus a demanda potencial, que é
parte da amostra de entrevistados que afirma interesse em trabalhar com
fornecedores catarinenses da indústria de plástico e borracha. Das empresas
interessadas, 48,4% tem interesse em comprar embalagens/embalagens a vácuo.
Igualmente, o levantamento aponta que 29% dos interessados da Região Centro Oeste
em comprar com fornecedores catarinenses destacam a demanda por produtos
elétricos e hidráulicos em geral.
370
Prospecção de Novos Mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 26.4– Interesse por produtos e serviços da cadeia de plástico e borracha X Empresas com interesse em negociar com fornecedores da indústria de plástico e borracha: amostra da
Região Nordeste80
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 26.4 aponta o cruzamento do tipo de produto ou serviço de interesse
das empresas entrevistadas da Região Nordeste versus a demanda potencial, que é
parte da amostra de entrevistados que afirma interesse em trabalhar com
fornecedores catarinenses da indústria de plástico e borracha. Das empresas
interessadas, 66,7% tem interesse em comprar embalagens/embalagens a vácuo. Na
segunda posição neste levantamento, observa-se que 12,5% dos interessados desta
Região em comprar com fornecedores catarinenses destacam a demanda por produtos
plásticos em geral, mesmo índice daqueles que demandam materiais elétricos e
hidráulicos em geral.
371
Prospecção de Novos Mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
Gráfico 26.5– Interesse por produtos e serviços da cadeia de plástico e borracha X Empresas com interesse em negociar com fornecedores da indústria de plástico e borracha: amostra da
Região Norte81
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 26.5 aponta o cruzamento do tipo de produto ou serviço de interesse
das empresas entrevistadas da Região Norte versus a demanda potencial, que é parte
da amostra de entrevistados que afirma interesse em trabalhar com fornecedores
catarinenses da indústria de plástico e borracha. Das empresas interessadas, 41,2%
tem interesse em comprar embalagens/embalagens a vácuo. Na segunda posição
neste levantamento, observa-se que 23,5% dos interessados desta Região em comprar
com fornecedores catarinenses, destacam a demanda por produtos elétricos e
hidráulicos em geral. Igualmente, 11,8% demonstram interesse em comprar produtos
de plástico em geral, mesmo índice daqueles que demandam por materiais em geral
para a construção civil e matéria prima em geral.
372
Prospecção de Novos Mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os resultados da pesquisa com o mercado empresarial demandante por
produtos catarinenses de plástico e borracha apontam para índices e distribuições de
frequências de grau contundente de significância, quando apontados na análise,
observando a concentração de respostas de cada variável pesquisada e de seus
cruzamentos e correlações interessantes.
Neste cenário das empresas entrevistadas, as percepções dos gestores de
diferentes segmentos quanto a seus mercados de atuação, capacidade de compra de
produtos do setor de plástico e borracha e o interesse em produtos desta natureza,
são demonstrados seguindo um roteiro de perguntas de pesquisas que buscam o
objetivo de descrever estas percepções e moldar um cenário mercadológico.
4.1 SÍNTESE DE RESULTADOS
4.1.1 Características Socioeconômicas das empresas
A amostra de empresas do levantamento representa empresas que são
potencialmente demandantes por produtos da cadeia produtiva de plástico e
borracha. É representada por empresas de comércio de materiais de construção,
incluindo toda a gama de serviços, bem como da indústria automotiva, náutica e de
alimentos, as quais foram agrupadas em razão da necessidade de ajuste amostral e
também empresas do comércio varejista de materiais elétricos/hidráulicos.
Constitutivamente, estas empresas estão enquadradas em sua maioria no
critério de EPP (Empresa de Pequeno Porte) e médio porte e detém média de 40 a 144
colaboradores por empresa, dependendo do porte e atividade fim, com tempo médio
de 19 anos de atuação no mercado, o que indica empresas maduras, tanto no quesito
de idade (tempo de atuação no mercado), quanto em porte (maior parte é ultrapassa o
critério de micro empresa).
Quanto ao perfil dos gestores entrevistados, mais da metade são homens, mas
a participação de mulheres (45%) é quase tão significativa quanto. A escolaridade dos
373
Prospecção de Novos Mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
gestores também é elevada, uma vez que 46,3% possui ensino superior completo ou
além (pós-graduação representa 3%).
Nota para Santa Catarina, que se destaca dentre as demais regiões do estudo,
com 46,7% com gestores graduados (somente ensino superior completo).
Na segmentação por atividade econômica, percebe-se que tanto o comércio de
materiais de construção/serviços da construção quanto o comércio varejista de
materiais elétricos/hidráulicos contêm mais empresas entre 20 a 29 anos de atuação
no mercado, ao passo que o segmento das indústrias contém maior expressividade de
seus integrantes na faixa entre 10 a 19 anos de operação.
Predominam da faixa entre 10 a 19 colaboradores no comércio varejista de
materiais elétricos/hidráulicos. No comércio de materiais de construção/serviços da
construção está a maior concentração de empresas que declaram ter entre 30 a 49
colaboradores. Para a amostra do segmento de indústrias automotiva/alimentos/
náutico, por sua vez, o índice com maior significância de seus integrantes ocorre na
faixa acima de 100 colaboradores.
Nas duas atividades comerciais pesquisadas a predominância de seus
integrantes enquadra-se como Empresas de Pequeno Porte, ao passo que o segmento
de indústrias: automotiva/alimentos/náutico ocorre principalmente em Empresas de
Médio Porte na amostra do presente estudo.
As três atividades econômicas segmentadas nesta pesquisa destacam
principalmente entrevistados com Ensino Superior Completo, com ápice do índice no
segmento de indústrias: automotiva/alimentos/náutico, onde 45,2% dos respondentes
possui este grau de escolaridade.
4.1.2 Características de mercado das empresas: aspectos das demandas atendidas
As empresas entrevistadas atendem quase que na mesma proporção,
consumidores pessoa física e empresas, em sua maioria privadas. Os segmentos
industriais e comerciais de automotivo/alimentos/náutico, atendem mais pessoa física,
assim como comércio de materiais de construção e serviços. Já o varejo de materiais
elétricos atende em maior escala, empresas. Como o varejo tem grande participação
374
Prospecção de Novos Mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
na pesquisa, o canal de venda mais usado é a venda direta ao cliente final (pessoa
física ou jurídica) conforma indica quase a metade da amostra, sendo que estas
empresas atendem principalmente o município (principal área de influência de venda).
