ESTUDOS DE CORTE TRANSVERSAL
Princípios Epidemiológicos
• População: conjunto completo de indivíduos que pode ser descrito de acordo com uma característica* comum a todos.
• critérios geográficos, que delimitam um espaço (bairros, municípios, países);
• sexo, faixa etária, ocupação
Amostra: apenas uma parte dos indivíduos que compõem a população
Tempo e Pesquisa
O INSTANTE O INSTANTE
Colher informaçãoColher informação
em um momentoem um momento
único de encontroúnico de encontro
A CONTINUIDADEA CONTINUIDADE
Busca adicional Busca adicional
de informação no de informação no
futuro ou histfuturo ou históória ria
passadapassada
Exposição Exposição - algo que - algo que pode influenciar a pode influenciar a saúde das pessoassaúde das pessoas
EfeitoEfeito - doença ou - doença ou problema apresentado problema apresentado pelas pessoaspelas pessoas
Exposição X Efeito
Entendendo Efeito e Exposição
Dos cardiopatas quantos nasceram em Porto Alegre e em Pelotas?
Quantos eram os homens e as
mulheres?
Quantos tiveram história familiar
positiva e negativa?
Raciocínio Epidemiológico
Todos expostos adoecem?Todos expostos adoecem?
Expostos podem não adoecer?Expostos podem não adoecer?
Pode ficar doente sem ter sido Pode ficar doente sem ter sido
exposto?exposto?
E aqueles que não se expõem E aqueles que não se expõem
nem ficam doentes?nem ficam doentes?
Identificando
Estudos Epidemiológicos
Classificação dos Métodos Epidemiológicos
Unidade de observação e
análise
Papel do investigador
Direção Temporal das Observações
Propósito do Estudo
IndividuadoPassivo
(Observação)
Serial
(Estudos prospectivos e retrospectivos)
Descritivo
AgregadoAtivo
(intervenção ou experimentaçã
o)
Instantâneos
(Estudos transversais)
Analítico
Unidade de Observação e Análise
Individuado Agregado
Tipos de estudo quanto ao papel do investigador
Observacionais Descrição de caso Série de casos Ecológico Corte transversal Caso-controle Coorte
Experimentais
Estudos clínicos randomizados
Ensaios comunitários
Direção Temporal das Observações
ProspectivoProspectivoss
RetrospectivoRetrospectivoss
TRANSVERSALTRANSVERSAL
CoorteCoorteCaso-Caso-controlecontrole
Propósitos do Estudo Descritivo
Descrever a distribuição de um evento na população, em termos quantitativos.
Pode ser de incidência ou prevalência Identificar grupos de riscos Não há formação de grupo controle População só doentes, só sadios ou mistos Banco de dados: + abrangente + preciso
Propósitos do Estudo Analítico
Testar hipóteses Presença de grupo-controle Comparar resultados Investigar a relação exposição-doença, em
função do ponto de partida da observação ser a causa ou efeito.
Tipos de estudo
DescritivosexploratóriosGeração de hipóteses
Descrição de caso Série de casos Ecológico Corte transversal
Analíticos: Confirmação de hipóteses
Caso-controle Coorte Estudos clínicos
randomizados Ensaios comunitários
Estudos Analíticos
Doença
(efeito)
Exposição
(Causa)
Estudo transversal
CoorteCoorte
Caso-controleCaso-controle
Estudo TransversalEstudo Transversal
Sinonímia, definição, usos, Sinonímia, definição, usos, estrutura, estrutura, vantagens e vantagens e
limitaçõeslimitações
Sinonímia
Seccional Corte Corte transversal Vertical Pontual Prevalência
Definição
• Estudo epidemiológico que fornece um diagnóstico instantâneo da situação de saúde de uma população, com base na avaliação individual do estado de saúde de cada um dos membros do grupo
Características
Diagnósticos comunitários da saúde local
Amostras representativas da população Caráter aleatório Mais empregado no campo da saúde
coletiva
Expostos
Não expostos
Doentes
Não doentes
População de estudo
População de estudo
InícioAvaliação e classificação
Expostos
Não expostos
Expostos
Não expostos
Doentes
Não doentes
Presente
População de estudo
População de estudo
InícioAvaliação e classificação
D oen tes (a ) N ã o-d oen tes (b )
E xp os tos
D oen tes (c ) N ã o-D oen tes (d )
N ao-E xp os tos
P op u laçã o
Usos
Identificação de novas doenças Identificação de populações sob risco Identificação de possíveis agentes causais
de doenças Identificação de fatores ou
comportamentos que aumentam ou diminuem o risco de uma doença
O Estudo de Prevalência permite
Descrever características da amostra: altura, peso, pressão arterial (médias), categorias de grupos etários, de hipertensos (proporções), moradores por domicílio (índices)
Determinar a presença de marcadores biológicos (antígenos, anticorpos, dosagem sérica de colesterol, etc) – estudos soroepidemiológicos
Calcular a Taxa de Prevalência Examinar associações entre variáveis, usando
Razão de Prevalência
Subtipos
Estudo de grupos em tratamento Inquéritos de morbidade na atenção
primária Inquéritos domiciliares Estudos em populações especiais Estudos multifásicos
Medidas de freqüência e Medidas de freqüência e associaçãoassociação
A Tabela Epidemiológica
Apresenta os problemas de saúde das Apresenta os problemas de saúde das
pessoas na forma de Exposição e Efeitopessoas na forma de Exposição e Efeito
Efeito Exposição
Sim Não
Total
Sim a b a+ b
Não c d c+ d
Total a+c b+d N= a+b+c+d
Analisando a tabela
Expostos
Não expostos
Não doentes
Doentes
a
c
b
d
a b+
c d+
a
a b+PE
=
c
c d+PNE
=
PE PNE
RP =
Prevalência Global de Bronquite crônica entre moradores da
cidade X
De 1129 sujeitos 94 sofriam de De 1129 sujeitos 94 sofriam de
bronquite.bronquite.