Apesar das indústrias atenderem, também em maior escala, outras regiões de seus
estados e outros estados, o que implica em atendimento de uma área de influência
maior. No que se refere a inputs, ou compras, a amostra compra em maior proporção
diretamente do fabricante, mas variações em torno de ¼ das empresas também
compram através de representantes comerciais, em ambas a compra é feita
mensalmente, o que infere alto fluxo de giro de mercadorias (compra e venda
constante). Notadamente a prática da compra direta implica (normalmente) em
redução de custos, ao passo que a venda por representante pode ser customizada.
Nota-se, que esta prática de compra direta aplica-se mais aqueles fornecedores locais,
uma vez que 54% da amostra informa que seus fornecedores estão localizados no seu
município ou na sua região metropolitana.
Ao cruzar o canal de compra pela atividade econômica desempenhada pelas
empresas da amostra, verifica-se a proeminência da compra direta do fabricante em
todos os segmentos do estudo, com destaque ao comércio varejista de materiais
elétricos e hidráulicos.
As micro empresas detém média de 13 fornecedores/empresa, ao passo que
EPP e médias saltam para 28. As maiores empresas chegam a ter 200 fornecedores
diferentes, sobretudo nos ramos automotivo/alimentos/náutico.
Referente à necessidade de melhorias junto a seus fornecedores de produtos
ou serviços da cadeia produtiva do plástico e borracha, constata-se que a demanda
principal dos entrevistados é pela diminuição da tributação sobre os produtos
adquiridos, e não em relação ao preço final de compra dos mesmos. Regionalmente, a
tendência se espraia nas cinco esferas da pesquisa.
4.1.3 Características da demanda
As empresas entrevistadas têm mais necessidades de aprimoramentos nas
áreas internas de logística e distribuição, seguido da própria produção de seus
375
Prospecção de Novos Mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
produtos e serviços. Estes gargalos vivenciados nas empresas implicam em potenciais
soluções para melhorar a compra e entrega de mercadorias, tanto quanto a criação,
manufatura/montagem de produtos, até a execução de serviços ao cliente final. É por
este motivo, principalmente, que cerca de ¾ da amostra aponta a necessidade de
treinar e qualificar a sua equipe, sendo esta aptidão maior do que qualquer outra
ligada a produção (estrutura e controle de produção também são citadas, cada,por
menos de 10% dos entrevistados).
No cruzamento por atividade econômica desempenhada, verificam-se
diferenças neste aspecto, sendo que o comércio varejista de materiais
elétricos/hidráulicos destaca principalmente a logística e distribuição como área com
maior necessidade de aprimoramentos, ao passo que vendas contém o maior índice
dos inquiridos do comércio de materiais de construção/serviços da construção.
No tocante à necessidade de aprimoramentos dos produtos e serviços das
empresas entrevistadas, o destaque é o treinamento e qualificação da equipe em
todas as esferas, em contrapartida o comércio varejista de materiais
elétricos/hidráulicos tem maior indicação na amostra de entrevistados que afirmam a
necessidade de melhorar a estrutura de produção, com índice superior aos 2/5 da
amostra inquirida neste segmento. Entenda-se por estrutura de produção na atividade
do varejo as atividades ligadas ao atendimento do cliente, entrega e modificações no
layout.
Sobre o montante gasto, o estudo aponta uma média aproximada de R$ 246
mil em compras com fornecedores no ano de 2013 e metade da amostra já comprou
de fornecedores de plástico e borracha instalados em Santa Catarina. Como o
comportamento de compra de insumos/produtos descrito anteriormente remete a
procura por fornecedores locais ou próximos das empresas da amostra, 8 em 10
empresas catarinenses do estudo compraram de fornecedores catarinenses,
proporção que cai para ¼ das empresas instaladas em São Paulo. A região centro oeste
é que mais compra de Santa Catarina (4 entre 10 empresas), depois do próprio estado
catarinense.
Praticamente a metade das empresas entrevistadas tem interesse expresso em
trabalhar com fornecedores catarinenses de produtos plásticos e borracha, com maior
376
Prospecção de Novos Mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
concentração de interesse em empresas instaladas em Santa Catarina, Centro Oeste e
Norte do país.
A segmentação por atividade econômica infere a maior demanda potencial
proveniente do grupo de indústrias: automotiva/alimentos/náutico, com 57,9% dos
entrevistados quando somadas as opções “sim, com certeza” e “é provável que sim”.
Por outro lado, o índice de maior rejeição, quando somadas as opções “é provável que
não” e “não, com certeza”, têm maior expressividade dentre os entrevistados do
comércio varejista de materiais elétricos/hidráulicos, com 21,8% dos inquiridos desta
atividade econômica incidentes a estas faixas de resposta.
O principal tipo de fornecedores demandados pelos entrevistados é de
fornecedores de embalagens/embalagens a vácuo, segundo 31,5% das respostas dos
pesquisados, seguido de 10,3% da amostra que aponta produtos plásticos em geral
como maior demanda por fornecedores da indústria de plástico e borracha. Esta
tendência é seguida em todas as esferas geográficas deste estudo.
A demanda potencial cruzada com a atividade econômica desempenhada
pelos entrevistados infere que 39,1% dos respondentes que apresentam interesse de
compra com fornecedores da cadeia de plástico e borracha de Santa Catarina são do
comércio de materiais de construção/serviços da construção. No estado de Santa
Catarina, especificamente, a indústria alimentícia contém 36,7% dos interessados em
comprar com fornecedores da cadeia de plástico e borracha do próprio estado,
enquanto neste mesmo segmento 45,8% dos respondentes da Região Nordeste estão
interessados em negociar com fornecedores catarinenses do setor. O estado de São
Paulo, por sua vez, apresenta 83,8% de seus entrevistados interessados em comprar
com fornecedores da cadeia de plástico e borracha catarinense provenientes do
segmento do comércio de materiais de construção/serviços da construção, mesmo
segmento de interesse de 58,6% dos respondentes da amostra da Região Centro
Oeste. A Região Norte, por sua vez, apresenta empate entre a indústria alimentícia e o
comércio de materiais de construção/serviços da construção, ambas responsáveis por
35,3% dos interessados desta região em comprar de fornecedores de plástico e
borracha do estado de Santa Catarina.
377
Prospecção de Novos Mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
ANEXOS
ANEXO A - INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
QUESTIONÁRIO - NOVOS MERCADOS
Bom dia/Boa Tarde! Meu nome é... Estou entrando em contato com sua
empresa, em nome do Sebrae/SC. Estamos realizando uma pesquisa para identificar o
potencial de mercado para alguns segmentos produtivos do estado de Santa Catarina e
queremos identificar a demanda por produtos e serviços da cadeia de PLÁSTICO E
BORRACHA, assim como pontos a serem melhorados neste segmento, além de ter
como objetivo geral, aproximar as empresas com interesses comuns e incentivar
potenciais parcerias.
QUESTÕES FILTRO
1. Natureza do respondente:
1. Indústria
2. Comércio
3. Prestação de Serviços
4. Pessoa Física
5. Entidade Pública
2. A empresa trabalha com fornecedores da indústria de plástico e borracha?
1. Sim (CONTINUA)
2. Não (ENCERRAR QUESTIONÁRIO)
DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE DA EMPRESA
3. Qual a principal atividade da sua empresa? (o que a empresa produz e/ou vende?)
__________________________________
__________________________________
378
Prospecção de Novos Mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
4. Quais mercados a sua empresa atende?
Múltipla resposta (até 6 alternativas)
1. Consumidor final pessoa física: (característica):
2. Empresas (citar segmento):
3. Governos municipais
4. Governos Estaduais
5. Governo Federal
6. Empresas públicas
7. Outros:
5. Citar segmento da questão anterior: __________________________________
__________________________________
6. E quais seriam os seus canais de vendas?
Múltipla resposta (até 6 alternativas)
1. Venda direta (a empresa vende ao cliente final)
2. Atacadista
3. Distribuidor
4. Varejista (lojas de terceiros)
5. Internet via site próprio
6. Internet via site de terceiros/portais/promocionais
7. Representante Comercial
8. Loja Própria
9. Sacoleiros
10. Outros:
7. Seus principais clientes são originários, em sua maior parte:
Múltipla resposta (até 3 alternativas)
1. No município onde sua empresa está instalada
2. Na região metropolitana onde sua empresa se localiza
3. Em outras regiões do Estado, quais?
4. Em outros Estados do Brasil, quais?
5. No exterior, quais países?
8. Descrição das regiões ou Estados, regiões do Brasil ou quais outros países indicados na questão
anterior, em caso de marcação das alternativas 3, 4, 5 ou 6. __________________________________
__________________________________
379
Prospecção de Novos Mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
9. Especifique os tipos de produtos ou serviços que sua empresa compra ou contrata da cadeia de
plástico e borracha:
1. Produtos de borracha
2. Produtos de plástico
3. Outros:
10. E quais seriam os seus canais de COMPRAS?
Múltipla resposta (6 alternativas)
1. Venda direta (a empresa vende ao cliente final)
2. Atacadista
3. Distribuidor
4. Varejista (lojas de terceiros)
5. Internet via site próprio
6. Internet via site de terceiros/portais/promocionais
7.Representante Comercial
8. Outros:
11. Com que frequência a sua empresa contrata fornecedores da indústria de plástico e borracha?
(considerar o principal fornecedor ou o mais frequente).
1. Mensal 2. Bimestral
3. Trimestral 4. Semestral
5. Anual 6. Esporadicamente
7. Outro período: 8. Nunca
Se "Nunca, pular para questão 15.
12. Quantos fornecedores da ind. de plástico e borracha a sua empresa possui?
______________
13. No que se refere à sua satisfação em relação aos produtos de seus fornecedores da cadeia de
plástico e borracha que você contrata, você diria que está, em geral...
1. Muito insatisfeito 2. Insatisfeito
3. Satisfeito 4. Muito satisfeito
14. Em qual aspecto estes produtos ou serviços da cadeia de plástico e borracha precisam melhorar,
na sua opinião? __________________________________
__________________________________
15. Quais as áreas ou setores da sua empresa que mais necessitam de aprimoramentos? (De forma
geral, sem necessidade de estar relacionado a fornecedores de plástico e borracha).
Múltipla resposta (até 3 alternativas)
1. Produção
2. Logística e distribuição
3. Financeiro
4. Vendas
5. Marketing
6. RH ou Gestão de Pessoas
7. Outros:
380
Prospecção de Novos Mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
16. Aponte as necessidades de aprimoramentos de produtos e serviços da sua empresa. (Ex:
Produção - pessoal capacitado ou Sistema de controle da produção) __________________________________
__________________________________
DEMANDAS DO PREC
17. Onde estão instalados os seus fornecedores da cadeia de plástico e borracha ?
1. No município onde sua empresa está instalada
2. Na região metropolitana onde sua empresa se localiza
3. Em outras regiões do Estado, quais?
4. Em outros Estados do Brasil, quais?
5. No exterior, quais países?
18. Descrição das regiões ou Estados, regiões do Brasil ou quais outros países indicados na questão
anterior, em caso de marcação das alternativas 3, 4, ou 5. __________________________________
__________________________________
19. Ainda com relação a seus fornecedores, qual seu gasto aproximado com a compra de
produtos/mat. prima de plástico e borracha em 2012? ______________
20. A sua empresa já teve contato (comprou) com fornecedores da indústria de plástico e borracha
de Santa Catarina?
1. Sim 2. Não
21. Se positivo (na questão anterior) cite quais produtos e serviços já comprou de fornecedores
Catarinenses. __________________________________
__________________________________
22. A sua empresa teria interesse em trabalhar com fornecedores Catarinenses da ind. de plástico e
borracha?