Portanto 94 Portanto 94 ÷ 1129 = ÷ 1129 = 0.0830.083 8,3%8,3%
Encontrou-se neste estudo umaEncontrou-se neste estudo uma
Prevalência global de 8,3%Prevalência global de 8,3% de Bronquite de Bronquite
CrônicaCrônica..
Cálculo da prevalência conforme o sexo do
participante
Efeito Bronquite
Exposição Sexo positivo negativo total Prevalencia %
Homens 50 423 473 50÷473= 10,5
Mulheres 44 612 656 44÷656 = 6,7
total 94 1035 1129 94÷1129 = 8,3
Medida de associação do estudo de Prevalência
Efeito Bronquite
Exposição
+ - total prev Razão de prevalencia
Homens 50 423 473 10,5
Mulheres 44 612 656 6,7
10,5÷6,7 =1,56
total 94 1035 1129 8,3
Analisando dados de pesquisa
Um inquérito epidemiológico avaliou as condições de saúde de 1000 pessoas. 300 eram migrantes e 18 delas fizeram tratamento psiquiátrico; 21 nascidas no local também foram ao psiquiatra.
Vejamos estes números na tabela:
Trabalhando na tabela
Efeito Trat
psiquiátrico
Exposição
+ - total prev Razão de Prevalencia
Migrante 18 282 300
Local 21 689 700
total 39 961 1000
Calculando prevalência
Entre os expostos: dividindo o número : dividindo o número de doentes pelo total de indivíduos de doentes pelo total de indivíduos expostos.expostos.
Entre não expostos: dividindo o número : dividindo o número de doentes pelo total de indivíduos não de doentes pelo total de indivíduos não expostos.expostos.
E Razão de Prevalência?
O que dizer sobre migração e doença mental?
Prevalência entre os expostosPrevalência entre os expostos 18 18300 = 0.06300 = 0.06
Prevalência entre os não expostosPrevalência entre os não expostos 21 21700 700 0.030.03
Razão de Prevalência Razão de Prevalência 0.06 0.060.03 0.03 22
Qual a Resposta a Esta Pergunta?
O sujeito pirou porque migrou ou migrou
porque pirou?
Migração (exposição) X Internação psiquiátrica
(efeito)
Informação sobre exposição e efeito foram colhidas no mesmo instante
Portanto : não podemos determinar quem
antecedeu o que neste tipo de estudo
Vantagens
Simplicidade, baixo custo Rapidez na coleta de dados Processo amostral fácil, com
representatividade Objetividade na coleta de dados Não há seguimento Detecção de características da população
(e em subgrupos) Identificação de casos
Limitações
Limitações
Condições de baixa prevalência Tamanho amostral grande Possibilidade Erros de classificação
(doença e exposição) Dificuldades operacionais Viés de prevalência Viés de confundimento Relação temporal Qualidade de dados retrospectivo
Limitações
Mede freqüência do fenômeno em
determinado ponto do tempo
Não há espera para observar o
EFEITO
Nem informação anterior sobre o
EFEITO
A relação temporal não fica clara
Dilema
Dificuldade para estabelecer causalidade
Conclusões
• São estudos exploratórios que permitam ao pesquisador planejar novos estudos com metodologias apropriadas para investigar as hipóteses que expliquem inter-relações de fenômenos pouco conhecidos
Conclusões
• Permitem testar a existência de associações de freqüência, ou estatísticas entre pelo menos dois eventos classificados como doença (agravo) e exposição (suposta causa), na amostra de indivíduos examinados
Conclusões
Útil no planejamento de saúde e
levantamento de questões; mas não
estabelece relação causal (não
esclarece relação de causa e efeito entre
os eventos), faz apenas um exame
pontual da relação exposição-doença na
trajetória temporal.
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