1. Sim, com certeza
2. É provável que sim
3. Talvez sim / Talvez não
4. É provável que não
5. Não Com certeza
23. E qual seria esta necessidade de fornecedores da ind. de plástico e borracha? Especifique o tipo
de fornecedor __________________________________
__________________________________
DADOS DA EMPRESA
24. Nome fantasia:
__________________________________
__________________________________
381
Prospecção de Novos Mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
25. Razão social __________________________________
__________________________________
26. E qual o principal produto ou serviço da empresa? (Carro Chefe do negócio) __________________________________
__________________________________
27. CNPJ:
__________________________________
__________________________________
28. Descrição CNAE (da principal atividade): __________________________________
__________________________________
29. Contato (nome completo do respondente empresário)
__________________________________
__________________________________
30. Sexo do entrevistado:
1. Masculino 2. Feminino
31. Grau de escolaridade do entrevistado:
1. Sem escolaridade
2. Ensino Fundamental incompleto
3. Ensino Fundamental completo
4. Ensino Médio incompleto
5. Ensino Médio completo
6. Superior incompleto
7. Superior completo
8. Especialização
9. Mestrado
10. Doutorado
32. Data de nascimento do entrevistado:
___/___/______
33. Endereço completo da empresa:
__________________________________
__________________________________
34. Cidade:
__________________________________
__________________________________
35. Telefone da empresa
__________________________________
__________________________________
382
Prospecção de Novos Mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
36. E-mail de contato do entrevistado ou da empresa: __________________________________
__________________________________
37. Data de início das atividades:
___/___/______
38. Número de colaboradores
______________
39. Porte/Classificação da empresa (ano de 2012):
1. Empreendedor Individual - até R$ 60.000,00
2. Microempresa - Até R$ 360.000,00
3. Pequeno Porte - R$ 360.000,01 até 3.600.000,00
4. Médio Porte - acima de R$ 3.600.000,00 a R$ 48.000.000,00
5. Grande Porte - acima de R$ 48.000.000,01
40. Categoria correspondente do PREC:
1. Produtos alimentícios e bebidas
2. Confecção do vestuário e acessórios
3. Calçados e artefatos de couro
4. Produtos de madeira
5. Prod. de borracha e de plástico
6. Construção civil
7. Eletrometalmecânico
8. Móveis
9. Tecnologia da informação e comunicação
10. Acessórios, Gemas, Joias e Cristais
11. Náutica
12. Higiene pessoal, cosméticos e perfumaria
CAMPO DO ENTREVISTADOR
41. Nome do(a) entrevistador(a) responsável pela aplicação do diagnóstico:
__________________________________
42. Observação: __________________________________
__________________________________
__________________________________
__________________________________
__________________________________
__________________________________
__________________________________
__________________________________
383
Prospecção de Novos Mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
43. Resultado da entrevista:
1. Realizada com sucesso
2. Parcialmente realizada
3. Interrompida pelo entrevistado
4. Não realizada
5. Outra situação (descrever):
44. Data e hora da entrevista:
___/___/______
384
Prospecção de Novos Mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina
385
Lista de Tabelas e Gráficos
LISTA DE TABELAS E GRÁFICOS
LISTA DE TABELAS DO CAPÍTULO I – PANORAMA DO SETOR
Tabela 1 - Lista de CNAE do estudo setorial de Plástico e Borracha ...................................................... 35 Tabela 2 - Indicadores econômicos do Brasil e de Santa Catarina ......................................................... 40 Tabela 3 - Indicadores demográficos do Brasil e de Santa Catarina ...................................................... 41 Tabela 4 - Quantidade de empresas por região natural ........................................................................ 51 Tabela 5 - Dados geoeconômicos da região Norte ................................................................................ 67 Tabela 6 - Dados geoeconômicos da região Oeste ................................................................................ 68 Tabela 7 - Número de empresas e variação por polo ............................................................................ 69 Tabela 8 - Número de empregos e variação por polo ............................................................................ 70 Tabela 9 - Média salarial e variação por polo ........................................................................................ 72 Tabela 10 - Valor adicionado fiscal segundo polo e atividade econômica ............................................ 74 Tabela 11 - Comparativo de exportação por polo e atividade econômica ............................................ 75 Tabela 12 - Comparativo de importação por polo e atividade econômica ............................................ 76
LISTA DE TABELAS DO CAPÍTULO II – VISÃO DOS ESPECIALISTAS
Tabela 1 - Lista de especialistas entrevistados na pesquisa ________________________________ 95
LISTA DE TABELAS DO CAPÍTULO III – VISÃO DO EMPRESÁRIO
Tabela 1 - Distribuição amostral da pesquisa1 _________________________________________ 128
LISTA DE TABELAS DO CAPÍTULO IV – PANORAMA DE NOVOS MERCADOS
Tabela 1 - CNAE de Comércio do Estudo ______________________________________________ 258 Tabela 2 - CNAE de Indústria do Estudo _______________________________________________ 258 Tabela 3 - Valores de importação e exportação/número de empregos/empresas em2012 _______ 262
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Lista de Tabelas e Gráficos
LISTA DE TABELAS DO CAPÍTULO V – PROSPECÇÃO DE NOVOS MERCADOS
Tabela 1 – Proporção amostral aplicada na pesquisa de campo1 ___________________________ 297 Tabela 2 – Região de instalação das empresas entrevistadas2 _____________________________ 301
LISTA DE GRÁFICOS DO CAPÍTULO I – PANORAMA DO SETOR
Gráfico 1 - Valor Bruto de Produção industrial nacional ___________________________________ 49 Gráfico 2 - Receita Líquida de Vendas nacional __________________________________________ 50 Gráfico 3 - Número de empresas do setor em território nacional ___________________________ 50 Gráfico 4 - Número de empregos do setor em território nacional ___________________________ 51 Gráfico 5 - Importação nacional por período em dólares __________________________________ 56 Gráfico 6 - Importação nacional por período em peso líquido (kg) ___________________________ 57 Gráfico 7 - Exportação nacional por período em dólares __________________________________ 57 Gráfico 8 - Exportação nacional por período em peso líquido (kg) ___________________________ 58 Gráfico 9 - Valor Bruto deProdução industrial catarinense _________________________________ 59 Gráfico 10 - Receita Líquida de Vendas catarinense ______________________________________ 60 Gráfico 11 - Número de empresas no setor em território catarinense ________________________ 60 Gráfico 12 - Número de empregos no setor em território catarinense ________________________ 61 Gráfico 13 - Importação catarinense por período em dólares_______________________________ 64 Gráfico 14 - Importação catarinense por período em peso líquido (kg) _______________________ 64 Gráfico 15 - Exportação catarinense por período em dólares _______________________________ 65 Gráfico 16 - Exportação catarinense por período em peso líquido ___________________________ 65 Gráfico 17 - Quantidade de empresas do mercado de plástico e borracha em SC _______________ 70 Gráfico 18 - Quantidade de empregos do mercado de plástico e borracha em SC _______________ 71 Gráfico 19 - Rendimento médio mensal por atividade econômica (R$) _______________________ 72
LISTA DE GRÁFICOS DO CAPÍTULO III – VISÃO DO EMPRESÁRIO
Gráfico 1 – Atividade principal1 _____________________________________________________ 130 Gráfico 1.1 – Atividade principal X Região- Polo2 _______________________________________ 131 Gráfico 2 – Região-Polo de instalação das empresas 3 ___________________________________ 132 Gráfico 3 – Município de instalação das empresas X Região-Polo4 __________________________ 133 Gráfico 4 – Idade das empresas (referência de 2013)5 ___________________________________ 134 Gráfico 4.1 – Idade das empresas X Região-Polo (referência de 2013)6 ______________________ 135 Gráfico 4.2 – Idade média das empresas X Região-Polo (referência de 2013)7 ________________ 135 Gráfico 5 – Número de colaboradores8 _______________________________________________ 136 Gráfico 5.1 – Número de colaboradores X Região-Polo9 __________________________________ 137 Gráfico 5.2 – Número médio de colaboradores X Região-Polo10 ___________________________ 138 Gráfico 6 – Porte/Classificação da empresa11 _________________________________________ 138 Gráfico 6.1 – Porte/Classificação da empresa X Região-Polo12 ____________________________ 139 Gráfico 7 – Gênero dos respondentes13 ______________________________________________ 140 Gráfico 7.1 – Gênero dos respondentes X Região-Polo14 _________________________________ 141
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Lista de Tabelas e Gráficos
Gráfico 8 – Grau de escolaridade dos respondentes15 ___________________________________ 142 Gráfico 8.1 – Grau de escolaridade dos respondentes X Região-Polo16 ______________________ 143 Gráfico 9 – Mercados Atendidos17 __________________________________________________ 144 Gráfico 9.1 – Mercados Atendidos X Região-Polo18 _____________________________________ 145 Gráfico 10 – Gênero dos clientes19 __________________________________________________ 146 Gráfico 10.1 – Gênero dos clientes X Região-Polo20 _____________________________________ 147 Gráfico 11 – Faixa etária dos clientes21 _______________________________________________ 148 Gráfico 11.1 – Faixa etária dos clientes X Região-Polo22 _________________________________ 149 Gráfico 12 – Classe social dos clientes23 ______________________________________________ 150 Gráfico 12.1 – Classe social dos clientes X Região-Polo24 _________________________________ 151 Gráfico 13 – Principais razões de compra dos clientes finais25 ____________________________ 152 Gráfico 13.1 – Principais razões de compra dos clientes finais26 ___________________________ 153 Gráfico 14 – Principais influências na venda dos produtos da empresa27 ____________________ 154 Gráfico 14.1 – Principais influências na venda dos produtos da empresa X Região-Polo28 _______ 154 Gráfico 15 – Alterações sazonais de consumo29 ________________________________________ 155 Gráfico 15.1 – Alterações sazonais de consumo X Região-Polo30 ___________________________ 156 Gráfico 15.2 – Importância da Alteração sazonal de consumo31 ___________________________ 156 Gráfico 15.3 – Importância da Alteração sazonal de consumo X Região-Polo32 _______________ 157 Gráfico 16 – Meses de variação sazonal33 ____________________________________________ 158 Gráfico 16.1 – Meses de variação sazonal X Região-Polo34 _______________________________ 159 Gráfico 16.2 – Meses de variação sazonal X Importância da Alteração sazonal de consumo35 ____ 160 Gráfico 17 – Prospecção dos clientes finais36 __________________________________________ 161 Gráfico 17.1 – Prospecção dos clientes finais X Região-Polo37 _____________________________ 161 Gráfico 18 – Pesquisa de satisfação com clientes finais38 ________________________________ 162 Gráfico 18.1 – Pesquisa de satisfação com clientes finais X Região-Polo39 ___________________ 162 Gráfico 19 – Tipos de pesquisa de satisfação com clientes finais40 _________________________ 163 Gráfico 19.1 – Tipos de pesquisa de satisfação com clientes finais X Região-Polo41 ____________ 163 Gráfico 20 – Grau de satisfação dos clientes finais42 ____________________________________ 164 Gráfico 20.1 – Grau de satisfação dos clientes finais X Região-polo43 _______________________ 165 Gráfico 21 – Frequência da pesquisa de satisfação44 ____________________________________ 166 Gráfico 21.1 – Frequência da pesquisa de satisfação X Região-Polo45 _______________________ 167 Gráfico 22 – Canais de venda46 _____________________________________________________ 168 Gráfico 22.1 – Canais de venda do cliente X Região-Polo47 _______________________________ 169 Gráfico 23 – Região de origem dos clientes finais48 _____________________________________ 170 Gráfico 23.1 – Região de origem dos clientes finais X Região-Polo49 ________________________ 171 Gráfico 23.2 – Descrição da região de origem dos clientes finais - Composto de 3 gráficos50 ____ 172 Gráfico 24 – Região de origem dos fornecedores51 _____________________________________ 173 Gráfico 24.1 – Região de origem dos fornecedores X Região-Polo52 ________________________ 174 Gráfico 24.2 – Descrição da região de origem dos fornecedores - Composto de 3 gráficos53 _____ 175 Gráfico 25 – Região de origem dos concorrentes54 _____________________________________ 176 Gráfico 25.1 – Região de origem dos concorrentes X Região-Polo55 ________________________ 177 Gráfico 25.2 – Descrição da região de origem dos concorrentes - Composto de 3 gráficos56 _____ 178 Gráfico 26 – Nível de concorrência do mercado57 ______________________________________ 179 Gráfico 26.1 – Nível de concorrência do mercado X Região-Polo58 _________________________ 180 Gráfico 27 – Impressão sobre o mercado de atuação59 __________________________________ 180 Gráfico 27.1 – Impressão sobre o mercado x Região-Polo60 ______________________________ 181 Gráfico 28 – Crescimento, estabilidade ou queda nas vendas61 ___________________________ 182 Gráfico 28.1 – Crescimento, estabilidade ou queda nas vendas X Região-Polo62 ______________ 182 Gráfico 29 – Taxa anual de crescimento em faturamento/vendas63 ________________________ 183 Gráfico 29.1 – Taxa anual de crescimento em faturamento/vendas X Região-Polo64 ___________ 184 Gráfico 29.2 –Taxa média anual de crescimento em faturamento/vendas X Região-Polo65 ______ 185
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Lista de Tabelas e Gráficos
Gráfico 30 – Taxa anual de queda em faturamento ou vendas na empresa66 _________________ 185 Gráfico 30.1 – Taxa anual de queda em faturamento ou vendas na empresa X Região-Polo67 ____ 186 Gráfico 30.2 –Taxa Média anual de queda em faturamento ou vendas na empresa X Região-Polo68 ________________________________________________________________________ 186 Gráfico 31 – Práticas de crescimento utilizadas na empresa69 _____________________________ 187 Gráfico 31.1 – Práticas de crescimento utilizadas na empresa X Região-Polo70 _______________ 188 Gráfico 32 – Motivos da estabilidade ou queda em faturamento ou vendas na empresa71 ______ 189 Gráfico 32.1 – Motivos de estabilidade ou queda em faturamento ou vendas na empresa X Região-Polo72 __________________________________________________________________ 190 Gráfico 33 – Tipos de inovação desenvolvidas na empresa73 ______________________________ 191 Gráfico 33.1 – Tipos de inovação desenvolvidas na empresa X Região-Polo74 ________________ 192 Gráfico 34 – Impacto das inovações na empresa75 _____________________________________ 193 Gráfico 34.1 – Impacto das inovações na empresa X Região-Polo76 ________________________ 193 Gráfico 35 – Problemas ou desafios enfrentados pela empresa77 __________________________ 194 Gráfico 35.1 – Problemas ou desafios enfrentados pelo cliente X Região-Polo78 ______________ 195 Gráfico 36 – Ações de acesso a novos mercados na empresa79 ____________________________ 196 Gráfico 36.1 – Ações de acesso a novos mercados na empresa X Região-Polo80 _______________ 197 Gráfico 37 – Resultados obtidos nas vendas com ações de acesso a novos mercados81 _________ 198 Gráfico 37.1 – Resultados obtidos nas vendas com ações de acesso a novos mercados X Região-Polo82 ________________________________________________________________________ 199 Gráfico 38 – Oportunidades de novos mercados83______________________________________ 200 Gráfico 38.1 – Oportunidades de novos mercados X Região-Polo84 ________________________ 201 Gráfico 39 – Expectativas estratégicas da empresa85 ____________________________________ 202 Gráfico 39.1 – Expectativas estratégicas da empresa X Região-Polo86 ______________________ 203 Gráfico 40 – Características do Suprimento Logístico87 __________________________________ 204 Gráfico 40.1 – Características do Suprimento Logístico X Região-Polo88 _____________________ 205 Gráfico 41 – Natureza da compra de mercadorias das empresas89 _________________________ 206 Gráfico 41.1 – Natureza da compra de mercadorias das empresas X Região-Polo90 ____________ 207 Gráfico 42 – Dificuldades com fornecedores locais91 ____________________________________ 208 Gráfico 42.1 – Dificuldades com fornecedores locais X Região-Polo92 _______________________ 209 Gráfico 43 – Poder de barganha da empresa X fornecedores93 ____________________________ 210 Gráfico 43.1 – Poder de barganha da empresa X fornecedores X Região-Polo94 _______________ 211 Gráfico 44 – Movimentação da produção na empresa95 _________________________________ 212 Gráfico 44.1 – Movimentação da produção na empresa X Região-Polo96 ____________________ 213 Gráfico 45 – Canais de fornecedores da empresa97 _____________________________________ 214 Gráfico 45.1 – Canais de fornecedores da empresa X Região-Polo98 ________________________ 215 Gráfico 46 – Formas de negociação das compras99 _____________________________________ 216 Gráfico 46.1 – Formas de negociação das compras X Região-Polo100 _______________________ 216 Gráfico 47 – Quantidade de fornecedores101 __________________________________________ 217 Gráfico 47.1 – Quantidade de fornecedores x Região-Polo102 _____________________________ 218 Gráfico 47.2 – Quantidade média de fornecedores x Região-Polo103 _______________________ 219 Gráfico 48 – Quantidade de clientes104 ______________________________________________ 220 Gráfico 48.1 – Quantidade de clientes X Região-Polo105 _________________________________ 221 Gráfico 48.2 – Quantidade Média de clientes X Região-Polo106 ___________________________ 222 Gráfico 49 – Meios de transporte utilizados na compra de matérias-primas107 _______________ 222 Gráfico 49.1 – Meios de transporte para compra de matérias-primas X Região-Polo108 ________ 223 Gráfico 50 – Meios de transporte utilizados na venda de produtos109 ______________________ 224 Gráfico 50.1 – Meios de transporte utilizados na venda de produtos X Região-Polo110 _________ 224 Gráfico 51 – Gestão do estoque na empresa processo formal ou informal111 ________________ 225 Gráfico 51.1 – Gestão do estoque na empresa processo formal ou informal X Região-Polo112 ___ 226 Gráfico 52 – Software integrado de logística113 ________________________________________ 227
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Lista de Tabelas e Gráficos
Gráfico 52.1 – Software integrado de logística X Região-Polo114 ___________________________ 228 Gráfico 53 – Gargalos ou problemas da atual cadeia logística115 __________________________ 229 Gráfico 53.1 – Gargalos ou problemas da atual cadeia logística X Região-Polo116 _____________ 230 Gráfico 54 – Sugestões de melhorias na infraestrutura e logística da empresa117 _____________ 231 Gráfico 54.1 – Sugestões de melhorias na infraestrutura e logística da empresa X Região-Polo118 _______________________________________________________________________ 232 Gráfico 55 – Áreas da empresa com necessidade de investimentos119 _____________________ 233 Gráfico 55.1 – Áreas da empresa com necessidade de investimentos X Região-Polo120 ________ 234
LISTA DE GRÁFICOS DO CAPÍTULO IV – PANORAMA DE NOVOS MERCADOS
Gráfico 1 - Distribuição da Receita Líquida de Vendas Industrial Nacional em 2011 ____________ 262 Gráfico 2 - Distribuição das Empresas por Regiõesdo Brasil 2012 ___________________________ 263 Gráfico 3 - Distribuição das Empresas do Comércio por Regiõesdo Brasil 2012 ________________ 264 Gráfico 4 - Distribuição das Empresas da Indústria por Regiõesdo Brasil 2012 _________________ 265 Gráfico 5 - Evolução Histórica da Receita Líquida de Vendas dos setores Industriais indicados na Região Norte ___________________________________________________________________ 266 Gráfico 6 - Evolução Histórica da Receita Bruta de Revenda de Mercadorias dos setores Comerciais na Região Norte ________________________________________________________ 267 Gráfico 7 - Evolução Histórica da quantidade de empresas nas atividades indicadas na Região Norte _________________________________________________________________________ 268 Gráfico 8 - Evolução Histórica da Receita Líquida de Vendas dos setores Industriais indicados na Região Nordeste _________________________________________________________________ 269 Gráfico 9 - Evolução Histórica da Receita Bruta de Revenda de Mercadorias dos setores Comerciais na Região Nordeste _____________________________________________________ 270 Gráfico 10 - Evolução Histórica da quantidade de empresas das atividades indicadas na Região Nordeste _______________________________________________________________________ 271 Gráfico 11 - Evolução Histórica da Receita Líquida de Vendas dos setores Industriais indicados na Região Centro Oeste ___________________________________________________________ 272 Gráfico 12 - Evolução Histórica da Receita Bruta de Revenda de Mercadorias dos setores Comerciais na Região Centro Oeste __________________________________________________ 273 Gráfico 13 - Evolução Histórica da quantidade de empresas das atividades indicadas na Região Centro Oeste ___________________________________________________________________ 274 Gráfico 14 - Receita Líquida de Vendas Industrial do Estado deSão Pauloem 2011 _____________ 275 Gráfico 15 - Evolução Histórica da Receita Líquida de Vendas dos setores Industriais indicados no Estado deSão Paulo ____________________________________________________________ 276 Gráfico 16 - Receita Bruta de Revendas de Mercadorias do Estado de São Paulo em 2011 _______ 277 Gráfico 17 - Evolução Histórica da Receita Líquida de Vendas dos setores Comerciais indicados em São Paulo ___________________________________________________________________ 278 Gráfico 18 - Histórico de crescimento de empresas por setor indicado em SãoPaulo ___________ 279 Gráfico 19 - Importação e Exportação de Setores Indicados em São Paulo em 2012 ____________ 280 Gráfico 20 - Receita Líquida de Vendas Industrial do Estado de Santa Catarina em 2011 ________ 281 Gráfico 21 - Evolução Histórica da Receita Líquida de Vendas dos setores Industriais indicados no Estado de Santa Catarina _______________________________________________________ 282 Gráfico 22- Receita Bruta de Revendas de Mercadorias do Estado de Santa Catarina em 2011 ___ 283 Gráfico 23 - Evolução Histórica da Receita Líquida de Vendas dos setores Comerciais indicados em Santa Catarina _______________________________________________________________ 284
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Lista de Tabelas e Gráficos
Gráfico 24 - Histórico de crescimento de empresas por setor indicado em Santa Catarina _______ 285 Gráfico 25 - Importação e Exportação de Setores Indicados em Santa Catarina em 2012 ________ 286
LISTA DE GRÁFICOS DO CAPÍTULO V – PROSPECÇÃO DE NOVOS MERCADOS
Gráfico 1 – Estado de instalação da amostra ___________________________________________ 300 Gráfico 2 – Atividade econômica principal ____________________________________________ 302 Gráfico 2.1 – Estado de instalação X Atividade econômica principal ________________________ 303 Gráfico 3 – Idade das empresas (referência de 2014) ____________________________________ 304 Gráfico 3.1 – Estado de instalação X Idade das empresas (referência de 2013) ________________ 305 Gráfico 3.2 –Atividade Econômica X Idade das empresas (referência de 2014) ________________ 305 Gráfico 4 – Número de colaboradores ________________________________________________ 306 Gráfico 4.1 – Estado de instalação X Número de colaboradores ____________________________ 307 Gráfico 4.2 – Atividade Econômica X Número de colaboradores ___________________________ 307 Gráfico 5 – Porte/Classificação da empresa____________________________________________ 309 Gráfico 5.1 – Estado de instalação X Porte/Classificação da empresa________________________ 310 Gráfico 5.2 – Atividade Econômica X Porte/Classificação da empresa _______________________ 311 Gráfico 6 – Gênero dos entrevistados ________________________________________________ 312 Gráfico 6.1 – Estado de instalação X Gênero dos entrevistados ____________________________ 312 Gráfico 6.2 – Atividade Econômica X Gênero dos entrevistados ____________________________ 313 Gráfico 7 – Grau de escolaridade do entrevistado ______________________________________ 314 Gráfico 7.1 – Estado de instalação X Grau de escolaridade do entrevistado __________________ 315 Gráfico 7.2 – Atividade Econômica X Grau de escolaridade do entrevistado __________________ 316 Gráfico 8 – Mercados que a empresa atende __________________________________________ 317 Gráfico 8.1 – Estado de instalação X Mercados que a empresa atende ______________________ 318 Gráfico 8.2 – Atividade Econômica X Mercados que a empresa atende ______________________ 319 Gráfico 9 – Canais de vendas _______________________________________________________ 320 Gráfico 9.1 – Estado de instalação X Canais de vendas ___________________________________ 321 Gráfico 9.2 – Atividade Econômica X Canais de vendas ___________________________________ 322 Gráfico 10 – Origem dos Principais Clientes ___________________________________________ 323 Gráfico 10.1 – Estado de instalação X Origem dos Principais Clientes _______________________ 324 Gráfico 10.2 – Atividade Econômica X Origem dos Principais Clientes _______________________ 325 Gráfico 11 – Produtos adquiridos da cadeia de plástico e borracha _________________________ 326 Gráfico 11.1 –Estado de instalação X Produtos adquiridos da cadeia de plástico e borracha _____ 327 Gráfico 11.2 – Atividade Econômica X Produtos adquiridos deplástico e borracha _____________ 328 Gráfico 12 – Canais de compra _____________________________________________________ 329 Gráfico 12.1 – Estado de instalação X Canais de compra _________________________________ 330 Gráfico 12.2 – Atividade Econômica X Canais de compra _________________________________ 331 Gráfico 13 – Frequência de contratação de fornecedores da indústria de plástico e borracha ____ 332 Gráfico 13.1 – Estado de instalação X Frequência de contratação de fornecedores da indústria de plástico e borracha ____________________________________________________________ 332 Gráfico 13.2 – Atividade Econômica X Frequência de contratação de fornecedores da indústria de plástico e borracha ____________________________________________________________ 333 Gráfico 14 – Quantidade de fornecedores da indústria de plástico e borracha ________________ 334 Gráfico 14.1 – Estado de instalação X Quantidade de fornecedores da indústria de plástico e borracha _______________________________________________________________________ 334
391
Lista de Tabelas e Gráficos
Gráfico 14.2 – Atividade Econômica X Quantidade de fornecedores da indústria de plástico e borracha _______________________________________________________________________ 335 Gráfico 15 – Satisfação em relação aos produtos de fornecedores da cadeia de plástico e borracha _______________________________________________________________________ 336 Gráfico 15.1 – Estado de instalação X Satisfação em relação aos produtos de fornecedores da cadeia de plástico e borracha ______________________________________________________ 336 Gráfico 15.2 – Atividade Econômica X Satisfação em relação aos produtos de fornecedores da cadeia de plástico e borracha ______________________________________________________ 337 Gráfico 16 – Melhorias da cadeia de fornecedores ______________________________________ 338 Gráfico 16.1 – Estado de instalação X Melhorias da cadeia de fornecedores __________________ 339 Gráfico 16.2 – Atividade Econômica X Melhoriasda cadeia de fornecedores _________________ 340 Gráfico 17 – Aprimoramentos em áreas ou setores nas empresas pesquisadas _______________ 341 Gráfico 17.1 – Estado de instalação X Aprimoramentos em áreas ou setores nas empresas pesquisadas ____________________________________________________________________ 342 Gráfico 17.2 – Atividade Econômica X Aprimoramentos em áreas ou setores nas empresas pesquisadas ____________________________________________________________________ 343 Gráfico 18 – Necessidades de aprimoramentos por produtos e serviços nas empresas _________ 344 Gráfico 18.1 – Estado de instalação X Necessidades de aprimoramentos por produtos e serviços nas empresas ____________________________________________________________ 345 Gráfico 18.2 – Atividade Econômica X Necessidadede aprimoramentos por produtos e serviços nas empresas ___________________________________________________________________ 346 Gráfico 19 – Região de instalação dos fornecedores da cadeia de plástico e borracha __________ 347 Gráfico 19.1 – Estado de instalação X Região de instalação dos fornecedores da cadeia de plástico e borracha _______________________________________________________________ 348 Gráfico 19.2 – Atividade Econômica X Região de instalação dos fornecedores da cadeia de plástico e borracha _______________________________________________________________ 349 Gráfico 20 – Investimentos em produtos/matéria-prima de plástico e borrachano ano de 2013 __ 350 Gráfico 20.1 – Estado de instalação XInvestimentos em produtos/matéria-prima de plástico e borrachano ano de 2013 __________________________________________________________ 350 Gráfico 20.2 – Atividade Econômica X Investimentos em produtos/matéria-prima de plástico e borrachae acessórios no ano de 2013 ________________________________________________ 351 Gráfico 21 – Contato com fornecedores de Santa Catarina _______________________________ 352 Gráfico 21.1 – Estado de instalação X Contato com fornecedores de Santa Catarina ___________ 353 Gráfico 21.2 – Atividade Econômica X Contato com fornecedores de Santa Catarina ___________ 353 Gráfico 22 – Produtos e serviços da cadeia de plástico e borrachaadquiridos com fornecedores catarinenses ____________________________________________________________________ 354 Gráfico 22.1 – Estado de instalação X Produtos e serviços da cadeia de plástico e borrachaadquiridos com fornecedores catarinenses ____________________________________ 355 Gráfico 22.2 – Atividade Econômica X Produtos e serviços da cadeia de plástico e borracha adquiridos com fornecedores catarinenses ____________________________________________ 356 Gráfico 23 – Interesse das empresas em trabalhar com fornecedores catarinenses da indústria de plástico e borracha ____________________________________________________________ 357 Gráfico 23.1 – Estado de instalação X Interesse das empresas em trabalhar com fornecedores catarinenses da indústria de plástico e borracha _______________________________________ 357 Gráfico 23.2 – Atividade Econômica X Interesse das empresas em trabalhar com fornecedores catarinenses da indústria de plástico e borracha _______________________________________ 358 Gráfico 24 – Tipos de fornecedores demandados _______________________________________ 359 Gráfico 24.1 – Estado de instalação X Tipos de fornecedores demandados ___________________ 360 Gráfico 24.2 – Setor produtivo X Tipos de fornecedores demandados _______________________ 361 Gráfico 25 – Grupo de atividade econômica X Empresas com interesse em negociar com fornecedores da cadeia de plástico e borracha _________________________________________ 362
392
Lista de Tabelas e Gráficos
Gráfico 25.1 – Grupo de atividade econômica X Empresas com interesse em negociar com fornecedores da cadeia de plástico e borracha: Amostra de Santa Catarina __________________ 363 Gráfico 25.2 – Grupo de atividade econômica X Empresas com interesse em negociar com fornecedores da cadeia de plástico e borracha: Amostra de São Paulo ______________________ 363 Gráfico 25.3 – Grupo de atividade econômica X Empresas com interesse em negociar com fornecedores da cadeia de plástico e borracha: Amostra da Região Centro Oeste _____________ 364 Gráfico 25.4 – Grupo de atividade econômica X Empresas com interesse em negociar com fornecedores da cadeia de plástico e borracha: Amostra da Região Nordeste _________________ 365 Gráfico 25.5 – Grupo de atividade econômica X Empresas com interesse em negociar com fornecedores da cadeia de plástico e borracha: Amostra da Região Norte ___________________ 365 Gráfico 26 – Interesse por produtos e serviços da cadeia de plástico e borracha X Empresas com interesse em negociar com fornecedores da indústria de plástico e borracha _____________ 366 Gráfico 26.1 – Interesse por produtos e serviços da cadeia de plástico e borracha X Empresas com interesse em negociar com fornecedores da indústria de plástico e borracha: amostra de Santa Catarina __________________________________________________________________ 367 Gráfico 26.2 – Interesse por produtos e serviços da cadeia de plástico e borracha X Empresas com interesse em negociar com fornecedores da indústria de plástico e borracha: amostra de São Paulo ______________________________________________________________________ 368 Gráfico 26.3 – Interesse por produtos e serviços da cadeia de plástico e borracha X Empresas com interesse em negociar com fornecedores da indústria de plástico e borracha: amostra da Região Centro Oeste _____________________________________________________________ 369 Gráfico 26.4 – Interesse por produtos e serviços da cadeia de plástico e borracha X Empresas com interesse em negociar com fornecedores da indústria de plástico e borracha: amostra da Região Nordeste _________________________________________________________________ 370 Gráfico 26.5 – Interesse por produtos e serviços da cadeia de plástico e borracha X Empresas com interesse em negociar com fornecedores da indústria de plástico e borracha: amostra da Região Norte ___________________________________________________________________ 371
393
Lista de Tabelas e Gráficos
394
Lista de Tabelas e Gráficos
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